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sábado, 13 de dezembro de 2014

Riscos na gravidez: Conheça (e evite) os produtos de beleza não recomendáveis no período

produtos-beleza-nao-recomendados-gravidezQuando uma mulher engravida alguns cuidados com a alimentação, medicação e até mesmo produtos de beleza tornam-se necessários. Isso é importante para que tanto a sua saúde quanto a do bebê sejam preservadas
 
No que tange aos produtos de beleza, no entanto, muitas mulheres acabam ficando em dúvida sobre o que pode e o que não pode usar, por isso, a seguir apresentamos alguns dos itens que devem ser evitados nessa vertente.
 
Veja!
 
A Anvisa proíbe o uso de três substâncias durante a gestação, sendo elas a ureia, a cânfora e o chumbo. De acordo com estudos, elas são extremamente prejudiciais à formação do bebê.
 
O problema é que tais substâncias estão presentes na maioria dos hidratantes e cremes. Então, a partir de agora fique atenta à composição de seus produtos de beleza.
 
Intervenções cirúrgicas
Intervenções cirúrgicas com fins estéticos tais como plástica e lipoaspiração, em nenhuma hipótese podem ser realizadas em uma gestante. Existem riscos desse tipo de cirurgia provocar um aborto.
 
Tratamento para pele
Produtos para tratamento de pele tais como clareadores, cremes e loções de limpeza profunda, tratamentos anti-idade e aqueles com ácido, devem ser evitados por gestantes.
 
Esses produtos são absorvidos pelas mães e podem acabar contaminando o feto por meio da corrente sanguínea, causando eventualmente uma série de problemas.
 
Contudo, tenha cuidado com a pele e evite a exposição solar, usando sempre protetor solar, já que este sim, na maioria das vezes é recomendado durante a gravidez.
 
Cosméticos com álcool
Especialistas recomendam que as gestantes evitem o uso de produtos que possuem álcool em suas respectivas composições. Ele se faz presente, por exemplo, em demaquilantes, perfumes, desodorantes e loções adstringentes.
 
Clareamento dental
Durante a gestação nenhum procedimento de clareamento dental pode ser procedido, seja ele a laser ou químico. Isso porque as gengivas sensíveis tornam a mulher mais propensa a inflamações e infecções bucais.
 
Gel redutor
Durante a gravidez não é recomendável que a mulher use gel redutores de medidas. Isso porque tal produto pode provocar uma irritação na pele e aquecer o local, alterando consequentemente a pressão arterial da mulher.
 
Tintura, relaxamento e alisamento capilar
Ainda não foi possível comprovar se a absorção da tintura do cabelo pode ou não ser prejudicial ao bebê. Por via das dúvidas, no entanto, é melhor evitar o uso de tinturas permanentes. O mesmo vale para os alisamentos e relaxamentos capilares.
 
No caso de uma gravidez planejada, prepare-se com antecedência e aprenda a fazer penteados que possam disfarçar a raiz. E pra quem tem o costume de alisar o cabelo, o mais indicado é recorrer ao secador e à chapinha durante a gravidez.
 
Anticaspa e antiparasitários
Os produtos que combatem piolhos e caspas também não devem ser usados durante a gravidez. Isso porque o cetocanazol, que é uma substancia que toda gestante deve evitar, geralmente está presente na composição desse tipo de produto.

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Irritabilidade e falta de ar podem ser sinais de transtorno de ansiedade

TAG é um distúrbio caracterizado pela preocupação
 excessiva, persistente e de difícil controle
Psiquiatra explica mulheres são as principais vítimas do problema 
 
Diante de situações que podem provocar dúvida, medo ou expectativa é ansiedade é uma reação normal dos seres humanos. O problema acontece quando a ansiedade se torna um problema grave de saúde: a TAG (transtorno da ansiedade generalizada). De acordo com a psiquiatra do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco Renata Bataglin, a “ansiedade patológica” acontece quando o nível de ansiedade é desproporcional aos acontecimentos, causa muito sofrimento e interfere no desempenho familiar, social e profissional dos pacientes. Segundo ela, neste caso, é necessário que a pessoa procure ajuda médica, uma vez que sua qualidade de vida fica prejudicada
 
O TAG  é um distúrbio caracterizado pela preocupação excessiva, persistente e de difícil controle. De acordo com a psquiatra, costuma acometer mais mulheres, dura no mínimo seis meses e vem acompanhado por três ou mais dos seguintes sintomas: inquietação, fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração, tensão muscular e perturbação do sono.
 
Segundo a especialista, é muito difícil definir uma causa, já que se trata de uma doença multifatorial.
 
 Mas os sintomas mais comuns são: inquietação, fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração, tensão muscular, palpitações, falta de ar, taquicardia, sudorese, dor de cabeça, alteração nos hábitos intestinais, náuseas, aperto no peito, dores musculares, entre outros.
 
A ansiedade patológica compreende várias patologias como: síndrome do pânico, ansiedade generalizada, estresse pós-traumático, estresse agudo, fobias específicas, fobias sociais e distúrbio obsessivo-compulsivo”, explica a médica.
 
O tratamento inclui medicamentos antidepressivos e ansiolíticos, além de psicoterapia.
 
— É importante ressaltar que o paciente não deve parar a medicação por conta própria após melhora dos sintomas.

R7

Própolis poderá reverter a calvície, diz estudo

Aplicação do própolis na pele pode aumentar o número
de células responsáveis pelo crescimento de cabelo
Aplicação da substância já mostrou bons resultados em cobaias 
 
Um novo estudo realizado no Japão descobriu que o própolis ― encontrado nas colmeias das abelhas ― pode ser a substância chave para o fim da calvície. De acordo com o autor do estudo, Ken Kobayashi, os primeiros experimentos em cobaias animais já deram resultados positivos e, nos próximos meses, testes em humanos deverão ser feitos.
 
A substância, segundo os cientistas, tem propriedades anti-inflamatórias ― o que combateria a principal causa da queda dos cabelos.
 
De acordo com informações do site Daily News, os pesquisadores prepararam e rasparam vários ratos para testar a influência do própolis no crescimento do cabelo. Segundo eles, aqueles que receberam aplicações da substância mostraram uma maior regeneração capilar.
 
Kobayashi e sua equipe descobriram que o número de células que participam do processo do crescimento dos cabelos cresceu significativamente após as aplicações do própolis na pele.
 
Agora, os pesquisadores esperam realizar testes em seres humanos para verificar se o própolis causará os resultados esperados. 

R7

Teste com vacina experimental contra ebola é suspenso

Os testes clínicos de uma das vacinas experimentais contra o ebola foi suspenso porque algumas pessoas que foram inoculadas desenvolveram dores musculares, segundo confirmou nesta quinta-feira Mary-Paule Kieny, diretora geral adjunta da Organização Mundial da Saúde (OMS)
 
Trata-se da vacina VSV-ZEBOV, desenvolvida pela Agência de Saúde Pública do Canadá e cujo direito de patente está nas mãos, atualmente, de um laboratório dos Estados Unidos.
 
"Algumas pessoas vacinadas desenvolveram dores musculares, algo que é normal quando há uma infecção viral. Mas por precaução, os investigadores decidiram suspender durante algumas semanas o teste para saber um pouco mais sobre as dores musculares", explicou Kieny.
 
EFE / Terra

Saiba como dizer que seu amigo está com aquele bafo de leão

Em vez de isolar a pessoa que sofre desse problema, a especialista em halitose, Ana Cristina Zanchet, lista algumas formas de abordagem sinceras e sem brincadeiras
 
Conviver com uma pessoa que tem mau hálito não é fácil. Mas, mais difícil que a convivência, é alertar que ela está com esse tipo de problema. Com medo de causar constrangimentos ou de se indispor no trabalho, muitos preferem se calar e, mesmo sem intenção, acabam isolando o portador da halitose que na maioria das vezes não sabe que sofre desse problema e fica sem entender o que está acontecendo. 
 
Para Ana Cristina Zanchet Gomes, periodontista e especialista no diagnóstico e tratamento de halitose, todo mundo merece ser alertado. “Inicialmente a pessoa que recebe a notícia de que tem mau hálito fica envergonhada, revoltada e geralmente se afasta da pessoa que a alertou. Mas após processar o fato, pode procurar ajuda e livrar-se do mal. Após esse período é comum a reaproximação e o sentimento de agradecimento é imperioso. O alerta é um gesto de amor”, diz a dentista. 
 
Para ajudar quem está passando por esse tipo de problema e não sabe como agir, a especialista listou algumas dicas que podem fazer a diferença e acabar com o medo de situações constrangedoras.  
 
Amigo próximo, parente ou parceiro 
Com esse tipo de pessoa há liberdade e intimidade, portanto não há segredos. “Seja sincero e verdadeiro. Chame-o em separado e alerte-o sobre o problema”, diz Ana Cristina. Para dar um ar ainda mais carinhoso para a conversa tente já trazer possíveis soluções como o nome de um médico especialista ou conte histórias bacanas de pessoas que você conhece que passaram pelo mesmo problema e hoje estão curados. 
 
Colega de trabalho
Se faltar intimidade para fazer o alerta direto, opte por outros tipos de aviso. “Para esses casos, vale deixar recadinhos anônimos na mesa de trabalho da pessoa com palavras claras, verdadeiras e sem brincadeiras”, diz a especialista. Se o portador do mau hálito for algum colega da faculdade, deixe um bilhete dentro do caderno ou do estojo dele. Nessa hora, vale usar a criatividade. 
 
Apenas um conhecido
Se a pessoa que está sofrendo com a halitose não tem intimidade com você, mas mesmo assim você quer avisá-la sobre o problema, existe uma ferramenta chamada SOS Mau Hálito. “Esse serviço está disponível no site da ABHA (Associação Brasileira de Halitose). Lá o denunciante indica o nome e o endereço (da residência ou eletrônico) de quem está com o mau hálito e tem sua identidade preservada. A ABHA entra em contato com a pessoa, após checar se as informações são verdadeiras”, diz Ana Cristina.
 
Seu chefe
Mau hálito no meio coorporativo é um dos casos mais complicados que existem, pois pode comprometer o futuro profissional de quem tem o problema ou de quem faz o alerta. “Já dei palestras sobre halitose em meios coorporativos e descobri que muitos gestores erraram na forma de conduzir o problema. Colaboradores foram dispensados por ter halitose e por não haver habilidade para solucionar o problema”, diz a dentista. 
 
Por isso, quando o problema de hálito é com o chefe, o cuidado deve ser ainda maior. “Recomendo não alertar diretamente o chefe. Leve esse assunto para a diretoria ou superiores. Eles, estando no mesmo nível hierárquico do chefe, conseguirão a melhor abordagem”, diz a especialista. 
 
Dificuldade de aceitar o problema
Porém, apesar de todo o cuidado, a pessoa que sofre com o problema nem sempre está preparada para ouvir esse tipo de aviso e, além de reagir mal, acaba não aceitando a verdade. “Existem pacientes que, dependendo do grau de alteração comportamental que desenvolvem, não conseguem enfrentar o problema. Quando percebemos isso logo no início do tratamento, os convidamos a aderir a terapia comportamental psicológica”, diz Ana Cristina. 
 
Para ela, o segredo de um tratamento bem sucedido é um conjunto de fatores. “O problema tem solução desde que seja conduzido por um profissional sério e comprometido e que tenha um portador disposto a colaborar com o tratamento. Além disso, os amigos e parceiros devem sempre respeitar, apoiar e tentar entender as dificuldades do portador”, diz a especialista. 
 
Terra

A luta pela sobrevivência da menina com 'pele de réptil'

Foto/Reprodução: Nadia Nerea Blanco
A espanhola Nadia Nerea Blanco tem apenas 8 anos, mas já passou por muitas dificuldades: ela nasceu com uma película transparente cobrindo todo seu corpo, como a pele desprendida por um réptil
 
"Era como aqueles plásticos finos que embrulham alimentos para congelar", disse à BBC mundo Fernando Drake Blanco, pai da menina.
 
O susto dos pais foi tão grande quanto o dos médicos.
 
"Estavam tão perdidos como nós. Não sabiam o que era, nunca tinham visto nada assim", lembra Blanco.
 
Só depois de um ano meio de avaliações eles descobriram o que Nadia tinha: tricotiodistrofia, uma doença genética degenerativa considerada rara, cujos sintomas são, entre outros, o envelhecimento prematuro e a lentidão no desenvolvimento físico e mental.
 
Consequentemente, a menina tem dificuldades para andar, falar, sofre de catarata e outros problemas comuns em pessoas já de idade avançada.
 
"Metade de suas células são como as células (do corpo) de uma pessoa de 70 anos", afirmou Blanco.
 
Os pais e os médicos de Nadia afirmam que apenas 28 pacientes foram diagnosticados com esse problema no mundo todo, e o caso de Nadia é um dos mais raros entre eles.
 
"Em uma escala de um a dez, Nadia tem a doença no grau mais alto", afirmou o pai da menina.
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Única
Ana Patiño, diretora da Unidade de Genética Clínica da Clínica Universitária de Navarra, na Espanha, afirma que o caso de Nadia é realmente único.
 
"É o primeiro e único que já vi", disse.
 
No entanto, a médica afirma que, apesar da raridade do caso, a patologia está bem documentada. Ana foi a médica que diagnosticou a menina, fazendo o estudo genético que determinou que Nadia sofria de tricotiodistrofia.
 
"Tivemos sorte. O genoma humano está formado por mais de 20 mil genes e, apesar de a doença estar bem documentada e se saber bastante quais são os possíveis genes responsáveis por ela, a lista não é pequena", disse.
 
A equipe que realizou o estudo descobriu a alteração no primeiro gene investigado. Essa sorte fez com que a equipe e os pais da menina economizassem dinheiro, já que o estudo genético é "muito sofisticado e caro" e também leva tempo.
 
Tempo
A médica lembra que os pais não sabiam com quanto tempo poderiam contar, ou seja, qual seria a expectativa de vida da filha, já que os médicos calculam que uma criança com a doença viva entre cinco e dez anos.
 
O principal objetivo dos pais é aumentar o tempo de vida de Nadia.
 
"Porque ela não vai se curar. Quero vê-la crescer. Vê-la pela casa, já mais velha, com namorados. E, com certeza, não vou gostar de nenhum deles", disse o pai da menina.
 
Blanco e a mãe de Nadia, Marga Garau, estão dedicando a vida à filha e economizando o que podem para o tratamento.
 
"Vendemos tudo. Ficamos com um colchão na sala", disse Marga.
 
Com os US$ 870 mil (cerca de R$ 2,2 milhões) que conseguiram depois de vender seus pertences, continuaram percorrendo o mundo, buscando médicos que pudessem ajudar a aumentar o tempo e a qualidade de vida de Nadia - algo que eles tinham começado a fazer antes mesmo do diagnóstico.
 
BBC Mundo / Terra

Saúde libera recursos para prevenção e controle da dengue e da chikungunya

  Fernando Frazão/Agência Brasil: Recursos vão custear ações
de vigilância, prevenção e controle das duas doenças
Portaria do Ministério da Saúde publicada ontem (12) no Diário Oficial da União autoriza o repasse de R$ 150 milhões para ações de vigilância, prevenção e controle da dengue e da febre chikungunya
 
De acordo com o texto, a pasta levou em consideração fatores como a circulação simultânea de quatro sorotipos de dengue no país e a existência de um grande número de pessoas expostas previamente a infecções pelo vírus, aumentando o risco de epidemias com formas graves da doença e elevado número de mortes.
 
O ministério destacou a recente introdução da febre chikungunya no Brasil, com transmissão autóctone comprovada em alguns municípios e “risco iminente de expansão do vírus”, transmitido pelo Aedes aegypti e pelo Aedes albopictus, mesmos transmissores da dengue.

A assessoria do ministério esclareceu que toda a população brasileira está suscetível à doença. A portaria entrou em vigor ontem (12).
 
Agência Brasil

Plano de saúde terá que substituir serviço descredenciado por equivalente

Com a entrada em  vigor da Lei 13.003, a partir do próximo dia 22, as operadoras de planos de saúde terão que substituir um prestador de serviço descredenciado por outro equivalente e fazer essa comunicação aos consumidores com 30 dias de antecedência, no mínimo
 
Caso descumpram a lei, as operadoras estarão sujeitas à multa de R$ 30  mil pela não substituição do prestador de serviço descredenciado e de R$ 25 mil para cada demanda por não avisarem os usuários sobre a mudança do prestador.
 
A diretora  de Desenvolvimento Setorial da Agência Nacional de Saúde Suplementar  (ANS), Martha Oliveira, disse hoje (12) que a medida vale para os prestadores de serviços não hospitalares (clínicas, profissionais de saúde, laboratórios e serviços de diagnóstico por imagem), pois os serviços hospitalares já estavam cobertos por regra estabelecida pela Lei 9.656, de 1998.
 
Como critério de equivalência para a substituição dos prestadores de serviços será usado, em um primeiro momento, o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES/MS), segundo Martha Oliveira. “Era preciso uma base, para ter algum nível de comparação. Para os profissionais que são pessoas física ou jurídica, mas que  atuem em consultório, é possível fazer uma comparação pelo seu ato profissional. Ou seja, trocar médico por médico, por exemplo. Mas onde não tem, que são as clínicas e ambulatórios cuja complexidade é maior, será usado o CNES  na classificação e no tipo de serviço, para trocar um prestador de serviço por outro.. Para termos a confirmação de que são a mesma coisa, usa-se o CNES”, informou a diretora da ANS.
 
A Lei 13.003, cuja regulamentação foi concluída pela ANS após seis meses de debates no setor,   em uma audiência pública e em quatro câmaras técnicas  promovidas pelo órgão, define novas regras para os contratos entre operadoras de planos de saúde e prestadores de serviços no país.  As resoluções sobre a aplicabilidade da lei foram publicadas hoje pela ANS.
 
A lei reforça que os contratos têm de ser feitos, obrigatoriamente,   por escrito e detalhados entre as partes. Se for constatada a inexistência de contrato por escrito, as operadoras estarão sujeitas também a multa no valor de R$ 35 mil. A lei foi sancionada em junho passado pela presidenta Dilma Rousseff. 
 
Entre as novas regras fixadas, destaque para a definição da periodicidade dos reajustes para os prestadores de serviços, que deverão ser anuais. Martha Oliveira ressaltou que se no contrato a forma de reajuste   prevista for a livre negociação e no período dos três primeiros meses estabelecido pela lei  as partes não chegarem a um acordo, “a lei diz que se estabelece, então, o índice da ANS para ser aplicado”.
 
A ANS poderá  adotar,   como referência, em casos específicos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial  no Brasil. Martha Oliveira disse também que,   no prazo de dois anos, a ANS começará a aplicar ao reajuste um fator de qualidade, que será elaborado em conjunto pela agência  com os conselhos de profissionais de saúde e entidades acreditadoras para clínicas e hospitais.
 
Será dado um prazo de 12 meses às operadoras de planos de saúde e aos prestadores que têm contratos em vigência para efetuar os ajustes contratuais necessários, conforme determina a lei.
 
Segundo  a ANS, existem atualmente 51 milhões de beneficiários de planos de assistência  médica no país e 21 milhões de usuários de planos exclusivamente odontológicos.
 
Agência Brasil

Nutrigenômica explica por que a mesma dieta funciona para uma pessoa e não para outra

Especialidade estuda como a alimentação pode interferir na atividade dos genes (e vice-versa)
 
Não adianta pedir para sua amiga repassar aquela dieta que a fez enxugar alguns quilos. Talvez o cardápio não sirva para você. Isso porque cada organismo, em uma singularidade imposta pelo DNA, responde de maneira diferente a determinados nutrientes.

Esse é o princípio da nutrigenômica, campo da ciência dos alimentos que, se antes era um futuro distante, agora começa a ganhar força ao indicar menus realmente personalizados, elaborados a partir do que o seu código genético mandar. Para especialistas da área, o que há de mais promissor nesta nova linha de estudos — para além do aspecto estético do emagrecimento — é a capacidade de aplicá-la na prevenção de doenças crônicas e metabólicas, como a diabetes, a obesidade e o câncer.
 
Via de mão dupla, a nutrigenômica é uma ponte entre a genética e a alimentação. Tanto que o que consumimos pode interferir na atividade dos genes quanto os genes podem indicar quais nutrientes você deve ingerir.
 
Cerca de 90% da população pode ser beneficiada com essa descoberta, cujos primórdios estão na década de 1980. A parcela que fica de fora é aquela que, devido a configurações genéticas, vai desenvolver doenças independentemente do que coma.
 
— Para a maioria, adaptar a dieta ao DNA pode ajudar a retardar o aparecimento de alguma enfermidade ou reduzir sua severidade — afirma o pesquisador americano da unidade de Nutrição e Saúde Metabólica do Instituto Nestlé de Ciências da Saúde, Jim Kaput.
 
É como se o pai da medicina ocidental, Hipócrates, tivesse deixado uma profecia ao clamar, mais de 2 mil anos atrás: “Deixe teu alimento ser teu remédio”. Com a nutrigenômica, os alimentos passam a ser receitados pelo nutricionista da mesma forma que os médicos prescrevem paracetamol para dor de cabeça. Uma realidade que só se tornou possível depois da conclusão do projeto Genoma Humano, em 2003. Duas pessoas completamente diferentes fisicamente, pasme, compartilham 99% do DNA.
 
Mas as diferenças, embora ínfimas, podem determinar, por exemplo, se há risco de desenvolver intolerância à lactose ou fenilcetonúria (mutação genética rara, que se apresenta em doença que afeta o sistema nervoso central). Caberá ao nutricionista, então, indicar alimentos não lácteos ou sem fenilalanina – proteína, que, quando em grande concentração (caso dos fenilcetonúricos), é tóxica.
 
— Se o mapa genético aponta algum defeito, a dieta será elaborada para minimizá-lo. A indústria dos alimentos está avançada. Está cada vez maior o acesso a produtos sem substâncias que podem ser nocivas a quem tem doenças como essas. A ideia da nutrigenômica, no fim das contas, é melhorar a qualidade de vida dessas pessoas — afirma a professora Cláudia Leães Dornelles, da Faculdade de Biociências da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), doutora em Genética e Biologia Molecular.
 
Claro, há recomendações que são comuns a todos: sal ou açúcar em excesso são vilões para qualquer saúde. Mas de acordo com a nutricionista Sandra Soares Melo, responsável por uma das primeiras clínicas de nutrigenética do Brasil, com sede em Florianópolis, existe uma tendência em padronizar dietas levando em conta apenas o número de calorias.
 
— Se você e um amigo fizerem a mesma dieta, ele pode perder peso, e você não. Isso de forma alguma significa fracasso. Seus genes podem estar necessitando de nutrientes de uma forma diferente. Há pessoas que precisam de mais gordura. Outras, menos — exemplifica Sandra, também professora da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), doutora em Ciência dos Alimentos pela Universidade de São Paulo (USP).
 
Como funciona na prática
Embora ainda pouco difundida, a nutrigenômica já encontra espaço em consultórios nutricionais. A clínica de Sandra se tornou possível graças ao incentivo do poder público, que condecorou a Nutrigene com o Prêmio Sinapse da Inovação – um programa da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica de Santa Catarina (Fapesc) e da Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Finep).
 
A dieta não é prescrita na primeira consulta. De acordo com a nutricionista, o ponto inicial é uma espécie de entrevista de 1h30min em que ela analisa hábitos alimentares, estilo de vida e histórico familiar do paciente. A partir disso, ela solicita exames genéticos com foco nas doenças às quais ele tem predisposição.
 
O aconselhamento dietético personalizado permite que as pessoas façam escolhas melhores em relação à comida, mas a nutrigenômica ainda não conseguiu mudar completamente a forma como elas consomem os alimentos hoje em dia. O americano Jim Kaput, do Instituto Nestlé, afirma esperar que alguns, mesmo com uma dieta sob medida em mãos, não queiram saber o que devem comer para se manterem saudáveis.
 
— É só lembrar que ainda existem fumantes — compara o pesquisador.
 
Na outra ponta do espectro, está quem vai seguir o cardápio à risca. A maioria, no entanto, corresponde ao meio-termo: a alimentação será guiada pela nutrigenômica, mas sem radicalizar:
 
— Claro que as pessoas ainda vão querer comer o que der vontade em eventos sociais, nem que seja só para matar um desejo.
 
A nutrigenômica também pode ser direcionada à estética. Malhar muito e perder pouco peso pode indicar um catabolismo mais lento, ou seja, como diz Sandra, “genes mais preguiçosos”. Condições como compulsão alimentar e celulite também são possíveis de mapear no emaranhado do DNA humano.
 
Zero Hora

Nutrigenômica indica os alimentos que "desligam" doenças

Stock Photos
Informações do DNA permitem elaborar a dieta mais adequada para cada pessoa
 
O DNA pode ser extraído de duas formas, segundo a nutricionista Sandra Soares Melo, da Nutrigene: a partir de uma amostra de sangue ou de um esfregão bucal (mucosa da boca, retirada com um cotonete). O mapeamento permite denunciar tendência à obesidade, intolerância à lactose, doença celíaca, câncer, além de problemas cardiovasculares como infarto, derrame, AVC e trombose.
 
Sandra dá um exemplo: se no diagnóstico genético a enzima Metilenotetrahidrofolato Redutase (MTHFR) apresentar mutação genética, significa que o paciente acumula homocisteína no organismo – na linguagem científica, um "marcador" de risco para diabetes tipo 2. Virá, então, a receita: uma dieta rica em verduras escuras e cereais integrais, alimentos ricos em ácido fólico, vitamina capaz de evitar a doença.
 
— Pessoas normais devem consumir 400 microgramas diários de ácido fólico. Quem apresenta a mutação deve ingerir pelo menos 1.000. É uma diferença bem grande — diz a professora.
 
Os 187 indivíduos que ela suplementou com a vitamina normalizaram a concentração de homocisteína depois de três meses, segundo estudo apresentado e premiado em um congresso da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição.
 
— O ácido fólico entra no DNA da célula e corrige a mutação. É um exemplo de alimento que funciona como interruptor: liga a saúde e desliga a doença.
 
Se você quiser saber quais doenças podem ser desligadas do seu DNA, procure um nutricionista especializado ou um nutrólogo. Ele solicitará os testes genéticos, que você pode realizar em pelo menos três laboratórios disponíveis na Capital.
 
Ainda em processo de popularização
Porque é cara, a nutrigenômica ainda é uma opção para poucos. Embora os profissionais cobrem o preço normal pela consulta (R$ 93,20, de acordo com a Tabela de Honorários Nutricionistas da Federação Nacional dos Nutricionistas), o serviço encarece com os testes genéticos — se o plano de saúde não cobrir, você pode ter que desembolsar R$ 300 por exame.
 
Porém, é um cenário que tem tudo para mudar, frente à multiplicação de laboratórios que oferecem o serviço. Hoje, conforme Sandra, um mapeamento genético para 10 doenças sai por R$ 2 mil. Em 2009, por exemplo, esse valor só permitiria a detecção de quatro mutações — o valor era de R$ 500 por exame.
 
— Os custos de DNA estão constantemente sendo reduzidos. Na verdade, a maioria das pessoas, no futuro, poderá ter seu genoma sequenciado por completo. É uma realidade cada vez mais próxima — aponta Jim Kaput.
 
Doenças que podem ser mapeadas:
 
— Obesidade

— Intolerância à lactose

— Fenilcetonúria

— Doença celíaca

— Diabetes

— Derrame

— AVC

— Trombose

— Câncer

Zero Hora