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domingo, 19 de maio de 2013

Edital para tratamento de medicamentos deve sair até julho, diz governo

Foto Divulgação
Resíduos de alguns setores produtivos, como o de
 embalagens de agrotóxicos, terão logística para
devolução e tratamento adequado
 
Medida foi incluída na Política Nacional de Resíduos Sólidos
 
Brasília - O governo federal deve publicar o edital para a implantação da logística reversa de medicamentos até julho. O texto foi concluído na semana passada pelo grupo responsável por esse sistema. A logística reversa é o processo de devolução e de tratamento ambientalmente adequado para os resíduos de alguns setores produtivos, como o de embalagens de agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus e óleos lubrificantes. A medida foi incluída na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), criada quase oito anos depois do sistema para balizar medidas de consumo sustentável, redução dos impactos ambientais e geração de emprego e renda.
 
Apenas dois setores avançaram mais significativamente. O sistema envolvendo embalagens de agrotóxicos, um dos primeiros a aderir à logística reversa, já coleciona resultados como o recolhimento e o tratamento de 250 mil toneladas de embalagens. O setor de embalagens plásticas de óleos lubrificantes fechou o acordo em dezembro do ano passado, mas a indústria, o comércio e os consumidores ainda não têm resultados consolidados.
 
Os representantes do Comitê Orientador para Implementação da Logística Reversa e da consultoria jurídica do Ministério do Meio Ambiente (MMA) agora trabalham na expectativa de consolidar, nas próximas semanas, o acordo da gestão pós-consumo dos setores de lâmpadas e de embalagens em geral, que inclui bens de consumo como embalagens de comidas e bebidas.
 
“Recebemos três ou quatro propostas e vamos negociar com todos (associações representativas de cada setor que apresentaram as propostas). Quando tivermos o texto consolidado, colocamos em consulta pública para que qualquer pessoa possa dar sugestões”, explicou a arquiteta Zilda Veloso, diretora de Ambiente Urbano do MMA.
 
Zilda Veloso lembrou ainda que o edital para a indústria de eletroeletrônicos está em consulta pública desde o último dia 13 de fevereiro. Segundo ela, até o dia 22 de junho qualquer brasileiro pode contribuir com a proposta no site http://www.sinir.gov.br.
 
A elaboração desses textos acaba se baseando em experiências positivas, como a do setor de agrotóxicos. Mensalmente o sistema Campo Limpo, formado por fabricantes de agrotóxicos, por representantes do comércio e agricultores, vem batendo recordes de recolhimento de embalagens no campo. Zilda Velos destacou que, hoje, 90% do que é produzido em embalagens pela indústria é recolhido pelo sistema.
 
Segundo o diretor-presidente do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), João Cesar Rando, o crescimento acompanha o mesmo ritmo da intensificação do uso de agrotóxicos em função do aumento da atividade agrícola em algumas regiões do país.
 
“Hoje esse sistema chegou à maturidade e temos nove recicladores distribuídos em alguns estados (Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro) para otimizar a logística e temos o sistema de recolhimento itinerante, que responde por 12% a 15% do total de embalagens recolhidas”, disse ele.
 
Rando explicou que os outros setores estão avançando, apesar de alguns fabricantes enfrentarem dificuldades para implantar o sistema, principalmente os que envolvem vários itens, como é o caso dos eletroeletrônicos. Ainda assim, o representante do instituto disse que a PNRS impulsionou a logística reversa no país que, até então, era regulada pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).
 
Ainda existem pontos que precisam ser trabalhados. “O sistema depende do quanto os governos estão preparados para implantar, por exemplo, o sistema de coleta seletiva, um processo oneroso, que demanda recursos e planejamento. As pontas precisam se encontrar. É um desafio tirar isso tudo do meio ambiente e é um desafio igual encontrar formas sobre o que fazer com esse material”, disse ele, lembrando que cidades como São Paulo produzem mais de 10 mil toneladas de lixo diariamente.
 
Fonte iG

Conheça quais são os exames da Cardiologia

Existem diversos exames para diagnosticarmos doenças do coração. Quais os exames que um paciente deve realizar é uma decisão que cabe ao médico que se baseará na história clínica e nos achados de exame clínico feitos no paciente. A sua decisão vai se basear também nos fatores de risco detectados e na intensidade dos sintomas e sinais encontrados.
 
Para sabermos se existe uma doença cardíaca geralmente se começa pelos exames mais simples e vai-se progredindo até os mais complicados, os de maior risco e os mais onerosos. Essa ordem pode ser alterada conforme a gravidade de um determinado caso.
 
Os testes podem ser invasivos e não-invasivos.
 
São testes invasivos:
- Ecografia transesofágica.

- Cintilografia.

- Cateterismo cardíaco.
 
- São testes não-invasivos:
 
- Eletrocardiograma de repouso (ECG)
 
- Radiografia de tórax Monitorização do ECG por Holter Ecocardiograma
 
- Teste de esforço
 
- Tomografia do coração e vasos
 
- Ressonância magnética do coração e vasos (RM)
 
- Angiografia digital.
 
Testes Invasivos Ecografia transesofágica
É uma ecografia semelhante as não invasoras, em que o aparelho é colocado dentro do esôfago, o que, pela proximidade do coração, permite uma melhor avaliação dos detalhes de algumas válvulas cardíacas. É particularmente útil no diagnóstico de lesões em válvulas causadas pela endocardite.
 
Cintilografia miocárdica
É um teste em que a captação de um radioisótopo pelo músculo cardíaco é proporcional à sua perfusão. Pode-se fazer o exame em repouso ou sob esforço físico ou farmacológico. Zonas isquêmicas, menos bem perfundidas serão reveladas.
 
Com o passar do tempo as zonas isquêmicas, com pouco contraste podem ficar iguais às bem perfundidas mostrando ser transitória a isquemia. Diminuição de perfusão que persiste depois de 3 a 4 horas, geralmente indica a existência de zonas de infarto, recente ou antigo.
 
Algumas doenças infiltrativas do coração, bloqueios de ramo e miocardiopatias dilatadas podem apresentar distúrbios de perfusão persistentes. A cintilografia miocárdica sob esforço tem um índice de acerto de 75 até 90% e um índice de falso-positivo de até 30% (ou seja, de dar positivo quando não é).
 
A cintilografia miocárdica está indicada para os seguintes casos:
1.Quando o ECG de repouso ou esforço é difícil de interpretar devido alterações como bloqueio de ramo, baixa voltagem, alterações metabólicas.
 
2.Para confirmar ou invalidar o resultado de um ECG de esforço, quando o traçado não concorda com o quadro clínico.
 
3.Localizar a zona de isquemia.
 
4.Diferenciar uma área de isquemia da de um infarto.
 
5.Para confirmar a revascularização depois de uma cirurgia de bypass.
 
6.Como um indicador de prognóstico em pacientes com doença coronária conhecida. Uma das limitações para a realização mais seguida desse exame, em nosso meio, é o seu alto custo.
 
Cateterismo cardíaco
Através de uma artéria, é introduzido um cateter (sonda) que é dirigido até a aorta e aí nas coronárias, para obtermos a coronariografia ou então cinecoronariografia. Se o cateter ultrapassar a válvula aórtica atingindo o ventrículo esquerdo, injeta-se um contraste para obtermos a angiografia do ventrículo esquerdo.
 
A injeção do contraste radiopaco vai gerar as imagens que podem ser fotografadas ou filmadas ou gravadas em computador. Quando o contraste é injetado nas coronárias, obtemos imagens que, sendo filmadas, originam a cinecoronariografia, termo muitas vezes usado como sinônimo de cateterismo cardíaco. As imagens assim obtidas permitem ver as artérias coronárias e ver se estão abertas ou obstruídas, parcial ou totalmente.
 
A coronariografia é o exame mais definitivo para o diagnóstico das doenças desses vasos. A mortalidade pelo exame é de 0,1 % e a morbidade é de 1 até 5 %, o seu preço é elevado, e por isso é pouco usada como método de diagnóstico de coronariopatias.
 
A coronariografia está indicada em:
 
1.Pacientes em estudo para realização de cirurgia de revascularização ou procedimentos de dilatação das coronárias, naqueles pacientes que não responderam bem à terapêutica conservadora com medicamentos.
 
2.Pacientes em que se considera a possibilidade de intervenções, como no ítem anterior, por apresentarem angina instável, angina pós-infarto ou naqueles em que os testes não-invasivos mostram grande probabilidade de doença de alto risco.
 
3.Também se faz esse exame em pacientes que tem estenose da válvula aórtica e que apresentam manifestações sugestivas de doença isquêmica. Nesses casos é importante poder saber se as manifestações isquêmicas são causadas pelo baixo débito decorrente da estenose ou se os sintomas são provocados pela doença das coronárias. Um outro motivo para realizar a coronariografia é naqueles pacientes que deverão ser submetidos a uma cirurgia cardíaca por outra razão. Se for detectada uma doença isquêmica, se poderá, num mesmo procedimento, corrigir as duas enfermidades.
 
4.Pacientes que foram submetidos a cirurgia de revascularização nos quais os sintomas isquêmicos retornaram. Usa-se para saber se o bypass ou outros vasos estão obstruídos.
 
5.Pacientes com insuficiência cardíaca nos quais se suspeita de uma doença cardíaca corrigível pela cirurgia, como aneurisma ventricular, insuficiência mitral ou disfunção isquêmica reversível.
 
6.Pacientes com arritmias graves que possam ter sido provocadas por doença coronariana corrigível.
 
7.Pacientes com dores no peito de causa desconhecida ou com miocardiopatias de etiologia desconhecida. A coronariografia mostra o local, o número e o grau de obstrução dos vasos.
 
As obstruções maiores de 50% geralmente são consideradas de significado clinico, embora as obstruções maiores de 70% sejam as que provocam as manifestações isquêmicas. Essas informações são de valor prognóstico.
 
Prognósticos baseados na coronariografia
O prognóstico difere se tivermos uma, duas ou as três coronárias doentes, e é pior se a principal artéria coronária esquerda estiver comprometida. Em pacientes com angina estável, 20% têm uma, 30% têm duas e 50% têm as três coronárias doentes.
 
Em 10% encontramos a coronária esquerda principal atingida. Dos pacientes que têm o ECG de esforço muito alterado ou estudos cintilográficos fortemente positivos, 75 até 95% têm três vasos, ou a artéria principal esquerda, doentes.
 
Um outro dado importante obtido com a coronariografia é que ela mostra quais os vasos e se esses vasos devem ser submetidos a angioplastia coronária ou se há indicação de cirurgia de revascularização.
 
Testes Não-Invasivos
 
(ECG) Eletrocardiograma de repouso
É um dos exames mais realizados. É um exame barato, rápido e fácil de fazer. Exige um aparelho relativamente barato. As informações dadas pelo exame são relativamente fidedignas, 25 % dos pacientes com angina tem o ECG normal.
 
As alterações decorrentes de angina no ECG podem se confundir com mudanças causada por hipertrofias ventriculares, distúrbios de condução seqüelas de infartos antigos, etc. O ECG é útil para o controle evolutivo de uma doença cardíaca já confirmadas por outros métodos de diagnóstico.
 
 Eletrocardiograma de esforço
O eletrocardiógrafo necessita ser acompanhado de um outro (Esteira ou bicicleta ergométrica) o que já o torna mais oneroso. O ECG de esforço é o exame não invasor mais útil para avaliar um paciente com angina, principalmente naquele paciente que tem o ECG de repouso normal.
 
Serve para avaliar o coração sob condições de estresse. Se o ECG de repouso for normal e a história do paciente for sugestiva de uma doença do coração, o ECG de esforço pode mostrar alterações não reveladas no ECG de repouso.
 
As principais indicações do ECG de esforço são:
1. Confirmar o diagnóstico de angina.
 
2. Determinar a severidade da limitação causada pela angina.
 
3. Determinar o prognóstico com doença coronária conhecida, inclusive nos infartados em recuperação, afim de detectar os pacientes de risco maior ou menor.
 
4. Avaliar a resposta ao tratamento
 
5. Também usado como screening para descobrir, entre a população assintomática, os portadores de doença.
 
Existem diversos protocolos para a realização do ECG de esforço. O mais usado é o de Bruce, que aumenta a velocidade e a elevação da esteira a cada 3 minutos e é limitado pelos sintomas. Pelo ECG de esforço podem ocorrer mortes ou infartos; a incidência é de 1 acidente por cada 1000 exames realizados. O perigo é maior nos pacientes com angina instável.
 
A estenose aórtica é uma contra-indicação para o exame. O teste deve ser abortado se ocorrer hipotensão arterial, angina persistente, arritmias importantes ou alterações no ECG. Se houver mais do que 3 a 4 mm de depressão no segmento ST deve-se suspender o esforço antes de chegar ao limite determinado para a idade e doença do paciente.
 
Quem deve indicar a realização de um Eletrocardiograma de esforço é o seu médico. Não faça o exame por conta própria.O exame só deve ser realizado na presença de um médico especialista.
 
Radiografia de tórax
Uma radiografia pode revelar se há crescimento da cavidades ou de todo o coração. Pode mostra alterações vasculares ou pulmonares como causa ou repercussão de uma doença cardíaca.
 
Monitorização (Holter)
Aparelho usado para registrarmos um eletrocardiograma durante muitas horas afim de detectarmos arritmias. O paciente registra num diário as suas atividades e sintomas afim de podermos correlacionar esses dados com eventuais arritmias registradas.
 
Monitorização de pressão arterial
Esse aparelho mede e registra a pressão arterial a intervalos determinados durante varias horas. Serve para verificarmos as oscilações da pressão arterial conforme as diversas influências a qual uma pessoa é submetida durante as 24 horas.
 
Ecocardiograma
É um exame que permite avaliar as medidas e a mobilidade das paredes das diferentes cavidades do coração, as válvulas cardíacas e sua capacidade funcional, o fluxo do sangue e a direção desse fluxo. Revela ainda anomalias congênitas ou adquiridas do coração.
 
Analisa o pericárdio, revelando e a presença ou não de derrames. Por dados obtidos no ecocardiograma, podemos avaliar a função do coração e através de exames periódicos fazer um diagnóstico evolutivo de doenças e suas conseqüências.
 
Tomografia computadorizada (TC)
É um exame oneroso, mas que pode oferecer boas imagens do coração e detalhes de suas partes. A tomografia de coronárias é, hoje, um dos principais exames, não-invasivos e mais objetivos, para se detectar doenças obstrutivas de artérias coronárias ou, então, se revelar a probabildade de doença presente ou futura de coronárias, baseado-se no índice de cálcio.
 
Este exame é realizado, principalmente, quando se suspeita de doença coronária. Ele também é usado em pacientes com evidências de doença coronária e que não querem se submeter à cinecoronariografia. De um modo geral, se a angiotomografia revelar doença coronária grave, o paciente deve ser submetido a cinecoronariografia, a qual auxilia com maior precisão na indicação terapêutica a ser seguida, que pode ir desde a cirurgia, com pontes de safena e mamária, ou a colocação de stents, ou condutas conservadoras.
 
O exame é feito com a injeção de um contraste numa veia e, na seqüência, são realizadas um grande número de tomografias em poucos segundos e, a seguir, o computador funde as imagens fornecendo aos médicos dados anatômicos bastante precisos para orientar a conduta médica. É usada, também, para a avaliação da aorta, massas como coágulos ou tumores, ou doenças do pericárdio. O exame é muito seguro. Devemos cuidar com a alergia aos contrastes que contenham iodo.
 
Ressonância magnética (RM)
O computador gera imagens que permitem uma boa observação do miocárdio, identificar zonas lesadas por um infarto, mostrar defeitos congênitos e avaliar os vasos de maior calibre como a aorta.
 
A sua vantagem sobre a TC é a de não ser prejudicial ao organismo por não ser uma energia ionizante, gerar imagens de alta resolução sem usar contrastes, dar imagens tridimensionais, terem alto índice de contraste quanto aos diferentes tecidos, e por produzir imagens que não são distorcidas pela presença de ar ou líquidos em torno das estruturas que se quer observar.
 
O exame é particularmente útil para diagnosticar doenças da aorta, do pericárdio, doenças congênitas antes ou depois de correções cirúrgicas, doenças do músculo cardíaco, principalmente tumores cardíacos ou do pulmão que, por vizinhança, tenham invadido o coração.

A ressonância magnética pode também ser usada para avaliar a morfologia das câmaras cardíacas, a função global ou regional dos ventrículos e a existência de regurgitações valvulares. Existem estudos para a aplicação da RM no estudo dos fluxos de sangue nas coronárias, no músculo cardíaco com ou sem o uso de substâncias estressantes para o coração.
 
Angiografia digital
É o registro de imagens de vasos. Esse método é usado para avaliar os vasos do coração ou cérebro e permite ver se existe e onde existe uma obstrução ou diminuição de fluxo do sangue. Usa-se para isso um contraste que é injetado numa veia. O aparelho de RX deve ser capaz de obter imagens muito rapidamente.
 
Fonte ABC da Saúde

Após cirurgia, silicone “explode” e mulher perde mamilo

Reprodução/Daily Mail
Claire incentiva mulheres a pensar antes de passar por
 este tipo de cirurgia
Segundo Claire, complicação tirou sua confiança e feminilidade 
 
Após gastar quase R$ 15 mil em uma cirurgia plástica, o silicone de Claire Rigley, de 30 anos, explodiu e seu mamilo caiu. As informações são do site Daily Mail desta quinta-feira (16).
 
De acordo com a publicação, dois dias depois da operação, os implantes começaram a ‘vazar’ pelos mamilos, deixando os seus seios em tons escuros e rosados. Levada às pressas ao hospital, ela foi submetida a uma cirurgia de emergência para retirar os silicones. Porém, o dano havia se tornado devastador.
 
— Esse incidente tirou toda a minha feminilidade. Meus seios ficaram sem volume e com protuberância.
 
Durante quatro anos, Claire recebeu o apoio do seu marido Robert para lutar contra essa insegurança. Felizmente, após receber novos implantes e, ainda, fazer uma tatuagem em um dos mamilos, a mulher se sentiu aliviada e satisfeita.
 
Agora, Claire incentiva outras mulheres a pensar duas vezes antes de submeter a qualquer cirurgia. Assim, futuras complicações poderão ser evitadas.
 
Fonte R7

Remédios genéricos são 54% mais baratos, diz Procon-SP

Pesquisa foi realizada em abril e envolveu 15 drogarias de cinco regiões de SP
 
Os remédios genéricos custam, em média, 54,58% menos que os de referência, segunda uma pesquisa do Procon-SP divulgada na quinta-feira (16). Entre os genéricos, foi possível detectar diferença de até 1.129,21%. O remédio Paracetamol (200 mg/ml, gotas 15 ml) custava R$ 0,89 em um estabelecimento e R$ 10,94 em outro, uma diferença de R$ 10,05 em valor absoluto.

Quanto aos de referência, a maior diferença foi de 280,03%, verificada no Amoxil (Amoxicilina), Glaxosmithkline, 500 mg, 21 cápsulas. O preço variou entre R$ 14,67 e R$ 55,75, diferença de R$ 41,08 em valor absoluto.

A pesquisa, realizada em abril, envolveu 15 drogarias, distribuídas pelas cinco regiões do município de São Paulo, onde foram pesquisados 58 medicamentos, sendo 29 de referência e 29 genéricos.
 
Interior
No interior paulista, a pesquisa foi feita em 12 cidades. A maior variação de preços entre os medicamentos genéricos foi de 1.143%, entre farmácias da cidade de Bauru, para o medicamento Paracetamol.

A média dos preços dos genéricos em comparação aos de referência foi maior em São José dos Campos (57,03%). A menor diferença foi encontrada em Presidente Prudente, 44,46%.
 
Fonte R7

OMS diz que basta uma dose contra febre amarela

Não será mais necessário aplicar a segunda dose contra a doença
 
Pressionada pela falta de vacinas contra a febre amarela no mundo e com resultados de estudos científicos recentes em mãos, a OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciará nesta sexta-feira (17), nova recomendação aos governos: a suspensão da segunda dose, hoje aplicada dez anos após a primeira.

Segundo a OMS, pesquisas apontam que apenas uma dose da vacina é suficiente para imunizar uma pessoa contra a febre amarela durante toda a vida. A proposta será apresentada na próxima semana aos governos e a OMS espera sua aprovação.

Desde o início das campanhas de vacinação, em 1930, 600 milhões de doses já foram aplicadas ao redor do mundo. De acordo com dados da OMS, desde então foram registrados apenas 12 casos de pessoas que realmente precisariam tomar uma segunda dose da vacina.
 
A OMS insiste em que as vacinas não se tornaram mais eficazes nos últimos anos e, por isso, pessoas que receberam o imunizante há uma década, por exemplo, estariam tão protegidas quanto alguém que acaba de ser vacinado. “As vacinas não mudaram. Foi o acúmulo de informação que nos fez chegar a uma nova conclusão científica”, declarou Philippe Douclos, representante científico da OMS.

Em grande parte da África, governos já garantem apenas uma dose por pessoa. Na América Latina, a prática ainda aponta para um reforço a cada dez anos.
Douclos reconhece que cada país terá liberdade de adotar a sugestão ou não. Mas não esconde que espera que o governo brasileiro faça uma revisão de suas práticas e aceite a proposta.

Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde informou que até o momento mantém a recomendação de aplicar os reforços da vacina a cada dez anos. Também ressaltou que o risco de eventos adversos é menor nas doses de reforços.

O Brasil é um dos 44 países onde a febre amarela continua endêmica e, segundo dados da OMS, apenas 64% da população nas áreas afetadas está imunizada no País. A informação também deve afetar turistas, pois a vacina atualizada é uma das exigências para entrar no Brasil.

Produção
Se parte da decisão é médica, outra parte é econômica. Hoje, apenas quatro empresas no mundo produzem a vacina em escala e com qualidade. Uma delas é a Bio-Manguinhos, localizada no Rio.

Diante de preços baixos e de um mercado concentrado apenas nos países mais pobres, empresas farmacêuticas não investem na produção dessas vacinas. Hoje, a capacidade anual chega a apenas 100 milhões de doses, insuficiente caso países como a Nigéria embarquem nos próximos anos em uma imunização em massa da população.

Douclos aponta que a redução da necessidade de duas doses em um país poderá liberar recursos e espaço para que o imunizante chegue a outras regiões. Ele insiste, porém, que esse não é o motivo da decisão.

Oficialmente, 200 mil casos de febre amarela são registrados anualmente no mundo, com 30 mil mortos. Mas a OMS suspeita que o número seja bem maior. * colaborou Giovana Girardi.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ritos de circuncisão na África do Sul acabam com morte de 23 jovens

AFP Photo / Alexander Joe
Jovens sul-africanos aguardam durante uma das etapas do ritual
de passagem para a idade adulta
Os ritos de iniciação deixaram centenas de mortos na África do Sul nos últimos anos
 
Vinte e três jovens sul-africanos morreram nesta semana durante rituais tradicionais de circuncisão, que marcam a passagem para a idade adulta, informou a polícia nesta sexta-feira (17).
 
Os meninos, de 13 a 21 anos, morreram em "escolas de iniciação" em Mpumalanga, uma província do noroeste do país.
 
"Abrimos 22 investigações por homicídio" e o caso número 23 ainda não é claro, já que o menino tinha problemas de saúde, indicou à AFP o porta-voz da polícia provincial, Leonard Hlathi.
 
Até o momento, a polícia não realizou nenhuma prisão, à espera dos resultados das necropsias, acrescentou.
 
Os ritos de iniciação deixaram centenas de mortos na África do Sul nos últimos anos, apesar dos esforços das autoridades para estabelecer regras de higiene entre os curandeiros tradicionais.
 
Além da circuncisão, os ritos de iniciação também incluem várias semanas em meio à natureza, durante as quais os jovens aprendem os valores de virilidade e disciplina.
 
O governo sul-africano apresentou suas condolências às famílias das vítimas e pediu que as condições de higiene e segurança melhorem.
 
Fonte R7

Canadenses grávidas vão à Justiça por anticoncepcional defeituoso

Sessenta moradoras da província de Ontário, quatro das quais
 sofreram abortos, participam do processo contra a empresa
 Apotex, fabricante da pílula Alysena
Sessenta moradoras de Ontário participaram de processo contra empresa
 
Um grupo de mulheres canadenses, entre elas 40 grávidas, apresentou um processo coletivo contra uma empresa farmacêutica da qual exigem um R$ 1,6 bilhão por uma pílula anticoncepcional defeituosa, indicou a imprensa local nesta sexta-feira (17).
 
Sessenta moradoras da província de Ontário, quatro das quais sofreram abortos, participam do processo contra a empresa Apotex, fabricante da pílula Alysena, segundo a advogada das demandantes, Sandy Zaitseff, citada pelo jornal The Globe and Mail, um dos principais do Canadá.
 
Cinquenta mil caixas de Alysena foram retiradas do mercado em 8 de abril , depois que foi descoberto que um lote continha dois tipos de pílulas placebo ao invés de uma. Cinco dias depois, a retirada foi expedida para outros 11 lotes.
 
A empresa farmacêutica não divulgou publicamente a primeira retirada de produtos e a ministra da Saúde, Leona Aglukkaq, solicitou a abertura de uma investigação diante da falta de informações.
 
Zaitseff destacou que o erro de embalagem teve consequências financeiras para suas clientes, que estima em milhões de dólares, assim como consequências éticas.
 
"No mundo de hoje, o fato de ter uma relação sexual com uma pessoa não significa assumir o encargo de criar filhos", declarou ao The Globe and Mail.
 
Fonte R7

Estresse no trabalho pode aumentar colesterol "ruim", diz estudo

Estresse no trabalho prejudica à saúde
De acordo com pesquisa, trabalhadores podem desenvolver dislipidemia
 
Um trabalho estressante pode alterar a forma como o corpo lida com gordura e, consequentemente, desenvolver doenças cardíacas e aumentar o colesterol ruim.
 
De acordo com uma pesquisa espanhola, publicada nesta sexta-feira (17) no Daily Mail, o estresse pode desencadear dislipidemia, uma doença que altera os níveis de gorduras e lipoproteínas no sangue. O estudo foi realizado com 90 mil trabalhadores submetidos a check-ups médicos e foi publicado na Scandinavian Journal of Public Health.
 
Segundo Carlos Catalina, psicólogo clínico e especialista em estresse relacionado ao trabalho, os pacientes que afirmaram ter dificuldades em lidar com o seu trabalho durante os 12 meses tiveram risco aumentado de sofrer dislipidemia.
 
— Um dos mecanismos que poderiam explicar a relação entre o estresse e o risco cardiovascular poderiam ser as mudanças no nosso perfil lipídico, o que significa maiores taxas de acúmulo de placa, levando ao endurecimento das artérias.
 
Ainda para a pesquisa, o estresse interfere na capacidade do corpo para se libertar do excesso de colesterol, além de poder desencadear uma série de processos inflamatórios, que também aumentam a produção de colesterol.
 
Além disso, o estresse pode estimular o organismo a produzir mais energia na forma de ácidos graxos e de glicose.
 
Fonte R7

Expectativa de vida de mulheres com câncer de mama triplica em 10 anos

Expectativa de vida das mulheres com câncer de mama triplicou nos
 últimos 10 anos, segundo estudo
Estudo constatou que 88% das vítimas da doença vivem pelo menos cinco anos após o diagnóstico
 
A expectativa de vida das mulheres com câncer de mama triplicou nos últimos 10 anos, segundo um estudo do Centro Oncológico MD Anderson da Universidade do Texas (EUA) que constatou que 88% das vítimas da doença vivem pelo menos cinco anos após o diagnóstico — há uma década, esse percentual era de 27%.
 
O dado promissor foi revelado em entrevista à Agência Efe por Gabriel Hortobagyi, diretor do Programa de Pesquisa em Câncer de Mama do centro médico americano após participar nesta semana de uma conferência sobre o tema nas cidades espanholas de Madri, Valência e Barcelona.
 
Hortobagyi explicou que a expectativa de vida de mulheres com a doença aumentou de forma "espetacular" na última década, até o ponto que este tipo de câncer pode perder em breve o segundo lugar na classificação de tumores letais mais comuns.
 
O pesquisador médico citou a conquista no uso de fármacos contra determinadas moléculas tumoralis que impulsionam o desenvolvimento da doença e também a descoberta do biomarcador HER 2, um dos primeiros passos no tratamento de tumores sólidos.
 
— Graças ao trastuzumab (seu nome comercial é Herceptin) e a outros remédios que foram desenvolvidos posteriormente, a sobrevivência das pacientes com tumores HER 2 positivos fez com que passassem de ser o subtipo de pior previsão a quase ser o de melhor.
 
Hortobagyi afirmou que algo similar aconteceu com outros tumores, embora "talvez não na mesma proporção", como ocorre com a leucemia, que é curada em quase todos os casos, mas também em outros processos oncológicos como o câncer colorretal, o de rim ou o melanoma, com progressos "muito significativos".
 
O mais importante, na sua opinião, é que esse avanço ocorreu graças à pesquisa, e os dados obtidos foram utilizados em parte pela indústria farmacêutica para desenvolver novos tratamentos.
 
— O certo é que com os conhecimentos que temos hoje em dia e os recursos necessários, o progresso nos próximos 20 anos vai ser ainda maior. Sou muito otimista.
 
Levando em conta que os avanços cada vez se dirigem a subtipos mais concretos de pacientes, o pesquisador ressaltou que "os critérios das agências reguladoras — como a FDA nos EUA ou a EMA na Europa — têm que mudar", da mesma forma que os da comunidade científica.
 
— Não podemos esperar que as agências nos deem simplesmente um cheque em branco.
 
Ele ressaltou que um dos temas mais relevantes da medicina personalizada é o desenvolvimento e a validação de biomarcadores, de estudos ou teste que permitam identificar um subgrupo de pacientes que serão beneficiados com um medicamento e quais não.
 
— Até o momento não fomos muito bem, já que não contamos com conquistas maciças neste campo. No caso concreto do câncer de mama, nos últimos 50 anos foram propostos mais de 800, mas só 4 ou 5 biomarcadores foram validados.
 
Hortobagyi confia que as agências avaliarão que o investimento de uma companhia para desenvolver um medicamento é "muito considerável", de até R$ 4 bilhões (US$ 2 bilhões).
 
— Há dez anos era mais ou menos a metade, mas como cada vez são necessários estudos mais amplos e detalhados, com objetivos definitivos, aumentou ainda mais o custo.
 
Fonte Efe/R7

Conheça 11 causas pouco conhecidas da prisão de ventre

Homem com dor no intestino - Getty ImagesDescubra doenças e medicamentos que podem estar por trás do incômodo
 
Os principais culpados da prisão de ventre já são bem conhecidos, como má alimentação, sedentarismo e estresse.
 
"Na maioria das vezes, o aumento da quantidade de fibras e da ingestão de água e a prática de exercícios já conseguem reverter esse problema", conta o gastroenterologista José Roberto de Almeida, presidente da Federação Brasileira de Gastroenterologia.

No entanto, há casos em que apenas essas medidas não são suficientes porque as causas envolvem medicamentos e até outras doenças, como o diabetes.
 
Confira o que médicos também apontam como motivos da temida prisão de ventre e saiba como revertê-los:
 
Tireoide - Getty ImagesHipotireoidismo
A tiroide é uma glândula localizada no pescoço responsável por produzir hormônios que regulam o funcionamento de diversos órgãos do corpo. Dados do IBGE apontam que por volta de 15% dos brasileiros sofrem de problemas nessa glândula. Um deles é o hipotireoidismo, que é a baixa produção dos hormônios. "Todo o corpo pode sofrer com essa alteração hormonal, incluindo o intestino", explica a gastroenterologista Débora Dourado Poli, do Hospital São Luiz. A digestão pode ficar mais lenta, por exemplo, provocando a constipação intestinal.

Se você já faz tratamento para problemas na tireoide, converse com o seu médico e verifique se há a necessidade de mudar hábitos ou tomar medicamentos que combatem a prisão de ventre. Tire dúvidas sobre sintomas e tratamento de hipotireoidismo.  
 
Exame - Getty ImagesHiperparatiroidismo
Esse problema é menos comum que o hipotiroidismo e está ligádo a uma glândula que fica perto da tireoide, chamada paratireoide. Ela excreta o paratormônio (PTH), que é responsável por regular os níveis de cálcio e fósforo no organismo. No hiperparatiroidismo, o PTH é preoduzido em excesso, aumentando a quantidade de cálcio no sangue - problema chamado hipercalcemia - e provocando a prisão de ventre. Um médico endocrinologista poderá indicar o teste e o tratamento adequados para combater essa condição. 
 
Mulher tomando analgésico - Getty ImagesAnalgésicos
Pessoas que se recuperam de uma cirurgia ou estão controlando uma dor crônica costumam ser receitadas com analgésicos chamados opioides, que equivalem à morfina. "Esse tipo de analgésico pode levar a uma constipação intestinal, sendo preciso rever os hábitos alimentares para tentar reverter o quadro e, em casos mais extremos, indicar o uso de um laxante", explica a gastroenterologista Débora, do Hospital São Luiz. 
 
Laxante - Getty ImagesUso indevido de laxantes
Alguns laxantes apáticos - que irritam mais as mucosas intestinais - podem gerar uma lesão nos nervos que comandam o intestino, criando uma dependência ao uso do remédio. Quanto mais a pessoa usar esse medicamento, mais o intestino pode ficar tolerante e precisar de ainda mais laxante para funcionar. "Faltam mais estudos para comprovar essa relação, mas mesmo assim é importante que as pessoas façam uso de laxante com orientação médica adequada", afirma a gastroenterologista Debora. 
 
Taça com antidepressivos em forma de carinha feliz - Getty ImagesAntidepressivos
"Medicamentos para depressão chamados antidepressivos tricíclicos costumam provocar a constipação intestinal", diz Debora Poli. Uma possível explicação para isso é que esses remédios afetam a transmissão dos nervos para que o intestino funcione corretamente. Se você toma esses medicamentos, converse com o seu médico para verificar se realmente pode ser essa a causa da sua constipação. Ele pode indicar a mudança de alguns hábitos e até a troca do tipo de antidepressivo. 
 
Antiácido reagindo na água - Getty ImagesAntiácidos
Débora Poli explica que o antiácido feito com hidróxido de magnésio costuma prender o intestino, enquanto o hidróxido de alumínio costuma soltar. "Há antiácidos que possuem uma combinação dessas duas substâncias para deixar o intestino regulado", conta. Por isso, cheque o rótulo antes de comprar o seu remédio contra azia e má digestão. 
 
Homem com dor no intestino - Getty ImagesDoença do intestino irritável
A síndrome do intestino irritável (SII) é uma doença que envolve alterações nos movimentos intestinais, provocando dor abdominal e cãibras. "Esse problema pode trazer tanto constipação quanto diarreia, depende do organismo da pessoa", explica o gastroenterologista José Roberto. Quando há prisão de ventre, a pessoa tem dificuldade na passagem das fezes e sente muita cólica.

A Doença de Crohn, um processo inflamatório intestinal que envolve as paredes do órgão, também pode causar prisão de ventre, embora seja pouco comum. "A maioria das pessoas com essa doença costuma ter diarreia durante as crises", afirma José Roberto.  
 
Mulher grávida dormindo - Getty ImagesGravidez
A gestante passa por uma montanha russa hormonal durante os nove meses que antecedem o parto. Tantas alterações podem interferir no funcionamento do intestino, provocando a prisão de ventre. No último trimestre da gravidez, a pressão do bebê sobre o intestino e outros órgãos também podem atrapalhar a digestão. Por isso, é importante que a futura mamãe adote hábitos alimentares saudáveis e pratique exercícios leves com frequência para manter o intestino em dia desde os primeiros meses de gestação. 
 
Homem fazendo teste de glicemia - Getty ImagesDiabetes
Caracterizada pela dificuldade de metabolizar a glicose do sangue, o diabetes pode causar danos nos nervos do corpo (neuropatia diabética), incluindo os nervos que transmitem estímulos para que o intestino se movimente corretamente. Como resultado, surge a desagradável prisão de ventre. Controlar o diabetes, portanto, é fundamental para evitar esse prejuízo aos nervos.
 
Suplemento alimentar - Getty ImagesUso errado de suplementação
Quem usa suplementos alimentares sem orientação médica pode ter problemas de saúde, incluindo o intestino preso. O problema acontece, principalmente, com o excesso de cálcio e ferro, que sobrecarregam e prejudicam o trabalho do intestino. Consulte sempre um médico antes de investir na suplementação e jamais ultrapasse a quantidade que ele recomendar. 
 
Homem com hemorroida - Getty ImagesHemorroida
A prisão de ventre favorece o surgimento de hemorroida: quando a pessoa está com o intestino preso e faz força demais para evacuar, as veias do ânus podem ficar doloridas e inchadas. Uma vez que a hemorroida aparece, pode acontecer o inverso: como a pessoa está com dores na região anal, tende a ficar mais tensa. Essa tensão pode interferir nos movimentos intestinais, fazendo com que a prisão de ventre aumente ainda mais. Por isso, o tratamento médico adequado é fundamental para se livrar desse problema. 
 
Fonte Minha Vida

Sete vantagens da gravidez planejada para a mãe e o bebê

Grávida insegura - Foto: Getty ImagesCuidado pré-gestacional pode trazer mais tranquilidade ao período
 
Todos sabem que o pré-natal é muito importante para prevenir problemas na gestação. Mas você conhece o acompanhamento pré-gestacional? É muito raro encontrar quem comece um acompanhamento médico antes mesmo de conceber a criança. Mas essa opção pode trazer diversos benefícios à gestação. "É melhor preparar o corpo antes de engravidar. A paciente deve procurar um médico e submeter-se ao exame ginecológico e depois alguns complementares para avaliar as condições de seu organismo", ensina a obstetra Claudia Ribeiro Bernardes, da Clinica André Colaneri.

Não é preciso necessariamente ir atrás de um obstetra novo, às vezes seu ginecologista pessoal também tem essa especialidade, ou pode indicar um colega de confiança. É importante aproveitar esse momento para já conhecer melhor o profissional, já que ele acompanhará o pré-natal inteiro e será o responsável pelo parto. "Este momento é de fundamental importância para que ela tire todas as suas dúvidas a respeito da gestação também", reitera Augusto Bussab, ginecologista e especialista em fertilização.

Essa é uma garantia, principalmente, de que a gravidez será bem cuidada desde o comecinho. "Dependendo da atenção que ela tiver à menstruação, ela pode descobrir que está grávida com até 3 meses", contabiliza Newton Busso, membro da Sociedade Paulista de Medicina Reprodutiva. Nesse meio tempo, várias estruturas da criança já estarão em processo de formação, e o acompanhamento garante que nada dê errado.
 
Ainda não está convencida? Separamos uma lista de vantagens de se ter um acompanhamento pré-gestacional:
 
Casal na consulta - Foto: Getty ImagesChecar a fertilidade do casal
Entre os exames ginecológicos que o médico pede, está a análise de fatores que possam gerar dificuldades de ter um bebê, como menstruação irregular ou histórico de doença infecciosa e de cirurgias para endometriose. E o homem também participa! "Acredito que seja importante o homem verificar a qualidade e quantidade de espermatozoides por meio de um espermograma", ressalta o médico Newton Busso. Assim, pode-se detectar algum obstáculo para a concepção e já tentar saná-lo desde o início.

Mesmo que não exista um problema, o médico pode orientar o casal sobre o ciclo menstrual e como verificar o período da fertilidade. "Explicamos sobre período ovulatório, como observar o muco cervical, a temperatura corporal, tudo isso detalhadamente, em cada caso em particular", explica a obstetra Cláudia Bernardes.
 
Mulher em contulta - Foto: Getty ImagesVerificar se há risco na gravidez
Nessa primeira conversa também, a futura gestante pode relatar seu histórico de saúde geral, inclusive se tem alguma doença crônica, como hipertensão, diabetes, asma ou se há histórico em sua família. Normalmente, ter esse tipo de quadro pode trazer diversas complicações durante a gestação. "Esse fatores aumentam os riscos de óbito, aborto, parto prematuro e eclampsia - por isso essas mulheres precisam ser acompanhadas de perto", ensina o obstetra Newton. Alguns casos pedem até a visita constante ao endocrinologista também, como no caso do hipotireoidismo.

Além disso, é verificada a tabela de vacinação, e a mulher pode conferir se está devidamente blindada contra doenças como a rubéola, que causa diversas malformações fetais graves e pode ser evitada com uma simples vacina. 
 
Mulher na balança - Foto: Getty ImagesConferir se o peso está ideal
O sobrepeso na gravidez está ligado ao aparecimento de diversos fatores de risco e por isso mesmo é importante que mulheres acima do peso fiquem de olho na alimentação antes de engravidar. "A obesidade também e uma doença crônica que pode se cruzar com a diabetes gestacional e com hipertensão arterial", ensina a obstetra Claudia. Mas estar abaixo do peso também é perigoso. Mães desnutridas têm mais chances de apresentar partos prematuros, por exemplo. E fica até mais difícil ter o bebê, já que essas mulheres podem ter problemas de ovulação.

Além disso, acertar os hábitos alimentares antes da gestação pode ser muito útil. "Quando temos um problema alimentar, o obstetra dará as informações básicas e irá encaminhar a futura gestante para um nutrólogo e/ou endocrinologista para um acompanhamento conjunto", ressalta o especialista em fertilidade Augusto Bussab.
 
Parar de fumar - Foto: Getty ImagesPerder todos os maus hábitos
Já que a alimentação e o peso serão corrigidos, uma boa ideia é também é abandonar outros maus hábitos, como o tabagismo. "Parar ou reduzir os cigarros antes da gravidez pode evitar uma abstinência e faz com que ela não se sinta pressionada a isso durante a gestação", salienta o obstetra Newton. Além de fazer mal para a saúde no geral, fumar traz diversos problemas ao feto, como aumento de prematuridade, baixo peso e até mesmo o óbito fetal intrauterino. 
 
Suplementação - Foto: Getty ImagesFazer as suplementações necessárias
O ácido fólico é um nutriente muito importante e que deve ser tomado enquanto o bebê é apenas um rascunho na mente dos pais. "O nutriente previne os defeitos do fechamento do tubo neural, por exemplo, o mais conhecido é a anencefalia (ausência do cérebro e da calota craniana), entre outros defeitos congênitos mais importantes, pois são relativamente frequentes e causam forte impacto", descreve a obstetra Claudia. Ele deve ser ingerido diariamente pelo menos 45 dias antes da concepção do feto, até o quinto mês de gestação.

Outros nutrientes não são tão importantes e dependem muito da avaliação nutricional da mãe. Mas itens como vitamina C e E, de efeito antioxidante, podem atuar reduzindo a chance de anomalias genéticas que podem levar a algumas síndromes no feto. 
 
Grávida insegura - Foto: Getty ImagesFicar mais segura e preparada na gestação
Todo medo é oriundo da desinformação, portanto as mães de primeira viagem têm muito mais tempo para tirar todas as suas dúvidas e temer mesmo. A ansiedade é um dos maiores problemas das mulheres em sua primeira gravidez, e pode causar sonhos vívidos e diversas preocupações. Além disso, é estabelecida uma relação de confiança entre o obstetra e a paciente, possibilitando mais segurança no médico e no acompanhamento. 
 
Ansiosa para engravidar - Foto: Getty ImagesControlar a ansiedade para engravidar
A sabedoria popular ensina que mulheres que querem muito engravidar são as que menos conseguem. Fazer esse acompanhamento desde o início ajuda-as a entender que não é apenas parar com o método anticoncepcional e no mês seguinte ela estará grávida. "A medida que decidiu engravidar e não consegue, a mulher vai ficar ansiosa, e colocar em dúvida se isso é normal. É preciso explicar que isso é um processo e que pode levar até mais de dois meses", salienta o obstetra Newton. 
 
Fonte Minha Vida

Conheça a melhor fruta para emagrecer, reduzir o colesterol e a pressão alta

Morango - Foto: Getty Images
Morango para blindar o coração
O consumo de frutas é muito importante para uma alimentação equilibrada.
 
Quanto maior a variedade delas, melhor para a nossa saúde, já que suas diferentes cores garantem uma quantidade maior e mais variada de fitoquímicos, elementos que fazem bem para a nossa saúde. "As frutas possuem cores diferentes, pois tem vitaminas e minerais em diferentes quantidades", explica o nutricionista Israel Adolfo. Porém, essas propriedades variadas garantem efeitos específicos em alguns casos, o que faz com que algumas frutas sejam muito importantes para o dia a dia.
 
O ideal é consumir de três a cinco porções diárias para obter a quantidade de vitaminas, nutrientes e fibras que o organismo necessita para funcionar. Mas já que a ideia é otimizar os benefícios dessa turma para a sua saúde e para a dieta, está na hora de fazer as escolhas certas.
 
Veja que frutas você não pode deixar de incluir no cardápio, de acordo com a necessidade:
 
Maçãs - Foto: Getty ImagesMaçã para dar saciedade e reduzir o inchaço
A chave para o emagrecimento está em reduzir as calorias ingeridas e aumentar as gastas. Para ter sucesso na primeira empreitada, aumentar a saciedade é essencial, e as frutas em sua maioria oferecem essa característica. "Todas são muitos importantes no processo de diminuição da gordura corporal, pois são ricas em fibras e proporcional uma grande oportunidade de mastigar. Para isso, índico frutas mais duras, como a maçã", classifica o nutricionista Israel Adolfo.

Para completar o combo, a mação oferece outras vantagens, como a presença de pectina. "Esse é um tipo de fibra solúvel que se transforma em gel no estômago e arrasta a gordura para fora do organismo", ensina a nutricionista e clínica Daniela Jobst, membro do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional no Brasil. Suas fibras insolúveis da casca ficam no estômago por mais tempo, retardando mais ainda a fome. E fechando o currículo da fruta, ela ainda tem uma boa quantidade de potássio, nutriente que elimina o sódio extra do corpo, reduzindo a retenção de líquidos e, com ele, parte do inchaço.
 
Abacate - Foto: Getty ImagesAbacate para reduzir o colesterol
Essa fruta é rica em gordura monoinsaturada, aquela considerada amiga do nosso organismo. "O ácido oleico, a mesma gordura do azeite de oliva, protege os vasos sanguíneos e o coração contra infartos, tromboses, entupimento das veias, doenças cardíacas e bloqueia a ação do LDL, chamado de colesterol ruim", explica a nutricionista Daniela. Por isso, o consumo regular do abacate reduz os níveis de colesterol total e eleva os de HDL, o chamado colesterol bom. Mas vale um alerta, já que a fruta tem muitas calorias. "Para apresentar apenas os benefícios, deve ser consumida na quantidade de uma colher de sopa ao dia", ressalta Israel Adolfo. E nada de consumi-lo com açúcar, prefira o cacau em pó se há necessidade de incrementar o gosto, como sugere a nutricionista clínica Nicole Trevisan. 
 
Banana - Foto: Getty ImagesBanana para diminuir a queimação
A banana, principalmente quando está verde, tem substâncias que protegem as paredes estomacais, favorecendo quem sofre com gastrite e azia. "Um estudo preliminar cita que a fruta possui um flavonoide conhecido como leucocianidina, que previne contra o desenvolvimento de úlceras estomacais", explica o nutricionista Israel Adolfo. Além disso, antes de amadurecer ela tem mais amido, que é digerido primeiramente na boca, o que faz com que o estômago produza menos ácido para efetuar a digestão e irrite menos as paredes estomacais, como ressalta Daniela Jobst. Com o processo de maturação, esse amido vai se convertendo em frutose. Mas é preciso cuidado com um tipo em específico. "A banana nanica é ácida, não sendo indicada para quem tem gastrite", alerta a nutricionista Nicole Trevisan.
 
Limão - Foto: Getty ImagesLimão para quem tem diabetes
A maior parte dos benefícios da fruta é voltada para a saúde do coração, que não deixa de ser prejudicada quando a pessoa tem diabetes, já que a alta da glicose no sangue desgasta e prejudica as artérias e veias. "A alta concentração de ácido nicotínico no limão protege as artérias, prevenindo problemas cardiovasculares, uma tendência para quem tem a doença. O alimento também diminui a viscosidade do sangue, o que é essencial, uma vez que, junto com o diabetes, existem alterações que predispõe a um maior risco de trombose", ensina a nutricionista Daniela Jobst.

Ele também evita hemorragias, devido à presença de ácido cítrico e ácido ascórbico, o que é vantajoso ao paciente com diabetes devido a sua dificuldade de cicatrização. Por fim, a parte branca do limão e a casca também contém pectina, "quando ela é dissolvida em água, produz uma massa viscosa que auxilia no trânsito intestinal e na saciedade, retardando a absorção dos açúcares", desvenda Nicole Trevisan. Isso evita picos glicêmicos, inimigos de quem tem diabetes. 
 
Uva - Foto: Getty ImagesUva para proteger o envelhecimento celular
Frutas de cores avermelhadas são ricas em antioxidantes. "Eles são compostos necessários para neutralizar os radicais livres, evitando assim que reajam com alguma célula e as destruam. Eles são naturalmente formados em nosso organismo nas reações metabólicas habituais e em situações como estresse, consumo de álcool, tabagismo, entre outros", define Israel Adolfo. Normalmente, os radicais livres são causadores de lesões nas células e tecidos, o que pode provocar diversas doenças à longo prazo. A uva é uma fruta rica em antioxidantes, principalmente na casca e na semente. "As pró-antocianidinas, presente nas cascas e sementes da fruta, são considerados super antioxidante, 20 vezes mais potente que a vitamina C e 50 vezes mais que a vitamina E", explica a nutricionista Daniela Jobst. 
 
AcerolaAcerola para aumentar a imunidade
A laranja que nos perdoe, mas não há fruta com mais vitamina C do que a acerola. De acordo com a Tabela Brasileira de Composição dos Alimentos (TACO) da Unicamp, uma laranja tem cerca de 57 mg de vitamina C, contra 104 mg, aproximadamente, de uma única acerola. E o nutriente é muito importante para o sistema imunológico, pois participa da produção das células de defesa do organismo além de modular o funcionamento da nossa proteção natural. "Encontramos vários artigos que ressaltam a importância desta vitamina no aumento e manutenção da atividade de células do sistema imunológico, como, por exemplo, os mastócitos e macrófagos", considera o nutricionista Israel Adolfo. 
 
Morango - Foto: Getty ImagesMorango para blindar o coração
Um estudo conduzido pela Harvard School of Public Health em Boston (Estados Unidos) em 2013 demonstrou que mulheres que consumiam morangos e mirtilos tinham menos chances de infartos do miocárdio. A grande responsável pelo benefício é uma substância chamada antocianina, presente em frutas de coloração vermelha e azul. "Ele também ajuda a reduzir a pressão graças à procianidina", acrescenta Daniela Jobst, nutricionista funcional a clínica. 
 
Fonte Minha Vida
Brasília – A Fundação Hemocentro de Brasília está cadastrando, até o dia 14 de junho, pessoas com doença falciforme que vivem no Distrito Federal. O objetivo, de acordo com a Secretaria de Saúde, é conhecer a prevalência da doença e a distribuição dos pacientes na região. Esta é a primeira vez que o levantamento é feito no Distrito Federal.
 
Uma equipe do hemocentro, em parceria com a Associação Falciforme de Brasília e a Universidade de Brasília (UnB), está fazendo o cadastro de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na Fundação Hemocentro de Brasília, no Setor Médico Hospitalar Norte.
 
Para facilitar o acesso, o transporte ficará à disposição dos pacientes, no percurso Rodoviária do Plano Piloto-Fundação Hemocentro, das 8h30 às 16h30, e Fundação Hemocentro à Rodoviária do Plano Piloto, das 8h às 18h. É preciso apresentar documento de identidade, comprovante de residência com CEP e cartão do Sistema Único de Saúde (SUS).
 
O cadastro é feito em duas etapas. Na primeira, feita no próprio hemocentro, são inseridos os dados de identificação do paciente e é agendada uma consulta. Na segunda, o médico que acompanha o paciente faz uma avaliação geral e acrescenta todas as informações importantes e medicações usadas habitualmente.
 
As informações serão impressas em um relatório e entregues ao paciente que, em caso emergencial, poderá mostrá-lo ao médico do pronto-socorro. Os paciente sem acompanhamento regular com um especialista será atendido por um hematologista do hospital mais próximo de sua residência, segundo informa a secretaria.
 
A doença falciforme é uma das doenças hereditárias mais comuns no mundo e sua mutação teve origem no continente africano. A incidência de nascidos vivos com doença falciforme no país é 1 para cada mil habitantes. Em alguns estados brasileiros, onde há mais cidadãos da raça negra, como a Bahia, a prevalência é 1 para 650 habitantes.
 
Fonte Agência Brasil

'CVV do crack' recebe 33 ligações por dia

Alan Sampaio / iG Brasília
Usuário de crack no Setor Comercial Sul, em Brasília
Quando atendimento foi lançado, 7% dos aconselhamentos eram relacionados ao crack e à cocaína; no ano passado, esse porcentual subiu para 28%
 
Pelas estatísticas do serviço VivaVoz, ligado ao programa Crack, É Possível Vencer, tem-se uma amostra do avanço do uso da droga no País. Quando o atendimento foi lançado, em 2005, 7% dos aconselhamentos eram relacionados ao crack e à cocaína. No ano passado, o porcentual subiu para 28%. Há uma média diária de 33 ligações em busca de auxílio.
 
"É um número significativo", afirma a coordenadora do serviço, a professora da Universidade Federal de Ciências da Saúde, Helena Barros. Transformado em utilidade pública no ano passado, quando foi integrado ao programa criado pelo governo federal, o VivaVoz (132) passou a atender todos os dias da semana, sem interrupção, como um "CVV das drogas".
 
Os resultados alcançados pelo trabalho indicam o quanto o atendimento por telefone pode ser promissor. "Principalmente entre jovens", diz Helena. Estudo feito com 1.124 usuários de crack ou cocaína atendidos pelo programa, de 14 a 24 anos, mostra que 30%, ao fim do acompanhamento, afirmavam ter deixado a droga.
 
Para fazer o trabalho, metade dos usuários recebeu aconselhamento comum e outra parte foi atendida com entrevista motivacional. Dos integrantes desse último grupo, 40% disseram ter deixado a droga. As informações são obtidas por meio de relatos dos próprios pacientes.
 
"Temos de nos fiar na veracidade das informações prestadas. Mas estudos internacionais mostram que nesse tipo de entrevista a confiabilidade é de aproximadamente 85%", conta Helena.
 
Entre maiores de 24 anos, os resultados foram menos expressivos. Daqueles que receberam atendimento convencional, 15% relataram abstinência. "Quanto menos tempo de uso, mais vínculos o usuário tem, menores são os estragos e, portanto, mais fácil é a recuperação."
 
O serviço começou a ser feito em 2005. No ano passado, o programa foi integrado ao Crack, É Possível Vencer e o atendimento foi ampliado. O número de consultores deverá passar dos atuais 20 para 30 até o fim do ano. Ao longo desse período, 2,5 milhões de chamadas foram feitas.
 
"Atendimentos propriamente ditos foram 400 mil", diz a professora.
 
Perfil
A maior parte das pessoas que procura o VivaVoz é das classes C e D. São homens solteiros, com mais de 35 anos e ensino fundamental incompleto, diz Helena. "Acreditamos que o serviço pode ser um instrumento valioso de acesso ao tratamento."
 
O psiquiatra do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Universidade Federal de São Paulo (Proad-Unifesp), Tiago Fidalgo, considera a entrevista motivacional uma estratégia importante. "Ela estimula o paciente a passar de um estágio de contemplação, aquele em que está começando a pensar em interromper um vício ou hábito, para um planejamento mais efetivo e, numa outra etapa, para a ação", afirma.
 
A estratégia completa também pode ser eficaz em momentos de recaída. "Com a entrevista, a pessoa é estimulada a não desistir e retomar a ação." Já o psiquiatra Mauro Aranha não exibe o mesmo entusiasmo. "É um recurso interessante, mas muito limitado", afirma. Para ele, esse tipo de atendimento serve apenas para uma primeira orientação.
 
Telefonemas
A professora Helena Barros afirma não haver informações se as pessoas atendidas pelo serviço procuram, simultaneamente, um tratamento presencial. O VivaVoz cabe a estudantes de cursos na área de saúde e assistência social. "A ideia é ajudar a pessoa que está do outro lado da linha a escolher uma data para parar ou reduzir o uso da droga", conta Helena.
            
O ritmo de ligações no serviço de viva-voz aumenta quando a noite avança. Nesse horário, a maior parte dos telefonemas é de dependentes pedindo ajuda para encontrar o tratamento. Muitos deles sob efeito de drogas, conta a consultora Cláudia Flores Abrahan.
 
Nos dois anos de trabalho no VivaVoz, Cláudia, que é também estudante do 7.º semestre de Psicologia, já atendeu incontável número de telefonemas: além de dependentes, estudantes em busca de informações para trabalhos escolares, familiares querendo orientações sobre como lidar com o parente usuário de drogas.
 
Não é raro também receber ligações de crianças interessadas em ajudar os pais a abandonar o vício. "Para cada público, temos de ter a linguagem apropriada, uma abordagem diferente. Mas sempre procurando transmitir motivação para enfrentar o problema", conta.
 
O telefonema mais crítico, recorda, ocorreu há alguns meses. Do outro lado da linha, um dependente dizia que ia se matar. "As conversas vêm carregadas de emoção. Muitas vezes sugerimos que a pessoa vá buscar um copo d’água para se acalmar, esperamos o tempo que for necessário", relata.
 
Quando um tratamento consegue sucesso e a pessoa resolve parar de se drogar, é recomendado ao usuário fazer um acompanhamento até seis meses depois da interrupção da droga. Nesse período, sete ligações são feitas e compromissos são retomados. "Muitos conseguem completar o ciclo", destaca a professora Helena Barros.
 
Mas, como o atendimento do serviço também é aleatório, Cláudia afirma que nunca sabe qual será o próximo caso. "Temos de estar sempre bem preparados. Telefonemas duram o quanto for necessário." A experiência que adquiriu até agora trouxe uma certeza. "Assim que me formar, vou continuar trabalhando na área."
 
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após reclamações, Hospital do Servidor inicia reforma que deve durar dois anos

Wanderley Preite Sobrinho
Hospital do Servidor, que deve passar por reformas
 nos próximos dois anos
Principal novidade é a criação de um pronto-socorro para idosos, 60% dos pacientes atendidos no local. Ao iG, pacientes reclamavam de filas e da demora no atendimento
 
A insatisfação dos funcionários públicos de São Paulo atendidos pelo Hospital do Servidor Estadual (HSPE) pode diminuir nos próximos dois anos. Esse é o período previsto para uma reforma que vai consumir R$ 146,7 milhões e que promete modernizar o complexo hospitalar, na zona sul da capital.
 
Com 1,3 milhão de usuários, o HSPE existe há 52 anos. “Esta obra é fundamental para modernizar o hospital, garantindo as condições ideais de atendimento a todos os pacientes e adequando a unidade ao perfil do público atendido”, afirmou em nota Latif Abrão Junior, superintendente do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe), autarquia responsável pelo hospital.
 
Principal alvo de críticas publicadas pelo iG , o Pronto Socorro continuará funcionando durante as obras, mas o Iamspe vai contratar hospitais de retaguarda para ajudar no atendimento.
 
A principal novidade, no entanto, é a construção de um pronto-socorro especializado em idosos, 60% dos pacientes atendidos. Já o Centro de Promoção e Proteção à Saúde do Idoso ganhará um serviço de reabilitação física e social, uma área de lazer, cozinha experimental e um anfiteatro para 420 pessoas.
 
A capacidade do Centro de Oncologia do hospital também será ampliada em 25%, e passará a realizar cerca de 14,3 mil procedimentos por ano, promete o Iamspe. O número de leitos de UTI Adulto também será ampliado de 52 para 78.
 
Com um novo Centro de Diagnóstico por Imagem, a autarquia espera aumentar em 20% o número atual de 30 mil exames por mês.
 
Cara nova
As fachadas do HSPE também passarão por reforma. O Iamspe espera que o local seja ventilado em cerâmica e brises, “gerando economia com climatização e conforto térmico”.
 
A autarquia diz em nota que o atendimento não sofrerá mudanças durante as obras, “de modo que os pacientes continuem sendo atendidos normalmente no período de reforma”.
 
Hoje, o hospital conta com 990 médicos e 2.271 enfermeiros e técnicos de enfermagem, além de 336 residentes médicos.
 
Fonte iG