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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Urticária: Sintomas e Tratamento

A urticária é uma extensa reação da pele, com características de alergia, bastante comum, acometendo cerca de 20% das pessoas em algum momento da vida.
 
A urticária pode ocorrer em adultos e crianças, sendo habitualmente desencadeada por infecções, medicamentos, alimentos, calor ou outros estímulos.
 
O que é urticária
A urticária não é necessariamente uma reação alérgica, apesar de ter características de alergia da pele. A urticária ocorre por uma ativação de células do sistema imunológico da pele, chamadas basófilos e mastócitos. Estas células são responsáveis pela liberação de inúmeros mediadores químicos, incluindo a histamina, uma substância que provoca vasodilatação, coceira, inchaço da pele e o temido angioedema (edema das mucosas, como boca, olhos e vias aéreas).
 
Apesar de estar muito relacionada a um processo alérgico, a libração de histamina pelos mastócitos pode ser provocada diretamente por um agente infeccioso, como uma bactéria ou vírus. A urticária pode ser um sintoma de uma infecção, como são a tosse, o espirro, a dor de garganta, etc. Em alguns casos, a urticária pode ocorrer secundariamente a estímulos físicos, como contato com calor, frio, sol, pressão sobre a pele, contato com água, exercício físico, etc. Este tipo de urticária é chamada urticária física, e também não é uma forma de alergia.
 
A urticária alérgica, por outro lado, ocorre quando um paciente alérgico a certos tipos de alimentos, medicamentos ou substâncias entra em contato com os mesmos. Nestes casos, a urticária é uma das manifestações da reação alérgica.
 
A urticária é uma dermatose bem comum, cerca de 20% da população apresenta pelo menos um episódio agudo da doença em sua vida. Cerca de 50% dos pacientes com urticária apresentam apenas lesões de pele, 10% apenas angioedema e 40% apresentam lesões de pele e angioedema juntos.
 
A urticária é chamada aguda quando dura menos de 6 semanas e crônica quando o processo persiste por mais de 6 semanas.
 
Causas da urticária
As possíveis causas de urticária são numerosas, mas nem sempre conseguimos identificar o agente desencadeador do processo. Nas urticárias agudas, a causa costuma ser de mais fácil identificação. Já os pacientes com urticária crônica, muitas vezes, não se consegue descobrir por que seus mastócitos da pele agem de forma tão agressiva.
 
Em crianças, mais de 80% dos casos de urticária não são de origem alérgica e ocorrem devido a uma infecção, seja ela viral, bacteriana ou parasitária. Entre as possíveis causas estão a gripe, resfriados, infecção urinária, faringite, mononucleose, infecção por coxsackievirus, HIV, infecção por micoplasma ou infestação por parasitas, como estrongiloides ou áscaris. A urticária pode surgir em qualquer momento do curso da infecção.
 
Já as urticárias alérgicas costumam aparecer logo após o contato com a agente causador. O tempo varia entre poucos minutos até 1 ou 2 horas.
 
As principais causas são:
  • Antibióticos, principalmente os da família da penicilina.
  • Aspirina e anti-inflamatórios.
  • Picadas de insetos, principalmente abelhas e vespas.
  • Contato com látex, como usar luvas descartáveis, soprar balões de festa ou usar camisinha.
  • Alimentos, como ovos, leite, frutos do mar, soja, corantes (mesmo os naturais), nozes e amendoim.
  • Contato com substâncias, incluindo plantas, pólen, saliva de animal, tinta, resinas, perfume, detergente…
Em casos mais raros, a urticária pode ser provocada por outras doenças, como:
  • Vasculites
  • Lúpus
  • Artrite reumatoide
  • Síndrome de Sjögren
  • Doenças celíaca
  • Mieloma múltiplo
 
Sintomas da urticária
As lesões de pele da urticária coçam muito, são avermelhadas, têm relevo, possuem tamanho e formas variadas, mas tendem a ser circulares. As lesões podem ter forma de anel, com o centro mais claro e as bordas elevadas e avermelhadas. A coceira pode ser tão intensa que impede o paciente de dormir. Em alguns casos, as manchas podem ser extensas e se aglutinarem, formando grandes placas por todo o corpo. Quando se pressiona a lesão com o dedo, ela tende a clarear, mas rapidamente assume a cor avermelhada novamente.
 
Lesões novas vão surgindo ao longo do dia, enquanto as mais antigas vão desaparecendo, criando um padrão transitório e migratório. Cada lesão individualmente costuma desaparecer em no máximo 24 a 36 horas. Às vezes, uma mesma lesão surge de manhã e já foi embora à noite. O local do corpo mais acometido pode variar ao longo dos dias. Por exemplo, no primeiro dia, o abdômen pode ser o local com mais lesões, no dia seguinte as costas e no terceiro dia os membros. Nos casos mais severos, o paciente pode ter inúmeras lesões por todo o corpo de uma só vez.
 
A urticária aguda dura poucos dias, em geral de 1 a 5, mas há casos que podem demorar um pouco mais para sumir. Se o quadro persistir por mais de 6 semanas, classificamos a urticária como crônica. Há casos de urticária crônica que duram anos. A urticária aguda pode melhorar, dar a impressão de estar curada e retornar subitamente.
 
A maioria dos casos de urticária são benignos, mas reações alérgica mais severas podem ocorrer. O grande perigo é o desenvolvimento do angioedema e da anafilaxia. O angioedema é o inchaço das mucosas e de camadas mais profundas da pele, apresentando-se habitualmente como inchaço dos lábios, olhos, língua, mãos, pés ou genitália. O edema nas vias respiratórias provoca rouquidão e pode obstruir a passagem do ar, causando dificuldades para respirar, constituindo-se uma emergência médica. O angioedema pode demorar até 72 horas para desaparecer.
 
Tratamento da urticária
O principal passo na urticária é evitar a exposição ao agente desencadeador da reação. Todavia, nem sempre isso é possível, como nos casos de urticárias provocadas por infecções virais.
 
Na grande maioria dos casos, a urticária é benigna e desaparece espontaneamente em horas ou dias. O tratamento, portanto, visa o alívio dos sintomas, nomeadamente, a coceira.
 
O principal remédio para tratar a urticária são os anti-histamínicos, conhecidos popularmente com antialérgicos. Estas drogas inibem a liberação da histamina, agindo diretamente na causa das lesões de pele. Os anti-histamínicos mais antigos, como hidroxizina e difenidramina provocam sonolência e podem ser úteis quando o paciente tem dificuldade de dormir. Porém, atualmente, os anti-histamínicos de 2ª geração são os mais usados, pois provocam menos efeitos colaterais e tem duração mais longa, podendo ser tomados apenas uma vez por dia. Entre os novos anti-histamínicos podemos destacar: loratadina (Claritin®), desloratadina (Clarinex®), fexofenadina (Allegra®), cetirizina (Zyrtec®) e levocetirizina (Zyxen®).
 
Em casos severos, a dose necessária dos anti-histamínicos de 2ª geração para controlar os sintomas pode ser duas ou três maior que a recomendada na bula. Não se deve usar doses elevadas de anti-histamínicos de primeira geração, pois os mesmos causam muitos efeitos colaterais indesejados.
 
Se o caso for grave e o paciente não estiver respondendo a elevadas doses de anti-histamínicos, o uso de corticoides, como a prednisona ou prednisolona, pode ser indicado por alguns dias.
 
Se o paciente tiver sinais de angioedema, ele deve ser atendido em uma emergência médica e medicações por via venosa ou intramuscular podem ser necessárias. Uma injeção de adrenalina pode ser usada para reverter quadros de anafilaxia e obstrução respiratória.
 
Obs.: Jamais tome qualquer medicamento sem o conhecimento de seu médico. Eles podem causar efeitos colaterais indesejáveis e até ocasionar a morte.
 
Fonte mdsaude.com

Conheça os benefícios da linhaça

A linhaça vem se destacando, graças aos benefícios que proporciona para nossa saúde
 
Ela é composta de 41% d gordura, 28% de fibras, 21% de proteínas, 4% de resíduos e 6% de outros carboidratos ( entre eles: açúcares, ácidos fenólicos, lignana e hemicelulose). Vale ainda ressaltar que essa gordura tem uma quantidade enorme de ácidos graxos do tipo ômega 3, usado no combate a obstruções em artérias, responsáveis por doenças do coração.
 
A linhaça ainda ajuda no sistema digestivo e no funcionamento do intestino, e consequentemente deixa a pele mais bonita. Ela é considerada um alimento, pois tem propriedades nutricionais básicas e preventivas, pois contém componentes antioxidantes e anticancerígenos. Além de ser um poderoso desintoxicante.
 
Na casca da linhaça encontramos uma mistura de minerais, proteínas e vitaminas. A vitamina E ajuda no funcionamento celular, por isso afasta o envelhecimento precoce e as doenças degenerativas.
 
Um dos grandes destaques da linhaça é uma substância chamada lignana, que exerce o mesmo papel do estrógeno. Atuando como um mecanismo de defesa que provoca a destruição das células.
 
defeituosas. No caso do Câncer, esse mecanismo de autodestruição pode não funcionar, mas a lignana substitui tal sistema e ativa a contagem regressiva para a célula doente se destruir como esperado.
 
É importante lembrar que a linhaça só pode ser usada no tratamento do câncer sob escrita avaliação médica.
 
Fonte clickgratis.com.br

Peixes oleosos são alimentos poderosos para uma dieta equilibrada

Os peixes são ricos em proteínas e fundamentais para uma dieta saudável. Cozido, grelhado, assado, frito, cru ou à milanesa, ao contrário do que as pessoas pensam os peixes oleosos também são alimentos poderosos e trazem inúmeros benefícios à saúde. Por isso eles não podem faltar na mesa.
 
A nutricionista Sylvana Braga explica um pouco melhor sobre isso. “Peixes oleosos como salmão, atum, sardinha, arenque e cavalinha são importantes fonte de ômega 3, com exceção do atum enlatado, que tem pouca quantidade dessa substância. Além de um excelente anti-inflamatório natural, o ômega 3 evita doenças do coração, coágulos no corpo e atua nas doenças ósseas”, afirma.
 
“Estes peixes possuem diversas propriedades terapêuticas como redução da pressão arterial, do nível de colesterol total e do LDL (colesterol ruim) e diminuição dos coágulos do sangue. Eles ainda atuam em doenças inflamatórias como dermatite, artrite reumatoide, psoríase e inflamações no intestino grosso (colites) e protegem o organismo de câncer, aumentando a resistência do corpo”, acrescenta a especialista.
 
“O ideal são duas refeições de peixes na semana, em torno de 250g para mulheres e 400g para homens. Vale lembrar que a ingestão de mais de 700g por semana não produz benefícios adicionais à saúde. De acordo com estudos realizados no Instituto do Coração e Pulmão dos EUA, o consumo de 50g de peixe defumado ou 100g de salmão por dia evitam ataques cardíacos”, conclui.
 
Fonte clickgratis.com.br

A banana e seus nenefícios

A banana é uma fruta rica em potássio, fibras, vitaminas C e A, dessa forma promove energia e ainda possui muitos benefícios para o organismo
 
A energia que a banana fornece para nosso organismo é devido a 3 tipos de açúcares naturais: sacarose, frutose e glicose que combinados com a fibra da fruta promove uma grande quantidade de energia para o corpo.
 
A banana além de promover essa energia ainda possui outros benefícios que ajuda na prevenção de doenças.
 
Para as pessoas que sofrem de depressão a banana é um ótimo remédio, pois possui uma substância chamada serotonina, que ajuda a relaxar e manter o bom humor.
 
Contém ferro e por isso estimula na produção de hemoglobinas e ajuda em caso de anemia.
 
Por conter potássio e ter uma baixa quantidade de sal torna-se perfeita para baixar a pressão arterial.
 
Essa fruta com certeza possibilita muitos benefícios para quem consume de forma adequada, pois especialistas comprovam que o consumo da banana deve-se ser de no máximo duas por dia.
 
Fonte clickgratis.com.br

Carpete, pelos de animais e perfume estão entre os principais vilões da rinite alérgica

Doença é uma das que mais acometem brasileiros; sintomas vão de coceira a coriza
 
Conhecer os sintomas e fazer o tratamento correto é essencial não só para combater a rinite alérgica, mas também para prevenir diversas outras doenças, de acordo com a pediatra Ana Paula Moschioni Castro, diretora da ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia). Segundo a especialista, a doença é uma das que mais atinge a população brasileira e mundial. Cerca de 40% das pessoas no País sofrem como esta alergia.
 
— A rinite é uma doença subvalorizada. Ela provoca asma, sinusite, e até mesmo distúrbios no sono, já que a boca fica aberta e a concha nasal [região do nariz] cresce e parecem dois feijões.
 
De acordo com a médica, os principais sintomas são espirros, coriza e coceira no nariz. Apesar de ela ser muitas vezes confundida com gripe e resfriado, há uma simples maneira de se descobrir a presença ou não da rinite alérgica.
 
— Em geral, as doenças alérgicas são repetitivas. Ou seja, se você entra em um ambiente e espirra, espirra e espira, pode pensar ser um resfriado, mas resfriado tem começo, meio e fim. Se você novamente entra em um local e espirra de novo, tem que ficar atento. Além da repetitividade, é necessário verificar o histórico familiar e procurar um médico, já que alergias têm carga genética.
 
Apesar de não ter cura, é uma doença que tem como prevenir e controlar. Segundo Ana, basta “evitar aquilo que te faz mal” e usar tratamentos médicos que, de acordo com ela, são “totalmente seguros”.
 
— Os ácaros, pelos, urina e fezes de animais, baratas, fungos, cheiros de perfumes, fumaça, poluição podem desencadear a rinite alérgica. Muita gente não sabe, mas o ácaro morto também provoca alergia. Quem tem rinite não deve ficar em um ambiente com carpete e bolor, por exemplo. Claro que esterilizar o local não vai curar o problema porque não tem cura, mas também não é possível liberar tudo.
 
Tratamento correto
Segundo a médica, a qualquer sintoma da doença, é importante procurar orientação com um profissional para tratar o quadro com o remédio correto.
 
— O brasileiro tem mania de tomar antinflamatório para quaisquer sintomas. Um diagnóstico inadequado fará a pessoa seguir um tratamento incorreto. Se a pessoa tomar um remédio errado, poderá ter um efeito adverso e até mesmo desenvolver alergias.
 
Fonte R7

Conselho Federal de Medicina vai tentar colocar população contra Mais Médicos

Roberto D'Ávila
Entidades entregaram um abaixo-assinado no Senado com 42 mil assinaturas contra a MP
 
Contrário à Medida Provisória que institui o programa Mais Médicos, o CFM (Conselho Federal de Medicina) vai iniciar um empreitada contra a medida, apelando para a população, tentando convencê-la de que a ação é negativa.
 
— Vamos lutar, inclusive esclarecendo a população que se trata de uma farsa, que ela é apenas um engodo porque não faltam médicos no Brasil", afirmou o presidente do conselho, Roberto D'Ávila.

Segundo D'Ávila, a conscientização dos médicos se dará por meio de panfletos que serão entregues a pacientes e também de orientação boca a boca nos consultórios e hospitais. Para o presidente do CFM, a MP é "improvisada, eleitoreira, imediatista e populista" e atende a "interesses que serão consolidados em 2014".
 
— A cada paciente que atendermos, vamos entregar um folheto, vamos orientar, dizer que não é assim que se faz saúde, que isso é fruto apenas de uma maquiagem, ilusionismo para atender interesses que serão consolidados - não espero que aconteça isso - mas serão consolidados em 2014.
 
Nesta quinta-feira (08) entidades médicas estiveram no Senado para entregar um abaixo-assinado com 42 mil assinaturas contra a MP. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL) recebeu o grupo e disse, apenas, que o Congresso Nacional vai analisar na sua primeira reunião após o recesso, marcada para 20 de agosto, o veto ao Ato Médico, que restringia a atuação dos profissionais. A presidente Dilma Rousseff vetou 10 pontos da lei.

Na quarta-feira (07) o governo teve sua primeira derrota na tentativa de agilizar a análise da MP do Mais Médicos. A bancada médica da Câmara boicotou a reunião de instalação da comissão especial e, sem a quantidade de integrantes necessária para dar início ao trâmite, a reunião foi marcada para a próxima terça-feira (13)
 
Fonte R7

Levar marmita para o trabalho requer cuidados especiais, explica especialista

Reprodução/Twitter
O ideal é que metade da marmita seja preenchida por verduras
Nutricionista dá dicas de como prevenir a contaminação e a intoxicação alimentar
 
O Hospital das Clínicas e o Incor (Instituto do Coração) fazem um alerta sobre os cuidados na preparação e no transporte de marmitas de casa para o trabalho para evitar contaminação e intoxicação alimentar. A nutricionista Lara Natacci, do programa Meu Prato Saudável ensina que não se deve colocar na marmita alimentos fritos ou que levam molhos ou ovos.
 
Segundo a nutricionista, estes produtos têm maior probabilidade de estragar e podem contaminar o restante da comida. Outra dica que a especialista dá é temperar a salada apenas na hora de comer.
 
O ideal é que metade da marmita seja preenchida por verduras e completada com carboidrato (arroz, batata ou massas), proteínas (feijão, soja, lentilha, ervilha ou grão de bico) e carne bovina, frango ou peixe.
 
A especialista recomenda que, antes de montar a marmita, é necessário colocar os alimentos em um prato. Este procedimento facilita na hora de calcular a quantidade de cada alimento.
 
— É importante colocar uma fruta para a sobremesa.
 
Os recipientes que a comida é colocada também devem ser bem escolhidos. O tradicional alumínio pode alterar a composição do alimento, enquanto o plástico não pode ser aquecido no micro-ondas. Segundo a nutricionista, a melhor opção é um recipiente de vidro, que pode ser colocado no micro-ondas e é de simples higienização.
 
— Se o trajeto até o trabalho for longo, o ideal é acondicionar o recipiente em uma bolsa térmica. Assim, é possível manter a temperatura dos alimentos e evitar que sofram alterações no sabor, cor e textura, ou até mesmo que estraguem. Saquinhos de gelo podem ajudar.
 
Fonte R7

Brasil doa à Costa Rica produto para exames de tuberculose

Bacilo de Koch
O governo brasileiro doou nesta sexta-feira à Caixa Costarriquenha de Seguro Social (CCSS), ente encarregado dos centros de saúde públicos, um total de 300 frascos de um produto utilizado nos exames de diagnóstico da tuberculose.
 
O Ministério das Relações Exteriores da Costa Rica expressou em comunicado seu agradecimento ao Brasil pelo donativo do produto chamado derivado protéico purificado da tuberculina (PPD), que foi recebido pelo diretor de Farmacoepidemiologia da CCSS, Albin Cháves.
 
A vice-chanceler costarriquenha, Gioconda Ubeda, destacou no comunicado a "oportuna solidariedade e colaboração com o sistema de saúde da Costa Rica" por parte do Brasil.
 
Esta doação "é apreciada como um sinal das excelentes relações de irmandade e cooperação entre ambos povos e governos", declarou a diplomata.
 
Fonte Efe/R7

Dobra número de casos de dengue em SP

A capital paulista enfrenta uma alta no número de casos de dengue. Com duas mortes confirmadas, São Paulo teve 2.457 registros de janeiro a agosto - mais que o dobro do ano passado. O aumento se deu em bairros mais periféricos da cidade no período entre março e abril, meses que somam 72% das notificações.

Rio Pequeno, na zona oeste, lidera o ranking negativo, com 232 moradores doentes e índice de incidência de 195,8 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Taxa muito superior à média da cidade, que é de 21,8, e também ao coeficiente alcançado por Cangaíba, o segundo bairro com mais casos em 2013. Localizado na zona leste, alcançou 85,6 na divisão pelo mesmo número de habitantes.

Em ambos os exemplos, a notificação da doença cresceu muito. Em 2012, tanto Rio Pequeno como Cangaíba não figuravam como locais com sinal vermelho. O alerta foi aceso neste ano, quando a alta superou 1.440% e 2.213%, respectivamente. Na contramão, bairros como Liberdade, no centro, e Casa Verde, na zona norte, tiveram uma redução significativa do número de casos nos primeiros sete meses do ano.

Parte da explicação está no caráter cíclico da doença. A dinâmica da dengue mostra que um processo epidêmico ocorre a cada três ou quatro anos. A chegada do soropositivo 4 da doença aumentou o risco neste ano. Isso porque um tipo de vírus novo torna a população mais vulnerável. Além disso, pacientes que são infectados pela segunda vez podem apresentar sintomas mais graves, como a febre hemorrágica.

Para o pesquisador Esper Kallas, do Instituto de Investigação em Imunologia - Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (iii-INCT), a boa notícia é que o tipo 4 é aparentemente menos agressivo que os demais. “Mas, é claro, que isso não quer dizer que podemos relaxar com a prevenção, pelo contrário. Ela deve ocorrer o tempo todo, mesmo no inverno, como agora”, afirma.

A Prefeitura ressalta que, apesar de o total de casos ter aumentado, a cidade ainda figura na classificação considerada segura, de acordo com o Ministério da Saúde. Com 11 milhões de habitantes e menos de 100 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, está no nível de baixa incidência.

Campanha
A verba para o combate à doença está aprovada, mas não foi empenhada até agora. No orçamento municipal, há R$ 200 mil reservados para uma campanha contra a dengue que não foram gastos. Recursos destinados à compra de viaturas para as equipes de zoonoses também não saíram do papel, segundo dados da execução orçamentária divulgados pela própria Prefeitura.

Para o Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), o aumento deste ano é resultado da falta de investimentos do Município em prevenção. “E isso não ocorre somente de janeiro para cá. É uma falha que se arrasta desde 2007. São muitos os problemas, como falta de carros, uniformes e equipamentos”, afirma o secretário-geral da entidade, Vlamir Lima.

A falta de infraestrutura para o serviço leva agentes de saúde a ter de percorrer as casas a pé, em busca do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. “Não há quase carros disponíveis para as equipes trabalharem a prevenção. A única coisa que melhorou nesta gestão foi o salário, que aumentou.”

Hoje, os 2,4 mil agentes de zoonoses recebem salário inicial de R$ 755, de acordo com o Sindsep. “Mas para conseguirmos controlar a transmissão da doença com mais eficácia ainda falta muito. Até as bases de trabalho foram desarticuladas”, reclama Lima.

Empenho
A Secretaria Municipal da Saúde diz que trabalha com o “máximo empenho” no combate à dengue. De acordo com a pasta, o trabalho conta ainda com outros 7 mil agentes comunitários de saúde.

Sobre os investimentos, a pasta ressalta que comprou 50 veículos para ações de dengue neste ano, com recursos federais. “As ações de prevenção ocorrem durante o ano todo. Englobam campanhas educativas e visitas a domicílios, pontos estratégicos e imóveis especiais, visando à eliminação de criadouros do mosquito e a orientação da população”, informa a secretaria.

A Prefeitura não explicou, no entanto, por que não utilizou os recursos aprovados no orçamento para ampliar o serviço de prevenção.
 
Fonte Estadão Conteúdo

Conheça 5 alimentos que abaixam a pressão

A pressão alta é um tipo de problema que na comunidade médica é classificado como o mal que ataca silenciosamente, ou seja, uma doença que tende a ser descoberta somente quando já é um tarde demais, em ocasiões em que o paciente já apresenta doenças cardiovasculares associadas, ou mesmo diante de um derrame cerebral, o que torna inviável o tratamento como devido justamente pela falta de tempo hábil.
 
Diante desse tipo de panorama, a melhor opção geralmente é conseguir manter uma  alimentação diária equilibrada,  priorizando produtos que regulem a pressão arterial, a fim de evitar que a médio/longo prazo sejam desencadeadas doenças relacionadas à hipertensão. Entretanto, no Brasil, que é um país no qual a cultura medicinal é mais curativa que preventiva, nem sempre se tem informações adequadas acerca de tais alimentos, o que nos leva a escrever esse artigo citando alguns dos principais deles.
 
É importante salientar que a lista de alimentos a ser esmiuçada na sequência, não visa, em hipótese alguma, levar o leitor a abster de consultas com profissionais qualificados a fim de obter o acompanhamento médico adequado à cada ocasião, sendo este, portanto, um artigo meramente informativo acerca dos alimentos e seus benefícios.
 
Morango e frutas vermelhas ajudam no combate à pressão alta
Com base em um estudo realizado na Inglaterra e que teve duração de quatorze anos, cientistas afirmaram que o Morango é um forte aliado no combate à hipertensão. A afirmação dos cientistas, na verdade, foi amparada no fato de que durante o período de estudo foram avaliados mais de cento e cinquenta mil indivíduos e, em uma taxa de oito por cento daqueles que consumiram morango e demais frutas vermelhas, foram observados melhora significativa no quadro clínico da doença, melhora essa que aparentemente é ocasionada pelos antioxidantes que podem ser encontrados em abundância nesse tipo de fruta.
 
Melancia ajudo no combate à pressão alta
Essa é uma fruta preterida por muitos, mas que possui ótimos efeitos no combate a pressão alta. De acordo com um rápido estudo que durou cerca de seis semanas na Flórida, nos Estados Unidos, a fruta pode ser útil até mesmo para aquelas pessoas que já se encontram com a doença pré-encaminhada, ou seja, que estão perto de ser diagnosticada com algum problema derivado ou mesmo a própria hipertensão. Estima-se que os benefícios sejam observados principalmente devido à concentração de l-citrulina na fruta, que é uma substância capaz de contribuir para a formação do óxido nítrico que por sua vez proporciona maior relaxamento às artérias e vasos.
 
Semente de abóbora auxilia no combate à pressão alta
Esse é um tipo de alimento não muito convencional, mas que se encaixa perfeitamente na ideia central do jargão popular de que nos menores frascos se concentram as maiores fragrâncias, pois, apesar de ser pequena em tamanho, a semente de abóbora possui propriedades que podem ser extremamente eficazes na prevenção da hipertensão, sendo que, a que mais se destaca é o potássio, uma substância capaz de promover maior elasticidade ao sistema cardiovascular.
 
Salmão auxilia no combate à hipertensão
De acordo com nutricionista, o Salmão, a exemplo de inúmeros mariscos, possui abundante quantidade de potássio em sua composição, além disso, apresenta ainda elementos importantes ao organismo, tais quais, o ômega 3 e ácidos graxos, o que combinado e tendo como peso maior justamente o potássio, pode ajudar no combate a pressão alta. Estima-se que a cada cem gramas de salmão grelhado existam cerca de seiscentas e vinte miligramas de potássio.
 
Espinafre cozido auxilia no combate à pressão alta
Um alimento rico em potássio, mas que ainda assim perde em percentual para o Salmão, estima-se que em cerca de cem gramas de espinafre cozido existam cerca de quatrocentas e sessenta e cinco miligramas da substancia, o que não é nenhum absurdo dadas as demais substâncias abundantes no alimento. Além de auxiliar na prevenção à hipertensão, o alimento pode ainda oferecer auxílio na prevenção a outras doenças igualmente graves, como por exemplo, o câncer.

Fonte clickgratis.com.br

Ministério divulga lista com mais de 700 estrangeiros selecionados para participar do Programa Mais Médicos

Profissionais são de 50 países diferentes e vão para 268 cidades
 
O Ministério da Saúde divulgou, neste sábado (10), a lista de 715 profissionais estrangeiros que indicaram municípios para participar do primeiro mês de seleção do Programa Mais Médicos. Eles são de 50 países diferentes e foram alocados em 268 cidades. Já 367 médicos brasileiros indicaram as opções de cidades de onde querem trabalhar.
 
Brasileiros e estrangeiros têm até esta segunda-feira (12) para confirmar a participação no programa.
 
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha informou que "em um mês de seleção, conseguimos mobilizar um grande número de profissionais, brasileiros e estrangeiros, que demonstraram interesse em atuar nas regiões mais carentes do Brasil".
 
— Muitos dos moradores dessas regiões passarão a ser atendidos por um médico, e sabemos a grande diferença que faz um profissional perto da população. Esse é apenas o início do programa, o processo continua aberto e usaremos de todas as estratégias para suprir as mais de 15 mil vagas apontadas pelos municípios.
 
Os médicos brasileiros têm prioridade no preenchimento dos postos apontados, mas as vagas que sobram são oferecidas primeiramente aos brasileiros graduados no exterior e em seguida aos estrangeiros.
 
O número de vagas preenchidas, até o momento, equivale a 6% da demanda dos municípios, que apontaram a necessidade de 15.460 médicos para completar seus quadros na atenção básica do SUS (Sistema Único de Saúde).

Fonte R7

Lei que exclui lésbicas de reprodução assistida cria polêmica na Espanha

BBC
Para ter acesso ao financiamento público, mulheres precisam ter
 40 anos e homens 50
Norma foi aprovada pelo Conselho Interterritorial do Sistema Nacional de Saúde
 
Grupos em defesa dos direitos dos homossexuais e feministas na Espanha estão protestando contra um projeto de lei que impede lésbicas de usar o sistema público de saúde para tratamentos de reprodução assistida.
 
O texto do projeto de lei define a esterilidade como a "ausência de consecução de gravidez após 12 meses de relações sexuais com coito vaginal sem uso de métodos contraceptivos".
 
Se transformada em lei, a normativa deixaria sem atendimento pelo sistema público as mulheres que pretendem ser mães mas não querem ter envolvimento sexual com um homem para a geração de filhos.
 
Também são critérios para ter acesso ao financiamento público a idade do paciente (a mulher deve ter no máximo 40 anos e o homem, 50 anos) e não ter se submetido antes a esterilização voluntária.
 
A norma foi aprovada pelo Conselho Interterritorial do Sistema Nacional de Saúde, ainda que a proposta tenha sido rejeitada por quatro das 17 comunidades autônomas da Espanha. O texto agora segue para o Conselho de Ministros e dependerá da sanção do rei para se tornar um decreto real, passando a ser adotado em todo o país.
 
Na prática, algumas regiões da Espanha, como a Comunidade Valenciana e a Catalunha, há dois anos já aplicam essas restrições a mulheres que vivem sozinhas ou a lésbicas que tentam o tratamento na rede pública.
 
'A falta de um homem'
A polêmica cresceu ainda mais após declaração da ministra da Saúde, Ana Mato, dizendo que não considera "a falta de um homem como um problema médico", deixando portanto aquelas que decidem ser mãe sem a participação de um parceiro masculino na geração do filho fora da cobertura da lei.
 
Antonio Perdomo Rodríguez, coordenador da área de famílias da Federação Estatal de Lésbicas, Gays, Transexuais e Bissexuais diz que a medida "é claramente homofóbica e misógina", pois atenta contra os direitos das mulheres à maternidade.
 
— Esse critério é insultante e discriminatório, por considerar o estado civil ou a orientação sexual da mulher. É um recorte ideológico, não econômico.
 
Em comunicado, o Ministério da Saúde explicou que em "nenhum momento faz-se segregação por condicionantes pessoais das pacientes" e que "o requisito é a esterilidade ou os casos em que o tratamento é aconselhado como prevenção, para garantir a saúde (da mulher) e do futuro filho". Núria Roch, representante do grupo de mulheres Te N’aDones, acredita que a proposta "tira das mulheres a capacidade de decisão sobre suas vidas, negando a existência de famílias diferentes do modelo tradicional".
 
Mariluz Vázquez, da Associação de Mães Solteiras por Opção, argumenta que a reprodução humana é mais que biológica, sendo também um fator social.
 
— No caso de mulheres sozinhas, esse desejo é visto como um capricho, mas caso sejam parte de um casal tradicional, um homem e uma mulher, se considera um projeto de vida. No entanto, o desejo de formar uma família é o mesmo.
 
Mariluz lembra que, na Espanha, uma mulher viúva que tenha dois filhos já se enquadra na definição oficial de família numerosa e tem direito a ajuda econômica do governo, benefício não acessível às mães solteiras.
 
'Em nome da crise'
Disposta a ser mãe solteira, Marta Posa Albert, 42 anos, gestora de um centro médico, tentou fazer o tratamento de fertilidade pela rede pública. Sem sucesso, teve que recorrer à rede privada para se submeter a uma fertilização in vitro.
 
— Esperei ter estabilidade financeira para ser mãe, então tive sorte, porque consegui pagar o tratamento na rede privada. Tive que arcar também com o custo dos remédios, que antes era bancado pelo governo mesmo em tratamentos privados, mas o benefício já havia sido cortado.
 
Marta agora mãe da pequena Blanca, de seis meses.
 
A professora Catalina Pallás, 47 anos, também foi mãe por fertilização in vitro pela rede particular. Ela e a esposa, a engenheira Immaculada Lluesma, 42 anos, contam que enfrentaram muitas dificuldades e gastaram todas as economias para conceber o filho, hoje com seis anos.
 
— Na rede pública, me disseram que eu não estava doente, não era infértil.
 
Presidente da Associação de Famílias Lésbicas e Gays da Catalunha, ela observa que a lei do matrimônio igualitário tem imposto mudanças que beneficiam os casais homossexuais e, por isso, considera a proposta do Ministério da Saúde um retrocesso.
 
— É ridícula a quantidade de dinheiro que a nossa exclusão, sendo um coletivo tão minoritário, poderia estar economizando para o erário. Esse recorte não se justifica em nome da crise.
 
Em entrevista à Europa Press, o conselheiro de Saúde da Comunidade Valenciana, Manuel Llombart, respaldou a ministra Mato e disse que "o sistema de saúde público existe para tratar problemas patológicos, senão teríamos que falar de outra carteira de serviços que estaria dentro de outra competência, não dentro da competência sanitária".
 
Condenação
O Tribunal Superior de Justiça de Astúrias condenou a saúde pública do principado a dar acesso às técnicas de reprodução assistida a uma mulher lésbica.
 
De acordo com a sentença, o principado de Astúrias terá ainda que devolver a ela cerca de 8.000 euros que tinha gasto em clínicas privadas.
 
A região de Astúrias, no norte da Espanha, é uma das que se posicionaram contra a proposta do governo espanhol.
 
O Ministério da Saúde informou respeitar essa sentença e concorda que não se pode obrigar a ninguém a ter relações sexuais com quem não queira.
 
Fonte BBC Brasil/R7

USP oferece curso gratuito sobre saúde pública no Brasil

Saúde engloba o bem-estar social e psíquico
Aulas acontecem todas as sextas-feiras, às 15h, até outubro
 
Para atender à demanda dos ministérios da Saúde e Educação que, desde 2007, registram um déficit na formação dos profissionais em saúde pública, a USP (Universidade de São Paulo), iniciou, na última sexta-feira (9), o curso sobre saúde na sociedade contemporânea: da teoria à prática. As aulas, ministradas pelo sanitarista Paulo André da Silva, todas às sextas-feiras, às 15h, explicam o conceito da palavra “saúde” e como ela é gerenciada dentro das políticas públicas do País.
 
— Ao perguntar sobre o que é saúde, a primeira coisa que vem à mente é cuidar dos doentes. É um equívoco pensar dessa forma dentro do contexto de políticas públicas. A definição de saúde também engloba o bem-estar psíquico e social. Ou seja, a meta é ensinar os dois lados: apagar o fogo e prevenir o incêndio.
 
No curso, coordenado pelo professor Avelino Luiz Rodrigues, o aluno aprende que deve haver um equilíbrio entre a medicina e a saúde pública. De acordo com o professor Paulo André, a primeira cuida das doenças a partir de medicamentos e vacinações; a segunda integra a promoção e manutenção do ambiente em que a pessoa se insere, por meio de ações de vigilância e intervenções governamentais.
 
— Apenas a segunda parte não está acontecendo. A medicina é importantíssima, mas só ela não é o suficiente. De forma exemplificada, não se pode cuidar somente do paciente que foi contaminado, se o foco da contaminação continua intacto.
 
Da teoria à prática
Como toda essa teoria é colocada em prática? Segundo o sanitarista, as aulas identificam o planejamento e a manutenção de determinada ação dentro da saúde pública. A meta é desenvolver uma análise crítica não só do processo, como também, da postura dos políticos envolvidos.
 
— Quando se tem essa nova forma de compreensão, a pessoa consegue propor políticas, ações práticas e críticas em relação ao sistema. Na primeira aula, tentei exemplificar com o programa Mais Médicos. Destrinchamos todo o seu processo para mostrar como é feito o seu gerenciamento.
 
Além disso, a prática aplicada nas aulas ensina aos alunos a como reivindicar as leis e direitos à saúde no Brasil.
 
— O aluno aprende como cobrar as ações dentro da Secretaria de Estado da Saúde.
 
Quem pode participar?
Com o objetivo de se tornar uma disciplina oficial, os estudantes de qualquer curso de graduação da área de saúde (medicina, enfermagem, odontologia, psicologia) podem participar. Além disso, é importante que as aulas estimulem um interesse maior por outras pessoas de outros cursos.  Os 12 encontros ocorrem até o final de outubro.
 
Fonte R7

Causas e tratamentos do Furúnculo

Furúnculo
O furúnculo é um abscesso (coleção de pus) que se forma sob a pele quando uma bactéria infecta um folículo piloso, estrutura de onde crescem os pelos.
 
Ao contrário da foliculite, que é uma infecção localizada e restrita ao folículo piloso, o furúnculo surge porque a infecção se alastra pelo tecido subcutâneo ao redor do folículo.
 
O que é um furúnculo?
O furúnculo é uma infecção de pele, em forma de abscesso, que ocorre quando há infecção do folículo piloso por uma bactéria, habitualmente, pelo Staphylococcus aureus.
 
Em geral, a bactéria Staphylococcus aureus está presente na superfície da nossa pele e não consegue penetrá-la, a não ser haja alguma ferida. Qualquer lesão de pele, por menor que seja, pode servir como porta de entrada para bactérias, incluindo picadas de mosquitos, escoriações, feridas por laminas de barbear ou lesões causadas por agulhas.
 
Os furúnculos ocorrem mais frequentemente em áreas de pelos, úmidas e mais expostas a atritos, como são as nádegas, virilhas, axilas, coxas, face e pescoço. Chamamos de furunculose quando o paciente desenvolve múltiplos e recorrentes furúnculos.
 
Quando mais de um folículo piloso de uma mesma região se infecta, os vários furúnculos criados podem se fundir, provocando um abscesso bem extenso, que recebe o nome de carbúnculo. Essa lesão ocorre habitualmente nas costas ou na nuca e apresenta vários pontos de drenagem.
 
É importante destacar que o furúnculo não é uma espinha gigante. Apesar de ambas serem infecções dos folículos pilo-sebáceos, o processo de formação da acne e a bactéria responsável pela infecção são diferentes nas duas doenças. Todavia, cabe ressaltar que, como a acne é uma lesão de pele, ela pode acabar servindo como uma porta de entrada para o Staphylococcus aureus, sendo, portanto, um fator de risco para o desenvolvimento de furúnculos.
 
Fatores de risco para o furúnculo
Todo mundo faz, com alguma razoável frequência, pequenas lesões de pele nas regiões mais propícias à formação dos furúnculos, porém, nem todo mundo desenvolve furúnculos a toda hora. Muitas vezes, o nosso sistema imunológico é capaz de neutralizar a invasão de bactérias para o nosso tecido subcutâneo.
 
O risco de desenvolver furúnculos é maior em pessoas com elevada colonização de bactérias Staphylococcus aureus na pele e na região dentro das narinas, e em indivíduos com alguma deficiência do sistema imunológico. Fatores genéticos também parecem estar ligados, sendo a história familiar de furunculose um fator de risco importante.
 
Além da predisposição genética, podemos também citar outros fatores de risco já reconhecidos para a formação de furúnculos:
 
- Diabetes mellitus.

- Insuficiência renal.

 - Cirrose.

 - Uso de drogas imunossupressoras.

 - HIV positivo.

- Doenças crônicas de pele.

- Uso de drogas injetáveis.

 - Obesidade.

- Idade avançada.

- Má higiene pessoal.

 - Uso de roupas justas.

- Regiões úmidas com excesso de pelo.
 
O convívio próximo com pessoas que costumam ter furúnculos com frequência parece aumentar o risco. Partilhar roupas de cama, toalhas e roupas pessoais também elevam o risco de furunculose.
 
Sintomas do furúnculo
O furúnculo inicia-se geralmente como um nódulo subcutâneo inflamado, doloroso e bem avermelhado ao redor. Os furúnculos, em geral, são pequenos, sendo um pouco maiores que um grão de feijão ou ervilha.  Porém, em alguns casos, eles podem ser bem grandes, chegando a ficar maiores que uma bola de ping-pong.
 
Conforme a infecção vai evoluindo, dentro do folículo vão se acumulando pus e células mortas, causando um grande aumento de pressão no tecido subcutâneo. Esse aumento de pressão faz que com que surja no centro da lesão um ponto amarelado ou esbranquiçado, que é o pus sendo empurrado para fora do folículo. Em alguns casos, o acúmulo de material purulento no abscesso é tão grande que o furúnculo “estoura” sozinho, drenando espontaneamente grande quantidade de pus. Muitas vezes, porém, o furúnculo não se rompe espontaneamente, e ajuda médica é necessária para drenar o abscesso.
 
Abscessos muito volumosos e profundos podem deixar cicatrizes. Algumas lesões podem também formar pequenos buracos na pele após serem drenadas. Nas lesões maiores, uma massa de tecido morto, com formato mais moldado e pastoso, conhecida como carnegão, pode ser expelida. A retirada desse carnegão é essencial para a cura da infecção.
 
Na maioria dos casos, os furúnculos não provocam maiores complicações e desaparecem logo após serem drenados. Lesões pequenas podem se curar sozinhas, sem precisar de drenagem mecânica. Contudo, a presença de bactérias virulentas como o Staphylococcus aureus no tecido subcutâneo é um risco para disseminação das mesmas pela corrente sanguínea. A invasão da circulação sanguínea por bactérias é chamada de bacteremia e pode levar a quadros graves, como endocardite, sepse, abscesso cerebral e osteomielite.
 
Habitualmente, a presença de um furúnculo não provoca febre nem grande comprometimento do estado geral. Quando presentes, estes sinais indicam que a infecção pode não estar mais restrita à pele e complicações podem surgir.
 
Um abscesso na região do cóccix, porção final da coluna, já próximo ao ânus, pode não ser um furúnculo, mas sim um cisto pilonidal.
 
Tratamento do furúnculo
Não se deve nunca espremer um furúnculo. O processo de drenagem, quando indicado, tem que ser feito de forma asséptica e pouco traumática para reduzir o risco de cicatrizes esteticamente indesejáveis e evitar que novas bactérias penetrem para dentro da pele. A drenagem feita de forma equivocada pode facilitar uma nova infecção da área e a propagação de bactérias para a corrente sanguínea.
 
Em geral, os furúnculos se rompem espontaneamente após alguns dias. Na maioria dos casos, compressas úmidas com água quente, pelo menos 3 vezes por dia, são suficientes para acelerar a drenagem espontânea. Não utilize pomadas para tratar furúnculos por conta própria. Na maioria dos casos elas não são necessárias. A limpeza da lesão pode ser feita apenas com água e sabão neutro. Antibióticos também não costumam ser necessários.
 
Nos casos de grandes abscessos, que não drenam espontaneamente após alguns dias, uma pequena incisão feita pelo médico pode ser indicada para acelerar o processo de cura.
 
A drenagem médica costuma ser feita nos casos de furúnculos que:
- Duram mais de 10 dias.

- Apresentam extensa área inflamada ao redor.

- São de grande volume (maior que  5 cm).

- Estão localizados em áreas de risco para complicação, como a face e regiões próximas da coluna vertebral.

 - Provocam febre.

- São lesões múltiplas (carbúnculos).
 
Nestes casos, a prescrição de um antibiótico por via oral também costuma ser indicada.
 
Fonte mdsaude.com

OMS lança game para estimular crianças a ajudar no combate à dengue

Tela do jogo Pueblo Pitanga mostra personagem durante conscientização em sua comunidade
        Imagem: OPAS/OMS
Tela do jogo Pueblo Pitanga mostra personagem durante
 conscientização em sua comunidade
O jogo, disponibilizado pela OPAS em espanhol, mostra a busca de um menino pelas causas da doença de sua irmã
 
A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) criou o jogo de computador "Pueblo Pitanga. Enemigos Silenciosos".

Disponibilizado em espanhol, ainda sem previsão de tradução para o português, o jogo busca educar os jovens sobre a saúde de uma comunidade e sua relação com o controle e prevenção de doenças transmitidas por vetores, com ênfase no combate à dengue.

O personagem principal é Fábio, uma criança que caminha pela cidade de "Pitanga" para descobrir a causa de uma doença, a princípio misteriosa, que levou sua irmã, Luisa, para o hospital.

Durante a viagem, muitas outras pessoas adoecem e com sintomas diferentes dos apresentados por Luisa.

No final, o problema é resolvido graças aos esforços dos moradores, governo, entidades privadas e escolas em eliminar os criadouros dos mosquitos e melhorar a higiene dos habitantes de "Pitanga".

A dengue é uma doença que afeta mais de 100 milhões de pessoas por ano no mundo. No Brasil, é uma das que têm maior impacto na saúde pública.

Baixe o jogo gratuitamente ou conheça melhor seu funcionamento.
 
Fonte isaude.net

Manter qualidade é desafio para hospitais acreditados

Operação por longo tempo sob rígidos padrões pode ser ainda mais desafiadora que obter a acreditação, analisam especialistas
 
Manter-se no topo costuma ser mais difícil que chegar até lá. Nos hospitais brasileiros, essa máxima também reproduz seus ecos. Pois, manter de forma sistemática os níveis de excelência nos procedimentos médico-hospitalares pode ser tão ou mais complicado que obter algum selo de acreditação de qualidade.
 
Apesar de ainda representar uma pequena parcela de 3% da rede brasileira, o número de hospitais acreditados é crescente, seguindo tendência de mercados internacionais e mais maduros. Com isso, cresce também o desafio de manter vivas as práticas com foco na segurança do paciente que foram desenhadas e implementadas durante o processo de acreditação da organização.
 
Afinal, acertar o mesmo alvo diversas vezes pode não ser uma questão unicamente relacionada à repetição exaustiva da atividade. No caso da saúde, isso está mais ligado ao aperfeiçoamento dos exercícios e a criação de novas metas e objetivos, como tentativa de manter as pessoas envolvidas em processo contínuo de evolução.
 
Para discutir o dia a dia dos hospitais após o processo de acreditação, a Revista FH convidou para debater o assunto, três representantes de instituições que se encontram em diferentes estágios de desenvolvimento no que diz respeito à qualidade da assistência.
 
Processos
Para o presidente do Hospital São Lucas, de Ribeirão Preto (SP), Pedro Palocci, após a obtenção da acreditação, é inevitável que o corpo clínico adentre uma fase de acomodação. “A questão do marasmo depois da acreditação é preocupante”, afirmou o executivo, que liderou o processo de acreditação na entidade, que foi a primeira do interior de São Paulo a obter o selo ONA e que hoje se prepara para sua primeira acreditação internacional.
 
Nos três hospitais da Rede São Camilo, em São Paulo, as acreditações internacionais JCI ou Canadense já são realidade há alguns anos. O diretor-adjunto de práticas assistenciais, Marcelo Sartori, contou que para evitar a “síndrome pós-acreditação” a entidade tenta manter a continuidade dos processos criados à época das auditorias dos órgãos acreditadores. “O hospital tem que estar todos os dias pronto. É importante a cultura da segurança e da qualidade”, declarou.
 
O superintendente médico do sistema Mãe de Deus e do Hospital Mãe de Deus (HMD), do Rio Grande do Sul, Fábio Leite Gastal, acredita que o importante é criar novas metas e desafios para que não se caia na rotina. Gastal, que foi diretor da ONA e conhece bem os caminhos e armadilhas da acreditação hospitalar, dá dicas de como manter a estrutura funcionando depois que a instituição é agraciada com o selo de qualidade. “Criar a cultura de melhoria e educação continuada, focar no desenvolvimento da força de trabalho e criar indicadores de desempenho são as principais saídas”, indicou ele, que está à frente da rede filantrópica que possui a JCI.
 
A boa manutenção dos padrões de qualidade dos hospitais passam necessariamente pela adoção de ferramentas de gestão. Os três representantes afirmaram que seus hospitais utilizam desde o Balanced Scorecard (BSC), que é uma metodologia de medição e gestão de desempenho, como práticas de Business Intelligence (BI) e até ferramentas mais avançadas como a gestão clínica por Diagnosis Related Group (DRG).
 
Gastal, do HMD, contou que o hospital começou a usar o BSC em 2006, depois implantou um sistema informatizado em 2008, que se consolidou na cultura da organização em 2011. “No desdobramento do BSC, estamos no terceiro ciclo no processo de avaliação da cultura de segurança. Nesta, utilizamos a matriz do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e agora estamos implantando o sistema de Diagnósticos de Grupos Relacionados (DRG), que também permitirá uma avaliação das equipes médicas”, explicou, acrescentando que na sua opinião o Brasil está atrasado na implementação de DRGs. O especialista assinala ainda que as duas grandes medidas a serem apuradas pelo hospital têm de ser qualidade assistencial e indicadores econômico-financeiros.
 
Sartori, da Rede São Camilo, afirmou que o BSC é utilizado na organização desde 2008. “Os indicadores mais estratégicos são acompanhados pela alta direção. Também geramos indicadores assistenciais com foco na segurança do paciente, e alguns que são olhados pela gerência de qualidade”, disse. Para ele, o grande desafio é a avaliação médico-assistencial. A dificuldade está em encontrar um modelo no qual a assistência possa ser avaliada e o paciente atendido consiga se enxergar na avaliação feita.
 
Pessoas
Palocci, do Hospital São Lucas, levantou a problemática de como envolver o corpo clínico aberto de 1400 médicos do hospital com os processos de gestão. “Temos que envolvê-los e lá na ponta tem que ter um benefício para eles”, afirmou, referindo-se a incentivos financeiros como uma saída para aumentar a adesão dos colaboradores. Segundo o presidente da rede hospitalar do interior de São Paulo, protocolos de gestão são montados a quatro mãos com os médicos. “Criamos um conceito de ampla autonomia administrativa para as unidades da rede”. Outra opção da entidade foi criar uma diretoria médico-assistencial que trabalha continuamente na formatação de protocolos de processos. Palocci acredita que as DRGs são a única saída para a gestão clínica.
 
Além das práticas de gestão para criação de indicadores que permitam a otimização da operação dos hospitais, outro ponto crucial no período pós-acreditação é o esforço educativo permanente oferecido pela instituição ao seu quadro de funcionários. É oferecendo uma perspectiva de evolução técnica para seu colaborador que a organização tende a ter mais chances de conseguir diminuir um efeito inerente ao mercado de trabalho do mundo moderno: a rotatividade de profissionais.
 
Sartori afirma que é sempre um problema situar as médias lideranças com relação às práticas da Rede São Camilo quando ocorre alta rotatividade de cargos. “Sempre há impacto quando há mudança de pessoas. Mas o fundamental é garantir o processo. Quando alguém sai e altera-se muito o processo, é de se preocupar”, alertou.
 
No Hospital São Lucas, o custo anual com educação continuada subiu de 0,1% para 0,5% do orçamento, segundo Pedro Palocci. Ele afirmou que a organização investe há quatro anos na formação do corpo clínico para tentar reduzir o turn-over que o presidente do hospital classifica como “muito alto”.
 
No Sul, no HMD, a fidelização do corpo clínico está em pauta. A estratégia, segundo Gastal, é não perder o corpo de enfermagem, que atualmente é o que apresenta a maior escassez de técnicos no mercado. O valor gasto pela rede com treinamento é de R$ 2 milhões por ano, o que representa 0,8% do custo global da entidade.
 
Resultados
Os resultados da implementação de boas práticas de gestão e de educação continuada após a obtenção de acreditações podem fazer as instituições vivenciarem bons períodos de crescimento, segundos os debatedores.
 
No caso do Hospital Mãe de Deus, o salto no número de leitos foi de 200 quando teve início o processo de gestão e deve chegar a cerca de 500 no ano que vem. Sartori, do São Camilo, diz que o ganho assistencial é enorme. “Hoje conseguimos mensurar esses ganhos. O crescimento da rede também é sinal disso”, afirmou.
 
No Hospital São Lucas, de 2001 a 2006, o presidente Palocci disse que chegou a ter “quase a certeza que havia dado um tiro no pé”, após ter feito a acreditação ONA. “Todo mundo falava que tinha ficado mais caro. A primeira percepção foi de aumento de custos”, completou. Contudo, segundo ele, após o aprimoramento dos indicadores de resultados e das práticas de gestão, conclui-se que nos últimos dois anos o aumento no faturamento da rede subiu 32%. “O custo do paciente ao longo do tempo passa a ser melhor entendido”, ressaltou.
 
Outro ponto de comum acordo dos debatedores é a necessidade de se alterar o modelo de remuneração médica que se pratica no Brasil. Gastal acredita que o modelo “fee for service”, predominante no Brasil, está completamente superado no mundo. “Hoje, gastamos de 15% a 20% do PIB da Saúde em custo de transação por causa do sistema, custo de auditoria, controle burocrático.
 
São de R$ 30 bilhões a R$ 40 bilhões por ano. Não precisa botar dinheiro novo na saúde. É só mudar o modelo”, opinou.
 
Fonte SaudeWeb

Mais sobre a notificação de eventos adversos pretendida por MS e ANVISA

Por Guilherme Brauner Barcellos
 
Outro ponto importante a ser explorado do “Sistema Brasileiro de Notificação de Eventos Adversos” é a discriminação do que deve ser notificado para uma central nacional em país de dimensões continentais, e do que deve ser trabalhado de outras formas, até localmente nos serviços de saúde, tudo com mecanismos de transparência e que facilitem instituições e pessoas a que aprendam uma com as outras.
 
Robert Wachter, médico e líder nas áreas de qualidade, segurança e políticas de saúde, autor de 250 artigos e seis livros, dentre eles a recente segunda edição de Understanding Patient Safety, em todos os seus textos sobre sistemas de notificação alerta para diferenças entre a saúde e a aviação que não devem ser ignoradas.
 
Em todo o sistema de aviação comercial dos EUA recebem cerca de 35 mil notificações por ano. Calcula que, se todos os erros fossem notificados na saúde, isso resultaria em mais de 35 mil notificações por dia – mais de 10 milhões de notificações por ano! Isso faz o gerenciamento das notificações de erros constituir um problema muito mais desafiador para nós da saúde do que é para a aviação.
 
E o MS e a ANVISA demonstram no mínimo inocência em relação a isto. Não fosse o fato de que irão abafar as notificações locais se não resolverem o que foi apontado em Notificação de erros associados aos cuidados em saúde: está o Governo no momento e no caminho certo?, acumularíamos rapidamente, da forma como anunciaram, uma “montanha” de dados.
 
Wachter é muito direto: notificar não é um jogo de números no qual a pessoa ou o sistema com mais notificações “vence”. O objetivo é ter um sistema eficiente que produza a maior quantidade de aprendizado e de mudanças produtivas possível. Defende, para além dos muros das organizações, notificações confidenciais e cobrindo somente um universo limitado de eventos mais graves. Em seu livro, já traduzido para o português, dá exemplos de sistemas muito pretensiosos e que acabam não funcionando tão bem, por custo-efetividade questionável, em comparação com outros no mínimo tão úteis quanto, e muito mais custo-efetivos.
 
E como Wachter também deixa claro em seus textos que dados de notificações voluntárias não devem ser utilizados para derivar taxas – de erros, ou de danos, ou de qualquer coisa, assim como sabemos de antemão que existe uma epidemia de erros, interessa saber como no Brasil promoverão qualidade e segurança.
 
A incompletude das propostas e das explicações do Programa Brasileiro de Segurança do Paciente desperta em mim uma triste sensação: será tudo isto predominantemente uma resposta política a grave crise da saúde?
 
 
Fonte SaudeWeb

Família brasileira vítima de cegueira repentina intriga médicos

Cientistas buscam entender melhor neuropatia óptica hereditária de Leber, que atinge 44 membros de uma família no Espírito Santo. Mais de uma década após início do estudo, evitar que doença se manifeste ainda é desafio.
 
Um dos maiores estudos genéticos do mundo em número de pesquisados na área de oftalmologia começou graças ao esforço de uma mãe em busca da cura para a doença do filho. Em 2001, quando tinha 54 anos, Maria Odete Moschen incumbiu-se da missão de buscar tratamento para a chamada neuropatia óptica hereditária de Leber (NOHL), que acometeu seu único filho, na época com 14 anos. Ele perdeu praticamente toda a visão em uma semana. A mulher entrou em contato com centenas de pesquisadores e instituições de pesquisa no mundo, até que encontrou os autores do estudo que completará 12 anos em setembro.
 
Os Moschen vivem entre Santa Tereza, Colatina e Vitória, no Espírito Santo. Eles são a família com o maior número de vítimas da doença no planeta: 44 pessoas afetadas, das quais 12 são mulheres. A doença é considerada rara pelos médicos. Um em cada 8.500 indivíduos desenvolve o problema, segundo a Fundação Internacional para Doença do Nervo Óptico (Ifond, na sigla em inglês). Ela é transmitida pelos genes apenas por mulheres e se desenvolve, na maioria dos casos, em homens entre 18 e 30 anos. De acordo com os pesquisadores, a população feminina geralmente é atingida de forma mais branda e em menor número.
 
Por que alguns portadores do gene defeituoso desenvolvem a doença e outros não, ainda é um enigma que o trabalho realizado em parceria entre a Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos, a Universidade de Bologna, na Itália, e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) tenta desvendar.
 
Sem tratamento
Quem sofre desta síndrome para de enxergar de forma inesperada. Sem sintomas prévios ou dor, o olho deixa de identificar as imagens. Dentro de semanas ou, no máximo, em poucos meses, a pessoa perde completamente a visão dos dois olhos. "É como se o fio que liga a televisão à tomada de energia elétrica arrebentasse repentinamente", explica Rubens Belfort Junior, chefe da pesquisa no Brasil. "Uma vez afetado, não tem tratamento, não tem cura, não adianta cirurgia, não adianta nada", enfatiza o médico.
 
O problema é causado por uma disfunção na mitocôndria - organelo celular responsável pela geração de energia e oxigenação das células do corpo. Quando a pessoa desenvolve esta alteração genética, o nervo óptico deixa de transmitir informações para o cérebro. "As células da retina e do nervo se auto-lesam e param de funcionar", descreve o pesquisador. A parte externa do olho do paciente não sofre qualquer tipo de alteração.
 
Foi o que aconteceu com o filho de Maria Odete. Em 2001, Pedro Henrique passou a ter notas baixas na escola. "Quando fui conversar com ele, disse que não estava enxergando nada", conta. Em uma semana, o adolescente perdeu praticamente toda a visão dos dois olhos, e um mês depois foi diagnosticado com NHOL. "O médico disse que eu teria que aceitar, mas eu respondi que não iria me conformar em ver o meu único filho com uma doença dessas e não buscar uma solução."
 
Sem saber usar a internet nem falar inglês, Maria Odete enviou mais de 250 e-mails contando a história da família a pesquisadores e instituições de todo o mundo. Entre julho e agosto de 2001, a mensagem enviada contava que o filho de Odete era o trigésimo da família a ter a doença. A Ifond entrou em contato para iniciar um trabalho de pesquisa. Hoje, Pedro Henrique mantém parte da visão e é professor de Educação Física.
 
Em setembro de 2001, três meses depois do diagnóstico de Pedro Henrique, uma equipe de 14 pesquisadores desembarcou em Vitória. O objetivo era iniciar o trabalho de investigação para tentar descobrir as causas e tratamentos da síndrome hereditária. No total, o mapeamento genético contou com amostras de 320 pessoas da mesma família, inclusive de parentes já mortos. Todos os 296 familiares vivos fizeram testes de DNA mitocondrial, que identifica a disfunção genética. Os resultados sentenciaram que 135 membros da família Moschen vivos carregam a alteração que pode desenvolver a neuropatia óptica hereditária de Leber.
 
"Fizemos mapeamento epidemiológico, genético, fatores de risco e conseguimos identificar as diferentes gerações da família", recorda Belfort. "Agora estamos desenvolvendo técnicas diagnósticas mais apuradas, que permitam identificar que o indivíduo está perdendo a visão antes que ele próprio perceba". Os cientistas descobriram fatores de risco que podem desencadear o problema, como cigarro e álcool. Também criaram exames clínicos para identificar os sinais que antecedem a perda da visão.
 
Uma equipe de investigadores italianos quer entender a transmissão genética da síndrome. Eles analisaram cerca de 110 pessoas na Itália e encontraram seis portadores de NOHL com traços de DNA semelhante aos dos Moschen do Brasil.
 
Medicamento
A expectativa dos cientistas é de conseguir desenvolver uma droga ou tratamento que impeça o aparecimento ou, pelo menos, o agravamento da doença. Eles fizeram testes com Brimonidina, medicamento usado para tratar glaucoma, mas os resultados não foram bem sucedidos.
 
Um novo remédio é testado há dois anos em um grupo muito pequeno de pacientes. A droga desenvolvida nos Estados Unidos é usada para tratamento de outras doenças genéticas e foi apelidada por Maria Odete de "super vitamina". "A esperança é recuperar as células do nervo óptico", diz ela.
 
Belfort é categórico ao ressaltar que ainda é cedo para afirmar se o medicamento, um colírio, poderá ser usado no tratamento da NOHL. São necessários mais dois anos de aplicações diárias para, então, determinar sua eficácia. "A próxima possibilidade é tratarmos com implante dentro do olho o paciente de alto risco, que são cegos de um único olho ou aqueles que apresentam indícios de desenvolverem a doença, mas ainda não sabemos qual droga será utilizada", comenta o pesquisador.
 
Ao determinar as causas do desenvolvimento da NOHL, os cientistas acreditam poder obter pistas para tratar outras doenças. "Uma série de problemas sistêmicos e oculares podem estar relacionados a isso. Talvez até o glaucoma", cogita Belfort. Para o médico, saber como se desencadeia a NHOL não só evitará a cegueira destas pessoas, mas pode ajudar a medicina a avançar em relação a doenças que desafiam os cientistas há muito tempo.

Fonte Folhaonline

Estudo mapeia distúrbios do sono em crianças de São Paulo

Crianças que se mexem muito enquanto dormem, crianças insones, crianças que roncam, crianças que falam enquanto dormem, crianças que fazem xixi na cama.
 
 
São esses os principais distúrbios infantis do sono constados em uma pesquisa inédita da USP com 1.027 crianças entre três e cinco anos, matriculadas na rede de ensino da cidade de São Paulo.
 
A prevalência desses problemas é grande: 48,5% das crianças avaliadas movimentam-se muito enquanto dormem, 38% acordam durante a noite e demoram a voltar a dormir, 35% roncam, 21,9% fazem xixi na cama.
 
A maioria desses problemas tende a diminuir após os cinco anos, mas sucessivas noites mal dormidas podem prejudicar o desenvolvimento dos pequenos, levando-os a ter baixo crescimento, queda do rendimento escolar e alterações de humor.
 
O levantamento faz parte da tese de doutorado da fisioterapeuta e professora da USP Patrícia Daniele Araújo e serviu para validar um questionário brasileiro, usado pelos médicos no diagnóstico de problemas de sono.
 
Segundo Araújo, chama a atenção o fato de os problemas de sono atrapalharem a qualidade de vida da criança e da família e ainda assim serem vistos como "normais".
 
"Os pais se habituam com os distúrbios, acham que logo passa e nem se dão conta de que pode ser prejudicial ao filho. Os pediatras também costumam não perguntar sobre problemas de sono nas consultas de rotina."
 
A falta de um sono tranquilo e restaurador deixa a criança agitada, irritada e inquieta durante o dia. "Isso leva à falta de atenção, que afeta o rendimento escolar."
 
Segundo a neuropediatra Marcia Pradella-Hallinan, coordenadora da pediatria do Instituto do Sono, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), até os quatro anos a principal queixa dos pais é a dificuldade de a criança dormir ou voltar a dormir quando acorda na madrugada.
 
"Muitos pais não têm noção de que a criança precisa aprender a dormir. É preciso perder um tempo com o ritual. É a luz, a musiquinha, a historinha, o amiguinho de dormir", afirma.
 
Entre cinco e seis anos, o ronco é uma das queixas mais frequentes. "É um gasto energético muito importante."
 
O médico Rubens Reimão, professor livre-docente de neurologia do Hospital das Clínicas, reforça: "É anormal a criança roncar e ter apneia do sono [interrupções da respiração]. O problema tem que ser investigado e corrigido."
 
Em geral, o distúrbio está relacionado à obstrução das vias aéreas causada pelo crescimento das amígdalas e da adenoide (carne esponjosa na parte de trás do nariz), que dificulta a passagem de ar.
 
Nesses casos, explica o médico, é indicada a cirurgia para a retirada dessas estruturas. Quando há rinite alérgica, usam-se medicamentos.
 
Ana Clara, 6, foi submetida no mês passado a uma cirurgia dessas. "De início, a gente achava engraçado ela roncar. Brincávamos: 'Parece o pai'. Nem imaginávamos o mal que isso faz para a criança", relata a mãe, a comerciante Juliana Araújo, 30.
 
Segundo Reimão, se a criança não dorme direito por qualquer que seja o motivo, pode apresentar déficit de crescimento. Na infância, 90% da síntese do hormônio responsável pelo crescimento (GH) acontece à noite, na fase mais profunda do sono.
 
Fonte Folhaonline

Pesquisa aponta relação entre gene que causa câncer e autismo

Pesquisadores que olhavam para duas condições aparentemente não relacionadas --autismo e câncer-- descobriram que algumas pessoas com o transtorno de comportamento têm mutações em genes ligados ao câncer. Essas alterações podem causar o autismo.
 
Cerca de 10% das crianças com mutações em um gene chamado PTEN --que causa câncer de mama, cólon e tireoide e em outros órgãos-- têm autismo. Metade das crianças com alterações genéticas que causam alguns tipos de câncer de cérebro e rim também têm o transtorno.
 
O achado, porém, poderá ser aplicado a uma pequena parcela de pessoas com autismo; na maioria dos casos, a causa permanece desconhecida. Além disso, nem todos com a mutação desenvolverão autismo ou câncer.
 
Fonte Folhaonline