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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Bactéria da acne pode causar infecções e câncer

P. acnes
Segundo um novo estudo, a bactéria – Propionibacterium acnes, ou P. acnes – que vive sobre a pele e contribui para a acne, geralmente considerada inofensiva, pode causar infecções após cirurgia, incluindo infecções no cérebro.

Provavelmente a bactéria também pode estimular algumas células a se tornem cancerígenas. No entanto, a evidência para a ligação com a doença é apenas emergente. Mais estudos são necessários para confirmar se ela é realmente “culpada”.

A P. acnes vive em folículos pilosos, os minúsculos poros da nossa pele a partir dos quais brotam os cabelos. Quando esses poros ficam bloqueados, as bactérias podem multiplicar-se e contribuir para a inflamação que chamamos de acne.

Agora, os pesquisadores descobriram que elas também podem causar inflamação no interior dos nossos tecidos, conduzindo a dano tecidual.

Normalmente, quando a P. acnes é encontrada em uma infecção dentro do corpo, a maioria dos médicos assume que é apenas um contaminante, ou seja, que foi transferida da pele para o interior do corpo, talvez durante um procedimento médico, mas não estava realmente causando a doença.

Recentemente, porém, os pesquisadores perceberam que existem diferentes síndromes clínicas associadas com infecções por P. acnes como um patógeno real e não apenas um contaminante.

Por exemplo, alguns estudos ligaram as bactérias à formação de abscesso cerebral após neurocirurgia. Um paciente desenvolveu um abcesso no cérebro 10 anos após ter feito a cirurgia. Biópsias do abscesso mostraram apenas um tipo de bactéria presente: P. acnes.

Embora seja difícil dizer se a P. acnes causou o abcesso, uma pista é que a condição do paciente melhorou quando ele tomou antibióticos contra a bactéria. Os pesquisadores quase não conseguiram identificá-la. Ela demora muito tempo para crescer, e os cientistas estavam prestes a jogar fora toda a cultura de laboratório quando a P. acnes finalmente apareceu.

As infecções com P. acnes podem passar desapercebidas porque depois de fazer uma biópsia, os pesquisadores podem se livrar de suas culturas antes dessas bactérias terem a chance de crescer, ou porque os pesquisadores utilizaram os meios de cultura errados.

Uma série de estudos também mostrou que a P. acnes cresce sobre dispositivos médicos implantados, incluindo quadril, joelho e cotovelo artificiais. Cerca de 750.000 dessas articulações artificiais são colocadas em doentes a cada ano nos Estados Unidos, e em cerca de 1% dos casos os pacientes desenvolvem uma infecção.

Além disso, vários estudos recentes sugerem que a bactéria pode aumentar o risco de câncer de próstata. Ela foi encontrada crescendo no interior das células da próstata, e esse crescimento pode levar a inflamação no interior das células, que por sua vez, pode estimulá-las a se tornar cancerosas.

Um estudo mostrou que as bactérias cresceram em 58 das 71 amostras de tecido de câncer de próstata, mas em nenhuma das 20 amostras de tecido saudável. Segundo os pesquisadores, a exposição ao P. acnes por longos períodos alterou a forma como as células se dividiam. No entanto, muito mais pesquisa é necessária para confirmar a ligação do organismo com o câncer.

Segundo os pesquisadores, a boa notícia é que se for confirmado que a P. acnes contribui para infecções ou até mesmo câncer, o tratamento com antibióticos pode ajudar a reduzir a gravidade desses problemas.

Fonte Hypescience

Novo aparelho pode detectar rapidamente câncer, infecções e salmonelas

Imagine um aparelho que pode detectar instantaneamente infecções, estresse, células sanguíneas, marcadores de câncer e até mesmo a qualidade da comida. Pode parar de imaginar, pois este aparelho já existe: se chama Microflow, e será testado pela NASA na Estação Espacial Internacional (EEI).

O dispositivo é uma versão miniaturizada de um equipamento de citometria de fluxo, muito usado em hospitais e centros de pesquisa. Normalmente, os citômetros pesam centenas de quilos, mas o Microflow tem o tamanho de uma torradeira, e pesa cerca de 9 kg.

Ele usa lasers e sensores para contar células, classificá-las, e detectar uma série de biomarcadores em qualquer líquido, como o sangue. De acordo com a NASA, ele funciona em “tempo real”, dando o diagnóstico em até 10 minutos.

A versão miniaturizada do citômetro de fluxo foi possível graças ao trabalho do National Optics Institute External, da cidade de Quebec (Canadá), e foi feita para trabalhar no espaço, onde a microgravidade afeta o comportamento dos líquidos. Dentro da EEI, o Microflow vai manter a saúde dos astronautas e cosmonautas sob vigilância constante. Na falta de um Dr. McCoy, a longa duração das missões torna impossível que a tripulação receba diagnóstico médico em órbita, e é aí que o Microflow se encaixa.

Mas o uso do Microflow vai ser mais interessante ainda na Terra. Com seu tamanho reduzido (tudo bem, ainda não é um portátil e conveniente tricorder, mas é pequeno e acessível), ele vai permitir que pessoas do mundo todo tenham acesso a diagnósticos instantâneos de câncer e infecções. Além disso, eles podem ser entregues facilmente em áreas de desastre, onde é mais difícil conseguir equipamento laboratorial.

Finalmente, o Microflow poderá ser usado também para a análise de alimentos tanto em pequenas fazendas quanto grandes empreendimentos agrícolas, detectando instantaneamente germes potencialmente perigosos.

Fonte Hypescience

Comportamento das abelhas auxilia tratamento da demência em humanos

Trabalho sugere que intervenção social também deve ser considerada para melhorar controle do declínio cognitivo em idosos

Cientistas da Arizona State University, nos Estados Unidos, descobriram que o comportamento das abelhas pode melhorar o tratamento da demência em seres humanos.

A pesquisa, publicada na revista Experimental Gerontology, revela que quando as abelhas mais velhas assumem tarefas normalmente praticadas pelas abelhas mais jovens, o envelhecimento de seus cérebros é efetivamente revertido. A descoberta sugere que a intervenção social também deve ser considerada no tratamento do declínio cognitivo em adultos mais velhos.

"Sabíamos a partir de pesquisas anteriores que quando as abelhas permanecem no ninho e cuidam das larvas, elas permanecem mentalmente competentes. No entanto, após um período de cuidados, as abelhas voam para coletar alimentos e começam a envelhecer muito rapidamente. E este envelhecimento é semelhante ao dos humanos. Depois de apenas duas semanas, as abelhas apresentam asas desgastadas, perdem pelos e perdem a função cerebral, basicamente a capacidade de aprender coisas novas", afirma o líder da pesquisa Gro Amdam.

Amdam e seus colegas decidiram avaliar o que aconteceu no cérebro das abelhas quando elas tiveram que cuidar novamente das larvas nos ninhos.

Para o trabalho, eles removeram as abelhas mais jovens de um ninho, deixando que as mais velhas escolhessem: ou cuidavam das larvas ou iam coletar alimentos. Algumas abelhas mais velhas voltaram para a busca de alimentos, e outras passaram a cuidar do ninho.

Os pesquisadores notaram que após 10 dias, cerca de 50% das abelhas mais velhas que tinham escolhido cuidar do ninho tinham apresentado melhora significativa na capacidade de aprender coisas novas.

Eles descobriram ainda mudanças nas proteínas no cérebro das abelhas que tinham aprendido coisas novas. Uma das proteínas que mudou, chamada Prx6, também é encontrada em humanos e é conhecida por ajudar a proteger contra a demência, incluindo doença de Alzheimer.

"Talvez as intervenções sociais, mudar a forma como a pessoa lida com o que está a sua volta, seja algo que podemos fazer hoje para ajudar nosso cérebro a ficar mais jovem. Uma vez que as proteínas pesquisadas em pessoas são as mesmas das abelhas, elas podem ser capazes de responder espontaneamente a experiências sociais específicas", sugere Amdam.

Fonte Saude Net

FDA aprova ZALTRAP® (aflibercept)

A FDA, após revisão prioritária, aprovou ZALTRAP® (ziv-aflibercept), solução para infusão intravenosa, em combinação com 5-fluorouracil, leucovorin, irinotecano (FOLFIRI), em pacientes com câncer colorretal metastático (mCRC) resistente à oxaliplatina ou que tenham demonstrado progressão da doença após tratamento à base de oxaliplatina.
 
Zaltrap® é um medicamento biológico, resultado de uma parceria entre a Sanofi e a empresa Regeneron.

A expectativa de lançamento no Brasil é para 2014.

Fonte Medicalservices

O tratamento de um infarto chega a ser 500 vezes mais caro do que evitar o colesterol elevado

Um levantamento que acaba de ser concluído pela, constata a discrepância entre os custos de prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares. Segundo o levantamento, o custo médio mensal de medicamentos para controlar o colesterol é de R$ 42,81. Já os gastos para a revascularização do coração, popularmente conhecida como “pontes de safena ou mamária”, são 537,25 vezes mais caro.

Uma operação dessas custa em média R$ 23 mil e o paciente fica em torno de 11 dias internado em um hospital. Uma angioplastia, com ou sem utilização de stents, que trata as consequências do colesterol elevado, é 373,74 vezes mais cara do que a prevenção. A hospitalização chega a quatro dias e o valor médio do procedimento R$ 16 mil.

“O levantamento da Orizon apenas compara os preços de prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares, sem contar os riscos e as restrições posteriores à cirurgia, que o paciente terá que conviver, as vezes por toda a vida. Muitos envolvendo questões trabalhistas e redução de rendimentos”, lembra, Rodrigo Bacellar.

Pacientes que sofrem um AVC – Acidente Vascular Cerebral – conhecido como derrame, em decorrência do colesterol elevado, gastam com o tratamento hospitalar R$ 14.372,90, em média. Os custos são 335,73 vezes mais caros do que evitar que o colesterol fique elevado e com internação média de 10 dias. No caso do AVC, as restrições futuras são bastante significativas, como a paralisação de partes do corpo.

Sobre o infarto:
Infarto do miocárdio é a necrose de uma parte do músculo cardíaco causada pela ausência da irrigação sanguínea que leva nutrientes e oxigênio ao coração. É o resultado de uma série complexa de eventos acumulados ao longo dos anos, mas pode ser caracterizado pela oclusão das artérias coronárias em razão de um processo inflamatório associado à aderência de placas de colesterol em suas paredes.

O desprendimento de um fragmento dessas placas ou a formação de um coágulo de sangue, um trombo, dentro das artérias acarretam o bloqueio do fluxo de sangue causando sérios e irreparáveis danos ao coração (necrose do músculo cardíaco).

Fonte Corpo Saun

Tabaco acelera envelhecimento da pele

Dia 29 de agosto é o Dia de Combate ao fumo. No Brasil, mais de 350 fumantes e ex-fumantes morrem diariamente devido as principais doenças causadas pelo tabagismo, como câncer e enfermidades pulmonares e cardíacas. O dado é de uma pesquisa realizada pela Fiocruz a pedido da ONG ACT (Aliança de Controle do Tabagismo).

A expectativa de vida das mulheres fumantes é reduzida em 4,5 anos e dos homens fumantes em cinco anos. Além de causar graves doenças, o tabagismo deixa marcas visíveis no corpo de quem fuma.

Os componentes químicos presentes no cigarro – quase cinco mil – afetam diretamente a pele. O fumo provoca a contração dos vasos sanguíneos, dificultando a circulação do sangue, a cicatrização da pele e intensificando a olheira. A pele dos fumantes também fica mais seca, pálida e com mais rugas. “A nicotina e todas as substâncias que compõe o cigarro provocam alterações na produção de colágeno e elastina, proteínas responsáveis pela elasticidade da pele”, aponta o empresário do setor de cosméticos Ricardo Prado.

Com menos elasticidade, a pele fica enrugada e com menos firmeza, especialmente na área dos olhos. As lesões que o tabaco causa ao organismo aceleram o envelhecimento como um todo, pois o cigarro reduz a quantidade de antioxidantes no corpo. “O uso de cosméticos que favoreçam a produção e a síntese de colágeno e elastina e sejam eficazes no combate aos oxidantes contribuiu para melhorar a saúde da pele dos fumantes. Os resultados são potencializados quando o indivíduo consegue largar o vício”, observa.

Alguns danos à pele provocados pelo fumo são permanentes, como a flacidez e as marcas de expressão ao redor da boca, mesmo que a pessoa pare de fumar. O cigarro ainda compromete o sistema imunológico e a pele fica mais suscetível à psoríase, lúpus, acne, câncer de pele e outras enfermidades. “O tabaco também piora a celulite devido à má circulação sanguínea e a dificuldade de oxigenação das células, deixa a pele desidratada e altera as suas estruturas mais profundas”, ressalta.

Fonte Corpo Saun

Conhece alguém que fala cuspindo? Pode ser um problema na língua

A situação é embaraçosa: você vai conversar com alguém – chefe, colega de trabalho, amigo ou apenas um conhecido – e tem sempre a impressão de estar levando um banho de saliva. As gotículas voam pelo ar o tempo todo. Eles são motivos de piada e muitas pessoas simplesmente evitam suas companhias. Pois saiba que o problema tem nome: avanço de frênulo lingual, e a solução é bastante simples.

“O frênulo lingual é uma membrana que vai, normalmente, do meio da parte inferior da língua até o ‘chão’ da boca. Basta olha no espelho e levantar a língua que é possível observá-lo. Essa membrana é uma espécie de freio da língua, limita a movimentação em algumas direções e ajuda a articular palavras e mesmo no processo de deglutição de líquidos e alimentos”, explica Irene Marchesan, fonoaudióloga e presidente da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia.

“O problema ocorre quando o frênulo avança em direção à parte fronta da boca. A língua passa a ficar mais limitada em seus movimentos e isso é sinônimo do aparecimento de diversos problemas que vão de alimentação comprometida, fala errada e, o mais reconhecido, excesso de salivação (que é o que causa essa impressão de ‘falar cuspindo’”, complementa a especialista.

Problema de formação
O frênulo avançado não é algo que aparece com o tempo. A condição é congênita e os bebês com esse avanço de frênulo podem já resolver a questão na maternidade mesmo.

“O avanço de frênulo na primeira infância – antes do aparecimento da fala – pode acarretar em problemas e déficits nutricionais. Isto porque a movimentação da língua influencia na deglutição dos alimentos, ou seja, está relacionada com os movimentos para engolir líquidos e sólidos. Bebês com este tipo de problema, portanto, têm dificuldade para mamar, pois fazem muito esforço e perdem o leite materno durante o processo. Normalmente estas crianças babam muito, independente de estarem no processo de amamentação ou não. Então isso, babar demais, é um sinal de problemas na língua”, diz Irene.

A desnutrição em bebês com o avanço do frênulo é um problema tão grave que uma lei foi sancionada pra que o chamado “teste da linguinha” faça parte da série de exames, chamados de neonatais, que são aplicados em bebês recém nascidos.

Primeiras palavras
Com a movimentação da língua comprometida, a fala também vai sendo afetada. Algumas crianças podem ser reconhecidas imediatamente como “línguas presa”. Mas um problema sensível de fala pode não acompanhar o avanço do frênulo.

“A língua pode adaptar os movimentos e não necessariamente é possível notar algum problema imediato de fala. Com o tempo, convivendo com a pessoa, talvez seja mais claro que há algum problema na hora dela falar palavras com ‘R’, um fonema que causa dificuldades em quem tem avanço do frênulo, pois o som se forma no final da língua”, aponta a especialista.

Perdigotos e espuminha no canto da boca

Falar cuspindo, portanto, é resultado de duas funções da língua que são comprometidas. Primeiro a deglutição: como o processo de engolir não se limita apenas aos alimentos, mas também à saliva, as dificuldades para engolir vão fazer com que sempre haja excesso de saliva na boca.

O segundo problema é o da movimentação da língua na hora de falar. Este movimento errado pode facilitar que a pessoa, ao tentar formar o fonema do “R” na ponta da língua, faça a saliva em excesso ser expelida na forma de gotículas (o popular “perdigoto”).

“Engolimos uma média de dois litros de saliva durante todo um dia. Além disso, quando falamos a movimentação natural da língua produz um excedente desta saliva para manter a boca sempre lubrificada. Quando o frênulo dificulta a deglutição é natural que haja esse excesso. Muitas vezes pessoas com o avanço do frênulo são apontadas como tendo uma ‘espuminha’ no canto da boca. Isso é outro sinal de uma condição assim”, alerta Irene.

Beijo problemático
Crianças que não foram diagnosticas para o avanço do frênulo ainda na infância e tiveram a fala pouco comprometida (ou pelo menos não o suficiente para os pais consultarem um profissional de fonoaudiologia ou um médico) podem crescer com o problema sem perceber que têm um problema. Mas na adolescência isso rapidamente vai ser notado.

“É um caso bastante comum em consultórios. Meninos e meninas que procuram um profissional de fonoaudiologia porque têm, literalmente, problemas para beijar”, aponta Irene.

“Um bom beijo, como a maioria das pessoas deve saber, se vale não só dos lábios, mas também das movimentações a língua. E com a língua ‘freiada’ pelo frênulo e também com o excesso de salivação, é de se esperar que haja problemas nessa hora. Além disso, certas variações de carícias sexuais ficam comprometidas. São descobertas da idade e, normalmente na adolescência, um problema no frênulo vai fazer com que esses indivíduos procurem rapidamente algum tipo de ajuda”, diz a fonoaudióloga.

Solução simples
Mas para aqueles os jovens e adultos que descobriram que têm algum problema de avanço de frênulo a notícia é bastante positiva.

A solução é simples e envolve um pequeno procedimento ambulatorial, de 15 a 20 minutos, quase indolor e que eventualmente pode precisar de pontos.

“Identificar o problema é mais complexo – por diversos fatores, entre eles a falta de procura por ajuda – do que resolvê-lo. Após o diagnóstico esse procedimento ambulatorial resolve de imediato o problema físico. Depois é necessário algum tempo para readequar a fala aos novos movimentos da língua e também para a deglutição, que vai estar facilitada e, portanto, é algo fácil também”, finaliza Irene.

Fonte O que eu tenho

Falta de comida pode forçar pessoas a se tornarem vegetarianas em 2050

Dados apresentados na Semana Mundial da Água 2012 mostram que não haverá carne suficiente para a população dentro de décadas

A falta de comida no mundo pode forçar as pessoas a se tornarem vegetarianas em 2050, de acordo com cientistas do Stockholm International Water Institute, na Suécia.

Os dados mostram que não haverá carne suficiente para a população dentro de décadas. Apenas 5% do total de calorias ingeridas virá de alimentos de origem animal.

A pesquisa, apresentada na Semana Mundial da Água 2012, alerta para a necessidade de maiores investimentos do setor público e privado para reduzir o desperdício de alimentos, aumentar a eficiência da água na agricultura e melhorar o consumo de água e alimentos.

"Reduzir o desperdício de alimentos é o caminho mais inteligente e mais direto para aliviar a pressão sobre os recursos hídricos e da terra. É uma oportunidade que não podemos ignorar", afirma o pesquisador Torgny Holmgren.

Segundo os pesquisadores, o investimento em pequenos agricultores é fundamental para alcançar a segurança e o fornecimento de alimentos e água para todas as pessoas.

Em todo o mundo, 2,6 bilhões de pequenos produtores criam animais e peixes. Eles são os principais fornecedores de alimentos no mundo em desenvolvimento. "Se queremos produzir mais de forma sustentável, preservando os recursos naturais, adaptando-se e contribuindo para reduzir a mudança climática, precisamos ajudá-los. Não podemos esperar que eles façam isso sozinho", afirma José Graziano da Silva, diretor-geral da Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO).

Semana Mundial da Água
Mais de dois mil políticos, executivos, cientistas e líderes de organizações internacionais de mais de 100 nações estão reunidos em Estocolmo, na Suécia, para a Semana Mundial da Água, que este ano tem como tema "Água e Segurança Alimentar" (Water and Food Security).

Nas mais de 100 sessões previstas para acontecer ao longo da semana, os participantes irão debater e apresentar soluções para garantir que recursos hídricos limitados do planeta possam atender as necessidades econômicas e de crescimento e apoiar a manutenção de uma população saudável global.

Eles também vão discutir as últimas inovações e práticas bem-sucedidas para fornecer água potável e saneamento seguro para os mais de duas bilhões de pessoas que vivem sem acesso sustentável a esses serviços básicos.

Fonte isaude.net

Equipe dos EUA descobre gene capaz de prever felicidade das mulheres

Trabalho pode ajudar a explicar por que as mulheres são, muitas vezes, mais felizes do que os homens

Cientistas da Universidade do Sul da Flórida, nos Estados Unidos, descobriram um gene capaz de prever a felicidade das mulheres.

A descoberta pode ajudar a explicar por que as mulheres são muitas vezes mais felizes do que os homens.

O líder da pesquisa Henian Chen e seus colegas mostraram que a baixa expressão do gene monoamina oxidase A (MAOA) está associada com maior auto relato de felicidade em mulheres. Este tipo de associação não foi encontrado em homens.

"Este é o primeiro gene da felicidade para as mulheres. Ficamos surpresos com o resultado, porque a baixa expressão de MAOA tem sido relacionada a alguns resultados negativos, como agressividade, alcoolismo e comportamento antissocial", afirma Chen.

Enquanto os homens apresentam taxas mais elevadas de transtornos de humor e ansiedade, as mulheres tendem a relatar felicidade maior em geral na vida do que os homens. A razão para isto não é clara. "Esta nova descoberta pode ajudar-nos a explicar essa diferença de gênero", afirma Chen.

O gene MAOA regula a atividade de uma enzima que quebra serontin, dopamina e outros neurotransmissores no cérebro, alvos de muitos antidepressivos. A baixa expressão do gene MAOA promove níveis mais elevados de monoamina, que permite que grandes quantidades de neurotransmissores fiquem no cérebro e melhorem o humor.

Os pesquisadores analisaram dados de 345 pessoas, 193 mulheres e 152 homens. O DNA dos participantes foram analisados para variação do gene MAOA e os níveis de felicidade auto relatada foram marcadas por uma escala amplamente utilizada.

Depois de controlar vários fatores, a equipe descobriu que mulheres com baixa expressão de MAOA foram significativamente mais felizes que outras. Em comparação com as mulheres com nenhuma cópia da versão de expressão de baixo do gene MAOA, as mulheres com uma cópia pontuaram mais alto na escala de felicidade e aquelas com duas cópias aumentaram sua pontuação ainda mais.

Embora um número substancial de homens carreguem uma cópia da versão "feliz" do gene MAOA, eles não relataram mais felicidade do que aqueles sem a variação.

Os pesquisadores suspeitam que a diferença possa ser explicada em parte pelo hormônio testosterona, encontrado em quantidades muito menores nas mulheres que nos homens. Chen e seus coautores sugerem que a testosterona pode anular o efeito positivo do MAOA sobre a felicidade em homens.

A equipe afirma que mais pesquisas são necessárias para identificar quais genes têm influência específica sobre o bem-estar subjetivo, especialmente uma vez que estudos de gêmeos estimam que fatores genéticos são responsáveis por 35 a 50% da felicidade humana.

Fonte isaude.net

Composto pode bloquear transmissão do parasita da malária entre as pessoas

MMV390048 encontrado na África apresenta atividade contra vários pontos no ciclo de vida do Plasmodium que causa a doença

Cientistas africanos descobriram um composto capaz de auxiliar o tratamento e a cura da malária no mundo.

O composto descoberto a partir da classe aminopiridina, chamado MMV390048, apresenta potente atividade contra vários pontos no ciclo de vida do parasita da malária.

Segundo os pesquisadores, isto significa que ele não só têm o potencial para se tornar parte de uma cura de dose única, mas também pode ser capaz de bloquear a transmissão do parasita de uma pessoa para outra.

A classe aminopiridina foi inicialmente identificada por cientistas da Austrália por meio da triagem de cerca de 6 milhões de compostos.

Posteriormente, cientistas africanos então examinaram e exploraram o potencial antimalárico da nova classe. Kelly Chibale e seus colegas selecionaram os compostos mais promissores da classe para serem otimizados e testados novamente. Em apenas 18 meses, a equipe havia identificado e desenvolvido um candidato adequado para o desenvolvimento pré-clínico de uma cura para a malária.

"Estamos muito animado que este composto promissor tenha sido escolhido pela Fundação Medicines for Malaria Venture (MMV), para o desenvolvimento de uma possível estratégia de cura. Estamos esperançosos de que o composto vai levar a um medicamento extremamente eficaz contra a doença, que responde por 24% do total de mortes de crianças na África subsaariana", afirma Chibale.

MMV390048 foi selecionado para o desenvolvimento de uma vacina de dose única tornando-se o primeiro composto pesquisado em solo africano a ser utilizado em parceria com MMV, na Suíça.

Fonte isaude.net

Cientistas identificam novo tratamento para asma após 15 anos

Droga Mepolizumab reduz pela metade ataques graves e pode melhorar qualidade de vida de pessoas que sofrem de asma eosinofílica

Cientistas da University of Leicester, no Reino Unido, identificaram o primeiro novo tratamento para asma grave após 15 anos.

A terapia com a droga Mepolizumab reduz pela metade o número de ataques graves e pode melhorar a qualidade de vida de pessoas que sofrem de asma eosinofílica.

A asma é uma doença com muitas causas, uma das quais é o excesso de um importante tipo de glóbulo branco chamado eosinófilo.

Os pacientes com asma eosinofílica sofrem ataques frequentes de falta de ar. Agora, os pesquisadores liderados por Ian Pavord descobriram que o medicamento Mepolizumab pode reduzir estes ataques atacando a interleucina-5, um anticorpo monoclonal, que é parte de uma via de sinalização de células no sistema imunitário.

A equipe avaliou a eficácia do medicamento em 621 pacientes com idades entre 12 e 74 anos divididos em grupos que receberam doses de 75 mg, 250 mg ou 750 mg de Mepolizumab.

Segundo os pesquisadores, todos os participantes mostraram uma redução significativa nos ataques asmáticos em comparação com o grupo de controle que recebeu placebo.

Os resultados mostraram que os pacientes não mostraram melhorias consistentes em seu estado geral, no entanto, reduziram para metade o número de ataques graves.

A pesquisa é um grande passo para melhorar a qualidade de vida de pessoas que sofrem com asma eosinofílica.

De acordo com a equipe, a droga não deve levar muito tempo para ser aprovada, especialmente porque não há efeitos colaterais relatados.

Fonte isaude.net

Sete sinais que indicam alterações da próstata

Urgência para urinar e diminuição da quantidade de esperma podem ser sinais de hiperplasia

O aumento do tamanho da próstata - chamado de hiperplasia benigna - tem início durante a quarta década de vida e pode acometer até 80% dos homens com 50 anos ou mais, segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia. Essa alteração faz parte do processo natural de envelhecimento humano, mas alguns homens podem ter complicações se a próstata começa a pressionar a uretra, canal responsável por excretar a urina, gerando problemas durante a micção.

Quando esse crescimento exagerado não é tratado, a bexiga precisa fazer uma força maior do que está acostumada para expulsar a urina. "Com o tempo, podem surgir divertículos, ou seja, pequenas alterações no tecido epitelial da bexiga que podem causar dor e problemas urinários e ainda dificultar o funcionamento dos rins", explica Alfredo Canalini, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia- RJ. O Minha Vida pediu a especialistas uma lista com os sinais que indicam que a saúde da sua próstata pode estar alterada. Fique atento a esses sintomas.
 
Homem aflito - foto: Getty ImagesUrgência para urinar
Se a uretra ficar muito pressionada pela próstata, a bexiga - um órgão composto em sua maior parte por músculo - precisará fazer uma força maior para eliminar a urina. "Como resultado, ela acaba ficando hipertrofiada e, com isso, a chance de haver contrações involuntárias, que causam uma vontade intensa de urinar, é maior", explica Canalini.
 
Homem no banheiro - foto: Getty ImagesJato fraco
No início, a bexiga até consegue vencer a resistência sem maiores problemas, mas, depois de fazer tanto esforço, ela perde a força e o jato de urina passa a ser fraco. "Em estágios mais avançados, alguns homens sentem que precisam até fazer força com a parte inferior da barriga para eliminar o xixi", conta o urologista Alfredo Canalini.
 
Homem no banheiro - foto: Getty ImagesDificuldade em começar a urinar
Um dos principais sintomas de alterações na próstata é a dificuldade de iniciar a micção. "Isso acontece porque a musculatura da bexiga está muito cansada de se esforçar para vencer a obstrução da uretra", explica o urologista Ricardo Felts de la Roca, da Sociedade Brasileira de Urologia. Fique atento a esse sinal, que já indica obstrução avançada.
 
Cueca no varal - foto: Getty ImagesGotejamento
Se após a micção pingarem muitas gotas de urina, manchando a roupa íntima, pode ser mais um sinal de hiperplasia da próstata. "O gotejamento é um reflexo da dificuldade em esvaziar rapidamente a bexiga", explica Ricardo Felts. Como a bexiga não consegue eliminar toda a urina, acaba ficando um resquício na uretra, que é eliminado aos poucos.
 
Homem no banheiro - foto: Getty ImagesFazer xixi várias vezes durante a noite
Se você levanta para urinar várias vezes durante a noite, é bom consultar um profissional. "Quando sobra um volume considerável de urina na bexiga, essa quantidade, somada ao volume que fica na uretra, faz com que a parte sensorial da bexiga se manifeste com contrações que levam o homem a levantar para urinar", explica o urologista Ricardo Felts. Essa necessidade de urinar toda hora pode gerar cansaço no dia seguinte.
 
Homem - foto: Getty ImagesDiminuição do esperma
O aumento da próstata pode alterar a quantidade do esperma ejaculado. "Isso acontece porque a próstata mais volumosa apresenta fibrose com maior frequência", explica Ricardo Felts. "O tecido com fibrose será incapaz de produzir o esperma como antes, diminuindo a quantidade de sêmen." Outro fator que também influencia essa redução do esperma é a menor liberação de hormônios masculinos, processo que faz parte do envelhecimento normal.
 
Homem com infecção urinária - foto: Getty ImagesInfecção urinária
"O aumento da próstata pode deixar uma boa quantidade de urina represada na bexiga, tornando-a o ambiente ideal para a proliferação de bactérias", explica o urologista Ricardo. Essa urina residual pode gerar infecção urinária quando atinge o volume de 100 ml.
 
Fonte Minha Vida

EUA advertem para intoxicação por chumbo na medicina ayuvérdica

Autoridades locais anunciaram risco de contaminação em grávidas que tomaram medicamentos ayuvérdicos

As autoridades de saúde dos Estados Unidos anunciaram a descoberta de riscos de contaminação por chumbo em mulheres grávidas que tomaram medicamentos ayuvérdicos e advertiram para a segurança destes produtos da medicina tradicional indiana.

No ano passado, funcionários de saúde pública da cidade de Nova York investigaram seis casos de pacientes, cinco dos quais tinham nascido na Índia, com alto risco de contaminação por chumbo por terem ingerido compostos ayuvérdicos, informaram os Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês).

Ayurveda é um método empregado na medicina tadicional desenvolvido há milhares de anos na Índia.

Os pesquisadores concluíram que estes produtos ayuvérdicos foram contaminados durante sua fabricação, fora dos Estados Unidos, mas alguns são do tipo "Rasa shastra", prática indiana que consiste na elaboração de compostos que combinam ervas e minerais, alguns considerados tóxicos como o mercúrio.

Esses compostos são apresentados como medicamentos que auxiliam as mulheres grávidas e pelo menos uma das mulheres pesquisadas disse que aumentariam suas chances de ter um filho ao invés de uma filha, segundo o relatório dos CDC.

Embora as seis mulheres não tenham apresentado sintomas específicos, os cientistas descobriram que tinham um alto risco de contaminação por chumbo, que pode causar danos em cérebro, rins ou afetar o sistema nervoso e reprodutor.

"As mulheres grávidas nos preocupam especialmente, pois a exposição ao chumbo pode afetar tanto a saúde da mãe quanto a do filho. A exposição do feto ao chumbo aumenta o risco de baixo peso ao nascer, atraso no desenvolvimento, redução da inteligência ou problemas de comportamento", destaca o informe.

Os produtos ayuvérdicos continham até 2,4% de chumbo, enquanto outros apresentaram rastros de mercúrio e arsênico, também perigosos para o consumo.

A FDA, agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, já tinha advertido em 2008 para os riscos potenciais destes produtos, principalmente os vendidos na internet, que em geral não foram verificados pelas autoridades sanitárias.

Fonte R7

Alimentos gordurosos são fatores de risco para a depressão

Doença afeta cerca de 120 milhões de pessoas no mundo

Uma pesquisa, realizada por cientistas da Universidade de Las Palmas de Gran Canaria e da Universidade de Navarra, fez um importante alerta para pessoas que sofrem ou tem propensão à depressão: quem consome alimentos gordurosos tem mais risco de sofrer a doença.

A depressão afeta cerca de 120 milhões de pessoas no mundo e o conhecimento do papel que a alimentação exerce no desenvolvimento da doença ainda é pouco conhecido.

Sabe-se que alguns alimentos, como as vitaminas do tipo B, os ácidos graxos e o azeite de oliva, exercem um efeito preventivo. Mas o contrário, alimentos que podem propiciar ou reforçar os sintomas da depressão nunca tinham sido apontados.

Participaram do estudo 8.964 voluntários sem diagnóstico de depressão. Durante seis anos os participantes foram acompanhados pelos cientistas que responderam questionários anuais sobre seus hábitos de vida e hábitos alimentares. Ao final do estudo 493 voluntários receberam diagnóstico de depressão ou estavam fazendo uso de antidepressivos.

Os que fizeram maior ingestão de gordura apresentaram maior propensão a desenvolver a doença, principalmente os que fizeram uso de produtos fast-food. Uma explicação para isso pode estar na grande quantidade de gorduras trans encontradas nesses alimentos que pode afetar o organismo de diferentes formas.

Fonte R7

Justiça britânica rejeita alimentação forçada de anoréxica à beira da morte

Paciente pesa 20 quilos e sofre de anorexia nervosa desde os 12 anos

Em decisão polêmica, um juíza da alta corte de Londres determinou que alimentação à força não estaria de acordo com os melhores interesses de uma mulher anoréxica à beira da morte.

A magistrada Eleanor King tomou uma decisão favorável ao Sistema de Saúde britânico (da sigla em inglês, NHS), ao permitir que médicos 'não provenham nutrição e hidratação', se a paciente não concordar.

A decisão determinou que medidas cabíveis devem ser tomadas para ganhar a cooperação da anoréxica, mas sem o uso da força.

Por razões legais, o nome da paciente não foi divulgado, mas ela foi denominada L durante o julgamento.

20 quilos
Apresentada como 'altamente inteligente', L pesa 20 quilos, nasceu no norte da Inglaterra e sofre de anorexia nervosa desde os 12 anos de idade.

Desde os 14 anos, tem passado quase toda a sua vida internada em clínicas.

A anorexia cria o medo de ingerir calorias,fazendo com que a pessoa pare de comer.

'Chegou um ponto em que o sistema de saúde, que cuida da parte física dela, passou a acreditar que alimentação à força não é o melhor para ela, apesar que, se não alimentada, provavelmente ela morrerá', disse a representante legal do sistema de saúde britânico Bridget Dolan.

De acordo com Dolan, L não expressa desejo de morrer e esta não seria parte da sua motivação de não comer, ou de não se hidratar. Ao mesmo tempo, a anorexia não a permite comer.

L concordou em ser alimentada com 600 calorias por dia por um tubo, mas isto seria insuficiente para ela manter o peso atual.

'Até certo ponto, ela superou as expectativas ao conseguir viver com um peso tão baixo', disse Dolan.

Batalha 'perdida'
Baseada nas evidências, a juíza King declarou que 'esta não é uma batalha que (L) irá vencer'.

King chamou os pais de L de 'extremamente valentes' e disse à família: 'A tarefa agora é fazer destas últimas semanas as mais confortáveis possíveis, para que vocês tenham a maior quantidade possível de tempo juntos'.

Em junho, um juiz da alta corte havia decidido que uma mulher do País de Gales com anorexia severa fosse alimentada à força.

Nesse caso, a mulher queria ter o direito de morrer, e o juiz argumentou que ela seria incapaz de tomar decisões.

Fonte R7

Desmistificando o exercício do caçador-coletor

Descobertas sugerem que falta de atividade não é a fonte da obesidade moderna

Darwin não é leitura obrigatória para autoridades de saúde pública, mas deveria ser. Uma das razões que levaram os problemas cardíacos, o diabetes e a obesidade a níveis epidêmicos no mundo desenvolvido é o fato de que a vida moderna tenha se tornado radicalmente diferente dos ambientes em que os corpos humanos se desenvolveram, quando ainda éramos caçadores-coletores. Entretanto, resta saber quais mudanças modernas estão causando mais danos.

Muitas pessoas envolvidas com saúde pública acreditam que um dos maiores culpados seja a vida sedentária. Uma vez que o corpo encara poucas exigências físicas nos dias de hoje, eles queimam menos calorias do que evoluíram para consumir — e as calorias que não são gastas se acumulam ao longo do tempo na forma de gordura. Ao discutir as causas da obesidade, a Organização Mundial da Saúde citou uma "diminuição na atividade física devida à natureza cada vez mais sedentária de muitas formas de trabalho, além das novas formas de transporte e do aumento da urbanização".

Essa é uma boa teoria. Mas ela é verdadeira? Para descobrir, meus colegas e eu recentemente medimos o gasto diário de energia do povo hadza, da Tanzânia, uma das poucas populações de caçadores-coletores tradicionais que restaram no planeta. Será que o povo hadza gasta mais energia do que nós, já que seu estilo de vida é tão similar ao de nossos ancestrais mais distantes?

As descobertas, publicadas mês passado na revista PLoS One, indicam que eles não gastam mais energia, sugerindo que a falta de atividade não é a fonte da obesidade moderna.

As tentativas anteriores para quantificar o gasto de energia diário dos caçadores-coletores se baseavam exclusivamente em estimativas. Em comparação, nosso estudo utilizou uma técnica que calcula os índices de produção de dióxido de carbono pelo corpo — e, portanto, o total de calorias queimadas por dia —, ao registrar a eliminação de dois isótopos (deutério e oxigênio 18) pela urina ao longo de um período de duas semanas.

A gentileza dos hadza e os anos de amizade com muitos de meus colegas fizeram com que eles nos recebessem em seus assentamentos e participassem da pesquisa. Enquanto nós observávamos, o povo hadza continuava com suas rotinas normais.

Eles vivem em cabanas de palha simples, em meio à seca savana africana. Os hadza não possuem armas, veículos, plantações ou gado. Todos os dias as mulheres percorrem quilômetros de terreno acidentado, procurando por tubérculos, frutas e outras plantas selvagens, frequentemente enquanto carregam crianças, lenha e água. Os homens saem sozinhos durante a maior parte do dia para buscar mel ou caçar animais selvagens com a ajuda de arcos artesanais e flechas com pontas envenenadas, percorrendo entre 25 e 30 quilômetros.

Nós descobrimos que, a despeito de toda a atividade física, o número de calorias queimadas pelos hadza por dia não era muito diferente do total gasto por um adulto típico dos Estados Unidos ou da Europa. Nós fizemos uma série de testes estatísticos, levando em conta a massa corporal total, a massa corporal magra, a idade, o sexo e a massa gorda, mas ainda assim não encontramos diferenças no gasto diário de energia entre os hadza e as pessoas pesquisadas no ocidente.

Como é possível que os hadza sejam mais ativos do que nós, sem queimar mais calorias? Isso não significa que seus corpos sejam mais eficientes que os nossos, o que permitiria que eles fizessem mais atividades, gastando menos energia: na verdade, medidas realizadas separadamente demonstraram que os hadza queimam a mesma quantidade de calorias que os ocidentais quando estão em repouso ou caminhando.

Nós acreditamos que os corpos do povo hadza se adaptaram aos altos níveis de atividade exigidos para caçar e coletar, gastando menos energia em outras áreas. Até mesmo para pessoas extremamente ativas, a atividade física corresponde a apenas uma pequena porção dos gastos diários de energia; a maior parte da energia é consumida por diversas atividades invisíveis, que mantêm nossas células caminhando e nossos sistemas vitais funcionando.

Se os corpos dos hadza fossem capazes de gastar menos energia nessas áreas, eles poderiam acomodar enormes demandas de energia para a caça e a coleta. De fato, estudos que relatam as diferenças entre os perfis hormonais e metabólicos das populações tradicionais e das ocidentais corroboram com essa ideia (entretanto, é necessário realizar mais estudos).

Nossas descobertas contribuem para um conjunto de indícios que sugere que o consumo de energia é basicamente o mesmo entre os diferentes estilos de vida e culturas. Naturalmente, se forçarmos nossos corpos o bastante, poderemos aumentar nosso gasto energético, ao menos por algum tempo. Mas os corpos humanos são máquinas complexas e dinâmicas, moldadas ao longo de milhões de anos de evolução em ambientes onde os recursos eram limitados; nossos corpos se adaptam a nossas rotinas diárias e encontram formas de manter os gastos energéticos balanceados.

Tudo isso significa que se quisermos acabar com a obesidade, precisamos nos concentrar em nossas dietas e reduzir a quantidade de calorias que consumimos, em especial os açúcares que nossos cérebros de primata evoluíram para amar. Nós estamos ficando gordos porque comemos demais, não porque somos sedentários. Atividade física é muito importante para manter a saúde física e mental, mas nós não vamos conseguir dançar até que a epidemia de obesidade acabe.

Há muito mais para aprender com grupos como os hadza, entre os quais a obesidade e os problemas cardíacos não existem, e onde vovós de 80 anos ainda são fortes a ativas. Para encontrar novas abordagens para os problemas de saúde pública, é necessário fazer mais pesquisa sobre outras culturas e sobre nosso passado evolucionário.

(Herman Pontzer é professor assistente de antropologia no Hunter College e cofundador do Hadza Fund, uma organização sem fins lucrativos que apoia o povo hadza)

Fonte R7

Butantan prepara testes de vacina contra dengue

Expectativa é de que até 2015 o medicamento seja colocado à venda no País

O Instituto Butantan espera iniciar em um mês em São Paulo os testes em voluntários para o desenvolvimento de uma vacina brasileira contra o vírus da dengue. A expectativa é de que até 2015 o medicamento seja colocado à venda no País.

O imunologista Jorge Kalil, um dos responsáveis pela vacina, diz que o início dos primeiros testes com seres humanos depende apenas da liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). Esta é a segunda fase da pesquisa, que teve início a partir de um produto desenvolvido desde 2005 em laboratórios norte-americanos.

— Pretendemos iniciar em 30 dias essa nova etapa, que deve se prolongar pelos seis meses seguintes.

Kalil explica que a terceira fase será aleatória, com testes cegos em pessoas expostas a áreas com altos índices de casos de dengue, em experimentações que vão durar outros seis meses.

— Depois disso, se tudo ocorrer como o planejado, enviaremos um dossiê para os órgãos de saúde para posterior aprovação.

No País, porém, há outra vacina sendo testada. O laboratório francês Sanofi Pasteur atua em cinco capitais brasileiras (Campo Grande, Fortaleza, Goiânia, Natal e Vitória) para verificar os efeitos, que até o momento têm sido parciais — o medicamento mostrou capacidade para proteger contra três das quatro cepas virais causadoras da doença.

Caso seja aprovada, a vacina do laboratório francês poderá ser colocada no mercado em 2014. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte R7

Saiba mais sobre a H1N1 e como se prevenir

Gripe suína voltou em 2012 e já matou quase 300 pessoas. Cuide-se!

A Influenza A (H1N1), popularmente conhecida como gripe suína, teve um pico de disseminação em 2009, teve uma retração, mas voltou a assustar com casos no Brasil neste ano — 284 até agora, desde o início de janeiro.

O pico de óbitos aconteceu na segunda metade de junho. Entre 17 e 23, 46 das pessoas que morreram apresentaram indícios de sintomas. Desde então, o número de mortes tem desacelerado, mas não cessou.

Saiba mais sobre a doença, os sintomas, a forma de contaminação e contribua para que este ritmo continue desacelerando!

Como alguém contrai a H1N1?
Sua transmissão ocorre da mesma maneira à da gripe comum, ou seja, de pessoa a pessoa, principalmente por meio de tosse, espirro ou contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas.

Há algum público mais suscetível ao vírus?
Os públicos que são suscetíveis são os idosos, a partir de 60 anos, os profissionais de saúde, a população indígena, que é sempre vulnerável as outras doenças, crianças menores de dois anos e gestantes.

Quais são os principais sintomas?
Os sintomas da gripe suína são muito parecidos com os da gripe comum. Mas, em geral, eles são mais fortes e mais difíceis de serem controlados. Fique atento se tiver febre acima de 38ºC, tosse, dores nas articulações, de garganta e de cabeça, prostação, dificuldade respiratória e vômitos. Evite tomar remédios por conta própria e procure um médico, de preferência, nas primeiras 48 horas do surgimento dos sintomas.

O clima seco pode favorecer a disseminação da H1N1?
Infelizmente, sim. Neste período a transmissão do vírus H1N1 pode se intensificar, assim como outras doenças respiratórias. Por isso o Ministério da Saúde fez um alerta para todas as secretarias estaduais, para os profissionais de saúde, para que eles receitem o remédio Oseltamivir (Tamiflu) para o paciente que apresentar síndrome gripal. Este medicamento é fundamental neste caso, pois ele mostra se o vírus H1N1 vai evoluir para um caso grave ou para óbito.

A vacina contra a gripe suína é a mesma contra a gripe comum?
A vacina é trivalente, ou seja, ela é composta por três vírus: Vírus Similar (Influenza A)/Califórnia/7/2009 (H1N1), Vírus Influenza A/Perph/16/2009 (H3N2), Influenza B/Prisbani/60/2008. Para a produção da vacina, em setembro, a OMS avalia quais são os vírus que mais circularam no hemisfério sul para poder dizer quais são os vírus que irão compor o coquetel da vacina. Devido à pandemia de 2009, o vírus do H1N1 é obrigatório fazer parte da vacina contra a gripe.

Como diferenciar um simples resfriado de uma gripe?
Resfriado é infecção simples de nariz e garganta, causada por vários tipos de vírus (sendo o rinovírus o mais comum). Os sintomas são nariz escorrendo e espirros, mas tosse seca, febre baixa e dor de cabeça leve também podem aparecer. Geralmente, ela dura de 5 a 7 dias, e repouso e hidratação são os melhores remédios.

Já gripe é infecção do sistema respiratório, causada pelo vírus influenza. Se não for tratada direito, vira pneumonia. Causa febre alta (acima de 38ºC), dor no corpo, mal estar, dor muscular, tosse com catarro, coriza, dor de garganta e de cabeça. Pode durar até duas semanas. Melhor forma de prevenção é a vacina, mas, se você contrair, é alívio dos sintomas com analgésicos e antitérmicos, além de inalação. Se for Gripe A H1N1, o remédio é o Tamiflu.

O que é mito sobre a H1N1?
Primeiro, a vacina não estimula a gripe. Isso é mito. Além disso, dizer que a população não se vacinou em 2012 também é mentira, porque a procura pela vacina aumentou, principalmente em clínicas particulares. Outro mito é que a vacina tem ação imediata: ela demora três semanas para começar a proteger, e dura apenas um ano. Pessoas imunizadas também podem ficar gripadas – e a vacina não é uma “blindagem” 100% garantida. Caso você contraia a doença, não há outro medicamento que não o Tamiflu.

Fonte R7

Picada de inseto deixa mulher em agonia por seis anos

Rebecca sofreu da doença de Lyme, uma infecção que afeta articulações, sistema nervoso e coração

Rebecca Lane, de 41 anos, que mora em Borehamwood, Inglaterra, sofreu uma picada de inseto, enquanto estava no parque, e ficou em agonia por seis anos.

A picada acabou gerando uma erupção na barriga de Rebecca. No primeiro momento, ela foi ao médico no qual disse que a coceira tratava-se de uma infecção fúngica, mas que iria sumir em 15 dias.

No entanto, ela desenvolveu uma série de sintomas misteriosos, segundo o site Daily Mail. Ela explica:

— Comecei a ter dores nas articulações dos joelhos, nos dedos dos pés e das mãos, formigamento no rosto e nas costas e dificuldade de engolir.

Durante seis anos Rebecca sofreu com isso. Mas ela descobriu que sofria da doença de Lyme, uma infecção bacteriana transmitida aos seres humanos por carrapatos.

Essa bactéria, quando passa pela corrente sanguínea, ela pode afetar as articulações, o sistema nervoso e o coração.

No decorrer dos anos, a saúde de Rebecca piorou. Ela sofreu dores de cabeça, vômitos, dores nas articulações, dificuldade respiratória e dormência, além de ficar dois anos presa dentro de casa.

Após vários testes, exames e consulta com especialistas, o médico foi capaz de prescrever antibióticos que conseguiram acabar com a infecção.

Após o tratamento, Rebecca irá se casa em setembro com seu namorado Justin.

Fonte R7

5 tendências de TI que vão remodelar a saúde em 2013

Espere por um crescimento em saúde móvel, telemedicina, análises clínicas e registros pessoais de saúde, além de um fornecedor ideal de EHR

O objetivo final de todo o setor de saúde – incluindo TI – é estar fora do negócio. Isso pode soar um pouco estranho, mas o principal objetivo da medicina é a cura de doenças ou impedir o contagio da mesma. E conforme o profissional fica melhor adaptável a essas duas tarefas, as pessoas devem se tornar cada vez mais autossuficientes e independentes dos serviços médicos.

Em que estágio devemos estar nos próximos 12 meses? Não muito avançado. Mas estamos fazendo progressos em cinco frentes:

Saúde móvel. Este segmento da indústria oferece o mais promissor. Não é exagero descrever consumidores e médicos aderindo a aplicativos móveis de saúde, smartphones e tablets como transformacional.

Os médicos estão apaixonados por seus iPads e por boas razões. Quando as equipes de TI foram questionadas “Quais dispositivos de computação móvel os médicos de sua organização estão utilizando para fins profissionais”, 66% citaram iPads ou outros tablets, no ano passado apenas 45% escolheram essa opção. Este caso de amor continua a se desenvolver, porque os dispositivos lhe oferecem acesso aos dados EHR, materiais de referência de medicamentos e uma série de dados importantes que no ano passado estavam disponíveis apenas no consultório ou hospital. Este tipo de acesso deve melhorar os resultados dos pacientes.

Da mesma forma, os consumidores estão a carregar todos os tipos de aplicativos de fitness em seus telefones, enquanto que os pacientes com doenças crônicas estão se aproveitando de aplicativos para iPhone e anexos que lhes permitem medir a pressão arterial, glicemia e muito mais.

Cerca de metade dos consumidores preveem que dentro dos próximos três anos a saúde móvel vai melhorar a conveniência (46%), custo (52%) e qualidade (48%) de sua saúde, de acordo com pesquisa da PricewaterhouseCoopers (PwC).

Se este entusiasmo se traduz ou não em melhor saúde e menos necessidade de serviços médicos dependerá em parte da “rigidez” desses aplicativos.

Registros pessoais de saúde
Falando de aderência, os PHRs parecem ter nenhum. Até recentemente poucos consumidores assinaram contrato para PHRs autônomos e eu tenho dedicado uma boa quantidade digital de razões por que esse é o caso. Mas isso provavelmente vai mudar no próximo ano – pelo menos para aqueles consumidores que têm mais a pele no jogo, ou seja, pacientes com doenças crônicas, doenças que ameaçam a vida.

Eu arrisco que os chamados “PHRs interativos” vão pegar em 2013. Estas ferramentas digitais vinculam registros pessoais de saúde com registros eletrônicos de saúde.

Parece que a Microsoft também está colocando suas apostas no casamento PHR / EHR. A empresa lançou um programa piloto com tecnologias da Greenway que irão adicionar dados clínicos da PrimeSuite e dos registro eletrônicos de saúde da Greenway para a plataforma HealthVault da Microsoft. O esforço conjunto vai deixar os pacientes criarem uma conta no HealthVault e acessarem suas informações clínicas online, incluindo dados demográficos, alergias, medicamentos, sinais vitais, história familiar e social, procedimentos, testes de laboratórios e planos de saúde do paciente.

Telemedicina
Vários sistemas de saúde de grande porte têm estabelecido relações com empresas de telemedicina. American Well, por exemplo, recentemente se uniu com a Universidade do Sul da Flórida, baseada em Tampa, para a prestação de serviços de telessaúde para os moradores das aldeias, uma grande comunidade de aposentados a noroeste de Orlando. A empresa também fez uma parceria com a Allscripts para integrar a funcionalidade de telessaúde em EHRs de pacientes.

Finalmente Sentara Healthcare, um sistema de saúde em todo estado de Virginia, fechou um acordo com MDLIVE, uma Sunrise, para fornecer médicos por meio de videoconferência e consulta online.

Abalo de fornecedores de EHR. Os profissionais de saúde têm mais de 600 sistemas certificados de EHR para escolher se querem se qualificar para o uso significativo de incentivos financeiros. É provável que muitos destes fornecedores não vão sobreviver em 2013 por várias razões. Algumas empresas menores têm saltado para o mercado muito rapidamente, na esperança de obter um rápido retorno do seu investimento sem fazer um grande investimento inicial.

Em um recente evento virtual da InformationWeek Healthcare, Mark Wagner, diretor sênior de pesquisas da KLAS, explicou que os fornecedores de EHR são tão ocupados com sistemas de venda que eles mal têm tempo para apoiar os que se instalaram, muito menos criar uma plataforma que atenda a todos. Esse tipo de compromisso é a certeza de construir ressentimento e uma má reputação entre os hospitais. O processo de seleção resultante pode colocar alguns fornecedores fora do negócio, mas as empresas sobreviventes provavelmente irão oferecer serviços que, finalmente, melhorarão o atendimento ao paciente.

Da mesma forma um relatório recente da Frost & Sullivan diz que hospitais vão ver em breve um aumento significativo no uso de ferramentas analíticas.

Fonte SaudeWeb

Modelo Hospitalista é alternativa econômica

Instituições de saúde buscam eficiência, segurança do paciente e redução de custos por meio da medicina hospitalar. Modelo mostra-se mais adequado ao perfil de hospitais que atendem ao SUS ou pertencentes a operadoras

Há três dias você deu entrada em um hospital apresentando os seguintes sintomas: náuseas, vômitos, fortes cólicas abdominais e diarreia. Devido ao mal estar generalizado e intenso cansaço, o médico do pronto – socorro optou pela internação.

No dia seguinte, você foi direcionado para um gastroenterologista, que deu sequência aos procedimentos realizados na emergência; e prescreveu mais alguns exames como endoscopia, ultrassom, entre outros. Os exames ficaram prontos no período da tarde do mesmo dia, mas o médico especialista, que trabalha em consultório e mais dois hospitais, acabou analisando os exames apenas no dia seguinte. Com um diagnóstico de gastroenterite – tratado com um regime alimentar, ingestão de líquidos e alguns medicamentos -, o médico concedeu-lhe alta 16 horas depois dos resultados estarem prontos e da normalização do quadro clínico.

O exemplo acima ilustra o modelo de assistência tradicional no qual a maioria das pessoas está submetida, em que o médico passa uma vez por dia em determinados horários e prescreve o tratamento. Entretanto, em caso de intercorrências ou mesmo uma simples avaliação para a liberação, o responsável pelo doente pode estar longe do hospital, impactando, muitas vezes, os custos hospitalares e a eficiência assistencial.

Em meados da década de 90, um modelo alternativo começou a surgir nos Estados Unidos. Sob o nome de medicina hospitalar, o conceito, além de propor outra dinâmica assistencial, contemplava uma nova área de atuação médica, conhecida como médico hospitalista.

O termo hospitalista, cunhado pela primeira vez em 1996, pelo MD (Doctor of Medicine), professor e chefe do Departamento de Medicina da Universidade da Califórnia (São Francisco), Robert Wachter, foi utilizado para descrever o modelo onde o médico, com formação clínica, faz carreira dentro de uma instituição hospitalar e assume a liderança assistencial, garantindo o cuidado de todos os pacientes ali internados.

Esse tipo de medicina começou enquanto aumentava a preocupação com os custos hospitalares e com a segurança do paciente. “O cuidado na internação é equivalente ao da terapia intensiva. Essa é a lógica. Assim, há sempre um médico disponível para pedir exames, avaliá-los no mesmo dia, reavaliá-los, etc. A partir deste profissional muda-se ou não a conduta junto ao paciente”, pontua o presidente da Sociedade Pan Americana de Médicos Hospitalistas, Guilherme Barcellos, que defende o modelo tendo em vista o envelhecendo da população e o aumento da complexidade dos doentes no Brasil.

Segundo Barcellos, não existe um padrão pronto. Cada hospital organiza o modelo de acordo com suas necessidades, mas o ideal, na opinião do especialista, é de que a equipe de hospitalistas permaneça no hospital das 8h00às 18h00, havendo escala para a cobertura à noite.

E as especialidades médicas?
Traduzindo em miúdos, todo o paciente submetido à internação ficará sob a responsabilidade de um hospitalista, espécie de “orquestrador” do cuidado, liderando equipes multidisciplinares e envolvendo-se em processos administrativos vinculados à internação. O médico especializado muitas vezes é chamado para uma segunda opinião, atuando como um consultor.

No Hospital Paulistano (SP), da Amil – um dos pioneiros do modelo no Brasil, implementado há 12 anos -, 70% dos pacientes são coordenados pela equipe de hospitalistas, que atualmente possui 33 médicos. “Cerca de 20% são pacientes vistos em conjunto com outras especialidades. Todos fazem. Todos se ajudam. Mas o hospitalista é quem fica como coordenador do cuidado, mesmo que ele tenha um cirurgião acompanhando ou neurologista”, conta o diretor médico do hospital, Márcio José Cristiano de Arruda, acrescentando que entre os médicos da equipe de hospitalistas existem reumatologistas, infectologistas, geriatras, entre outros.

Perfil do profissional e mercado
Diferente da medicina tradicional, duas características são essenciais para esse profissional: disponibilidade presencial nas unidades de internação e o vínculo institucional. De acordo com a Sociedade de Medicina Hospitalista (Society of Hospital Medicine), a especialidade é a que mais cresce na história da medicina moderna (veja tabela abaixo/ao lado).

“Tem um aspecto que o médico tem que topar. Saber que ele vai atuar como clínico, mesmo se for um reumatologista. Tem que ter a visão do clínico geral, algo que fomos perdendo com o tempo. A segunda coisa é querer se integrar aos processos do hospital como, por exemplo, acreditações”, afirma Arruda. A qualidade do Paulistano é reconhecida pela Joint Comission International (JCI).

A cordialidade entre os profissionais e a visão de equipe é um dos aspectos mais delicados, segundo Barcellos. “Em muitos casos que acompanhei percebi que existe uma certa dificuldade entre os médicos na hora de entregar o paciente para o hospitalista. A internação tem de ser aceita por todos: médico do paciente, paciente e grupo de hospitalistas. Onde tentou-se fazer isso na marra, deu errado”, diz Barcellos, exemplificando uma situação mais rotineira em hospitais particulares, onde a probabilidade do doente ter um médico de “longa data” é maior do que por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Visão do paciente
“A percepção está mudando. Não existe mais a visão de um ser sozinho resolvendo o problema. O cuidado do paciente hospitalizado é complexo o suficiente para requerer equipes. O clínico responsável tem a visão holística do cuidado, ele não vai prescindir do endócrinologista, do neurologista”, afirma de forma categórica Barcellos.
 
Arruda compartilha que as maiores dificuldades do Paulistano estão na relação entre médico clínico e médico cirurgião. “Quando a cirurgia necessita de uma avaliação do clínico, o cirurgião acha que não deve continuar acompanhando o caso. Ele tende a querer olhar apenas na eminência da cirurgia”.

Os números da Sociedade de Medicina Hospitalista apontam que, em geral, os médicos dos EUA gastam apenas 12% de seu tempo com pacientes hospitalizados. No sentido contrário, a figura do hospitalista foi idealizada para proporcionar uma experiência única ao internado devido à profunda compreensão de internação, expertise em diagnosticar distúrbios, anteciparproblemas e responder rapidamente às mudanças das condições do doente.

Dessa forma, a avaliação dos pacientes, segundo estudo da Sociedade, é positiva por causa do atendimento 24/7 e também pela familiaridade com o médico responsável.

Frutos
A Sociedade de Medicina Hospitalista estima que a redução no tempo de permanência do paciente pode chegar a 30% e os custos hospitalares em 20%.

O Hospital Pompéia, entidade filantrópica localizada no município de Caxias do Sul, (RS), é outro exemplo brasileiro de ganhos com a medicina hospitalar. Com um perfil diferente do Paulistano, o Pompéia aderiu ao modelo, em 2011, para os pacientes do SUS. E, apesar do pouco tempo, a média de internação diminuiu de oito dias e meio para seis dias na comparação entre os semestres do ano passado; o índice de infecção hospitalar caiu de 5,2% para 2,8%; a mortalidade decresceu de 34,5 óbitos, a cada mil dias de internação, para 28,5.

Entretanto, depois dos resultados, a gravidade dos pacientes aumentou de 2,5 para 3,3 (índice CHARLSON). “A Secretária do Estado escolheu o hospital como referência para direcionar os casos mais graves”, conta o hematologista Tiago Daltoé, que integra e coordena a equipe de quatro hospitalistas do hospital Pompéia, de 300 leitos.

Tendência
É consenso entre os profissionais do setor ouvidos pela FH de que o modelo é mais adequado a instituições que atendem ao SUS e hospitais pertencentes a operadoras. “Um hospital que depende da ocupação total do seu leito para ter um faturamento adequado não está tão empenhado em reduzir o tempo médio de permanência. Eles precisam ter gente ocupando para poderem faturar no fim do mês”, opina Arruda.

Outro aspecto ponderado pelo mercado é de que os médicos que atendem em clínicas particulares não abrem mão de tratar o paciente, quando internado, com sua equipe.

Daltoé vislumbra um modelo misto, de convivência mútua. “Não sei se é uma tendência que vá mudar o mercado, mas cada vez mais os hospitais vão optar pela medicina hospitalar. O dia a dia fica mais fácil. Todos sabem utilizar os sistemas melhor, sabem agilizar os processos, a equipe passa a ter um entendimento financeiro do hospital, o que é raríssimo”, comenta com entusiasmo.

Fonte SaudeWeb

Consulte.me é lançado e oferece agendamento online de consultas

Site do Grupo Minha Vida facilita a escolha de um profissional criando rede de busca que valoriza os especialistas indicados pelos usuários
 
Houve um boom de sites com serviços para saúde e o Consulte.me, do Grupo Minha Vida, é mais uma opção ao usuário com ferramenta de busca gratuita, reunindo informações sobre médicos de todo o País, dispondo de informações como telefone, endereço de consultório e horários de atendimento.
 
“As informações sobre os especialistas já estão disponíveis na internet para consulta pública há bastante tempo. Os sites dos conselhos de medicina, das associações de classe e dos próprios especialistas contêm os dados que o Consulte.me traz, mas nem sempre há um fluxo de atualização ou uma apresentação simples e organizada. O Consulte.me realiza esse processo e facilita a consulta” diz, em comunicado o diretor do Consulte.me, Persio DeLuca.
 
De acordo com a companhia, o portal conta com a indicação das pessoas que acessam o portal Minha Vida regularmente para formar uma rede de profissionais de confiança. E, assim, somente os médicos que são indicados recebem o convite para preencher o seu perfil profissional.
 
“Estas informações permitem que o usuário consiga tomar uma decisão com mais segurança e assertividade na hora de marcar uma consulta. Já com o selo exclusivo, tentamos aproximar o site do dia a dia das pessoas, que preferem um especialista indicado por um familiar ou amigo ao invés de escolher aleatoriamente”, acrescenta DeLuca.
 
O site já conta com milhares de especialistas indicados pelos usuários do portal Minha Vida. A estimativa é alcançar a marca de 10.000 especialistas cadastrados nos próximos meses, listando profissionais em todas as regiões do país.
 
Minha Vida
Fundado em Julho de 2004 com a marca Dieta e Saúde, o Minha Vida é um portal de informações de saúde e bem-estar através da internet, com mais de 8 milhões de pessoas únicas por mês, 14 milhões de cadastrados, 10 milhões de visitas por mês e 50 milhões de Page Views.
 
Fonte SaudeWeb

400 vagas de enfermagem são abertas pela Unimed-Rio

Interessados poderão se inscrever para as 400 vagas de Técnico de Enfermagem, Técnico de Enfermagem de Bloco Cirúrgico e Técnico de Enfermagem CME, no site da entidade
 
A Unimed-Rio abriu processo seletivo para o quadro de funcionários de seu novo hospital, que está sendo construído na Barra da Tijuca (RJ) e tem previsão de abertura até o final do ano.
 
Os interessados poderão se inscrever para as 400 vagas de Técnico de Enfermagem, Técnico de Enfermagem de Bloco Cirúrgico e Técnico de Enfermagem CME, no site da instituição. Todos os candidatos deverão possuir registro no COREN (Conselho Regional de Enfermagem) e experiência profissional em hospital.
 
Fonte SaudeWeb