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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Interações medicamentosas por classes de medicamentos com a classificação de previsibilidade de acontecimento

AP Altamente previsível. Ocorre interação em quase todos os pacientes aos quais se administra a combinação de drogas que interagem. P Previsível. Ocorre interação na maioria dos pacientes que recebe a combinação. NP Não previsível. A interação só é observada em alguns pacientes aos quais se administra a combinação. NE Não estabelecida. Dispõe-se de dados insuficientes para avaliar a previsibilidade. ÁLCOOL Propriedades que promovem a interação entre drogas (1) O alcoolismo crônico provoca indução enzimática. (2) A intoxicação alcoólica aguda tende a inibir o metabolismo das drogas (independentemente de o indivíduo ser alcoólatra ou não). (3) A disfunção hepática grave induzida por álcool pode inibir a capacidade de metabolizar as drogas. (4) Reação do tipo dissulfiram na presença de certas drogas. (5) Depressão aditiva do sistema nervoso central com outros depressores do sistema nervoso central. lnterações clinicamente documentadas Acetaminofeno: [NE] Formação aumentada de metabólicos hepatotóxicos (em alcoólatras crônicos). Anticoagulantes orais: [NE] Aumento do efeito hipoprotrombinêmico com intoxicação alcoólica aguda. Depressores do sistema nervoso central: [AP] Depressão aditiva ou sinérgica do sistema nervoso central. Insulina: [NE] A ingestão aguda de álcool pode aumentar o efeito hipoglicemiante (sobretudo no paciente em jejum). Drogas que podem produzir reação do tipo dissulfiram: Cefalosporinas: [NP] São observadas reações do tipo dissulfiram com cefamandol, cefoperazona, cefotetan e moxalactama. Dissulfiram: [AP] Inibe a aldeído-desidrogenase. Hidrato de cloral: [NP] Mecanismo não estabelecido. Metronidazol:[NP] Mecanismos não estabelecidos. Sulfoniluréias:[NE] A clorpropamida tem mais probabilidade de produzir uma reação do tipo dissulfiram. A ingestão aguda de álcool pode aumentar o efeito hipoglicemiante (sobretudo no paciente em jejum). ALOPURINOL Propriedades que promovem a interação com drogas Inibe as enzimas hepáticas de metabolização das drogas. lnterações clinicamente documentadas Anticoagulantes, orais: [NP] Aumento do efeito hipoprotrombinêmico. Azatioprina: [P] Desintoxicação diminuída da azatioprina com conseqüente aumento de toxicidade desta droga. Mercaptopurina: [P] Redução do metabolismo da mercaptopurina com conseqüente aumento de sua toxicidade. ANTIÁCIDOS Propriedades que promovem a interação com drogas (1) Os antiácidos podem adsorver drogas no trato gastrintestinal, assim reduzindo a absorção. (2) Os antiácidos tendem a acelerar o esvaziamento gástrico, assim permitindo que as drogas alcancem mais rapidamente os locais de absorção no intestino. (3) Alguns antiácidos (por ex., hidróxido de magnésio + hidróxido de alumínio) alcalinizam ligeiramente a urina, com conseqüente alteração da excreção das drogas sensíveis ao pH urinário. lnterações clinicamente documentadas Cetoconazol: [P] Redução da absorção gastrintestinal do cetoconazol devido ao aumento do pH (o cetoconazol requer ácido para sua absorção). Digoxina: [NP] Diminuição da absorção gastrintestinal da digoxina. Ferro: [P] Absorção gastrintestinal diminuída do ferro em presença de alguns antiácidos. Quinolonas: [AP] Diminuição da absorção gastrintestinal de ciprofloxacina, norfloxacina, ofloxacina, enoxacina. Salicilatos: [P] Aumento da depuração renal de salicilatos devido ao pH urinário aumentado; só ocorre com grandes doses de salicilatos. Sulfonato de polistireno sódico: [NE] Liga-se ao cátion do antiácido no intestino, provocando alcalose metabólica. Tetraciclinas: [AP] Diminuição da absorção gastrintestinal de tetraciclinas. ANTICOAGULANTES ORAIS Propriedades que promovem a interação com drogas (1) Metabolismo passível de ser induzido (2) Suscetíveis à inibição do metabolismo (3) Alta ligação às proteínas plasmáticas (4) Resposta anticoagulante alterada por drogas que afetam a síntese ou o catabolismo dos fatores da coagulação lnterações clinicamente documentadas Drogas que podem aumentar o efeito anticoagulante Amiodarona: [P] Inibe o metabolismo dos anticoagulantes. Cimetidina: [AP] Diminuição do metabolismo dos anticoagulantes. Ciprofloxacina: [NE] Inibe provavelmente o metabolismo dos anticoagulantes. Clofibrato: [P] Mecanismo não estabelecido. Cloranfenicol: [NE] Diminuição do metabolismo do dicumarol (e, possivelmente, da warfarina). Dextrotiroxina: [P] Aumenta o catabolismo dos fatores da coagulação. Dissulfiram: [P] Diminuição do metabolismo dos anticoagulantes. Drogas Antiinflamatórias não-esteróides: [P] Inibição da função plaquetária, erosões gástricas; alguns fármacos aumentam a resposta hipoprotrombinêmica (pouco provável no caso do ibuprofeno ou naproxeno). Eritromicina: [NE] Provavelmente inibe o metabolismo dos anticoagulantes. Esteróides anabólicos: [P] Alteram a eliminação dos fatores de Coagulação. Fenilbutazona: [AP] Inibe o metabolismo dos anticoagulantes. Hormônios tiroidianos: [P] Aumentam o catabolismo dos fatores da coagulação. Metronidazol:[P] Diminuição do metabolismo dos anticoagulantes. Miconazol: [NE] Mecanismo não estabelecido. Quinidina: [NP] Hipoprotrombinemia aditiva. Salicilatos:[AP] Inibição plaquetária com aspirina, mas não com outros salicilatos; [P] A administração de grandes doses possui efeito hipoprotrombinêmico. Sulfimpirazona:[NE] Mecanismo não estabelecido Sulfonamidas: [NE] Inibem o metabolismo dos anticoagulantes; deslocam a ligação às proteínas. Trimetoprim-sulfametoxazol:[P] Inibe o metabolismo dos anticoagulantes; desloca a ligação às proteínas. Ver também Álcool; Alopurinol. Drogas que podem diminuir o efeito anticoagulante Aminoglutetimida:[P] Indução enzimática Barbitúricos: [P] Indução enzimática. Carbamazepina:[P] Indução enzimática. Colestiramina:[P] Reduz a absorção dos anticoagulantes. Glutetimida: [P] Indução enzimática. Nafcilina:[NE] Mecanismo não estabelecido. Primidona:[P] Indução enzimática. Rifampina: [P] Indução enzimática. Efeitos dos anticoagulantes sobre outras drogas: Fenitoína: [P] O dicumarol inibe o metabolismo da fenitoína. Hipoglicemiantes orais: [P] O dicumarol inibe o metabolismo hepático da tolbutamida e da clorpropamida. ANTICOLINÉRGICOS: Ver Antimuscarínicos ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS E SEGUNDA GERAÇÃO Propriedades que promovem a interação com drogas (1) Inibição da captação de amina no neurônio adrenérgico pós-ganglionar. (2) Os efeitos antimuscarínicos podem ser aditivos com outras drogas antimuscarínicas. (3) Metabolismo passível de ser induzido. Interações clinicamente documentadas Barbitúricos: [P] Metabolismo aumentado dos antidepressivos. Carbamazepina:[NE] Metabolismo aumentado dos antidepressivos. Cimetidina: [P] Metabolismo diminuído dos antidepressivos. Clonidina: [P] Diminuição do efeito anti-hipertensivo; mecanismo desconhecido. Fluoxetina:[NE] Provavelmente inibe o metabolismo do antidepressivo. Guanadrel: [P] Diminuição da captação do guanadrel nos locais de ação. Guanetidina: [P] Diminuição da captação da guanetidina nos locais de ação. Inibidores da monoaminooxidase: [NP] Alguns casos de excitação, hiperpirexia, mania e convulsões; contudo, muitos pacientes receberam a combinação sem qualquer efeito adverso. Quinidina: [NE] Inibe o metabolismo dos antidepressivos. Simpaticomiméticos: [P] Aumento da resposta pressora à noradrenalina, adrenalina e fenilefrina. ANTIMUSCARÍNICOS Propriedades que promovem a interação com drogas (1) Diminuição da motilidade gastrintestinal. Este efeito pode aumentar a biodisponibilidade de drogas pouco solúveis e reduzir aquela de drogas que sofrem degradação no intestino. (2) O uso combinado de mais de um antimuscarínico ou a combinação de um antimuscarínico com outra droga com ações antimuscarínicas "ocultas" (sobretudo anti-histamínicos de venda livre) aumenta a probabilidade de efeitos adversos antimuscarínicos. Interações clinicamente documentadas Antimuscarínicos combinados: [P] Efeitos antimuscarínicos adversos (por ex., íleo paralítico, retenção urinária, visão embaçada). Levodopa: [P] Aumento da degradação intestinal da levodopa; níveis séricos reduzidos de levodopa. BARBITÚRICOS Propriedades que promovem a interação com drogas (1) Indução das enzimas microssomais hepáticas envolvidas no metabolismo de drogas. (2) Depressão ativa do sistema nervoso central com outros depressores do sistema nervoso central. lnterações clinicamente documentadas Ácido valpróico: [P] Diminuição do metabolismo do fenobarbital. Bloqueadores beta-adrenérgicos: [P] Aumento do metabolismo dos beta-bloqueadores. Bloqueadores dos canais de cálcio: [P] Aumento do metabolismo dos bloqueadores dos canais de cálcio (via oral). Ciclosporina: [NE] Aumento do metabolismo da Ciclosporina. Corticosteróides: [P] Aumento do metabolismo dos corticosteróides. Depressores do sistema nervoso central: [AP] Depressão aditiva do sistema nervoso central. Doxiciclina: [P] Aumento do metabolismo da doxiciclina. Estrogênios: [P] Aumento do metabolismo dos estrogênios. Fenotiazínicos: [P] Aumento do metabolismo dos fenotiazínicos. Quinidina: [P] Aumento do metabolismo da quinidina. Teofilina: [NE] Aumento do metabolismo da teofilina; efeito reduzido da teofilina. Ver também Anticoagulantes Orais; Antidepressivos tricíclicos. BLOQUEADORES BETA-ADRENÉRGICOS Propriedades que promovem a interação com drogas (1) O bloqueio beta (sobretudo com agentes não seletivos, como o propranolol) altera a resposta a simpaticomiméticos com atividade beta-agonista (por ex., adrenalina) (2) Os beta-bloqueadores que sofrem extenso metabolismo durante a sua primeira passagem parecem afetados por drogas capazes de alterar este processo. (3) Os beta-bloqueadores podem reduzir o fluxo sangüíneo hepático. lnterações clinicamente documentadas Drogas que podem aumentar o efeito beta-bloqueador: Cimetidina: [P] Diminuição do metabolismo dos beta-bloqueadores depurados primariamente pelo fígado - como, por ex., o propranolol. O efeito menor (ou ausência de efeito) sobre drogas depuradas pelos rins - como, por exemplo, atenolol, nadolol. Clorpromazina: [P] Diminuição do metabolismo do propranolol. Furosemida: [P] Diminuição do metabolismo do propranolol. Hidralazina: [P] Diminuição do metabolismo do propranolol. Drogas que podem diminuir o efeito beta-bloqueador: Drogas Antiinflamatórias não-esteróides: [P] A indometacina reduz a resposta anti-hipertensiva; é provável que ocorra também interação com outros inibidores das prostaglandinas. Indutores enzimáticos: [P] Os barbitúricos, a fenitoína e a rifampina podem aumentar o metabolismo dos beta-bloqueadores; outros indutores enzimáticos podem produzir efeitos semelhantes. Efeitos dos beta-bloqueadores sobre outras drogas: Clonidina: [NE] Reação hipertensiva se a Clonidina for suspensa enquanto o paciente estiver tomando propranolol. Insulina: [P] Inibição da recuperação da hipoglicemia; inibição dos sintomas de hipoglicemia (à exceção da sudorese); elevação da pressão arterial durante a hipoglicemia. Lidocaína: [NE] Depuração diminuída da lidocaína intravenosa; aumento dos níveis plasmáticos de lidocaína. Prazosin: [P] Aumento da resposta hipotensora à primeira dose de prazosin. Simpaticomiméticos: [P] Aumento da resposta pressora à adrenalina (e, possivelmente, a outros simpaticomiméticos); é mais provável que esse processo ocorra com beta-bloqueadores não específicos. BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO Propriedades que promovem a interação com drogas (1) O verapamil, o diltiazem e, possivelmente, a nicardipina (mas não a nifedipina) inibem as enzimas hepáticas de metabolização das drogas. (2) O metabolismo do verapamil e, possivelmente, de outros bloqueadores dos canais de cálcio pode ser induzido. lnterações clinicamente documentadas Carbamazepina: [P] Diminuição do metabolismo da carbamazepina com diltiazem e verapamil; possível aumento do metabolismo dos bloqueadores dos canais de cálcio. Ciclosporina: [P] Diminuição do metabolismo da ciclosporina com diltiazem, nicardipina, verapamil. Cimetidina: [NP] Metabolismo diminuído dos bloqueadores dos canais de cálcio. Rifampina: [P] Aumento do metabolismo dos bloqueadores dos canais de cálcio. Ver também Barbitúricos CARBAMAZEPINA Propriedades que promovem a interação com drogas (1) Indução das enzimas microssomais hepáticas envolvidas no metabolismo de drogas. (2) Suscetível à inibição do metabolismo. lnterações clinicamente documentadas Corticosteróides: [P] Aumento do metabolismo dos corticosteróides. Danazol: [P] Diminuição do metabolismo da carbamazepina. Diltiazem: [P] Diminuição do metabolismo da carbamazepina. Doxiciclina: [P] Aumento do metabolismo da doxiciclina. Eritromicina: [N-E] Diminuição do metabolismo da carbamazepina. Estrogênios: [P] Aumento do metabolismo dos estrogênios. Fluoxetina: [NE] Metabolismo diminuído da carbamazepina. Haloperidol: [P] Aumento do metabolismo do haloperidol. Isoniazida: [P] Diminuição do metabolismo da carbamazepina. Propoxifeno: [AP] Diminuição do metabolismo da carbamazepina. Troleandomicina: [P] Diminuição do metabolismo da carbamazepina. Verapamil: [P] Diminuição do metabolismo da carbamazepina. Ver também Anticoagulantes Orais; Antidepressivos Tricíclicos; Bloqueadores dos Canais de Cálcio. CICLOSPORINA Propriedades que promovem a interação com drogas (1) Metabolismo passível de ser induzido. (2) Suscetível à inibição do metabolismo. Interações clinicamente documentadas Aminoglicosídios: [NE] Possível nefrotoxicidade aditiva. Anfotericina B: [NE] Possível nefrotoxicidade aditiva. Cetoconazol: [NE] Níveis séricos aumentados de ciclosporina com nefrotoxicidade; possivelmente devido ao metabolismo diminuído da ciclosporina. Diltiazem: [NE] Diminuição do metabolismo da ciclosporina; aumento do efeito da ciclosporina. Eritromicina: [NE] Metabolismo diminuído da ciclosporina; aumento do efeito da ciclosporina. Fenitoína: [NE] Aumento do metabolismo da ciclosporina; redução do efeito da ciclosporina. Fluconazol: [NE] Provavelmente, diminuição do metabolismo da ciclosporina; aumento do efeito da ciclosporina. Lovastatina: [NE] Observa-se a ocorrência de miopatia e rabdomiólise em vários pacientes que tomam ambas as drogas. Rifampina: [P] Aumento do metabolismo da ciclosporina; redução do efeito da ciclosporina. Verapamil: [NE] Diminuição do metabolismo da ciclosporina; aumento do efeito da ciclosporina. Ver também Barbitúricos; Bloqueadores dos Canais de Cálcio. CIMETIDINA Propriedades que promovem a interação com drogas (1) Inibe as enzimas microssomais hepáticas envolvidas no metabolismo de drogas. (A ranitidina e bloqueadores H2 mais modernos não parecem exercer esse efeito.) (2) Pode reduzir o fluxo sangüíneo hepático, com conseqüente diminuição do metabolismo de drogas altamente extraído durante a primeira passagem. (Todavia, ainda não foi estabelecido o significado deste mecanismo.) (3) Pode inibir a secreção tubular renal de bases fracas. lnterações clinicamente documentadas Benzodiazepínicos: [P] Diminuição do metabolismo de alprazolam, clordiazepóxido, diazepam, halazepam, prazepam e elorazepato, mas não de oxazepam, lorazepam ou temazepam. Carmustina: [NE] Supressão aumentada da medula óssea. Cetoconazol: [NE] Diminuição da absorção gastrintestinal do cetoconazol devido ao pH aumentado no intestino; é provável que outros bloqueadores H2exerçam o mesmo efeito. Fenitoína: [NE] Diminuição do metabolismo da fenitoína; aumento dos níveis séricos da fenitoína. Lidocaína: [P] Diminuição do metabolismo da lidocaína; aumento dos níveis séricos da lidocaína. Procainamida: [P] Excreção renal diminuída da procainamida; aumento dos níveis séricos da procainamida. Quinidina: [P] Diminuição do metabolismo da quinidina; aumento dos níveis séricos da quinidina. Teofilina: [P] Diminuição do metabolismo da teofilina; aumento dos níveis plasmáticos da teofilina. Ver também Anticoagulantes Orais; Antidepressivos Tricíclicos; Bloqueadores Beta-Adrenérgicos; Bloqueadores dos Canais de Cálcio. CLORANFENICOL Propriedades que promovem a interação com drogas Inibe as enzimas hepáticas envolvidas no metabolismo de drogas. Interações Clinicamente documentadas Fenitoína: [P] Diminuição do metabolismo da fenitoína. Sulfoniluréias hipoglicemiantes: [P] Diminuição do metabolismo das sulfoniluréias. Ver também Anticoagulantes Orais. DISSULFIRAM Propriedades que promovem a interação com drogas (1) Inibe as enzimas microssomais hepáticas envolvidas no metabolismo de drogas (2) Inibe a aldeído-desidrogenase Interações clinicamente documentadas Benzodiazepínicos: [P] Diminuição do metabolismo do clordiazepóxido e do diazepam, mas não do lorazepam e oxazepam. Fenitoína: [P] Diminuição do metabolismo da fenitoína. Metronidazol: [NE] Os pacientes queixam-se de confusão e psicose com essa combinação; mecanismo desconhecido. DIURÉTICOS POUPADORES DE POTÁSSIO (Amilorida, Espironolactona, Triantereno) Propriedades que promovem a interação com drogas (1) Efeitos aditivos com outros fármacos, aumentando a concentração sérica de potássio. (2) Podem alterar a excreção renal de substâncias, além do potássio (por exemplo, digoxina, íons de hidrogênio). Interações clinicamente documentadas Inibidores da ECA: [NE] Efeito hipercalêmico aditivo. Suplementos de potássio: [P] constitui especialmente um problema na presença de disfunção renal. Ver também Glicosídios Digitálicos; Drogas Antiinflamatórias Não esteróides. DROGAS ANTIINFLAMATÓRIAS NÃO-ESTERÓIDES (AINES) Propriedades que promovem a interação com drogas (1) A inibição da prostaglandina pode resultar em diminuição da excreção renal de sódio, menor resistência aos estímulos hipertensivos e excreção renal reduzida de lítio. (2) A maioria dos AINEs inibe a função plaquetária; pode aumentar a probabilidade de sangramento devido a outras drogas que afetam a hemostasia. (3) A maioria dos AINEs liga-se fortemente às proteínas plasmáticas. (4) A fenilbutazona pode inibir o metabolismo microssomal hepático de drogas (além disso, parece atuar como inibidor enzimático em alguns casos). (5) A fenilbutazona pode alterar a excreção renal de algumas drogas. Interações clinicamente documentadas Captopril (e outros inibidores da ECA): [P] Diminuição da resposta anti-hipertensiva. Fenitoína: [P] Diminuição do metabolismo hepático da fenitoína. Furosemida: [P] Diminuição da resposta diurética, natriurética e anti-hipertensiva à furosemida. Hidralazina: [NE] Diminuição da resposta anti-hipertensiva à hidralazina. Metotrexato: [NE] Possível aumento da toxicidade do metotrexato. Triantereno: [NE] Diminuição da função renal observada com tiiantereno mais indometacina em indivíduos saudáveis e em doentes. Ver também Anticoagulantes Orais; bloqueadores Beta-Adrenérgicos; Lírio.
ESTROGÊNIOS Propriedades que promovem a interação com drogas (1) Metabolismo passível de ser induzido. (2) A circulação êntero-hepática de estrogênio pode ser interrompida por alteração da flora intestinal (por ex., devido a antibióticos). Interações clinicamente documentadas Ampicilina: [AP] Interrupção da circulação êntero-hepática de estrogênio; possível redução na eficácia dos anticoncepcionais orais. Corticosteróides: [P] Diminuição do metabolismo dos corticosteróides, resultando em aumento do seu efeito. Diazepam: [NE] Diminuição do metabolismo do diazepam. Fenitoína: [NE] Aumento do metabolismo do estrogênio; possível redução na eficácia dos anticoncepcionais orais. Griseofulvina: [NE] Possível inibição da eficácia dos anticoncepcionais orais; mecanismo desconhecido. Rifampina: [AP] Aumento do metabolismo do estrogênio; possível redução na eficácia de anticoncepcionais orais. Ver também Barbitúricos; Carbamazepina. FENITOÍNA Propriedades que promovem a interação com drogas (1) Induz o metabolismo microssomal hepático de drogas. (2) Suscetível à inibição do metabolismo. lnterações clinicamente documentadas Drogas cujo metabolismo é estimulado pela fenitoína: Corticosteróides: [P] Níveis séricos diminuídos de corticosteróides. Doxiciclina: [P] Níveis séricos diminuídos de doxiciclina. Metadona: [P] Níveis séricos diminuídos de metadona; sintomas de abstinência. Mexiletina: [NE] Níveis séricos diminuídos de mexiletina. Quinidina: [P] Níveis séricos diminuídos de quinidina. Teofilina: [NE] Níveis séricos diminuídos de teofilina. Verapamil: [NE] Aumento do metabolismo do verapamil; efeito reduzido do verapamil. Ver também Estrogênios. Drogas que inibem o metabolismo da fenitoína: Amiodarona: [P] Aumento dos níveis séricos da fenitoína; possível redução dos níveis séricos de amiodarona. Cloranfenicol: [P] Níveis séricos aumentados de fenitoína. Fluoxetina: [P] Aumento dos níveis séricos de fenitoína. Isoniazida: [NP] Aumento dos níveis séricos de fenitoína; problema primariamente com acetiladores lentos da isoniazida. Ver também Cimetidina; Dissulfiram; Fenilbutazona. Drogas que aumentam o metabolismo da fenitoína: Rifampina: [P] Diminuição dos níveis séricos de fenitoína. GLICOSÍDIOS DIGITÁLICOS Propriedades que promovem a interação com drogas (1) Digoxina suscetível à inibição da absorção gastrintestinal. (2) A toxicidade digitálica pode ser aumentada por desequilíbrio eletrolítico induzido por drogas (por ex., hipocalemia). (3) Metabolismo da digitoxina passível de ser induzido. (4) Excreção renal de digoxina suscetível à inibição. lnterações clinicamente documentadas Drogas que podem aumentar o efeito digitálico: Amiodarona: [P] A redução da excreção renal de digoxina provoca concentrações plasmáticas aumentadas de digoxina. Diltiazem: [P] Aumento dos níveis plasmáticos de digoxina (geralmente 20-30%) devido a depuração renal e não renal diminuída. Drogas que causam depleção do potássio: [P] Probabilidade aumentada de toxicidade digitálica. Eritromicina: [NP] Aumento da absorção gastrintestinal de digoxina em certos pacientes, provavelmente devido à inativação diminuída da digoxina pela flora intestinal. Espironolactona: [NE] Diminuição da excreção renal de digoxina e interferência em alguns ensaios séricos da digoxina. Quinidina: [AP] Excreção reduzida de digoxina; deslocamento da digoxina dos locais de ligação nos tecidos; a digitoxina também pode ser afetada. Verapamil: [P] Aumento dos níveis plasmáticos de digoxina. Ver também Antiácidos; Resinas de Ligação aos Ácidos Biliares. Drogas que podem diminuir o efeito digitálico: Caulim-pectina: [P] Diminuição da absorção gastrointestinal de digoxina. Penicilamina: [NE] Diminuição do nível plasmático de digoxina. Rifampina: [NE] Aumento do metabolismo da digitoxina e possivelmente da digoxina. Sulfasalazina: [NE] Diminuição da absorção gastrintestinal de digoxina. INIBIDORES DA MONOAMINO-OXIDASE (INIBIDORES DA MAO) Propriedades que promovem a interação com drogas (1) Aumento da noradrenalina armazenada no neurônio adrenérgico. O deslocamento dessas reservas e outras drogas podem produzir resposta hipertensiva aguda. (2) Os inibidores da MAO possuem atividade hipoglicêmica intrínseca. lnterações clinicamente documentadas Agentes antidiabéticos: [P] Efeito hipoglicemiante ativo. Analgésicos narcóticos: [NP] Alguns pacientes desenvolvem hipertensão, rigidez, excitação; a meperidina pode ter mais probabilidade de interagir do que a morfina. Fenilefrina: [P] Episódio hipertensivo, visto que a fenilefrina é metabolizada pela monoaminooxidase. Fluoxetina: [NE] Foram relatados casos fatais em pacientes que tomaram esta combinação; é necessária a realização de mais estudos. Guanetidina: [P] Reversão da ação hipotensiva da guanetidina. Simpaticomiméticos (de ação indireta): [AP] Episódio hipertensivo devido à liberação de noradrenalina armazenada. Ver também Levodopa. LEVODOPA Propriedades que promovem a interação com drogas (1) A levodopa é degradada no intestino antes de alcançar os locais de absorção. Os agentes que alteram a motilidade gastrintestinal podem afetar o grau de degradação intraluminal. (2) O efeito antiparkinsoniano da levodopa está sujeito à inibição por outras drogas. lnterações clinicamente documentadas Clonidina: [NE] Inibe o efeito antiparkinsoniano. Fenitoína: [NE] Inibe o efeito antiparkinsoniano, Fenotiazínicos: [P] Inibem o efeito antiparkinsoniano. Inibidores da monoaminooxidase: [P] Reação hipertensiva (a carbidopa evita a interação). Papaverina: [NE] Inibe o efeito antiparkinsoniano. Piridoxina: [P] Inibe o efeito antiparkinsoniano (a carbidopa impede a interação). Ver também Antimuscarínicos. LÍTIO Propriedades que promovem a interação com drogas (1) Excreção renal de lítio sensível a alterações no balanço de sódio. (A depleção do sódio tende a produzir retenção do lítio.) (2) Suscetível a drogas que aumentam a toxicidade do lítio no sistema nervoso central. lnterações clinicamente documentadas Diuréticos (sobretudo tiazídicos): [P] Excreção diminuída do lítio; a furosemida pode ter menos probabilidade de produzir esse efeito do que os diuréticos tiazídicos. Drogas antiinflamatórias não-esteróides: [NE] Redução da excreção renal do lítio (exceto sulindac). Haloperidol: [AP] Casos ocasionais de neurotoxicidade em pacientes maníacos, sobretudo com grandes doses de uma ou ambas as drogas. Inibidores da ECA: [NE] Provável redução da depuração renal do lítio; aumento do efeito do lítio. Metildopa: [NE] Probabilidade aumentada de toxicidade de lítio no sistema nervoso central. Teofilina: [P] Aumento da excreção renal do lítio; efeito reduzido do lítio. PROBENECIDA Propriedades que promovem a interação com drogas (1) Interferência na excreção renal de drogas que sofrem secreção tubular ativa, sobretudo ácidos fracos. (2) Inibição da conjugação de outras drogas com glicuronídio. Interações clinicamente documentadas Clofibrato: [P] Redução da conjugação do ácido clofíbrato com glicuronídio. Metotrexato: [P] Excreção renal diminuída do metotrexato; possível toxicidade do metotrexato. Penicilina: [P] Excreção renal diminuída de penicilina. Salicilatos: [P] Efeito uricosúrico diminuído da probenecida (interação pouco provável com menos de 1,5 g de salicilato por dia). QUINIDINA Propriedades que promovem a interação com drogas (1) Metabolismo passível de ser induzido. (2) Excreção renal sujeita a alterações no pH urinário. lnterações clinicamente documentadas Acetazolamida: [IP] Excreção renal diminuída de quinidina, devido ao pH urinário aumentado; elevação dos níves séricos de quinidina. Amiodarona: [NE] Aumento dos níveis séricos de quinidina; mecanismo não estabelecido. Caulim-pectina: [NE] Diminuição da absorção gastrintestinal de quinidina. Rifampina: [P] Aumento do metabolismo hepático da quinidina. Ver também Anticoagulantes Orais; Antidepressivos Tricíclicos -, Barbitúricos; Cimetidina; Glicosídios Digitálicos; Fenitoína. QUINOLONAS Propriedades que promovem a interação com drogas (1) Suscetíveis à inibição da absorção gastrintestinal. (2) Inibem as enzimas microssomais hepáticas envolvidas no metabolismo de drogas. lnterações clinicamente documentadas Cafeína: [P] A ciprofloxacina, a enoxacina, o ácido pipedêmico e, em menor grau, a norfloxacina, inibem o metabolismo da cafeína. Ferro: [NE] Redução da absorção gastrintestinal de ciprofloxacina e, possivelmente, de outras quinolonas. Sucralfato: [AP] Redução da absorção gastrintestinal de ciprofloxacina, norfloxacina e, possivelmente, de outras quinolonas. Teofilina: [P] A ciprofloxacina, a enoxacina e, em menor grau, a norfloxacina inibem o metabolismo da teofilina; a ofloxacina parece ter pouco efeito. Ver também Antiácidos; Anticoagulantes Orais. RESINAS DE LIGAÇÃO DOS ÁCIDOS BILIARES (Colestiramina. Colestipol) Propriedades que promovem a interação com drogas (1) As resinas podem ligar-se a drogas administradas por via oral no trato gastrintestinal. (2) As resinas podem ligar-se no trato gastrintestinal a drogas que sofrem circulação êntero-hepática, mesmo se estas últimas forem administradas por via parenteral. lnterações clinicamente documentadas Acetaminofeno: [NE] Diminuição da absorção gastrintestinal do acetaminofeno. Digitálicos: [NE] Diminuição da absorção gastrintestinal da digitoxina (e possivelmente também da digoxina). Diuréticos tiazídicos: [P] Redução da absorção gastrintestinal de tiazidas. Hormônios tireoidianos: [P] Redução da absorção dos hormônios tireoidianos. Metotrexato: [NE] Redução da absorção gastrintestinal do metotrexato. Ver também Anticoagulantes Orais. RIFAMPINA Propriedades que promovem a interação com drogas Indução das enzimas microssomais hepáticas envolvidas no metabolismo de drogas. lnterações clinicamente documentadas Cetoconazol: [NE] Aumento do metabolismo do cetoconazol; efeito reduzido do cetoconazol. Corticosteróides: [P] Aumento do metabolismo hepático dos corticosteróides; redução do efeito dos corticosteróides. Mexiletina: [NE] Aumento do metabolismo da mexiletina; efeito reduzido da mexiletina. Sulfoniluréias hipoglicemiantes: [P] Aumento do metabolismo hepático da tolbutamida e, provavelmente, de outras sulfoniluréias metabolizadas pelo fígado (incluindo a clorpropamida). Teofilina: [P] Aumento do metabolismo da teofilina; efeito reduzido da teofilina. Tolbutamida: [P] Aumento do metabolismo da tolbutamida; efeito reduzido da tolbutamida. Verapamil: [NE] Aumento do metabolismo do verapamil; efeito reduzido do verapamil. Ver também Anticoagulantes Orais; Bloqueadores Beta-Adrenérgicos; Bloqueadores dos Canais de Cálcio -, Ciclosporina; Glicosídios Digitálicos; Estrogênios. SALICILATOS Propriedades que promovem a interação com drogas (1) Interferência na excreção renal de drogas que sofrem secreção tubular ativa. (2) A excreção renal de salicilato depende do pH urinário quando são administradas grandes doses de salicilato. (3) Os salicilatos podem deslocar as drogas dos locais de ligação às proteínas plasmáticas. (4) A aspirina (mas não outros salicilatos) interfer na função plaquetária. (5) A administração de grandes doses de salicilatos resulta em atividade hipoglicêmica intrínseca. lnterações clinicamente documentadas Corticosteróides: [P] Eliminação aumentada dos salicilatos; possível efeito tóxico aditivo sobre a mucosa gástrica. Heparina: [NE] Aumento da tendência hemorrágica com aspirina, mas provavelmente não com outros salicilatos. Inibidores de anidrase carbônica: [NE] Aumento das concentrações séricas de acetazolamida; aumento da toxicidade dos salicilatos devido à diminuição do pH sangüíneo. Metotrexato: [P] Diminuição da depuração renal do metotrexato; toxicidade aumentada do metotrexato. Sulfimpirazona: [AP] Diminuição do efeito uricosúrico da sulfinpirazona (interação pouco provável com menos de 1,5 g de salicilato por dia). Ver também Antiácidos; Anticoagulantes Orais; Probenecida. TEOFILINA Propriedades que promovem a interação com drogas (1) Suscetível à inibição do metabolismo hepático. (2) Metabolismo passível de ser induzido. lnterações clinicamente documentadas Diltiazem: [P] Diminuição do metabolismo da teofilina; efeito aumentado da teofilina. Eritromicina: [P] Diminuição do metabolismo da teofilina; efeito aumentado da teofilina. Fumo: [AP] Aumento do metabolismo da teofilina; efeito reduzido da teofilina. Troleandomicina: [P] Diminuição do metabolismo da teofilina; efeito aumentado da teofilina. Verapamil: [P] Diminuição do metabolismo da teofilina; efeito aumentado da teofilina. Ver também Barbitúricos; Cimetidina; Fenitoína; Quinolonas. Fonte : KATZUNG, G. BERTRAM : Farmacologia Básica e Clínica. 5a-ed., Rio de Janeiro – R.J.: Guanabara Koogan, 1994. http://www.psiquiatriageral.com.br/tratamento/interacoes13.htm

O brasileiro canta - Saúde

Chá de cadeira

Aplicativo: Prevendo AVC na web

Pesquisadores de um hospital de Toronto, no Canadá, desenvolveram uma ferramenta online que pode ajudar médicos a prever a probabilidade que seus pacientes morram depois de sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). O estudo, divulgado na publicação Circulation, mostra que o aplicativo apresenta as probabilidades em pacientes que tiveram um AVC em um período que pode variar de 30 dias a um ano. A ferramenta, disponível aqui: http://www.sorcan.ca/iscore/, é a primeira a utilizar os fatores de risco para analisar o quadro do paciente. Histórico de doenças cardíacas, diabetes, câncer e doença renal auxiliam nas estimativas sobre a possibilidade de morte. Os resultados estão sendo apresentados na ‘International Stroke Conference’, em Los Angeles. Iphone. A Food and Drug Administration (FDA) autorizou na sexta-feira, 4, o primeiro aplicativo para iPhone e iPad para médicos. O Mobile MIM, que estará disponível na Itunes store na semana que vem, permite que os médicos vejam resultados de exames imediatamente, sem a necessidade de impressão e com qualidade suficiente para a realização de um diagnóstico http://blogs.estadao.com.br/radar-cientifico/2011/02/11/ferramenta-online-ajuda-medicos-a-prever-probabilidade-de-morte-apos-derrames/

ANS acelera criação de plano que une assistência médica e previdência privada

Pela proposta, parte do valor da mensalidade seria acumulada em um fundo de capitalização individual, que custearia os gastos com saúde após os 60 anos; tema, debatido há anos, foi incluído na agenda regulatória da agência e se tornou prioridade A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) promete finalizar ainda neste semestre o desenho de um novo tipo de plano que une assistência médica e previdência privada. A ideia é acumular parte do valor da mensalidade em um fundo de capitalização individual, que ajudaria a custear os gastos com saúde após os 60 anos, quando a necessidade de assistência aumenta e a renda, normalmente, diminui. O projeto vem sendo debatido há alguns anos pelas empresas do setor. Agora o tema foi incluído na Agenda Regulatória da agência - uma espécie de plano de gestão - e se tornou prioridade. "Nos preocupa a sustentabilidade da saúde suplementar. O número de idosos, que hoje representam 10% da população e 25% dos gastos com saúde, deve triplicar até 2050", diz Mauricio Ceschin, presidente da ANS. Segundo ele, o sistema atual - em que o valor da mensalidade cresce em função da faixa etária - não é uma boa resposta para a mudança demográfica em curso no País. "Criar um plano de previdência privada atrelado a um plano de saúde é uma das alternativas que estamos estudando." O produto seria oferecido por meio de parceria entre uma operadora de saúde e uma instituição financeira que trabalhe com planos do tipo Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), que permite acumular recursos por um prazo contratado. O resgate do dinheiro - hoje sujeito ao imposto de renda a uma alíquota mínima de 10% e máxima de 27,5% - seria totalmente isento de tributação caso fosse usado com despesas médicas ou para o pagamento de um plano de saúde. A renúncia fiscal é justamente o maior obstáculo para que a ideia entre em prática ainda neste ano, pois depende do sinal verde da Receita Federal e dos Ministérios da Saúde e da Fazenda. Mas Ceschin diz ser possível lançar o produto sem mudança na legislação: "O VGBL já existe. O que precisamos é construir uma visão conjunta entre as áreas da saúde e da previdência". A ANS conta com apoio dos representantes desses setores. Na última semana, a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi) e a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) entregaram suas contribuições para a proposta. A Superintendência de Seguros Privados (Susep) deu seu aval. Ressalvas. Carlos Suslik, professor de Gestão de Saúde do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), considera a ideia boa, mas faz ressalvas. "É uma aposta para daqui a 20 anos. As empresas têm de ser robustas e o governo terá de dar guarida para não deixar os beneficiários desamparados caso elas quebrem", diz. Além disso, continua, não será fácil estabelecer o preço justo para cobrir gastos atuais e futuros. Suslik defende que seja mantida a ótica mutualista do sistema atual, em que todos pagam para que uns usem mais o sistema e outros menos, de modo que haja diluição do risco. "Há duas possibilidades: uma é o beneficiário e sua família terem o direito de ficar com o dinheiro acumulado e gerenciá-lo como quiser. Se acabar, problema dele. Na outra, em vez de ficar com o dinheiro, ele permanece com o plano de saúde. Se morrer aos 61 anos, foi um mau negócio, mas, se viver até os 120, terá sido um ótimo negócio. Saúde é algo imprevisível." Embora não considere a solução ideal para o financiamento da saúde, o consultor financeiro Mauro Calil diz que a proposta é melhor que o sistema atual. Já a advogada Rosana Chiavassa, especializada no tema, acha temerário esse modelo num país "com histórico de falta de seriedade na gestão de fundos de capitalização". http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110218/not_imp681132,0.php

Perto do remédio para a calvície

Cientistas criam substância que faz crescer pelos em ratos e poderá ajudar humanos A descoberta acidental de uma substância que fez crescer novamente pelos em ratos de laboratório pode abrir caminho para um potencial remédio contra calvície em seres humanos. Os cientistas da Universidade da Califórnia (EUA) fizeram a descoberta, de forma inesperada, ao conduzir pesquisas sobre as maneiras como o estresse pode afetar as funções gastrointestinais. Utilizaram então ratos geneticamente modificados para produzir em excesso corticotropina ou CRF (corticotrophin-releasing factor), um hormônio de estresse. Ao envelhecer, os roedores começaram a perder os pêlos, principalmente nas costas, ao contrário do grupo controle de ratos não modificados geneticamente. Hormônio Em seguida, os pesquisadores conseguiram criar um peptídeo, uma substância química batizada de "astressin-B", que bloqueia o efeito estressante do hormônio CRF e o injetaram nos ratos que perdiam os pelos. Três meses mais tarde, os médicos americanos voltaram para analisar os efeitos do "astessin-B", mas não conseguiram distinguir os ratos geneticamente modificados dos outros, já que seus pelos haviam voltado a crescer totalmente. "Nossa descoberta mostrou que um tratamento de curta duração, com esta substância, fez crescer novamente pelos em ratos que foram geneticamente modificados para ficarem cronicamente estressados", explicou o cientista Million Mulugeta, professor adjunto de medicina da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, e um dos coautores deste estudo. "O trabalho pode significar o início de novas abordagens para tratar a calvície em humanos, ao neutralizar os receptores de um hormônio que desempenha um papel-chave na condição de estresse", acrescentou ele. Para os estudiosos, tais tratamentos poderiam tratar a perda de cabelos relacionada ao estresse e à velhice. Por ora, segundo os cientistas, os testes serão realizados apenas com camundongos, mas eles esperam que no futuro a descoberta possa se tornar um tratamento eficiente contra a queda de cabelos em seres humanos. http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,perto-do-remedio-para-a-calvicie-,681203,0.htm

Rede de farmácias oferece serviço de descarte de medicamentos

O consumidor que quiser descartar de maneira correta seus medicamentos vencidos ganhou mais opções. A rede de farmácias Droga Raia iniciou na capital paulista um programa-piloto de recolhimento de remédios vencidos que está funcionando em sete unidades - nos bairros de Moema, Brooklin, Vila Madalena, Vila Leopoldina, Vila Guilherme, Anália Franco e na Avenida Paulista, no Conjunto Nacional. O sistema de recolhimento, batizado de Ecomed, é um equipamento de autoatendimento. Pela tela de computador, o usuário é orientado a fazer o descarte. Um leitor de código de barras grava o tipo do medicamento depositado, identificação que permite coletar também remédios controlados. O sistema, desenvolvido pela empresa Brasil Health Service (BHS), gera informações online sobre o volume total de resíduos acumulados. Do equipamento, o material é coletado pelo Departamento de Limpeza Urbana (Limpurb), responsável pela destinação final dos medicamentos, que pode ser a descontaminação ou incineração. Segundo Cristiana Pipponzi, diretora de comunicação da Droga Raia, uma portaria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) editada em 2009 autorizou as drogarias a recolher medicamentos vencidos. Até o final de abril, o objetivo é expandir o serviço para 50 lojas - outras capitais e também municípios do interior do Estado. "O varejo não produz resíduos como a indústria, mas participa dessa cadeia e pode ajudar o consumidor a fazer o descarte correto", diz a diretora. Além da Droga Raia, lojas dos supermercados Pão de Açúcar e Extra também oferecem postos de coleta de medicamentos vencidos. As Unidades Básicas de Saúde da Prefeitura de São Paulo também mantêm postos para o descarte de medicamentos. http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110220/not_imp681999,0.php

Indústria demite contaminados

Empregados da Rhodia foram afetados em 1993 por produtos com cloro Pelo menos 12 trabalhadores contaminados por produtos a base de cloro na fábrica da indústria francesa Rhodia em Cubatão, no litoral de São Paulo, antes de sua interdição em 1993, foram convocados para assinar a carta de desligamento da empresa. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no entanto, suspendeu temporariamente as demissões. Ao todo, 20 trabalhadores receberam cartas nas quais eram informados de que deveriam comparecer à empresa. Eles se dizem revoltados com a chance de desligamento e garantem que os efeitos da contaminação persistem - um deles fez um transplante de fígado. Isso desrespeitaria acordo firmado entre empresa e Ministério Público em 1995, que impede a demissão enquanto os efeitos perdurarem. A Rhodia afirma que a convocação foi genérica para tratar de assuntos da empresa, mas que a dispensa vale para 12 desses trabalhadores porque não apresentam mais os sintomas relacionados à contaminação segundo exames refeitos entre 2009 e 2010 pelo Hospital Israelita Albert Einstein. A fabricante de produtos químicos afirma ainda que analisará cada caso. Na última semana, após os funcionários decretarem greve, o TRT suspendeu as demissões temporariamente. Esses trabalhadores estão entre os remanescentes de um grupo de aproximadamente 150 empregados cujos exames médicos, em 1993, confirmaram alterações pela contaminação. Contam que chegaram a trabalhar em condições em que havia uma neblina na fábrica, com produtos suspensos no ar. Parte desligou-se da Rhodia ao assinar planos de demissão voluntária. Jeffer Castelo Branco, da Associação de Combate aos Poluentes (ACPO), formada por vários ex-funcionários da Rhodia, afirma que a atitude da empresa não tem "qualquer senso de dignidade humana". "O prejuízo à saúde dos trabalhadores já foi feito. Eles estão doentes e não têm tempo de trabalho para se aposentar. Precisam do auxílio da empresa e do plano de saúde a que têm direito", diz ele. Castelo Branco diz que não foram feitos todos os exames necessários para descartar doenças ou agravos. Um exemplo são testes de problemas neuro-comportamentais resultantes da contaminação. O representante da associação reclama ainda que não houve uma junta médica com representantes dos funcionários e do MP para julgar os resultados dos exames. O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) determinou em 1995 que uma junta semelhante listasse doenças e agravos que serviriam de base para novos exames a cada seis meses. Outro lado. A Rhodia informou que resultados de exames realizados pelo Hospital Albert Einstein mostraram que parte dos empregados "não apresenta qualquer sintoma relacionado ao trabalho". A empresa diz que cumpre "rigorosamente" o TAC e alguns dos funcionários estão em licença remunerada há mais de 17 anos, pois a Rhodia não possui atividade produtiva na Baixada Santista. Eles recebem os mesmos benefícios dos demais empregados. A Rhodia disse que não comentaria a decisão do TRT. /COLABOROU AFRA BALAZINA http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110221/not_imp682274,0.php

Lei de patentes fez País gastar R$ 123 milhões a mais com 4 medicamentos

Num período de 19 meses, o Brasil gastou R$ 123 milhões a mais na compra da versão patenteada de apenas quatro medicamentos distribuídos no sistema público de saúde. O valor refere-se ao dinheiro que o governo economizaria se comprasse as mesmas drogas em países onde elas são vendidas na versão genérica. Isso não é possível por causa de um mecanismo chamado pipeline - que reconheceu a patente concedida em outros países antes de a lei brasileira sobre o tema entrar em vigor, em 1996. Na prática, ele impede o Brasil quebrar a patente desses medicamentos ou comprá-los a preços mais baixos no exterior, em sua versão genérica, O fim do pipeline tornou-se a bandeira de um movimento iniciado há dois meses por organizações não governamentais (ONGs) do Brasil e de outros 26 países para tentar apressar o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) de uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) sobre patentes de drogas. A Adin, proposta em maio de 2009, pede a revogação do pipeline. Se a ação for considerada procedente pelo STF, as patentes concedidas automaticamente a pelo menos 440 remédios no Brasil passam a ser consideradas inválidas - o passaporte necessário para dar início à versão genérica dessas drogas. "Estamos falando de muito dinheiro que poderia ser economizado e também de mais pessoas com acesso a tratamento", afirma Gabriela Chaves, farmacêutica da ONG Médicos Sem Fronteiras. Os quatro medicamentos citados no início da reportagem servem de exemplo. O custo de R$ 123 milhões a mais gasto pelo governo, entre maio de 2009 e dezembro de 2010, foi estimado pelo Grupo de Trabalho sobre Propriedade Intelectual a pedido do Estado. Os medicamentos são: olanzapina, usado para o tratamento de esquizofrenia; imatinib, indicado para tratamento de um tipo de câncer; atorvastatina, receitado para reduzir as taxas de colesterol; e lopinavir/ritonavir, um antiaids. O onlazapina perdeu a patente em abril de 2010. Por isso, no cálculo feito, foram considerados os gastos somente até esse período. A lei de patentes, de 1996, previa que, até 1997, empresas interessadas poderiam apresentar seus pedidos de patente por meio do processo pipeline. "Corremos contra o relógio. Parte das patentes já expirou. Em tese, as últimas devem terminar até 2017", afirmou a advogada do grupo Conectas, Marcela Cristina Fogaça Vieira. "A versão genérica de um medicamento pode ter um impacto nas contas extremamente significativo." A diferença pode ser notada com a onlazapina. Em 2010, o Brasil pagou por uma das apresentações 142,83 vezes mais caro do que teria desembolsado com a aquisição de uma versão genérica do produto. Isonomia. A ação direta de inconstitucionalidade foi proposta pelo então procurador-geral da República, Antonio Fernando Barros e Silva de Souza, depois de uma representação da Federação Nacional dos Farmacêuticos. Entre os argumentos está o de que o pipeline fere o princípio da isonomia: patentes aprovadas por esse sistema não tiveram de ser analisadas como os demais medicamentos. O pedido era automaticamente aceito: bastava que se comprovasse a existência da patente em outros países no período anterior a 1997. Além disso, a tese é de que, como o Brasil não reconhecia até 1996 patentes para medicamentos, qualquer produto até aquela data deveria ser considerado como de conhecimento público. "O pipeline ocorreu por opção do Legislativo. Nada obrigava o País a adotar essa medida", diz Gabriela. Depois de proposta a ação, várias instituições pediram para participar do julgamento, incluindo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Assim que recebeu o processo no STF, a ministra Carmem Lúcia decidiu que não analisaria o pedido de liminar e adotou um rito abreviado para julgamento do processo. Ela encaminhou a ação para que a Presidência da República e a Advocacia-Geral da União se manifestassem sobre o assunto. Todas as informações, inclusive o parecer do Ministério Público, foram encaminhadas ao STF até março do ano passado. Desde então, o processo aguarda a análise da ministra. "Estou trabalhando no processo", afirmou a ministra. Ela não adiantou, no entanto, quando levará o processo a julgamento. Diferença de preço 17,99 vezes a mais foi o quanto o governo brasileiro pagou pela versão de marca do Imatinib em 2010 em relação ao genérico disponível no mercado internacional 10,84 vezes a mais foi o quanto custou aos cofres públicos em 2010 a compra do remédio Atorvastatina de marca, em comparação à versão genérica do mesma droga PERGUNTAS & RESPOSTAS Como funciona a patente 1. O que é patente? A patente é um título de propriedade concedido pelo Estado ao inventor do produto ou do processo, por um tempo determinado. A patente assegura ao seu detentor o direito de exclusividade na exploração do produto. 2. Quais são requisitos da patente? Para ser concedida, o autor do pedido da patente deve comprovar a novidade, a atividade inventiva (a obtenção do produto deve envolver processo criativo) e a aplicação industrial do produto. 3. Qual o prazo da patente? A patente de invenção vigora pelo prazo de 20 anos contados a partir da data do pedido. 4. O que é Pipeline? O mecanismo foi previsto na Lei de Patentes, de 1996. Por esse mecanismo, foram aprovados automaticamente pedidos de patentes concedidos no exterior, mas que, até então, o Brasil não reconhecia - como patentes para remédios e para alimentos. Os pedidos de patente pipeline estavam sujeitos apenas à análise formal. Em nenhum dos processos foi examinado se estavam presentes requisitos de patenteabilidade: novidade, atividade inventiva e aplicação industrial pelo escritório brasileiro de patentes, o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110221/not_imp682272,0.php

Corante de refrigerante pode causar câncer, diz estudo dos EUA

Alguns corantes químicos usados em muitos refrigerantes podem causar câncer, diz um comunicado do Center for Science in the Public Interest, organização de defesa do consumidor dos EUA. Segundo a instituição, o corante tem amônia e produz vários compostos químicos que causaram câncer em estudos com animais. As conclusões são baseadas em pesquisas realizadas por cientistas do National Institutes of Health, órgão do governo americano. A entidade pediu que a FDA (agência de vigilância sanitária dos EUA) proíba o uso da substância. Os refrigerantes que mais têm o corante são aqueles de cores escuras. "O público americano não deve ser exposto ao risco de câncer de qualquer tipo como resultado do consumo desses produtos químicos, especialmente quando eles servem a um propósito que não é essencial," diz um trecho da carta. Segundo a Coca-Cola Co, maior fabricante mundial do segmento, o corante usado na fórmula não causa câncer. De acordo com a empresa, a substância tem apenas um dos compostos citados pela entidade. A Pepsi Co foi procurada mas não respondeu. http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/877341-corante-de-refrigerante-pode-causar-cancer-diz-estudo-dos-eua.shtml

Redução de custos hospitalares

A. Introdução O equilíbrio entre receitas e despesas é de fundamental importância para a viabilidade financeira de um hospital. Dentro de um mercado cada vez mais competitivo, e com recursos financeiros limitados , a adequada gestão de custos deve ser priorizada em instituições hospitalares. Dentre os diversos custos hospitalares, os medicamentos e materiais, constituem alguns dos principais custos destas empresas, respondendo por 25 a 40% do dispêndio total. Redução significativa tem sido alcançada, em relação aos custos de materiais e medicamentos, utilizando-se a metodologia sugerida a seguir: B. Metodologia 1. Análise dos custos de matérias e medicamentos, de um determinado hospital, com alocação destes em diversos centros de custos (PE: UTI, Centro Cirúrgico, Enfermaria Clinica, Enfermaria Cirúrgica, Maternidade, etc.) 2. Montagem de curva ABC, classificando os diversos itens utilizados em cada Centro de Custos, conforme seu impacto financeiro. 3. Utilização do Princípio de Pareto, que nos diz que dos vários insumos utilizados, 20% destes, respondem por aproximadamente 80% do impacto financeiro. 4. A utilização destes matérias e medicamentos de maior impacto financeiro é analisada. A seguir, a partir de princípios de boas práticas médicas e medicina baseada em evidência, avalia-se a possibilidade de redução na utilização destes itens, sem que haja comprometimento da qualidade. Com base neste estudo, são montados protocolos, que além de auxiliar na redução de custos, promove padronização de condutas, com incremento na qualidade. 5. Os valores de compra destes itens de grande impacto, são também analisados, e comparados com os de outros hospitais e outras marcas, sendo então renegociados, ou substituídos, por marcas de qualidade também comprovada, porém de menor custo. Neste quesito, a utilização de medicamentos genéricos, de fabricantes reconhecidos por bons níveis de qualidade, vem ganhando espaço no Brasil. A seguir, descrevemos alguns resultados alcançados: C. Resultados 1. Unidade de Terapia Intensiva Adulto, com 10 leitos, em Hospital Municipal de 140 leitos, no estado do Paraná. Custo de materiais e medicamentos nos 6 meses prévios a implantação dos protocolos: R$ 261.072,73 . Número de diárias no período: 1398. Custo de materiais e medicamentos, por paciente dia: R$ 186,74. Custo de materiais e medicamentos nos 6 meses seguintes a implantação dos protocolos: R$ 194.695,96 . Número de diárias no período: 1351. Custo de materiais e medicamentos, por paciente dia: R$ 144,11. Resultado obtido: redução de 22,82% no custo de materiais e medicamentos por paciente dia. Economia gerada no semestre: R$ 57.593,13, em uma unidade de apenas 10 leitos. 2. Unidade de Terapia Intensiva Adulto, com 14 leitos, em Hospital Filantrópico de 200 leitos, no estado de São Paulo. Custo de materiais e medicamentos nos 5 meses prévios a implantação do trabalho: R$ 186.880,52 . Número de diárias no período: 1393. Custo de materiais e medicamentos, por paciente dia: R$ 134,15. Custo de materiais e medicamentos nos 6 meses seguintes a implantação dos protocolos: R$ 151.925,40 . Número de diárias no período: 1640. Custo de materiais e medicamentos, por paciente dia: R$ 92,63. Resultado obtido: redução de 30,95% no custo de materiais e medicamentos por paciente dia. Economia gerada no período de 5 meses: R$ 68.092,80 em uma unidade de apenas 10 leitos. D. Conclusão Certamente existe muito espaço para gestão mais adequada e racional de materiais e medicamentos em hospitais, bem como outros custos relevantes. O aprendizado nestá área, depende de conhecimento prático e teórico, bem como vontade de fazer. Recentemente, cursos específicos tem sido disponibilizados nesta área, facilitando o acesso a tal conhecimento. Que tal, utilizarmos os recursos que deixamos de gastar com custos desnecessários, para melhorarmos a remuneração de médicos, enfermeiros e outros tantos profissionais, que juntos compõe a peça mais importante na engrenagem da saúde, o recurso humano. postado por Rodrigo Nóbrega http://www.saudebusinessweb.com.br/blogs/blog.asp?cod=216

Gastos de TI no Brasil crescerão 13% em 2011

Por Computerworld O mercado brasileiro de TI vai movimentar 39,1 bilhões de dólares em 2011, com crescimento de 13,1% em comparação com o ano passado. A taxa de aumento do País será quase o dobro da mundial, segundo revela o estudo "Top 10 Predictions 2011 Brasil", realizado pela IDC. A previsão de aumento dos gastos globais em TI em 2011 é de 7%. De acordo com a consultoria, os investimentos no Brasil este ano serão maiores até que na América Latina. A taxa de crescimento da região é 11% em comparação com o ano passado. Entre os fatores que vão puxar esse crescimento estão o avanço dos dispositivos móveis e o aumento do apetite do consumidor das classes C por eletrônicos, além do aumento das compras pelas empresas em novas ferramentas para suportar suas operações. O levantamento da IDC foi divulgado na manhã desta quinta-feira, 17/02, pelo country manager da IDC Brasil, Mauro Peres, que apontou cinco áreas que vão disputar os investimentos de TI este ano. São elas cloud computing; mobilidade, redes sociais, outsourcing e aplicações para melhorar a administração dos negócios como sistema de gestão empresarial (ERP), business intelligence (BI) e ferramentas analíticas. Década da mobilidade A pesquisa da IDC destaca também que 2011 é o começo da década da mobilidade e estima que pela primeira vez na história, as vendas de notebooks serão maiores que as de PCs. Segundo analistas da consultoria, a demanda por laptop se manterá aquecida tanto no segmento doméstico como no corporativo. Porém, os tablets vão movimentar o mercado, com a chegada de novas marcas no segundo semestre, quando mais fabricantes entrarão na disputa por esse segmento. O mesmo acontecerá com os smartphones, que vão se tornar o computador do futuro e ultrapassarão este ano as vendas de notebooks no Brasil, segundo projeções da IDC. Em termos de sistema operacional, o Android será a plataforma mais utilizada nos celulares e também ganhará espaço nos tablets. Os analistas da IDC preveêm uma reação mais forte da Microsoft que tentará apresentar novas versões do Windows Mobile e outras parcerias estratégicas como a que fechou na semana passada com a Nokia. http://www.saudebusinessweb.com.br/blogs/blog.asp?cod=130

Recorde: mortes de recém-nascidos diminuem

por Saúde Business Web 18/02/2011 Taxa de mortalidade perinatal, que se refere aos óbitos fetais a partir da 22ª semana de gestação caiu 25% em 10 anos no Estado As mortes bebês em gestação ou de recém-nascidos no Estado de São Paulo atingiram o menor índice da história. É o que aponta o mais recente balanço da Secretaria de Estado da Saúde, produzido em parceria com a Fundação Seade. Segundo o novo boletim, a taxa de mortalidade perinatal, que se refere aos óbitos fetais a partir da 22ª semana de gestação (quando o peso do nascimento é de cerca de 500 gramas) até sete dias completos após o nascimento caiu 25% em 10 anos no Estado. O índice, que era de 18,5 por mil nascidos vivos e nascidos mortos no ano 2000, passou para 13,8 em 2009. Isto significa uma vida salva a cada quatro gestações ou nascimento, na comparação com o início da década, ou 4,7 mil vidas salvas neste período. A mortalidade perinatal vem caindo gradualmente no Estado, com estabilidade em alguns anos. A comparação, neste caso, deve ser entre longos períodos, assim como na mortalidade infantil. Em 2001 o índice foi de 17,7. Em 2002, 17,4. Em 2003, 15,7. Em 2004, 15,8. Em 2005 a taxa passou para 14,5. Em 2006, 14,4. Em 2007 e 2008 o índice ficou em 14,0, caindo para 13,8 no ano seguinte. A taxa de mortalidade perinatal é considerada um importante indicador de saúde pública, uma vez que com a acentuada queda na mortalidade entre o período de sete dias e o primeiro ano de vida, cerca de metade das mortes infantis concentram-se na primeira semana após o nascimento. Em relação aos valores de 2000 houve queda na mortalidade perinatal em todas as regiões de saúde do Estado. As maiores diminuições foram observadas nas regiões de São José do Rio Preto, Grande São Paulo e Bauru. Ainda segundo o levantamento, a redução da mortalidade perinatal no Estado pode ser atribuída, principalmente, à queda do número de óbitos considerados reduzíveis por diagnóstico e tratamento precoces de doença ou por adequada atenção ao parto, além de medidas de controle da gravidez. "Os dados apontam a correção das políticas públicas de saúde que São Paulo vem adotando. O desafio, agora, é aprimorar este indicador e suprir eventuais carências regionais, proporcionando suporte para que os municípios possam aperfeiçoar cada vez mais a assistência à gestante, ao parto e aos recém-nascidos", diz Giovanni Guido Cerri, secretário de Estado da Saúde de São Paulo. Nos últimos três anos, a Secretaria adotou o Advanced Life Support in Obstetrics, idealizado pela American Academy of Family Phisicians e ministrado no país pela Also Brasil, com objetivo de qualificar médicos e enfermeiras-obstetras para o atendimento de emergências obstétricas. Também houve treinamento específico de pediatras da rede pública, em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria, com enfoque em reanimação neonatal. A assistência às gestantes também vem sendo aperfeiçoada ao longo dos anos. Levantamento da Secretaria aponta que 76,1% das grávidas do Estado de São Paulo passam por pelo menos sete consultas de pré-natal nas Unidades Básicas de Saúde, superando o mínimo de seis atendimentos recomendados pelo Ministério da Saúde e o de quatro estabelecidos pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Essa cobertura, referente a 2008 (último ano disponível) é 41% superior ao registrado no ano 2000, quando 53,8% das gestantes recebiam pelo menos 7 consultas de pré-natal no Estado. http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=76015

Produto neonatal busca patente internacional

Facilitar a alimentação dos recém-nascidos prematuros é o objetivo da solução Facilitar a alimentação dos recém-nascidos prematuros e a termo internados em unidades de tratamento intensivo neonatais ou mesmo em domicílio é o principal objetivo de um produto desenvolvido pela fonoaudióloga Nádia Rodrigues Mallet, que trabalha no Departamento de Neonatologia do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz). O dispositivo, que começou a ser pensado ainda na década de 1990, acaba de ter seu pedido de patente depositado no escritório oficial americano United States Patent and Trademark Office. A proposta do novo copinho leva em consideração as particularidades do bebê e pretende ser um facilitador, inclusive, da prática da amamentação durante a internação e após a alta hospitalar Há 20 anos, quando foi credenciado pela Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), o Instituto passou a utilizar copinhos para alimentar os bebês internados, em substituição às mamadeiras e chuquinhas, que colocam em risco o sucesso da amamentação, além de causar outros malefícios para a criança, como problemas de fala e de arcada dentária. No entanto, explica Nádia, os produtos fabricados até o momento não atendem às necessidades específicas desse público e acabam funcionando como mais um obstáculo ao processo de alimentação alternativa e à amamentação dos recém-nascidos. Fruto da observação da fonoaudióloga em sua rotina diária na UTI Neonatal do IFF, o produto é o que se denomina "inovação incremental", ou seja, que busca adaptar as tecnologias já existentes para seu melhor funcionamento. A proposta do novo copinho leva em consideração as particularidades do bebê e pretende ser um facilitador, inclusive, da prática da amamentação durante a internação e após a alta hospitalar. "Esse é o grande diferencial dos produtos patenteados por nossos profissionais. Todos os inventos são simples e de baixo custo de produção, mas de alto impacto para a prevenção de agravos e para a melhoria da qualidade da saúde materno-infantil", afirma a coordenadora do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) do Instituto, Sueli Rezende, integrante do Sistema Gestec-NIT da Fiocruz e atual responsável pelas ações de propriedade intelectual da unidade. O invento desenvolvido pelo IFF, que requereu patente nacional registrada no INPI desde 2009, ainda se encontra em fase de desenho, mas já existem negociações envolvendo sua produção em escala por empresas nacionais voltadas ao segmento infantil. Inovação voltada para soluções A área dedicada à inovação e ao desenvolvimento tecnológico no IFF começou a ser formalizada em 2001, com a portaria de criação do Núcleo de Pesquisa em Ciência, Tecnologia & Inovação em Saúde (NUPCTIS), que oferece suporte a ideias inovadoras e seu desenvolvimento. Mas, mesmo antes da sua institucionalização, já começaram a surgir os primeiros projetos, que sempre tiveram, como finalidade, resolver ou atenuar problemas percebidos na prática cotidiana do ambiente hospitalar. Em 1991, o cirurgião pediátrico Paulo Roberto Boechat obteve a primeira patente nacional para o Instituto com a sua cadeira anti-refluxo. O produto, de uso doméstico e hospitalar, destinava-se a crianças com refluxo gastroesofágico. Embora tenha sido feito até mesmo um protótipo para exposição, o invento não chegou a ser produzido e comercializado. Isto demonstra a importância do NIT, que tem exercido um papel fundamental no destino desses projetos. Para Sueli, um dos maiores desafios, após a obtenção da patente, continua sendo realizar o levantamento e a captação de mercados e empresas potencialmente interessados em produzir e comercializar o produto. "Se um invento do IFF alcança a comercialização, que é o nosso desejo, ele possibilita um retorno financeiro não apenas para o responsável pela criação, mas garante recursos que serão reinvestidos em toda a instituição, tanto nos laboratórios de pesquisa quanto na assistência à população", conclui. Nas últimas duas décadas, o Instituto solicitou patente para dez produtos voltados à melhoria da qualidade do cuidado com o segmento materno-infantil. Atualmente, três novos inventos estão em fase de formulação para futura solicitação de patente. http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=76012