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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Brasil quer mais “especialistas em gente” na atenção básica

Fonte: maismedicos.gov.brCom a atenção primária cada vez mais fortalecida no Sistema Único de Saúde (SUS), a demanda por médicos especialistas em Medicina Geral de Família e Comunidade (MGFC) está ainda maior. Por isso, o Programa Mais Médicos vem promovendo ações para aumentar o número de profissionais com essa especialidade no Brasil
 
O desafio é grande. Existem poucos médicos de família e comunidade em atuação e os estudantes ainda estão descobrindo os encantos dessa especialidade.
 
“Os médicos de família e comunidade são, na verdade, ‘especialistas em gente’”, brinca o diretor do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Eduardo Alves. Isso, porque o médico com essa especialidade é capacitado para atender pessoas de todas as idades e gêneros, com os mais diversos problemas de saúde, tendo como abordagem principal a construção de um vínculo duradouro e a compreensão do indivíduo em seu contexto social e familiar. “Se a gente se coloca no lugar do paciente, rapidamente pensa como é bom poder ter alguém de referência, um profissional que tira nossas dúvidas, que conhece o nosso histórico”, comenta Alves.
 
O diretor lembra que muitos pacientes dos sistemas privado e suplementar recorrem diretamente a vários especialistas e, muitas vezes, falta um profissional que articule esses atendimentos e consolide as orientações ao paciente, sendo capaz, por exemplo, de observar as diversas medicações prescritas por diferentes profissionais para que não haja problemas com a interação entre os medicamentos. “Essa é uma queixa de muitas pessoas, que têm acesso a um conjunto de procedimentos, mas, efetivamente, não se sentem cuidadas”, explica.
 
Uma especialidade ainda pouco conhecida
A Medicina Geral de Família e Comunidade encontra um vasto campo de atuação nos setores público e privado. Somente no SUS, existem cerca de 39 mil equipes de Saúde da Família (eSF), nas quais a atuação do médico de família e comunidade é fundamental. No entanto, a especialidade ainda é pouco reconhecida pelos estudantes e pela população em geral.
 
Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade (SBMFC), anualmente, cerca 15 mil estudantes concluem a graduação em medicina e aproximadamente 400 buscam se especializar em MGFC. Estima-se que haja cerca de cinco mil profissionais com essa especialidade em atuação no país, o que equivale a algo em torno de 1% dos médicos brasileiros. Em países que começaram a estimular a difusão dessa especialidade há mais tempo, como Espanha ou Austrália, essa proporção se aproxima dos 30%. “Já se nota um interesse maior, especialmente com a entrada de professores de MGFC nas universidades, que têm mostrado aos alunos o que é ser médico de família. Acreditamos que esse é o primeiro passo para despertar o interesse pela atenção primária”, afirma o presidente da SBMFC, Thiago Trindade.
 
Para a pesquisadora do departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UnB), Helena Eri Shimizu, o grande desafio da Medicina Geral de Família e Comunidade é ser pouco conhecida entre os estudantes de medicina. “A hiperespecialização atrai muito mais o jovem médico. Existe o mito de que a atenção básica é simples, mas o profissional tem que ter uma boa formação clínica”, comenta Shimizu. Segundo a pesquisadora, a literatura acadêmica mostra que um maior tempo de exposição do estudante às práticas e vivências da atenção básica é determinante para a escolha da especialidade.
 
Em geral, os especialistas afirmam que essa exposição deve ocorrer logo no início da graduação. Exemplo disso é Maria Eduarda Spencer, aluna do quarto período do curso de medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no campus de Caruaru, no interior do estado. Lá, os alunos atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e fazem visitas domiciliares desde o início da graduação. “Estou num curso que se propõe não só a formar médicos, mas a melhorar as condições da comunidade. Isso reflete num atendimento mais centrado na pessoa, desde quando a gente pisa na comunidade até tocar na pessoa que busca ajuda e ver que, às vezes, ela não está buscando só a solução para uma dor”, conta Maria Eduarda, que ainda não se decidiu quanto à especialidade que deseja seguir.
 
Mudança na formação de especialistas
No dia 19 de agosto, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, anunciou o Plano Nacional de Formação de Preceptores, medida que integra o Mais Médicos e tem o objetivo de aumentar o número de profissionais capacitados para atender os programas de residência em MGFC. A expectativa é formar mais 10 mil preceptores até 2018, chegando a 14,2 mil profissionais. Com essa ação, o governo federal vai garantir, no mínimo, um preceptor para cada três residentes, que é um dos requisitos exigidos para abrir novas vagas de residência.
 
A universalização da residência médica faz parte das ações do Mais Médicos, que estabeleceu, até 2018, a meta de uma vaga de residência para cada médico formado. Mas o programa não para por aí. A Medicina Geral de Família e Comunidade, além de integrar a relação de especialidades de acesso direto, também passa a ser pré-requisito para todas aquelas especialidades que não são de acesso direto. Assim, caso o médico queira fazer residência em ortopedia ou anestesiologia, por exemplo, terá que cursar um ou dois anos de residência em MGFC, conforme a especialidade em questão. Com essas medidas, o sistema educacional formará mais médicos de família e comunidade e levará os demais especialistas a ter essa referência em sua formação.
 
“Com as mudanças implementadas pelo Mais Médicos, a medicina de família e comunidade terá uma expansão bastante expressiva no Brasil nos próximos anos”, afirma o diretor do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Eduardo Alves.
 
Fonte: Maismedicos.gov.br

Equipamentos de saúde têm de ter placa de identificação visível

Usuários do sistema de saúde também podem ajudar a fiscalizar a utilização dos equipamentos de saúde por estabelecimentos como hospitais, clínicas e consultórios
 
Aceleradores lineares, tomógrafos, aparelhos de ressonância magnética, bombas de infusão, eletrocardiógrafos, mamógrafos, incubadoras, aparelhos de raios-X e câmaras hiperbáricas, entre outros, têm de ter uma plaqueta de identificação indelével, visível e acessível a qualquer pessoa.

Nesta placa devem obrigatoriamente constar nome e modelo do equipamento, nome do fabricante, número de série e número de registro na Anvisa. Em caso de dúvida sobre a situação do equipamento, qualquer usuário pode procurar a Vigilância Sanitária.
 
A Resolução RDC nº 25/2001 proíbe a importação, comercialização ou recebimento em doação de equipamentos médicos usados. Para ser importado e comercializado, o equipamento médico usado deve ser previamente recondicionado sob a responsabilidade do detentor do registro/fabricante de forma a reestabelecer as condições de operação e segurança original do equipamento.
 
Assim, no Brasil só podem ser importados e comercializados equipamentos novos ou recondicionados com registros válidos na Agência e com a devida autorização expressa do detentor do registro junto à Agência.
 
Todos os produtos para saúde, entre eles equipamentos de pequeno porte para uso leigo como, por exemplo, termômetros clínicos, medidores de pressão arterial e glicosímetros têm de obrigatoriamente estar registrados na Agência para poder ser comercializados, mesmo por lojas virtuais.

Antes de comprar equipamentos médicos, o cidadão pode exigir o número de registro/cadastro na Anvisa e checar se é válido no site www.anvisa.gov.br. Acesse Consulta Produtos > Consulta a Banco de Dados > Produtos para Saúde > Pesquisa de Produtos para Saúde Registrados.

A venda de produtos para saúde, entre eles equipamentos médicos, sem o devido registro/cadastro na Anvisa constitui infração sanitária conforme disposições da Lei 6360/76.
 

Queda da fertilidade masculina impulsiona reprodução assistida

Recentemente, Joelle Le Moal, pesquisadora francesa e epidemiologista do Instituto Francês de Saúde Publica ( INVS ), co- autora do trabalho com maior número de espermogramas analisados ao longo do tempo em uma determinada região, no caso a França, debateu arduamente no congresso Europeu de Reprodução Assistida os impactos dos resultados de seu trabalho, publicado na revista Human Reproduction, revista de forte impacto da área da reprodução assistida
 
O trabalho de Moal despeja um balde de água fria na fertilidade masculina francesa e possivelmente na fertilidade do homem pelo mundo. Moal, a todo momento, demonstrou enorme preocupação com a queda vertiginosa de inúmeros parâmetros utilizados atualmente no exame do espermograma do homem.
 
No trabalho de Joelle, a análise de mais de 26.000 homens, entre 1989 e 2005, revelou uma queda média de 32% na concentração de espermatozóides destes homens, provindos de inúmeros centros franceses. Isto mesmo, a queda é de quase 2% ao ano. Em 1989, a concentração seminal média era de 73,6 milhões/ml e em 2005 caiu para 49,9 milhões por ml. Além disso, o trabalho também revelou piora de 36% na morfologia dos espermatozóides, dado extremamente preocupante. As principais hipóteses para justificar tal queda são: aumento da obesidade, do sedentarismo, do estresse e da exposição a fatores ambientais nocivos, conhecidos como disruptores endócrinos.
 
Os críticos do trabalho de Joelle el Moal e de seu trabalho alegam que os métodos de análise seminal mudaram com o tempo e que a fertilidade masculina pode variar sazonalmente ao longo da historia da espécie humana. Mas que os números e argumentos de Moal são de assustar, isso são. E qual é a repercussão ou a ligação entre o trabalho de Moal e o crescimento também exponencial do mercado da reprodução assistida no Brasil e no mundo? A ligação é direta, ou seja, parece ser causa e efeito: a fertilidade vem caindo e a busca por ajuda subindo em paralelo.
 
Em levantamento recente feito a partir de dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, mostra que entre 2011 e 2014, o número de FIVs (fertilizações in vitro) realizadas no Brasil, incluindo mães heterossexuais e homossexuais, aumentou 106% em quatro anos. O total de procedimentos saltou de 13.527, em 2011, para 27.871, em 2014. Segundo a Anvisa, os estabelecimentos atuais não comportam o volume de embriões existente hoje. As clínicas têm relatado uma dificuldade de armazenamento devido à grande quantidade.
 
O mais interessante destes dados todos é que recentemente foi publicada no Diário Oficial da União a Lei nº 13.097/15, a qual determina, em seu artigo 142, a alteração da norma que disciplina os serviços privados de assistência à saúde (Lei nº 8.080/1990), permitindo a “participação direta ou indireta, inclusive controle, de empresas ou de capital estrangeiro na assistência à saúde”, e sem dúvida alguma este mercado já vem sendo almejado com olhares muito cuidadosos por investidores brasileiros e estrangeiros. Os próximos anos nos mostrarão o impacto desta mudança de lei neste mercado completamente em ebulição.
 
Saúde Business

Salta o número de ações movidas por pacientes contra governos para obter tratamentos

Em 2014, Ministério da Saúde gastou R$ 838,4 milhões devido a ações judiciais, sendo boa parte referente a remédios
 
Rio - O pequeno Davi Miguel Gama, de 18 meses, nasceu com inclusão das microvilosidades intestinais, uma doença rara, que não permite a seu organismo absorver os alimentos. Ele precisa tomar soro na veia. Logo após o nascimento, o bebê passou cinco dias na casa da família, mas voltou às pressas ao hospital porque perdia peso e não mamava. Chorava muito. Quando chegou o diagnóstico, a família entrou com uma ação para que ele fosse submetido a um transplante de intestino nos EUA, já que no Brasil o procedimento não é oferecido. Quase um ano depois, a Justiça Federal de Franca, em São Paulo, favoreceu o menino, obrigando a União a arcar com gastos de viagem, cirurgia e tratamento, totalizando R$ 6 milhões. A criança e seus pais viajaram a Miami no final de julho, a bordo de uma UTI aérea disponibilizada pelo Ministério da Saúde.
 
— Não tive saída. Fiz isso para salvar a vida do meu filho — diz o sapateiro Jesimar Gama, que, antes da decisão judicial, reuniu em campanha via internet R$ 1,6 milhão, quantia que será abatida do valor do tratamento. — Ele poderia ter morrido em várias ocasiões, vivia com infecções. Sabemos que o tratamento é caro, o dinheiro é público, de todos nós, mas é o meu filho.
 
A família Gama não está sozinha. Ano após ano, vem crescendo a quantidade de ações movidas contra municípios, estados ou a União para obrigar os governos a arcar com gastos de cirurgias e medicamentos não oferecidos pelo Sistema Único de Saúde, ou mesmo para apressar internações de emergência em hospitais públicos, transferências e a obtenção de remédios em falta no estoque.
 
Em 2014, o Ministério da Saúde gastou R$ 838,4 milhões devido a ações judiciais, principalmente referentes à compra de remédios. Um salto de 130% em relação a 2012, quando essas despesas foram de R$ 350,5 milhões.
 
Hoje, só no Tribunal de Justiça de São Paulo, há 43 mil processos em andamento na área da saúde, sendo que 93% contra o estado. No estado do Rio, segundo levantamento da Defensoria Pública e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), há 42.297 ações de saúde tramitando no Tribunal de Justiça. Deste total, 30.346, cerca de 70%, têm atuação da defensoria.
 
Falta orientação médica
Em meio a tantas ações, há casos extremos como o de Davi. Ou o do bebê que nasceu, em julho, em Pedreiras, no Maranhão, com um problema cardíaco chamado tetralogia de Fallot (T4F). A Justiça obrigou o governo estadual a pagar por cirurgia e tratamento no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Mas há também muitas questões bem mais simples. Pedidos de medicamentos envolvem 18.384 dos litígios no TJ do Rio com atuação da Defensoria. Segundo a coordenadora de Saúde da Defensoria Pública do Rio, Thaísa Guerreiro, alguns médicos encaminham pacientes ao órgão sem sequer saber se os remédios receitados estão disponíveis em farmácias populares.

— Está banalizado. A Defensoria virou a porta de entrada na saúde, quando deveria ser ferramenta para casos graves. Não dá para entrar na Justiça para pedir AAS (comprimido contra dores). Esse remédio tem de ter em estoque. Está na hora de os governos municipais se programarem para essas compras — critica Thaísa. — A saúde é direito fundamental de todos os cidadãos. Daí a possibilidade de o Judiciário cobrar de todos os entes federativos.
 
De acordo com a juíza Deborah Ciocci, do Comitê Nacional do Fórum da Saúde, instituído pelo Conselho Nacional de Justiça, a chamada judicialização da saúde cria a necessidade de orientação técnica para os magistrados. Em alguns tribunais, há núcleos com especialistas para auxiliar o juiz.
 
— Ações para obtenção de remédios de marca, quando há similar no SUS, por exemplo, não deveriam passar — pondera Deborah, segundo quem o magistrado deve ter consciência do impacto global de sua decisão, principalmente quando o caso envolver cifras altas. — A população está mais consciente de seus direitos. Já não é um privilégio de classes mais instruídas. E a judicialização pode reduzir as violações de direito cometidas pelo Estado. As demandas da saúde sensibilizam o Judiciário.
 
Para impedir que parte das demandas seja resolvida sem que virem ações judiciais, evitando, assim, toda a burocracia e os custos de um processo, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) do Rio criou, há dois anos, a Câmara de Resolução de Litígios de Saúde, reunindo também a Procuradoria Geral do Estado, a Procuradoria Geral do Município, o Tribunal de Justiça, a Defensoria Pública do Estado, a Defensoria Pública da União e a Secretaria Municipal de Saúde. O objetivo do órgão é resolver questões simples de maneira administrativa. Segundo o Núcleo da Fazenda Pública da Capital do Rio, em 2014, o órgão impediu 50% das demandas na área da saúde de se tornarem ações.
 
Judiciário para conseguir leito na UTI
Mesmo assim, a Secretaria do Estado de Saúde do Rio gastou, em 2014, R$ 71 milhões, ou 1,5% do orçamento da pasta, com ações relacionadas à saúde, atendendo cerca de 39 mil pacientes. É um valor 423% superior a 2007. Em 2015, o órgão estima que vai destinar 2% do orçamento.
 
— A judicialização é uma maneira de incluir pessoas no SUS. Uma proteção às minorias — comenta o subsecretário jurídico da pasta, Alex Linhares.
 
Muitas das ações que começam na Defensoria dizem respeito a leitos de UTI. Segundo Thaísa Guerreiro, há um déficit de 200 leitos no SUS. Ela conta que muitos funcionários em unidades de saúde orientam a procurar o plantão judiciário para garantir uma hospitalização ou uma transferência.
 
São cerca de 150 processos por mês nesse caminho.

— É furar fila — diz ela.
 
A maior demanda do plantão, que no Rio só existe na capital (mas atende às demandas de todo o Estado), é para leito em UTI e para idosos. Carlos Augusto Maciel, de 44 anos, precisou de muita paciência para ajudar o pai, Augusto Peixoto, de 74 anos. Com sérios problemas cardíacos devido a um infarto, ele corria risco de morrer se não fosse internado em uma UTI. Ficou quatro dias aguardando um leito numa Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
 
— Nunca imaginei que precisaria entrar na Justiça para arrumar uma vaga na UTI. Quando uma pessoa corre risco grave, deveria ter prioridade — lamenta Maciel, que conseguiu tutela antecipada com a juíza de plantão. — Meu pai ficou uma semana na UTI. Saiu porque não corria mais risco de morrer. Mas agora precisa de uma angioplastia e vou entrar na Justiça de novo.
 
O Globo

Sete em cada dez portadores de esclerose múltipla são mulheres

Estima-se que, atualmente, 35 mil brasileiros são portadores da doença

Levantamento inédito feito pela empresa Orizon traçou um mapa da esclerose múltipla no Brasil e constatou que as populações do Nordeste e do Sul do Brasil são mais suscetíveis à doença e as mulheres as principais vítimas.
 
Segundo o estudo, que analisou 533 casos de pessoas com esclerose múltipla no ano de 2014, 73% das vítimas são mulheres e 27% homens. A Orizon identificou ainda que, a cada 10.000 pessoas, 1,3 desenvolve esclerose múltipla no Brasil. Na região Nordeste este índice sobe para 1,8, seguido pela região Sul (1,5), Sudeste e Centro-Oeste (1,2 cada) e a região Norte apresenta um valor bem inferior, 0,2.

A esclerose múltipla é uma doença crônica do sistema nervoso central que afeta o cérebro e a medula espinhal interferindo na capacidade de controlar funções, como caminhar, enxergar, falar, urinar e outras. A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla estima que, atualmente, 35 mil brasileiros são portadores de esclerose múltipla, com incidência maior entre 20 e 50 anos de idade.

SEGS.com.br

Mais da metade dos pacientes precisa sair de suas cidades para fazer exames no Brasil

Mais da metade dos municípios brasileiros (2.902 de 5.570, ou 52%) encaminha pacientes da atenção básica para realizar exames em outra cidade por falta de infraestrutura em suas unidades de saúde, revela o Perfil dos Estados e dos Municípios Brasileiros, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
 
O levantamento mostrou que em 60% dos municípios os pacientes têm de se internar fora. A prática é mais comum em localidades de até 50 mil habitantes, onde os estabelecimentos costumam ser precários, e nas Regiões Sudeste e Nordeste.
 
Outra deficiência apontada pela pesquisa é a falta de atendimento de emergência 24 horas. São 12,9% os municípios que não dispõem desse tipo de serviço – a carência maior está no Nordeste; o Centro-Oeste é a região mais bem provida. É baixíssima a oferta de leitos de UTI neonatal: 93,4% das cidades não têm essas acomodações tanto em estabelecimento público como em convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS).
 
“Infelizmente o SUS não foi efetivado como deveria. O acesso à emergência tem de ser fácil, mesmo que em outro município. Quanto à internação, não faz sentido morar no Maranhão e se internar no Piauí. E, no caso de exames, a coleta e a entrega dos resultados deveriam ser no próprio município, ainda que a análise seja em outro. Não é possível que o cidadão não possa fazer um exame de sangue ou um raio X perto de casa”, criticou a professora Ligia Bahia, do Instituto de Estudos da Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
 
A falta de equipamento para hemodiálise para pacientes com problemas renais também foi medida. Apenas 484 municípios têm o aparelho no País. No Acre existe uma única máquina, assim como em Roraima. “No Hospital das Clínicas de Rio Branco são 270 pacientes renais fazendo diálise, que vêm de todo o Estado e ainda do Amazonas e da Bolívia”, disse Berenice Sales, presidente da Associação dos Pacientes Renais Transplantados do Acre. “Tenho de chegar às 4h30 para ser atendida. Há óbitos o tempo todo.”
 
Em metade do País não há estabelecimento que realize parto hospitalar. A pesquisa foi feita entre julho de 2014 e março de 2015 nas 27 unidades da federação e em todos os municípios. Os questionários foram respondidos por funcionários dos governos estaduais e municipais. Além da saúde, a publicação traz dados sobre funcionalismo, comunicação e informática, educação, direitos humanos, segurança pública, segurança alimentar, inclusão produtiva e vigilância sanitária.
 
A alimentação da população vem merecendo políticas específicas dos governos de todas as Unidades da Federação e de 39,6% das prefeituras; no Nordeste, a publicação destacou as ações de implementação de cisternas para prover os habitantes de água, verificadas em 54,2% dos municípios.
 
Servidores. Em relação a programas de inclusão produtiva, como o oferecimento de cursos de capacitação, 98,7% das cidades declararam oferecê-los. Naquelas com mais de 500 mil habitantes, o porcentual chegou a 100%, sendo o Sul a região com maior oferta.
 
O IBGE também pesquisou o montante de servidores públicos municipais e estaduais: o número manteve-se estável em 2014: 6,5 milhões e 3,2 milhões, respectivamente, na comparação com 2012. Os empregados na área da saúde somam 1,6 milhão. De todos os profissionais do setor vinculados aos municípios, 11% são médicos.
 
Estadão

Índice de mamografias no Brasil está abaixo da média mundial

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 40% das mulheres brasileiras, de 50 a 69 anos de idade, não fazem mamografia
 
Essa faixa etária é definida como prioritária para a realização do exame preventivo pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que recomenda que pelo menos 70% das mulheres sejam avaliadas periodicamente.
 
O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres. Dados do Instituto do Câncer (Inca) apontam que, no Brasil, as taxas de mortalidade continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Na população mundial, 61% das pacientes sobrevivem após cinco anos de diagnóstico.
 
Para Ruffo de Freitas Junior, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, o número de mulheres que não fazem o exame é preocupante. “Melhorou muito em relação ao passado, mas ainda não atingimos a meta da OMS, que é de 70%. Hoje, temos mamógrafos suficientes no país mas, infelizmente, eles estão mal distribuídos. A maioria está nas grandes cidades e capitais, ficando boa parte da população do interior e de pequenas cidades descoberta, com impossibilidade de fazer o exame de maneira rápida”, afirma.
 
De acordo com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), existem 2.507 mamógrafos em uso no SUS. O parâmetro é de um mamógrafo para cada 240 mil habitantes, portanto a necessidade corresponderia a 833 equipamentos.
 
Segundo o Ministério da Saúde, o total de exames realizados entre mulheres de 50 e 69 anos aumentou 61,9% entre 2010 (1.547.411) e 2014 (2.506.339). Já em números totais de exames (em todas as faixas etárias), o aumento somou 41,8% entre 2010 (3.035.421) e 2014 (4.304.619). Até junho deste ano, foram realizados 1.820.195, dos quais 1.071.531 na faixa etária prioritária, 50 a 69 anos.
 
A Pesquisa Nacional de Saúde mostrou que o maior número de mamografias foi realizado por mulheres brancas (66,2%) e com superior completo (80,9%). As menores proporções foram observadas em mulheres negras (54,2%), pardas (52,9%) e com fundamental incompleto (50,9%). A região Norte registrou a menor proporção de mulheres que haviam feito o exame (38,7%), seguida das regiões Nordeste (47,9%), Centro-Oeste (55,6%), Sul (64,5%) e Sudeste (67,9%).
 
Para Ruffo de Freitas Junior, outro ponto importante é o medo que as mulheres têm de fazer a mamografia. “Há o medo da dor, do desconforto e o medo de encontrar um câncer. São aspectos que mostram que a mulher por si só, sem ser estimulada, não fará o exame”, comenta.
 
O presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia lembra que a mamografia é o único exame que pode reduzir a mortalidade por câncer de mama. A partir dos 40 anos, ele recomenda que o procedimento seja feito anualmente.
 
"Temos alguns dados que mostram que a mortalidade por câncer de mama está aumentando no interior de vários estados, diferentemente das capitais. Em Porto Alegre, no Rio de Janeiro [capital], em Belo Horizonte e no Recife, a mortalidade começa a cair. Entretanto, no interior, há falta de mamógrafos e de estrutura. Temos uma mortalidade por câncer de mama crescente e esse é um dos números mais drásticos que mostram a diferença entre as grandes cidades e os pequenos centros”, declara.
 
O Ministério da Saúde informou que, em outubro de 2012, foi lançado o Programa de Mamografia Móvel no SUS, que tem como objetivo aumentar a cobertura mamográfica em todo território nacional. Atualmente, há 12 unidades habilitadas, sendo cinco na Bahia, quatro no Distrito Federal e três no Tocantins.
 
De acordo com o ministério, de 2010 a 2014, o gasto para fortalecer a rede de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer no país aumentou 45%. Em 2010, foram repassados R$ 2,3 bilhões para tratamentos como quimioterapia, radioterapia e cirurgia oncológica, e para diagnósticos como o exame citopatológico e as mamografias. No ano passado, a despesa subiu para R$ 3,3 bilhões.
 
Agência Brasil

Estados Unidos aprovam Repatha, nova injeção contra colesterol alto

Reguladores dos Estados Unidos aprovaram nesta quinta-feira (27) o Repatha, a segunda droga injetável desenvolvida para o tratamento de pacientes com colesterol alto, com risco de doença cardíaca
 
O Repatha, também conhecido como evolocumab, é fabricado pelo Amgen e faz parte de uma nova classe de medicamento inibidor de PCSK9, anticorpos que atuam no fígado para baixar o colesterol.
 
A droga foi aprovada pela Administração de Alimentos e Fármacos (FDA, na sigla em inglês) para pessoas que, por condições hereditárias, têm um alto nível de lipoproteína de baixa densidade (LDL), popularmente chamada de “colesterol ruim”, ou pessoas com artérias obstruídas, que podem vir a ter doenças cardíacas.
 
Níveis elevados de colesterol LDL no sangue provoca um acúmulo de placas nas artérias, aumentando o risco de doenças cardíacas, que matam aproximadamente 610.000 pessoas por ano nos Estados Unidos.
 
“O Repatha dá uma outra opção de tratamento a pacientes com hipercolesterolemia familiar diagnosticada ou com doença cardiovascular que não tenham conseguido reduzir o colesterol LDL com as estatinas”, disse John Jenkins, diretor do Instituto de Novas Drogas do Centro de Avaliação e Pesquisa sobre Drogas.
 
Redução de 60% do LDL
Um estudo sobre o Repatha mostrou que pacientes que tomaram o novo remédio por 12 semanas tiveram uma redução de 60% dos níveis de LDL, comparados a pacientes que tomaram placebo.
 
Os efeitos colaterais incluem infecção respiratória, gripe, dor nas costas e reações como vermelhidão, dores ou hematomas onde a injeção é dada. Alguns pacientes podem ter reações alérgicas, informou a FDA.
 
Um painel consultivo da FDA havia recomendado a aprovação da droga em junho. Em julho, o mesmo órgão aprovou o Praluent (alirocumab), do Sanofi e Regeneron Pharmaceuticals.
 
Alternativa a medicamentos anticolesterol
Especialistas afirmam que essas novas drogas podem ser uma alternativa aos populares medicamentos anticolesterol conhecidos como estatinas (Lipitor, Crestor e outros) que não são bem aceitos por todos os pacientes.
 
Os dados sobre a eficácia desses novos medicamentos no que se refere à redução das doenças cardíacas e ao aumento da expectativa de vida só serão divulgados a partir de 2017.
 
A indústria farmacêutica diz que essas drogas podem ajudar até 11 milhões de americanos. Analistas apontam que esses remédios podem gerar receitas anuais de até 2,5 bilhões de dólares para casa fabricante.
 
G1

Alerta: Exame de sangue pode antecipar retorno do câncer de mama

Desenvolvido por cientistas do Instituto de Pesquisa do Câncer, da Inglaterra, o procedimento foi utilizado em 55 mulheres que já tinham a doença

Rio - Um novo exame de sangue pode antecipar o diagnóstico do retorno do câncer de mama.
 
Desenvolvido por cientistas do Instituto de Pesquisa do Câncer, da Inglaterra, o procedimento foi utilizado em 55 mulheres que já tinham a doença. Entre elas, 15 tiveram um reaparecimento do tumor, detectado muito antes em 12 delas.
 
Os pesquisadores acreditam que o retorno pode não ter sido detectado nas outras três porque o tumor se espalhou para o cérebro, o que impediu que os traços do câncer chegassem à corrente sanguínea.
 
A principal vantagem é o uso de tratamentos como a quimioterapia mais cedo, diminuindo os riscos de morte.
 
O exame ainda está em fase experimental.
 
O Dia