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sábado, 27 de julho de 2013

Novo vírus letal em macacos mostra potencial para infectar humanos

Charles Chiu
Resultado de estudo que analisou surto em colônia de primatas na Califórnia deve alertar o mundo para os adenovírus
 
Um novo tipo de vírus, altamente letal entre macacos, pode ser capaz de atingir os seres humanos.

O novo adenovírus afeta as pessoas causando resfriados, entre outros sintomas semelhantes aos da gripe e pode levar à morte.

O vírus foi identificado durante um surto em uma colônia de macacos na Califórnia em 2009. A maioria dos macacos infectados morreu durante o surto.

Na época, um cientista que trabalhava com os animais, assim como um membro de sua família, ficou doente e foi detectada a presença de anticorpos contra o vírus.

No estudo atual, os investigadores expuseram três macacos saguis ao vírus e todos os três desenvolveram uma espécie de resfriado, com doença respiratória leve e uma resposta de anticorpos à infecção. Todos os três macacos se recuperaram num prazo de12 dias.

Os resultados mostram que o novo vírus pode infectar e causar doença em diferentes espécies de primatas, disse o líder da pesquisa, Charles Chiu, da University of Califórnia, San Francisco.

"Este estudo levanta mais preocupações sobre o potencial destes vírus desconhecidos de se espalharem a partir de animais para seres humanos. Até o momento, esses adenovírus não têm sido associados à infecções entre macacos e seres humanos, mas os resultados dos nossos estudos sugerem que eles devem ser adicionados à lista de agentes patogênicos de animais que poderiam saltar a barreira das espécies para infectar os humanos," completa o cientista.

 
Fonte isaude.net

Novo método permite identificação rápida e segura da peste negra

Chakkumkal Anish, lider do grupo da Max Planck Institute of Colloids and Interfaces
Foto: David Ausserhofer/Max Planck Institute of Colloids
 and Interfaces
Chakkumkal Anish, lider do grupo da Max Planck Institute
 of Colloids and Interfaces
Criado por cientistas do alemães, o método de detecção à base de açúcar possibilita fácil identificação da Yersinia pestis
 
Cientistas alemães criaram um método simples, barato e confiável para detectar a bactéria Yersinia pestis, causadora Peste Negra.

A equipe identificou, pela primeira vez, e sintetizou uma estrutura de oligossacarídeos na superfície da Yersinia pestis combinando esta estrutura com uma proteína que aumenta o efeito imunológico. A presença de anticorpos contra esta superfície no sangue de pacientes infectados mostrou ser um importante biomarcador para o Peste Negra.

O primeiro passo foi identificar o oligossacarídeo, em seguida, foi sintetizado um composto onde os químicos da molécula de açúcar foram ligados a uma proteína usada em várias vacinas para aumentar a reação imunitária. A glicoproteína resultante do composto de açúcar-proteína foi usada para desencadear uma reação imunitária em ratos. Desta forma, os cientistas conseguiram criar anticorpos contra o agente patogênico da praga usando células do sistema imunológico dos animais.Estes anticorpos foram capazes de identificar a bactéria da peste, com alta seletividade, sem as distorções ocasionadas por outras bactérias bioquimicamente relacionadas com a Yersinia pestis.

A pesquisa pode ser utilizada de várias maneiras na prática médica. Por um lado, o glicano (ou seus glicoconjugados) pode ser aplicados a tiras de teste, onde atua como um antígeno na captura dos anticorpos no sangue de pacientes infectados. Os complexos antígeno-anticorpo são muito fáceis de detectar com as proteínas fluorescentes. Por outro lado, os anticorpos podem proporcionar um modo de detectar diretamente o agente patogênico da praga em tecido infectado. Aqui, também, as proteínas fluorescentes são utilizados para identificar os anticorpos na superfície bacteriana.

A Peste
A Peste Negra é conhecida como uma doença medieval mais devastadora que afetou Europa, Ásia Central e China. A praga que matou mais de 200 milhões de pessoas através dos tempos ainda não foi completamente erradicada. Em 2002, houve um surto de peste no estado indiano de Himachal Pradesh, e, em 2008, foram notificados 18 casos em Madagascar. Ziketan, uma cidade no noroeste da China, foi colocado em quarentena após um surto em 2009, e, no mesmo ano, foram registrados 16 casos em Tobruk, na Líbia. Casos também são relatados repetidamente no Novo México e EUA. Como é extremamente infecciosa e fatal, a peste é uma das mais perigosas armas biológicas da atualidade.

Embora possa ser tratada com antibióticos, as taxas de sobrevivência diminuem a cada hora. Se não for tratada, a peste muitas vezes pode levar à morte dentro de um curto espaço de tempo. "A identificação precoce de uma infecção é de suma importância para a sobrevivência", diz Anish Chakkumkal, do Instituto Max Planck.
 
Fonte isaude.net

FDA quer criar padrão de segurança global para alimentos

Inspetores da FDA durante inspeção de controle de qualidade de alimentos. Orgão propõe regras para reforçar a qualidade, objetividade e transparência das auditorias de segurança alimentar
Foto: Michael J. Ermarth/FDA
Inspetores da FDA durante inspeção de controle de qualidade
 de alimentos. Orgão propõe regras para reforçar a qualidade,
objetividade e transparência das auditorias de segurança alimentar
Duas novas regras aprovadas nesta sexta-feira (25), exigem maior adequação de importados às normas americanas
 
Os EUA Food and Drug Administration (FDA) emitiu, nesta sexta-feira (25) duas novas regras para garantir que alimentos importados só entrem no país se atenderem as normas americanas de segurança alimentar.

Segundo as regras propostas, os importadores passam a ser responsáveis por verificar se seus fornecedores estrangeiros estão implementando práticas de segurança alimentar modernas, orientadas para a prevenção. A FDA também propõe regras para reforçar a qualidade, objetividade e transparência das auditorias de segurança alimentar que muitas empresas de alimentos e importadores atualmente buscam para ajudar a gerenciar a segurança de seus produtos.

Alimentos importados de mais de 150 países chegam aos Estados Unidos e são responsáveis por 15% de todo alimento consumido no país, incluindo cerca de 50% das frutas frescas e 20% das hortaliças.

"Temos que trabalhar em direção a soluções globais para a segurança alimentar de modo que possamos oferecer às nossas família alimentos cultivados localmente ou importados com a mesma segurança", disse a representantes da FDA Margaret A. Hamburgo.
 
Fonte isaude.net

Transtorno Bipolar pode ser mais grave em pacientes com compulsão alimentar

Mark Frye, da Mayo Clinic, envolvido no estudo
Foto: Elena Zhukova
Mark Frye, da Mayo Clinic, envolvido no estudo
Foram detectados vários problemas psiquiátricos adicionais como pensamentos suicidas, psicose e transtornos de ansiedade
 
O transtorno bipolar evolui de forma diferente em pacientes que comem compulsivamente . A compulsão alimentar e obesidade muitas vezes estão presentes em pacientes bipolares, mas o transtorno de humor parece tomar um caminho diferente nos pacientes que comem com compulsão do que nos pacientes bipolares obesos que não comem em excesso.
 
Os pacientes bipolares que comem demais são mais propensos a desenvolver outros problemas de saúde mental, tais como pensamentos suicidas, psicose, transtornos de ansiedade e abuso de substâncias, segundo o estudo da Mayo Clinic, the Lindner Center of HOPE and the University of Minnesota. Pessoas com transtorno bipolar que são obesos, mas não comem compulsivamente são mais propensas a terem problemas físicos graves, tais como artrite , diabetes , pressão alta e doenças cardíacas .
 
"Como uma doença mais complicada fica mais difícil de encontrar formas de individualizar o tratamento. Precisamos tentar estabilizar o humor destas pessoas, pois já sabemos que os pacientes bipolares tem mais probabilidade de desenvolverem compulsão alimentar. Nosso objetivo é buscar tratamentos resolutivos que não tenham como efeito adverso o ganho de peso, " afirma Mark Frye, da Mayo Clinic.
 
"Pacientes com transtorno bipolar e compulsão alimentar parecem representar uma parcela mais graves de pacientes bipolares. A Identificação deste subgrupo de pacientes irá ajudar a determinar as causas do transtorno bipolar e levar a tratamentos mais eficazes e personalizados", diz o co-autor do Susan McElroy, do Lindner Center of HOPE .
 
Fonte isaude.net

Hospital de Brasilia realiza cirurgia cardíaca inovadora

O implante percutâneo de Valva Aórtica (TAVI) é um procedimento não cirúrgico, indicado para pacientes com estreitamento da válvula aórtica
 
O cardiologista Edmur Carlos de Araújo, do Hospital do Coração do Brasil, realizou, pela primeira vez no Distrito Federal, um procedimento inovador conhecido TAVI (Implante Percutâneo de Válvula Aórtica).
 
A válvula aórtica, implantada em paciente de 87 anos, foi introduzida de forma comprimida dentro do cateter e montada numa estrutura de metal (nitinol), que ao ser liberada expande-se espontaneamente, permitindo a livre circulação do sangue.
 
A operação é feita por meio da introdução de um cateter na artéria da região da virilha do paciente, que conduz a válvula artificial até o coração. " Este é um procedimento não cirúrgico, indicado para pacientes diagnosticados com Estenose Aórtica severa, um estreitamento da válvula aórtica" , explica Edmur. O médico ressalta que este tratamento é recomendado, principalmente, para idosos com casos mais graves ou que não suportariam uma operação convencional.
 
Este novo método tem diversas vantagens em relação à cirurgia tradicional, realizada por meio de um corte no tórax do paciente para a substituição da válvula. " O procedimento percutâneo tem muitos benefícios. Ele reduz a mortalidade, possibilita uma recuperação mais rápida, tem menor sangramento e melhora a qualidade de vida do paciente" , enumera o cardiologista. O médico acrescenta que o paciente operado no último mês tinha mais de 50% de chances de falecer num período de um ano. Com o tratamento realizado, esta probabilidade diminuiu para menos de 30%.
 
Para realizar o procedimento, é necessária uma equipe composta por cardiologistas especializados em procedimentos terapêuticos por meio de cateter (cardiologista intervencionista), ecocardiografistas, intensivista, arritimologistas, cirurgiões vascular e cardíaco. " A equipe médica multidisciplinar, chamada de Heart Team , é indispensável para que a cirurgia seja feita com segurança. Além disso, é preciso ter um hospital com tecnologia adequada" , finaliza o cardiologista.
 
Fonte isaude.net

O que é o coma induzido?

Foto: reprodução da internet
Quem já não leu ou ouvir falar que fulano de tal está em coma induzido? Este termo é muito usado na imprensa e, às vezes, leva a conclusões equivocadas. O nome correto do coma induzido é sedação
 
O que é o coma?
Dá-se o nome de coma ao estado de redução da consciência com perda parcial ou completa da responsividade aos estímulos externos. Falando de modo mais simples, o coma é uma redução do nível de consciência, estando o paciente incapaz de interagir adequadamente com o meio externo.
 
Há vários graus de coma. Uma pessoa em coma  pode estar inconsciente, mas ainda ser capaz de apresentar alguma resposta a estímulos dolorosos ou a chamados vigorosos.
 
Para avaliar a profundidade do coma, usamos uma escala chamada “escala de coma de Glasgow”, onde são levados em conta a resposta verbal, motora e abertura dos olhos aos chamados e a dor. São feitos testes simples com o paciente para observar como o mesmo reage a certos estímulos, como dor ou sons. Esta escala avalia o grau de consciência do indivíduo. A classificação varia de 3 a 15 pontos.
 
A pontuação mínima (3 pontos) é dada quando o doente não responde a nenhum estimulo (coma profundo), e a máxima (15 pontos), em pessoas normais que não estão com seu estado de consciência afetado.
 
O coma normalmente acontece em casos de agressão ao sistema nervoso central, nomeadamente do tronco cerebral, área que controla o estado de consciência. Alguns comas são reversíveis, outros não.
Exemplos de situações que podem levar ao coma:

 - Traumatismo craniano.

- Infecção do sistema nervoso central, como no caso de meningite

- Tumores do cérebro.

 - AVC

- Distúrbios metabólicos, como hipoglicemia, hiperglicemia, hipotireoidismo grave, insuficiência renal avançada, etc.

- Intoxicação, como coma alcoólico.
 
Perder a consciência é perigoso?
O estado de coma é perigoso porque o indivíduo inconsciente perde a capacidade de proteger suas vias aéreas, podendo facilmente aspirar secreções ou se asfixiar com a própria língua. O paciente normalmente perde o reflexo da tosse e a capacidade de engolir saliva. A aspiração de qualquer material que está na boca (saliva, água, vômitos…) é chamada de bronco aspiração e costuma causar pneumonias graves, além do risco de parada respiratória por obstrução da via aérea. Por isso, todo paciente com pontuação de Glasgow menor que 8 deve ser intubado para conseguir respirar sem risco de bronco aspiração.
 
O que é o coma induzido?
O chamado coma induzido é nada mais do que uma sedação farmacológica controlada, isto é, um estado de inconsciência provocado pela equipe médica através de drogas sedativas.
 
As pessoas tendem a imaginar que o coma induzido é uma forma de desligar o cérebro para que este descanse e possa se recuperar de uma agressão. Na verdade o cérebro nunca para. Ele é quem controla funções vitais, como a frequência cardíaca, respiratória, temperatura corporal… A consciência é apenas uma das funções do sistema nervoso central. Se realmente desligássemos o cérebro, o paciente morreria. O que fazemos é dar medicamentos que causam sedação.
 
Para que serve o coma induzido?
 
A sedação do paciente pode estar indicada em várias situações. Em geral, a sedação tem como objetivos:
 
• Manter a segurança e o bem-estar do paciente.

• Minimizar a dor física e desconforto.

• Controlar a ansiedade, minimizar o trauma psicológico e induzir amnésia.

• Acalmar o paciente e tornar a realização de procedimentos segura.
 
A causa mais comum para o uso da sedação é a necessidade de ventilação mecânica. O uso dos chamados respiradores artificiais está indicado nos casos em que o paciente não é capaz de manter boas oxigenações sem auxílio. Isto é muito comum em casos de infecção pulmonar, como em pneumonias graves. Se o pulmão está gravemente doente, ele tem dificuldade em oxigenar o sangue e o paciente pode entrar em insuficiência respiratória.
 
Pacientes com traumatismos cranianos podem deixar serem capazes de respirar espontaneamente, sendo esta outra indicação para o uso da ventilação mecânica.
 
Agora, imagine um tubo na sua garganta estimulando movimentos respiratórios através de fluxos cíclicos de ar vindos de uma máquina. Imagine você querer expirar e a maquina inspirar; você querendo respirar devagar e maquina respirar rápido; você querer tossir e a máquina não deixar. Para ocorrer uma ventilação mecânica eficaz, o paciente não pode “brigar” com o ventilador, por isso, o mesmo costuma estar sedado.
 
Além da ventilação mecânica, existem dezenas de outras indicações para sedar um paciente. Por exemplo, pacientes que apresentam intensa dor também podem ser sedados, isto é comum em poli traumatizados e grandes queimados. Nestes casos, a sedação é feita junto com analgesia.
 
Indivíduos internados com quadro de agitação, que possam cair da cama ou que coloquem em risco seu tratamento, como aqueles que arrancam soros, sondas e cateteres, ou que não colaboram com procedimentos médicos de risco, como biópsias, endoscopias e pequenas cirurgias, também costumam receber sedativos. Neste caso a sedação é mais leve, o suficiente apenas para acalmá-los.
 
Durante as cirurgias com anestesia geral, os doentes são sedados e ficam em ventiladores mecânicos. Na anestesia a sedação vem acompanhada de analgesia e relaxamento muscular. O paciente, além de estar inconsciente, não pode sentir dor nem se mover durante o ato cirúrgico. A sedação da anestesia é feita com drogas de ação muito curta, pois o objetivo é que o paciente consiga acordar quando a cirurgia acaba. Por vezes, ao final do ato cirúrgico, o paciente pode não conseguir manter um boa oxigenação por conta própria, precisando permanecer sedado e no ventilador por mais algum tempo. Esta situação é mais comum em paciente graves, idosos ou com doença pulmonar ou cardíaca prévia. Pessoas jovens e saudáveis saem facilmente da ventilação mecânica.
 
Portanto, o coma induzido é uma manobra que nós médicos utilizamos para podermos implementar o tratamento necessário para manter um paciente grave vivo. Como já foi explicado, não chamamos de coma induzido, mas sim de sedação. Chamamos de coma apenas os casos de redução do nível de consciência não provocados intencionalmente pela equipe médica.
 
Intensidade da sedação
Existem várias indicações para se sedar o paciente, e para cada uma delas o nível de sedação indicado é diferente. Assim como a escala Glasgow de coma é usada para aferir o nível de consciência dos paciente em coma, na sedação também há critérios clínicos para controlarmos o grau de sedação do paciente.
 
Uma das escalas mais usadas é a “escala de Ramsey de sedação”. Apenas como ilustração, a escala é feita assim:
 
Ramsey 1: paciente consciente; agitado e/ou inquieto.

 Ramsey 2: paciente consciente; cooperativo, orientado e tranquilo.

 Ramsey 3: paciente consciente, mas responde apenas a comandos.

 Ramsey 4: paciente superficialmente inconsciente, porém com resposta rápida a estímulo auditivo alto ou a toques na glabela (região da testa entre as sobrancelhas).

 Ramsey 5: paciente inconsciente; resposta lenta a estímulo auditivo alto ou a toques na glabela.

 Ramsey 6: paciente inconsciente, sem resposta ao toque da glabela ou estímulo auditivo alto.
 
Por que o paciente em coma é sedado?
Mesmo pessoas em coma podem precisar de sedação. Dou o exemplo de um poli traumatizado. Esta pessoa pode ter um traumatismo craniano e estar em um grau de coma que não seja suficiente para estar consciente, porém, não é tão profundo que consiga ficar conectado a um ventilador mecânico sem brigar com a máquina. Nestes casos, é necessário sedar o paciente e aprofundar seu coma para que ele possa ser tratado. Depois de alguns dias, dependendo da melhora clínica, retira-se a sedação para se poder avaliar o verdadeiro grau da lesão neurológica.
 
Pacientes em coma induzido demoram quanto tempo para acordar?
Depende. Alguns pacientes acordam após algumas horas, outros demoram vários dias.
 
Alguns fatores contribuem o paciente demorar a acordar, entre eles podemos citar:
 
- Uso prolongado de drogas sedativas.

 - Uso de doses elevadas de drogas sedativas.

 - Uso de drogas sedativas de vida longa.

- Pacientes com doença grave ou múltiplas doenças.

 - Pacientes idosos.

- Pacientes com lesão do sistema nervoso central.

- Pacientes com insuficiência renal ou hepática
 
É também importante salientar que alguns pacientes podem nunca acordar se houver grave lesão cerebral, como por exemplo, pessoas com grave traumatismo craniano, AVC hemorrágico ou parada cardíaca prolongada.
 
Nos casos em que há suspeita de lesão cerebral, as sequelas neurológicas só podem ser definidas após vários dias de suspensão dos sedativos. Enquanto houver drogas na circulação, é difícil definir se o paciente apresenta ou não sequelas neurológicas.
 
Paciente em coma ou sedados conseguem ouvir os familiares?
Esta é uma das dúvidas mais comuns dos familiares. Como já foi explicado, existem graus distintos de coma e sedação. Um dos modos de se avaliar a profundidade do estado de inconsciência é através da resposta aos sons. Portanto, há casos em que o paciente pode escutar, sim, as vozes dos familiares.
 
A grande questão é saber se o paciente entende o que lhe dizem. Em casos de sedação ou coma superficial é bem provável que o paciente seja capaz de compreender algumas coisas e reconhecer a voz da família.
 
O problema é que muitas das drogas usadas na sedação tem efeito amnésico. Esta amnésia para fatos recentes é importante, pois permanecer vários dias no hospital é muito estressante. O paciente sofre muito, seja pela imobilidade, pelas múltiplas picadas de agulha, pelos tubos inseridos em seu corpo, pela falta de noção do tempo, etc. A amnésia torna a situação muito mais suportável e faz com que o paciente não tenha traumas psicológicos após a alta hospitalar. Portanto, não adianta perguntar ao paciente se ele ouvia algo enquanto estava sedado; mesmo que tenha ouvido, é bem provável que ele não vá se lembrar.
 
Nos casos de coma ou sedação profunda, é pouco provável que o paciente mantenha algum contato com o meio externo. O cérebro naquele momento não é capaz de processar estímulos externos. Movimentos involuntários podem ocorrer devido a sons, mas isso não significa que o paciente tenha noção do que está ocorrendo.

Fonte mdsaude.com

Alergia à Penicilina

Penicilina G Benzatina
A penicilina é o mais antigo dos antibióticos, tendo sido descoberta em 1928 pelo médico Alexander Fleming

Quase 100 anos depois do seu desenvolvimento, a penicilina e seus derivados continuam sendo amplamente utilizados na prática médica como uma das principais armas contra infecções bacterianas.
 
A alergia às penicilinas é uma situação tão comum que 1 em cada 10 pacientes refere ser alérgico a esta classe de antibióticos.
 
O que são as penicilinas
A penicilina foi o primeiro antibiótico a ser usado em larga escala no mundo. Hoje em dia, quando falamos em penicilina já não nos referimos mais àquele antibiótico descoberto no início do século XX, mas sim ao grande grupo de antibióticos desenvolvidos a partir daquela primeira droga.
 
Portanto, quando falamos que um paciente é alérgico à penicilina, queremos dizer que o paciente é, na verdade, alérgico a todos os antibióticos da família da penicilina, que são:
  • Amoxicilina
  • Ampicilina
  • Azlocilina
  • Carbenicilina
  • Cloxacilina
  • Dicloxacilina
  • Mezlocilina
  • Nafcilina
  • Oxacilina
  • Penicilina G
  • Penicilina V
  • Penicilina Benzatina (Benzetacil)
  • Piperacilina
  • Ticarcilina
Apesar de serem da mesma família, as diferentes penicilinas possuem atividades contra bactérias e infecções distintas. Por exemplo, a amoxicilina é frequentemente usada para infecções respiratórias simples, enquanto a piperacilina costuma ser indicada para diversos tipos de infecção hospitalar.
 
As penicilinas mais próximas do antibiótico originalmente descoberto por Alexander Fleming são as Penicilina G, Penicilina V e Penicilina Benzatina (Benzetacil). Devido ao grande grau de resistência bacteriana, estes antibióticos são muito pouco usados atualmente, ficando restritos ao tratamento da sífilis e de algumas infecções de garganta.
 
Reações adversas às penicilinas
Dizemos que o paciente tem alergia à penicilina somente quando o mesmo desenvolve uma reação alérgica, ou seja, uma reação do sistema imunológico, após receber algum antibiótico da família da penicilina.
 
Este conceito parece óbvio, mas não é. A penicilina, como qualquer outra droga, pode causar efeitos colaterais que nada têm a ver com reações imunológicas, não sendo, portanto, reações alérgicas. Na verdade, as reações não alérgicas, como queimação no estômago, mal estar, náuseas, diarreia, tontura, dor de barriga, etc., são muito mais frequentes que as reações alérgicas propriamente ditas. O problema é que muitos pacientes interpretam estas reações como um sinal de alergia e passam a se rotular como “alérgicos à penicilina”.
 
Muitas dessas pessoas chegam aos seus médicos e já avisam logo que são alérgicas. Nem sempre o profissional de saúde perde o tempo necessário avaliando se a reação que o paciente teve à penicilina realmente se encaixa em um quadro de alergia. Deste modo, a informação errada, criada por uma pessoa leiga, acaba sendo equivocadamente ratificada pelo médico, tornando-se uma verdade descrita nos prontuários e atestados médicos.
 
O fato é que estatisticamente 1 em cada 10 pacientes se considera alérgico às penicilinas. Todavia, quando vamos estudar adequadamente seus sistemas imunológicos, descobrimos que até 90% destas pessoas NÃO são realmente alérgicas às penicilinas, não havendo nenhuma contraindicação ao uso desta classe de antibióticos.
 
Além do diagnóstico equivocado de alergia, há um outro dado importante que contribui para esta falsa estatística: a alergia à penicilina pode desaparecer com o tempo. Cerca de 80% dos pacientes que tiveram um quadro de alergia a um antibiótico da família da penicilina podem deixar de ser alérgicos se ficarem 10 ou mais anos sem ter contato com este antibiótico. Portanto, se você teve um quadro de alergia a uma penicilina na infância e nunca mais foi exposto a essa classe de antibióticos, é bem possível que não seja mais alérgico, podendo voltar a usar a penicilina sem nenhum perigo.
 
Sintomas da alergia à penicilina
Já sabemos, então, que nem toda reação adversa provocada pelo uso de penicilina pode ser considerada uma reação alérgica.
 
As alergias, também chamadas de reação de hipersensibilidade, são reações de origem imunológica, que ocorrem por uma resposta inapropriada e exagerada do sistema imune a algumas estruturas presentes nos medicamentos.
 
Entre os sinais e sintomas típicos da alergia à penicilina podemos citar:
 
- Urticária – caracterizada por placas avermelhadas com relevo na pele, que coçam muito
 
- Rush cutâneo – caracterizado por manchas vermelhas pelo corpo, sem relevo e sem comichão.
 
- Prurido – caracterizado por uma coceira intensa, sem necessariamente haver lesões visíveis na pele.
 
- Angioedema – inchaço de mucosas, como lábios, olhos, boca e língua.
 
Em casos graves é possível haver choque anafilático, caracterizado por queda na pressão arterial, dificuldade de respirar causada por intenso espasmo das vias aéreas (broncoespasmo) e edema da laringe. Esse quadro é uma emergência médica e pode levar o paciente ao óbito se não for tratado rapidamente.
 
Tipos de alergia às penicilinas
Quando um paciente desenvolve um quadro sugestivo de alergia à penicilina é importante tentar determinar o intervalo de tempo entre o uso da droga e o aparecimento dos sintomas de alergia.
 
Chamamos de reações de hipersensibilidade imediata aquelas reações alérgicas que surgem na primeira hora após o contato com a penicilina. Já as reações de hipersensibilidade tardia ocorrem várias horas ou até dias depois da exposição à droga. Geralmente, o paciente já fez uso do antibiótico por vários dias antes de ter qualquer reação.
 
Essa distinção é importante, pois as reações imediatas são causadas por um anticorpo chamado IgE, sendo as mais perigosas devido ao risco de causarem reações anafiláticas. Pacientes com história de reações de hipersensibilidade imediata não devem ser reexpostos a tratamentos com penicilinas. As reações tardias são geralmente benignas e não costumam causar reações alérgicas mais graves.
 
Diagnóstico da alergia à penicilina
Na maioria dos casos, os médicos aceitam como verdadeira a informação de alergia trazida pelo paciente. Devido ao medo de processos legais, a maioria dos médicos opta por não prescrever antibióticos da família da penicilina se o paciente se rotular como alérgico, mesmo que os sintomas descritos não sejam propriamente de alergia.
 
Em alguns casos porém, a confirmação da alergia torna-se útil. Exemplos:

- Nos casos de sífilis, a penicilina ainda é o antibiótico mais efetivo e seu uso deve ser indicado sempre que possível.
 
- Pacientes com infecção de garganta ou sinusite de repetição acabam precisando de antibióticos mais fortes se não puderem tomar penicilinas.
 
-  Um paciente com história de alergia ocorrida há muitos anos já pode não ser mais alérgicos, não sendo necessário evitar as penicilinas em infecções mais simples.
 
O teste mais usado para diagnóstico da alergia à penicilina é o teste cutâneo. Este teste consiste na aplicação de uma quantidade mínima de penicilina no tecido subcutâneo. Se o paciente for alérgico, uma pequena reação alérgica irá aparecer no local da aplicação após cerca de 15 a 20 minutos.
 
Os testes cutâneos devem ser administrados somente por médicos imunoalergistas, de preferência em ambiente hospitalar. Esse teste é contraindicado em pacientes que já tiveram reação alérgica grave à penicilina, como necrólise epidérmica tóxica ou síndrome de Stevens-Johnson.
 
Se o teste for negativo, ou seja, se não houver reação alguma à injeção, o paciente não apresenta alergia à penicilina, podendo voltar a fazer uso deste antibiótico com segurança. Apenas 1% dos pacientes com teste negativo apresentam sinais de alergia grave ao voltarem a tomar penicilina. Em geral, para se ter certeza, pedimos que o paciente tome um comprimido de penicilina e espere no hospital por cerca de 2 horas para descartamos qualquer reação alérgica mais séria.
 
Reação cruzada às penicilinas
Quando o paciente descobre ser alérgico a uma penicilina, ele deve ser encarado como alérgico a todas as outras também. O paciente não é somente alérgico a amoxacilina ou a benzetacil, ele é alérgico às penicilinas em geral.
 
As cefalosporinas são uma classe de antibióticos que apresentam algumas semelhanças estruturais com as penicilinas. As penicilinas e as cefalosporinas são didaticamente agrupadas em uma grande grupo de antibióticos chamado de antibióticos betalactâmicos.
 
Inicialmente, todo paciente alérgico às penicilinas deve também ser encarado como alérgico às cefalosporinas. Na verdade, apenas cerca de 10% apresentam alergia para essas duas classes, mas sem a realização dos testes cutâneos é impossível saber  quem é alérgico somente às penicilinas e quem tem alergia às duas classes de antibióticos.
 
Tratamento dos pacientes alérgicos à penicilina
Os pacientes com alergia às penicilinas não devem mais ser tratados com essa classe de antibiótico. Apesar desta restrição significar a impossibilidade de usar antibióticos muito comuns, como amoxicilina, oxacilina e piperacilina, na maioria das infecções é possível arranjar em esquema antibiótico alternativo eficaz.
 
Porém, se o médico achar que o tratamento com um derivado da penicilina é essencial para a cura de uma determinada infecção, o mesmo pode lançar mão de um procedimento chamado dessensibilização à penicilina.
 
Esse procedimento consiste na administração, dentro de um ambiente hospitalar, de penicilina em doses crescentes a cada 15 minutos de forma a “acostumar” o organismo à droga, impedindo temporariamente que haja alguma reação alérgica. A primeira administração é feita habitualmente com 0,01% da dose normal. Após sucessivos intervalos de 15 minutos, administra-se o dobro da dose anterior até que se chegue a dose plena desejada para tratar uma infecção.
 
Por exemplo, se dose normal for de 500 mg em cada comprimido, a dessensibilização é iniciada com uma dose de 0,05mg. Após 15 minutos administra-se 0,10mg; após mais 15 minutos, 0,20mg, e assim por diante, até chegar a 500mg. O processo todo demora algo em torno de 4 horas. O paciente, então, pode tomar os comprimidos em dose habitual durante o tempo determinado pelo médico (por exemplo: 500mg a cada 8 horas por 10 dias)
 
É importante destacar que esse procedimento tem efeito temporário. Se o paciente ficar 24 a 48 horas sem tomar o antibiótico, a dessensibilização perde efeito e o paciente volta a não poder tomar antibióticos à base de penicilina.
 

15 causas para menstruação atrasada

Toda mulher sexualmente ativa que apresenta atraso menstrual
deve obrigatoriamente pensar em gravidez
Menstruação atrasada é o sinal mais precoce de uma gravidez, porém dezenas de outras causas podem fazer com que sua menstruação não desça no dia esperado
Em geral, poucos dias de atraso menstrual podem ocorrer até em mulheres com ciclo menstrual regular, sem que isso tenha qualquer relevância clínica.
Nas mulheres não grávidas, mesmo quando a menstruação resolve não vir em um determinado mês, a chance disso ser algo importante é pequena. Entretanto, quando a menstruação não desce por 3 meses seguidos, consideramos que a mulher apresenta amenorreia. Nestes casos, uma vez excluída a possibilidade de gravidez, algumas doenças podem estar por trás da cessação da menstruação.
Neste artigo vamos abordar as 15 causas comuns para atraso menstrual. Portanto, se a sua menstruação atrasou, veja em qual situação você se encaixa.
Principais causas de atraso menstrual
1# – Gravidez
Toda mulher sexualmente ativa que apresenta atraso menstrual deve obrigatoriamente pensar em gravidez. A gravidez deve ser a primeira hipótese a ser descartada, mesmo nas mulheres que referem usar métodos contraceptivos, como camisinha ou pílula anticoncepcional.
A cessação da menstruação costuma ser o primeiro sintoma de uma gravidez. Porém, cerca de 1/3 das grávidas apresenta pequenos sangramentos de escape no primeiro trimestre de gestação, fazendo com que as mulheres achem que a sua menstruação está vindo normalmente. Portanto, se a sua menstruação atrasou alguns dias, e logo depois você apresentou um sangramento vaginal diferente daquele que está habituada a ter durante o período menstrual, uma gravidez ainda pode ser a causa.
A cessação da menstruação costuma vir antes de qualquer outro sintoma de gravidez. Não espere estar enjoada, com seios aumentados, com desejos alimentares, dor abdominal ou aumento de volume urinário antes de estar sem menstruar. A atraso menstrual, habitualmente, surge tão cedo quanto 3 ou 4 semanas de gravidez, enquanto os outros sintomas costumam surgir somente depois da 4ª ou 5ª semana.
Não há maneira mais segura de se confirmar ou descartar uma gestação em curso do que fazer um teste de gravidez. Os testes atuais já são capazes de identificar uma gravidez com apenas um dia de atraso menstrual. Porém, os exames são mais confiáveis se realizados após 1 semana de atraso. A dosagem do BhCG sanguíneo é o teste mais confiável, mas o teste de gravidez de farmácia é mais fácil de ser feito e apresenta também elevada taxa de acerto.
2# –  Estresse e ansiedade
O ciclo menstrual é facilmente influenciado por fatores externos ao sistema reprodutor. Fatores emocionais são suficientes para atrasar sua menstruação por alguns dias. O estresse ou ansiedade excessiva podem afetar negativamente a sua produção hormonal, que é regulada pelo hipotálamo, uma parte do cérebro. O estresse pode, inclusive, fazer com que você não ovule em um determinado ciclo, causando ausência de menstruação neste mês.
Quando falamos em estresse, estão incluídos situações comuns a muitas pessoas, como trabalho excessivo, problemas profissionais, financeiras ou familiares, ter uma prova importante a curto prazo, precisar defender uma tese, ter um filho doente em casa, etc. Alterações bruscas no horário de trabalho, como necessidade constante de trabalhar de madrugada, podem atrapalhar o ciclo do sono e interferir no ciclo ovulatório normal.
Se você não deseja engravidar no momento, e algo de errado ocorreu em uma das suas relações sexuais, tal como um preservativo que se rompeu ou ter esquecido de tomar a pílula corretamente, o estresse gerado pelo risco de engravidar também pode ser grande o suficiente para atrasar a descida da menstruação. O processo pode acabar se tornando uma bola de neve, pois a ansiedade leva ao atraso menstrual, que por sua vez provoca ainda mais ansiedade. O ideal nestes casos, se a menstruação já estiver 2 ou 3 dias atrasada, é fazer logo o teste de gravidez para quebrar com esse ciclo.
3# – Interrupção da pílula anticoncepcional
Mulheres que tomam o anticoncepcional oral de forma correta menstruam de forma bem regular. Porém, se depois de alguns anos de uso da pílula você resolve suspendê-la, é possível que seu ciclo natural demore algum tempo para se normalizar. Há mulheres que entram em amenorreia e ficam meses sem ovular após a interrupção do anticoncepcional. Eventualmente, a menstruação irá retornar, não havendo risco de infertilidade. Basta ter paciência que o ciclo ovulatório irá se reorganizar naturalmente dentro de 3 a 6 meses. Todavia, é bom ressaltar que toda mulher com mais de 3 meses de ausência de menstruação deve procurar orientação do seu ginecologista.
A amenorreia pós-anticoncepcional pode ocorrer em todas as formas de administração, seja implante, injeção ou comprimidos.
4# – Infecções ou doenças
Estar doente pode ser uma causa de atraso menstrual. Não é preciso ser uma doença grave, como infarto, tuberculose ou hepatite. Viroses comuns, como gripe, ou infecções simples, como cistite ou amigdalites podem ser suficientes para desarranjar o seu ciclo menstrual, atrasando sua menstruação por alguns dias.
Alguns medicamentos também podem influenciar no ciclo hormonal, desregulando sua menstruação. Entre os mais comuns podemos citar:

- Antipsicóticos

 - Corticoides 

 - Antidepressivos

 - Quimioterapia

 - Imunossupressores

 - Anti-hipertensivos
Obs: o uso de antibióticos, em geral, não provoca atraso menstrual. O que, habitualmente, interfere no ciclo menstrual é a infecção para qual o antibiótico foi prescrito.
5# – Erros de cálculo
Mulheres com ciclo menstrual irregular podem ter certa dificuldade para calcular o dia que a menstruação deveria vir. Você pode achar que sua menstruação está atrasada, quando, na verdade, ela apenas virá 2 ou 3 dias depois este mês. Mesmo mulheres com ciclo regular podem, eventualmente, ter uma menstruação que venha com poucos dias de atraso, sem motivo algum. O seu útero não tem um calendário fixo, ele não é obrigado a agir como um relógio todo santo mês.
6# – Mudanças recentes no peso corporal
Ganhar muito peso ou perdê-lo em pouco espaço de tempo também é uma causa de desregulação do ciclo menstrual. As células de gordura do nosso corpo contribuem na produção de estrogênio, hormônio feminino que é responsável pela maturação dos óvulos. Alterações bruscas na composição de gordura do corpo alteram agudamente os níveis de estrogênio, podendo interferir na ovulação e, consequentemente, na data da menstruação.
7# – Obesidade
Esta causa é uma variação da situação acima. Mulheres com excesso de peso possuem uma massa de tecido gorduroso grande e acabam por produzir estrogênio além do necessário. O estrogênio é necessário para a ovulação, mas se estiver em excesso acaba inibindo a liberação do óvulo, fazendo com que a mulher tenha períodos anovulatórios. Sem ovular, a mulher não menstrua.
8# – Magreza excessiva ou distúrbios alimentares
Outra variação do nº5. A falta de tecido gorduroso também é prejudicial ao ciclo ovulatório, pois reduz a capacidade do corpo feminino de produzir estrogênio. Mulheres que sofrem de anorexia ou fazem dietas extremas, tipicamente, não ovulam todo mês, apresentando não só atraso menstrual, como também risco de amenorreia.
9# – Excesso de atividade física
Mulheres atletas que fazem exercício físico em nível profissional também costumam ter alterações menstruais. Não estamos falando daquela mulher fisicamente ativa que vai a academia com frequência, mas sim de triatletas, maratonistas, nadadoras de competição, ginastas e outros esportistas profissionais.
O gasto calórico elevado, o estresse dos treinos intensos e a baixa taxa de gordura corporal parecem ser os responsáveis pelas alterações do ciclo menstrual.
10# – Problemas na tireoide
Uma tireoide que funciona mal (hipotireoidismo) ou que funciona em excesso (hipertireoidismo) também pode causar alterações no ciclo menstrual. Em geral, problemas da tireoide não controlados podem levar à amenorreia. Mas, em quadros mais brandos ou naquelas mulheres que já fazem uso de remédios para tireoide, pequenas alterações nos níveis sanguíneos dos hormônios tireoidianos podem desregular o ciclo e provocar atrasos menstruais.
11# – Amamentação
Se você acabou de ter um filho e está amamentando, não espere pela sua menstruação no próximo mês. A amamentação, na verdade, não provoca atraso menstrual, mas sim uma amenorreia transitória por inibição da ovulação, causada pelos hormônios responsáveis pela produção de leite materno. Em geral, a menstruação retorna assim que o processo de desmame se inicia.
12# – Ovários policísticos
Mulheres com SOP (síndrome dos ovários policísticos) apresentam frequentemente menstruação irregular, por produzirem androgênios (hormônios masculinos) em excesso. Atrasos menstruais e ausência completa de menstruação em um determinado mês são muito comuns nestas mulheres. Mulheres com SOP frequentemente apresentam excesso de peso, o que, como já vimos, também colabora para os atrasos menstruais.
13# – Menopausa
A menopausa geralmente chega entre os 45 a 55 anos, porém, algumas mulheres podem ter menopausa antes dos 45 anos. Ainda existem aquelas que têm menopausa precoce, antes do 40 anos. Um dos sintomas da falência iminente dos ovários é a desregulação do ciclo menstrual e a ausência de ovulação em determinados meses. Se você tem mais de 35 anos e sua menstruação começa a atrasar e a falhar com frequência, procure o seu ginecologista.
14# – Início recente do ciclo menstrual
Se a sua menarca (primeira menstruação) ocorreu há poucos tempo, é normal que o seu ciclo seja irregular nos primeiros anos. Alterações menstruais podem ocorrer até nos dois primeiros anos de menstruação e ocorrem porque o sistema reprodutor feminino ainda está em fase de amadurecimento. Portanto, atraso menstrual nesta fase é extremamente comum.
15# – Amenorreia
Existem diversas causas para amenorreia, incluindo problemas uterinos, ovarianos e até das glândulas cerebrais que controlam a produção de hormônios sexuais, como a hipófise e o hipotálamo. Amenorreia é diferente de atraso menstrual. Se você não menstrua há três ou mais meses, isso já não pode ser considerado atraso menstrual. Algumas causas de amenorreia foram citadas neste texto, mas existem várias outras. Portanto, se você não estiver grávida e a sua menstruação parou de vir de vez, procure o seu ginecologista, pois é possível que haja alguma doença por trás bloqueando sua capacidade de ovular.

Fonte www.mdsaude.com

Câncer de pele

Foto: ADAM
Estrutura da pele
Definição
O câncer de pele é um aumento incontrolável de células cutâneas anormais. Se não forem verificadas, essas células cancerosas poderão se espalhar da pele para outros tecidos e órgãos.

Existem diferentes tipos de câncer de pele. O carcinoma basocelular é o tipo mais comum. O melanoma é menos comum, entretanto mais perigoso.
 
Causas, incidência e fatores de risco

A camada mais externa da pele, a epiderme, é composta por diferentes tipos de células.

Os cânceres de pele são classificados de acordo com o tipo de células epidérmicas presentes:
 
- O carcinoma basocelular se origina do crescimento anormal de células na camada mais profunda da epiderme e é o tipo mais comum de câncer de pele
 
- O carcinoma de células escamosas se refere a alterações nas células presentes na camada central da epiderme
 
- O melanoma ocorre nos melanócitos (células que produzem pigmento) e é menos comum do que o carcinoma basocelular e o carcinoma de células escamosas, porém, é o tipo mais perigoso. É a principal causa de morte decorrente de doenças de pele
 
Foto: ADAM
Melanoma no pescoço
O melanoma no pescoço (identificado na figura ao lado) tem diversas cores, com uma área escura pigmentada no centro. Ele possui bordas irregulares e parece ter mais de 0,5 cm. O prognóstico em melanoma é mais bem definido por sua profundidade durante a ressecção.
 
O câncer de pele pode ser classificado como melanoma ou não melanoma. O carcinoma basocelular e o carcinoma de células escamosas são os cânceres de pele não melanoma mais comuns. Outros tipos de cânceres não melanoma são sarcoma de Kaposi, carcinoma de célula de Merkel e linfoma cutâneo.
 
O câncer de pele é a forma mais comum de câncer nos Estados Unidos.
 
Os fatores de risco conhecidos do câncer de pele incluem os seguintes:
 
- Compleição: O câncer de pele é mais comum em pessoas de pele, cabelos e olhos claros
 
- Genética: Ter um histórico familiar de melanoma aumenta o risco de ocorrência desse câncer
 
- Idade: O câncer de pele não melanoma é mais comum após os 40 anos
 
- Exposição solar e queimadura do sol: A maior parte dos cânceres de pele ocorrem em áreas da pele que estão regularmente expostas à luz solar ou à outra radiação ultravioleta. Esta é considerada a principal causa de todos os cânceres de pele
 
O câncer de pele pode surgir em qualquer pessoa, não apenas nas pessoas que tenham esses fatores de risco. Pessoas jovens e saudáveis -- inclusive pessoas com pele, cabelos e olhos escuros -- podem sofrer de câncer de pele.
 
Sintomas
O câncer de pele pode ter muitas aparências diferentes. Eles podem ser pequenos, brilhantes, lisos, escamosos e ásperos, firmes e avermelhados, com crostas ou sangramentos, ou possuir outros aspectos. Portanto, qualquer suspeita deve ser examinada por um médico. Veja os artigos sobre os tipos de câncer de pele específicos para obter mais informações.
 
Seguem abaixo alguns aspectos a serem considerados:
 
- Assimetria: metade da área anormal da pele é diferente da outra metade
 
- Bordas: bordas irregulares
 
- Cor: varia de uma área para outra com tonalidade bronzeada, marrom ou preta (às vezes branca, vermelha e azul)
 
- Diâmetro: geralmente (mas nem sempre) maior que 6 mm de tamanho (o diâmetro de uma borracha de lápis)
 
- Qualquer formação na pele com sangramento ou que não cicatrize
 
Foto: ADAM
Melanoma maligno
Use um espelho ou peça para alguém olhar suas costas, ombros e outras áreas difíceis de examinar.
 
Tratamento
Cada tipo de câncer de pele exige uma abordagem de tratamento diferente. A remoção cirúrgica do câncer é muito comum.
 
Veja o tipo específico de câncer de pele para obter mais informações:
 
 
- Carcinoma basocelular
 
- Carcinoma de células escamosas
 
- Melanoma

O melanoma maligno é o tipo mais perigoso de câncer de pele. Os melanomas embaixo da unha (identificado na figura ao lado) aparecem como uma descoloração preta ou preto-azulada.
 
Esse tipo de malignidade se espalha (em metástase) rapidamente.

Evolução (prognóstico)
O resultado depende de diversos fatores, inclusive o tipo de câncer e o estágio em que estava no momento em que foi diagnosticado. O carcinoma basocelular e o carcinoma de células escamosas raramente se espalham para outras partes do corpo. O melanoma, por outro lado, tem mais probabilidade de disseminação. Veja os artigos sobre os tipos específicos de câncer de pele para obter mais informações.
 
Ligando para seu médico
Qualquer pinta, lesão ou formação suspeita na pele deve ser examinada por um médico imediatamente. Leve muito a sério quaisquer mudanças em uma pinta ou qualquer formação inesperada na pele.
 
Foto: ADAM
Proteção solar
Prevenção
 
Reduzir a exposição solar é a melhor maneira de evitar danos na pele, incluindo muitos tipos de câncer de pele:
 
- Proteja sua pele do sol sempre que puder -- use chapéus, camisas de manga longa, saias longas ou calças
 
- Tente evitar exposição entre as 10 e as 16 horas, quando o sol é mais forte
 
- Use protetor solar com FPS mínimo de 30. Aplique o protetor pelo menos 30 minutos antes de se expor ao sol, reaplicando-o constantemente
 
- Aplique o protetor solar mesmo nos meses de inverno

Roupas que bloqueiam ou filtram os raios prejudiciais do sol (UVA e UVB), combinadas com chapéus de abas amplas, óculos de sol e protetor solar, são úteis na prevenção de danos aos olhos e à pele. Qualquer um deles por si só, mesmo o protetor solar, pode não ser suficiente para evitar danos solares.
 
Referências
- American Cancer Society. Cancer Facts and Figures 2006. Atlanta, GA: American Cancer Society; 2006.
 
- Basal cell and squamous cell cancers: NCCN Medical Practice Guidelines and Oncology:V.1.2009. Accessed July 15, 2009.
 
- Hexsel CL, Bangert SD, Hebert AA, et al. Current sunscreen issues: 2007 Food and Drug Administration sunscreen labeling recommendations and combination sunscreen/insect repellant products. J Am Acad Dermatol. 2008;59:316-323.
 
- Lautenschlager S, Wulf HC, Pittelkow MR. Photoprotection. The Lancet [Early online publication], May 3, 2007.
 
- Ridky TW. Nonmelanoma skin cancer. J Am Acad Dermatol. 2007;57:484-501.
 
- Wood GS, Gunkel J, Stewart D, et al. Nonmelanoma skin cancers: basal and squamous cell carcinomas. In: Abeloff MD, Armitage JO, Nierderhuber JE, Kastan MB, McKenna WG, eds. Abeloff's Clinical Oncology. 4th ed. Philadelphia, Pa: Churchill Livingstone;2008:chap 74.
 
Atualizado em 12/8/2009, por: Jonathan Kantor, MD, North Florida Dermatology Associates, Jacksonville, FL. Review provided by VeriMed Healthcare Network. Also reviewed by David Zieve, MD, MHA, Medical Director, A.D.A.M., Inc.

Fonte iG

Alerta aos 13 mitos do câncer

Um dos mitos do câncer é que beber leite ajuda alerta o tumor,
diz o Instituto do Câncer de São Paulo
Um dos maiores especialistas em oncologia, Paulo Hoff, afirma que crenças populares interferem no diagnóstico precoce da doença
 
O câncer é uma doença em ascensão na população mundial e, no Brasil, já figura como a segunda causa de morte, atrás apenas das doenças cardiovasculares, conforme mostrou um recente estudo do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 
As neoplasias– como também são chamados os cânceres – podem afetar várias partes do organismo e as causas para o desenvolvimento são múltiplas. A herança familiar, os hábitos de vida e até a vivência de transformações de humor já apareceram como motivos para o surgimento dos tumores malignos.
 
Neste cenário de múltiplas razões para o desenvolvimento do câncer, surgem os mitos sobre a doença. Um dos especialistas mais conhecidos na área de oncologia, Paulo Hoff – ele é diretor do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – afirma que estas crenças populares atrapalham o diagnóstico precoce da doença e as chances de cura.
 
“Com o maior acesso à internet pela população, o que poderia ser um facilitador da busca por informações pertinentes, nota-se, também, propaga diversos mitos e inverdades sobre o câncer”, afirma o oncologista e diretor geral do Icesp, Paulo Hoff.
 
“É preciso estar atento para seguir orientações de médicos ou instituições confiáveis”, observa.
 
Abaixo, veja 13 mitos selecionados por Hoff sobre o câncer e também 8 verdades sobre a doença.
 
Mitos
- Uso de desodorantes pode causar câncer de mama
 
- Somente quem tem histórico familiar está sujeito a desenvolver a doença
 
- Ingestão de leite prejudica o tratamento do câncer
 
- O consumo de adoçantes provoca o surgimento da doença
 
- Falta de higiene nas regiões íntimas não está relacionado ao câncer
 
- Câncer é uma doença contagiosa
 
- Pessoas negras não têm câncer de pele
 
- Segurar a urina dá câncer de bexiga
 
- Fazer sexo sem preservativos não aumenta risco de desenvolvimento da doença
 
- Implantes de silicone podem provocar câncer de mama
 
- Alimentos preparados no micro-ondas podem provocar câncer
 
- Um câncer pode ser causado por uma pancada
 
- Todo nódulo ou tumor se transformará em câncer
 
Verdades
- Falta de vitamina D pode aumentar os riscos de desenvolvimento de câncer de mama
 
- HPV está relacionado ao desenvolvimento de tumores no ânus, e nos órgãos da região da cabeça e do pescoço
 
- Consumo de álcool e tabaco elevam as chances de desenvolvimento da doença
 
- Ter filhos mais tarde (após os 30 anos) aumenta os riscos de desenvolvimento de câncer de mama
 
- Quanto maior a idade, maiores as chances de desenvolvimento de um câncer. Mas isto não significa que jovens não estejam sujeitos à doença
 
- Homens também podem ter câncer de mama
 
- Câncer tem cura. Quanto mais cedo for diagnosticado, maiores são as chances de curá-lo
 
Fonte iG

Estudo indica associação entre altura da mulher e risco de câncer

Os hormônios do crescimento podem também influenciar
 o risco de câncer
Pesquisadores descobriram que o risco de desenvolver câncer depois da menopausa aumenta em 13% a cada de dez centímetros a mais na mulher
 
As chances de uma mulher desenvolver câncer depois da menopausa é proporcional à sua altura, revelou uma nova pesquisa.
 
Estudando quase 145 mil mulheres com 50 a 79 anos de idade, pesquisadores concluíram que a altura tem uma associação mais forte com o câncer do que fatores de risco já comprovados, como a obesidade.
 
A associação foi comprovada em todos os tipos de câncer, do de tireoide aos melanomas, segundo artigo divulgado na nova edição da revista Cancer Epidemiology, Biomarkers and Prevention, publicada pela Associação Americana do Câncer.
 
Mas não é a altura em si que é um fator de risco. Os autores do novo estudo dizem que a altura "deve ser considerada como um marcador para uma ou mais exposições que influenciam o risco de câncer, em vez de um fator de risco em si mesmo".
 
"Há uma intrigante indicação de que coisas ocorridas no começo da vida parecem alimentar um processo que pode elevar o risco de vários cânceres", disse Geoffrey Kabat, coordenador do estudo e epidemiologista da Faculdade de Medicina Albert Einstein, da Universidade Yeshiva, em Nova York.

Essas coisas podem incluir a dieta e hormônios que contribuem para o crescimento normal, embora os pesquisadores ainda não tenham certeza disso.
 
O câncer envolve a divisão descontrolada de células anormais, em processos que têm a ver com o crescimento. Por isso, conclui-se que hormônios e outros fatores de crescimento que podem influenciar a altura também possam influenciar o risco de câncer, disse Kabat à Reuters.
 
As mulheres no estudo eram participantes da Iniciativa de Saúde da Mulher, um programa de pesquisa de 15 anos estabelecido em 1991 pelo Instituto Nacional de Saúde e outros órgãos para resolver as causas mais comuns de morte, incapacidade e má qualidade de vida na pós-menopausa.
 
No total, os pesquisadores acompanharam 144.701 mulheres por uma média de 12 anos, período em que 20.928 delas desenvolveram novos casos de câncer.
 
Mesmo após o ajuste de fatores como índice de massa corporal --uma relação do peso com a altura-- o risco das mulheres de desenvolver qualquer tipo de câncer cresceu 13 por cento para cada aumento de 10 centímetros de altura, disseram os pesquisadores.
 
A cada 10 centímetros a mais, afirmaram pesquisadores, o risco de desenvolver câncer de rim, reto, tireoide ou sangue aumentou em 23 a 29 por cento, e o risco de melanoma e câncer de mama, ovário, endométrio ou cólon aumentou em 13 a 17 cento.
 
Fonte Reuters/iG

Programa Mais Médicos reforçará atenção básica com novos profissionais

Para o presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), José Fortunati, a falta de médicos é uma realidade no Brasil e o programa é o pontapé inicial para resolver o problema
 
O programa Mais Médicos para o Brasil , lançado nesta semana pelo Governo Federal, pretende trazer ao interior do Brasil e às periferias das grandes cidades mais profissionais para suprir a carência existente nas unidades básicas de saúde.
 
Profissionais graduados no Brasil ou com diplomas revalidados no país terão prioridade nas vagas abertas. Os estrangeiros só assumirão as oportunidades que sobrarem. Os novos médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) receberão bolsa mensal de R$ 10 mil, paga diretamente pelo Ministério da Saúde, e atuarão por três anos. Durante o período, passarão por curso de especialização em Saúde da Família, com supervisão de instituições de ensino superior.
 

            
 
Para o presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), José Fortunati, a falta de médicos é uma realidade no Brasil e o programa é o pontapé inicial para resolver o problema. Hoje, o país possui apenas 1,8 médico para cada mil habitantes, ficando atrás de vizinhos latino-americanos como a Argentina. Ele ressalta a dificuldade de angariar profissionais para áreas mais carentes. “Os médicos têm receio de trabalhar nas periferias e também não querem atuar em locais distantes das grandes cidades. Por isso, é necessário que possamos buscar ou médicos brasileiros ou estrangeiros que atendam a população mais carente”, afirma.
 
Os estrangeiros só serão autorizados a atuar em solo brasileiro caso preencham os requisitos do Ministério da Saúde - como exigência de diploma de universidade com reconhecido padrão de qualidade, habilitação para medicina em seu país de origem e conhecimentos em língua portuguesa. Aqueles que forem considerados aptos passarão por três semanas de curso em universidade pública.
 
Os aprovados ganharão um registro provisório para atuar apenas na unidade básica de saúde indicada pelo programa. O ministério excluiu a possibilidade dos estrangeiros realizarem a revalidação do diploma, o que daria a autorização de atuar em qualquer parte do país.
 
Simultamente à contratação de mais profissionais, o Governo Federal está investindo em infraestrutura para que eles possam, de fato, melhorar o atendimento aos habitantes dos municípios brasileiros. Serão investidos R$ 15 bilhões na ampliação, reforma e construção de unidades básicas de saúde, hospitais e unidades de pronto atendimento até 2014. Desse montante, R$ 7,4 bilhões já estão contratados para construção de 818 hospitais, 601 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e de 15.977 unidades básicas. Os outros R$ 5,5 bilhões serão usados na construção, reforma e ampliação de unidades básicas e UPAs, além de R$ 2 bilhões em 14 hospitais universitários.
 
Além disso, em parceria com o Ministério da Educação, serão abertas ainda 11.447 vagas nos cursos de medicina e 12 mil vagas para formação de especialistas até 2017. A partir de 1º janeiro de 2015, os alunos que ingressarem na graduação vão atuar por um período de dois anos em unidades básicas e na urgência e emergência do SUS, para aproximar a formação do médico à população.
 
Visite o site:  maismedicos.saude.gov.br             
 
Fonte iG

Estudo diz que é mais difícil dormir em noite de Lua cheia

Getty Images
Lua cheia: estudo mostra que ciclo lunar realmente interfere no sono
Levantamento com voluntários mostrou pior qualidade de sono e menor produção de melatonina durante a fase do ciclo lunar
 
Muitos mitos já descreveram os poderes de uma lua cheia, de lobisomens à loucura súbita a convulsões inexplicáveis, mas uma nova pesquisa sugere um impacto bem mais rotineiro: um sono profundo pode ser mais difícil de acontecer quando a Lua está branca e redonda no céu.            
                          
O estudo sugere que o corpo humano é regulado não apenas pelo movimento diário do Sol, que determina o ritmo circadiano, mas também para as fases da Lua.
 
Publicado na edição online do periódico Current Biology, a ideia por trás da descoberta foi concebida em um bar, enquanto os pesquisadores estavam tomando uma cerveja.
 
"Muitas pessoas se queixam de sono ruim durante uma Lua cheia", disse Silvia Frey, neurobióloga da Universidade de Basel.
 
"Então, estávamos sentados no bar em uma noite de Lua cheia, discutindo esses relatos, e pensamos que talvez possamos revisar nossos dados e alinhá-lo com a data da Lua cheia", disse Silvia. "Foi apenas pura curiosidade."            
                          
Silvia e seus coautores então se sentaram para rever dados de sono que eles tinham coletado para um estudo anterior.
 
Esse estudo incluiu 33 pessoas saudáveis ​​que passaram, cada um, três dias e meio no ambiente cuidadosamente controlado de um laboratório de sono. Eles não podiam ver relógios ou luz exterior. A temperatura e a umidade foram mantidas constantes. Os cientistas registraram seus níveis hormonais, atividade cerebral, quanto tempo demoravam para adormecer e tempo total de
sono.
 
Para as duas primeiras noites de estudo, os participantes adormecer naturalmente e dormir como fariam normalmente.              
                          
Os cientistas pegaram todos os dados coletados nessas duas noites de sono normal, um total de 64 noites, e os comparou com as fases da Lua.
 
Nos quatro dias antes e depois de uma Lua cheia, os participantes do estudo tiveram reduções significativas na qualidade do sono. Eles dormiram em média 20 minutos a menos por noite. A quantidade de tempo gasto em sono profundo diminuiu cerca de um terço, e eles produziram menos melatonina, o hormônio que faz as pessoas se sentir sonolentas à noite.
 
Os pesquisadores admitem que o estudo tem algumas limitações importantes. Como ele foi baseado em dados preexistentes, eles não são capazes de saber como o sono pode mudar para um único indivíduo que tenha sido acompanhado por um mês inteiro. Mas eles dizem que essa mesma característica também pode ser positiva, porque sem esse recorte inicial, os dados não sofreram nenhum tipo de influência.
 
"Nós não esperávamos encontrar essas diferenças enormes, devo admitir", disse Silvia. "A queda da melatonina foi realmente inesperada. Ela aponta realmente para uma questão fisiológica, como um relógio lunar", disse ela.
 
Os biólogos têm mostrado que alguns tipos de animais, especialmente os marinhos, como caranguejos, têm relógios biológicos sincronizados com a Lua.
 
E um estudo recente descobriu que os pacientes submetidos a cirurgias cardíacas passaram menos tempo no hospital e tiveram taxas de mortalidade mais baixas, quando foram operados na época da Lua cheia.
 
Os cientistas admitem que não sabem ao certo porque a biologia humana pode estar em sintonia com a Lua. Silvia disse que isso provavelmente seja uma herança da evolução, uma característica surgida em um momento em que não era seguro para os seres humanos dormir profundamente sob a luz de uma Lua brilhante, que os tornava vulneráveis ​​a predadores noturnos.
 
Um especialista que não esteve envolvido na pesquisa disse as observações eram intrigantes.
 
"Uma quantidade significativa de pesquisa tem sido feita sobre os ritmos circadianos em humanos, olhando para os ciclos de luz e escuridão dentro de um dia de 24 horas e como eles influenciam a produção de melatonina e do relógio do corpo em geral", disse Shelby Harris, diretora do programa de Medicina Comporta mental do Sono do Centro Médico Montefiore, em Nova York. "Este estudo é altamente incomum, porque ele olha para os ciclos circalunares em seres humanos", ela disse.
 
"Este é o primeiro estudo a estabelecer esta periodicidade também em adultos saudáveis", disse Shelby. "Mais pesquisas são necessárias para estabelecer uma base sólida para esta descoberta, mas é bem possível que outros resultados semelhantes poderiam influenciar o tratamento de distúrbios do sono no futuro", acrescentou.             
 
Fonte iG