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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Saiba como identificar os animais peçonhentos mais perigosos

Assista ao especialista do Instituto Butantan fala sobre as características dos animais e como evitar picadas de aranhas, escorpiões e aranhas

link: http://tvig.ig.com.br/id/5103f665068a396cdd000014.html
 
Durante o período entre os meses dezembro e março aumentam em cerca de 30% os acidentes com picada de animais peçonhentos no Brasil, por causa do aumento da circulação destes animais, em função de seus ciclos de nascimento e reprodução.
 
No país, de acordo com dados do Instituto Butantan, ocorrem cerca 57 mil acidentes por ano com picadas de escorpião, seguidos por um pouco menos de 57 mil casos por ano de picadas de aranhas e 36 mil de cobras.
 
Marcelo Bellini Lucas, biólogo do Museu do Instituto Butantan em São Paulo, afirma que é preciso saber reconhecer estes animais, pois dependendo da espécie há maior ou menor risco de morte. O escorpião amarelo ( Tityus serrulatus ) é o animal que causa mais acidentes no país. Ele está distribuído na região sudeste e centro oeste e as fêmeas se reproduzem sem a presença de um macho. Cada fêmea libera cerca de mil ovos, sendo que apenas 100 viram novos filhotes.
 
Em segundo lugar entre os casos de acidentes vêm as picadas de aranhas. A aranha armadeira ( Phoneutria sp ) é um animal grande com 10 cm de comprimento que se abriga entre materiais de construção, por exemplo. Diferente da picada da aranha armadeira que é dolorosa, a picada da aranha marrom ( Loxosceles sp ) só é percebida cerca de uma semana depois com os pontos de necrose, quando o problema a já está avançado.
 
Cerca de 90% dos casos de acidentes com serpentes e causada pelo grupo das jararacas ( Bothrops sp ) que compreende cerca de 30 espécies em todo o país. Embora seja menos comum, a picada das cascavéis (generos Crotalus e Sistrurus ) é a que mais mata no Brasil, por ser muito mais letal que a das jararacas, das aranhas e dos escorpiões.

Fonte iG

FAO destaca risco de novos focos de gripe aviária

Sem controles adequados, o vírus poderia propagar-se
facilmente a nível mundial, como aconteceu em 2006,
ano em que 63 países foram afetados
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura destaca o risco da doença caso a vigilância e o controle não sejam reforçados em todo o mundo
 
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) advertiu nesta terça-feira (29/1) para a possibilidade de risco de novos focos de gripe aviária, caso a vigilância e o controle da doença não sejam reforçados em todo o mundo.

"A continuidade da crise econômica mundial implica que há menos dinheiro disponível para a prevenção da gripe aviária do tipo H5N1 ou outras de origem animal", adverte em um comunicado o diretor veterinário da FAO, o espanhol Juan Lubroth.

Segundo a FAO, uma rígida vigilância é necessária, pois existem amplas reservas de vírus H5N1 em alguns países da Ásia e do Oriente Médio, onde a doença é endêmica.

Sem controles adequados, o vírus poderia propagar-se facilmente a nível mundial, como aconteceu em 2006, ano em que 63 países foram afetados.

Entre 2003 e 2011, 400 milhões de frangos e patos de curral morreram ou foram sacrificados em consequência da doença, o que representou perdas de quase 20 bilhões de dólares.
 
Fonte Correio Braziliense

Homens que se dedicam a tarefas domésticas têm menos relações sexuais

Quanto mais tempo um homem casado se dedica às tarefas domésticas,
como cozinhar, menos relações sexuais tem com a esposa
Estudo aponta que a frequência de relações sexuais tem a ver com papéis 'tradicionais' concedidos a cada um dos sexos
 
Quanto mais tempo um homem casado se dedica às tarefas domésticas, como cozinhar, menos relações sexuais tem com a esposa, segundo um estudo divulgado no número de fevereiro da Revista americana de Sociologia.

O contrário ocorre quando o marido se dedica ao jardim ou ao automóvel, segundo as conclusões do relatório, que destaca "a importância dos papéis tradicionalmente concedidos a cada um dos sexos" e sua influência na frequência das relações sexuais em um casamento heterossexual.
 
"Existe um tipo de cenário sexual bem definido para cada gênero, no qual a gestão segundo o gênero é importante para o desenvolvimento do desejo sexual", afirma Sabino Kornrich, pesquisador do Instituto Juan March de Madri, que realizou o estudo junto às sociólogas da Universidade de Washington Julie Brines e Katrina Leupp.
 
Mas as conclusões do estudo, que se baseia nas respostas de 7.002 entrevistados, não deve levar os homens a deixar de ajudar na manutenção do lar: "Rejeitar participar das tarefas domésticas provoca conflitos no casal e a insatisfação das esposas".
 
Fonte Correio Braziliense

Desejo de fumar pode ser neutralizado por estímulos magnéticos, diz estudo

Cientistas também conseguem determinar regiões do córtex frontal onde a dependência se forma através de ressonância magnética
 
O desejo de fumar pode ser neutralizado através da aplicação de estímulos magnéticos em determinadas zonas do cérebro, segundo os resultados de um estudo de cientistas japoneses e canadenses publicado pela revista americana PNAS. Os cientistas conseguiram, através das tecnologias de imagem de ressonância magnética funcional (IRMf) e estímulo magnético transcraniano (SMT), determinar as regiões do córtex frontal onde a dependência se forma.
 
Também determinaram que o desejo de fumar se formaria a partir de uma comunicação anormal de zonas de lóbulos frontais envolvidas nos processos de decisão. "Nosso estudo demonstra que a necessidade de fumar não depende apenas do fato de os fumantes estarem ficando sem nicotina", disse Takuya Hayashi, do Centro RIKEN do Japão para a Ciência de Imagem Molecular.
 
Um "circuito neural que participa na tomada de decisões e no autocontrole" também influencia, acrescentou Hayashi. O estudo IRMF e SMT de dez fumantes demonstrou que quando eles eram submetidos a imagens de pessoas fumando surgia um estado de dependência.

"Isto concorda com a opinião de que a toxicomania seja uma patologia da tomada de decisões", disse, por sua vez, o médico canadense Alain Dagher, de Montreal. Estas pesquisas "podem conduzir ao desenvolvimento de tratamentos para o tabagismo e outros vícios" que levem em conta as redes de neurônios, disse Hayashi.
 
Fonte Correio Braziliense

Alimentação a base de salmão ajuda a amenizar sintomas da menopausa

Alimentação a base de salmão ajuda a amenizar sintomas da menopausa Thriftyfoods/Reprodução
Óleo encontrado no salmão é essencial para ter uma boa pele
 e ainda eleva o alto astral
Ômega 3 presente no peixe é um aliado saudável para controlar a dieta no período
 
Com a diminuição da função ovariana, a produção dos hormônios femininos progesterona e estrogênio sofre uma brusca redução, o que acarreta um período de mudanças hormonais chamado menopausa.

A menopausa, que ocorre entre os 40 e 50 anos, tem como principal característica o término do ciclo menstrual, e é conhecida por seus sintomas corporais, que variam entre ondas de calor, insônia e tonturas.

Para amenizar os sintomas do período da menopausa, é ideal manter uma rotina de alimentação com alto consumo de ômega 3. O óleo encontrado em peixes como o salmão é primordial para manter a vitalidade da pele, contribui para a diminuição dos períodos depressivos da fase e eleva o alto astral.

Confira as dicas de alimentação e qualidade de vida para passar por esse período com mais saúde e bem-estar:

- Coma salmão três vezes por semana.

- Evite o consumo de carne vermelha e alimentos com alto nível de gorduras saturadas.

- Diminua o consumo de alcóol, refrigerantes e cafeína, pois aumentam as incômodas ondas de calor.

- Priorize as gorduras saudáveis como o ômega 3 e diminua o consumo de gorduras saturadas e trans para prevenir doenças do coração e aumentar a disposição.

- Consuma fibras regularmente, é fundamental para o bom funcionamento intestinal e para evitar o inchaço.

- Controle seu peso corporal para evitar outras doenças, como derrame.

- Pratique exercícios físicos diariamente para queimar calorias e regular a pressão.

- Evite ao máximo o consumo de alimentos industrializados.
 
Fonte Diário Catarinense

Enchentes podem causar doenças

O uso de botas e luvas de proteção é indispensável para evitar o
 contato com a água da enchente, o que pode causar infecções na pele
Muitas regiões brasileiras ainda sofrem com as enchentes, especialmente nesta época do ano. O que muitas pessoas não sabem é que, além dos danos materiais, as inundações podem causar doenças, que ocorrem devido à ingestão de água contaminada e ao contato dessa com a pele.
 
O lixo acumulado nas ruas ou jogado nos rios favorece a proliferação de insetos e animais que podem causar doenças, como insetos, baratas e ratos. O Ministério da Saúde sugere algumas medidas que podem ajudar na prevenção dessas doenças.
 
É fundamental a ingestão de água potável. Em caso de desabastecimento, existem duas opções: a primeira é filtrar e ferver a água, e a segunda é procurar nas secretarias municipais ou estaduais o hipoclorito de sódio (2,5%), que é distribuído gratuitamente.
 
Além disso, o uso de botas e luvas de proteção é indispensável para evitar o contato com a água da enchente, o que pode causar infecções na pele. É preciso ficar atento ao aspecto e qualidade do alimento a ser consumido. Aqueles que tiveram contato com a água das enchentes devem ser descartados, mesmo os de horta.
 
Entre as doenças que podem ser adquiridas com comida e água contaminadas estão diarreias, vômitos, febre que, em casos mais graves, pode resultar em morte.
 
A volta para casa só deve ser feita após autorização da Defesa Civil, e a limpeza da residência deve ser realizada com água, sabão e água sanitária, realizada sempre com o uso de equipamentos de proteção, como calças, botas e luvas. A vacinação é importante para evitar doenças como o tétano, sendo que as vacinas estão disponíveis gratuitamente nos postos de saúde.
 
Devido às inundações, podem ocorrer acidentes com serpentes, aranhas e escorpiões. Por isso, é necessário aumentar a atenção no momento da limpeza, já que esses animais peçonhentos podem se esconder em locais como roupas, móveis e sapatos. A caixa d’água, item esquecido por muitos durante a limpeza, também deve ser lavada.
 
As principais doenças que podem ocorrer nestas situações são a leptospirose, hepatite A, doenças diarreicas e respiratórias, dengue, febre tifoide e cólera. Além disso, a água que pode ficar acumulada após a inundação pode virar criadouro para o mosquito da dengue.
 
Fonte Portal da Saúde

Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor processa laboratório farmacêutico

AdA empresa omitiu informação aos consumidores sobre o risco
 à saúde e à segurança do lote 3EB03 do xarope Bronxol
O Ministério da Justiça abriu processo administrativo contra a Cifarma Farmacêutica. A empresa omitiu informação aos consumidores sobre o risco à saúde e à segurança do lote 3EB03 do xarope Bronxol.
 
O despacho está publicado no Diário Oficial da União de ontem(30).
 
De acordo com Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, da Secretaria Nacional do Consumidor de Defesa do Consumidor, do Ministério da Justiça, a Cifarma deveria ter feito uma campanha de alerta sobre o remédio, porque alguns frascos do lote 3EB03, com prazo de validade até abril de 2014, foram rotulados com a apresentação infantil, embora sejam para uso adulto.
 
Fonte Agência Brasil

Hospital francês testa em fevereiro vacina desenvolvida para tratamento da aids

Os voluntários vão receber, durante quatro meses, doses com
porcentagens variáveis da vacina desenvolvida pela equipe
 do professor Erwann Lorett
No próximo mês, quase 50 pacientes voluntários do hospital de Marselha, no Sul da França, vão receber uma vacina que foi desenvolvida no país para o tratamento da aids. A vacina que ainda está em estudo é pesquisada há mais de 15 anos.
 
De acordo com as equipes responsáveis, os testes feitas em macacos nesse período mostraram resultados positivos: o HIV deixou de ser detectado pelos exames depois de dois meses de tratamento. Os resultados motivaram a Agência Francesa de Segurança de Remédios a autorizar o início dos testes em humanos.
 
Os voluntários vão receber, durante quatro meses, doses com porcentagens variáveis da vacina desenvolvida pela equipe do professor Erwann Lorett. Se o resultado for positivo nesses casos, mais 80 pacientes também serão vacinados.
 
Mesmo diante da notícia, especialistas recomendam prudência. Os pesquisadores lembram que a nova esperança para os portadores do HIV não é diretamente combater o vírus, mas reforçar o sistema imunológico, substituindo os pesados tratamentos com o coquetel de remédios contra a aids, que tem muitos efeitos colaterais.
 
Representantes da Agência Francesa de Pesquisa contra a aids e da associações de luta contra a doença adotaram um tom de cautela diante da notícia, ao lembrar que atualmente existem cerca de 25 vacinas contra a Aids sendo testadas no mundo. Segundo essas instituições, se a eficiência das vacinas for comprovada, os soropositivos vão poder, na melhor das hipóteses, controlar o vírus, mas não eliminá-lo do organismo.
 
*Com informações da Rádio França Internacional
 
Fonte Aência Brasil

Interditados produtos usados em exames de ressonância magnética em Campinas

De acordo com a Anvisa, duas mortes ocorreram durante o
exame de ressonância magnética e a outra após o exame
São Paulo – Os exames de ressonância magnética e de tomografia feitos com contraste voltaram a ser feitos ontem (30) em Campinas (SP). Os procedimentos haviam sido suspensos terça-feira (29), após a morte de três pessoas no hospital particular Vera Cruz. A Vigilância Sanitária Estadual, porém, interditou cautelarmente no estado os produtos que foram utilizados nos pacientes que morreram após os exames.
 
Todos os produtos (soro e solução injetável), tanto os lacrados como os já usados, foram recolhidos e serão analisados no Instituto Adolfo Lutz.
 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está acompanhando a investigação – foram enviados três técnicos para o município. A Vigilância Sanitária Estadual também enviou uma equipe da farmacovigilância e de radiação ionizante para auxiliar os trabalhos, que são de responsabilidade da Vigilância Sanitária Municipal. De acordo com a Anvisa, duas mortes ocorreram durante o exame de ressonância magnética e a outra após o exame.
 
Lista dos produtos interditados:
Magnevistan, solução injetável, Lote 11568D, com validade: 3/2015, fabricado por Bayer S.A, registro MS 1.7056.0065;

Dotarem, solução injetável, Lote 12GD324C, com validade: 10/2015; fabricado por Guerbet Produtos Radiológicos,com registro MS 1.4980.0016

Soro Fisiológico (NaCl) 250ml, fabricado por Eurofarma Laboratórios Ltda, Lote 252731, com validade: 8/2014;

Soro Fisiológico 500ml, fabricado por Eurofarma Laboratórios Ltda, Lote 249031, com validade: 8/2014;

Soro Fisiológico 250ml, fabricado por Eurofarma Laboratórios Ltda, Lote 245825, com validade: 7/2014;

Soro Samtec 10ml, Lote SOG, validade: 2/2014; Lote SSN validade: 5/2014;

Soro Equipex 10ml, Lote 1230970, validade: 7/2014.
 
Fonte Agência Brasil

Rio de Janeiro tem mais de 6 mil casos suspeitos de dengue

Rio de Janeiro – O estado do Rio de Janeiro registrou 6.131 mil casos suspeitos de dengue entre os dias 1º e 26 de janeiro de 2013. Não foi notificada nenhuma morte. No mesmo período do ano passado, foram registrados 7.766 casos suspeitos da doença, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde.
 
Segundo o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da secretaria, Alexandre Chieppe, a circulação do vírus tipo 4 no estado deixa a população mais vulnerável à doença. A maioria não tem imunidade contra esse vírus. “Nós já verificamos uma intensificação da transmissão em alguns municípios da região noroeste, particularmente em Itaperuna, Miracema, Aperibé e Itaocara, uma região que historicamente começa a ter casos de dengue mais precocemente, nos meses de dezembro e janeiro. Neste momento, temos uma transmissão mais intensa em Campos, Rio das Ostras, Rio Bonito e Itaboraí”, explicou.
 
Chieppe informou que houve também aumento da transmissão em Xerém, distrito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, que sofreu com os estragos causados pelas chuvas no início do ano. “O restante da Baixada até o momento não apresenta alta transmissão, mas é importante ressaltar que não é ainda no mês de janeiro que ocorre o maior número de casos, que se dá entre os meses de março e abril. Então, a gente não pode garantir que não vai ocorrer nenhum problema nesses municípios”, disse o superintendente.
 
Em todo o estado, cerca de 10 mil agentes de saúde estão atuando no controle da doença. Até o momento, oito centros de hidratação foram instalados, sendo um em Xerém, um em Nova Iguaçu, e o restante no noroeste do estado. Hoje (31), está prevista a instalação de mais um centro no município de Sapucaia.
 
“Nós devemos realizar um roteiro de inspeção por dez minutos por semana na nossa residência, seguindo um check list de todos os locais que podem acumular água parada, desde aquele ralo esquecido no jardim, o vaso sanitário afastado que não é utilizado, até os mais comuns, como a caixa d'água ou uma calha de água entupida. Se cada um fizer sua parte, conseguiremos eliminar 90% dos possíveis focos do mosquito que hoje identificamos no estado”, acrescentou o superintendente.
 
Um levantamento feito na capital fluminense, entre os dias 6 e 12 de janeiro, apontou que cerca de 70% dos criadouros do mosquito transmissor está dentro das casas. A cada 1.000 casas vistoriadas pelos agentes de saúde, 17 têm criadouros da dengue, o equivalente a um índice de infestação de 1,7%. No mesmo período de 2012, o índice de infestação médio no Rio chegava a 2,3%, representando uma queda de 26%. O levantamendo foi conduzido pela Secretaria Municipal de Saúde e a Defesa Civil.
 
Fonte Agência Brasil

Médicos intensivistas brasileiros serão treinados para atender em acidentes com múltiplas vítimas

Treino de simulação do SAMU em Itapetininga
Rio de Janeiro - A Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), que representa os profissionais que atuam nas unidades de tratamento intensivo (UTIs), quer implantar no Brasil o curso de catástrofe e desastres (Fundamental Disaster Management-FDM) da Sociedade Norte-Americana de Medicina Intensiva.
 
O primeiro curso está previsto para abril, em Goiânia, e há dois programados para São Paulo no final daquele mês. Especialistas dos Estados Unidos e de Portugal participarão dos cursos já programados. A expansão do treinamento para todo o país depende de parceria com o Ministério da Saúde, disse ontem (30) à Agência Brasil o presidente da Amib, José Mário Teles. Na semana passada, médicos intensivistas brasileiros participaram do FDM.
 
Teles destacou que o curso existe há mais de oito anos nos Estados Unidos, em função de ataques terroristas, desastres naturais, infecções virais e pandemias. “Existe esse conceito nos Estados Unidos que um hospital de porta aberta, isto é, um hospital de emergência, tem que estar preparado para atender uma situação de múltiplas vítimas”.
 
A ideia da Amib é trazer o curso para o Brasil em função dos grandes eventos que estão programados para o país, como a Copa do Mundo de 2014. “Se vamos nos preparar para eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, temos que ter essa conscientização, porque aglomerar pessoas em estádios, festas, é uma situação que propicia esse tipo de coisa”.
 
Para o presidente da Amib, o Brasil não está preparado para o atendimento súbito de muitas vítimas. Ele disse que a taxa de ocupação nos hospitais brasileiros é de quase 100%, com um número significativo de pacientes aguardando horas na fila de emergência para serem atendidos. Para Teles, planejamento é a palavra-chave quando se tem uma situação em que aumenta de maneira súbita o número de feridos. Segundo ele, se não houver planejamento de pessoal, material, equipamentos e de espaço, a situação se complica.
 
O médico informou que existem atualmente tendas infláveis que podem ser montadas do lado de fora dos hospitais, em apenas um minuto e 15 segundos, para atendimento de 30 pessoas em macas. “Ou seja, tem que ter mais profissionais, mais equipamentos, materiais, medicamentos e mais espaço. Um hospital tem que ter estrutura”.
 
Teles comentou que a proximidade dos grandes eventos internacionais vai obrigar os hospitais privados a investir em planejamento de catástrofes. Ele considera, porém, que esses investimentos têm que ser públicos, feitos pelo Ministério da Saúde. “Senão, não tem condição”.
 
A expectativa é que o ministério dê apoio à realização desses cursos no país. O presidente da Amib ressaltou que ao mesmo tempo que prepara os profissionais para lidar com situações extremas, o curso ensina a fazer a triagem de pacientes e a usar os recursos de maneira mais eficiente. “Esse curso no momento, infelizmente, é muito oportuno”, disse, referindo-se à tragédia da Boate Kiss, em Santa Maria (RS), onde mais de 230 jovens morreram no último domingo (27).
 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos países de baixa renda acontecem 9% do total de desastres no mundo, com 48% das fatalidades. Teles disse que a falta de investimentos e de preparo dos intensivistas explica esse fato. Gráfico apresentado durante o curso pela Sociedade Norte-Americana de Medicina Intensiva revela que quando ocorre um acidente com múltiplas vítimas, a pessoa que chega à emergência de um hospital até uma hora depois 50% de perigo de morrer. Os que chegam duas horas depois, têm 78% e os que chegam três horas depois, o índice de mortalidade se aproxima de 95%.
 
Segundo Teles, o Brasil apresenta uma série de dificuldades para atender vítimas de catástrofes, inclusive de locomoção. No caso da Boate Kiss, em Santa Maria (RS), ele destacou que a ação dos órgãos militares foi fundamental, ao disponibilizar aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para o transporte dos feridos.
 
Ele destacou que o Rio Grande do Sul é o estado que dispõe dos melhores profissionais de unidades de terapia intensiva do país. ”Se essa tragédia tivesse acontecido em outro estado, com certeza, nós teríamos muito mais que 300 mortos, por causa das dificuldades que poderiam ser encontradas”. O médico enfatizou a necessidade de que sejam feitas simulações nos hospitais a cada quatro meses, para que as dificuldades observadas antes e depois possam ser discutidas pela equipe. A meta da Amib é treinar no curso de catástrofes e desastres 5 mil pessoas por ano.
 
Fonte Agência Brasil