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domingo, 12 de janeiro de 2014

Chiclete é motivo de enxaqueca diagnostica em jovens entre 6 e 19 anos

 (REUTERS/Gleb Garanich)
Chiclete é motivo de enxaqueca diagnostica em jovens
entre 6 e 19 anos
Segundo o autor do estudo, muitos pacientes que tinham as dores de cabeça eram mascadores diários de chiclete
 
Uma das guloseimas favoritas dos adolescentes e crianças pode estar dando muita dor de cabeça em seus adoradores. Literalmente.
 
O chiclete foi apontado por estudo israelense como o motivo de enxaqueca diagnosticada em jovens com idade entre 6 e 19 anos. A suspeita principal é de que a goma de mascar cause um certo estresse na articulação temporomandibular — onde a mandíbula encontra o crânio —, levando à cefaleia.
 
O experimento feito com 30 jovens foi publicado na edição do mês passado da revista científica Pediatric Neurology e pode ajudar no tratamento de inúmeros casos de enxaqueca tensional em adolescentes, eliminando até a necessidade de testes ou medicação.
 
“Todo médico sabe que o uso excessivo dessa articulação vai causar dores de cabeça”, garante o líder do trabalho, Nathan Watemberg, da Universidade de Tel Aviv, filiado ao Centro Médico Meir. “Eu acredito que é isso que acontece quando as crianças e adolescentes mascam chiclete em excesso”, completa.
 
Segundo Watemberg, o estudo foi motivado por observações clínicas feitas por ele. Muitos pacientes que tinham as dores de cabeça eram mascadores diários de chiclete. Apoiado por estudos odontológicos anteriores, é conhecido que os pacientes adolescentes estão entre os mais ávidos mastigadores.
 
Correio Braziliense

Cientistas criam "cola" capaz de estancar sangramento no coração

Pesquisadores dos Estados Unidos criam produto capaz de estancar sangramento no tecido cardíaco sem a necessidade de uma posterior sutura. Testes com ratos e porcos tiveram resultados promissores
 
pesquisadores do Hospital Infantil de Boston, ligado à Escola de Medicina de Harvard, e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). O produto foi desenvolvido com foco nas crianças que nascem, por exemplo, com defeitos congênitos, situação em que o frágil tecido cardíaco talvez não seja capaz de suportar intervenções altamente invasivas.         


Uma cola biodegradável pode ser capaz de interromper o sangramento de corações doentes, prometem pesquisadores do Hospital Infantil de Boston, ligado à Escola de Medicina de Harvard, e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). O produto foi desenvolvido com foco nas crianças que nascem, por
 
É possível, no entanto, que, no futuro, o material também possa ser utilizado para outros públicos e situações diversas que demandem o estancamento urgente do sangue, como nos campos de guerra. O diferencial da supercola de Harvard, garantem os criadores, é a alta capacidade de aderência e não toxicidade, quando comparada aos modelos disponíveis no mercado.

“Cerca de 40 mil bebês nascem com defeitos cardíacos congênitos nos Estados Unidos anualmente e aqueles que necessitam de tratamento sofrem com múltiplas cirurgias para entregar ou substituir os implantes não degradáveis que não crescem com pacientes jovens”, conta Jeffrey Karp, da Divisão de Engenharia Biomédica do Hospital Infantil de Boston e autor do artigo publicado, nesta semana, na revista científica Science Translational Medicine.
 
Para testar o gel, nomeado de adesivo hidrófobo ativado por luz (HLAA, em inglês), os autores, inicialmente, usaram camundongos e perceberam que o material, que tem o processo de adesão catalisado por raios ultravioleta, poderia ser usado para conectar um “remendo” de polímeros ao coração e que, sozinho, poderia selar defeitos na parede cardíaca, mesmo efeito das suturas.

Em seguida, eles transferiram os testes para porcos, animais cujo coração bate em taxas similares ao dos humanos — o dos ratos tem batimento muito mais elevado. A eficiência da supercola foi mais uma vez confirmada. Além disso, foi observado que o adesivo se manteve no mesmo lugar mesmo com o aumento dos batimentos, quando adrenalina foi injetada nas cobaias. “O HLAA sozinho foi capaz de fechar imediatamente até defeitos na artéria carótida de suínos sem quaisquer complicações hemorrágicas”, garantem os pesquisadores.

O maior problema enfrentado hoje para a aplicação na cirurgia cardiovascular de colas biológicas é a falta de aderência. O campo operatório está normalmente inundado com sangue e existe uma alta pressão nas cavidades.
 
“Para usar os produtos disponíveis, não pode haver sangue no campo operatório e isso é algo extremamente difícil de conseguir. São colas que não têm uma capacidade de aderência muito forte”, descreve Robson Poffo, cirurgião cardiovascular do Hospital Albert Einstein.
 
Correio Braziliense

Tratamento de Parkinson terá novos avanços graças à terapia genética

A terapia ProSavin consiste em injetar diretamente no cérebro um vírus essencial para a produção da dopamina, substância que é carente em pessoas com Parkinson


Paris - Surgem novos avanços para o tratamento da doença de Parkinson graças a uma terapia genética experimental que permitiu melhorar a motricidade e a qualidade de vida de 15 pacientes com uma forma avançada da doença.

"Os sintomas motores da doença melhoraram até 12 meses após a administração do tratamento em todos os pacientes, mesmo até quatro anos nos primeiros que receberam os cuidados", declarou o professor Stéphane Palfi, neurocirurgião francês que liderou um estudo clínico cujos resultados foram publicados na revista médica britânica The Lancet.

O Parkinson é uma doença neurodegenerativa mais comum depois do Mal de Alzheimer. Ela afeta cerca de 5 milhões de pessoas em todo o mundo e 120 mil na França. Conduzido por uma equipe de pesquisadores franceses e britânicos, o estudo clínico em sua fase 1 e 2 traz os resultados apresentados por 12 pacientes tratados desde 2008 pelo professor Palfi no hospital Henri-Mondor de Créteil e de 3 do hospital Addenbrookes de Cambridge (Reino Unido).

A terapia genética ProSavin consiste em injetar diretamente no cérebro um vírus de cavalo inofensivo para os seres humanos, e que pertence à família dos lentivírus, esvaziado de seu conteúdo e "preenchido" com três genes (AADC, TH, CH1), essencial para a produção da dopamina, uma substância que é carente em pessoas com Parkinson.
 
Com um período de quatro anos de análises, os pesquisadores acreditam que demonstraram com "segurança" a longo prazo este método inovador para introduzir genes no cérebro dos pacientes. Graças a esta terapia genética, os 15 pacientes que receberam o tratamento voltaram a fabricar e secretar pequenas doses de dopamina continuamente.

Três níveis de doses foram testadas, a mais forte se mostrou mais eficaz , segundo Palfi, que acredita que seu trabalho "abrirá novas perspectivas terapêuticas para doenças cerebrais". Mas ele reconheceu que ao longo desses quatro anos, os progressos motores se atenuaram devido à progressão da doença.

Outras abordagens da terapia genética utilizam adenovírus (muitas vezes responsáveis por infecções respiratórias) e não os lentivírus, que são injetados diretamente em uma região do cérebro chamada striatum e atualmente sendo desenvolvida nos Estados Unidos e testada em pacientes com formas moderadas e graves da doença.

Dopamina continuamente
A terapia genética ProSavin deve ser alvo de novos testes clínicos a partir do final do ano, indica o prof. Palfi, acrescentando que sua equipe estava tentando melhorar o desempenho do vetor para que ele possa produzir mais dopamina. Em um comentário anexado ao artigo da Lancet, Jon Stoessl da University of British Columbia, em Vancouver, destacou o lado inovador da abordagem franco-britânica. Mas ele também lamenta que o tratamento só ataque os sintomas motores e não demais distúrbios (alucinações, mudanças de caráter, distúrbios cognitivos), não relacionados com a produção de dopamina, mas que podem tornar-se cada vez mais difíceis de lidas com o avanço da doença.

O Parkinson é causado pela degeneração dos neurônios que produzem a dopamina, um neurotransmissor relacionado com o controle motor e se traduz em sintomas que pioram progressivamente, como tremores, rigidez dos membros e diminuição dos movimentos corporais. O principal tratamento consiste em tomar drogas que imitam a ação da dopamina no cérebro (levodopa ou L-dopa), mas que ao longo do tempo causam efeitos colaterais importantes, tais como movimentos involuntários. Outro tratamento é a técnica de "estimulação cerebral profunda", que envolve eletrodos implantados em estruturas cerebrais profundas, mas exige, posteriormente, "configurações".

Correio Braziliense

Brasil está na vanguarda do combate ao fumo, diz pesquisa canadense

Foto: Reprodução
Os fumódromos foram completamente proibidos em 2011,
 apesar de funcionarem por liminar em alguns estados
Diferentemente de outras nações emergentes, o governo brasileiro adotou medidas contra o cigarro antes de ele se tornar uma ameaça mundial. Segundo estudo canadense, a postura faz do país uma "notável exceção" no atual quadro de epidemia tabagista
 
Os valores dos maços de cigarro não acompanham a velocidade com que cresce a economia dos países emergentes, com notável exceção do Brasil. Mais baratos e acessíveis, os produtos do tabaco estão se alastrando rapidamente nas nações em que o poder de compra aumentou nos últimos anos, em especial na China, Índia, Indonésia e Rússia.
 
A constatação é de um estudo publicado no periódico The New England Journal of Medicine. Além de destacar a situação brasileira, o epidemiologista Prabhat Jha, autor da análise, alerta que, se o veneno continuar a contaminar as potências mais populosas do planeta, as mortes causadas pelo fumo vão dobrar nos próximos 20 anos, de 5 milhões para mais 10 milhões.

Jha, pesquisador do Centro de Pesquisa em Saúde Global da Universidade de Toronto, no Canadá, estima que as perdas serão menos representativas em território brasileiro. Isso porque, ao contrário da postura tomada com relação à maioria das políticas públicas, o Brasil não deixou para se preocupar com os prejuízos do cigarro na última hora.
 
A atitude pioneira foi tomada quase 30 anos antes de nações que hoje se veem sufocadas pela fumaça. “Temos menores taxas em relação a outros países em desenvolvimento porque acompanhamos o tabagismo efetivamente desde 1989, realizando campanhas em escolas, empresas e unidades de saúde”, avalia Felipe Mendes, representante da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, criada pelo Ministério da Saúde.

China e Rússia, além de serem historicamente grandes consumidores de cigarro, adotaram políticas de controle recentemente, há mais ou menos cinco anos.
 
“A China, por exemplo, acabou de anunciar que vai promover uma lei de ambientes livres a partir deste ano”, observa Mendes.
 
No Brasil, a legislação que proíbe o fumo em locais fechados existe desde 1996, mas previa a abertura de fumódromos. Esses espaços foram completamente proibidos em 2011, apesar de funcionarem por liminar em alguns estados.
 
Correio Braziliense

Verde, vermelho e amarelo: cores do trânsito auxiliam na alimentação

Foto: Reprodução
Pesquisadores usam as cores dos sinais de trânsito para indicar os valores nutricionais de alimentos vendidos em uma lanchonete. Após as intervenções, a compra de produtos verdes subiu até 20%
 
Verde, vermelho e amarelo — as cores que organizam o trânsito servem também para ajustar hábitos alimentares. O resultado foi conquistado por cientistas dos Estados Unidos em um experimento na lanchonete de um hospital de Massachusetts.
 
O grupo rotulou os alimentos saudáveis, os que demandam cuidado e os de alto valor calórico com as três cores e notou que, devido à intervenção, os clientes passaram a consumir aqueles mais ricos em nutrientes.

A pesquisa, publicada nesta semana no American Journal of Preventive Medicine, teve início em 2010 e foi desenvolvida por especialistas em alimentação e nutrição do Massachusetts General Hospital (MGH). Semanas antes da rotulação, os funcionários dos caixas computaram a quantidade de alimentos gordurosos e saudáveis vendidos.
 
Deram continuidade ao trabalho depois que os produtos ganharam as etiquetas, e os valores foram comparados três meses após a implementação dos selos coloridos. “Nossos resultados mostram mudanças significativas nos padrões dos funcionários do hospital e dos clientes”, relatou, em um comunicado, Anne Thorndike, da Divisão de Medicina Geral do MGH e líder do estudo.
 
Na segunda fase do experimento, os pesquisadores mantiveram os rótulos e mudaram a disposição dos alimentos. Os mais saudáveis foram posicionados nas prateleiras com maior visibilidade e os gordurosos ficaram mais escondidos, em locais afastados do campo de visão dos clientes. A mudança refletiu ainda mais nas vendas: as de alimentos verdes aumentaram 12% e as de produtos vermelhos caíram 20%.

Os especialistas comemoraram também a durabilidade do projeto. Dois anos depois dos testes, os números seguiam a linha de mudança detectada.
 
“Esses resultados são o mais importante de nossa pesquisa até agora porque mostram que uma rotulagem de alimentos e a intervenção na disposição deles podem promover escolhas saudáveis que persistem a longo prazo”, avaliou Thorndike.
 
Correio Braziliense

Cirurgia de redução de seios melhora também o bem-estar físico e mental

Foto: Reprodução
Um novo estudo está dando ânimo para as mulheres insatisfeitas com o tamanho de seus seios
 
A cirurgia de redução de mama produz melhorias mensuráveis em várias áreas importantes da saúde e da qualidade de vida da mulher, relata um estudo publicado na edição de agosto da revista médica “Plastic and Reconstructive Surgery”, periódico oficial da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS, na sigla em inglês).
 
O estudo utilizou um questionário bem validado (“Breast-Q”, algo como “Mama-Q”) para documentar os benefícios da cirurgia de redução de mama tanto para a saúde física como psicossocial. “A melhora no bem-estar físico é importante para justificar a cobertura dos planos de saúde”, declara Michelle Coriddi, do Centro Médico da Universidade Estadual de Ohio, Estados Unidos.
 
A pesquisa foi projetada para avaliar e confirmar os benefícios da cirurgia de redução de mama, um dos procedimentos de cirurgia plástica nos seios mais comumente realizados. Estudos anteriores descobriram que a intervenção é altamente eficaz no alívio de sintomas relacionados aos seios excessivamente grandes.
 
O Breast-Q foi aplicado para que os pesquisadores obtivessem impressões mais claras e completas dos resultados clínicos e, segundo Coriddi e seus colegas, é o único questionário para avaliar os resultados da redução de mama que atende às normas internacionais e federais.
 
De um grupo de 49 pacientes submetidas à redução de mama, 78% delas respondeu o Breast-Q anonimamente antes e/ou após a cirurgia. Foram avaliadas as mudanças na satisfação relatada pela paciente e a qualidade de vida depois da redução. Os dados mostraram melhora significativa tanto nos questionários de antes quanto nos de depois em todas as quatro áreas avaliadas: satisfação psicossocial, sexual, com a aparência dos seios e bem-estar físico. Em uma escala de 100 pontos, a satisfação com a aparência da mama aumentou de cerca de 20 antes da cirurgia para mais de 80 depois.
 
Também houve grandes melhorias nos pontos de bem-estar psicossocial (de 41 para 84), bem-estar sexual (40 a 78) e do bem-estar físico (43 contra 81). Conforme já relatado em estudos anteriores, o procedimento aliviou as dores no peito, pescoço, costas e ombros.
 
A satisfação com a aparência da mama foi mais fortemente relacionada ao contentamento com o resultado geral. Além de acabar com a dor, a redução dos seios levou a melhorias significativas no sono e na capacidade de praticar exercícios físicos.
 
O novo estudo é uma importante confirmação de que a redução de mama também leva a melhorias no bem-estar físico e psicossocial da mulher. “A melhora na atividade física, a diminuição das queixas de dores crônicas e a melhoria da qualidade de vida em geral indicados por este estudo valida a cobertura dos planos de saúde para este procedimento”, escrevem os pesquisadores.
 
Coriddi e seus colegas observam que os benefícios de redução de mama já são observados logo após a cirurgia, em apenas seis semanas. As melhorias também ocorrem após relativamente pequenas reduções no tamanho das mamas, o que serve de argumento contrário para as diretrizes de planos de saúde que levam em consideração a quantidade de tecido removido para cobrir a cirurgia. Os pesquisadores planejam novos estudos utilizando o Breast-Q para melhor avaliar os resultados de redução de mama, incluindo mais pacientes e as seguindo durante um prazo maior.
 

Cirurgia de redução de estômago faz bem para a saúde?

Foto: Reprodução
Um novo estudo norte-americano mostrou que a cirurgia bariátrica resulta em perda de peso substancial e pode fazer com que algumas doenças relacionadas com a obesidade retrocedam. Há algum risco de complicações, mas as taxas de mortalidade parecem ser menores do que se imaginava, relataram os pesquisadores, depois de analisar cerca de uma década de dados recentes.
 
Eles estavam interessados ​​em atualizar os conhecimentos sobre a eficácia e segurança de vários tipos de cirurgia para perda de peso, incluindo o balão gástrico, a banda gástrica ajustável, gastroplastia vertical com bandagem e gastrectomia vertical.
 
Estes procedimentos cirúrgicos são usados ​​em pessoas que são severamente ou moderadamente obesas e sofrem com sérios problemas de saúde relacionados com o peso. A última vez que houve uma grande atualização de pesquisa cirúrgica bariátrica foi em 2003.
 
“Avaliações anteriores incluíram dados de ensaios clínicos e estudos publicados antes de 2003. Contudo, por causa dos avanços na tecnologia da cirurgia bariátrica e acúmulo de experiência dos cirurgiões, as informações fornecidas em comentários anteriores estão desatualizadas”, explica Su-Hsin Chang. Chang é instrutor da Divisão de Ciências da Saúde Pública do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina Universidade de Washington, em St. Louis, Missouri, e liderou o novo estudo.
 
“Nós tínhamos planejado responder a perguntas gerais a respeito da eficácia e os riscos do tratamento cirúrgico da obesidade e qual o procedimento cirúrgico é o mais eficaz”, disse Chang. Os resultados foram publicados na revista “JAMA Surgery”. Os pesquisadores revisaram 164 estudos conduzidos 2003-2012, que incluiu um total de 161.756 pacientes. Em média, os pacientes tinham cerca de 45 anos de idade e quase 80% eram do sexo feminino.
 
O índice médio de massa corporal (IMC), uma medida do peso em relação à altura, de pacientes antes da cirurgia era de quase 46. Um IMC de 18,5-24,9 é considerado peso normal e um IMC de 35 ou mais é considerado obeso. O peso dos pacientes antes da cirurgia era de, em média, 124 kg. Mais de um quarto dos pacientes tinham diabetes, quase metade tinha pressão alta e quase 30% tinham níveis elevados de colesterol. 7% sofriam com doenças cardíacas e 25% tinham apneia do sono.
 
O grupo de Chang verificou que o IMC dos pacientes caiu em uma média de 12 a 17 pontos no prazo de 5 anos após a cirurgia. Os pesquisadores também descobriram que a diabetes, pressão alta e apneia do sono melhoraram significativamente. Entre 86% e 92% dos pacientes com diabetes tiveram remissão da doença. O mesmo aconteceu com cerca de 75% das pessoas com pressão arterial elevada.

O colesterol elevado e as doenças cardíacas foram revertidas em taxas um pouco menores, mas a apneia do sono desapareceu ou melhorou dramaticamente em mais de 90% dos que sofriam com ela pré-cirurgia.
 
As taxas de mortalidade variaram de 0,08 dentro de um mês da cirurgia para 0,31 após 30 dias. As taxas de complicação variaram de 10% a 17% e a proporção de operações que precisava de ser repetida foi de 6% a 7%.
 
Cirurgias de balão gástrico foram as mais eficientes em termos de perda de peso a longo prazo, porém o procedimento teve as maiores taxas de complicações. A gastrectomia tubular se mostrou quase tão eficaz quanto o balão gástrico. Bandas gástricas ajustáveis ​não foram tão eficazes, mas eram as mais seguras.
 
“A cirurgia de perda de peso proporciona efeitos substanciais não apenas na perda de peso, como também melhora as condições relacionadas com a obesidade na maioria dos pacientes bariátricos, embora existam riscos de complicação, reoperação e mortalidade”, detalhou Chang.
 
“O artigo é muito interessante e devido”, opinou a Dra. Pratt Vemulapalli. Vemulapalli é diretora de cirurgia bariátrica e uma professora associada de cirurgia no Centro Médico Montefiore do Hospital Universitário da Faculdade de Medicina Albert Einstein, em Nova York. Ela não esteve envolvida no estudo.
 
“Aqueles de nós fazemos a cirurgia bariátrica já vimos isso com os nossos próprios pacientes e em estudos que têm sido publicados, mas esta meta-análise simplesmente amarra os dados e embrulha a impressão [que já tínhamos] como um presente em um pacote”, ressaltou.
 

“Pênis preso” é uma condição real e assustadora

Foto: Reprodução
Uma publicação médica britânica, divulgada em 1979, chamava a atenção para casos de um problema sexual sobre o qual se sabia muito pouco ou nada: o “pênis preso”, ou “Penis Captivus”. É uma condição à qual todos os casais heterossexuais estão sujeitos, já que precisa apenas de uma genitália de cada tipo para acontecer.
 
A mecânica do pênis preso, descrita pelos estudiosos, é simples. Durante a penetração, o órgão masculino incha paulatinamente graças ao intenso fluxo de sangue que permite a ereção. Se neste momento a mulher chegar ao orgasmo, os músculos do assoalho pélvico dela se contraem. Dependendo do modo como a contração acontecer, a vagina pode prender o pênis com tanta força que o homem não consegue tirá-lo de lá.
 
A boa notícia é que o “engatamento”, por assim dizer, raramente dura mais do que cinco ou dez segundos. É apenas o tempo de os músculos vaginais relaxarem ou a ereção perder potência. O recomendável nesta situação, segundo os médicos, é simplesmente esperar – de nada adianta tentar puxar o pênis à força.
 
No entanto, estudos médicos já feitos, além de relatos enviados à BBC, por exemplo, mostram que um bom número de casais já levou um grande susto quando isso aconteceu. Além disso, as pesquisas citam histórias de homens e mulheres que foram parar em um posto de saúde por tentarem lutar contra o fenômeno, causando sangramento de um órgão ou de ambos.
 
Atualmente, a condição já é reconhecida, apesar do ceticismo inicial. Não há registro de casos muito graves, mas alguns médicos descreveram que é possível ter que esperar vários minutos para a vagina descomprimir o pênis, período que provavelmente deixa o pobre casal desesperado. É sempre bom saber do que se trata, portanto.
 
Hypescience

Seu sabonete bactericida está criando superbactérias

Foto: Reprodução
De acordo com pesquisa do Instituto Cary de Estudos de Ecossistemas, da Universidade de Loyola e do Centro de Tecnologia Sustentável de Illinois, todos nos EUA, triclosan, um antibacteriano sintético amplamente utilizado em produtos de higiene pessoal, está alimentando o desenvolvimento de bactérias resistentes em córregos e rios.
 
Inventado por cirurgiões em 1960, triclosan retarda ou impede o crescimento de bactérias, fungos e bolor. Atualmente, cerca de metade dos sabonetes líquidos e detergentes contêm o produto químico, bem como cremes dentais, desodorantes e cosméticos.
 
Triclosan entra em córregos e rios através de águas residuais de infraestrutura de esgoto que vaza e transborda. Segundo Emma Rosi-Marshall, uma das autoras do estudo, “a resistência bacteriana causada pelo triclosan tem consequências ambientais reais. Não só atrapalha a vida aquática, alterando comunidades bacterianas nativas, mas está ligada ao surgimento de bactérias resistentes que podem diminuir a utilidade de antibióticos importantes”.
 
Os cientistas exploraram como as bactérias que vivem em córregos e rios do país respondiam a triclosan em ambientes naturais e controlados. Os estudos de campo foram realizados em três locais na região metropolitana de Chicago.
 
A urbanização foi correlacionada com um aumento nas concentrações de triclosan em sedimentos e na proporção de bactérias resistentes ao triclosan. As regiões de esgotos combinados tiveram os níveis mais altos de poluição e bactérias resistentes.
 
Esgotos combinados levam esgotos domésticos, efluentes industriais e águas pluviais para uma estação de tratamento regional usando um único tubo. Transbordamentos ocorrem quando a capacidade de um tubo é excedida, normalmente devido a escoamento excessivo de alta pluviosidade ou degelo. O resultado é que esgoto não tratado flui diretamente para os rios e córregos.
 
A equipe de pesquisa descobriu que esse esgoto não tratado é uma importante fonte de poluição de triclosan em Chicago. Experimentos artificiais realizados na Universidade de Loyola confirmaram as descobertas de campo que a exposição ao triclosan desencadeia um aumento nas bactérias resistentes a substância. Vale lembrar que o Brasil deve sofrer com o mesmo problema, já que também possuímos sistemas de esgoto combinado.
 
Além desse problema óbvio, os pesquisadores também descobriram uma diminuição na diversidade de bactérias bentônicas e uma mudança na composição da comunidade bacteriana dos rios. O mais notável foi um aumento de 6 vezes em cianobactérias e uma dramática mortandade de algas.
 
Segundo Rosi-Marshall, essas mudanças podem afetar drasticamente a vida aquática. “As cianobactérias são menos nutritivas do que algas e podem produzir toxinas. Nos córregos e rios poluídos com triclosan, as mudanças nas comunidades microbianas podem afetar negativamente a função ecológica e as comunidades de animais”.
 

O bizarro palhaço que aumenta a fertilidade feminina

Foto: Reprodução
Mulheres com problemas de fertilidade tem um bom motivo para sorrir: um novo estudo sugere que dar risada logo após a fertilização in vitro (FIV) aumenta as chances de uma gravidez bem sucedida
 
Uma nova pesquisa realizada a partir dos resultados da fertilização feita em 229 mulheres israelenses submetidas à FIV mostrou que as pacientes que receberam uma visita de 15 a 30 minutos de um palhaço treinado para ações terapêuticas apresentaram 36% de chances de ficarem grávidas, em comparação a 20% de probabilidade das mulheres que não usufruíram de um momento engraçado após a intervenção.
 
No geral, as mulheres que receberam os benefícios do riso terapêutico tiveram 2,67 vezes mais chances de engravidar que as demais. O estudo, coordenado por Shevach Friedler, foi veiculada em uma das principais publicações de investigação sobre infertilidade, Fertility and Sterility.
 
A ideia das visitas de palhaços surgiu como uma maneira de reduzir o estresse das mulheres, algo que o riso já provou fazer muito bem. Pesquisadores sabem, há muito tempo, que o estresse pode colaborar com a infertilidade.
 
Acredita-se que quando a mulher está mais relaxada durante a fertilização artificial, é mais provável que a gravidez seja um sucesso. Uma pesquisa anterior mostrou que tratamentos de acupuntura para aliviar o estresse, realizados no momento da transferência de embriões, quase dobrou as taxas de gravidez em pacientes.
 
Embora a pesquisa precise ser aprofundada, um tratamento com um palhaço não é invasivo, é barato e provavelmente não vai causar dano nenhum. Não custa tentar – nem que seja para a futura mamãe poder se descontrair e dar risada.
 
Time 

Sete cuidados para melhorar o bem-estar da gestante no verão

Gestante fazendo exercícios - Foto Getty Images
Além de melhorar a disposição da gestante, a prática de
exercícios físicos estimula a circulação
Saiba o que fazer para evitar o inchaço, a queda de pressão e as manchas na pele
 
A estação mais quente do ano é esperada ansiosamente por muitas pessoas, mas tende a ser um pouquinho complicada para mulheres em período de gestação.
 
Segundo o ginecologista e obstetra Domingos Mantelli Borges Filho, de São Paulo, os principais desafios que a futura mãe enfrenta são a sensação de inchaço, a queda de pressão e o aparecimento de manchas na pele.
 
Todos esses problemas, entretanto, podem ser evitados com simples cuidados, como levar uma garrafinha de água na bolsa, praticar exercícios e se proteger do sol.
 
O Minha Vida separou essas e outras dicas sugeridas por especialistas para gestantes que querem aproveitar ao máximo esse calorzinho.
 
Carregue uma garrafinha de água
O alto consumo de líquidos no verão é uma recomendação geral, mas que ganha importância ainda maior no caso de gestantes. De acordo com a ginecologista e obstetra Luciana Taliberti, do Hospital e Maternidade São Luiz, a gestante precisa de água para repor o que perde na transpiração e também para a manutenção do líquido amniótico, espécie de aquário em que o bebê vive dentro da mãe. Além disso, aumentando o volume de líquido no corpo, a pressão arterial também se eleva, evitando a sensação de tontura típica da queda de pressão. Em média, uma pessoa deve ingerir 2 litros de água diariamente, lembrando que sucos, sopas e frutas também são ótimas fontes de líquidos.
 
Use protetor solar
"Devido às inúmeras mudanças hormonais ocorridas durante a gestação, a melanina - proteína que pigmenta pele e cabelos - pode ficar hiperestimulada dando origem as manchas", explica Domingos. Por isso, o cuidado com a pele neste período deve ser redobrado. O ginecologista recomenda o uso diário de filtro solar com FPS 30, no mínimo, e a não exposição ao sol entre 10h e 16h. Tais manchas são permanentes e, algumas delas, difíceis de sair mesmo com tratamentos dermatológicos, então, a melhor atitude é a prevenção.
 
Pratique exercícios
Além de melhorar a disposição da gestante, a prática de exercícios físicos estimula a circulação, evitando, assim, a sensação de inchaço, comum principalmente nos membros inferiores. "Recomenda-se que a grávida dê preferência a atividades na água para que seu peso não a deixe sobrecarregada e para diminuir ao máximo o impacto dos movimentos", esclarece Luciana. Entretanto, o melhor exercício para a gestante deve ser aquele com o qual ela se sente confortável. Qualquer sinal de dor, falta de ar ou cansaço excessivo deve ser informado ao médico.
 
Experimente a drenagem linfática
Nem sempre a prática regular de exercícios é suficiente para aliviar a sensação de inchaço típica da gestação e intensificada pelo verão. Nesses casos, a drenagem linfática faz toda a diferença, pois além de relaxar, drena o líquido acumulado nas pernas e coxas. "Procure um profissional qualificado para realizar o procedimento e, de preferência, que tenha experiência de drenagem em gestantes", aconselha a ginecologista e obstetra Luciana.
 
Hidrate sua pele
"Gestantes estão mais propensas ao aparecimento de estrias, principalmente nas pernas, bumbum e mamas. Por isso, a hidratação deve ser feita todos os dias, mesmo no calor, quando a oleosidade da pele costuma aumentar", afirma o especialista Domingos. Nessa época, recomenda-se optar por hidratantes oil-free, mas sempre com acompanhamento de um dermatologista para evitar reações alérgicas a determinadas substâncias do produto.
 
Prefira banhos e lugares frios
O calor promove a dilatação dos vasos sanguíneos, o que diminui a pressão arterial, favorecendo a estagnação do sangue nos membros inferiores. Por isso, a gestante deve evitar lugares quentes e de grande aglomeração. Além disso, os banhos quentes dilatam ainda mais os vasos do corpo. "Se, mesmo tomando todos os cuidados, ela perceber que está com tontura, deve se sentar no chão imediatamente para não correr o risco de cair e machucar o bebê", alerta a Luciana Taliberti.
 
Cuidado com a esfoliação
No caso de gestantes, o principal benefício da esfoliação, que é a eliminação da pele morta, também pode ser um grande perigo. De acordo com o ginecologista e obstetra Domingos, eliminar essa camada da pele implica tirar uma proteção extra contra os raios solares. Além disso, com as mudanças hormonais é possível que a gestante esteja mais sensível a determinados produtos, o que pode desencadear reações alérgicas.
 
Minha Vida

Sete passos para relaxar nas férias

Aprenda a como relaxar nas suas fériasEspecialistas dão dicas para você conseguir se desligar do trabalho
 
Todo trabalhador registrado tem direito a férias, mas o problema é que nem todos eles conseguem aproveitá-las devidamente.
 
Segundo o psicólogo Alexandre Bez, de Curitiba (PR), a maior parte das pessoas não consegue se desligar da internet e do celular, dedicando-se ao trabalho mesmo no período em que, supostamente, deveria se desvincular dele.

"Como tudo está a um clique de distância hoje, é difícil abandonar tudo e simplesmente relaxar", explica o profissional.
 
Pensando nisso, o Minha Vida conversou com especialistas que sugeriram sete passos para conseguir relaxar nas férias e deixar o trabalho de lado.
 
Confira:
 
Organize a sua saídaLembre-se de que, enquanto você estiver de férias outras pessoas podem estar trabalhando. Por isso, é fundamental liquidar pendências, avisar o que não pôde ser feito e organizar pastas e arquivos de maneira que qualquer um possa encontrar o que procura sem precisar do seu auxílio, como explica a psicóloga Adriana Araújo. "Além disso, explique as suas tarefas diárias para um colega, deixando-o responsável por sua área enquanto estiver fora, e lembre-se de salvar uma mensagem automática de e-mail informando sua ausência", complementa.
 
Desligue-se do celular
"Férias são um período de relaxamento e criatividade, um momento para deixar a mente aberta a novas possibilidades, sem amarras que te levem de volta à rotina. Por isso, o ideal seria não receber ligações do trabalho", aponta a psicóloga Giovana Tessaro, de Curitiba (PR).

Dependendo do cargo que a pessoa ocupa e do que for combinado, pode ser até que tenha que prestar contas a um superior ou tomar decisões importantes mesmo no período de descanso. Se for o seu caso, reserve um período do dia para resolver essas tarefas, de modo que isso não interrompa os momentos de relaxamento.
 
Não se prenda ao e-mailDe acordo com Adriana, o problema não é ler e-mails do trabalho ou deixá-los de lado, mas a maneira como a pessoa encara essa atitude. "Algumas pessoas não conseguem acompanhar os seus e-mails sem ficar estressadas e outras ficam ansiosas por ignorá-los", afirma psicóloga.

A solução, portanto, é decidir com a empresa o que poderá ser feito e, se ficar combinado que, por exemplo, seus e-mails novos serão encaminhados para um colega, policie-se para não abri-los.
 
Não conte os dias
Algumas pessoas mal entraram de férias e já imaginam como o período vai passar rápido. Para combater essa ansiedade, Adriana recomenda preencher os dias com atividades que exijam total concentração e dedicação. "Quando estamos ocupados não ficamos presos ao tempo", diz a profissional. Evite riscar os dias do calendário ou anotar na agenda o dia em que as férias chegarão ao fim. Aproveite com calma, focando um dia de cada vez.
 
Monte um cronograma
Algumas pessoas passam as férias fazendo nada de diferente, o que cria a sensação de que elas não foram aproveitadas. Para evitar essa sensação, a psicóloga Giovana Tessaro aconselha criar um cronograma de atividades que serão realizadas ao longo dos dias, para que as férias sejam preenchidas produtivamente. "O tédio nos faz pensar que estamos desperdiçando tempo, mas, quando estamos fazendo alguma atividade, a sensação costuma ser a oposta", alega a profissional.
 
Desvincule-se do relógio
Durante o ano todo, seguimos uma rotina com hora para entrar no serviço, hora para almoçar, hora para reunião e hora para sair. O corpo se acostuma a esse cronograma e, ao entrar de férias, é comum continuar acordando no mesmo horário de sempre e sentir fome no mesmo período em que se costumava comer. "O importante é adaptar tudo às férias" aconselha a psicóloga Adriana. "Se você continua acordando cedo, por exemplo, utilize esse tempo para fazer algo produtivo".
 
Relaxe
"Mesmo programando as férias, é possível que aconteçam imprevistos, mas o importante é não se deixar levar pelo estresse, sabendo contornar os problemas que podem aparecer", lembra a psicóloga Giovana. Por isso, procure não levar tudo muito a sério e também tenha consciência de que algumas coisas podem dar errado. Frustrações fazem parte de qualquer plano, mas a possibilidade de relaxar vai depender de como você encara tudo.
 
Minha Vida

11 erros comuns sobre a segurança do bebê

Berço cheio de bichinhos: mesmo macios,
objetos oferecem risco
Do berço ao passeio de carro, atitudes aparentemente sem importância podem colocar seu filho em risco. Aprenda a evitá-las
 
1. Encher o berço de objetos macios               
Antes mesmo da chegada do bebê, o berço já está cheio de almofadinhas, bichinhos e enfeites – tudo para deixá-lo encantador e aconchegante. Porém, de acordo com Alessandra Françóia, coordenadora nacional da ONG Criança Segura, o ideal é manter o berço livre. “Quanto menos coisa se coloca, mais seguro e saudável ele se torna”, diz. E não somente pelo risco de sufocação: o excesso de objetos também facilita ao bebê escalar o berço e correr mais riscos de sofrer uma queda.

2. Colocar protetores acolchoados nas grades do berço              
O uso é contraindicado pela Sociedade Americana de Pediatria. “O bebê pode se enfiar debaixo do protetor e sufocar”, diz a pediatra Camila Reibscheid, do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo. Os pais acabam colocando os protetores por medo de que a criança prenda o braço ou os pés entre as grades, mas o ideal é que a distância entre as hastes da grade não permita isso. “O perigo são os riscos silenciosos, como a sufocação”, diz Alessandra Françóia. Saiba reconhecer um berço seguro.

3. Deixar móbiles ao alcance do bebê 
              
Assim como os enfeites de berço, os móbiles também são encantadores. Mas, de acordo com pediatra Marislaine de Mendonça, do Departamento de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria, é um erro comum se esquecer de ajustá-los de acordo com o crescimento da criança. Quando alcança o enfeite, o bebê corre dois riscos: o móbile cair em cima dele ou ele se pendurar e cair para fora do berço.

4. Abusar das cobertas e usar travesseiro              
Evitar o excesso também vale para cobertas e travesseiros. Segundo Alessandra Françóia, a regra é vestir mais roupa no bebê e usar menos cobertas no berço. Se for utilizá-las, o indicado é uma coberta leve, no máximo até a altura do peito do bebê, com o cuidado de manter os bracinhos dele para fora. Prender essa coberta embaixo do colchão também é uma forma de evitar que a criança cubra o próprio rosto. Se o bebê passou da fase de dormir quietinho e fica se virando no berço, os pais devem avaliar se o uso da coberta será mesmo seguro.

Além disso, a especialista comenta que o uso do travesseiro não é necessário nesta fase inicial da vida do bebê. Desnecessário, ele representa apenas mais um risco de sufocação.   

Dormir com o bebê: a cena é linda, mas o perigo é grande
5. Levar o bebê para dormir na cama dos pais              
Pode ser difícil convencer o bebê a ficar no próprio berço. Mas o pediatra e neonatologista Jorge Huberman, do Instituto Saúde Plena e do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, indica aos pais jamais ceder e levar o filho para dormir na própria cama. “É um perigo. Os pais irão dormir também e podem sufocar o filho”, comenta. Descubra aqui o que fazer para que o bebê consiga dormir com mais facilidade – e no próprio berço.

6. Colocar o bebê para dormir na posição errada              
Se antes a indicação era colocar os bebês para dormir de bruços, por medo de que ele regurgitasse e se engasgasse no meio da noite, hoje os estudos apontam para o oposto: o mais seguro é o bebê dormir de barriga para cima. Alguns pais, no entanto, ainda colocam os pequenos em posições inadequadas. “Muitos ainda têm medo de colocar a criança de barriga para cima, já que ficou marcado na memória que esta posição é perigosa”, afirma Camila Reibscheid.
 
7. Permitir o uso do andador              
Com comercialização proibida no Canadá, o objeto bem conhecido dos pais – e ainda muito utilizado – é hoje contraindicado pelos pediatras brasileiros. De acordo com Marislaine, da Sociedade Brasileira de Pediatria, o andador é causador de muitos acidentes. “Ele pode alcançar uma velocidade considerável e favorece as quedas”, diz. Camila Reibscheid lista outros problemas: com o andador, a criança pode cair de um degrau no meio do caminho, prender o dedo na parede e, principalmente, cair feio e até sofrer um traumatismo craniano. O objeto também pode prejudicar o desenvolvimento da criança e deixá-la mais insegura para dar os primeiros passos sozinha. “Por isso, se ganhou de presente, troque-o”, recomenda.

Instalação da cadeirinha: certifique-se do
uso correto
8. Dar brinquedos não indicados para bebês              
Especialmente nas famílias com um irmão mais velho, é comum os pais darem ao menor os brinquedos que deixaram de ser usados pelo primogênito. Mas a indicação da faixa etária sempre deve ser seguida. Crianças menores têm a tendência a conhecer o mundo pelos sentidos e podem colocar os brinquedos na boca. Se ele tiver uma peça pequena que se solta facilmente, pronto: os pais podem ter que sair correndo para o hospital ou, pior, podem nem perceber que o filho engoliu um objeto não identificado. Brinquedos para crianças mais velhas também podem soltar tinta tóxica. Marislaine de Mendonça indica aos pais se assegurar da classificação etária do brinquedo e do selo de qualidade e segurança do Inmetro.

9. Deixar moedas e objetos pequenos ao redor              
Com criança pequena, todo cuidado é pouco. E com objetos pequenos, também. Marislaine de Mendonça ressalta que os pais devem estar sempre atentos para não deixar ao alcance do bebê nada que possa ser ingerido. Entre broches e grampos de cabelo, saiba como evitar que as crianças engulam objetos.            
            
10. Não instalar a cadeirinha corretamente              
Ao comprar o bebê-conforto, tente instalá-lo antes de ir para casa. Assim, é possível pedir orientações na própria loja, caso o manual deixe dúvidas. Lembre-se da posição correta: antes de um ano de idade (ou antes de a criança chegar aos 10 quilos), a cadeirinha deve ficar virada para a traseira do carro. É mais seguro.              
 
11. Esquecer o cinto de segurança da cadeirinha ou carrinho              
De acordo com Alessandra Françóia, da ONG Criança Segura, muitos pais se esquecem desse detalhe e o bebê pode escorregar e cair. Ela também recomenda aos pais não pendurar sacolas de compras pesadas no guidão: o peso pode desequilibrar o carrinho e levar tudo ao chão, inclusive o bebê. 
 
Delas

10 dicas para brincar com segurança na água

Saiba como se prevenir e mantenha as crianças seguras na praia ou na piscina
 
Só na última semana, três crianças morreram afogadas em diferentes cidades brasileiras. Duas delas tiveram alguma parte do corpo sugada pelo ralo da piscina, enquanto a última caiu acidentalmente na água. De acordo com dados apurados pela ONG Criança Segura, até os 14 anos o afogamento é a segunda causa mais comum de mortes.
 
“Crianças se expõem aos riscos com mais facilidade porque não são informadas sobre os verdadeiros perigos. O afogamento acontece de maneira silenciosa e muito rápida, por isso elas nunca podem ficar sem a supervisão de um adulto”, afirma Marislaine Lumena, presidente do Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria.
 
“O Brasil tem a cultura da fatalidade e a segurança infantil acaba sendo negligenciada. A verdade é que todas essas mortes não acontecem por fatalidade e sim por falta de ações preventivas”, afirma Alessandra Françoia, coordenadora nacional da Criança Segura.
 
Para diminuir o risco de afogamento entre as crianças, os adultos devem ficar atentos a alguns cuidados básicos. Veja quais são.
 
1. Equipamento de segurança: boias e outros acessórios de piscina transmitem uma falsa sensação de segurança: eles não são eficazes em caso de afogamento. “A criança deve utilizar um colete salva-vidas, que deixa a brincadeira na água menos perigosa e tão divertida quanto”, aconselha Alessandra Françoia.
 
2. Supervisão em tempo integral: até os 14 anos, as crianças devem ser supervisionadas constantemente. Cerca de quatro minutos, tempo de atender um telefonema ou conversar com alguém, já são suficientes para que a criança submersa tenha sequelas irreversíveis ou se afogue. “Muitos acidentes ocorrem quando as crianças estão com os amigos, sem a supervisão de um adulto”, reforça Alessandra.
 
3. Aulas de natação especializadas: a partir dos dois anos, as crianças já podem ser inscritas em aulas de natação para desenvolverem algumas noções de locomoção na água. Aos quatro anos, quando as habilidades motoras já são maiores, é interessante que elas passem por aulas especializadas que simulam afogamento, para que aprendam a lidar com o desespero e gravidade da situação. E, mesmo que os pequenos saibam nadar, os pais precisam ficar de olho.
 
4. Dificultar o acesso a piscinas, baldes e caixas d’água: apenas 2 centímetros de água já são suficientes para afogar uma criança pequena. Sendo assim, depois de utilizar piscinas infláveis ou baldes de água, os pais devem esvaziá-los para que a criança não volte para a água. Em piscinas maiores, é fundamental que os pais providenciem uma cerca e invistam em sensores de movimento e lonas de proteção, que reduzem o risco de a criança cair acidentalmente na água.
 
5. Curso de primeiros socorros: pode ser extremamente eficaz em casos mais extremos. Como nas crianças, que têm menos massa muscular, o afogamento ocorre muito rápido, a reanimação cardiopulmonar deve ser feita por alguém habilitado até a emergência chegar. Ainda assim, a criança deve ser encaminhada para o hospital o mais rápido possível.
 
6. Verificar filtros e sistemas de drenagem das piscinas: as tampas para ralos são simples de serem encontradas e podem evitar acidentes graves. Ao chegar a hotéis ou clubes, os pais devem checar a sucção dos ralos, se eles estão devidamente tampados, e se os equipamentos de limpeza estão fora do alcance das crianças.
 
7. Respeitar as sinalizações dos Bombeiros: na praia, as placas de perigo servem como um alerta, tanto para adultos como para crianças. Os pais devem evitar essas áreas e procurar um salva-vidas, minimizando o risco de acidentes sem o devido auxílio.
 
8. Conscientização: é de extrema importância conversar com as crianças sobre os riscos de afogamento, para que elas saibam da gravidade da situação e estejam sempre alertas. “Falar sobre o perigo de ingerir álcool antes de entrar na água também é fundamental, já que é um agravante para adolescentes”, pontua Marislaine Lumena.
 
9. Área da piscina livre: brinquedos, parquinhos e outros atrativos para crianças não devem ser colocados perto da área da piscina. “Se ela não tiver uma cerca apropriada, a criança pode acabar derrubando algum brinquedo dentro da água, o que incentiva o mergulho sem a presença dos pais”, diz Marislaine. O ideal é que os objetos fiquem longe da piscina e sob a supervisão dos responsáveis.
 
10. Diversão com limites: vale também desestimular brincadeiras agressivas na água, como as de dar “caldo” ou que simulam afogamento com a criança. Se ela considerar isso normal, pode acabar repassando o comportamento adiante, com amigos, expondo outras crianças a situações de risco.

Delas

Deputado quer lei que aumente ressarcimento de operadoras

Cerca de dez propostas tramitam na Câmara para modificar normas de atendimento dos usuários de planos na rede pública
 
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta quinta-feira (9) um aumento no volume de reembolsos feitos por operadoras de planos de saúde ao Sistema Único de Saúde (SUS) nos últimos três anos. Segundo a Agência Nacional de Saúde (ANS), os convênios devolveram ao governo R$ 322 milhões no período, R$ 167 milhões só em 2013. De 2000 a 2010, a ANS havia recebido R$ 125 milhões a título de ressarcimento por internações de pacientes com planos privados na rede pública.
 
Desde 2004, cerca de dez propostas em tramitação na Câmara dos Deputados buscam modificar as normas de atendimento dos usuários de planos de saúde na rede pública, a fim de elevar o ressarcimento aos cofres públicos. Relator do grupo de trabalho que analisou a situação de emergências médicas no País, o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) considerou positivo o anúncio do aumento de repasses ao SUS.
 
Na opinião dele, entretanto, pelo fato de a obrigatoriedade dos ressarcimentos estar prevista apenas em resoluções e portarias, muitas operadoras ainda recorrem à Justiça para não repassar os valores de internações à ANS. “Precisamos ter uma legislação que claramente defina o reembolso, para que se reduza essa porta de fuga que as operadoras têm de judicializar a questão”, disse Jordy.
 
Uma das propostas em análise na Casa, o Projeto de Lei 6483/09, do deputado Augusto Carvalho (SDD-DF), pretende fazer com que estados e o Distrito Federal participem, juntamente com a ANS, da cobrança dos valores a serem ressarcidos. Conforme o parlamentar, a alteração permitiria superar dificuldades de cobrança ainda enfrentadas pela ANS, parte delas relacionadas com a oposição de operadoras ao pagamento.
 
Quando as operadoras não pagam o ressarcimento, os valores são encaminhados para inscrição em dívida ativa. Nos últimos três anos, os valores inscritos somaram R$ 321 milhões, cifra dez vezes superior ao valor incluído de 2008 a 2010 (R$ 31,6 milhões).
 
De acordo com a Lei 9.656/98, que regulamenta os planos e seguros privados de assistência à saúde, as operadoras são obrigadas a ressarcir a ANS por internações dos usuários dos planos de saúde na rede pública. Os débitos podem ser parcelados em até 60 vezes, a partir da confissão da dívida pelas empresas.
 
* com informações da Agência Câmara
 
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