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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Musculação reduz risco de diabetes em mulheres, diz estudo

Levantar pesos e outros exercícios foram relacionados
a risco mais baixo da doença
Levantar pesos, fazer flexões ou exercícios similares de resistência foram relacionados a um risco mais baixo da doença; pesquisa acompanhou cerca de 100 mil enfermeiras 

Mulheres que fazem musculação reduzem o risco de desenvolverem diabetes, de acordo com um estudo feito por cientistas da Faculdade de Medicina de Harvard. O estudo acompanhou cerca de 100 mil enfermeiras americanas por um período de oito anos. 

Levantar pesos, fazer flexões ou exercícios similares de resistência muscular foram relacionados a um risco mais baixo de diabetes, concluíram os pesquisadores. 

No que diz respeito especificamente à diabetes, os benefícios da musculação superaram os do exercício aeróbico.

Mulheres que fazem pelo menos 150 minutos por semana de exercícios aeróbicos e ao menos uma hora também por semana de musculação tiveram a redução mais significativa (no risco de diabetes), se comparada com mulheres sedentárias. 

Elas reduziram em um terço as chances de desenvolverem diabetes 2. 

Especialistas já sabiam que a prática exercícios aeróbicos regularmente – tais como corrida ou natação – ajuda na diminuição do risco de se desenvolver esse tipo de diabetes. 

O estudo de Harvard sugere, no entanto, que musculação e exercícios de resistência sejam adicionados à rotina para garantir uma maior proteção. 

Amortecedor
Os pesquisadores afirmaram que o estudo não é perfeito – entrevistaram apenas enfermeiras, em sua maioria de etnia caucasiana, e levaram em conta apenas os dados que as mulheres lhes passavam, sem poder checá-los. 

No entanto, eles disseram que os resultados são compatíveis com outras pesquisas que analisaram esses quesitos em grupos de homens. 

Eles acreditam que uma massa muscular mais desenvolvida funciona como um amortecedor contra diabetes. 

Isso porque o diabetes do tipo 2 se desenvolve quando células que produzem insulina passam a funcionar mal ou quando a insulina produzida não age como deveria.

A insulina permite ao corpo usar o açúcar como energia e armazenar qualquer excesso nos músculos e no fígado. 

Assim, o excesso de peso pode aumentar o risco de uma pessoa em desenvolver a doença. 

De acordo com o instituto britânico Diabetes UK, se você está acima do peso, a cada quilo perdido, você, reduz o risco de ter esse tipo de diabetes em 15%. 

"Apesar das limitações envolvidas, a pesquisa destaca a mensagem de que ter um estilo de vida saudável e ativo pode ajudar a reduzir o risco de se ter diabetes 2", disse o médico Richard Elliot, porta-voz do instituto. 

"Temos certeza de que o melhor jeito de reduzir o risco desse tipo de diabetes é manter um peso saudável se alimentando de maneira saudável, com uma dieta balanceada e com atividade física regular. Agora no começo do ano, muita gente está em busca de maneiras de perder peso. Nossa recomendação é que encontrem uma atividade física que gostem, assim é mais fácil se manter motivado."

iG

Alto consumo de álcool acelera em seis anos a perda de memória

Consumo exagerado de álcool acelera a perda da memória
Estudo realizado com pessoas de meia idade mostrou que houve declínio precoce de memória, dificuldade de executar tarefas e problemas na fluência verbal 

Homens de meia idade que mantêm alto consumo de bebidas alcoólicas podem apresentar perda de memória antecipada em seis anos. Estudo realizado com um grupo de mais de sete mil pessoas, com média de idade de 56 anos, mostrou que aqueles que ingeriam mais de 36 gramas de álcool por dia - ou mais de duas latas e meia de cerveja, ou duas taças e meia de vinho, ou 100 ml de destilado - apresentaram antecipadamente perda de memória e problemas em outras funções cognitivas, como a execução de tarefas cotidianas e fluência verbal. 

O estudo comparou os resultados de duas baterias de testes cognitivos realizados ao longo de dez anos. De acordo com Severine Sabia, pesquisadora do departamento de Saúde Pública da University College London e autora do estudo publicado no periódico científico Neurology, a comparação mostrou que houve “notável” declínio de todas as funções cognitivas em todos os grupos de alto consumo de álcool. 

“Os mecanismos que associam o consumo de álcool e a perda de memória são complexos. A hipótese principal está no fato de o consumo abusivo de álcool estar ligado ao maior risco de doença vascular, que, por sua vez, pode aumentar o risco de comprometimento cognitivo. Além disso, o consumo excessivo de álcool tem efeitos no curto e longo prazo prejudiciais para o cérebro”, disse Severine Sabia. 

A médica psiquiatra brasileira Camila Magalhães Silveira, da Unidade de Dependência Química do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, explica que além da relação cérebro-doença vascular, o álcool age diretamente no cérebro de duas formas. “Ele estimula neurotransmissores inibitórios da função cerebral, ocasionando uma diminuição da função cerebral. Fora isso, a ação direta do álcool na célula promove uma desidratação nas células, prejudicando neurônios de determinadas áreas do cérebro, como aqueles ligados à memória”, disse. 

Camila, que não participou da pesquisa, afirma ainda que os resultados dos estudos realizados no Reino Unido não a surpreenderam. “Você nota isso no dia a dia. Geralmente essas pessoas se queixam de falta de memória. Cinquenta e seis anos é uma idade precoce para isto aparecer, mas não é o tipo de caso que não se encontre por aí”, disse. 

O estudo também mostrou que não houve diferença no que se refere à memória e funções cognitivas entre o grupo de abstêmios e o de pessoas de consumo baixo ou moderado de álcool. “É sabido que o consumo baixo ou moderado pode ser benéfico para o coração, e o que é bom para o coração é bom para o cérebro. Porém, se aumentar a dose, o quadro muda”, disse Severine. 

A pesquisadora afirma que ainda é preciso fazer mais estudos com mulheres para saber como o alcool atinge a memória delas. No estudo, no caso das mulheres, o alto consumo de álcool (mais de 19 gramas de álcool por dia para elas) foi associado não à perda de memória mas ao declínio da execução de funções. “É preciso fazer mais estudos com mulheres. Acredito que este resultado pode estar relacionado ao baixo número de mulheres que consumem muito álcool, o que reduz a chance de encontrar uma associação”, disse.

iG

Minas Gerais: Paciente de 75 anos encontra aranha em marmitex servida pelo IPSEMG

Osvaldina Maia / Webreporter
Alimento foi recolhido para análise
Instituto afirmou que a prestadora de serviço que prepara as refeições foi notificada e será multada; empresa garante que nada além de orégano e outras ervas foram encontrados no macarrão 

Uma paciente de 75 anos do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG) levou um susto ao abrir a marmitex servida no hospital de Belo Horizonte no último domingo (12). Além de arroz, feijão e macarrão, a idosa encontrou uma aranha no meio da refeição. 

A filha da paciente, Osvaldina Correia Maia, afirmou que ficou surpresa quando a mãe mostrou o animal. “Ela ficou internada para realizar uma cirurgia de joelho. Fiquei indignada quando minha mãe foi almoçar. Se ela não tivesse percebido, poderia ter colocado a aranha na boca e ter problemas mais sérios”, explicou Osvaldina. 

Depois de encontrar a aranha no alimento, Osvaldina levou o caso ao conhecimento da supervisora do hospital, identificada como Ana Rita. 

A auxiliar administrativa foi orientada a registrar a reclamação, que, segundo o IPSEMG seria encaminhada à empresa terceirizada que presta serviço para o hospital. No entanto, até esta quinta-feira (16), ninguém entrou em contato com a família da paciente. 

“Ficaram de me ligar, mas,depois de quatro dias, ninguém do hospital entrou em contato. Minha mãe já recebeu alta e não tivemos um retorno”, explicou a auxiliar administrativa. 

A reportagem de O TEMPO entrou com a assessoria de imprensa da IPSEMG, que ficou ciente do caso. Segundo a coordenação de comunicação, o alimento foi recolhido e fotos foram tiradas e anexadas a um documento que foi entregue à prestadora de serviços. 

A assessoria destacou, também, que a situação da paciente foi um caso isolado. A empresa foi notificada pelo instituto e será multada, conforme contrato assinado pelas partes. Já a prestadora de serviços, NutriSabor, alegou que o alimento foi verificado por uma fiscal e nada de anormal foi encontrado. Segundo a empresa, no macarrão tinha orégano e outras ervas para tempero. No entanto, a refeição vai passar por análise.

O Tempo

Por que bocejamos?

Bocejo: razões pelas quais as pessoas bocejam ainda
seguem pouco esclarecidas
Pesquisas recentes indicam que ele seja parte de uma reação termorregulatória para ajudar a resfriar o cérebro 

Duas perguntas intrigantes: é possível uma pessoa bocejar enquanto dorme? Por que o bocejo ocorre? 

Segundo Matthew R. Ebben, diretor de operações laboratoriais do Center for Sleep Medicine, no NewYork-Presbyterian Hospital/Weill Cornell Medical Center, o bocejo é certamente menos comum durante o sono, mas já foram documentados casos assim. 

Quanto ao motivo do bocejo em si, “ele não é inteiramente conhecido”, disse Ebben. 

“Porém, os dados mais recentes sugerem que ele seja parte de uma reação termorregulatória para ajudar a resfriar o cérebro ao desviar sangue aos músculos faciais, que agem como radiadores e descarregam calor pelo sangue redirecionado”. 

Num estudo de caso publicado em 2010 na revista 'Sleep Breath’, foram estudadas duas mulheres com surtos crônicos e debilitantes de bocejos. Mesmo dormindo adequadamente, elas sofriam ataques diurnos frequentes, tão intensos que chegavam a causar lacrimação e coriza. 

As duas mulheres descobriram que podiam aliviar ou adiar os sintomas realizando respiração nasal ou aplicando panos frios na testa. Uma mulher descobriu ser possível parar um ataque tomando um banho frio, ou nadando em água fria. A outra mulher descobriu que, após seus ataques, experimentava uma queda de meio grau na temperatura oral. Leia sobre distúrbios do sono na Enciclopédia da Saúde 

Segundo os pesquisadores, os resultados foram consistentes com evidências vinculando o excesso de bocejos a desequilíbrios de temperatura, em vez dos níveis de oxigênio e dióxido de carbono no sangue ou algum tipo de distúrbio do sono.

iG

Como dormir bem no calor

Dormir bem favorece até o emagrecimento
Dormir mal prejudica a saúde e a boa forma. Com as temperaturas altas, o quadro pode se agravar. Confira dicas para um sono tranquilo 

Os dias quentes são encarados com roupas leves, atividades ao ar livre, ar-condicionado, bebidas refrescantes... Mas quando chega a noite, o calor pode atrapalhar o descanso. Dificuldade para pegar no sono , mexer-se muito na cama e acordar várias vezes são algumas situações enfrentadas nos períodos de altas temperaturas. 

No dia seguinte, o resultado é aquela moleza. Uma noite maldormida pode provocar ainda dor de cabeça e falta de concentração. Em longo prazo, a privação do sono pode levar a depressão e obesidade. 

“O ideal é que se tenha, em média, de sete a oito horas de sono por noite. Tanto a falta quanto o excesso podem ser prejudiciais a saúde”, diz a endocrinologista Claudia Chang, professora e coordenadora da pós-graduação em endocrinologia do Instituto Superior de Medicina (ISMD). 

“Acredita-se que um sono ruim tenha papel central na predisposição a ganho de peso e até possa prejudicar o emagrecimento. Infelizmente, o número de jovens adultos cuja duração do sono é inferior a sete horas por noite é muito alto (quase 40%)”, completa a médica. 

Quem deseja uma boa noite de sono deve manter o quarto arejado, o corpo fresco e a cabeça tranquila na hora de ir para a cama. "Com o calor, a agitação costuma ser ainda maior. Deixe o estresse de lado e procure se desligar dos problemas na hora de ir dormir", argumenta Claudia. 

Confira a seguir outras dicas da especialista para bons sonhos de uma noite de verão:

• Hidrate-se ao longo do dia e não apenas na hora de deitar, para não ficar com vontade de ir ao banheiro durante a madrugada. 

• Siga uma dieta balanceada e leve. Evite refeições muito calóricas à noite.

• Bebidas estimulantes como o chá verde e o café devem ser evitadas no período noturno. A cafeína tem duração de quatro horas no organismo, portanto o ideal é que o último gole seja por volta das 16 horas para não atrapalhar a qualidade do sono

• Evite exercícios muito vigorosos próximos à hora de deitar.

• Evite atividades que exijam muita concentração ou que elevem o nível de ansiedade (como filmes de ação ou suspense) perto do período de dormir 

• Use roupas leves e frescas • Prefira lençóis de algodão e linho aos sintéticos, porque esquentam menos 

• Banho morno refresca e ajuda a relaxar 

• Deixe o quarto arejado durante o dia e, se possível, uma brecha na janela também à noite, para o ar circular

• Ventilador é uma alternativa refrescante para os dias mais quentes. Só tome cuidado para que não seja barulhento – prejudicando o sono – e para não fique virado direto para o corpo, pois o vento pode causar frio, fazendo com que você desperte no meio da noite

• Se preferir o ar-condicionado, lembre-se que ele deve estar com o filtro limpo e funcionar a uma temperatura agradável, em torno de 24 graus. Mas como resseca o ar, uma dica é colocar uma bacia de água no quarto, para umidificar o ambiente

 O travesseiro também contribui para a qualidade do sono. É preciso que seja arejado e feito de material que evite a proliferação de ácaros, fungos e bactérias, capazes de desencadear crises alérgicas típicas do verão

iG