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sábado, 25 de janeiro de 2014

Como ajudar quem sofre de desmaios?

Quando a pessoa desmaia pela primeira vez, é necessário
visita a serviço de emergência para avaliação
Saber identificar alguns sintomas pode evitar problemas futuros
 
Por Dr. Bruno Valdigem
 
Desmaio é o momento em que uma pessoa perde a consciência. Existem muitas causas para desmaios, sendo que os efeitos vão desde o estresse emocional causado pela situação até morte súbita. Síncope é um tipo especial de desmaio na verdade, o tipo mais comum, onde a pessoa acorda rápido geralmente em alguns segundos podendo durar minutos.

Desmaios podem ser mais demorados, em especial se a causa for neurológica, como acidentes vasculares cerebrais- ou AVC- e convulsões. A história de como aconteceu o desmaio geralmente é melhor informada pelos acompanhantes do que pelo próprio paciente, e não raro fornece dados que permitem acertar o diagnóstico em grande parte dos casos ainda no primeiro contato. 
 
Quando a pessoa desmaia pela primeira vez, é necessário visita a serviço de emergência para avaliação. Alguns dados são fundamentais para facilitar o atendimento no pronto socorro.
 
Ao levar uma pessoa que perdeu a consciência ao hospital, tente lembrar desses fatos e avisar ao médico: 
 
- Quanto tempo durou o desmaio.
 
- O estado em que o paciente acordou (confuso, com algum membro fraco ou dormência localizada, tinha urina ou fezes nas suas roupas, fez algum machucado.)
 
- O que quem sofreu o desmaio estava fazendo antes de perder os sentidos. Alguns sintomas como palpitações, dor no peito, suor frio, se estava fazendo esforço ou parado.
 
- Alguém viu paciente se debatendo desacordado.
 
- Leve de casa a lista de remédios que a pessoa toma, já que alguns remédios em quantidades inadequadas podem ser os causadores do desmaio.
 
- Aqui seguem alguns tipos de desmaios e como são tratados. É bom lembrar que o diagnóstico correto só pode ser garantido após avaliação de um médico.
 
Síndrome vaso-vagal
É de longe o tipo mais comum de desmaio. O quadro mais comum é o de mulheres que passaram muito tempo de pé, no ponto de ônibus por exemplo, debaixo de sol forte. Suor frio, mal estar, visão turva, palidez são sintomas que precedem a perda de sentido. Normalmente, poucos segundos depois de cair, a pessoa acorda como se não tivesse acontecido nada.

Isso acontece porque parte do sangue do corpo fica nas pernas quando estamos de pé. O cérebro entende que estamos desidratados ou sangrando e ocorre um reflexo que diminui a pressão. Quando o corpo toca o chão, o sangue que estava nas pernas volta a circular. Assim, a pessoa acorda. Apesar do susto, esse tipo de desmaio raramente causa danos físicos ao paciente. O tratamento para quem sofre com esse tipo de desmaio com frequencia costuma ser orientação a tomar mais líquidos e fazer alguns tipos de exercícios. Para casos como este raramente medicações são indicadas.  
 
Causas Cardíacas
Uma das causas mais perigosas de desmaio são as arritmias cardíacas. A perda de sentidos causada por arritmias pode ser um anúncio de problemas sérios que devem ser avaliados muito rápido, e a demora no atendimento pode levar ao óbito. Os pacientes com arritmias geralmente referem palpitações aceleradas ou dor no peito antes do desmaio. Ás vezes acontece um tipo de desmaio chamado "desliga-liga", onde o paciente não sente nenhum sinal de que vai desmaiar e acorda no chão. Dependendo do tipo de arritmia a forma de tratamento muda:

- Taquicardias: É quando o coração bate mais rápido do que deveria. Algumas delas são reversíveis, causadas por remédios ou problemas de tireóide, infarto do miocárdio ou doenças genéticas. É mais comum em pessoas que já têm problemas cardíacos(coração aumentado, sopros ou angina/infarto) ou em pessoas cujos pais ou tios já apresentaram problemas cardíacos. A maioria delas pode ser tratada com medicações ou procedimentos cirúrgicos.

- Bradicardias: É quando o coração atrasa algumas palpitações. O tratamento pode ser instalação de marca-passo. O marca-passo é um aparelho que fica embaixo da pele, com um ou mais fios que vão até o coração. Este "avisa" quando o coração tem de bater, caso ele fique muito lento, e libera uma descarga elétrica para haver uma contração dos músculos cardíacos. A instalação do marca-passo é feita em cerca de duas horas e o paciente pode receber alta no dia seguinte.
 
Causas neurológicas
Quando o paciente tem um quadro neurológico, as características mais comuns são a liberação espontânea de fezes e urina, convulsões e confusão após a retomada dos sentidos. Além disso, os desmaios causados por causas neurológicas normalmente são os mais longos, demorando mais do que cinco minutos. Uma das causas que mais preocupam os pacientes e os médicos é o AVC.

A pessoa que sofre um desmaio causado por esse problema acorda confusa, sonolenta e pode apresentar fraquezas em perna ou braço, ou fala arrastada. Mesmo que a pessoa volte ao normal em algumas horas, sempre é indicado procurar ajuda, já que um evento como esse serve de aviso para um problema mais grave.

Hoje o AVC pode ter um tratamento ótimo se a pessoa chegar no pronto socorro em até três horas após início dos sintomas. Alguns tipos de AVC podem receber medicações que restauram o fluxo sanguíneo na área em perigo e podem reverter até totalmente as sequelas. Por isso, se houver dúvida, corra até um pronto-socorro tão rápido quanto possível. Mesmo que essas informações possam ser úteis para um diagnóstico mais rápido e preciso, é importante lembrar que todo desmaio deve ser avaliado por um profissional.

Em caso de dúvidas quanto a seu tratamento e sua doença, tome a liberdade de conversar com seu médico, e ele o orientará sobre qual material ler e como funcionam seus remédios e sua doença. Só assim o tratamento pode ser eficaz, com conhecimento e disciplina.  
 
Minha Vida

Ômega 3: a gordura aliada do cérebro e do coração

Arenque é o peixe mais rico em ômega 3
Estes ácidos graxos também combatem a depressão, o diabetes e a obesidade
 
Os ácidos graxos podem ser classificados em três tipos: saturado, monoinsaturado e poli-insaturado.
 
O ômega 3 é uma gordura poli-insaturada. Ele representa uma família de ácidos graxos e os tipos mais frequentes e melhores para a saúde são: ácido alfa-linolênico, ácido eicosapentaenoico (EPA) e o ácido docosahexaenoico (DHA). Entre os benefícios mais reconhecidos do ômega 3 está a proteção da saúde cardiovascular e cerebral. 
 
O EPA e o DHA são encontrados nos animais marinhos, especialmente os peixes, enquanto o ácido alfa-linoleico é de origem vegetal e pode ser convertido em DHA ou em EPA, é o caso da chia e da linhaça. Contudo, somente uma pequena parcela deste ácido vindo das plantas pode se transformar no organismo, por isso o consumo dos outros ácidos graxos também é muito importante. 
 
Esses ácidos graxos são chamados de essenciais, afinal, o organismo não consegue produzi-los. Quando são ingeridos, essas gorduras possuem como função mais nobre serem as responsáveis pela elaboração da camada lipídica em torno da célula. Quando as membranas celulares estão repletas destes ácidos as funções das células ocorrem de forma muito melhor. 
 
Outros pontos muito importantes nos quais esses lipídeos agem são na formação da bainha de mielina, um componente dos neurônios, e no recobrimento da retina ocular, parte dos olhos que tem o papel principal de transformar o estímulo luminoso em estímulo elétrico para o cérebro poder realizar o processo de enxergar. 
 
Os benefícios do ômega 3
 
Bom para o coração: O ômega 3 age de duas maneiras para proporcionar benefícios ao sistema cardiovascular. O EPA diminui as atividades das plaquetas sanguíneas, evitando coágulos de sangue, que podem levar a um derrame ou infarto, e também reduzem os níveis de triglicerídeos, outro tipo de gordura que é ruim para o organismo quando está elevada. Já o DHA ajuda a evitar arritmias cardíacas, estabilizando a atividade elétrica no coração. 
 
O consumo desse ômega não assume apenas efeitos preventivos. No Centro de Pesquisas Médicas de Cardiff, no País de Gales, o cardiologista Michael Burr constatou que vítimas de ataques cardíacos aumentaram as chances de evitar novos problemas em 29%, passando a comer peixe ricos nessa gordura pelo menos duas vezes por semana. 
 
Um estudo realizado no Centro para a Programação Fetal, no Statens Serum Institut de Copenhagen na Dinamarca, e publicado na revista da Associação Americana do Coração demonstrou que o risco de mulheres em idade reprodutiva terem distúrbios cardiovasculares é muito menor em quem consome peixes ricos em ômega 3 do que naquelas que não comem este alimento. 
 
Esta pesquisa envolveu 49 mil mulheres com idade média de 30 anos durante oito anos e concluiu que mulheres que raramente ou nunca ingeriam pescados demonstraram 50% mais problemas cardiovasculares do que aquelas que sempre consumiam o alimento e 90% a mais em relação às mulheres que comiam peixes ricos em ômega 3 semanalmente. 
 
Outra pesquisa feita pelo Physician's Health Study dos Estados Unidos com 22 mil homens concluiu que aqueles com maiores níveis de ômega-3 no sangue tinham menor risco de morte súbita. Além disso, o estudo observou que pessoas idosas que consomem uma porção de peixe rico em ômega 3 por semana têm 44% menos chances de sofrer um infarto. 
 
Diminui o colesterol: Esses ácidos graxos modificam a composição química do sangue, provocando o aumento dos níveis do HDL (colesterol bom) e a diminuição dos níveis de LDL (colesterol ruim).
 
Quando está em excesso, há o risco dele se depositar nas artérias e provocar o seu entupimento levando a doenças cardiovasculares, como infarto e hipertensão e derrame cerebral. Ele também consegue reduzir os níveis de triglicerídeos do sangue.  
 
Regula a pressão arterial: O ômega 3 é capaz de evitar a formação das placas de gordura na parede das artérias e garantir a flexibilidade das veias e artérias, afastando o risco de doenças como hipertensão, aterosclerose, infarto e derrames. 
 
Um estudo realizado pela Harvard School of Public Health dos Estados Unidos observou que a pressão arterial elevada é a responsável por 31% do aumento do risco de doenças cardíacas e 65% do risco de derrame. 
 
Bom para a visão: Este ácido graxo é essencial para a visão porque participa do recobrimento da retina. Esta parte dos olhos tem o papel principal de transformar o estímulo luminoso em estímulo elétrico para o cérebro ser capaz de realizar o processo de enxergar. 
 
A degeneração da mácula, parte da retina responsável pela percepção de detalhes, é prevenida graça ao consumo de ômega 3. Estudos publicados na revista especializada Ophtalmology, da Universidade Tufts de Boston nos Estados Unidos, mostraram que o índice de degeneração macular é mais baixo entre pessoas que consomem peixes, alimento rico em ômega 3, e demonstrou que este ácido graxo pode afetar o desenvolvimento ou a progressão da degeneração macular. 
 
Cerca de 3 mil voluntários da pesquisa que consumiam uma ou mais porções de peixes ricos em ômega 3 por semana mostraram uma probabilidade 60% inferior de apresentar a degeneração da mácula em estágio avançado.
 
Sardinha é o segundo peixe mais rico em ômega 3
Bom para o cérebro: O ômega 3 age na formação da bainha de mielina, um componente dos neurônios. Assim, ocorre a melhora do desempenho cognitivo, da atividade cerebral e comunicação entre as células do cérebro. O ácido graxo também conta com efeito vasodilatador e por isso ocorre o aumento do aporte de oxigênio e nutrientes. 
 
Uma pesquisa realizada pela Northumbria University, do Reino Unido, observou que o consumo de peixe, alimento rico em ômega 3, semanalmente melhora a circulação cerebral e diminui os riscos de demência ao envelhecer. 
 
Outras pesquisas apontaram a melhora do desenvolvimento escolar em crianças e adolescentes. Elas também observaram a diminuição do risco de doenças de Alzheimer e cansaço mental e a redução da ansiedade e da insônia após o consumo de alimentos ricos em ômega 3. 
 
Combate a depressão: Pessoas portadoras de depressão possuem níveis baixos de ômega 3 o que pode ocasionar a diminuição do número de funções de neurotransmissores e receptores. A ingestão de ômega melhora a fluidez das membranas que encapam as células nervosas e aumentam a produção de diversos neurotransmissores como serotonina, dopamina e noradrenalina, melhorando assim o humor e o bem-estar. 
 
Alivia os sintomas da artrite reumatoide: O consumo do ômega 3 contribui para o alívio dos sintomas desta doença porque ele possui ação anti-inflamatória. Este ácido graxo funciona como um bloqueador ou interceptador de uma enzima que produz o processo inflamatório. 
 
É importante ressaltar que o lipídeo irá ajudar no tratamento do problema associado a outros medicamento. Por sua ação anti-inflamatória, o ômega 3 é interessante para outras doenças autoimunes de cunho inflamatório. 
 
Ômega 3 e diabetes: Uma pesquisa realizada pela Universidade de Valência, na Espanha, analisou o consumo de carne e peixe em 945 pessoas entre 55 e 80 anos com alto risco cardiovascular e descobriu que o consumo de peixe, que é rico em ômega 3, está associado a menor incidência de diabetes tipo 2 e a diminuição da concentração de glicose, enquanto o consumo de carne vermelha está relacionado à obesidade. 
 
Os estudiosos acreditam que isto ocorre porque o aumento do ácido graxo nas células dos músculos esqueléticos melhora a sensibilidade à insulina. 
 
Outro estudo publicado pela Universidade de Harvard notou que o ômega 3 previne o diabetes tipo 2. Este lipídeo aumenta os níveis de um hormônio chamado adiponectina que é benéfico em processos que afetam o metabolismo, como a regulação do açúcar no sangue e processos inflamatórios. 
 
Ômega 3 e a obesidade: O ômega 3 é interessante para combater a obesidade devido à sua ação anti-inflamatória. Afinal, a obesidade é um processo inflamatório e age de maneira a interferir na forma como o cérebro percebe a presença de comida no corpo. O organismo também utiliza o ômega-3 para produzir prostaglandinas, substâncias químicas que têm participação em muitos processos, inclusive no combate às inflamações dos vasos sanguíneos. 
 
Em indivíduos obesos a gordura saturada acaba tomando parte do lugar do ômega 3 no cérebro e no organismo como um todo. Quando isso ocorre a região do cérebro chamada hipotálamo que controla a fome e o gasto energético fica inflamada e deixa de realizar suas funções tão bem. Quando a pessoa volta a consumir o ômega 3 esta parte do cérebro volta a funcionar corretamente. 
 
Além disso, o ômega 3 consegue modular a expressão de neurotransmissores que controlam a fome e reduz a presença de proteínas responsáveis por aumentar o apetite. Em um estudo preliminar realizado com ratos, o nutricionista e pesquisador da Universidade Estadual de Campinas Dennys Cintra observou estes benefícios do ômega 3 em relação à obesidade. 
 
Ômega 3 e gravidez
O ômega 3 também pode ser benéfico para as grávidas. Um estudo realizado pelo Centro Médico da Universidade do Kansas, nos Estados Unidos, revelou que o ácido graxo ajuda as mulheres a terem bebês mais fortes e a reduzir a incidência de partos prematuros. Além disso, outras pesquisas apontam que o consumo do ômega 3 no último trimestre de gestação e nos primeiros meses de aleitamento aumenta o QI dos bebês. 
 
A orientação para as gestantes é ingerir o ômega 3 por meio da alimentação. Comer peixes de água fria, como o salmão e a sardinha, duas ou três vezes na semana e incluir oleaginosas, como a nozes, nos lanches entre as principais refeições são ótimas opções.
 
O salmão é o terceiro alimento que mais possui ômega 3
A suplementação com o ácido graxo só é orientada caso a grávida não possa ingerir os alimentos ricos no nutriente. Contudo, é preciso muito cuidado e orientação de um profissional da área de saúde ao ingerir estes suplementos. Um estudo em fase inicial realizado com ratos por estudiosos da Medical College of Georgia, dos Estados Unidos, e do Agharkar Research Institute, da Índia, observou que fetos e filhotes eram sensíveis ao excesso de ômega 3 e que isto afetou de maneira negativa o desenvolvimento do cérebro dos animais. 
 
O quanto consumir de ômega 3
A quantidade diária recomendada de ômega 3 é polêmica. Apesar de a Sociedade Americana do Coração orientar até 4 gramas ao dia, é justamente esta porção que em alguns estudos leva a complicações de saúde. Por isso, especialistas defendem a porção de até um grama de ômega 3 ao dia. 
 
Alimentos ricos em ômega 3
Os alimentos que possuem a maior quantidade de ômega 3, DHA e EPA, são os peixes de águas frias. Isto porque como eles vivem em um ambiente frio tem a tendência de acumular mais gorduras monoinsaturadas e poli-insaturadas, especialmente o ômega 3.  
 
Confira as espécies que possuem as melhores quantidades do ácido graxo e veja qual é a porcentagem do valor diário e a quantidade que a porção de 100 gramas de peixe carrega de ômega 3. 
 
   Peixes     Quantidade de ômega 3      Porcentagem do valor diário de ômega 3
Arenque
1,2 a 3,1 gramas
215%
Sardinha
1,5 a 2,5 gramas
275%
Salmão
1 a 1,4 gramas
120%
Atum
0,5 a 1,6 gramas
90%
Bacalhau
0,2 a 0,3 gramas
25%
Linguado
0,2 a 0,3 gramas
25%
Pescadinha
0,2 a 0,3 gramas
25%

Fontes: The Nutrition Source, Fats and Cholesterol: out with the bad in with the good, Harvard School of Public Health; Suárez-Mahecha H, Francisco A, Beirão LH, Block JM, Saccol A, Pardo-Carrasco S. Curtis-Prior, P. The eicosanoids. West Sussex: Wiley, 655 p; Frazen-Castle LD, Ritter-Gooder P; Omega-3 and omega-6 fatty acids, University of Nebraska-Lincoln Extension, Insitute of Agriculture and Natural Resources Schmidt EB, Dyerberg, J, Omega-3 fatty acids. Current status in cardiovascular medicine. Drugs 47:405-24 e Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
 
Os óleos de soja e canola, noz e as sementes de chia e linhaça são ricas em ômega 3, no caso o ácido alfa-linolênico. A quantidade diária recomendada de linhaça, 10 gramas, possui 0,54 gramas do ácido graxo. A chia também conta com boas quantidade de ômega 3. 
 
É importante lembrar que apenas uma pequena quantidade de ácido alfa-linolênico se transforma em DHA ou EPA, portanto é importante consumir também o peixe para se ter boas quantidades de ômega 3. 
 
Suplementos de ômega 3
Os suplementos de ômega 3 devem ser consumidos somente após a orientação médica e são orientado caso a pessoa não consiga adquirir o ácido graxo por meio da alimentação, com a ingestão de peixes, linhaça ou chia.  
 
É preciso ficar atento a fraude de cápsulas, pois atualmente muitas delas não contém o ômega 3. Uma maneira de garantir isso é consumir o óleo de fígado de bacalhau, ele normalmente é evitado devido ao seu gosto considerado desagradável, mas é exatamente isso que irá garantir que ele é rico no ácido graxo.   
 
Contraindicações do suplemento
O suplemento é contraindicado para pessoas com problemas de coagulação, como os portadores de hemofilia, pois há o risco de hemorragia já que o ácido graxo evita coagulações. 
 
Pessoas com próteses cardíacas também devem evitar o consumo. Quanto a gestantes, a suplementação pode ser feita, desde que com as doses corretas, pois o excesso do ômega 3 pode causar problemas no feto. 
 
Riscos do consumo em excesso de ômega 3
O excesso de ômega 3 no organismo pode causar uma série de problemas. Apesar de ser um potente anti-inflamatório, o ômega 3 em grandes quantidades pode favorecer um processo pró-inflamatório que chega a induzir a resistência à insulina, causar hemorragia e em casos de pessoas com obesidade, o quadro pode piorar. 
 
Além disso, o ácido graxo em grandes quantidades pode induzir a esclerose lateral amiotrófica, doença das células nervosas do cérebro e da medula espinhal que controlam o movimento voluntário dos músculos. Assim, as pessoas com a doença têm perda gradual de força e coordenação muscular que finalmente piora e impossibilita a realização de tarefas rotineiras como subir escadas, levantar-se ou engolir. Em gestantes, alguns estudos demonstraram que o excesso do ômega 3 pode levar a uma resposta neurológica anormal do feto. 
 
Combinando o ômega 3
 
Ômega 3 + antioxidantes: Combinar alimentos ricos em ômega 3, como os peixes, com comidas ou bebidas com forte ação antioxidante é uma boa ideia. Isto porque estes ácidos graxos oxidam com muita facilidade, perdendo suas propriedades. A chia, os óleos de soja e canola e a noz além de possuírem o ômega 3, também contam com antioxidantes.   
 
Nutrientes similares ao ômega 3
Não há nutrientes similares ao ômega 3, porém há outro ácido graxo poli-insaturado que também é muito importante para o organismo. Trata-se do ômega 6 que assim como o ômega 3 é um importante componente de membranas celulares.  
 
Além disso, o ômega 6 auxilia na cicatrização, evita queda de imunidade, atenua queda de cabelo e até aumenta a queima de gordura corporal. Porém, em excesso esta substância pode aumentar os processos inflamatórios. 
 
Para evitar este problema é importante que haja um equilíbrio no consumo de ômega 6 e o ômega 3. Infelizmente, como o ômega 6 pode ser encontrado facilmente na alimentação, ele está presente em carnes, ovos e leite, e o 3 não, as pessoas tem dificuldade em balancear o consumo dos dois ômegas.  
 
O ômega 9 é uma gordura monoinsaturada que está presente no azeite de oliva extravirgem, azeitonas, abacate, gergelim e em algumas oleaginosas. Ele possui uma ação anti-inflamatória tão forte quanto o ômega 3. 
 
Equilíbrio entre o ômega 3 e 6
A preocupação atual vem sendo em relação à proporção do consumo entre as gorduras ômega 6 e ômega 3, pois o equilíbrio entre esses dois tipos de "gorduras" confere um efeito metabólico protetor ao organismo. O consumo exagerado de ômega 6 comparado ao ômega 3 é visto como fato extremamente prejudicial à saúde do homem, principalmente porque mantém relação com o surgimento de doenças cardíacas e câncer. Na alimentação moderna há o grande aumento de alimentos industrializados - óleos refinados, baixo consumo de alimentos de origem vegetal e pescados e frutos do mar.  
 
Infelizmente, como o ômega 6 pode ser encontrado mais facilmente na alimentação, ele está presente em carnes, ovos e leite, do que o 3, as pessoas tem dificuldade em balancear o consumo dos dois ômegas.  
 
Os valores sugeridos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para um bom equilíbrio entre as quantidades de ômega 6 e ômega 3 na alimentação é a razão de (5:1). Isto porque o ômega 3 é mais facilmente metabolizado pelo organismo do que o ômega 6. Então, se eles fossem consumidos na mesma quantidade o corpo priorizaria o ômega 3 e não iria ingerir os valores necessários do 6. Proporções acima desta recomendação, com mais ômega 6, não é interessante, pois o excesso deste ácido tem caráter pró-inflamatório.  
 
Para conseguir cumprir esses valores, os pesquisadores Simopoulos & Robinson publicaram em 1999 condutas que podem ser encontradas no Guia Dietético para Dieta do Ômega em Sete Etapas.
 
Entretanto, devem estar associadas a uma alimentação bem planejada.  
 
1.Escolher alimentos ricos em acido graxo ômega 3, como peixes gordurosos (salmão, atum, truta arenque e cavala), nozes, óleo de canola, linhaça e vegetais verdes;

2.Usar óleos monoinsaturados, como azeite de oliva e óleo de canola;

3.Comer sete ou mais porções de frutas e vegetais por dia;

4.Coma mais proteínas vegetais, incluindo ervilhas, feijões e nozes;

5.Evitar carnes gordas e produtos lácteos com alto teor de gordura devido a presença de gordura saturada;

6.Evitar óleos ricos em ômega 6, como: milho, cártamo, girassol, soja e óleos de algodão;

7.Reduza a ingestão de gordura trans, "trocando" os seguintes produtos: margarina, gordura vegetal, preparações de pastelaria, frituras, snacks e alimentos processados.    
 
Como preservar o nutriente
Ao consumir o peixe é importante que ele seja refogado, grelhado ou assado. Fritar este alimento não é interessante, pois diminui drasticamente a quantidade de ômega 3. Quanto aos óleos de canola e soja a orientação é aquecê-los até 170 graus, mais do que isso o ácido graxo se perde. 
 
Um método caseiro para saber se o óleo alcançou a temperatura ideal é colocar um pedaço de pão no líquido. Se o alimento afundar significa que o óleo está frio, se boiar completamente quer dizer que está muito quente, acima de 180 graus, e se ficar no meio a temperatura é a ideal, cerca de 170 graus. 
 
Para obter o ômega 3 das sementes de linhaça e chia é preciso triturá-las, pois o ácido graxo está dentro de uma capa de celulose. Porém, ao quebrar essa capa, um óleo muito sensível é exposto.
 
Então, a orientação é triturar toda a quantidade do saquinho com uma das sementes, colocar o pó em uma vasilha de plástico fosca com tampa e armazená-la no freezer. Assim, o alimento fica protegido da luz, do oxigênio e da temperatura, evitando que ocorra a oxidação. Este procedimento é muito importante, se não for feito e a gordura do alimento triturado oxidar, isto pode ser muito prejudicial para a saúde. 
 
Minha Vida

Fibrilação atrial é um tipo de arritmia cardíaca que aumenta risco de AVC

Além da fibrilação atrial, hipertensão também é um fator de risco para AVC
 
Um em cada cinco casos de AVC tem causa cardíaca e, por isso, cuidar do coração é uma das maneiras de se proteger, como explicou o cardiologista Roberto Kalil no Bem Estar.
 
Entre os principais fatores de risco para o AVC está a hipertensão, que aumenta as chances de entupimento e rompimento dos vasos, que causam o AVC isquêmico e hemorrágico. Fora a pressão alta, grande parte dos casos que têm causas cardíacas deve-se também a uma doença chamada fibrilação atrial, um tipo de arritmia cardíaca que atinge cerca de 1,5 milhão de brasileiros. Segundo o neurologista vascular Alexandre Pieri, um brasileiro morre a cada 6 segundos por causa de um AVC causado pela fibrilação atrial.
 
A doença acontece quando os átrios, câmaras superiores do coração, se contraem em um ritmo diferente do resto do coração, fazendo com que o sangue não corra do jeito que deveria. Muitas vezes o corpo se adapta bem a essa falta de sincronia, mas pode acontecer de o sangue engrossar e coagular.. Esse coágulo pode se espalhar pelo corpo e chegar ao cérebro, onde entra em uma veia pequena e interrompe o fluxo sanguíneo, gerando uma inflamação localizada e um entupimento, que é o AVC.
 
Arte Bem Estar AVC (Foto: Arte/G1)
 
Quando ele ocorre, o paciente pode sentir uma dor de cabeça muito forte, ânsia e visão turva, como foi o caso da dona de casa Aparecida Maria Rangel, mostrada na reportagem da Natália Ariede.
 
Como estava sozinha em casa, Aparecida não conseguiu pedir ajuda com rapidez e só foi para o hospital depois de 30 horas. Lá, ela ficou internada e percebeu que o AVC tinha deixado sequelas – ela perdeu a força na mão direita, perdeu a audição do ouvido esquerdo e passou a não conseguir andar. No entanto, depois do susto, ela começou a se cuidar mais, principalmente em relação ao coração, já que ela acredita que a arritmia cardíaca tenha sido a causa do derrame.

Essa arritmia, característica da fibrilação atrial, em muitos casos não dá sintomas, mas o paciente pode observar alguns sinais, como palpitação e coração acelerado, cansaço, falta de ar, tontura e desmaio – nessa situação, é fundamental procurar um médico o quanto antes.
 
O neurologista Alexandre Pieri explica que, para identificar o AVC, o paciente deve levantar os dois braços em linha reta na frente do corpo para avaliar se há fraqueza em algum deles ou tentar falar uma simples frase, por exemplo; se houver alguma alteração nessas ações, é importante buscar ajuda imediatamente.
 
Se for diagnosticado o AVC, o médico pode dar um trombolítico, medicamento que ajuda a dissolver e destruir o coágulo que está interrompendo a veia, para que o sangue volte a fluir normalmente.
 
Para evitar um AVC, quem tem fibrilação atrial pode usar medicamentos anticoagulantes como parte do tratamento, já que eles previnem a formação de coágulos, como explicou o neurologista Alexandre Pieri. Em pessoas normais, a coagulação é um processo quase imediato – em, no máximo, 3 minutos, as plaquetas formam um parede para fechar o corte e parar o sangramento.
 
No entanto, além da fibrilação atrial, que aumenta as chances de coágulos, pode acontecer o contrário e o paciente ter a coagulação lenta, uma doença chamada hemofilia - nesse caso, o  processo de coagulação pode demorar mais do que três minutos e existem casos de pessoas que ficam horas sangrando.

G1

Remédio experimental da Roche contra esquizofrenia falha em testes

Foto: Reprodução
Esquizofrenia
Resultados de dois estudos apontam que o bitopertin não reduziu sintomas. Segundo a OMS, cerca de 1% da população mundial tem esquizofrenia
 
Um remédio experimental da Roche concebido para tratar os "sintomas negativos" da esquizofrenia não conseguiu atingir seu principal objetivo em dois estudos de estágio avançado, o que representa um golpe às esperanças de pesquisa da farmacêutica suíça na arriscada área de neurociência.
 
Os resultados dos dois estudos de Fase III determinaram que o bitopertin em combinação com terapia antipsicótica não reduziu significativamente os sintomas negativos após 24 semanas de tratamento em comparação a placebos. Um terceiro estudo de estágio avançado está em curso.
 
Cerca de 26 milhões de pessoas sofrem de esquizofrenia no mundo, mas as opções atuais de tratamento para os sintomas negativos do distúrbio são limitados.
 
"Estes resultados são decepcionantes para pessoas com sintomas negativos pois são necessários tratamentos mais eficazes para estes efeitos debilitantes da esquizofrenia", disse Sandra Horning, vice-presidente médica e chefe global de desenvolvimento de produtos da Roche.
 
Segundo a agência Reuters, os dados também são um golpe à Roche, que aumentou seu investimento em neurociência nos últimos anos conforme procura se diversificar além de sua principal especialidade em câncer. A empresa está hoje realizando estudos de estágio avançado sobre a doença de Alzheimer, esclerose múltipla e esquizofrenia.
 
A Roche está conduzindo três outros estudos de Fase III que investigam a bitopertin para sintomas controlados imperfeitamente, como alucinações e delírios. A fabricante de medicamentos disse que aguardará os dados de seus outros estudos antes de decidir os próximos passos sobre o medicamento.
 
O que é?
A esquizofrenia é um distúrbio crônico que atinge o cérebro, causando alucinações e delírios. Há remédios eficazes para controlar as crises, afirmam os médicos, mas eles precisam ser tomados com frequência para evitar que o paciente tenha surtos e eles se agravem.

A doença atinge partes neurológicas muito sofisticadas. Além dos sintomas de delírio, o paciente pode ter a sensação de que uma voz está mandando que ele faça algo.
 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 1% da população mundial tem esquizofrenia. A doença tem origem genética, mas não é apenas este o fator que a desencadeia.

G1

Veganismo 'meio-período' se populariza com ajuda de celebridades

Jay-Z e Beyoncé aderiram à dieta vegana por apenas 22 dias (Foto: AFP/BBC)
Foto: AFP/BBC
Jay-Z e Beyoncé aderiram à dieta vegana por apenas 22 dias
Muitos abdicam de produtos de origem animal por apenas algumas semanas para desintoxicação
 
O veganismo já foi associado aos ativistas defensores dos direitos dos animais, àqueles que queriam uma vida mais saudável e aos religiosos. Mas, um número cada vez maior de pessoas estão testando a dieta vegana temporariamente, por uma semana ou até 30 dias, segundo a Vegan Society, uma organização de caridade britânica de promoção do veganismo.
 
De acordo com a organização, houve um aumento de 40% do número de pessoas aderindo ao veganismo "meio-período" nos primeiros dois meses de 2013 em comparação com o mesmo período de 2012.
 
Entre os casos mais famosos está o da cantora Beyoncé e o marido, o rapper Jay-Z, que aderiram à dieta vegana por 22 dias como parte de uma "limpeza espiritual e física". E uma nova campanha chamada Veganuary já conseguiu a adesão de 3,2 mil pessoas à dieta vegana no mês de janeiro, segundo os organizadores.

Muitos destes veganos "meio-período" não são contra o consumo de produtos animais, como ocorre com os veganos tradicionais. Os novos veganos podem ter se inspirado em nomes conhecidos que adotaram este estilo de vida para valer e não apenas por um período limitado, como o cineasta americano James Cameron, o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton e o fundador da Microsoft, Bill Gates.
 
Segundo a Vegan Society britânica, existem 150 mil veganos na Grã-Bretanha, uma em cada 400 pessoas. Esta taxa aumenta nos Estados Unidos, uma para cada 150 pessoas, segundo o Vegetarian Resource Group, o que faz com que os números totais de veganos americanos fiquem em torno de 2 milhões.
 
Como os vegetarianos, eles não comem carne vermelha, frango, peixes ou produtos ligados a animais. Os veganos também não consomem laticínios ou ovos.
 
Mas quem realmente está ganhando destaque são os veganos temporários e eles podem adotar esta dieta devido a várias motivações. Alguns querem apenas se livrar dos excessos cometidos no Natal e Ano Novo, outros querem uma boa desintoxicação.
 
Segundo Juliet Gellatley, diretora do grupo vegano e vegetariano britânico Viva, o que geralmente move esses novos veganos são dois motivos: preocupação com a saúde e uma maior consciência sobre como os animais são tratados.
 
"As pessoas podem ter uma tendência para ter doenças do coração ou querem diminuir o colesterol. Ou pode ser porque eles viram algo sobre agricultura industrial. Mas, uma vez que as pessoas se abrem para o veganismo, elas geralmente abrem as mentes para outras questões também", disse.
 
"O terceiro fator, que é mais incomum, são as razões ambientais como aquecimento global e devastação das florestas", acrescentou.
 
Hormônios e dieta
Rachel Hollos, diretora de marketing global de uma empresa em Londres, foi uma das pessoas que adotou o veganismo por um mês. "Li muitos artigos sobre como nós não precisamos de laticínios e como o leite de vaca tem muitos hormônios que desregulam nossos hormônios", afirmou.
 
Ela também viu algumas propagandas das investigações do grupo ativista Pessoas Pelo Tratamento Ético dos Animais (Peta, na sigla em inglês). Rachel contou que a dieta vegana é muito diferente da dieta normal que ela segue, que geralmente incluía muitos ovos, peixe, leite de cabra e iogurte.
 
A mudança foi fácil durante a semana, quando ela consegue preparar as refeições e lanches em casa. Mas tudo ficou mais difícil no final de semana, quando ela come fora. "Também sinto falta dos bolos e chocolate, e a maioria dos bolos contém manteiga e ovos, e a maioria dos chocolates tem leite. Definitivamente sinto que tenho mais energia e me sinto menos inchada, mas também sinto muita fome todo o tempo", disse.
 
Os que defendem a dieta insistem que o veganismo não se resume a esta sensação de fome. Juliet Gellatley afirma que é fácil evitar esta sensação planejando cuidadosamente as refeições e optando por feijões, lentilhas, entre outros para ajudar a manter a sensação de saciedade.
 
O personal trainer Luke Graham, do País de Gales, afirma que aderiu ao veganismo no mês de janeiro em parte por uma questão de "ética e saúde, em parte para fazer uma experiência". E, por enquanto, ele afirma que seus nívels de energia estão bons.
 
"Preciso ficar forte e em boa forma para meu trabalho e eu temia que, virando vegano, o contrário aconteceria. A última vez que tentei (esta dieta) não entendia muito sobre nutrição. Agora, elaborar planos de nutrição faz parte do meu trabalho", afirmou.
 
Veganos diurnos e escândalos
Há dietas veganas para vários gostos, como a VB6, que defende a dieta vegana até as 18h e virou moda depois de o articulista de gastronomia do The New York Times Mark Bittman ter publicado um livro a respeito em 2013.
 
Também há vários produtos como comida crua, sucos de limpeza, dietas com sopas que envolvem diminuir o consumo de carne e outros produtos ligados a animais.
 
Esta é também uma fatia de mercado que está em crescimento na Grã-Bretanha, o de produtos livres de carne, como tofu, hamburgueres vegetarianos entre outros. Este mercado foi avaliado no país em 625 milhões de libras (mais de R$ 2 bilhões), um aumento de 21% em relação a cinco anos atrás, segundo a companhia de pesquisas Mintel.
 
A queda no consumo de carne também pode estar ligada a escândalos como a descoberta de carne de cavalo em produtos vendidos em supermercados da Europa no ano passado.
 
Outros afirmam que campanhas divulgadas por celebridades, como as Segundas Sem Carne, que Paul McCartney lançou para estimular as pessoas a diminuírem a pegada de carbono ao cortarem o consumo de carne por um dia da semana, também podem ter contribuído.
 
Para Juliet Gellatley está ocorrendo uma grande mudança e a dieta vegana não é mais vista como algo totalmente estranho. "As pessoas não estão, necessariamente, virando veganas, mas elas parecem admirar as pessoas que cortaram um pouco mais (a carne), ... elas dizem 'sei que não é bom para o meu coração'", disse.
 
Para Juliet, adepta do veganismo há 21 anos, não há problemas em aderir ao estilo de vida apenas por um período limitado. "Na minha opinião, qualquer mudança é positiva. Qualquer coisa que leve à comer menos animais é boa. Além disso, poucas pessoas vão direto para uma dieta vegana. Algumas mudam do dia para a noite, mas recebemos emails de pessoas todos os dias dizendo que não comem mais carne vermelha, e depois peixe, depois os laticínios etc. A maioria vira vegetariano antes de virar vegano", acrescentou.
 
Para Rachel, de Londres, a dieta vegana só vai durar o mês de janeiro mesmo. Ela pretende voltar a comer peixe em fevereiro e, possivelmente, carne branca orgânica depois. "A dieta vegana realmente me fez pensar sobre o que eu coloco no meu corpo e descobri vários benefícios nutricionais e receitas saborosas que vou continuar fazendo. Acho que há bom senso em muitas teorias e, definitivamente, é um desafio que vale a pena", afirmou.
 
G1

De queridinho a vilão, as contradições do salto alto

Saber escolher o sapato ideal para o dia ajuda a evitar dores no corpo
 
A paixão por belos sapatos e sandálias de salto alto sempre imperou entre muitas mulheres, e boa parte da ala feminina não abre mão de utilizar essa peça diariamente.
 
Embora proporcione elegância, com o tempo ele pode trazer sérios danos à coluna se não for usado com moderação.
 
A explicação gira em torno do peso, pois quando a mulher sobe no salto, o corpo não fica distribuído de forma equilibrada. Desta forma, a sobrecarga fica na parte frontal dos pés, na região dos dedos.
 
— Aquelas que possuem o pé chato sofrem ainda mais consequências. A elevação obriga que a planta do pé esteja numa posição arqueada, ocasionando fadiga, dores e lesões na sola— explica o fisioterapeuta Helder Montenegro.
 
Além de provocar calosidade, joanetes e entorses, o uso frequente desse tipo de calçado causa dores no joelho e no calcanhar.
 
A longo prazo, os saltos também podem atrofiar a musculatura das panturrilhas que, por consequência, prejudicam a angulação da coluna.
 
— Sob o salto, os ombros se inclinam para trás e a cabeça para frente, prejudicando a região lombar — informa Montenegro.
 
 
Confira cinco dicas desenvolvidas pelo fisioterapeuta para evitar dores nas costas decorrentes do uso de salto alto:
 
1. Altere a altura e varie os modelos dos sapatos
Ao escolher um salto muito alto, no dia seguinte opte por um que seja centímetros mais baixos. É importante variar o modelo, pois alguns provocam um esforço a mais nos pés, como no caso dos de bico fino que resultam em calos e joanetes.
 
2. Tenha sapatos sem salto
Se você realiza longas caminhadas no dia-a-dia, a alternativa mais indicada são os sapatos sem salto ou rasteiros, que deixam o seus pés confortáveis e não geram complicações à região lombar.
 
3. Saiba comprá-los
O período correto para adquirir calçados é após o trabalho, já que os pés estão inchados e é possível identificar os incômodos produzidos por um sapato justo demais.
 
4. Não descuide da panturrilha
Realize alongamentos para ativar a circulação sanguínea no local antes de calçar os sapatos e ao retirá-los.
 
5. Massageie os pés
Para aliviar a tensão, faça movimentos circulares de baixo para cima. O escalda pés também ajuda a amenizar as dores e a desinchar a região.

Zero Hora

Vacina contra HPV será aplicada em um milhão de meninas em São Paulo

Em 2015, vacina passa a ser oferecida para adolescentes de
 9 a 11 anos, em 2016 às meninas de 9 anos
Vacina contra HPV garante proteção de 98% contra o câncer de colo do útero e deve ser aplicada em mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual
 
A partir de 10 de março deste ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) passa a oferecer a vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV), usada na prevenção do câncer de colo do útero. Neste ano, serão vacinadas meninas de 11 a 13 anos. Em São Paulo, 1 milhão de adolescentes deverão ser imunizadas, apenas em 2014. 
 
A vacina estará disponível nos 36 mil postos da rede pública durante todo o ano, como parte da rotina de imunização. Para orientar esta mobilização, já foi distribuído informe técnico aos estados e municípios. Também está previsto reforço nas escolas sobre a importância da vacina para adolescentes, pais e professores, com distribuição do Guia Prático sobre HPV.
 
Cada adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção, sendo que a segunda deve ser aplicada seis meses depois da primeira, e a terceira cinco anos após a dose inicial. Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as adolescentes de 9 a 11 anos e em 2016 às meninas de 9 anos. A meta do Ministério da Saúde é atingir 80% do público-alvo, composto por 5,2 milhões de meninas. A vacina contra HPV garante proteção de 98% contra o câncer de colo do útero.
 
Para o primeiro ano de vacinação, serão 15 milhões de doses. Em São Paulo, serão enviadas 2,1 milhões de doses ao longo de 2014. A vacina utilizada será a quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18). Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo. O vírus HPV é uma das principais causas de ocorrência do câncer do colo de útero - terceira maior taxa de incidência entre os cânceres que atingem as mulheres.
 
Segurança
A vacina contra HPV tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. Hoje, é utilizada como estratégia de saúde pública em 51 países. A sua segurança é reforçada pelo Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS).
 
O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estimativa da Organização Mundial da Saúde aponta que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18. Indica-se que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, anualmente. A vacina não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais.
 
iG

Ingestão de vitamina D não reduz riscos de doenças ou fraturas, diz estudo

De acordo com cientistas, pacientes hospitalizados que ingeriram vitamina D apresentaram risco de fratura dos quadris inferior a 15%, índice baixo para justificar a ingestão do composto
 
Os cientistas analisaram 100 pacientes e descobriram que não houve diminuição significativa do risco em qualquer área do corpo humano com a ingestão da vitamina.
 
Mas eles acrescentaram que mais pesquisas são necessárias para comprovar as descobertas, e acrescentaram que grupos de risco, como bebês, mulheres grávidas e idosos, ainda devem ser aconselhados a tomar o medicamento.
 
Conheça alguns alimentos ricos em vitamina D:
 
- Atum
 
- Carne Bovina
 
- Cogumelos
 
- Fígado Bovino
 
- Gema de Ovo
 
- Leite Fortificado
 
- Manteiga
 
- Ostras Cruas
 
- Queijos
 
- Salmão
 
- Sardinhas
 
A equipe responsável pela pesquisa, da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, já havia anteriormente realizado uma metanálise que mostrou que os suplementos de vitamina D não tiveram efeito na densidade mineral dos ossos.
 
Na ocasião, eles fizeram uma análise minuciosa de testes clínicos aleatórios de ingestão de vitamina D, com ou sem cálcio.
 
Ao final, no entanto, eles descobriram que os suplementos de vitamina D não alteram significativamente o risco de enfarte ou outras doenças cardiovasculares, derrame cerebral, câncer e fraturas.
 
De acordo com cientistas, pacientes hospitalizados que ingeriram a substância apresentaram um risco de fratura dos quadris inferior a 15% - patamar considero baixo para justificar a ingestão da vitamina D.
 
A mesma pesquisa foi feita com pacientes saudáveis. Quando eles tomaram cálcio, também não apresentaram nenhum fortalecimento dos ossos. O estudo afirmou que "não há certeza se a vitamina D com ou sem cálcio reduzem o risco de morte".
 
"De acordo com as nossas descobertas, há pouca ou nenhuma razão para prescrever suplementos de vitamina D para prevenir enfarte do miocárdio ou doença de coração isquêmica, AVC ou doenças vasculares cerebrais, câncer, ou fraturas, e tampouco reduzem o risco de morte em uma comunidade de indivíduos aleatória".
 
As fontes de vitamina D mais comuns são os óleos de fígado de peixes e alimentos derivados do leite, como manteiga e queijos gordurosos, além da exposição ao sol.
 
Cautela
Karl Michaelsson, do departamento de ciências cirúrgicas da Universidade de Uppsala na Suécia afirma, entretanto, que ainda há um debate sobre os eventuais benefícios de saúde envolvendo a ingestão de suplementos em casos de deficiência de vitamina D.
 
"A impressão que muitas pessoas têm é que altas doses de vitamina D ajudam a melhorar a saúde", critica Michaelsson.
 
Para o pesquisador, enquanto não houver informações suficientes que justifiquem os benefícios, o melhor a fazer é manter cautela em relação à ingestão da substância.
 
Enquanto alguns especialistas em nutrição afirmam que a falta da vitamina é responsável por inúmeras doenças, como fraturas, câncer, doenças cardiovasculares, diabetes, outros dizem que a deficiência é, na verdade, o resultado – e não a causa - da deterioração da saúde de um indivíduo.
 
Para Colin Michie, consultor em pediatria e presidente do comitê de nutrição da Royal College of Paediatrics and Child Health, o estudo comprova que "a vitamina D pode até gerar benefícios, mas eles não são tão relevantes".
 
Ele, entretanto, recomenda cautela dos médicos, bem como dos pacientes. "Os médicos não devem sair pedindo exames de sangue para detectar uma possível carência da vitamina no organismo dos pacientes", diz Michaelsson. "Em vez disso, as pessoas saudáveis têm de comer mais peixe, prestar atenção à sua dieta e a seu estilo de vida", acrescenta. 
 
Entre os que apresentam maior insuficiência de vitamina D estão as crianças abaixo de cinco anos, mulheres grávidas e em fase de amamentação e idosos com mais de 65 anos, além das pessoas que têm pouca exposição ao sol.
 
Recentemente, estudos mostraram que indivíduos com a pele mais escura, tais como africanos, caribenhos e asiáticos naturais do Sudeste da Ásia, ou mesmo pessoas que usem roupas que cobrem todo o corpo, além daquelas com pele mais pálida, também se incluem no grupo de risco.

iG

Os remédios do futuro

Foto: Reprodução
Medicamentos biológicos prometem dar forma à tão sonhada medicina personalizada
 
Uma nova classe de medicamentos, os chamados remédios biológicos, é a grande promessa para o futuro terapêutico de doenças graves como câncer , artrite reumatoide , esclerose múltipla , hepatite C , doença de Crohn , entre outras.
 
Produzidos a partir de organismos vivos que interagem com proteínas humanas – daí a origem do nome – os biológicos têm sido chamados de “medicamento do futuro”, mas já vêm sendo utilizados em todo o mundo há pelo menos cem anos.
 
As vacinas são bons exemplos, assim como a insulina – aplicada em diabéticos desde 1982, quando entrou no mercado norte-americano –, e os interferons, prescritos para pacientes com esclerose múltipla ou hepatite C. O lado inovador, no entanto, está na formulação e também na possibilidade de tratamentos mais personalizados. Hoje estima-se que um quinto dos remédios que chegam ao mercado são biotecnológicos.
 
“Produtos biológicos têm um histórico de sucesso no tratamento de muitas doenças crônicas e que trazem risco à vida“, afirma Gilberto Castañeda, professor de farmacologia do centro de pesquisa e estudos avançados do Instituto de Política Nacional do México e membro do conselho consultivo do Centro Latino Americano de Pesquisa em Biológicos (ClapBio).
  
Em comparação com os medicamentos sintéticos convencionais, como a maioria dos analgésicos, a produção de um biológico é muito mais complexa, já que as substâncias terapêuticas só podem ser feitas por sistemas vivos e têm uma estrutura molecular extensa e heterogênea.
 
“As células vivas atuam como uma fábrica”, explica a Agencia Nacional de Vigilância Sanitaria (ANVISA), na cartilha O que se deve saber sobre medicamentos.
 
Personalização
Os biológicos têm um diferente mecanismo de ação, pois são capazes de restringir a área de atuação e agir de forma pontual e específica contra determinadas doenças. É justamente essa característica que permite uma personalização do tratamento.
 
“Essa nova tecnologia é específica. Em vez de uma cobertura sistêmica, que atua no corpo todo, passamos a trabalhar com receptores particulares, reduzindo os efeitos adversos e atuando no mecanismo da doença”, afirma Denizar Vianna, professor do departamento de clínica médica da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
 
A precisão da terapia é um importante caminho para pacientes com câncer, por exemplo. Agindo de forma mais inteligente do que a quimioterapia, as terapias-alvo atingem apenas as células tumorais e conservando as saudáveis.

“Esse é o caminho para o futuro. Logo, e já existem medicamentos em estudo nesse sentido, não precisaremos mais da quimioterapia para tratar um câncer, poderemos apostar apenas nos biológicos”, prevê o médico. Vianna ressalta, no entanto, que a substituição dos sintéticos pelos biológicos não deve acontecer em todas as terapêuticas.
 
“Na cardiologia, por exemplo, temos alguns mecanismos – como a pressão alta e o colesterol – já bem resolvidos. Por isso, nessa área permaneceremos como estamos”, acredita.
 
O alto custo do medicamento, no entanto, tem sido uma das grandes desvantagens em comparação com os demais tratamentos. Reduzir o potencial tóxico também.
 
“Hoje já conhecemos marcadores que nos indicam se há mais chance de problema cardíaco. Nesses casos, é necessário um acompanhamento bem de perto ou até mesmo uma discussão a fim de avaliar se esse paciente é elegível para esse tratamento”, diz Vianna.
 
O desafio dos biossimilares
Com a quebra de patente de alguns medicamentos, a indústria começa a discutir agora a fabricação dos fármacos similares também no campo dos biológicos. Uma discussão inteiramente nova.
 
“Não é possível replicar a matriz. Por isso, os similares não são – e nem podem ser – entendidos como genéricos. O próprio nome já diz: é parecido, não a mesma coisa”, explica Gilberto Castañeda.
 
O professor compara os remédios à produção de vinhos. “Temos vinhos de uma mesma região, com a mesma variedade de uvas, mas que apresentam diferenças no teor alcoólicos entre as marcas. Com os biofármacos o raciocínio é o mesmo. É improvável termos a mesma molécula, porque ela será feita de forma diferente”, explica.
 
O surgimento de similares, no entanto, é bem-visto e esperado. “Eles devem aumentar o acesso a esse tipo de remédio, barateando os custos. Mas eles precisam atender aos critérios estabelecidos, não justifica colocarmos a vida dos pacientes em risco”, ressalva o professor.
 
Em 2009, a Organização Mundial de Saúde definiu critérios que devem ser seguidos na produção dos similares. Entre eles, destacam-se a garantia da qualidade do medicamento, avaliação não-clínica seguida de estudo clínico controlado e supervisão posterior de possíveis efeitos adversos.
 
“Por isso os similares devem fazer seus próprios estudos com números de pacientes suficientes a fim de adequar doses e outros fatores”, completa.             

iG

Genéricos X Similares: entenda a diferença entre os medicamentos

A única coisa que difere um medicamento de referência de
 um similar ou de um genérico é o nome e o preço
Decisão da Anvisa possibilita que, com a mesma receita, paciente opte por genérico, similar ou medicamento de referência; os três têm o mesmo princípio ativo, mas preço bem distintos
 
A cena é comum: você pede um remédio na farmácia e o atendente pergunta se você prefere o de referência ou o genérico. Até aí, é fácil: normalmente, quem prefere pagar menos opta pelo genérico, que tem o mesmo princípio ativo do medicamento de referência, mas não tem nome comercial.
 
No entanto, um novo nome está prestes a entrar no cardápio. Por decisão da Anvisa, os medicamentos similares vão se igualar aos genéricos: serão intercambiáveis com os de referência - os chamados inovadores, frutos de descobertas científicas. Isso significa que será possível substituir o medicamento de referência pelo similar, sem precisar trocar a receita médica, como já funciona com os medicamentos genéricos. O prazo para a medida entrar em vigor será definido quando houver a publicação da norma, que está em consulta pública até o meio de fevereiro. 
 
O que muda
Mas, afinal, qual é a diferença entre o medicamento similar e o genérico? Atualmente, nenhuma. Antes, os medicamentos similares, apesar de terem a mesma composição, não tinham comprovação científica de que eram cópias fiéis aos de referência. Hoje, passam pelos testes de biodisponibilidade relativa e equivalência farmacêutica, procedimentos que comprovam que sua ação medicamentosa é exatamente igual à do medicamento de referência.
 
A novidade da decisão da Anvisa é que, além do genérico, ela pode pedir pelo similar na farmácia.
 
Mesmo que na receita só conste o nome do medicamento de referência. Antes, a compra só acontecia se o médico escrevesse o nome do similar no receituário. 
 
Portanto, a única coisa que difere um medicamento de referência de um similar ou de um genérico é o nome e o preço. Eles agem da mesma forma, tem o mesmo efeito, são eliminados pelo organismo no mesmo tempo, enfim, são exatamente iguais.
 
A única diferença que resta entre o similar e o genérico, segundo o presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP), Pedro Menegasso, é que o similar tem um nome comercial - normalmente já bem conhecido no mercado - e costuma ser mais barato que o genérico. O genérico, por sua vez, leva o nome do princípio ativo. 
 
Um exemplo é a Aspirina (referência), ácido acetilsalicílico (genérico) e o Melhoral (similar). O trio tem a mesma composição. O mesmo acontece com o Caladryl (referência), o calamina + cloridato de difenidramina + cânfora (genérico) e o Calamed (similar), além de outros que estão disponíveis para consulta no site da Anvisa.
 
Segundo Menegasso, a decisão da Anvisa é boa para o consumidor, pois aumentará a concorrência entre os fabricantes. O valor que os medicamentos similares poderão ser vendidos ainda será definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). A proposta é que a mesma regra aplicada aos genéricos - que entram no mercado custando no máximo 65% do valor do de referência  seja válida também para os similares.

iG

Salvador tem índice de infestação da dengue que coloca a cidade em alerta

Uma prévia do Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (Lira) realizado em 50 mil imóveis, entre os dias 5 e 11 de janeiro, pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), revelou que Salvador está em estado de alerta com relação à dengue
 
De acordo com o levantamento, a cidade registrou um índice médio de 2,6%, com variação entre área com baixo percentual e outras onde que apresentaram alto risco de contaminação pela doença.
 
É considerado de baixo risco pelo Ministério da Saúde índice de infestação menor que 1%. Acima de 1% até 3,9% representa um sinal de alerta. Já a partir de 3,9% a área é classificada como de alto risco de contaminação pela dengue.
 
Segundo a coordenadora do Programa  Municipal de Combate à Dengue, Isabel Guimarães, o próximo passo, agora, é a finalização das análises por Distrito Sanitário e bairros. O processamento dessas informações, que deverá ser concluído no final da próxima semana, permitindo que a secretaria intensifique as ações de combate e controle nas áreas com maior incidência do mosquito transmissor da dengue.
 
Entre essas medidas se destacam os mutirões de limpeza, em parceria com a Limpurb, as ações de educação e saúde e colocação de larvicidas em residências e pontos considerados de risco para evitar a proliferação dos insetos.
 
A coordenadora destaca que, além das ações em áreas específicas, ao longo de todo o ano a SMS desenvolve ações de rotina em toda a cidade, visando reduzir os riscos de disseminação da dengue. “Hoje, contamos com cerca de 1,8 mil agentes de endemias que, em todo o ano passado, visitaram mais de 3,8 milhões de imóveis implementando ações de combate à dengue.

Tribuna da Bahia

Marido de grávida pede que se desliguem aparelhos que a mantêm viva nos EUA

 Foto: AP
Erick Muñoz é visto perto de foto sem data de si mesmo com sua
mulher Marlise e seu filho Mateo em Haltom City, Texas (3/1)
Família entrará com ação judicial após hospital alegar ser proibido por lei a parar tratamento por causa do feto
 
Advogados de uma família do Texas pedirão a um juiz nesta sexta-feira que permita que uma grávida com morte cerebral seja desconectada de aparelhos que a mantêm viva apesar da oposição do hospital, que alega ser obrigado pela lei a mantê-la nessa condição.
 
O caso levantou questões sobre o fim da assistência à vida e sobre se uma grávida que é considerada médica e legalmente morta deveria ser mantida por máquinas em benefício de um feto. Também capturou a atenção de ambos os lados do debate do aborto, com grupos antiaborto argumentando que o feto merece uma chance de nascer.
 
O juiz ouvirá argumentos enquanto o marido de Marlise Muñoz tenta desconectá-la dos aparelhos. Erick Muñoz diz que a mulher, uma colega paramédica, lhe disse quando era saudável que não queria ser mantida viva artificialmente se algum dia ficasse doente.
 
Erick encontrou sua mulher inconsciente em 26 de novembro. A família dela diz que a causa exata de sua condição é desconhecida, embora um coágulo sanguíneo seja uma possibilidade.
 
Funcionários do hospital argumentam que a lei do Texas proíbe a retirada do tratamento de uma grávida. Vários especialistas entrevistados pela Associated Press disseram que o hospital está aplicando a lei de forma errada.
 
Na quarta-feira, advogados da família disse que o feto de Muñoz, que estaria com cerca de 22 semanas de gestação, é "claramente anormal". Heather King e Jessica Hall Janicek basearam suas declarações em registros médicos que receberam do hospital.
 
"Mesmo nesse estágio inicial, as extremidade inferiores estão deformadas em um nível que não permite a determinação do gênero", disseram, também lembrando que o feto tem acúmulo de fluido dentro do esqueleto e possivelmente um problema cardíaco.
 
A porta-voz do hospital e o gabinete do promotor distrital, que representa a instituição médica no processo, não quiseram comentar o caso.
 
iG

Anvisa suspende comércio e uso de lote do antiobiótico Claritromicina 250mg/5ml

Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada ontem (24) determina a suspensão da distribuição, do comércio e do uso, em todo o território nacional, do lote 438569 do antibiótico Claritromicina 250mg/5ml grânulos para suspensão oral, fabricado pela empresa EMS S/A.
 
Segundo a Anvisa, laudo da Fundação Ezequiel Dias apresentou resultado insatisfatório em análise de teor de princípio ativo no medicamento, que se encontra inferior ao padrão, o que pode acarretar um tratamento deficiente. A orientação da agência é para que os consumidores não utilizem o produto.
 
Já a EMS, fabricante do medicamento, informou que já havia iniciado o recolhimento de forma voluntária do lote 438569 (fabricação 03/2012 e validade 03/2014) do produto em 24 de outubro de 2013. Além disso, o laboratório divulgou que está realizando todos os procedimentos cabíveis junto aos órgãos regulatórios em relação ao recolhimento.
 
A Anvisa disse não ter informações sobre a quantidade de produtos afetados e sua distribuição pelo país, mas determinou que a empresa promova o recolhimento do estoque existente no mercado relativo ao lote em questão.
 
A resolução entra em vigor a partir de ontem.

Agência Brasil