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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Risco de contrair hepatite C por via sexual é maior do que se pensava

Pacientes com HIV que têm um parceiro portador tanto do
 vírus do HIV e da hepatite C têm entre duas e três vezes mais
 possibilidades de se contagiar
Estudo revela que o risco de contágio de hepatite C é alto não só em quem compartilha seringa
 
Cientistas suíços descobriram que ao risco de contrair hepatite C por via sexual é maior do que se pensava até agora, além de métodos como transfusão de sangue e troca de seringas com pessoas infectadas. O estudo, realizado a partir de uma base de dados de portadores do vírus da Aids (HIV), foi realizado pelos cientistas Roger Kouyos e Huldrych Günthard do Hospital Universitário de Zurique com o apoio do FNS (Fundo Nacional Suíço), segundo informou a organização através de um comunicado.
 
Os pacientes com HIV que têm um parceiro portador tanto do vírus do HIV e da hepatite C têm entre duas e três vezes mais possibilidades de se contagiar com esse tipo de hepatite do que outras pessoas soropositivas, segundo o estudo. Há alguns anos, se achava que a hepatite C era transmitida sobretudo por contato sanguíneo, mas os cientistas descobriram que cada vez mais pacientes homossexuais portadores de HIV contraem a doença.
 
Por isso, este estudo revela que o risco de contágio de hepatite C é alto não só entre toxicômanos que compartilham seringas, mas também entre pessoas portadoras da doença que mantêm relações sexuais. Este dado indica que "existem contágios de hepatite C sexualmente transmissíveis", comentou Kouyos.
 
Os cientistas compararam a estrutura molecular do vírus HIV em mais de 10 mil pacientes e 1.500 casais e acharam casos nos quais as sequências genéticas do vírus entre dois pacientes concordavam, o que levou à conclusão de que um tinha sido contagiado pelo outro. Os homossexuais parecem particularmente propensos a contrair esta doença por via sexual, embora os pesquisadores não sabem ainda qual é a razão.
 
— Uma explicação possível é que as relações sexuais por via anal aumentam a possibilidade de contato sanguíneo entre os casais. As pessoas portadoras de HIV e hepatite C não deveriam ter relações sexuais sem proteção.
 
Por enquanto, os pesquisadores não sabem se os casos de hepatite C transmitida por via sexual aumentaram em pessoas não portadoras de HIV. Isto acontece porque os pacientes com HIV se submetem a testes médicos regularmente devido a sua doença, por isso que é mais fácil detectar a hepatite C nestas pessoas, coisa que não ocorre com as pessoas que não são soropositivas. Nestes casos, a maioria desenvolve os sintomas da doença semanas ou inclusive meses após contrair a infecção.

EFE / R7

Cuidado: salto alto pode provocar inflamação grave nos pés e provocar dores na coluna

Dentre os principais sintomas que a sesamoidite são dor,
inchaço e calosidade
Especialista explica que há tratamento para problema nos sesamoides
 
Para muitas mulheres o salto alto é sinônimo de elegância e sensualidade. Porém, o o sapato pode se tornar um vilão ao provocar inflamação nos sesamoides, que são os ossos pequenos dos pés.
 
Umas das principais causas da inflamação é a sobrecarga durante uma corrida ou dança. Dentre os principais sintomas que a sesamoidite são dor, inchaço e calosidade, que podem ser tratados de diversas formas e, em casos mais avançados, com procedimentos cirúrgicos, além de fisioterapia.

Segundo Fabiano Nunes Faria, ortopedista da Beneficência Portuguesa de São Paulo, quando a mulher usa salto alto, o centro de gravidade do corpo é alterado, expondo-as a inflamações nos músculos da panturrilha, além dos riscos de queda.

Um estudo feito na Universidade Metropolitana de Manchester, na Inglaterra, mostrou que as mulheres que relatam usar salto de pelo menos cinco centímetros durante dois anos ou mais, cinco dias da semana, possuem um encurtamento das fibras dos músculos da panturrilha. Como consequência, a lombar fica sobrecarregada, e ocorre o desgaste na coluna.
 
O acessório força o equilíbrio do corpo sobre uma base muito menor, a ponta dos pés, e para que esse equilíbrio seja mantido, grupos musculares, não treinados para tal função, serão forçados, favorecendo as lesões.
 
O resultado de tanto esforço são lesões musculares, tanto na coluna como nos membros inferiores. O salto alto é o maior causador de lesões musculares, como dores lombares e nas vértebras.
 
Complexo de Cinderela
Segundo Eduardo Novak, ortopedista do Hospital Nossa Senhora das Graças, o pé feminino ideal é aquele pequenino, estreito e que caiba em um sapato de cristal, de preferência com um salto bem alto. Entretanto, a cultura vai contra a anatomia.

O desenho do pé é feito para que haja uma perfeita distribuição do peso do corpo, entre os mais diversos ossos da extremidade dos membros inferiores. A parte detrás do pé tem ossos fortes, grandes e robustos, que servem para absorver impacto e sustentar o peso do corpo. O calcanhar tem um coxim de gordura, que serve para amortecer a carga. A parte da frente do pé tem ossos finos, longos, que servem para dar impulsão.
 
Dicas de calçados
— Trocar o salto de 10 cm pelo de 3cm;

— Usar mais calçados confortáveis que deixam os dedos se movimentar, não prejudicando unhas que sofrem com os bicos finos;

— Usar tênis é a melhor opção quando os problemas aparecem;

— Descartar sapatos que apresentam desnível maior que 5 cm entre a parte frontal e o calcanhar.

R7

Futuras mamães não precisam parar atividade física

Futuras mamães não precisam parar atividade física Jonas Ramos/Especial
Foto: Jonas Ramos / Especial
Exercícios moderados das gestantes favorecem o desenvolvimento cerebral dos bebês
 
Há muito tempo, as futuras mamães descobriram que vale a pena superar o cansaço que acompanha o peso extra da barriga e se exercitar durante a gestação. Para elas, os ganhos são diversos. Bem orientada, a atividade física reduz riscos de complicações como diabetes e eclâmpsia (quadro hipertensivo associado a perda de proteínas), além de ajudar a manter a forma antes e depois do parto. Os benefícios, contudo, não se restringem às mulheres.
 
Segundo um estudo apresentado no Congresso de Neurociências de San Diego, nos Estados Unidos, o cérebro de recém-nascidos cujas mães se exercitaram na gravidez se desenvolve mais intensamente, o que se traduz em habilidades cognitivas afiadas durante toda a vida. Não é preciso - nem se deve - pegar pesado nos exercícios. A pesquisa indicou que bastam 20 minutos de atividade moderada três vezes por semana para estimular a atividade cerebral dos bebês.
 
- Já é consenso que um estilo de vida ativo é benéfico para a cognição de crianças, adultos e idosos. Mas essa é a primeira vez que verificamos que os exercícios físicos da gestante também têm um impacto para os recém-nascidos - observa o neurologista Dave Ellemberg, especialista em neurodesenvolvimento e principal autor do estudo.
 
De acordo com ele, testes anteriores realizados com animais demonstraram que ratinhos nascidos de fêmeas que se exercitaram na gestação se saíam melhor em tarefas de memória e aprendizado. Além disso,  observou-se uma taxa maior de formação de neurônios no hipocampo.
 
- Acreditávamos que isso também ocorreria entre humanos - conta Ellemberg.
 
O cientista da Universidade de Montreal realizou o estudo com 60 gestantes que não tinham o hábito de se exercitar e eram pacientes do Hospital Pediátrico Sainte-Justine. Dos quatro aos nove meses de gravidez, metade das participantes entrou para um programa supervisionado de atividades físicas aeróbicas, 20 minutos por dia, três vezes por semana. Entre oito e 12 dias após o nascimento, os 60 bebês passaram por um eletroencefalograma, método não invasivo que mede, por meio de eletrodos posicionados na cabeça, a intensidade da atividade cerebral.
 
- Descobrimos que os bebês das mulheres fisicamente ativas tinham uma ativação cerebral mais madura, sugerindo que seus cérebros se desenvolveram mais rapidamente - revela Ellemberg.
 
Na hidro ou na musculação
Para a comerciante e nutricionista de formação Marilise Bedin, 28 anos, a notícia de que poderia continuar frequentando a academia durante a gravidez foi um alívio. Afinal, seria difícil abandonar o hábito que adquiriu há pelo menos oito anos. Claro que ela estranhou um pouco a mudança no perfil dos exercícios _ trocou diárias e puxadas aulas de kangoo jump, CXworx (treino funcional na sala de ginástica) e musculação por hidroginástica três vezes por semana _ mas ficou feliz quando o médico disse que não era preciso parar completamente.
 
- Tive apoio do médico e dos professores da academia para continuar me exercitando. Nunca senti nenhum desconforto nas aulas. No início achei até muito calmo, porque estava acostumada a outro tipo de exercícios - conta ela, grávida de seis meses.
 
Marilise diz que, com a atividade física, ganhou, principalmente, disposição. Agora ela também percebe os exercícios dentro da água como grandes aliados contra as dores nas costas - antiga conhecida das grávidas. Até mesmo Pedro, o primogênito que Marilise aguarda, sai ganhando com as aulas.
 
- O bebê fica quietinho, bem tranquilo. Quando saio da aula, acho que ele dorme, porque fica um tempinho sem se mexer - conta.
 
Marilise soube pelo médico que mulheres que já praticam atividade física geralmente podem continuar a se exercitar (é bom lembrar que estamos nos referindo a gestações sem riscos). Para as mamães sedentárias, a orientação é esperar pelo menos os três primeiros meses de gravidez até começar a fazer algo.
 
Noites de sono mais tranquilas e menos dores nas costas
A mesma orientação foi recebida pela profissional de comércio exterior Valeska Sottili Giacomin, 33. Como ela já praticava musculação havia cinco anos, o médico liberou que continuasse. Neste momento, entrou o papel do profissional da academia, responsável por criar um treino adequado para quem espera um bebê.
 
- Os exercícios devem ser de baixo impacto e bem orientados por um profissional. Também solicitamos a liberação do médico de cada gestante - avalia a educadora física Diane Stefan, da academia caxiense Biocenter.
 
Valeska confessa que, no início da gravidez, sentia mais receio de que a rotina na academia pudesse prejudicar seu bebê.
 
- No início você sabe que está grávida, mas não tem barriga ainda. Tinha medo de tropeçar, de que alguém fosse bater em mim sem querer. Por incrível que pareça, quando a barriga começou a aumentar, eu perdi o medo - relata.
 
Apesar de fazer praticamente todas as atividades que fazia antes, as séries foram reduzidas, assim como as cargas. Caminhadas, alongamentos e exercícios isométricos ganharam ênfase; já os movimentos envolvendo membros inferiores perderam a intensidade. Aos oito meses de gestação da primeira filha, Helena, Valeska frequentou a academia até dezembro, quando sentiu um mal-estar e decidiu parar.
 
- Meu médico achou melhor que eu parasse, até porque tinha me exercitado durante sete meses da gravidez. Mas já estou sentindo falta - diz ela.
 
Para Valeska, a academia trouxe benefícios como noites de sono mais tranquilas, ausência de dores nas costas e melhor controle do peso. Assim como Marilise, ela defende que as futuras mamães podem continuar se exercitando, sempre respeitando o próprio ritmo:
 
- A orientação dos profes da academia é nunca exagerar, não forçar.
 
Ajuda na autoestima
Hidroginástica, natação, ioga, pilates e musculação são só algumas das opções que as gestantes têm para não ficarem paradas. A educadora física Diane Stefan explica que os exercícios de musculação são os que mais têm restrições, exatamente por isso o acompanhamento de um profissional da academia se torna ainda mais importante.
 
- A maioria ainda prefere a hidro, acho que se sente mais confortável na água. Muitas têm medo e acham que não podem fazer musculação de jeito nenhum - conta a instrutora de academia.
 
Ela revela que os exercícios de musculação não mudam muito num treino para gestantes, apenas precisam ser de baixa intensidade. Nem mesmo os temidos abdominais precisam ser abolidos do treino das futuras mamães.
 
- O reforço da pélvis, do tronco e abdome são importantes e alcançados com exercícios abdominais. A ioga e o pilates trabalham bastante essa região. Mas o importante é a mulher se sentir confortável fazendo o exercício - ensina.
 
Diane aponta a prevenção e controle da diabete gestacional, da hipertensão e a diminuição do inchaço e dores nas costas como alguns dos principais benefícios dos exercícios. Além disso, a educadora física lembra que a atividade física é uma grande aliada da autoestima:
 
- Evita a depressão pós parto, pois a mãe vai estar se sentindo muito melhor com ela mesma.
 
Riscos aumentados
- O diabetes desenvolvido durante a gravidez pode causar complicações tanto para a mãe quanto para o bebê.
 
- No início da gestação, a presença da doença faz com que aumentem os riscos de aborto precoce e de defeitos congênitos. Quando a enfermidade não é bem controlada ao longo da gravidez, o feto pode crescer demais e a chance de ele nascer morto é maior.
 
- O diabetes gestacional é mais frequente entre mulheres obesas e acomete de 1% a 3% das grávidas.
 
 - A eclâmpsia é caracterizada pelo aumento da pressão arterial em grávidas a ponto de provocar convulsões. Se não tratada rapidamente, pode ser mortal. No estágio anterior, a pré-eclâmpsia, pode provocar deslocamento prematuro da placenta e, consequentemente, baixo desenvolvimento fetal.
 
Correio Braziliense

Possível cancerígeno é encontrado em índices elevados em biscoitos e no pão francês

Possível cancerígeno é encontrado em índices elevados em biscoitos e no pão francês Andréa Graiz/Agencia RBS
Foto: Andréa Graiz / Agencia RBS
Ingestão dos produtos industrializados deve ser feita com cautela
Teste avaliou marcas de torrada, salgadinhos e batata frita
 
Para quem não abre mão do pão francês no café da manhã ou de uma porção de batata frita no almoço, é melhor prestar atenção. A Proteste (Associação de Consumidores) constatou os altos níveis de acrilamida que esses produtos industrializados podem conter. A substância química, formada durante o aquecimento de alimentos ricos em carboidratos a temperaturas acima de 120°C, é classificada como um provável cancerígeno pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer. Por isso, a associação recomenda a sua ingestão com extrema moderação.
 
O teste avaliou a presença da substância em 51 alimentos, e também foi percebido que dentro de um mesmo tipo de comida existem produtos com diferentes teores da acrilamida. Éo que acontece, por exemplo, com o biscoito doce: o Passatempo apresenta menos de 100 microgramas por quilo, enquanto a marca Adria possui 1.110. A pesquisa constatou que o pão francês e os biscoitos doces e salgados são os campeões em teor da substância.
 
A PROTESTE pediu a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a elaboração de um código de boas práticas para que os fabricantes revejam seus processos de fabricação e cumpram metas para a redução da acrilamida em seus produtos.
 
Zero Hora

Melhoria na condição de vida reduz número de mortes por doenças cardiovasculares, diz pesquisa

Melhoria na condição de vida reduz número de mortes por doenças cardiovasculares, diz pesquisa Flávio Neves/Agencia RBS
Foto: Flávio Neves / Agencia RBS
Diminuição foi percebida no Rio de Janeiro, São Paulo
e Rio Grande do Sul
Diminuição foi percebida no Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul
 
Uma pesquisa de médicos da Universidade Federal Fluminense apontou que melhorias das condições socioeconômicas da população reduziram o índice de mortalidade por doenças cardiovasculares, principalmente nos casos de acidente vascular cerebral (AVC), em pelo menos três estados do Brasil: Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul.
 
A pesquisa, assinada pelos médicos Gabriel Porto Soares, Júlia Dias Brum, Gláucia Maria Oliveira, Carlos Henrique Klein e Nelson Albuquerque, trabalhou os indicadores socioeconômicos a partir de 1949 e analisou a mortalidade do DataSUS entre os anos de 1980 e 2008.
 
A médica, professora da UFRJ e presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj), Gláucia Maria Oliveira, informou que os estudos mostraram que há uma defasagem de 30 anos entre investimentos de recursos na diminuição da mortalidade infantil, no aumento dos anos de estudo da população e na melhoria do PIB, para que tenha em média o efeito da redução da mortalidade por doenças cardiovasculares.
 
— Houve relação muito estreita entre a queda da mortalidade com a melhoria dos níveis socioeconômicos. A queda começou a partir de 1980 e depois se intensificou em 2000, mas o benefício vem do investimento que foi feito lá atrás. Há uma defasagem para que caia a mortalidade não só por doença isquêmica do coração, quanto por doenças cérebro-vasculares quanto por doenças do aparelho circulatório — afirmou Gláucia.
 
A influência dos investimentos, segundo Gláucia, vai variar entre os estados que apresentaram os resultados da pesquisa.
 
— Em São Paulo, como tem o nível socioeconômico melhor, se vê o benefício em um ano se houver o investimento. No Rio de Janeiro, que tem o nível socioeconômico mais baixo, a diferença para ter o benefício vai variar em torno de 20 a 30 anos. Houve uma melhora maior no nível socioeconômico a partir dos anos 2000 e esperamos que no futuro tenhamos uma queda maior na mortalidade — explicou.
 
A pesquisa revelou ainda que os benefícios atingem todas as faixas da sociedade, porque há investimentos nos fatores determinantes, como queda de mortalidade infantil, aumento nos anos de estudos e elevação do PIB.
 
— Quando se investe no PIB, se investe para todo mundo. Essa é que é a vantagem. Por isso que a mortalidade cai tanto e tem benefício para todas as classes. No Rio de Janeiro se houver investimento de R$100 na economia, tem uma queda percentual de 1,5 até 2 nas doenças isquêmicas do coração, mas as doenças do aparelho circulatório caem até 6 % — acrescentou.
 
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Jadelson Andrade, o resultado da pesquisa é muito importante porque as doenças cardiovasculares ainda são a maior causa de morte no Brasil, respondendo por mais de 300 mil óbitos anuais.
 
A pesquisa foi publicada pela revista científica da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Arquivos Brasileiros de Cardiologia.
 
Agência Brasil

Conheça mitos e verdades sobre a artrose

Conheça mitos e verdades sobre a artrose  Szekeres Szabolcs/Deposit Photos
Rigidez no corpo, inchaços e inflamações são os sintomas
 mais comuns
Doença ainda desperta muitas dúvidas nos pacientes
 
Tema pouco discutido no Brasil, a artrose é uma patologia que já afeta 10 milhões de pessoas no país, segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Dores nas articulações após esforços, sensação de rigidez no corpo, inchaços e inflamações são os sintomas presentes na maioria dos casos. Embora muitas pessoas associem a doença exclusivamente aos idosos e não despertam interesse no assunto, a anomalia também pode atingir pessoas mais jovens.
 
Há muita desinformação entre a população, e especialistas garantem que é fundamental a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce para que as chances de sucesso no tratamento e a qualidade de vida do paciente aumentem.
 
— Medicamentos adequados e exercícios podem evitar cirurgias e aliviar e controlar os sintomas— explica a fisioterapeuta Mariana Schamas.
 
Para o diagnóstico, é necessário observar os sintomas que o indivíduo apresenta, podendo o médico solicitar um raio-x ou ressonância magnética da articulação.
 
Confira mitos e verdades a respeito da doença:
 
A artrose é uma doença sem cura conhecida
Verdade - Quem tem sintomas da artrose os pode amenizar com tratamentos conhecidos. A atividade física cuidadosa e acompanhada, alguns medicamentos e até mesmo cirurgias podem ajudar o paciente.
 
A incidência de artrose em homens e mulheres é igual
Mito - Estudos provam que há mais mulheres afetadas pela doença. Elas representam 61% dos pacientes que sofrem com a patologia.
 
O excesso de peso aumenta os sintomas da artrose
Verdade - O paciente que está acima do peso força mais as articulações por conta da sustentação natural do corpo. O joelho é a parte do corpo mais afetada pela doença, com sintomas em mais de 80% das pessoas acima de 41 anos.
 
Pessoas idosas que sofrem com a doença vão ficar incapacitadas em algum momento
Mito - Apesar de não ter cura, o diagnóstico precoce e os tratamentos adequados podem frear a progressão da doença e fazer com que o paciente tenha boa qualidade de vida e realize suas atividades normalmente.
 
Quem carregou muito peso durante a vida desenvolve sintomas da artrose
Verdade - A origem pode advir de determinados hábitos, tais como má-postura recorrente, levantamento de peso em excesso e esforços repetitivos. Cerca de 20% dos adultos brasileiros já são acometidos pela doença e o excesso de exercícios físicos será a causa de 45% dos casos de artrose no futuro.

Zero Hora

Pacientes fazem "poupança da beleza" de células para uso estético no futuro

Um serviço que congela e armazena células jovens e saudáveis para serem usadas em tratamentos estéticos no futuro –apresentado pela empresa responsável como uma "poupança da beleza"– já está disponível nos consultórios de São Paulo. Especialistas na área, no entanto, ainda se dividem quanto à validade e à utilidade desse tipo de procedimento.
 
Isso porque, embora existam pesquisas com resultados bem-sucedidos, uma boa parte das possíveis aplicações das células preservadas ainda está longe de sair dos laboratórios. E, as que já são aprovadas e têm aplicações efetivas no exterior, ainda não tiveram seus resultados validados para serem realizadas regularmente no Brasil.
 
"Ainda são necessários estudos para que esses tratamentos sejam desenvolvidos e usados rotineiramente, mas os resultados das pesquisas feitas no exterior são excelentes. Estamos trabalhando para desenvolver isso no Brasil também", rebate Andresa Forte, cientista da TechLife, empresa que presta o serviço e é um braço da CordCell, que armazena células-tronco do cordão umbilical.
 
Embalado pelo sucesso da técnica lá fora, a grande aposta da companhia são os fibroblastos, as células produtoras de colágeno –um dos principais "ingredientes" da firmeza da pele.
 
Editoria de Arte/Folhapress
 
Nos EUA, a FDA (agência que regula remédios e alimentos) aprovou o uso de uma técnica que usa os fibroblastos para corrigir rugas e depressões na pele.
 
Para isso, é retirado um pequeno pedaço de pele do paciente, preferencialmente de uma área pouco exposta ao Sol, para minimizar as chances de mutações. Depois, essas células são cultivadas em laboratório e reinjetadas, corrigindo as imperfeições.
 
Embora as atuais aplicações de colágeno, ou até de botox, já consigam bons resultados, as empresas apostam na maior durabilidade do método e na menor ocorrência de alergias ao usar as próprias células da pessoa.
 
A TechLife está montando um protocolo para tentar validar uma técnica semelhante à aprovada nos EUA para uso no Brasil. Além dos fibroblastos, a empresa também armazena outros tipos de material, com ênfase sobretudo nos que podem ser derivados em células-tronco: gordura e polpa do dente de leite.
 
Convidado pela TechLife para elaborar protocolos que validem as aplicações dos fibroblastos e outras células no Brasil. o geneticista Alysson Muotri, professor da Universidade da Califórnia em San Diego, diz que o armazenamento das próprias células em um banco privado é como um "seguro saúde" e vai além das questões estéticas.
 
"Pode ser que você nunca use. Mas, se precisar, pode estar ali o diferencial para salvar a sua vida. Os bancos públicos são bons, mas, para quem tem condições, guardar as próprias células é mais vantajoso", diz. "Mas sou uma pessoa cética. Estou trabalhando com muito rigor na questão da validação."
 
Ele reconhece que no Brasil ainda há desconfiança na parceria de cientistas com empresas privadas, mas diz que essa é uma oportunidade que traz benefícios para ambos os lados.
 
Aposta
Para a geneticista da USP Lygia da Veiga Pereira, esse tipo de serviço ainda é uma "aposta sem garantias".
 
"Célula-tronco é uma expressão que vende. Há muitas pesquisas promissoras na área, mas isso não significa que elas vão necessariamente resultar em uma terapia com uso prático. Já vimos muita coisa que em laboratório parecia linda, mas, quando começou a ser usada na vida real, não deu em nada."
 
Segundo a cientista, o fato de uma técnica ter tido sucesso em um laboratório não significa que, necessariamente, outras semelhantes terão os mesmos resultados.
 
"Quando se trata de células, há muitas variáveis em jogo. Qualquer mudança no método, por menor que seja, pode representar uma alteração no resultado final", diz.
 
Cautela
Embora não tenha se pronunciado especificamente sobre o caso, o CFM (Conselho Federal de Medicina) já emitiu uma nota técnica recomendando que os médicos tenham "cautela na divulgação do uso de células-tronco em procedimentos estéticos".
 
A Sociedade Brasileira de Dermatologia indicou como porta-voz a médica Marisa Gonzaga, professora da Faculdade de Medicina do ABC, que é ligada à TechLife.
 
"Hoje ainda não há uma definição quanto a isso [as aplicações práticas], mas tudo indica que os resultados são excelentes", disse a médica, que participa da elaboração do estudo de validação dos fibroblastos no Brasil.
 
Folhaonline

Consumo de álcool e gordura aumenta risco de câncer em brasileiras

Foto: Reprodução
Consumo de álcool e gordura aumenta risco de câncer em brasileiras
Pesquisa promovida pela Fiocruz traça um panorama dos hábitos alimentares das brasileiras com mais de 35 anos e sugere mudanças na dieta diária
 
O consumo de álcool e de alimentos gordurosos – que tem aumentado entre as brasileiras – eleva os riscos para o desenvolvimento do câncer de mama. Pesquisa realizada na Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) avaliou a correlação entre hábitos alimentares e o câncer, além de traçar o perfil alimentar das brasileiras com mais de 35 anos, possíveis alvos da doença.
 
Motivada pelo aumento do número de casos de câncer no Brasil e no mundo, Rita de Cássia Albuquerque decidiu estudar o tema durante o doutorado em Saúde Pública e Meio Ambiente da Ensp. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, só este ano, 580 mil novos casos da doença serão identificados no Brasil: 57 mil serão de câncer de mama. O tipo mais comum entre as mulheres ainda mata cerca de 13 mil ao ano.
 
Rita espera contribuir para a definição de políticas públicas de promoção à saúde que considerem esse cenário. “As elevadas incidência e mortalidade por câncer de mama no País justificam a implantação de estratégias efetivas de controle, que incluam ações de promoção à saúde, prevenção e detecção precoce, tratamento e cuidados paliativos. Conhecer aspectos dietéticos de grupos populacionais contribui para a melhor compreensão da relação entre hábitos alimentares e de estilo de vida”, diz.
 
A pesquisadora acredita que a promoção da saúde é a maneira mais econômica de prevenir doenças crônicas, como o câncer. “As intervenções dietéticas têm impacto positivo nos desfechos de saúde em todo o ciclo da vida”, diz. Rita ressalta ainda que o governo precisa alertar a população para os riscos da má alimentação.
 
“A população brasileira está mudando seu consumo alimentar. Deixando de consumir alimentos típicos, como arroz, feijão e tubérculos, e consumindo muito sal, gordura e álcool. Esses alimentos podem desencadear muitas doenças crônicas, como o câncer. É preciso alertar a população”, afirma.
 
O estudo
Rita diz que a pesquisa foi desenhada para mostrar uma “fotografia”. Primeiro, a pesquisadora revisou as evidências científicas encontradas em trabalhos desenvolvidos em diferentes populações de todos os continentes do mundo sobre a relação entre padrões de consumo alimentar e câncer de mama.
 
Os padrões alimentares encontrados nas 26 pesquisas avaliadas por ela mostram que o consumo de vegetais, frutas, peixes, crustáceos, soja e derivados, azeite, frango e os hábitos típicos das regiões pesquisadas reduzem os riscos de desenvolver a doença. Por outro lado, o consumo de bebidas alcoólicas e comidas gordurosas aumentam os riscos.
 
Na sequência, a pesquisadora investigou os padrões de consumo alimentar das mulheres brasileiras com mais de 35 anos – possíveis alvos da doença – a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que fez um levantamento sobre consumo alimentar individual com as famílias pesquisadas. As dietas relatadas por 8.325 mulheres foram analisadas.
 
Os padrões alimentares das brasileiras podem ser divididos em: tradicional brasileiro (composto por arroz, feijão, legumes e carnes vermelhas); lanches (pães, bolos e biscoitos, queijos gordos, carnes processadas, café e chá); gorduras e álcool (bebidas alcoólicas, refrigerantes, sanduíches, pizza, salgados e salgados fritos) e lacto-vegetariano (cereais matinais, laticínios e preparações à base de leite, leite desnatado e queijos magros, frutas, legumes e verduras).
 
Dividida a amostra, ela percebeu que 20% das mulheres da amostra têm como menor consumo médio o padrão tradicional brasileiro, que é o mais comum a apenas 10% delas. Outras 838 mulheres declararam um alto consumo de álcool e gorduras.
 
“Os resultados reforçam a importância da conservação de hábitos alimentares tradicionais, que estimulam o consumo de vegetais e frutas e desestimulam o consumo de alimentos gordurosos, ricos em açúcar e sal e o consumo de álcool”, diz.

iG

Casos de câncer no mundo devem crescer 57% em 20 anos, estima OMS

Foto: Reprodução
Se em 2012 foram 14 milhões de casos diagnosticados, a previsão é que haverá 22 milhões nas próximas duas décadas. Mortes devem passar de 8,2 milhões por ano para 13 milhões
 
O número de novos casos de câncer deve aumentar 57% em 20 anos, de acordo com relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Agência Internacional para a Pesquisa sobre o Câncer, divulgado nesta segunda-feira (3). Se em 2012 foram 14 milhões de casos diagnosticados, a previsão é que haverá 22 milhões nas próximas duas décadas. No período, as mortes por câncer, que atualmente chegam a 8,2 milhões por ano, devem chegar a 13 milhões.
 
O relatório destaca que a doença está crescendo em ritmo alarmante e alerta para a necessidade de implementação urgente de estratégias de prevenção para mudar esse quadro.
 
Os tipos de câncer mais frequentes mundialmente são os de pulmão (1,8 milhão de casos, 13% do total), mama (1,7 milhão, 11,9%) e cólon (1,4 milhão, 9,7%). Segundo o texto, o câncer de pulmão é responsável pelo maior número de mortes (1,6 milhão, 19,4%). Em seguida vêm o de fígado (9,1%) e o de estômago (8,8%).
 
Mais de 60% dos casos estão na África, Ásia, América Central e América do Sul, regiões que concentram total de 70% das mortes causadas pela doença no mundo todo.
 
O estudo teve a colaboração de 250 cientistas de mais de 40 países. A OMS ressalta que o envelhecimento da população e a falta de um sistema de saúde eficiente em países subdesenvolvidos devem ser os principais motivos desse aumento.
 
Segundo o relatório, em 2010, os gastos anuais totais com câncer foram estimados em aproximadamente US$ 1,16 trilhão. O texto ressalta, entretanto, que metade dos casos de câncer poderia ser evitada se o conhecimento dos países sobre a doença fosse traduzido em ações adequadamente implementadas.

Agência Brasil

Mais da metade da população do Estado de São Paulo está acima do peso

Foto: Reprodução
Pesquisa mostra que 38% dos paulistas consomem carnes gordurosas, 31,5% tomam refrigerante cinco ou mais dias da semana e 14,3% não realizam atividades físicas
 
Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo, aponta que 52,6% dos paulistas estão acima do peso.
 
A pesquisa teve como objetivo monitorar fatores de risco e de proteção para doenças crônicas, que mais causam adoecimento e mortalidade precoce no país. Foram ouvidas, por telefone 5,7 mil adultos, de ambos os sexos, residentes na capital, cidades da região metropolitana e interior do Estado entre 2012 e 2013.
 
Os principais fatores de risco identificados foram o tabagismo, sedentarismo, abuso de álcool e alimentação inadequada. O estudo vai ajudar o governo do Estado a definir novas políticas públicas na área de prevenção e promoção da saúde.
 
Os principais resultados obtidos revelam que 37,9% dos entrevistados consomem regularmente carnes com excesso de gordura, 14,3% não realizam atividades físicas e 13,5% são fumantes. Além disso, 15% abusam da ingestão de álcool. Foi observado ainda que 31,5% das pessoas ouvidas consome refrigerante cinco ou mais dias da semana.
 
“Todos estes hábitos favorecem o desenvolvimento de doenças crônicas, como por exemplo, problemas cardiovasculares, cânceres, doenças respiratórias crônicas e diabetes mellitus, podendo levar o individuo à morte”, diz Marco Antônio de Moraes, do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria.
 
O questionário aplicado pelos pesquisadores incluiu perguntas sobre características demográficas e socioeconômicas, padrão de alimentação e atividade física, frequência de consumo de cigarros e bebidas alcoólicas, auto avaliação do estado de saúde, peso e altura e também questões relacionas a situações de trânsito.
 
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Por que indivíduos obesos não conseguem controlar sua fome?

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Controlar a fome é um dos grandes desafios para quem está de regime
Dica é mastigar bem os alimentos, comer de 3 em 3 horas, evitar 'beliscar' entre as refeições, ingerir no mínimo 3 porções de frutas 4 de hortaliças ao dia e ingerir bastante água
 
A influência dos hormônios na nossa alimentação é inquestionável. Em jejum ou após alguma refeição, nosso corpo produz uma cascata de reações que irão influenciar diretamente no nosso metabolismo.
 
Para começar, vamos entender resumidamente o jejum. Considera-se jejum a ausência da ingestão de alimentos por um período mínimo de 6 horas. Quando estamos em jejum, seja durante uma noite de sono, seja para a realização de um exame, nosso corpo inicialmente libera o hormônio glucagon que estimula o fígado a liberar o estoque de glicogênio que temos para disponibilizar glicose. Este estoque consegue fornecer a energia necessária que precisamos até a próxima refeição. Existe também o jejum prolongado que ocorre em situações específicas, principalmente em pacientes hospitalizados. 
 
Depois que nos alimentamos, a glicemia aumenta e estimula o hormônio insulina, antagônico ao glucagon que tem a função de se ligar aos receptores da membrana plasmática para que a glicose entre dentro da célula. A insulina tem papel importante para promover a saciedade, regular a leptina e inibir a secreção de GLP 1 (Glucagon-like-peptide). Este último hormônio é responsável por aumentar o esvaziamento gástrico. Já a leptina é um hormônio secretado pelos adipócitos (células gordurosas) depois que nos alimentamos, ela “avisa” ao cérebro que já estamos saciados e que podemos parar de comer.
 
No indivíduo obeso, pelo excesso de células adiposas, há uma enorme secreção de leptina, porém existe um defeito na ação desse hormônio. Frequentemente esses indivíduos apresentam resistência aos efeitos da leptina, o que poderia levar a um reajuste no efeito de inibição do apetite, ou seja, a leptina não consegue “enviar” o recado ao cérebro para dizer: “pode parar de comer”.
 
Alimentos que ajudam a queimar calorias:
 
- Uva: a casca é rica em resveratrol, que além de proteger o coração, ajuda a inibir a formação de mais gordura
 
- A soja favorece a queima de calorias por termogênese
 
- A mostarda também é um alimento termogênico
 
- Gengibre é um potente anti-inflamatório e acelera a queima de gordura no corpo
 
- A canela tem poder de inibir a formação de gordura
 
- O açafrão-da-terra ou cúrcuma é um alimento que ajuda o corpo a queimar mais calorias
 
- O café entra na lista porque a cafeína ajuda na termogênese
 
- O chá-mate também aumenta a produção de um hormônio fundamental para a termogênese
 
- O chá-verde, além de conter cafeína, carrega um grupo de polifenóis que atuam na queima de calorias
 
- As pimentas contêm capsaicina, que ajudam na queima de gordura. As mais ardidas carregam mais desse composto
 
Além disso, existe outro hormônio chamado Neuropeptídeo Y, o qual é secretado pelas células intestinais, e tem função de estimular o apetite. Ele é inibido pela leptina, porém uma vez que indivíduos obesos apresentam uma resistência à leptina, o neuropeptídeo Y continua ativo, fazendo com que a sensação de fome permaneça. Isso faz com que esses pacientes não se sintam saciados e o exagero no consumo alimentar se torna contínuo.
 
Nesse sentido, esses pacientes devem procurar um médico para que uma intervenção adequada e um encaminhamento para uma equipe multiprofissional sejam feitos, de forma que todas as necessidades do paciente sejam atendidas. É de extrema importância um acompanhamento nutricional feito por um especialista.
 
Algumas orientações para o auxílio no tratamento nutricional são: mastigar bem os alimentos, comer de 3 em 3 horas, evitar ficar “beliscando” entre as refeições, ingerir pelo menos 3 porções de frutas ao dia e 4 porções de hortaliças, ingerir bastante água, dar preferência às carnes magras e alimentos menos gordurosos.
 
É importante salientar que não são recomendadas dietas restritivas para uma perda de peso rápida. Para mais informações, procure seu nutricionista, ele é o único capacitado para orientação nutricional adequada a você.

iG

Como melhorar a memória

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Sono: dormir pouco ou mal compromete as funções do cérebro
Mudar o caminho usado para ir ao trabalho, aprender uma nova língua e ler as notícias com outros olhos. Confira estas e outras dicas para turbinar o cérebro
 
A memória funciona como um músculo que precisa ser estimulado para manter sua capacidade de adquirir, guardar, recuperar ou acessar as informações armazenadas durante a vida – seja o nome de sua rua, a música que tocava no momento do primeiro beijo, as fórmulas para a prova de Física (que provavelmente nunca mais foram usadas) ou os ingredientes daquele bolo de fubá especial ensinado pela avó. “É como treinar um esporte”, diz Antonio de Salles, chefe da Neurologia do Hospital do Coração (HCor), em São Paulo. “Precisa ativar o cérebro com uma série de incentivos de aprendizado”.
 
Sobrecarga de trabalho, depressão, ansiedade, distúrbios de sono ou estresse podem prejudicar o armazenamento de informações e torná-lo menos eficiente do que antes. Nesse caso, é importante tentar descobrir o motivo exato da piora da memória.
 
Existem alguns remédios que ajudam, como a classe de inibidores da acetilcolinesterase, mas a indicação deve ser realizada por médicos somente em casos de doenças específicas. “Não são para uso de pessoas que buscam melhor desempenho para o estudo ou o trabalho, mas para situações em que haja prejuízos cognitivos, como o Alzheimer. Outros medicamentos, como o metilfenidato são usados de modo irregular, por isso devemos alertar que o uso indevido dessas substâncias podem levar a sérios prejuízos”, ressalta Renato Anghinah, neurologista e coordenador do Centro de Atenção à Memória do Hospital Samaritano de São Paulo.
 
Por isso, o melhor é investir em um dia a dia com hábitos saudáveis e mais qualidade de vida, além de aproveitar as 15 dicas abaixo para melhorar sua memória.
 
1. Faça exercícios de memorização com as notícias
“Ao ler uma matéria no jornal sobre um acidente de avião, por exemplo, faça um questionário a si mesmo para tentar se lembrar dos detalhes: qual era a companhia aérea? Dos mortos, quantos eram passageiros e tripulantes? Qual era o nome do comandante?”, recomenda Avelino Leonardo da Silva, professor de Neurofisiologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Assis.
 
2. Não leve lista ao supermercado
Para se lembrar do que precisa comprar, use a técnica de associação. Memorize um produto ligado ao outro. Por exemplo: “ao pegar macarrão, preciso lembrar do molho de tomate, o que me remete aos legumes e frutas, o que me lembra do suco”, e assim por diante.
 
3. Tenha uma boa noite de sono
Algumas ondas cerebrais produzidas enquanto dormimos ajudam a transferir dadosda região chamada hipocampo ao córtex frontal, área onde fica o "estoque" da memória ao longo prazo. Além disso, quanto mais descansada a mente estiver, mais informação ela conseguirá guardar.
 
4. Coma mais peixe (e outros alimentos específicos)
Enquanto baixos índices de glicose no sangue podem causar sensação de cansaço, alimentos ricos em ômega 3 (peixes de água salgada e fria, como salmão, sardinha e bacalhau), vitamina B (banana, carne, vegetais verdes folhosos, cereais e ovos) e antioxidantes (frutas, verduras e legumes) são fundamentais para o melhor funcionamento do cérebro. “Suplementos alimentares que são propagados como potencializadores da memória geralmente já estão presentes em uma alimentação equilibrada, ou seja, não há necessidade de ingeri-los à parte”, reforça Anghinah.
 
5. Faça exercícios físicos
Não é à toa que os médicos recomendam a prática regular de exercícios físicos. De acordo com estudo da Universidade da Pensilvânia, além de promoverem melhores oxigenação e circulação sanguínea, aqueles que envolvem atenção fazem com que os praticantes desenvolvam uma melhor performance cerebral.
 
6. Mergulhe em jogos e passatempos
Sudoku, damas, baralho, xadrez, caça-palavras e palavras cruzadas são boas opções para estimular o raciocínio. São expressões lúdicas que ativam o cérebro significativamente.
 
7. Preste atenção aos pequenos movimentos diários
Com pressa, não é difícil esquecer onde deixamos a chave ou os óculos – por isso, é essencial focar em uma coisa de cada vez. Em uma palestra, por exemplo, em vez de se distrair com o celular ou conversas paralelas, tome nota do assunto e procure interagir.
 
8. Administre a ansiedade
Já aconteceu de dar branco antes daquela prova superimportante? Isso acontece porque o hormônio cortisol apaga as lembranças de curto prazo para que a concentração esteja na situação impactante daquele momento. Portanto, evite estresse e ansiedade em excesso.
 
9. Evite álcool e drogas
As substâncias causam destruições orgânicas de áreas do cérebro. O dano pode ser temporário ou permanente, de acordo com a gravidade do caso.
 
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'Reaprender' a usar o mouse, movido para o lado oposto, evita
 os movimentos automáticos de costume e estimula o cérebro
10. Varie o caminho usado para ir ao trabalho
A neuróbica consiste em exercitar o cérebro por meio de coisas inabituais. “Ao ir para o trabalho, troque o caminho algumas vezes por semana para não se acostumar a um só. Você verá outras paisagens, novos rostos e poderá tentar se lembrar deles depois. É um desafio”, indica Silva.
 
11. Troque o mouse do computador de lado
Mais um exercício da neuróbica, ajuda a quebrar a rotina e manter as estruturas de aprendizagem treinadas.
 
12. Veja as horas por um espelho
O estranhamento força o cérebro a interpretar os ponteiros e quebra o automatismo com que vemos as horas.
 
13. Vista-se de olhos fechados
O objetivo é reconhecer os caminhos de uma atitude automática contando com um dos sentidos a menos, dando mais ênfase, assim, para os outros.
 
14. Escove os dentes com a outra mão
Se você é destro, use a esquerda. Se é canhoto, a direita. O propósito é o mesmo dos anteriores: ‘reaprender’ um ato automático.
 
15. Aprenda culinária (também vale pintura, um novo idioma ou outra coisa que você nunca fez)
Não existe um limite de armazenamento de informações para o cérebro, por isso é importante aprender sempre - seja culinária, idiomas, artesanato ou lutas marciais.

Delas