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sábado, 5 de maio de 2012

Turma do MBA em Gestão de Saúde e Infecção Hospitalar - Salvador

20 04 2012

Estresse pode causar queda de cabelo

Estresse desencadeira oleosidade do couro cabeludo, que induz à inflamação precipita a perda capilar

A perda de cabelo faz parte da lista de problemas de saúde que podem ser desencadeados pelo estresse. Segundo Leila Bloch, dermatologista e cirurgiã capilar, os cabelos são uma espécie de válvula de escape em nosso organismo. Em média, de 3 a 6 meses após um evento de estresse, como uma perda familiar, pode haver queda de cabelo mais intensiva. O evento, no entanto, é temporário, com os fios crescendo de novo.

O estresse aumenta a oleosidade do couro cabeludo, que induz à inflamação e, consequentemente, pode precipitar a perda capilar.

- Além disso, quanto maior a oleosidade, maior a transformação hormonal local que contribui, mesmo que em pequena relevância, para o processo de miniaturização ou afinamento dos fios que é uma das etapas do processo de calvície - alerta Leila.

Quem percebe uma queda de cabelos acentuada deve procurar um médico. Casos mais simples podem ser atenuados com o uso de shampoos, loções ou outros produtos adequados para o controle de oleosidade. No caso de calvície é preciso recorrer a tratamentos específicos.

Fonte Zero Hora

Vacinação contra a gripe de 5 a 25 de maio

Um em cada cinco homens se recusa a fazer exame para diagnóstico de câncer de próstata

São Paulo – Maior serviço público de urologia do estado de São Paulo, o Centro de Referência em Saúde do Homem atendeu 15 mil pacientes para consultas de oncologia e patologias da próstata em 2011. Desse total, 20% se recusaram a passar pelo exame retal para diagnóstico do câncer de próstata.

O coordenador do centro de urologia, Cláudio Murta, alerta que certos tumores só são detectados por meio do exame do toque, como é popularmente conhecido. Para ele, o percentual de homens que deixam de se submeter ao procedimento “é alto e preocupante”. “A gente sabe que o câncer de próstata é o mais comum que afeta os homens”, lembrou.

“Existe uma questão cultural de os homens acharem que, ao fazer o toque retal da próstata, vão perder a masculinidade”, acrescentou Murta sobre as razões que levam os pacientes a evitar o exame. Há ainda, segundo o médico, outros fatores, também culturais, que fazem com que o homem não cuide da saúde. “Tem uma questão também do homem, por ser o provedor da casa e não querer faltar ao trabalho para ir ao médico”, ressaltou.

Essas resistências vêm, entretanto, sendo vencidas ao longo do tempo, de acordo com Murta. “O que a gente percebe na prática clínica é que nos últimos dez, 15 anos, vem caindo gradativamente o número de homens que se recusam a fazer o exame. E isso se reflete nos números de diagnóstico precoce de câncer de próstata”, destacou o especialista.

A identificação da doença nos estágios inciais facilita o tratamento e o torna menos invasivo. A partir dos 45 anos, todos os homens devem fazer um check up anual. “Podemos afirmar que os homens estão mais conscientes e, por influência da esposa e dos filhos, buscam mais ajuda médica. Mesmo assim, eles ainda vivem menos do que as mulheres” diz Murta, ao alertar que o público masculino precisa dar mais atenção à saúde.

Fonte Agência Brasil

Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe começa hoje em todo o país

Brasília – Idosos a partir de 60 anos, crianças de 6 meses a 2 anos incompletos, grávidas em qualquer período da gestação, indígenas e profissionais de saúde devem procurar a partir de hoje (5) os postos de saúde para receber a vacina contra a gripe.

Ao todo, 65 mil postos em todo o país vão funcionar das 8h às 17h durante a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. As doses protegem contra os três tipos de vírus que mais circulam no Hemisfério Sul, entre eles o causador da influenza A (H1N1) – gripe suína, atendendo à recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). A meta do governo é imunizar 24,1 milhões de pessoas até o dia 25 de maio, equivalente a 80% do público-alvo.

Esses grupos foram escolhidos para tomar a vacina pois estudos mostram que são mais suscetíveis a doenças respiratórias. Pela primeira vez, cerca de 500 mil presos serão vacinados contra a gripe durante a campanha.

Crianças que serão imunizadas pela primeira vez devem tomar duas doses, com intervalo de 30 dias. Aquelas que já receberam uma ou duas doses da vacina no ano passado devem receber apenas uma este ano. Os demais grupos devem tomar dose única.

A vacina não é recomendada para quem tem alergia à proteína do ovo ou apresentou reações adversas às doses anteriores. Pacientes com doenças agudas, neurológicas ou febre devem consultar um médico antes de tomar a vacina.

O Ministério da Saúde garante que a vacina não provoca efeitos colaterais. A pessoa pode sentir somente dor leve ou sensibilidade no local da injeção. Se alguém pretende doar sangue, é preciso aguardar 48 horas após ser imunizado.

Em 2011, de acordo com dados do ministério, 25,134 milhões de pessoas foram vacinadas – 84% do público-alvo definido. No mesmo período, foi registrada uma redução de 64% nas mortes provocadas pelo vírus Influenza H1N1. Ao todo, 53 óbitos foram confirmados. Também no ano passado, houve queda de 44% nos casos graves da doença, que totalizaram 5.230.

Fonte Agência Brasil

Raiz de alcaçuz combate bactérias bucais

Quando o assunto é balas de alcaçuz, é possível que você queira trocar as outras guloseimas por uma bala que possa ajudar a manter seus dentes e gengivas saudáveis. A raiz seca de alcaçuz – uma erva algumas vezes utilizada para tratar dor de garganta, problemas respiratórios e digestivos e outros distúrbios – pode ser um agente eficaz no combate às bactérias que causam cárie dentária e doença periodontal, segundo um estudo recente.

No estudo, publicado no Journal of Natural Products, o autor Stefan Gafner Ph.D., um pesquisador da empresa de produtos naturais Tom’s of Maine, (divisão da Colgate-Palmolive) relatou que dois compostos encontrados na raiz seca de alcaçuz são substâncias antibacterianas eficazes que podem evitar o crescimento de várias bactérias mais importantes ligadas à cárie dentária e à doença periodontal.

No estudo, a licoricidina e a licorisoflavan A, inibiram duas das principais bactérias responsáveis pelas cáries dentárias e duas das bactérias que provocam a doença periodontal, sendo que a licoricidina também inibiu uma terceira bactéria da doença periodontal.

A raiz do alcaçuz é usada com frequência na medicina tradicional chinesa e na medicina alternativa como um aditivo que potencializa a atividade de outros ingredientes herbários. Fora dos Estados Unidos, também tem sido estudado o seu uso como terapia alternativa para pacientes portadores de Hepatite C.

A raiz do alcaçuz também é usada como ingrediente para refrescar o hálito em alguns cremes dentais naturais. Num simpósio de 2009, sobre a cárie da primeira infância em crianças nativas do Alasca e índios americanos, na Universidade da Califórnia, Los Angeles, o pesquisador Wenyuan Shi, Ph.D., apresentou resultados de estudos que mostravam que o extrato da planta do alcaçuz, quando adicionado a pirulitos, matava bactérias causadoras da cárie em crianças pequenas.

As balas com sabor de alcaçuz que os consumidores compram nas lojas, porém, não contêm raiz de alcaçuz. Esses doces contêm óleo de anis, que possui um sabor similar.

A raiz do alcaçuz deve ser usada com cuidado após consultar um profissional de saúde bucal, uma vez que ela possui sérios efeitos adversos e interações negativas com medicações vendidas sob prescrição.

Fonte Colgate-Palmolive

Curiosidades sobre a banana

Banana: parte interna da casca ajuda na cicatrização
Além de ser boa para os músculos, a fruta ajuda a combater a TPM e prisão de ventre

Originária da Ásia, a banana é, talvez, a mais brasileira das frutas. Gostosa e fácil de comer – a fruta vem protegida por uma casca simples de abrir – ela é rica em potássio, mineral fundamental para o bom funcionamento dos músculos. Mas a inimiga número 1 das cãibras tem outras funções interessantes.

Confira.

Casca cicatrizante
A parte interna da casca da banana verde contém uma substância com poder cicatrizante – a leucocianidina. Por conta disso, é muito popular a recomendação de passá-la sobre a pele, em queimaduras e feridas leves, e também em fissuras nos mamilos causadas pela amamentação.

A nutricionista Joana Lucyk, da Clínica Saúde Ativa, de Brasília (DF), no entanto, faz um alerta: a eficácia não tem comprovação científica e, muitas vezes, o risco do benefício não vale a pena “Estimular a cicatrização com a casca interna da banana pode favorecer o início de um processo infeccioso por causa do contato da pele com a casca externa, que muitas vezes carrega micro-organismos” frisa.

Parceria contra ressaca
A banana é fonte de carboidratos e vitaminas do complexo B, compostos essenciais para metabolizar o álcool. Portanto, quando for a uma festa e exagerar na dose, inclua a fruta no café da manhã. “Na verdade, as frutas em geral ajudam a ‘curar’ a ressaca”, avisa Joana. Ainda segundo a nutricionista, além de apostar em nutrientes que ajudam a desintoxicar, deve-se caprichar na hidratação.

Ajudinha no bom humor
Segundo um estudo realizado em 2007 pelo Instituto de Pesquisa de Alimento e Nutrição, nas Filipinas, ingerir de duas ou três bananas por dia seria uma ótima maneira de combater a depressão. O responsável por essa façanha, de acordo com os cientistas, seria um composto chamado triptofano, que estimula a produção de serotonina (neurotransmissor relacionado às sensações de saciedade e bom-humor).

Apesar de ser muito cedo para afirmar que a fruta é eficiente contra a depressão, pelo menos dá para comemorar o fato dela ser bem abastecida com triptofano e vitaminas B6, B9 e B12. De acordo com a nutricionista Joana Lucyk, essas substâncias são muito importantes durante a tensão pré-menstrual (TPM), já que nesse período os níveis de serotonina costumam estar em baixa.

Verde bom para a saúde
Durante o processo de maturação, a banana sofre modificações significativas em sua composição química. Para se ter ideia, de 12% a 20% do amido resistente (AR) presente na fruta vai embora, dando lugar aos açúcares solúveis – com predominância da sacarose. Uma pena, pois esse composto é ótimo para a saúde (principalmente a do intestino)! Isso porque ele é um tipo de fibra insolúvel, que resiste à digestão e absorção no organismo e ajuda no desenvolvimento de bactérias boas para a flora intestinal – uma propriedade importantíssima para quem sofre de prisão de ventre e diverticulite (inflamação do cólon), por exemplo.

“O amido resistente, como fonte de fibra proveniente da banana verde, também faz o volume fecal aumentar e dissolve compostos potencialmente tóxicos e cancerígenos”, conta Magda Taipina, nutricionista do IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), na capital paulista. Por isso, ele é visto como um grande aliado na prevenção contra o câncer de intestino.

A nutricionista ainda lembra que a presença do amido no organismo favorece a formação dos ácidos butírico e propiônico. “O primeiro é um protetor das células do intestino e, por isso, também ajuda a reduzir as chances de surgimento de câncer. Já o segundo é conhecido por inibir a síntese de gorduras, diminuindo os níveis de colesterol ruim (LDL) no sangue e protegendo contra doenças coronarianas”, explica.

Não se pode esquecer que os consumidores de amido resistente correm menos risco de desenvolver obesidade e diabetes. Isso porque o organismo não consegue digeri-lo e absorvê-lo completamente, o que evita a liberação de altas taxas de glicose no sangue.

Versatilidade
Antes que comece a comprar só banana verde, um aviso: não é necessário (e muito menos prazeroso!) consumi-la in natura para conseguir os benefícios do amido resistente. “Pode-se utilizar a polpa e a farinha da fruta verde em inúmeras preparações, como sucos, maionese, pão, biscoitos, feijão, etc. Até produtos industrializados podem ser encontrados, como o macarrão de banana verde”, conta Magda, garantindo que o sabor das receitas só rende elogios.

Fonte iG

Conheça a banana light

Banana da variedade Thap Maeo tem apenas 58 calorias
Variedade tem menos calorias e mais fibras do que as consumidas tradicionalmente

Embora Carmem Miranda tenha popularizado a frase “banana engorda e faz crescer”, a máxima, agora, não pode mais ser aplicada a qualquer variedade da fruta.

Um estudo da pesquisadora Beatriz Rosana Cordenunsi, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), avaliou quatro tipos de bananas consumidas no País e decobriu que a campeã no quesito redução de calorias é a Thap Maeo, uma variedade originária da Ásia e ainda pouco conhecida por aqui.

Ela tem apenas 58 calorias em cada 100g, menos da metade da banana nanica, por exemplo. O valor pode variar um pouco, para cima ou para baixo, dependendo do manejo e da plantação.

Depois dela, está a banana maçã, com 70 calorias, a prata, com 90, e a nanica, com 120 calorias. Além de ser a mais light entre todas, a Thap Maeo também contém o dobro de fibras, essenciais para o bom funcionamento do intestino.

O tamanho e o formato da Thap Maeo lembram o da banana maçã, assim como o sabor. Renata Cruz, chef de cozinha do restaurante Amici e responsável por um dos melhores bolos de banana de São Paulo, aprovou: “Ela é menos doce, mas não se sente falta do açúcar. E a textura dela é boa, não esfarela", opina.

Catita Barbosa, do restaurante Aconchego Carioca, no Rio de Janeiro, também aprovou: "não gosto muito de banana, mas essa é gostosa. Ela é menos ácida."

João Luiz Brandão Martins Junior, produtor da fruta há 10 anos – a colheita média dele é de 180 toneladas por ano–, garante que o diferencial não está apenas na qualidade nutricional.

“A produção é toda orgânica, já própria desse tipo de banana”, relata. Além disso, a Thap Maeo é mais delicada, tem a casca mais fina e sensível e, portanto, exige um cuidado maior no transporte.

“Depois da colheita, os cachos são colocados em cima de colchões para o transporte. E entre cada penca e outra, colocamos espuma para preservar a fruta”, conta.

Todo esse cuidado, aliado à menor produtividade típica da planta, faz com que a banana chegue ao consumidor com o preço quase três vezes acima das demais. Em alguns supermercados paulistas o quilo dessa variedade sai, em média, R$8, enquanto que as bananas tradicionais variam de R$2 a R$3. Além disso, a variedade é difícil de ser encontrada em grandes redes de mercado, sendo mais comum em empórios e lojas de produtos naturais ou orgânicos.

A banana é uma das frutas mais consumidas no mundo. O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking das frutas tropicais em volume de produção: são 6,8 milhões de toneladas por ano.

Fonte iG

Estudo indica que câncer de ovário começa nas trompas

Descoberta pode ajudar a desenvolver novos tratamentos contra a doença

Um grupo de pesquisadores americanos conseguiu recriar em laboratório o processo de formação do câncer de ovário, produzindo evidências sólidas de que os tumores começam nas trompas de falópio, e não nos próprios ovários, de acordo com um estudo publicado esta semana.

A descoberta pode ajudar a descobrir novas maneiras de combater o câncer nos ovários – que, na maior parte dos casos, não apresenta sintomas que permitam seu diagnóstico precoce, espalhando-se pelo organismo sem ser percebido.

O câncer nos ovários é o quinto mais mortífero para as mulheres. Ao todo, afeta 200.000 pessoas por ano, matando cerca de 115.000 em média. Estudos anteriores já haviam desenvolvido hipóteses dando conta de que este carcinoma pode, na verdade, ter origem em algum outro órgão, mas a pesquisa dos cientistas do Instituto do Câncer Dana-Farber, de Boston (EUA), é a primeira a mostrar como a doença começa no tecido das trompas de falópio.

As trompas de falópio – ou tubas uterinas – são os canais por onde o óvulo desce dos ovários para o útero durante o ciclo reprodutivo feminino. Ronny Drapkin, principal autor do estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, disse que análises anteriores feitas com tecido tubário de mulheres com predisposição a desenvolver o câncer de ovário já haviam mostrado "traços de células que eram antecessores de sérios tipos de câncer". Assim, sua equipe decidiu tentar replicar o processo de formação do câncer dentro do laboratório.

Os pesquisadores usaram células tubárias e alteraram sua programação genética para que elas se dividissem como células cancerosas.

"Da mesma forma que as células de um tumor, estas células cancerosas 'artificiais' se proliferaram rapidamente e conseguiram deixar seu tecido de origem para crescer em outro local", indica o estudo.

"Quando implantadas em cobaias animais, elas também deram origem a tumores estrutural, genética e comportamentalmente semelhantes ao HGSOC (sigla científica para câncer de ovário) humano", explica.

Para Drapkin, a descoberta mostra que as células tubárias são a fonte do câncer de ovário, e dá pistas para o desenvolvimento de futuros tratamentos.

"Estudos como este vão nos ajudar a identificar os diferentes tipos de câncer de ovário e, possivelmente, a descobrir marcadores biológicos – proteínas no sangue – que apontam a presença da doença", afirmou Drapkin, que é professor assistente da Escola de Medicina de Harvard.

Fonte Delas

Câncer de ovário é o mais difícil de ser diagnosticado

Sintomas pouco específicos e ausência de exames característicos dificultam o reconhecimento da doença

Aos 29 anos, Ana Paula Ferreira do Nascimento teve que rever seus planos de ter filhos. A barriga que crescia a olhos vistos não era sinal de que a farmacêutica estava grávida, mas sim de um tumor maligno que comprometeu os dois ovários, parte do intestino e do peritônio.

“Eu tinha um leve sangramento e dor. Depois, a barriga foi crescendo. Parecia que eu estava grávida, eu ia ao banco e as pessoas me davam licença na fila”, conta.

Um ultrassom transvaginal confirmou o câncer. O tamanho preocupou os médicos e levou-a para a mesa de cirurgia dias depois do diagnóstico para retirada dos ovários. A notícia não abalou a moça de sorriso fácil, que fala da doença com simplicidade, coragem e determinação.

“Deixaram o útero para que eu pudesse tentar ter filhos com inseminação”, afirma. “Decidi lutar. Essa coisa não nasceu comigo, então eu tenho que ser mais forte”, diz.

Apenas alguns meses após a primeira operação, Ana Paula teve que passar por uma segunda cirurgia, na qual parte do peritônio foi retirada. Agora, começou as sessões de quimioterapia.

“Os cabelos não vão cair, mas na cirurgia tiraram meu umbigo”, ri.

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima o diagnóstico de 6.190 novos casos de câncer do ovário em todo o País este ano. A cada 100 mil mulheres, seis devem desenvolver a doença semelhante a de Ana Paula. O câncer de ovário é o sétimo mais incidente na população e, em 2009, 2.963 mulheres morreram vítimas dele.

“Os sintomas não são específicos, por isso, as mulheres se confundem e o diagnóstico precoce se torna mais difícil”, afirma Glauco Baiocchi Neto, diretor do departamento de ginecologia do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo.

Em estágio mais avançado, o tumor pode pressionar a região, causando dor, inchaço, prisão de ventre ou sangramento.

“Ainda não temos novos exames nessa área. É o tipo de câncer que temos mais dificuldade de diagnosticar”, completa Elza Mieko Fukazawa, ginecologista do mesmo hospital. Por esses motivos, cerca de 3/4 dos cânceres desse órgão apresentam-se em estágio avançado no momento do diagnóstico. Segundo Baiocchi Neto, 85% dos casos estão no epitélio, a camada que dá sustentação.

Os principais fatores de risco são histórico familiar e idade (a maioria dos casos aparece na menopausa). Episódios como o de Ana Paula, em que a doença se manifesta antes dos 45 anos, são raros: apenas 1 em cada 15.

Essa doença tem um forte componente genético e está ligada aos genes BRCA1 e BRCA2, que também podem causar câncer de mama. Em geral, mulheres com esses genótipos têm de 45% a 25% mais chance de desenvolver câncer em qualquer fase da vida.

Outros fatores de risco importantes são a terapia de reposição hormonal, o tabagismo e a obesidade. Além disso, alguns estudos reportam uma relação direta entre o desenvolvimento do câncer ovariano e a menopausa tardia, alerta o INCA.

Mulheres com endometriose também devem ficar atentas. A inflamação ocasionada no endométrio pode contribuir para o aparecimento do câncer de ovário.

“Estudos sugerem que o risco de câncer do ovário dobra em mulheres portadoras dessa doença em comparação com as que não a têm”, afirma o Instituto Nacional de Câncer.

Alguns estudos apontam o uso de pílula anticoncepcional por mais de cinco anos como um fator protetor contra esse tipo de neoplasia.

“É como se você deixasse o ovário quietinho, sem ovular, por todo esse tempo”, explica Baiocchi Neto.

Fonte Delas