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domingo, 23 de outubro de 2011

Maquiagem pode melhorar a reputação profissional

Pesquisa aponta que mulheres maquiadas são consideradas mais competentes. Confira as dicas para acertar no dia a dia

Uma maquiagem bem feita pode beneficiar não só a autoestima de uma mulher. Segundo uma pesquisa realizada por pesquisadores da Universidade de Boston, profissionais adeptas do batom e da sombra transmitem mais competência que as de cara lavada. Um look bem feito aumenta também a confiabilidade da profisisonal.

O estudo, encomendado pela empresa Procter & Gamble – que vende cosméticos de marcas como Covergirl e Dolce & Gabbana -, analisou fotos de 25 mulheres com três opções de maquiagem: "natural", "profissional" e "glamurosa". Elas foram consideradas mais competetentes nas imagens em que estavam com olhos mais marcados e boca pintada. No total, 268 homens e mulheres compartilharam impressões sobre as fotos para chegar ao veredito.

Richard Russel, professor de psicologia da Gettyburg College, se diz surpreso com o resultado positivo do look mais glamuroso. "Se eu chamar a atenção para uma mulher muito competente como, digamos, Hillary Clinton, eu não acho que ela esteja usando um monte de maquiagem. Mas como ela está sempre em destaque, pelo que eu sei deve estar com bastante maquiagem sim”, afirma.

Mas a maquiagem mais pesada não é unânime entre os avaliadores. Segundo um dos pesquisadores, Professor Etcoff, o look faz a mulher ficar muito atraente em um primeiro impacto, mas quando as pessoas ficaram olhando para ela por mais tempo relataram uma confiança menor na profissional.

"Há momentos em que você quer dar um ar de poderosa: 'eu estou no comando aqui’. E as mulheres não devem ter medo de fazer isso. Outras vezes, você quer passar uma imagem mais equilibrada, um apelo mais colaborativo.", diz Sarah Vickery, uma das autoras da pesquisa. Ela sugere tons mais leves e sem brilho para o ambiente profissional.

Vaidade com cautela
Para garantir que a maquiagem ressalte a competência profissional é preciso bom senso na combinação - mesmo nas profissões que pedem um look mais carregado, como vendedoras e aeromoças. “É melhor evitar brilho e iluminadores, sombras muito chamativas, lápis e máscaras coloridas e batons escuros, tipo ameixa”, ensina Rosman Braz, beauty stylist do salão Marcos Proença.

O look sofisticado ainda é o mais recomendado para o ambiente corporativo: quanto mais “clean” o visual, melhor. “A pele deve estar no tom natural e com blush discreto. Ela pode fazer um olho levemente esfumado em tons de marrom ou bege, passar um delineador médio e evitar o lápis preto”, sugere o maquiador José Sarkis, do salão Vimax Beauty. Nos lábios também vale a simplicidade: “Um batom rosado ou um gloss e ela está pronta”.

Separamos dez dicas acertar a maquiagem no trabalho. Confira:

- Evite sombras coloridas, cintilantes ou com brilho.

- Não exagere na combinação de cores. “Marrom com rosa claro fica legal, assim como grafite com lilás ou pêssego com verde musgo”, indica Rozman.

- Abuse da máscara de cílios preta para marcar o olhar. A transparente também é opção para uma produção mais leve.

- Prefira o lápis de olho marrom, que fica mais suave. “O preto pode escorrer e te dar uma olheira de brinde ao longo do dia”, explica Sarkis.

- Cuidado com o bronze! Não adianta ficar com o rosto diferente da cor natural do colo.

- O delineador é aceitável se o traço for fino, nada de estilo roqueira.

- Blush rosinha ou alaranjado combinam mais com o ambiente corporativo. Aplique em movimentos circulares e não deixe marcado.

- Batons rosa, nude e vermelho em tom fechado fazem sucesso. “Não use cores exóticas na boca. Roxo ou amarelo nem pensar”, diz Sarkis.

- Deixe a pele leve e uniforme. Excesso de base ou pó deixa o visual artificial.

- Não combine a maquiagem com a cor da roupa. ”Claro que tem que levar a roupa em consideração, mas a mulher não precisa sair toda de azul porque é a cor da blusa”, diz Sarkis.

Fonte IG

Médicos de Taubaté poderão continuar exercendo medicina, diz Cremesp

Segundo presidente do órgão, nenhum dos condenados vai sofrer punição profissional

O presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) Renato Azevedo Junior, disse nesta sexta-feira, 21, que os médicos Pedro Henrique Torrecillas, Rui Noronha Sacramento e Mariano Fiore Júnior, condenados ontem (quinta-feira), pela Justiça de Taubaté, no interior paulista, no caso Kalume, poderão continuar exercendo a medicina, sem nenhum prejuízo ou punição profissional.

"São critérios e instâncias diferentes: uma é penal e a outra ético-profissional. Em 1993, eles foram inocentados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e, portanto, estão aptos ao exercício da medicina", afirmou Azevedo.

Ele negou haver qualquer tipo de corporativismo e citou o fato de, somente em 2010, um total de 23 diplomas terem sido cassados por infrações graves. "Que outra categoria pune seus pares nessa proporção?", indagou

Em 1988, quando foram denunciados ao Cremesp pelo médico Roosevelt Sá Kalume - daí o nome caso Kalume - os médicos acusados, foram julgados e considerados culpados pelos conselheiros, Eles foram punidos com uma censura pública, mas apelaram para o Conselho Federal , que os absolveu, revogando a decisão do conselho regional. "Já transitou em julgado, resultando na inocência dos acusados", disse Azevedo

Apelação. O advogado João Romeu Corrêa Goffi, um dos responsáveis pela defesa dos réus, disse que na próxima segunda-feira deverá dar entrada no fórum criminal de Taubaté, da apelação para a anulação do júri.

Entre os motivos alegados estão o por não ter atendido ao pedido da defesa para a acareação entre a enfermeira Rita Pereira e o médico Fernando Ferreira. Segundo a enfermeira o médico teria presenciado a morte do paciente José Faria Carneiro, em 22 de dezembro de 1987, com um golpe de bisturi desferido pelo médico Pedro Henrique Torrecillas

"As chances de anulação são de 90%. Foi a dúvida alicerçando a condenação, havendo um divórcio entre as provas dos autos e a sentença. Estamos inconformados com essa condenação", disse Goffi. Ele informou que seus clientes passaram por cuidados médicos logo após o julgamento, mas ainda estão chocados com a decisão da Justiça.

Familiares. A irmã de Alex Lima, uma das vítimas, Vânia Cristina de Lima, disse que a família ficou feliz no primeiro momento, em clima de festa, mas agora estão preocupados com os recursos que virão na tentativa de anular a decisão

"Acredito que eles não consigam reverter, mas isso nos preocupa, mas estamos muito otimistas", afirmou. Segundo Vânia, a família ainda não pensa em pedir indenização pelo crime. "Vamos esperar, mas a maior recompensa foi a condenação deles", afirmou. Os familiares das demais vítimas não foram localizados

Nas ruas de Taubaté, as opiniões estavam divididas. "Que alívio, depois de tanto tempo, a Justiça foi feita", afirmou a enfermeira Lúcia Regina, que na época dos fatos tinha cinco anos. "Não acredito. Eles sempre foram bons profissionais", discordou a balconista Eliane Santos, de 35 anos.

Polícia. O delegado seccional de Jacareí, Roberto Martins de Barros, na época titular do 1º distrito de Taubaté, responsável pelas investigações por mais de dez anos, disse ao Estado, que se sente recompensado. "Recebi críticas de todos os lados, diziam que os fatos não tinham procedência", afirmou.

Barros confirmou que os rins eram destinados a hospitais particulares, em São Paulo e Ribeirão Preto, conforme consta dos autos, e afirma ter tido o respaldo das perícias feitas pelo Conselho Regional de Medicina e pelo Instituto Médico Legal de São Paulo. "Conseguimos provas contundentes de que os pacientes estavam vivos", afirmou

Fonte Estadão

Pais buscam a internet antes de irem ao pronto-socorro

Estudo mostra que, cada vez mais, os responsáveis pesquisam na web questões relacionadas à saúde dos filhos; especialista diz ser necessária uma orientação por parte dos pediatras

Um em cada oito pais procuram informações na web sobre a condição médica de seu filho antes de levar a criança ao pronto-socorro, diz uma nova pesquisa. Para completar, muitos pais aceitam de bom grado visitar os sites recomendados pelo médico de seu filho. Ou seja, os pediatras necessitam estar preparados para oferecer conselhos sobre este assunto, diz a Dra. Purvi Shroff, da Universidade de Louisville, em Kentucky, nos Estados Unidos, líder do estudo.

Os pais utilizam buscadores para encontrar informações sobre saúde na internet - Reprodução
Reprodução

Os pais utilizam buscadores para encontrar informações sobre saúde na internet

O resultado foi apresentado na edição 2011 da Conferência Nacional da Academia Americana de Pediatria, que acontece nesta semana em Boston. Segundo Dra. Shroff, sua equipe entrevistou 240 pais ou responsáveis com acesso à internet que trouxeram crianças ao pronto-socorro.

Eles descobriram que 12% dos pais tinham consultado a web sobre os problemas de seus filhos durante as últimas 24 horas, enquanto metade deles afirmou ter usado a internet ao menos uma vez nos últimos três meses para uma questão relacionada com a saúde do seu filho.

Os sites mais comuns foram WebMD e Wikipedia, mas poucos pais usaram o Centers for Disease Control and Prevention website, administrado pelo governo, ou a página da Academia Americana de Pediatria.

De acordo com o estudo, a maioria dos pais usuários de internet disseram que estavam altamente propensos a visitar um site indicado pelo médico da criança.

"Investir na saúde do seu filho, querer aprender mais e tomar a melhor decisão para a saúde dele é sempre uma coisa boa. No entanto, quando se trata de usar a internet, é adequado acessar bons sites e saber se as informações encontradas são aplicáveis ou não para o seu filho", explica a Dra. Shroff à Reuters Health.

É importante também, acrescenta a especialista, que os pais sejam capazes de falar com o pediatra sobre aquilo que leem na internet, pois o médico poderá explicar qual é o contexto de saúde em que a criança se encaixa e quais assuntos estão ligados à saúde dela.

Fonte Estadão

Negociante do Brás é acusado de vender lixo

Dono da Geisa Tex diz que tecidos não foram usados - Filipe Araujo/AETecidos com logomarcas de hospitais, alguns manchados, teriam saído de SP

O escândalo do comércio de tecidos com logotipos de hospitais em várias regiões do País chegou a São Paulo, escancarando a falta de controle para esse negócio. Um comerciante da região do Brás, no centro de São Paulo, foi acusado pelo dono da loja Agreste Tecidos, em Ilhéus, na Bahia, de vender tecidos com nomes de vários hospitais. As autoridades suspeitam de que o material seja lixo hospitalar, pois algumas peças apresentavam manchas, de acordo com a polícia baiana.

A carga, cerca de 800 quilos, foi apreendida na Agreste Tecidos na quinta-feira pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) e pela Vigilância Sanitária de Ilhéus. O comerciante paulista Geraldo Monteiro da Silva confirma que sua empresa, a Geisa Tex, vendeu retalhos de tecidos com logomarcas de hospitais para a Agreste Tecidos, mas negou ontem ao Estado que comercialize lixo hospitalar e apresentou em sua defesa notas fiscais de compra de "sucata têxtil". Segundo ele, a Agreste deve ter comprado de outro fornecedor uma parte do lote, supostamente de lixo hospitalar, e quer jogar a responsabilidade para terceiros.

Embora a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) faça uma distinção clara entre o que é lixo hospitalar - lençóis sujos e contaminados, que devem ser incinerados - e lixo comum, como são classificados lençóis e jalecos de hospitais que passam por processo de desinfecção e podem ser revendidos, as confecções não usam certificados de origem ao vender esse material para o varejo. Com isso, fica impossível saber se os tecidos trazem risco ao consumidor.

A reutilização de lixo hospitalar chamou a atenção desde a apreensão, na semana passada, de dois contêineres no Porto de Suape (PE) com 46 toneladas de lençóis, batas e fronhas com nomes bordados de hospitais americanos, boa parte com tecidos manchados de sangue, além de seringas. A carga era endereçada a uma empresa de Santa Cruz do Capibaribe, polo têxtil do agreste pernambucano que costuma importar retalhos de tecidos e revendê-los a fábricas de roupas, que os utilizam para forrar bolsos.

Nos dias seguintes, porém, vieram à tona apreensões de lençóis, fronhas e jalecos usados e com a logomarca de vários hospitais em vários pontos do País, como João Pessoa, Teresina, Ilhéus (BA), Fortaleza, São João da Boa Vista (SP) e Santa Cruz do Capibaribe.

Pista. O caso de lençóis com a marca da Faculdade de Medicina de Marília, vendidos no varejo de Teresina, a 2.664 quilômetros, dá uma pista de como funciona esse comércio. Segundo disse a direção da faculdade ao Ministério Público Federal (MPF), que investiga o caso, os lençóis foram encomendados pela faculdade a uma estamparia, que os entregou com a logomarca errada da instituição. A faculdade devolveu o lote - que acabou em Teresina. O Hospital A.C.Camargo suspeita que pode ter ocorrido o mesmo no caso de tecidos com seu nome vendidos no interior paulista.

Ontem, lençóis de hospitais norte-americanos foram apreendidos pela Vigilância Sanitária de Alagoas em Maragogi, a 128 quilômetros de Maceió. De acordo com a denúncia, os tecidos foram comprados por uma dona de casa numa loja da cidade de Barreiros, na divisa de Alagoas com Pernambuco.

Fonte Estadão

Empresa vende capa protetora contra ondas eletromagnéticas

O receio do público a respeito das ondas eletromagnéticas do celular já está virando negócio.

Uma empresa no Brasil está vendendo produtos que prometem proteger o consumidor contra as ondas do telefone, suspeitas de causarem câncer.

As capas de celular da Reflectex são feitas com um tecido que usa fios de prata ou cobre para criar uma tela protetora entre o celular e a cabeça do usuário, afirma o dono da empresa, o geobiólogo Allan Lopes, 35. "A trama reflete até 99% das ondas."

Para que o telefone consiga se comunicar com as antenas, a trama só está presente em um lado da capinha. O outro, que fica virado para fora, deixa as ondas passarem.

Eduardo Anizelli/Folhapress
Celular com a capa de tecido que promete proteger contra ondas eletromagnéticas
Celular com a capa de tecido que promete proteger contra ondas eletromagnéticas

De acordo com o pesquisador Mário Leite Pereira Filho, chefe do laboratório de equipamentos elétricos e ópticos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), em tese, o tecido pode funcionar. "A questão é saber qual será o impacto disso no funcionamento do aparelho. Você pode prejudicar a capacidade de operação do celular."

Segundo Pereira Filho, quando o celular tem mais dificuldade de se comunicar com as antenas, acaba usando uma potência maior para funcionar, o que poderia sabotar a proteção.

O tecido usado na confecção das capas também tem uma versão de voile, para fazer cortinas e até mosquiteiro para berço, por R$ 630 o metro. A capa de celular custa R$ 60, e o saco para proteger remédios, R$ 70. Lopes afirma que já há pontos de venda em São Paulo, no Rio e em Belo Horizonte, além do site.

Fonte Folhaonline

Megaestudo sobre celular descarta risco de câncer

O maior estudo já feito até hoje sobre o uso de celulares e o risco de câncer no cérebro, publicado na quinta-feira, descartou a relação entre o aparelho e a doença. Mas a controvérsia a respeito da possível ameaça que o celular representa para a saúde está longe de terminar.

Os pesquisadores usaram um grupo de dinamarqueses que já é acompanhado desde os anos 1980. Os cientistas tinham em mãos os registros de assinatura de telefone móvel e os de tumores de 360 mil dinamarqueses.

Arte
Mais de 10 mil casos de tumor no cérebro foram encontrados entre 1990 e 2007, mas a diferença entre a incidência da doença entre usuários e não usuários de celular foi estatisticamente insignificante, segundo os autores da pesquisa, liderada por Patrizia Frei, do Instituto de Epidemiologia de Câncer da Dinamarca, e publicada no "British Medical Journal".

No entanto, em alguns casos, foi observado sim um risco maior. Homens que usaram o celular com mais frequência ficaram mais sujeitos a gliomas (um tipo de câncer) no lobo temporal do cérebro.

O problema, dizem os pesquisadores, é que há um número pequeno demais dessas ocorrências para que elas se tornem significativas.

Arte
Além disso, em relação a outros tipos de tumor cerebral, o risco era menor para usuários de celular.
Em maio, a Organização Mundial da Saúde anunciou que as ondas do celular estavam entre os elementos possivelmente cancerígenos, ao lado do café e de pesticidas.

CONTRA-ATAQUE
"Esse estudo foi feito para tirar a conclusão de que não há risco. Ele tem falhas graves de método", disse à Folha a epidemiologista americana Devra Davis, presidente da fundação Environmental Health Trust, que lida com riscos ambientais de doenças.

Davis, autora do livro "Disconnect" (sem edição no Brasil), sobre as relações entre uso de celular e problemas de saúde, preparou, em conjunto com outros especialistas, um documento em que refuta as conclusões da pesquisa dinamarquesa.

Um dos maiores furos do estudo, diz a pesquisadora, é a exclusão dos assinantes corporativos, os executivos, que foram os maiores usuários de celular nos anos 1990.

Outro problema grave, segundo ela, é a forma como a população foi separada em usuária ou não de celular. Foi considerado como usuário quem iniciou sua assinatura até 1995.

Ainda que os celulares tenham sido introduzidos na Dinamarca cedo, a partir de 1982, não dá para descartar que muitos tenham feito sua primeira assinatura depois dos anos 1990. Quem tem celular pré-pago também não entrou na conta.

Assim, o que o estudo está comparando são dois grupos de cidadãos que poderiam estar igualmente expostos às ondas do celular, em vez de um conjunto de usuários versus outro de não usuários.

Para Davis, só trabalhos com amostras compostas por milhões de pessoas e de longo prazo (mais de 20 anos) vão encontrar resultados plausíveis. "Se você fizer um estudo com gente que fuma há dez anos, também não vai achar risco maior de câncer."

Fonte Folhaonline

Dois estudos sobre câncer descobrem pista em bactéria no cólon

Robert A. Holt esforça-se há anos para responder a uma pergunta sobre o câncer de cólon.

Ele é pesquisador de genômica da Agência do Câncer da Columbia Britânica. O pesquisador vem questionando se o câncer pode ser causado ou se expandir devido a uma infecção bacteriana.

Holt sabia que os cânceres de colo de útero, de fígado e de estômago haviam sido associados a micróbios. Além disso, se existe um local do corpo com vários micróbios, este local é o cólon --as células microbianas superam as humanas em número na proporção de nove para um.

As novas ferramentas de análise genômica ofereciam a oportunidade de procurar por uma associação. Holt e outro grupo de pesquisadores, trabalhando de forma independente, descobriram algo totalmente inesperado e intrigante. Um tipo de bactéria em particular, que não é considerada predominante no cólon, parece possuir uma semelhança perturbadora em relação ao câncer de cólon.

Os dois grupos de pesquisa descobriram uma associação ao analisar o material genético de amostras de tumor. Em seguida, eles tiraram os genes humanos da mistura. Os que ficaram foram genes de micróbios.

Uma análise dos genes dos micróbios mostrou que um tipo de bactéria, denominada Fusobacterium, existia em grande quantidade nos tumores, embora ela não estivesse geralmente entre as mais proeminentes nos intestinos. As bactérias não estavam à espreita nas células cancerígenas. Em experimentos posteriores, Holt descobriu que elas penetram nas células do tumor, "o que é um tanto sinistro", afirmou. A capacidade de invadir as células é o que geralmente diferencia o micróbio causador de doenças do inofensivo.

É claro que isso não prova que ela a causadora dos tumores. As células pode ser apenas um local satisfatório para viverem.

À medida que Holt e seus colegas avançavam na investigação, eles descobriram que a bactéria era especialmente prevalente nos pacientes cujo câncer havia se espalhado para outros órgãos.

A descoberta poderia ser uma anomalia. Porém, sem saber da descoberta de Holt, Matthew Meyerson e seus colegas do Instituto do Câncer Dana-Ferber, de Boston, obtiveram os mesmos resultados. Além disso, os pacientes pesquisados por Holt eram canadenses e os de Meyerson eram americanos, vietnamitas e espanhóis de Barcelona. Todos eles tinham a bactéria em um número muitas vezes superior nos tumores do que em células normais do cólon.

"Essa descoberta foi realmente reveladora para mim", disse Meyerson. Ele esperava que houvesse várias bactérias diferentes no tecido tumoral.

"O que se constatou não foi isso", afirmou.

Os dois estudos foi publicado online na terça-feira (18), na revista "Genome Research".

No estudo, Holt e seus colegas iniciaram observando o RNA, que reflete os genes ativos, de 11 pacientes com câncer de cólon. As células do câncer de cólon tinham em média 79 vezes mais bactérias Fusobacterium do que as células normais.

Em seguida, os investigadores procuraram pela bactéria em mais 88 tumores, e em células correspondentes adjacentes do cólon não cancerosas, usando sondas para identificar os genes da bactéria. Com esse método mais sensível, eles descobriram uma média de 415 vezes mais Fusobacterium nas células tumorais do que nas células normais.

Meyerson e seus colegas realizaram experimentos semelhantes. Porém, em vez do RNA, eles examinaram o DNA, a sequências de genes. Eles iniciaram pesquisando nove pacientes e descobriam sequências de DNA da bactéria principalmente no tecido tumoral. Em seguida, eles examinaram as células de outros 95 pacientes, procurando especificamente pelas sequências de genes da bactéria. Novamente, os pesquisadores descobriram a presença dela nas células cancerígenas.

"Eu não sei o que fazer com esse resultado", disse Meyerson. "As bactérias vagueiam pelos tumores, mas não faço a mínima ideia se elas estimulam ou causam o câncer".

Porém, as descobertas são no mínimo provocativas, afirmaram microbiólogos e especialistas em câncer do cólon. David Relman, especialista em micróbios da Universidade de Stanford, afirmou estar especialmente surpreso com o fato de dois laboratórios independentes, usando amostras de diferentes partes do mundo, terem descoberto a mesma bactéria.

"Eu observo esses resultados e penso 'Sim, é possível que haja uma associação genuína'".

Se as bactérias do gênero Fusobacterium causam mesmo uma predisposição ao câncer de cólon nos seres humanos, um dia os pesquisadores talvez consigam produzir uma vacina contra ele, assim como a vacina contra o HPV (papilomavírus humano), que protege contra o câncer cervical.

É claro que a Fusobacterium era conhecida antes da descoberta. Porém, acreditava-se que esses micróbios vivessem principalmente na boca --estão frequentemente nas placas bacterianas dos dentes e são associadas à doença periodontal.

Relatórios recentes a relacionam à colite ulcerosa e à doença de Crohn. As duas doenças, e em especial a colite ulcerosa, aumentam o risco de câncer de cólon.

Contudo, se a bactéria está associada ao câncer de cólon, a pergunta que surge é: como isso ocorre? Segundo os pesquisadores, existe a possibilidade da resposta ser a inflamação. A Fusobacterium provoca inflamação e o câncer está relacionado à inflamação.

Isso não significa necessariamente que ela cause o câncer, afirma Relman. Os tumores podem causar a inflamação e algumas bactérias se beneficiam rapidamente, invadindo os tecidos inflamados e danificados.

"Quando surgem os quadros inflamatórios, certos organismos são selecionados", afirma Relman. "Quase não importa como ela a inflamação se origina. Certos organismos estão habilmente adaptados aos quadros inflamatórios", afirma. Em outras palavras, a bactéria encontrada nas células inflamatórias pode estar "simplesmente seguindo o fluxo".

O que fica é uma descoberta intrigante e muito mais trabalho para tentar descobrir o que acontece. Holt examinará os pólipos, pequenas protuberâncias que surgem na parede interna do cólon. O câncer de cólon desenvolve-se a partir dos pólipos. Porém, a maioria deles não causa mal algum.

"Se forem observadas infecções nas lesões em estágio inicial, talvez esse seja um dos fatores que permita a elas progredir", disse Holt. "Isso não fornece um mecanismo ou comprova algo, mas é consistente".

Meyerson examinará modelos animais de câncer do cólon e questionará se a bactéria pode acelerar o desenvolvimento do câncer ou mesmo causá-lo.

No entanto, os dois investigadores permanecem cautelosos.

"Ao lidar com agentes infecciosos nesse tipo de pesquisa", segundo Holt. "Não é possível saber, ao menos nas primeiras fases da pesquisa, se o que foi descoberto é significativo ou uma falsa pista", concorda Meyerson. "Ainda é difícil saber qual o grau de importância da descoberta", afirma. "Ela pode ser muito importante, mas também é possível que não leve a parte alguma."

Fonte Folhaonline

Apenas 30% dos cânceres vêm de genes herdados

Nesta segunda-feira, o pai do ator Reynaldo Gianecchini, 38, que faz tratamento contra um câncer linfático, morreu em consequência de um tumor no pâncreas.

O caso do pai, que tinha 72 anos, e do filho enfrentando a doença ao mesmo tempo pode indicar um componente hereditário da doença.

Mas só uma minoria dos tumores têm causas hereditárias. De acordo com o oncologista Bernardo Garicochea, coordenador da unidade de aconselhamento genético do Hospital Sírio-Libanês, só 30% dos tumores são determinados por um conjunto de genes herdados da família.

Editoria de Arte / Folhapress
Do total, em torno de 5% estão ligados a mutações específicas. Os médicos já conhecem algumas dessas mutações em trechos de DNA definidos. As mutações nos genes chamados de BRCA1 e 2, por exemplo, estão fortemente ligadas a tumores de mama, ovário, pele e pâncreas.

Quem tem esse tipo de mutação carrega o que os médicos chamam de síndrome. A de Lynch, por exemplo, causa tumores no intestino. Outras, como a de Li-Fraumeni, dão origem a vários tipos de tumor na mesma família.

"O médico pode analisar o padrão de tumores que ocorre na família e pedir um teste genético para identificar a síndrome", afirma o médico.

Testes desse tipo só estão disponíveis na rede privada. Para saber quais são os pacientes que precisam desse tipo de teste, os médicos observam alguns sinais: o número de pessoas na família que tiveram câncer; o número de familiares que tiveram o mesmo tipo de tumor; se há pessoas em que a doença apareceu cedo (câncer de mama antes dos 40 anos, por exemplo) e se uma pessoa teve dois tipos diferentes de tumor em seguida ou em dois lados do corpo de forma independente.

"Achando o defeito genético no doente, procuramos o mesmo defeito nas outras pessoas. É como uma lista telefônica, você já sabe em que página está o que você procura", afirma Goricochea.

ETNIA
Pertencer a alguns grupos étnicos também pode aumentar o risco de desenvolver determinados tumores.

Segundo a geneticista Fernanda Teresa de Lima, responsável pelo serviço de oncogenética do hospital Albert Einstein, descendentes de judeus ashkenazi (da Europa Central ou Oriental), têm maior risco de carregar as mutações no BRCA1 e 2.

Garicochea lembra também que os negros têm risco maior de tumor de próstata e devem ser acompanhados mais de perto quando aparece algum caso na família.

PREVENÇÃO
Quando os médicos encontram um caso de risco, é possível tomar medidas preventivas, de acordo com a síndrome que a pessoa tem.

Uma das principais providências é aumentar a frequência de exames periódicos, como colonoscopias, mamografias e testes para tumor de próstata, dependendo da região do corpo que estiver em risco. O aumento da atividade física também é uma estratégia importante.

Alguns remédios podem ser usados para evitar tumores. O tamoxifeno, que interfere na atividade do hormônio feminino estrogênio, por exemplo, reduz o risco de câncer de mama. A aspirina, em doses baixas, pode prevenir o tumor de intestino.

Em casos de alto risco, o médico pode recomendar uma cirurgia preventiva, como a retirada parcial ou total das mamas, do intestino ou da tireoide, por exemplo.

Goricochea diz que, apesar de não haver motivo para pânico, a ocorrência de câncer em parentes deve ser investigada. "É importante traçar o histórico familiar. Algumas pessoas acham que não têm muitos casos na família mas, quando vão investigar, acabam descobrindo."

Fonte Folhaonline

Encontro da OMS no Rio termina com compromisso de enfrentar desigualdades

Representantes de 120 países divulgaram nesta sexta-feira a "Declaração do Rio", documento político no qual se comprometem a agir de forma intersetorial para enfrentar as desigualdades sociais e melhorar a saúde da população.

A carta marcou o encerramento da Conferência Mundial sobre os Determinantes Sociais da Saúde, da OMS (Organização Mundial de Saúde), realizada nos últimos três dias no Rio. Participaram do evento ministros de 60 países, além de outros representantes de governos e da sociedade civil _ especialmente entre os últimos, houve críticas ao documento.

Para o ministro da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha, a declaração é importante porque coloca em evidência que "saúde se faz com políticas sociais e econômicas que reduzem a desigualdades".

Ele também destacou o fato de o texto consensual reafirmar o entendimento de que o acesso a medicamentos seguros deve ser prioridade pública e de que a crise econômica financeira não deve significar cortes nos gastos sociais, mas sim ser vista como uma oportunidade para ampliá-los.

Para representantes de ONGs e entidades da sociedade civil, porém, a declaração deixou de fora pontos importantes. "A questão do mercado sequer é citada", criticou o professor David Sanders, da UWC (University of the Western Cape), da África do Sul, no painel que antecedeu o anúncio oficial da declaração. Ele foi aplaudido de pé pela plateia.

Em documento paralelo divulgado no evento, ONGs e entidades sindicais defenderam que os determinantes sociais da saúde têm que ser entendidos como uma face do sistema capitalista atual, e não como aspectos a serem enfrentados de forma isolada.

Para o ex-ministro José Gomes Temporão, hoje coordenador executivo do Isags (Instituto Sulamericano de Governo em Saúde, que reúne os doze países da Unasul), as ONGs consideraram a carta muito "tímida". Ele disse, porém, que é preciso entender as "limitações" de um documento que precisa ser aprovado por consenso.

"O Brasil defendeu posições mais avançadas, mas não foi possível", disse ele, citando como exemplo a posição do país para que o documento deixasse claro a importância da democracia para o combate das iniquidades. A reportagem apurou que o trecho acabou sendo barrado pelas delegações de Irã e Argélia.

Temporão ressaltou, porém, que o texto divulgado nesta sexta traz avanços em relação à primeira versão, apresentada em Genebra antes da realização do evento.

Ele destacou que a declaração deixa claro que "saúde não é medicina, não é hospital", e sim algo "política e socialmente determinado".

Para o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, ao sediar a conferência o Brasil chamou para si a responsabilidade de perseguir os objetivos expressos na carta. Ele citou a necessidade de incrementar ações intersetoriais para combater as iniquidades em saúde no país.

"A ação intersetorial ainda é muito tímida no Brasil. Muitas vezes realizamos projetos que, se trabalhados de uma maneira mais coordenada, poderiam ter efeitos mais significativos sobre a saúde, a qualidade de vida e o desenvolvimento do país", disse.

Fonte Folhaonline

Empresa dos EUA desenvolve stent para disfunção erétil

A Medtronic Inc, fabricante de marca-passos, stents cardíacos e produtos para coluna, desenvolveu um dispositivo para tratar de outro problema de saúde comum: a disfunção erétil.

A fabricante informou que concluiu um estudo de viabilidade inicial de 30 homens, idade média de 60 anos, que sofriam de disfunção erétil. Depois de três meses os resultados foram "promissores".

O stent --um tubo de malha de minúsculos fios semelhantes aos usados para sustentar artérias do coração aberto-- foi colocado na artéria que fornece sangue para o pênis.

O stent foi colocado por meio de um cateter com rosca até a pelve, onde a artéria está localizada, permitindo um melhor fluxo de sangue.

"A disfunção erétil é uma doença vascular. Por isso Medtronic está interessada no problema ", disse Jason Rogers, do US Davis Medical Center. Ele é um dos pesquisadores do estudo patrocinado pela empresa.

PROBLEMA COMUM
Há uma estimativa de 30 milhões de homens nos EUA com disfunção erétil e 300 milhões em todo o mundo.

De acordo com Rogers, até 50% dos homens com a doença interrompem a terapia de drogas (como Viagra, Levitra e Cialis) por falta de resultados ou por causa dos efeitos colaterais, como diminuição da pressão arterial.

O especialista também destacou que homens que tomam alguns medicamentos para a doença cardíaca não podem usar as populares pílulas.

Os resultados iniciais mostram que dois terços dos homens que se submeteram ao procedimento melhoraram em pelo menos quatro pontos no índice de 30 pontos da escala disfunção erétil.

Além disso, não houve eventos colaterais nos três meses seguintes. Os cientistas precisam, agora, acompanhar os pacientes por mais tempo. "O trabalho ainda é experimental e exige mais pesquisa."

Fonte Folhaonline

Redes de fast food investem em cardápio com opções 'saudáveis'

As redes de fast food, principalmente o McDonald's, estão divulgando a redução dos teores de sal e gordura em seus lanches.

A mudança envolve a inclusão de saladas, sucos, legumes e frutas no cardápio. Bob's e Burger King também oferecem saladas e sanduíches menos calóricos do que as opções clássicas.

Especialistas em nutrição, no entanto, afirmam que as mudanças são tímidas.

A rede McDonald's incluiu quatro fatias de maçã como sobremesa em seu McLanche Feliz. A batata frita do lanche infantil ganhou uma versão reduzida, com menos de cem calorias, cerca de metade do que havia na porção original. É possível substituir a batata por palitinhos de cenoura e o refrigerante por suco.

Para a nutricionista Daniela Jobst, esse tipo de alteração não deve ser suficiente para mudar os hábitos do consumidores. "Quem vai até uma rede de fast food não vai para comer frutas".

Segundo Jobst, a oferta de pedaços de maçã também não compensa ao lado de uma refeição composta por hambúrguer e fritas.

No Bob's, os lanches mais saudáveis levam pão integral e peito de peru. No Burger King, o cliente pode optar por água de coco em vez de refrigerante.

MENOS SAL
Uma das principais mudanças no conteúdo dos lanches é a redução da quantidade de sódio (componente do sal). O McDonald's reduziu em 15% o sódio de seu Big Mac. Nos nuggets de frango, o corte foi de 10%.

O Bob's afirma que está estudando reduções nessa mesma direção. Segundo o Burger King, os nuggets já tiveram o sódio reduzido.

De acordo com a nutricionista, o corte do sódio é o ponto positivo das mudanças no fast food. Consumido em excesso, o sódio aumenta o risco de hipertensão, derrame, infarto e doenças renais.

O brasileiro consome 8,2 g de sal por dia (3,3 g de sódio) em média, mas as recomendações internacionais são de um máximo de 6 g (2,4 g de sódio), só uma colher de chá.

SALADA SAUDÁVEL
A opção pelas novas saladas incluídas nos cardápios pode ser uma saída para quem frequenta o fast food, mas é preciso atenção à armadilha do molho. A nova salada do McDonald's tem mais tipos de folhas e tomate. Sozinha, tem só oito calorias e 21 mg de sódio.

O molho, porém, pode mais que dobrar o número de calorias do prato. "Esses molhos também são cheios de espessantes, gorduras, conservantes, açúcar e sal", afirma Jobst.

Para Daniel Magnoni, nutrólogo do Hospital do Coração, a mudança nos cardápios pode ser um passo no combate da obesidade infantil. "Mas não adianta oferecer, é preciso educar para escolhas mais saudáveis."

Para minimizar os efeitos do fast food, ele recomenda escolher os sanduíches com mais salada, sucos em vez de refrigerantes, batata com menos sal e pão integral.

Fonte Folhaonline