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quinta-feira, 11 de junho de 2015

Veja os impactos da falta de controle de medicamentos

Enquanto as instituições de saúde correm para se adaptar ao Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) até 2016, os desperdícios com a falta de rastreabilidade chegam a impactar entre 20% a 40% os gastos com saúde, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)
 
De acordo com a Sindusfarma (Sindicato da Indústria Farmacêutica), essa perda poderia ser evitada com expertise logística.
 
O impacto da falta de controle de medicamentos:

– 100 mil pessoas foi a média anual de mortes por uso de medicamentos ilegais de 2000 a 2007

-US$ 75 bilhões foi a movimentação de remédios falsificados em 2010 em todo o mundo

– R$ 2,5 bilhões é a perda anual de arrecadação com medicamentos contrabandeados no Brasil

– 20% dos medicamentos consumidos no Brasil são ilegais, contra 10% da média mundial

– 50% dos medicamentos comercializados na internet são pirateados

– 800 % foi o crescimento que a venda de medicamentos ilegais apresentou no período de 2000 a 2007

– 1º entre os 10 produtos mais pirateados, como fonte de lucro para os contrabandistas
 
Fonte: Sindicato da Indústria Farmacêutica – Sindusfarma

Novo exame de sangue pode revolucionar a medicina

Bryce Vickmark for The New York Times
Stephen J. Elledge professor de genética
Todo e qualquer vírus que uma pessoa já teve pode ser visto em uma gota de sangue. É o que dizem os desenvolvedores desse novo teste
 
O exame, que ainda é experimental, pode ser realizado por algo em torno de 100 reais e se tornar um importante instrumento de pesquisa para rastrear padrões de doença em várias populações, ajudando os cientistas comparar o velho e o novo, ou populações em diferentes partes do mundo.
 
Esse teste também poderia ser usado para tentar descobrir se os vírus, ou a resposta imunológica do corpo para eles, contribuem para o desenvolvimento de eventuais doenças crônicas e câncer.
 
De acordo com o autor principal do estudo, Stephen J. Elledge, professor de genética na Escola de Medicina de Harvard (EUA), apenas uma gota de sangue é suficiente para matar a sede por muitas informações.
 
É uma coisa tão nova e tão genial que nem sabemos onde vai dar e o que poderia descobrir.
 
O exame
O exame pode detectar a exposição a mais de 1.000 cepas de vírus de até 206 espécies – o que significa todos os vírus conhecidos que infectam pessoas. Também funciona para detecção de anticorpos, proteínas altamente específicas que o sistema imunitário tenha feito em resposta a um vírus.
 
Coletando apenas uma gota de sangue de 569 pessoas nos Estados Unidos, África do Sul, Tailândia e Peru, os pesquisadores constataram que a maioria das pessoas tinham sido expostas a cerca de 10 espécies diferentes de vírus, incluindo suspeitos habituais, como os causadores de resfriados, gripe, doença gastrointestinal e outros doenças comuns.
 
Mas alguns indivíduos apresentavam indícios de exposição à cerca de 25 espécies, segundo o Dr. Elledge. As primeiras análises mostraram algumas diferenças nos padrões de exposição de continente para continente.
 
Em geral, as pessoas fora dos Estados Unidos tiveram maiores taxas de exposição a vírus. A razão não é conhecida, mas os pesquisadores disseram que isso poderia ser devido a “diferenças de densidade populacional, práticas culturais, saneamento ou susceptibilidade genética”.
 
Tesouro
Para o Dr. William Schaffner, especialista em doenças infecciosas da Universidade Vanderbilt, este será um tesouro para epidemiologia das doenças transmissíveis.
 
Uma possibilidade seria implantar o teste em grandes populações para descobrir as idades em que as crianças estão expostas a várias doenças, a fim de ajudar a determinar o melhor momento para vacinação.
 
Outra grande ideia, segundo Schaffner, seria testar coleções de amostras de sangue congeladas – já que laboratórios de governos e algumas universidades os armazenam a partir de estudos anteriores – para aprender sobre padrões históricos de doenças.
 
Avanços e curas
Ao mostrar o repertório completo de anticorpos que uma pessoa produziu ao longo da vida contra os mais variados tipos de vírus, o teste pode clarear nosso conhecimento sobre várias doenças. Se a gente souber mais sobre elas, podemos desenvolver tratamentos cada vez mais eficientes.
 
Os candidatos mais óbvios para possíveis curas são doenças autoimunes, como esclerose múltipla e diabetes tipo 1.
 
Os pesquisadores já suspeitavam que os vírus podiam contribuir para tais doenças ao provocar o sistema imunológico a produzir anticorpos que confundem as próprias células de uma pessoa. Mas nenhum desses vírus ou anticorpos já foram identificados. Essencialmente, até agora, os cientistas tinham que os procurar um por um, o que não deve mais acontecer.
 
A tecnologia poderia também ajudar a responder perguntas sobre o câncer, por exemplo, por que a mesma doença progride mais rápido em alguns pacientes do que em outros, e porque a quimioterapia funciona melhor em algumas pessoas. Os anticorpos podem desempenhar um papel que ainda não conhecemos.
 
Limitações
O teste tem algumas limitações, contudo. Ele pode não detectar certos vírus muito pequenos ou infecções para a qual a resposta imune tenha sido muito pequena. Mas versões mais recentes do teste podem ser mais sensíveis, de acordo com o Dr. Elledge.
 
Embora não seja perfeito, a expectativa é que o método represente um grande passo à frente em direção ao objetivo de uma análise mais abrangente de infecções virais.
 
Hoje, o exame pode levar até dois meses para ser concluído, mas com investimento, poderia ser feito em dois ou três dias.
 
nytimes / Hypescience

Reino Unido orienta profissionais a passarem duas horas em pé no trabalho todos os dias

Foto/Reprodução
Caminhar pelo escritório e trabalhar parte do expediente de pé pode reduzir risco de doenças crônicas

Rio - Passar o dia sentado em frente a uma tela de computador pode deixar o chefe satisfeito, mas certamente não deixará o funcionário mais saudável. Pessoas que trabalham em escritório devem ficar pelo menos duas horas do expediente em pé, recomenda o primeiro guia formulado pelo Reino Unido com a intenção de diminuir os riscos do sedentarismo para a saúde.
 
O estudo que levou à nova diretriz, publicado na semana passada no “British Journal of Sports Medicine”, ainda sugere que a cota diária seja, eventualmente, aumentada para quatro horas de movimentação por dia. O mais importante é quebrar os longos períodos em que se permanece sentado, com pequenas caminhadas regulares ou o uso de mesas com altura regulável, conhecidas como sit-stand desks, que permitem que o profissional trabalhe em pé no computador. A cartilha foi elaborada por uma série de peritos internacionais, a pedido do Departamento de Saúde Pública da Inglaterra, para estabelecer recomendações aos profissionais, em um momento em que se multiplicam os estudos que relacionam períodos prolongados na cadeira com um risco maior de doenças graves e morte prematura.
 
De cinco a dez minutos de caminhada leve a cada hora de trabalho é a recomendação ideal, segundo João Felipe Franca, especialista em Medicina do Exercício e do Esporte.
 
— Essa atividade física mínima já melhora a circulação, aumenta o gasto energético e evita edemas em membros inferiores — alerta Franca, sócio da Clinimex, dizendo ainda que, sentados, gasta-se metade das calorias do que de pé. — Passar oito horas por dia sentado é um risco para a saúde a longo prazo. Portanto, use as escadas do escritório, ande para pegar uma água, ou seja, levante-se com mais frequência.
 
O publicitário gaúcho Pettersom Paiva, de 39 anos, passou boa parte da vida profissional “fechado num escritório”, como ele mesmo conta. Hoje no comando da startup Voopter, no Rio, ele não quer mais saber da rotina sedentária. No espaço de coworking Templo, sede de sua firma há três anos, ele passa a maior parte do dia caminhando pelos dois jardins da casa, na Gávea, enquanto faz telefonemas e cria estratégias.
 
— Em vários momentos do dia saio da cadeira para andar, tomar um café, trocar uma ideia com um colega ou simplesmente arejar a cabeça. Rendo mais assim do que quando passava o dia sentado, sem contar o benefício para a saúde. Meus funcionários têm a mesma liberdade e raramente ficam doentes — observa Paiva.
 
Analista de comunicação da empresa de auditoria Deloitte, em São Paulo, a carioca Carolina Vaisman também faz questão de levantar de sua mesa para dar uma volta no prédio, pelo menos quatro vezes ao dia.
 
— Faço pela saúde mental e física. Saio para andar um pouco, beber água ou subo para o outro piso, onde tem uma cafeteria. Nos dias em que não levanto tanto, fico mais cansada — comenta Carolina, de 28 anos. — É que nem quando estou em um avião: se passo muito tempo sentada, sinto um incômodo.
 
Os autores do estudo ressaltam que 60% do tempo que os britânicos passam acordados são gastos com o comportamento sedentário (sentado ou deitado). Entre aqueles com alto risco de uma doença crônica, o índice sobre para 70%. Já quem trabalha em escritório passa de 65% a 75% do tempo do expediente sentado, e mais da metade do período gasto na cadeira fica concentrado em longas horas.
 
“Está surgindo uma evidência clara de que um primeiro passo para mudar esse comportamento é simplesmente fazer com que as pessoas fiquem de pé e se movimentem com mais frequência no dia de trabalho”, diz o professor John Buckley, da Universidade de Chester, no relatório final do estudo.
 
Também se deve evitar ficar longos períodos de pé, o que pode ser tão prejudicial quanto o tempo gasto sentado. O ideal é alternar as posições, além de fazer mudanças posturais e pequenas caminhadas para aliviar a dor muscular e a fadiga do corpo.
 
O Globo

Estudo: antiácidos podem aumentar risco de crise cardíaca

Nos Estados Unidos, os médicos fazem mais de cem milhões de receitas médicas por ano para estes antiácidos considerados inofensivos
 
Certos medicamentos que reduzem a acidez do estômago podem estar ligados ao aumento de 16 a 21% do risco de um ataque cardíaco, de acordo com um estudo divulgado nesta quarta-feira (10).
 
Conhecidas como inibidores da bomba de prótons (IBP), tais como Nexium, Prilosec ou Prevacid, essas drogas estão entre as mais prescritos do mundo e representam um mercado de 14 bilhões de dólares, afirmaram os autores da pesquisa da Stanford School of Medicine, na Califórnia. Eles são eficazes para reduzir a acidez do estômago e evitar o refluxo gastroesofágico.
 
"A relação que constatamos entre o uso destes medicamentos e o aumento do risco da crise cardíaca não prova em si mesmo uma relação de causa e efeito", argumentou Nigam Shah, professor adjunto de informática biomédica da Universidade de Stanford e um dos autores da pesquisa.
 
Mas insistiu que, visto que a pesquisa foi realizada com base em históricos médicos eletrônicos de quase três milhões de pessoas, e após rastrear minuciosamente bilhões de dados médicos, este vínculo deveria ser considerado algo sério, sobretudo tendo em conta que muitos destes antiácidos estão disponíveis sem receita médica.
 
Nos Estados Unidos, os médicos fazem mais de cem milhões de receitas médicas por ano para estes antiácidos considerados inofensivos - salvo para as pessoas que tomam o anticoagulante Plavix -, indicaram os pesquisadores, cujo estudo foi publicado na revista norte-americana PLOS ONE.
 
"Estes medicamentos não são tão seguros quanto pensamos", comentou Nicholas Leeper, professor adjunto de cirurgia cardiovascular da Universidade de Stanford, principal autor do estudo.
 
Terra

Anvisa barra fase 3 da vacina contra dengue produzida pelo Butantã

Camilla Carvalho/ Acervo Instituto Butantan
Ministro afirma que a fase 3 da pesquisa é essencial para o
desenvolvimento da pesquisa
Enquanto as informações não forem fornecidas, a autorização não será concedida
 
O pedido para a liberação da fase 3 da vacina contra dengue produzida pelo Instituto Butantã em parceria com o National Institutes of Health não foi autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A análise, que foi feita em caráter emergencial, a pedido do instituto, foi concluída há alguns dias. A equipe técnica da Anvisa identificou algumas pendências que precisam ser resolvidas pelo instituto. Enquanto as informações não forem fornecidas, a autorização não será concedida.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou que, num cenário otimista, a vacina do Butantã estará disponível somente em 2018.
 
— Temos o maior interesse de que o produto esteja disponível rapidamente, mas temos de ser francos.
 
Chioro observou ser necessária a conclusão da fase 3 da pesquisa e a construção de uma área industrial somente para produção da vacina, quando todas as etapas já tiverem sido cumpridas. De acordo com o ministro, a construção da fábrica começará em agosto.
 
— Se tudo der certo, ela será concluída em julho do ano que vem.
 
Chioro rebateu as afirmações de que a Anvisa teria responsabilidade no atraso da pesquisa feita pelo Butantã. De acordo com o ministro, em fases anteriores o próprio instituto demorou a apresentar documentos considerados essenciais pela agência para fazer a liberação da fase 2 da pesquisa.
 
Estadão Conteúdo

Epidemia de AIDS pode reemergir segundo pesquisas

O Ministério da Saúde divulgou neste ano uma pesquisa informando que pelo menos 45% da população sexualmente ativa do País não usou preservativo em relações sexuais casuais
 
Os dados foram coletados no ano de 2014 e refletem nos números atuais de casos novos de doenças sexualmente transmissíveis, inclusive a AIDS (Síndrome de Imunodeficiência Humana Adquirida), visto que, o Brasil registra um dos piores indicadores mundiais dessa patologia. “Infelizmente, os casos de AIDS continuam aumentando e o nosso país apresenta grandes indícios de uma reemergência”, alertou o médico Francisco Vignoli.
 
A FMUSP (Faculdade de Medicina da USP) também divulgou dados sobre o assunto e revela que a doença está longe de ser controlada no país, pois a rede de cuidados aos infectados tem sido penalizada pelo subfinanciamento do SUS e o enfraquecimento das respostas à AIDS tem aumentado no País. Outra questão analisada refere-se aos grupos de risco. Logo no começo da epidemia, nos anos 1980, a AIDS atingia, principalmente, os homossexuais, os usuários de drogas injetáveis e os hemofílicos, porém, segundo a imunologista, Maria Helena Pinho, esse cenário mudou. “Atualmente, o termo utilizado é o ‘comportamento de risco’, pois qualquer pessoa pode ter a doença desde que tenha comportamento de risco, como por exemplo, relação sexual com pessoa infectada e sem uso de preservativos, compartilhamento de seringas e agulhas, transfusão de sangue contaminado pelo HIV’, ressalta.

“A confirmação do diagnóstico é feita apenas pelo exame de sangue. A avaliação clínica permite que observemos alguns sintomas como, queda de estado geral do paciente, e emagrecimento inexplicável, que também cursam com a AIDS, porém a confirmação é feita sempre pela sorologia que é específica para a doença”, explica a imunologista.

Há 15 anos, a política de acesso aos antirretrovirais foi implantada. Nesta época a média de casos registrados era de mais de mil por mês. Em 2014, a ONU apontou que o índice de novos infectados pelo vírus no Brasil subiu 11% entre 2005 e 2013, tendência contrária aos números globais, que apresentou quedas.

Garantias do soropositivo

- O Sistema Único de Saúde garante o tratamento, o acesso aos medicamentos e a realização dos exames médicos necessários ao diagnóstico a todos os residentes do País.

- Nenhuma pessoa pode divulgar quem tem HIV/ AIDS sem prévia autorização, mesmo os profissionais de saúde.

- Portadores de doenças crônicas, inclusive a AIDS, têm direito à isenção do pagamento de imposto de renda, quando receber proventos de aposentadoria, reforma por acidente em serviço e pensão.

- Ninguém deve sofrer discriminação por viver com HIV/ AIDS. Caso isso aconteça, é necessário ir até uma delegacia de polícia e fazer um boletim de ocorrência ou ir à defensoria pública ou outro órgão de proteção de direitos. A OAB é um exemplo.

- As empresas não podem mais obrigar um profissional a fazer o teste de detecção de AIDS ao começar um novo emprego. Isso é lei e caracteriza crime de discriminação.
 
Snif Brasil

Patentes de laboratórios farmacêuticos são derrubadas

A 2ª Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (RJ e ES) quebrou as patentes de diversos medicamentos destinados ao tratamento de doenças graves, como o HIV
 
De forma inédita, a decisão considerou que os 13 laboratórios farmacêuticos proprietários dos fármacos não tinham direito ao prazo mínimo de 10 anos de validade do registro, concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). Isso porque os registros das patentes foram solicitados após o Brasil aderir o Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (TRIPs, na sigla em inglês), em 1994.

Até a assinatura do tratado, o país não reconhecia o direito de propriedade sobre os produtos farmacêuticos e agroquímicos. O Inpi só passou a analisar esses pedidos após a regulamentação da norma internacional, que veio dois anos depois, com a sanção da Lei 9.279. Até maio de 1997, quando a regulamentação entrou em vigor, o órgão admitiu os pedidos de registros por meio de um serviço de caixa postal. Em todos os casos aprovados, a autarquia concedeu a patente pelo prazo de 20 anos contados da data do depósito, além do período mínimo de dez anos de validade do registro. Isso garantia que, se a patente demorasse 15 anos para ser concedida, por exemplo, o registro não valeria apenas pelos cinco anos restantes do prazo, mas sim por dez anos.

Ocorre que o Inpi, ao rever seus atos, decidiu que a validade mínima do registro não se aplicaria aos casos de mailbox (caixa postal). Por isso, entrou com cinco ações na Justiça Federal para pedir a anulação das patentes das 13 indústrias e cujo registro havia sido solicitado em 1995. Menor preço Segundo o desembargador federal André Fontes, relator do voto condutor do julgamento pela 2ª Turma Especializada, a legislação não prevê a garantia do prazo mínimo de validade das patentes cujos registros foram requeridos no sistema mailbox. Fontes apontou o interesse social das ações julgadas. Na prática, afirmou, o término da validade das patentes possibilitará a redução dos preços dos medicamentos, pois as empresas concorrentes poderão produzir tais medicamentos. As patentes anuladas são de remédios para a prevenção e tratamento de doenças isquêmicas, oesteoporose e problemas coronarianos e gastrointestinais. Além disso, há dois medicamentos para o tratamento de pessoas com o vírus HIV e um kit para detecção da Doença de Chagas.

As decisões atingem os laboratórios Evonik Goldschmidt, Duratec Corporation, Kowa Company Ltd., Western Therapeutics Institute, Elanco Animal Health Ireland Limited, Eurovita S.A., Eurofarma Laboratórios S.A., Icos Corporation, Eli Lily do Brasil Ltda., Keiko Otsu, The Wellcome Foundation Limited, Theratechnologies Inc. e Louis V. Kirchhoff. Também figuraram como partes nos processos a Secretaria de Defesa da Grã-Bretanha e o governo dos Estados Unidos.
 
Snif Brasil

Novas drogas contra o colesterol estão a um passo da aprovação nos EUA

Uma comissão da FoodDrug Administration (FDA), agência que regula remédios nos EUA, recomendou a aprovação de novas drogas que se mostraram capazes de reduzir os níveis de colesterol ruim, o LDL
 
Em resultados preliminares de estudos clínicos, pessoas que tomaram os remédios viram seus níveis de colesterol ruim cair significativamente. Os testes clínicos deverão ser concluídos em 2017.
 
Esses remédios são anticorpos que têm como alvo uma proteína (PCSK9) presente no fígado e no intestino e que destrói os receptores de LDL nas células. Esses receptores se encaixam no colesterol ruim e o tiram de circulação.
 
Ao impedir a ação da PCSK9, é possível baixar o LDL no sangue. Pessoas com mutações genéticas que levam à redução dos níveis da PCSK9 no sangue têm colesterol mais baixo.
 
Os remédios são injetáveis, e são aplicados a cada duas semanas ou uma vez por mês, dependendo da formulação.
 
Drogas de duas farmacêuticas, o alirocumab, desenvolvido pela Sanofi e pela Regeneron, e o evolocumab, da Amgen, receberam a recomendação da FDA para serem aprovadas, com 13 votos a favor e 3 contra. A FDA costuma seguir a recomendação das comissões. A aprovação final deverá ser decidida entre julho e agosto.
 
As farmacêuticas pedem a aprovação das drogas para três grupos de paciente: aqueles com altos níveis de LDL, que não conseguem diminuir esses níveis apenas com estatinas; pessoas que já sofreram infarto, que têm diabetes e que não conseguem diminuir seus níveis de colesterol com estatinas; e pessoas com altos níveis de LDL que não toleram a estatina. Os médicos costumam definir como alto risco níveis de colesterol LDL acima de 70.
 
A Sanofi estima que a droga poderá ser aplicada em 11 milhões de americanos. A Amgem estima em 8 milhões.
 
Até agora, aparentemente todos que tomaram os remédios responderam bem ao tratamento. Os níveis de colesterol LDL caíram cerca de 40% a 65%, mesmo que o nível inicial foi alcançado com uso da estatina.
 
Os estudos clínicos também mostraram que os remédios aparentemente não têm mais efeitos colaterais do que um placebo. Paul Chew, diretor médico da Sanofi disse ao “New York Times” que tanto pacientes do grupo que tomou placebo quanto o grupo que tomou o medicamento relataram esquecimento.
 
Mais resultados serão obtidos conforme os estudos, que estão primeiramente tentando investigar se a drogas reduzem os casos de enfarto e mortes tão bem quanto reduzem os níveis de colesterol ruim, avançam.
 
A Sanofi está fazendo estudos com 27.500 pacientes e a Amgem com 18 mil.
 
Custo
As drogas, porém, prometem ser caras. Como muitas outras drogas contra o câncer, os novos medicamentos são anticorpos, produzidos a partir de células vivas a um custo muito elevado. As farmacêuticas não revelaram quanto elas pretendem cobrar pelas novas drogas, mas William Shrank, chefe científico da organização CVS Health, estimou ao NYT que elas podem custar de U$ 7 mil a U$ 12 mil por ano.
 
Folha de São Paulo

Publicada regra sobre recall de alimentos

Está publicada na edição de ontem do Diário Oficial da União a resolução RDC 24/2015 que trata do recolhimento de alimentos e a sua comunicação à Anvisa
 
Em 39 artigos, a norma detalha como as empresas produtoras de alimentos devem proceder em caso de identificação de risco e necessidade de realizar o recolhimento de produtos no mercado, também conhecido como recall.
 
A medida foi aprovada no último dia 2 de junho em reunião pública da Diretoria Colegiada da Anvisa. Uma das inovações da norma é que todas as empresas deverão ter um Plano de Recolhimento de produtos disponível aos seus funcionários e à autoridade sanitária.
 
A resolução também determina que as empresas tenham a rastreabilidade dos seus produtos de forma a garantir o recolhimento de um alimento quando necessário.
 
Para isso, as empresas da cadeia produtiva de alimentos deverão manter registros que identifiquem as origens dos produtos recebidos e o destino dos produtos distribuídos. Uma distribuidora de alimentos, por exemplo, terá que manter registros das empresas fornecedoras e também das empresas para as quais vendeu.
 
Está previsto ainda que a empresa comunique imediatamente à Anvisa e aos consumidores a identificação de qualquer problema que represente risco ou agravo à saúde do consumidor e a necessidade de realização de recall. A Agência também poderá determinar o recolhimento caso não seja realizado voluntariamente pela empresa interessada.
 
 De acordo com dados do Boletim Saúde e Segurança do Consumidor 2015, do Ministério da Saúde, no último ano houve 120 campanhas de recolhimento de produtos no Brasil, sendo seis referentes a alimentos. No mesmo período, os EUA registraram 396 processo de recolhimento, sendo 278 somente de alimentos.
 
A norma entrará em vigor em 180 dias. O descumprimento das novas regras caracterizará infração à legislação sanitária que pode ser punida com interdição, cancelamento de autorização, multa de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão, além do próprio recolhimento obrigatório.
 
 
ANVISA

Anvisa determina recolhimento e suspensão do medicamento Dexadoze

A Anvisa determinou a suspensão, comercialização e uso do medicamento Dexadoze (acetato de dexametasona + cianocobalamina + tiamina + piroxidina) do Laboratório Teuto Brasileiro S/A.

O produto é indicado como anti-inflamatório, antiálgico e antineurítico.
 
Uma auditoria constatou que a pirodixina contida no medicamento era fornecida por um fabricante não autorizado pela Anvisa.
 
Também ficou comprovado que o medicamento não mantinha o padrão de qualidade durante o prazo de validade aprovado na Agência.
 
De acordo com o teste de estabilidade do produto, o teor do acetato de dexametasona ficou abaixo do especificado.
 
A medida está na Resolução nº 1697/2015, publicada nesta quarta-feira (10/06) no Diário Oficial da União (DOU).

ANVISA