domingo, 3 de março de 2013
Nano-microscópio: descubra o câncer antes dele ser um problema
O método consiste na interação da luz com a célula |
Doenças sérias “se constroem” por uma longa estrada. Por exemplo, uma mudança na cromatina – o complexo de DNA e proteínas que está dentro do núcleo celular – é um dos primeiros sintomas após a exposição a cancerígenos e raios ultravioleta.
Aa mudanças algumas vezes acontecem anos antes dos sintomas de um tumor. Entretanto, enxergá-las tem sido um desafio para a medicina. Elas acontecem em estruturas menores do que 400 nanometros, o que é menor do que a onda de luz visível de um microscópio óptico comum.
“Quando você tem duas estruturas menores do que a onda de luz, tudo vira um grande borrão”, comenta Vadim Backman, da Universidade Northwestern, EUA.
Para trazer luz a esse mundo microscópico, Backman tem valorizado um método de microscopia chamado de espectoscropia de onda parcial.
O método consiste na interação da luz com a célula. Quando o raio viaja por ela, ele reflete diferentes estruturas de acordo com a densidade. A estampa gerada com a luz refletida é usada para reconstruir os detalhes do interior celular. “É quase como ter um gato em uma caixa escura. Ao invés de fazer um raio-X, você ouve o miado e sabe que é o gato”, comenta Backman.
A espectoscropia é uma das muitas técnicas para estudar células em escala nano. É particularmente boa em detectar mudanças na densidade de complexos como a cromatina. Até agora, Backaman usou-a para mostrar que células aparentemente saudáveis do pulmão, cólon, pâncreas, ovário e esôfago, que na realidade são cancerígenas, têm cromatinas com densidades anormais.
E tem mais. Essas alterações são relativamente fáceis de detectar porque ocorrem também em células normais. Por exemplo, Backaman usou o método para identificar quais de 135 fumantes tinham câncer de pulmão analisando células do interior da bochecha. Similarmente, ele descobriu que as do reto podem identificar os com câncer de cólon, e as da cervical, mulheres com câncer de ovário.
“É um método muito criativo e promissor”, comenta Igor Sokolov, da Universidade de Potsdam, em Nova York. Ele está usando outra técnica de nano-escala chamada de microscopia de força atômica para encontrar diferenças entre céluas normais e cancerígenas da cervical. “Qualquer coisa que ofereça novas informações sobre a estrutura celular em escala nano pode ser vantajoso para o diagnóstico e compreensão de doenças”.
A esperança é que a espectoscropia possa ser usada para encontrar sinais primários de câncer na população. Backman também possui evidências de que o método pode ser usado para diagnosticar doenças autoimunes e investigar as mudanças nas células que causam Alzheimer.
Pequenas mudanças na estrutura celular podem fazer grandes estragos na saúde. Outro caso é de pesquisadores que estão estudando como a luz se dispersa nos glóbulos vermelhos para diagnosticar doenças como malária, anemia e anisocitose, que apresentam mudanças nessas células.
Essa técnica mede a intensidade com que a luz dispersa ao redor da célula, e compara com a distância que a luz viajou dentro dela, para detectar pequenas ondulações na superfície celular. Células deformadas emitem uma estranha sombra vermelha, que pode ser vista pelo microscópio. As sombras vermelhas dizem a gravidade da doença.
Fonte Hypescience
uCheck: analise sua urina no celular e descubra se está doente
O uCheck pode diagnosticar até 25 enfermidades |
O uCheck pode diagnosticar até 25 enfermidades – incluindo diabetes, doenças do trato urinário e pré-eclâmpsia. É um jeito fácil dos viciados em iPhone monitorarem sua saúde.
Funciona assim: o usuário mergulha uma fita de teste em uma amostra de urina, e a coloca em um pequeno tapete lavável, fornecido pela empresa junto com o aplicativo. O tapete compensa as cores geradas por diferentes fontes de luz. Em seguida, o uCheck analisa os níveis de glicose, proteína e cetona da urina, de maneira tão eficaz quanto testes elaborados de laboratório.
A previsão é que o aplicativo esteja disponível no fim de março para iOS, e custe 20 dólares (cerca de 40 reais).
A empresa indiana Biosense é a criadora do app. No ano passado, eles lançaram um detector de anemia que não precisa de agulhas.
Fonte Hypescience
Governo poderá contratar médicos estrangeiros para regiões com carência de profissionais
Rio de Janeiro – O governo federal estuda a possibilidade de atrair médicos
estrangeiros para o trabalho na área de atenção básica à saúde, principalmente
nas periferias das grandes cidades e nos municípios do interior. O assunto foi
discutido nesta semana pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, com
integrantes do Ministério da Educação (MEC) e reitores de universidades.
“Nós continuamos recebendo uma demanda muito forte dos novos prefeitos e dos
governadores em relação a atrair médicos que se formaram em outros países,
sobretudo Portugal e Espanha, para atuar na atenção básica no país. Estamos
analisando essa proposta, que é complexa, e precisamos analisar o formato",
explicou Padilha. O ministro participou ontem (2) da cerimônia de recepção aos
204 médicos recém-formados que vão atuar no estado do Rio por meio do Programa
de Valorização do Profissional a Atenção Básica (Provab).
Segundo Padilha, uma possível vinda de médicos estrangeiros não significa que
haverá revalidação automática do diploma, que continuará passando pelos trâmites
necessários. “O médico que se formou em outro país e queira atuar no mercado de
trabalho livre tem que continuar passando pela principal forma de validação do
diploma, que é o Revalida. Mas estamos discutindo isso com as
universidades."
O Provab vai permitir a atuação de 4.392 médicos nos serviços de atenção
básica de saúde em 1.407 municípios. Durante um ano, os profissionais vão fazer
pós-graduação em Saúde da Família, recebendo bolsa mensal do governo federal no
valor de R$ 8 mil. Eles serão orientados por instituições de ensino superior,
acompanhados pelos gestores locais, e as aulas teóricas serão ministradas pela
Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde.
O Nordeste absorverá a maior parte dos médicos, com 2.494 profissionais para
trabalhar em 696 municípios, já no Sudeste serão 1.018 em 357 cidades. O Sul
terá 370 profissionais em 169 localidades. Para o Centro-Oeste irão 269 para 101
municípios e o Norte contará com 241 profissionais, que atuarão em 84
regiões.
Segundo o ministro, o bom momento do país está levando a uma grande demanda
por profissionais de medicina. “Temos um mercado muito aquecido para o
profissional médico. O Brasil formou 13.600 médicos em 2011, quando foram
abertos, com registro formal com carteira assinada, de primeiro emprego, 19 mil
[vagas para] médicos. Ou seja, o médico quando se forma já tem como oferta pelo
menos um emprego e meio, sem contar a oferta de plantão.” O desafio do governo
federal é justamente levar esses médicos para o interior do país e para as
periferias das grandes cidades.
Padilha ressaltou que o orçamento do Ministério da Saúde para 2013 cresceu e
existe verba suficiente para equipar unidades de saúde nos municípios, mas que o
repasse de recursos muitas vezes esbarra na falta de projetos adequados enviados
pelos novos prefeitos.
“Se o prefeito quiser reformar todas as unidades básicas nos bairros de seu
município, ele tem recurso do ministério para isso. Hoje estamos reformando ou
ampliando 20 mil unidades básicas de Saúde no país e vamos construir outras 5
mil. O problema, sobretudo nos pequenos municípios, era não ter projeto. O
ministério resolveu contratar um projeto e colocou à disposição desses
municípios.”
Fonte Agência Brasil
Chuvas deixam o Rio em alerta contra a dengue
Rio de Janeiro – Depois de um verão marcado por períodos de seca prolongada, com as primeiras chuvas de março o Rio entra em alerta contra o aumento dos casos de dengue. O secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, chama a atenção para os cuidados básicos que a população deve tomar para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
“A população deve continuar a praticar o [Programa] 10 Minutos contra a Dengue, buscando os focos do mosquito em sua residência e perto de sua moradia. Aos primeiros sintomas da doença, como dor de cabeça, febre, manchas vermelhas pelo corpo, deve-se procurar imediatamente um serviço de saúde. A dengue mata.”
Sérgio Côrtes lembrou que o tempo chuvoso é propício à proliferação do mosquito. “Nós estamos trabalhando com todos os municípios para que intensifiquem as ações a partir de março, quando teremos chuva, calor e, daqui a uma semana, mosquitos voando em condições de transmitir a dengue.”
O secretário destacou que foram registrados vários casos da doença em janeiro e fevereiro nos municípios do noroeste, norte e da Região dos Lagos, e disse que já começaram a aumentar os casos na capital e na região metropolitana. “A expectativa para a Baixada Fluminense é preocupante. Na cidade do Rio, principalmente em alguns bairros, também estão aumentando os casos de dengue.”
Fonte Agência Brasil
Laboratório Vital Brazil produzirá medicamento contra artrite reumatoide
Rio de Janeiro - O Brasil vai produzir medicamento contra a artrite
reumatoide e outras doenças crônicas que afetam cerca de 16 mil pacientes do
Sistema Único de Saúde (SUS).
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) concedeu ao Instituto Vital Brazil, ligado à Secretaria de Saúde do
Rio, o registro para a fabricação do Etanercepte. De acordo com o laboratório, o
objetivo é reduzir, em cinco anos, 50% do valor do remédio importado e
distribuí-lo na rede hospitalar pública.
O presidente do Instituto Vital Brazil, Antônio Werneck, informou que o
medicamento de procedência natural estará disponível na rede de saúde daqui a
três anos, em 2016.
“O país importa cerca de 3 mil medicamentos biológicos para o tratamento do
câncer e de inflamação das articulações. As proteínas atuam com princípios
ativos eficazes. Um exemplo é a insulina para o diabetes tipo 2, produzida com
proteínas recombinantes. A partir das proteínas, temos visto um resultado mais
eficiente, porque degeneram os tecidos das doenças identificadas, sendo melhor
que os medicamentos anti-inflamatórios”, explicou Werneck.
De acordo com ele, o medicamento é importado pelo SUS desde 2006 para o
atendimento a 16.431 pacientes, e a produção no Brasil vai gerar uma economia de
R$ 720 milhões aos cofres públicos. O Etanercepte será comercializado nas
apresentações 25 miligramas (mg) e 50 mg. Com o registro da Anvisa, os
laboratórios têm autorização para construir uma fábrica e começar os ensaios
clínicos. Para a comercialização do produto, o órgão deve conceder um segundo
registro em 2016.
O remédio será produzido em parceria com o laboratório oficial Biomanguinhos,
da Fundação Oswaldo Cruz, e a Empresa Brasileira de Biotecnologia Farmacêutica,
a Bionovis.
Fonte Agência Brasil
Assinar:
Postagens (Atom)