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segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Bexiga de bebê de 4 dias é retirada por engano em hospital particular do DF

Conselho Regional de Medicina disse investigar o caso. Menina teve dois drenos implantados e só vai poder receber órgão artificial quando tiver 5 anos

Fachada do Hospital Santa Helena, unidade particular que funciona na área central de Brasília (Foto: TV Globo/Reprodução)
Fachada do Hospital Santa Helena, unidade particular que funciona na área central de Brasília (Foto: TV Globo/Reprodução)

O Conselho Regional de Medicina investiga a conduta de profissionais que retiraram por engano a bexiga de uma bebê de quatro dias em um hospital particular de Brasília. A menina tinha um cisto ovariano – descoberto ainda na gestação da mãe.

O incidente aconteceu em abril, mas a história só foi exposta recentemente pela família, em redes sociais, depois que a unidade de saúde teria parado de oferecer ajuda. Por causa do erro, a garota teve de colocar dois drenos para a passagem da urina.

Em nota, o Hospital Santa Helena – localizado no final da Asa Norte – negou que não presta assistência à criança. "Após a análise interna, a Diretoria encaminhou o caso para avaliação nas instâncias competentes, conforme a legislação vigente. Desde a alta da paciente, acompanha o caso por meio do médico assistente e permaneceu à disposição de todos para qualquer necessidade. Recentemente o Hospital manteve contato com a família para prestar eventual assistência necessária."

O G1 procurou a mãe da bebê e a defesa dela, que prefeririam não comentar o caso. Em relatos em redes sociais, a mulher contou que exames feitos na gravidez – incluindo três de sangue – identificaram o cisto. Os laudos foram entregues para o hospital quando ela entrou em trabalho de parto, mas os médicos tiveram outra interpretação: de que se tratava de um cisto abdominal, perto do umbigo, e que a situação era urgente.

O equívoco – de que o que foi extraído na verdade era a bexiga – só foi percebido dois dias depois, porque a bebê não urinava e estava bastante inchada. A criança precisou ficar internada em UTI. Para que a menina expelisse a urina, dois drenos foram implantados. A expectativa é de que aos 5 anos ela receba uma bexiga artificial.

Em entrevista à CBN, a mãe da bebê se disse "arrasada". "É a pior sensação da minha vida, e cada dia era uma notícia ruim. Eles fizeram um erro que vai ser pra vida da minha filha toda [...]. As consultas são bastante caras, por exemplo, um urologista é R$ 400, uma ecografia que ela faz é R$ 380. Fralda ela usa mais do que um bebê normal, porque tem que ser trocada toda hora."

G1

Mulher recebe medicações de pacientes diferentes em hospital na Barra

Advogada foi internada com inflamação no intestino grosso no último sábado e voltou a passar mal três dias depois por causa do erro

Reprodução Facebook - Mulher recebeu medicamentos errados de outros dois pacientes no Hospital Vitória

Rio - Após sentir fortes dores abdominais, a advogada Daniele Lima Jóia, de 37 anos, foi internada no Hospital Vitória, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, no último sábado. A mulher passou por exames e foi diagnosticada com colite, uma inflamação no intestino grosso. No entanto, três dias depois de ser hospitalizada, ela voltou a passar mal e percebeu que havia recebido duas medicações na veia de pacientes diferentes.

Em um vídeo publicado na sua rede social, a advogada, que é hipertensa, mostra que as bolsas erradas tinham cloreto de sódio e ciprofloxacino (um tipo de antibiótico). Um dos remédios era para um paciente de 87 anos e o outro para uma idosa de 97. Ao DIA, Daniele contou que vomitou assim que os enfermeiros trocaram o acesso venoso dela.

"Fiquei desesperada. Pedi para a minha acompanhante chamar a enfermeira, porque não sabia arrancar aquilo. Ao chegar no quarto, a enfermeira retirou os medicamentos e detectou que eu estava com a pressão alta. Só no dia seguinte de manhã uma equipe do hospital foi ao quarto me pedir desculpas", lembrou a advogada, que recebeu alta na tarde desta quinta-feira.

Daniele lamentou o ocorrido e destacou que vai tomar as "medidas judiciais cabíveis". Na terça-feira, dia em que observou o erro, a advogada divulgou o caso na Internet. Até a publicação desta reportagem, a postagem tinha ultrapassado os 18 mil compartilhamentos.

"Além de todo o fator físico e psicológico, me senti totalmente insegura e vulnerável, uma vez que dependia ainda do resultados dos exames. Estava ali buscando saúde e acabei correndo risco de morte. Não dormi as noites seguintes, mas graças a Deus tive alta hoje [quinta-feira]", completou.

Procurada pelo DIA, a assessoria de imprensa do Hospital Vitória informou que o sistema eletrônico que controla a dispensa de medicamentos é "inteiramente rastreável e funcionou como devido. "A instituição lamenta o incidente ocorrido na etiquetagem manual, feita após as conferências prévias de segurança, e reitera que a medicação dispensada à paciente em questão estava correta", acrescentou, em nota.