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Estão abertas, até 31 de dezembro de 2016, as matrículas para o curso Introdução à Avaliação em Saúde, oferecido pela Universidade Federal de São Paulo, integrante da Rede Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS/Unifesp). A oferta é voltada a profissionais graduados nas diversas áreas de saúde que estejam em atividade clínica, de gestão e de educação permanente
O curso tem carga horária de 60 horas, é ofertado na modalidade a distância e tem início imediato. Para se matricular, clique aqui.
O coordenador de conteúdo do curso, Rogério Renato Silva, explica que a avaliação em saúde constitui um vasto e intenso campo de práticas éticas, políticas e técnicas com forte incidência sobre os serviços. “Os conceitos de qualidade, o debate sobre desempenho, os mecanismos de pagamento por performance, as demandas por transparência nos investimentos públicos, a formulação de estratégias, as demandas de controle social e muitos dos mecanismos de pactuação entre os entes federados são processos intimamente relacionados a práticas avaliativas”, afirma.
Silva destaca ainda que, em um esforço empreendido pela International Organization for Cooperation in Evaluation (IOCE), 2015 foi escolhido como Ano Internacional da Avaliação, data reconhecida inclusive pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Ao total, são cinco módulos, que tratam dos temas: avaliação de projetos, programas e serviços de saúde; aproximações da realidade; sistematização da informação; usos da avaliação e um programa em avaliação.
Ao final da capacitação, o aluno poderá reconhecer o potencial das práticas de monitoramento e avaliação para qualificar a atenção básica; diferenciar a avaliação interna e externa; avaliação de estrutura, processos e resultados; julgamento de mérito e relevância; avaliação e monitoramento; reconhecer as principais diferenças entre abordagens qualitativas e quantitativas de investigação da realidade. Também poderão formular perguntas de avaliação pertinentes aos serviços ou programas que desenvolvem; selecionar indicadores e apresentar resultados em resposta às perguntas avaliativas.
Durante o mês de outubro, o Ministério da Saúde promoveu ações para combater a sífilis congênita, que é transmitida da mãe para o bebê
Uma das iniciativas foi conscientizar as gestantes e os profissionais de saúde sobre a importância de fazer o teste que detecta a doença logo no início do pré-natal. Assim, caso o resultado seja positivo, a gestante poderá começar o tratamento imediatamente, evitando o abortamento, a morte perinatal e as sequelas da sífilis congênita.
Dados do Boletim Epidemiológico de 2016 mostram que, entre os anos de 2014 e 2015, a sífilis adquirida teve um aumento de 32,7%, a sífilis em gestantes 20,9% e a congênita, de 19%. Em 2015 foram notificados 19.228 casos de sífilis congênita, uma taxa de incidência de 6,5 por 1.000 nascidos vivos.
A ausência ou a baixa qualidade da atenção pré-natal é um dos fatores de risco mais significativos para a aquisição de sífilis congênita. “O tratamento adequado, iniciado antes de 18-20 semanas de gravidez, independente do estágio da doença materna, apresenta eficácia de quase 100%, ou seja, evita que o bebê nasça com sífilis congênita”, explica a infectologista pediátrica e coordenadora do programa de residência em infectologia pediátrica do Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE), Márcia Galdino.
Todas as gestantes devem realizar teste sorológico para sífilis na primeira consulta, repetindo o teste no terceiro trimestre (em torno de 28 semanas) e no momento do parto ou aborto. “A repetição do exame é importante, pois muitas mães adquirem a doença durante a gravidez e o diagnóstico é realizado na hora do parto, quando já não é mais possível evitar a doença na criança”.
Márcia conta que um dos desafios no combate à sífilis congênita é a abordagem do parceiro. Segundo a infectologista, um pequeno número desses homens adere ao tratamento junto às parceiras. “É importante acolher e acompanhar também o parceiro no pré-natal, dar orientações sobre prevenção e fornecer o tratamento adequado, evitando possíveis sequelas, a disseminação da doença e a reinfecção da gestante”.
O caso da vendedora M.C.N. (35 anos) é um exemplo da importância da prevenção para mãe e bebê. M.C.N. só realizou o exame para diagnosticar sífilis no quarto mês de gestação e começou o tratamento no quinto mês. Para agravar a situação o parceiro não havia sido tratado. “Embora o tratamento da mãe tenha sido bem sucedido, o objetivo de evitar a sífilis no bebê não foi alcançado. O exame do bebê deu positivo”, conta Márcia.
“Fiquei muito abalada ao ver as consequências para o meu bebê. Ele teve uma crise convulsiva e foi internado na UTI, onde ficou 12 dias. Foi acompanhado por mais um mês em tratamento antes de ter alta”, lembra M.C.N.
O recém-nascido foi tratado adequadamente e ficou sem sequelas durante o acompanhamento, com ótimo desenvolvimento psicomotor. Mas poderia ter sido muito diferente. A infectologista do HFSE alerta que nenhuma criança pode ter alta da maternidade sem o resultado do exame materno.“A identificação da criança começa com a realização do exame materno para sífilis no pré-natal e no momento do parto, pois a maioria nasce sem sintomas. Sem a avaliação materna, as crianças teriam alta sem tratamento, com risco de retornar semanas ou meses depois com quadros mais graves”.
A auxiliar de limpeza, P. F. (33 anos), é casada há quatro anos, tem uma filha de oito e nunca tinha ouvido falar de sífilis congênita. O diagnóstico surgiu durante o pré-natal no Hospital Federal dos Servidores do Estado, quando passou por diversos exames de rotina, só iniciando o tratamento aos seis meses de gravidez.
Terminar a gravidez com tantas incertezas sobre a doença, só aumentaram as dúvidas e a preocupação sobre possíveis sequelas para o filho. Hoje, P.F. reconhece que precisa estar atenta e não imagina deixar de fazer o acompanhamento no hospital. "Saio esta semana já com minha consulta marcada para daqui a um mês. Seguirei à risca o que for solicitado pela médica", revela. Mãe e filho receberam alta no dia 28 de outubro, mas voltam para avaliações e exames de rotina, até que seja comprovada a ausência da doença.
“A maioria dos casos de sífilis congênita resultam de falhas em detectar e tratar a gestante corretamente. O tratamento correto implica na detecção e tratamento precoce da doença, na gestante e seu parceiro, no tratamento adequado na fase clínica da sífilis e no acompanhamento da sorologia na gravidez, após a gravidez até a sua negativação”, sintetiza Márcia.
Oportunidades perdidas quanto ao diagnóstico e prevenção, durante a gravidez, evitando assim a transmissão vertical, trazem consequências terríveis para as crianças. Muitas não chegam a nascer em consequência da natimortalidade e dos abortamentos provocados pela doença. Os estigmas da sífilis congênita tardia, bem como a possibilidade de óbito, malformações e de outras sequelas como a surdez, cegueira e as inerentes ao processo do adoecimento e da internação vividas pelas crianças, evidenciam a complexidade dessa doença que pode ser prevenida e tratada.
Bulário eletrônico da Anvisa permite que população e profissionais da saúde consultem a bula de um medicamento antes de utilizá-lo
Você costuma ler as bulas dos medicamentos que usa? A Anvisa disponibiliza esse material para você, no bulário eletrônico da Agência. Ao todo são 7.673 medicamentos cadastrados na interface que tem por objetivo permitir que a população e os profissionais da saúde consultem informações relacionadas ao uso do produto, como reações adversas, indicação, precaução, entre outros. Sistema
As bulas são incluídas automaticamente no bulário após a empresa solicitar o peticionamento eletrônico do medicamento junto à Agência, que precisa seguir alguns critérios estabelecidos pela Anvisa. Além disso, a Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos (GGMED), responsável pelo funcionamento e organização do bulário, tem buscado disponibilizar também os fitoterápicos, os radiofármacos e os rótulos dos medicamentos.
No bulário, além das bulas, existe conteúdos de educação em saúde, legislação da área de vigilância sanitária e endereços eletrônicos importantes. Por meio da interface, a Agência contribui para uma consciência sanitária da população por incentivar o consumo seguro de medicamentos.
Para saber mais, assista o vídeo abaixo com o passo a passo de acesso ao bulário eletrônico.
Este tipo de gravidez acontece entre 1% e 2% das mulheres gestantes e é preciso atenção aos sinais para que o diagnóstico seja rápido
Em uma gravidez comum, óvulo é fertilizado e implantado no útero e, a partir daí, a gestação e o desenvolvimento do embrião são iniciados. Caso o óvulo fertilizado se instale em algum lugar fora do útero, acontece a chamada gravidez ectópica. Apesar de atingir apenas 1% a 2% das gestações, é preciso estar atenta aos sinais, já que as complicações podem ser grandes se não for diagnosticada rapidamente.
Causas
De acordo com o médico obstetra Luiz Fernando Leite, a gravidez ectópica é causada principalmente por uma inflamação nas tubas uterinas, também conhecidas como trompas - elas são o canal que conduzem os óvulos dos ovários para o útero. Além disso, pode ser causada por miomas, tumores benignos que se encontram no útero.
Sintomas
Normalmente, os sintomas começam a aparecer cerca de duas semanas depois do atraso da menstruação. Entre eles estão dores intensas, queda da pressão e sangramento vaginal. Como os sintomas são parecidos com os da menstruação, eles podem causar confusão e dificultar o diagnóstico.
Diagnóstico
Geralmente, as mulheres são diagnosticada entre a 5ª e a 10ª semana de gestação. "O diagnóstico é feito através de um teste de gravidez positivo associado ao ultrassom endovaginal", explica o obstetra. Diferente da gravidez comum, a imagem do óvulo fertilizado aparecerá do lado de fora do útero, na tuba.
Riscos
A gravidez ectópica apresenta grandes riscos à saúde da mulher, principalmente se for identificada tardiamente. O principal risco acontece caso a tuba se rompa antes do diagnóstico final. Se isso ocorrer, acontecerá hemorragia interna, expondo a mulher a um risco de morte muito grande, alerta Luiz Fernando.
Tratamento
Como é impossível levar essa gravidez adiante, é preciso tratá-la. Na maior parte dos casos, ele é feito imediatamente para evitar a ruptura de tecidos e possíveis hemorragias. Para isso, é possível fazer o uso de medicamentos ou passar por um processo cirúrgico.
Então, caso você identifique-se com os sintomas e suspeite de uma gravidez ectópica, é aconselhável ir o mais rápido possível ao médico para que o diagnóstico seja feito.