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domingo, 1 de junho de 2014

7 sinais de que você deve recusar uma oferta de emprego

Thinkstock/Getty Images
Observar alguns sinais desde o início da seleção pode livrar o profissional de
uma decepção em um novo emprego
Não deixe a ansiedade de mudar de trabalho atropelar você; desorganização da empresa no processo de seleção é uma das pistas de que a pressa pode atrapalhar sua carreira

Você já se arrependeu de ter saído de um emprego por ter recebido uma oferta que parecia melhor, mas no fim era cilada? Você se encantou pelo salário maior, pelos benefícios ou até a localização mais perto de casa, mas logo no início já percebeu que o ambiente é estressante, não existe uma boa comunicação entre os setores e as suas tarefas não são bem aquilo que estava imaginando, certo? Estas características de uma empresa podem parecer algo que só quem já trabalha ali consegue perceber, mas não é bem assim.

Para a diretora de negócios da consultoria de talentos LHH|DBM, Irene Azevedo, o primeiro passo para evitar o arrependimento é o autoconhecimento. “O profissional tem de saber o que ele quer para si, quais são os seus valores e que tipo de ambiente o motiva”, conta. “Hoje, as pessoas não sabem efetivamente no que querem trabalhar não pesquisam [sobre a empresa] e, às vezes, estão querendo tanto sair do emprego, que aceitam a primeira proposta, sem antes se perguntar se é aquilo mesmo o que eles querem fazer”.
 
No entanto, com calma e autoconsciência do que ele espera para a própria carreira, o profissional já é capaz de tomar uma decisão levando em consideração mais do que uma boa remuneração ou benefícios, mas também outros detalhes bem mais sutis que podem passar despercebidos para os menos atentos. Ao iG, especialistas contam quais são os sinais de que você deve recusar uma proposta de emprego.
 
Thinkstock/Getty Images
A ansiedade de trocar de emprego pode cegar o profissional
1 – Sua entrevista foi desmarcada e remarcada diversas vezes
Quando uma empresa abre um processo seletivo para a contratação de um novo funcionário, o esperado é um planejamento por parte do setor de RH e do gestor da área em que a vaga está disponível para que o recrutamento ocorra dentro de um prazo pré-determinado. As várias remarcações podem ser um sinal de desorganização, planejamento falho ou uma má comunicação entre os setores, o que pode ser um problema no futuro.
 
2 – Os planos da empresa não se alinham com os seus
Da mesma maneira que a empresa tem planos de crescimento a longo prazo, o candidato também tem. Às vezes, no entanto, estes planos podem não se completar. Uma pessoa que busca ter uma experiência internacional no currículo, por exemplo, pode acabar frustrada se nos planos da nova empresa não consta a internacionalização.
 
Para evitar descobrir isso tarde demais, o recomendável é que você faça uma pesquisa sobre a trajetória da companhia e até mesmo pergunte ao recrutador sobre os planos da empresa, para saber se suas competências podem ajuda-los a atingir esses objetivos e também se eles estão alinhados com seu plano pessoal.
 
3 – O recrutador mostra mais interesse nos seus clientes
Algumas empresas têm uma estratégia de recrutar pessoas da concorrência por elas possuírem uma boa relação com clientes que são interessantes para o negócio, ou por saberem informações sigilosas como fórmulas ou sistemas inovadores. É importante reparar se o recrutador faz mais perguntas sobre a companhia que você está deixando do que sobre suas competências como profissional.
 
“Por exemplo, ele é um vendedor e a empresa está muito interessada na carteira de clientes que ele possui. Em um ou dois anos ele pode ficar frustrado, pois a empresa não o valorizou, mas sim os ativos da organização antiga”, aponta o coach Alexandre Rangel, sócio-fundador da Alliance Coaching.
 
4 – Falta de empatia com o chefe
Nem toda a primeira impressão é a que fica. É normal não ir com a cara de alguém e, com a convivência, a relação ir melhorando até se tornar uma amizade. No entanto, se o seu futuro chefe não for uma pessoa que lhe agrade durante a entrevista, você não pode contar com que o tempo altere isso. Se ele demonstrou ser alguém arrogante, por exemplo, e você não quer conviver todos os dias por horas e horas seguidas, é possível que haja um conflito. É preciso que exista uma identificação para que o ambiente seja saudável.
 
5 – As informações sobre a empresa e o cargo não são transparentes
Em alguns processos seletivos, principalmente os coordenados por empresas de recrutamento terceirizadas, é comum que em um primeiro momento as informações relacionadas à organização contratante não sejam reveladas. No entanto, conforme a seleção começa a afunilar, é preciso estar seguro de que você tem tantas informações sobre a empresa e o cargo oferecido quantas eles têm de você.
 
A falta de clareza sobre as tarefas que você vai realizar caso seja aprovado ou quais serão as suas metas, por exemplo, podem evitar uma decepção no futuro. “Isso causa uma desconfiança. As pessoas nem sempre conversam sobre essas coisas nas entrevistas”, observa Rangel.
 
6 – Os valores da empresa conflitam com os seus valores pessoais
Um bom sinal a ser observado no momento da seleção é o ambiente da empresa. Uma pessoa que preza pela formalidade, por exemplo, pode não se sentir bem em um escritório mais despojado. Observar se o atendimento é informar ou se as pessoas estão vestidas de maneira mais casual pode ajudar a reconhecer a cultura do lugar e decidir se entra em conflito com os seus próprios valores ou não. Conversar com funcionários ou ex-funcionários sobre as regras e valores da companhia também ajuda.
 
Porém, a especialista Irene Azevedo lembra: “Não tem cultura certa ou errada, tem cultura que para você faz sentido ou não faz sentido”.
 
7 - Sentir que não vai gostar das suas tarefas
Se desde o início a descrição da vaga oferecida já não lhe agradar, o mais recomendável é tirar todas as dúvidas com o recrutador, ou mesmo esperar pela próxima oportunidade. Apesar de não existir 100% de certeza em um momento muitas vezes decisivo na sua carreira, as chances de ser assertivo na escolha aumentam conforme a quantidade de informações recolhidas sobre a oportunidade.
 
“É como um casamento. E como um casamento, o ideal é que antes haja um namoro. O profissional tem de conhecer bastante a cultura da empresa, fazer perguntas sobre como o recrutador define esta cultura e perceber por entre as linhas", diz Irene.
 
iG

Leite: compare os diferentes tipos e escolha o mais benéfico para sua saúde

leite de arroz - foto Getty Images
Getty Images
Leite de Arroz
Integral, desnatado, de soja, sem lactose e outras opções são fontes de cálcio e outros nutrientes
 
Neste dia 01 de junho é comemorado o Dia Mundial do Leite. O alimento é integrante essencial de um cardápio saudável. O leite de vaca carrega vitaminas A, que colabora no crescimento, e vitamina B, que ajuda a regular a utilização de proteínas, gorduras e açúcares no organismo. Outros nutrientes presentes são o fósforo, que colabora na formação dos ossos e o manganês, importante no aproveitamento das gorduras e no funcionamento do cérebro, além de aminoácidos fundamentais à saúde.

"O leite de vaca e cabra e, em geral, apresenta em sua composição quase 90% de água e o restante em gordura, proteína, carboidratos e sais minerais", explica a nutricionista da PB Consultoria em Nutrição, Karina Valentim.

Mas o nutriente carro-chefe do leite é o cálcio, mineral responsável por fortalecer os ossos e ser aliado na prevenção da osteoporose. Além disso, o cálcio ajuda no bom funcionamento do intestino, eliminando parte da gordura pelas fezes. Quem quer manter o peso também é favorecido ao incluir leite na alimentação. "O cálcio do leite inibe a absorção de gordura que ajuda no emagrecimento e na manutenção de peso, além de garantir saciedade", diz a nutricionista, especialista em nutrição funcional Ana Paula Souza. A recomendação diária é de um a dois copos de leite ao dia, além do consumo de alguns produtos derivados do leite para se ter uma ingestão adequada de cálcio, de 1000 mg por dia.

A bebida também é ótima na hora de assegurar um sono tranquilo. Segundo a especialista, um copo de leite morno antes de dormir te ajuda a acalmar, por causa do triptofano (aminoácido) que faz parte de sua constituição. "Para obter esse efeito, deve-se acrescentar ao leite uma colher de achocolatado ou mel, pois o aminoácido precisa de um açúcar para melhorar sua ação. Já a temperatura deve ser morna, pois assim ele já entra na sua temperatura corporal, sendo mais bem absorvido", garante.

No supermercado, o que não faltam são opções. Tem os mais tradicionais: integral, semi-desnatado e desnatado. Também tem os com baixa ou sem lactose, ideais para os alérgicos ao glicídio. Sem falar nos enriquecidos com vitaminas, denominados "biofortificados". E nem sempre ele vem da vaca: cada vez mais encontramos leites de cabra, soja, arroz e quinoa nas gôndolas. Resta apenas uma dúvida: qual o melhor leite para cada pessoa e objetivo?
 
Confira a seguir as diferenças entre eles e escolha a partir de suas necessidades: 
 
1. Integral (tipo A, B, C)
O leite integral é o mais consumido no mundo e sua denominação refere-se à quantidade de gordura encontrada nele, ou seja, não há processo químico para retirar a gordura natural do leite. De acordo com a nutricionista da PB Consultoria em Nutrição, Karina Valentim, os leites do tipo A possuem os menores teores de micro-organismos (bactérias) após passar pelo processo de pasteurização. Ele deve ser consumido de quatro a cinco dias após ser embalado. Já o leite tipo B, tem uma quantidade maior de micro-organismos e deve ser consumido em até três dias após o envase. Por fim, o leite C é o que apresenta maior teor de bactérias após a pasteurização e deve-se consumi-lo em até dois dias após embalar. "É bom lembrar que esses micro-organismos são naturais do leite e não são patogênicos, ou seja, não provocam nenhum problema de saúde em indivíduos saudáveis", garante a especialista.

O leite em sua versão integral é o mais indicado para crianças a partir dos dois anos de idade. "A gordura do leite integral é importante para a formação do sistema nervoso da criança, para o crescimento e contém mais vitaminas A, B e K", ressalta a nutricionista Ana Paula. E ainda alerta: se consumido antes dessa idade, a criança pode ter alergia ao próprio leite no futuro.

No entanto, quem quer manter o peso ou equilibrar as taxas de colesterol em níveis saudáveis deve tomar cuidado com ele. "O leite integral contém muita gordura, principalmente saturada", declara a nutricionista da PB Consultoria em Nutrição, Karina Valentim.

Num copo de 200 ml de leite integral são consumidos:

Calorias: 120 kcal
Proteínas: 6 g
Gordura total: 6,4 g
Gordura saturada: 4,2 g
Cálcio: 234 mg

* os valores nutricionais do leite integral tipo A, B e C são semelhantes.
 
2. Semi-desnatado
O leite semidesnatado possui redução apenas de gorduras que pode chegar até 50% quando comparado ao leite integral. Segundo a nutricionista Karina Valentim, por possuir as mesmas quantidades de proteínas e cálcio seria uma opção mais saudável para adultos que necessitam perder peso.

Em comparação com o leite desnatado, o semidesnatado confere maior saciedade por causa da gordura. "É o que eu indico para os pacientes que querem perder peso, pois é muito importante na dieta ter saciedade para não ficar com fome fora de hora e acabar comendo guloseimas", ensina a nutricionista Ana Paula Souza.

Num copo de 200 ml de leite semi-desnatado são consumidos:

Calorias: 90 kcal
Proteína: 6,0 g
Gordura total: 3,1 g
Gordura saturada: 1,7 g
Cálcio: 231 mg
 
3. Desnatado
O leite desnatado possui redução total de gorduras quando comparado ao leite integral. Segundo a nutricionista Karina Valentim, é uma ótima opção para quem precisa perder peso porque, apesar de as gorduras serem importantes ao organismo, em um processo de perda de peso, acredita-se que as gorduras insaturadas, presentes em alimentos como azeite de oliva, castanhas e nozes, sejam as que precisam ser introduzidas na dieta para otimizar o emagrecimento e evitar a inflamação sistêmica gerada pelo sobrepeso ou obesidade. Além disso, pessoas que sofrem com o colesterol alto são mais beneficiadas por essa opção.

E, até mesmo, mulheres mais velhas podem se beneficiar com o alimento. "Atualmente, já existem no mercado leites desnatados com adição de mais cálcio, vitaminas e ferro o que pode ser interessante, principalmente, para mulheres na menopausa em que pode haver uma redução no consumo e absorção de cálcio", indica a nutricionista Karina.

Num copo de 200 ml de leite desnatado são consumidos:

Calorias: 70 kcal
Proteína: 6,0 g
Gordura total: 0,0 g
Gordura saturada: 0,0 g
Cálcio: 228 mg
 
leite biofortificado - foto Getty Images
Foto: Getty Images
4. Sem lactose
Esse tipo de leite é destinado a indivíduos com intolerância à lactose, ou seja, por quem não consegue digerir completamente a lactose, açúcar predominante do leite. Pessoas com esse perfil podem consumir tranquilamente esse tipo de leite, porém com moderação, pois ele contém gorduras.

Há versões de leite integral e semi-desnatado com zero lactose, porém, a especialista pede cuidado com os leites de baixa lactose, pois eles possuem na sua composição a enzima lactase para auxiliar na digestão, sendo indicado para indivíduos com grau baixo de intolerância à lactose.

E como detectar se você é intolerante? "O melhor é ir ao médico ao perceber sintomas como gases, estufamento abdominal, diarreia ou mal-estar após o consumo de leite", ressalta a especialista em nutrição funcional, Ana Paula Souza. Segundo ela, tem pessoas com intolerância que tomam um copo de leite e ficam bem. Tudo depende do grau de intolerância da pessoa.

Num copo de 200 ml de leite zero lactose são consumidos:

Calorias: 82 kcal
Proteína: 6,2 g Lactose: 0 g
Gordura total: 2,4 g
Gordura saturada: 1,5 g
Cálcio: 232 mg

Num copo de 200 ml de leite baixa lactose são consumidos:

Calorias: 120 kcal
Proteína: 6,4 g
Lactose: 0,9 g
Gordura total: 6,4 g
Gordura saturada: 3,6 g
Cálcio: 237 mg
 
5. Leite de soja
O leite com extrato hidrossolúvel de soja é um produto de elevado valor nutricional, rico em proteínas, sendo um excelente produto para pessoas que seguem uma dieta vegetariana e intolerantes à lactose. "No entanto, a quantidade de cálcio é considerada baixa, mas existem produtos no mercado enriquecidos com o mineral", ressalva a nutricionista Karina Valentim.

A especialista ainda afirma que esse tipo de leite possui teores similares de proteínas e baixo teor de gordura saturada quando comparado ao leite de vaca integral ou semi-desnatado. Sendo assim, é uma boa opção para quem está com as taxas de colesterol alteradas. Além disso, estudos apontam que o extrato de soja pode ser benéfico para reduzir os riscos de câncer de mama, doenças cardiovasculares, osteoporose, câncer de próstata e reduzir os sintomas da menopausa.

Segundo a nutricionista Ana Paula Souza, pessoas que têm problema de hipotireoidismo devem evitar alimentos à base de soja, pois ela impede o bom funcionamento da glândula. Ela também acredita que é bom apostar no leite de soja orgânica, pois o cultivo do grão é feito com muito pesticida.

Num copo de 200 ml de leite de soja são consumidos:


Calorias: 84 kcal
Proteína: 5,0 g
Gordura total: 3,0 g
Gordura saturada: 0,4 g
Cálcio: 176 mg
 
6. Leite de quinoa
O leite tradicional é o mais completo que existe, no entanto, o de quinoa é uma boa opção para variar. "Ele é rico em aminoácidos e minerais semelhantes ao leite e tem alto valor nutritivo, diferentemente do feito de arroz", explica a nutricionista Ana Paula Souza.

Segundo a nutricionista da PB Consultoria em Nutrição, Karina Valentim, a quinoa é um alimento completo de origem vegetal que apresenta maior teor de proteínas dentre todos os cereais, sendo 5,5g de aminoácido metionina em 100g do produto. Esse é um aminoácido essencial não produzido pelo organismo que precisamos ingerir pela alimentação. Além disso, esse alimento possui carboidrato de baixo índice glicêmico, não provocando picos de insulina no sangue, explica. "Também apresenta quantidades significativas de ferro, mineral que auxilia o sistema imunológico e está presente na formação de células sanguíneas", completa a especialista. Quanto ao cálcio, não há quantidades significativas desse mineral no leite de quinoa.

O leite de quinoa pode ser feito em casa: use quatro colheres (sopa) de grão de quinoa fervidas em 1 litro de água durante 15 minutos. Bata no liquidificador e coe em peneira bem fina para obter o leite. Se desejar, coloque um pouco de açúcar mascavo orgânico ou mel.

Karina avisa que não há informações nutricionais de confiança para essa composição de leite. "No mercado, existem alguns leites de quinoa, porém são misturados a outros grãos como linhaça", afirma.  
 
7. Leite de arroz
O leite de arroz contém mais carboidratos do que o leite comum de vaca, porém possui pouco teor de gorduras e não possui proteínas. De acordo com a nutricionista, Karina Valentim, o leite de arroz também contém cálcio, pois ele é adicionado pela indústria para equilibrar nutricionalmente esse tipo de leite. "Pode ser uma opção saudável de bebida para veganos e intolerantes à lactose, porém devemos tomar cuidado e olhar a descrição dos ingredientes, pois muitos leites podem ter adição de açúcar", adverte. Segundo a nutricionista Ana Paula Souza, o leite de arroz tem menos vitamina que a versão tradicional e índice glicêmico maior, por isso, deve ser consumido com cautela, sendo revezando com outros tipos de leite.

O leite de arroz pode ser feito em casa: leve ao fogo dois litros de água com duas xícaras de chá de arroz (sem lavar), meia colher de chá de sal e a metade de uma fava de baunilha cortada ao meio, por 15 minutos. Passe o arroz com a água do cozimento pelo liquidificador, para apenas quebrar os grãos. Peneire mexendo delicadamente o arroz apenas para sair o líquido e delicie-se! Esse leite pode ser armazenado em geladeira por até três dias e misturado com cacau em pó orgânico, polpa de frutas ou até mesmo nozes ou amêndoas batidas, aumentando seu valor nutricional.

Num copo de 200 ml de leite de arroz são consumidos:

Calorias: 91 kcal
Carboidrato: 17g
Proteína: 0 g
Gordura total: 2,0 g
Gordura saturada: 0,2 g
Cálcio: 240 mg      
 
8. Leite de cabra
O leite de cabra é mais forte e contém mais gordura que o leite integral, por isso, quem tem colesterol ruim (LDL) alto tem que restringir o consumo. "Algumas pessoas intolerantes à lactose toleram melhor o leite de cabra", afirma a nutricionista Ana Paula Souza.

A explicação pode estar na própria gordura desse tipo de alimento. "O leite de cabra apresenta uma maior porcentagem de glóbulos pequenos de gorduras. Isso explicaria sua melhor digestibilidade quando comparado com o leite de vaca", analisa a nutricionista Karina Valentim. Segundo a especialista, diversas análises demonstram que o leite de cabra apresenta 18% de ácidos graxos de cadeia curta, o dobro do leite de vaca, e eles parecem ser responsáveis pelo sabor característico do leite de cabra e podem auxiliar na saúde das células intestinais.

O leite de cabra também possui cálcio e ferro, vitaminas B6 e B12, porém em menores quantidades que o leite de vaca.

Indica-se a utilização do leite de caprinos em crianças com problemas na digestão do leite de vaca, pois ele apresenta menor teor de B-lactoalbumina, uma proteína que pode retardar a digestão, ressalta Karina.

Num copo de 200 ml de leite de cabra são consumidos:

Calorias: 132 kcal
Proteína: 6,1g
Gordura total: 7,5 g
Gordura saturada: 4,8 g
Cálcio: 224 mg  
 
9. Enriquecido com vitaminas (biofortificados)
A fortificação de alimentos, principalmente o leite (que é muito consumido) pode ser considerada o melhor custo benefício, em especial, para a redução da deficiência de micronutrientes.

Segundo a nutricionista Karina Valentim, os leites, atualmente, podem ser enriquecidos com ferro, cálcio, vitamina C e E. Estudos observaram importante diminuição na prevalência da anemia ferropriva em crianças alimentadas com leite fortificado com ferro e vitamina C.

A especialista recomenda a utilização desses tipos de alimentos na prevenção ou na instalação de carências nutricionais de crianças, adultos ou idosos, porém sempre com prescrição e orientação nutricional ou médica. Quanto ao teor de gordura, a diferença estará especificada através do rótulo (integral, semidesnatado ou desnatado) do alimento.
 
Leite em pó
Prático e muito utilizado em receitas, o leite em pó consiste na desidratação do leite, ou seja, retirada da água, mantendo os nutrientes como proteínas, gorduras e cálcio. "Os leites em pó são utilizados por diversas pessoas por serem mais práticos e terem prazo de validade maior, porém muito deles são exclusivamente para bebês e crianças e possuem alto valor energético, o que para adultos não seria a melhor opção", alerta a nutricionista Karina Valentim.

Para a especialista, nesse caso, o melhor é fazer uso da versão desnatada. "Alguns produtos leites desnatados, por exemplo, que são exclusivos para adultos, trazem produtos são enriquecidos com cálcio, pensando nas mulheres e na prevenção do desgaste ósseo", afirma.

De acordo com a nutricionista Ana Paula Souza, o leite líquido e em pó não são iguais. A quantidade de nutrientes no rótulos do leite em pó sempre vai ser maior que a do leite líquido, por exemplo, mas não se deixe iludir. "O leite em pó é um leite modificado, e o corpo não absorve 100% das vitaminas e aminoácidos de seus nutrientes, e por esse motivo, os nutrientes são adicionados em quantidade maior", explica a especialista. Lembrando que o leite em pó não deve substituir o natural, o ideal é alternar.
 
Minha Vida

1º de Junho: Dia Mundial do Leite

 
Todo 1º de junho é comemorado o dia mundial do leite. A data foi instituído pela FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) por se tratar de um alimento completo e por sua importância econômica e social, já que cerca de 10% da população mundial vive da atividade leiteira.
 
Fonte de energia, minerais e vitaminas, o leite é supervalioso para o nosso corpo, pois ele fortalece os nossos ossos e melhora a atividade do cérebro.

Conheça abaixo os benefícios que esse alimento completo nos proporciona:

Cálcio fortalece os Ossos
Conhecido como uma boa fonte de cálcio, o leite é o alimento natural com maior concentração desse mineral. O cálcio é essencial para a formação e a manutenção da integridade dos ossos .
 
Vitaminas pra crescer
As vitaminas presentes no leite são uma ótima alternativa para o desenvolvimento infantil e para o combate a doenças infecciosas. A bebida apresenta uma grande quantidade de vitamina A, que colabora para o crescimento. E a vitamina A e a B1, essenciais para a produção de energia que o corpo precisa. Além da B2, que regula a utilização de proteínas, gorduras e açúcares no organismo.
 
Rico em minerais
Além do cálcio, o leite também apresenta uma boa quantidade de fósforo. Ele ajuda na formação dos ossos. Além disso, dois copos diários de leite já atendem a quase toda a recomendação, por exemplo, de manganês, nutriente importante no aproveitamento das gorduras e no funcionamento do cérebro.
 
Aurora Alimentos

Sete maneiras de evitar desconforto e dor durante o sexo

Desconforto no sexo - Foto: Getty Images
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A dispaneuria  grande parte das vezes é de causa orgânica
Relaxar e sempre conversar com seu parceiro ajuda muito para a hora H ser muito mais prazerosa
 
Quando o assunto é sexo, um aspecto é consenso: o ato é sempre prazeroso... Ou será que não? Na verdade, muitas mulheres, principalmente, reclamam de dor na hora de relação. E um ato que era para levá-la até o céu acaba se tornando um verdadeiro inferno!

A questão é mais prevalente do que imaginamos, e acaba sendo um caso médico. "Nós chamamos isso de dispaurenia. Em grande parte das vezes é de causa orgânica, por isso recomendamos o Papanicolau a cada seis meses ou um ano", explica o ginecologista e terapeuta sexual Amaury Mendes Jr., professor e médico do ambulatório de sexologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). E essas motivações do próprio corpo são diversas: pode variar desde bactérias, até feridas na região da vulva ou mesmo endometriose! Por isso, o primeiro passo é deixar a vergonha de lado e consultar um médico para falar sobre o assunto.

E muitas vezes a questão não precisa nem de medicação! O problema pode estar em diversos outros fatores que vale discutir com seu ginecologista. Enumeramos alguns deles, para você ficar de olho! 
 
Confira:
 
1. Lubrificantes podem ajudar
Muitas mulheres têm problemas para alcançar a lubrificação adequada. Resultado: na hora da penetração, o atrito do pênis com a vagina causa muito desconforto, quando não há dor também! "Pode haver fissura na região da entrada da vagina, uma ferida que se abre em quem tem dificuldade de lubrificação", relata a ginecologista Flávia Fairbanks, especialista em sexualidade humana e endometriose e membro da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp).

As causas dessa dificuldade podem ser variadas. "São todas causas biopsicossociais. Desde cedo ela aprende que ela pode ser mal interpretada se gostar de sexo. Alguns medicamentos ressecam a parede vaginal. E a mulher na menopausa tem pouca lubrificação também", enumera Amaury Mendes Jr., ginecologista e terapeuta sexual, professor e médico do ambulatório de sexologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Por isso, o sexólogo recomenda o uso de lubrificantes sempre, para garantir o prazer. O ciclo menstrual também pode ajudar ou atrapalhar. "As variações hormonais também podem alterar a lubrificação", ressalta o ginecologista Augusto Bussab, especialista em fertilização humana.

É importante, porém, que isso seja dialogado, já que muitos homens não aceitam a ideia, por acharem que isso os torna incompetentes. Os tipos de lubrificantes mais indicados são a vaselina ou os feitos com solução aquosa. E muito se engana quem acha que só de usar a camisinha o problema se resolve... O lubrificante que ela traz não é suficiente.                     
 
2. Escolha bem a camisinha
Falando nela, a camisinha é um item importante nessa hora também. Se ela for colocada de uma forma errada, por exemplo, pode causar bastante desconforto na mulher. "Se ela estiver mal ajustada no homem ou meio frouxa, certamente causará um atrito na vagina", explica a ginecologista Flávia. Além disso, o material com que ela é feita pode atrapalhar. "Algumas mulheres são muitos sensíveis e podem ter alergias. Mas hoje existem modelos de camisinhas que são tão fininhas que nem se nota que a pessoa está usando", indica Mendes Jr.

Além disso, os tipos com mais acessórios são mais fáceis de causar intolerâncias. "O lubrificante do preservativo ou mesmo as substâncias que são aromatizantes que darão o sabor ou perfume ao preservativo podem causar desconforto", explica o ginecologista Bussab. Se o caso for uma alergia mesmo ao látex, vale trocar pela feminina.
 
3. Pílula em xeque
Alguns anticoncepcionais também podem ser vilões na hora da lubrificação. "Os com baixa dosagem hormonal têm mais componentes de progesterona, por isso causam essa reação, mas é uma resposta individual de cada mulher", explica a ginecologista Flávia. Além disso, mulheres com ovários policísticos, que produzem mais testosterona, acabam usando pílulas que cortam esse hormônio, e consequentemente afetam a libido e a lubrificação.

O jeito é conversar com seu médico para encontrar uma solução. "Trocar de pílula e aumentar a dosagem nem sempre funciona. Podemos propor que a mulher fique um tempo sem usá-la, lembrando de orientar outro método, e ver se ela nota a diferença", ressalta a especialista. O anticoncepcional pode ser substituído pelo DIU, por exemplo, que não interfere no eixo hormonal. 
 
4. Muita calma nessa hora
Várias vezes o motivo da mulher não lubrificar é puramente psicológico! Mulheres que estão algum tempo sem ter relações, por exemplo, podem ficar inseguras e não conseguirem se excitar. Isso afeta não apenas a lubrificação, como também a musculatura da vulva, região chamada de períneo. "No momento da penetração essa tensão vai se confrontar com o pênis ereto, e não havendo relaxamento da parte muscular feminina irá ocasionar dor", expõe Augusto Bussab.

A calma também vale para o homem, afinal ir direto ao ponto na penetração não é uma boa ideia para as mulheres, é preciso investir nas preliminares. "A resposta sexual feminina começa na intimidade. Sabe-se que a mulher leva em média 15 minutos para o organismo se preparar para a relação sexual, com a lubrificação, relaxamento e tudo mais", evidencia a ginecologista Flávia. E quando o homem atinge o orgasmo antes da mulher, ela pode acabar retendo sangue no tecido da vulva, o que também causa dores, como alerta Mendes. 
 
5. Exercite outros músculos
Além da malhação de sempre, exercitar os músculos do períneo pode ajudar a ter mais conforto na hora do sexo. "Exercícios perineais podem ajudar, é com essa base que é feita a técnica de pompoarismo. Normalmente orientamos em consultório como a mulher pode reconhecer esses músculos para aprender a contrai-los e relaxá-los, e são ensinadas sequências para ela fazer durante o dia", explica a ginecologista Flávia. A vantagem é que dá para fazê-los em qualquer lugar, pois ninguém vai notar o que você está fazendo! Além disso, técnicas de musculação como o exercício quatro apoios, também exercitam essa musculatura.
 
6. Acerte a posição
No Kama Sutra, as posições sexuais se relacionam não só ao erotismo, como também ao bem-estar e ao prazer para o casal. E realmente, acertar na postura correta ajuda a ter mais satisfação e menos desconforto na hora H. Normalmente a postura mais desconfortável é de costas. "A posição não chega a ser dolorosa, mas muitas vezes pode ser desconfortável. Mas isso varia para cada mulher e deve ser debatido com o parceiro", avalia Flávia Fairbanks.

Além disso, a forma como o útero está posicionado no corpo influi nessa questão. "Cada uma tem um tipo de útero, virado para trás, para frente ou para um dos lados, por exemplo. A mulher tem que conhecer isso através da ultrassonografia e identificar as melhores posições de acordo com isso", explica o ginecologista e sexólogo Mendes Jr. 
 
7. Outros cuidados
Ter alguns pontos em vista na hora da penetração é importante! Cabe ao casal ficar de olho nesses aspectos. Ao fazer sexo anal, por exemplo, é importante deixá-lo por último, e nunca usar a mesma camisinha ou partir para a penetração vaginal. "Isso pode causar desequilíbrio da flora vaginal, além de corrimento, odor e até doenças graves, como infecções", alerta Mendes Jr.

Retirar o pênis totalmente e depois recolocá-lo durante o mesmo ato repetindo esse movimento sucessivamente também pode fazer muito mal para a saúde da mulher. "Em uma mulher ovulando, que está com colo do útero aberto, pode funcionar como uma bolha de ar, que sobe pelo canal cervical e pelas trompas, causando uma dor lancinante", explica o especialista.  
 
Minha Vida

Especialistas recomendam cuidados para evitar contaminações durante a Copa

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Foto: Reprodução do healthmap.org
Doenças comuns em outros países podem afetar brasileiros durante a Copa
A grande circulação de pessoas no Mundial aumenta as chances de disseminação de micro-organismos causadores de doenças como a gripe suína e a poliomielite
 
Além do entusiasmo e das críticas severas, a Copa do Mundo no Brasil traz a reboque uma preocupação em tom de alerta para a saúde pública.
 
Com a vinda de cerca de 500 mil estrangeiros para o país, doenças com pouca circulação em território nacional podem aparecer com mais intensidade, como o sarampo e as influenzas, principalmente a H1N1, a conhecida gripe suína.
 
As enfermidades inexistentes aqui — o ebola, por exemplo — também demandam vigilância. Os especialistas, porém, recomendam cautela. Eles reconhecem o risco de contaminação, mas acreditam não haver motivos para pânico.

Serão 3,7 milhões de pessoas, entre turistas, brasileiros e estrangeiros, circulando pelas cidades sedes durante o Mundial.
 
Segundo médicos, quanto maior a circulação de pessoas, maior a possibilidade da presença de vírus e de pessoas que não estão com os cuidados de saúde em dia.
 
Um levantamento do Ambulatório do Viajante do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), por exemplo, indica que 48% dos adultos viajantes atendidos na unidade em Belo Horizonte não têm situação vacinal regularizada.
 
Coordenadora do ambulatório, Marise Fonseca destaca que, para aqueles que vão para as regiões Norte e Nordeste, é bom estar atento à febre amarela, à malária e à leishmaniose.
 
Para a primeira, há vacina. “No caso das outras, é bom tomar cuidado com picadas de inseto.

Fonte: Health Map | Secretaria Estadual de Saúde
O quadro acima é usado pela Secretaria Estadual de Saúde como base para prevença das
 doenças que podem ser "importadas" na Copa 2014 
Nas proximidades da floresta amazônica, é recomendável proteger a pele, usar calçados próprios e roupas claras, já que as escuras atraem insetos”, diz. Marise ressalta que os efeitos negativos da exposição aos patógenos podem surgir, inclusive, depois da volta para casa.
 
“Se for malária, mesmo depois de três meses, a pessoa pode ter febre. É bom estar atento e relatar ao médico a ida a lugares com potencial para a doença”, recomenda.

De acordo com o diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, qualquer evento com aumento na movimentação das pessoas merece cuidados.
 
Na Copa, segundo ele, a preocupação é para algumas doenças que são frequentes nesta época do ano, como as gripes, para as quais há uma preparação rotineira e conjunta dos municípios e estados. Maierovitch destaca que os serviços de saúde e de vigilância em saúde estarão mais sensíveis para qualquer sinal de doenças inesperadas e diferentes das habituais, como o vírus do ebola e da poliomielite, para os quais os especialistas apontam risco muito baixo de aparecerem por aqui.

Correio Braziliense / UOL

Pacientes de esclerose múltipla querem tratamento fingolimode pelo SUS

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 O remédio custa pelo menos 6 mil reais por mês de tratamento
A esclerose múltipla atinge principalmente mulheres entre 20 e 40 anos
 
Doença de diagnóstico difícil e com sintomas como esquecimento e perda momentânea de coordenação motora, a esclerose múltipla atinge principalmente mulheres entre 20 e 40 anos.

Nesta terça-feira (27/5) quando foi lembrado o dia mundial da doença, entidades que defendem os pacientes com esclerose múltipla aguardavamm a incorporação de um tratamento oral, o fingolimode, no rol do Sistema Único de Saúde (SUS).

Márcia Denardin, diretora da Associação dos Portadores de Esclerose Múltipla de Santa Maria e Região (Apemsmar), no Distrito Federal, diz que hoje tem uma vida normal, mas já sofreu muito por causa da doença. “Eu vivia internada, não conseguia fazer atividades domésticas, sentia fadiga, formigamento”, relembra Márcia, que já teve que usar cadeira de rodas em crises.

Na última grande crise que teve, em abril de 2013, Márcia entrou com ação judicial pedindo o tratamento com o fingolimode, e desde então ressalta que tem até vergonha de dizer que tem a doença. “Tenho uma vida normal”, assegurou.

Apesar de ter funcionado no caso de Márcia, o neurologista e professor da Santa Casa de São Paulo, Charles Peter Tilbery, alerta que o medicamento é importante, mas não é a primeira opção. Também não é indicado para todos os casos de esclerose múltipla, mas para cerca de 15% dos pacientes, segundo ele.
 
“Criou-se uma ansiedade muito grande por ser um medicamento de uso oral, só que a indicação desse medicamento é para casos restritos, não é substituto dos injetáveis. É usado em alguns casos com perfil bem definido”, explicou Tilbery.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária
A absorção dele aguarda análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, que exige documentos e estudos que comprovem eficácia, segurança para o paciente e custo-efetividade dos produtos. Atualmente, o SUS oferece três medicamentos para a doença (Betainterferonas, Glatirâmer e Natalizumabe).

Dados da Apemsmar mostram que em todo o Brasil 1.600 pessoas recebem o fingolimode judicialmente. O remédio custa pelo menos 6 mil reais por mês de tratamento, mas se absorvido pelo SUS vai custar cerca de R$ 2,3 mil aos cofres públicos.

Segundo o especialista, a doença inflamatória acomete quem tem vulnerabilidade genética, mas não há conclusões sobre fatores externos. Tilbery ressalta que apesar do que o senso comum induz, a esclerose múltipla não é degenerativa: “No caso de a doença não ser tratada é que traz degeneração neurológica”.

Márcia levou quase três anos para ter o diagnóstico da doença. “Todos os exames davam normais, exames de sangue, raio X, reumatologia, aids. Passei por vários especialistas e nenhum atentou para algum problema neurológico”, relembrou.

Ela era atleta e trabalhava na Brigada Militar do Rio Grande do Sul quando descobriu a doença. “Comecei a ter dificuldades ao fazer trabalhos práticos, não lembrava escala de serviço, tinha que pedir apoio, comecei a cansar muito. Eu era atleta, joguei na seleção gaúcha, e comecei a sentir dores no braço, achava que era por causa da minha posição no gol”, conta Márcia.

No Brasil, mais de 35 mil pessoas têm esclerose múltipla. Segundo Tilbery, a maioria vai ter vida normal, sem redução de expectativa de vida, caso siga corretamente o tratamento. Ele ressalta que quanto mais cedo o paciente começar a se tratar, menor será a possibilidade de degeneração.
 
Correio Braziliense

Homens se separam mais das mulheres quando elas adoecem, mostra estudo

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Segundo o estudo norte-americano, muitas mulheres se separam
porque preferem ser cuidadas por amigos e familiares
Segundo especialistas, o abandono pode agravar o estado físico e psicológico delas
 
Os laços construídos ao longo da vida parecem afrouxar justamente quando o corpo passa a sofrer mais com as complicações da idade. E geralmente são os homens que decidem cortar esses vínculos.

A constatação é de um estudo feito na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Ao analisar 2.717 casais, cientistas concluíram que o risco de divórcio entre os mais velhos aumenta quando a esposa — e não o marido — fica doente.
 
“As mulheres casadas com estado de saúde bem debilitado podem, ao mesmo tempo em que sofrem com o impacto da doença, experimentar o estresse do divórcio”, comenta Amelia Karraker, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Social da universidade e responsável pela investigação.
 
Karraker e o coautor do estudo, Kenzie Latham, da Universidade de Indiana, analisaram dados sobre as milhares de uniões copilados pelo Instituto de Pesquisa Social Americano desde 1992.
 
O instituto começou a coletar informações sobre a saúde de cada casal quando pelo menos um dos parceiros tinha mais de 50 anos. A partir dos relatórios, os pesquisadores começaram a relacionar o aparecimento de quatro enfermidades consideradas graves e que tinham um alto grau de incidência dentro do grupo de pesquisa: câncer, problemas cardíacos, doenças pulmonares e acidente vascular cerebral (AVC). Os males foram relacionados com adversidades nos relacionamentos daqueles que haviam ficado doentes.

Os resultados mostraram que, de um modo geral, 31% das uniões terminaram em divórcio no período analisado, sendo que em 15% dos casos, a mulher ficou doente. Além disso, a incidência de novas enfermidades crônicas foi aumentando com o tempo, com mais maridos do que mulheres desenvolvendo problemas de saúde.
 
A pesquisadora explica que as mulheres acabam sendo, diante dessa situação, duplamente vulneráveis à dissolução conjugal em face das complicações na saúde.
 
“Elas são mais propensas a ficar viúvas a partir do fato de que são os maridos que ficam doentes com maior frequência. Agora, se quem ficar doente for a mulher, aumenta-se muito a possibilidade de que o relacionamento acabe em divórcio”, explica.
 
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Estudo alemão sugere que pornografia pode ser prejudicial ao cérebro

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Os autores, no entanto, não puderam provar que estes fenômenos sejam causados diretamente pelo consumo de pornografia e, por isso, afirmam que é necessário continuar com as pesquisas
 
Homens que passam muito tempo vendo pornografia na internet parecem ter menos matéria cinzenta em certas partes do cérebro e sofrem redução de sua atividade cerebral, revelou um estudo alemão publicado nesta quinta-feira (29/5) nos Estados Unidos.

"Encontramos um importante vínculo negativo entre o ato de ver pornografia durante várias horas por semana e o volume de matéria cinzenta no lóbulo direito do cérebro", assim como a atividade do córtex pré-frontal, escrevem os cientistas do Instituto Max Planck para o Desenvolvimento Humano em Berlim.

"Estes efeitos poderiam incluir mudanças na plasticidade neuronal resultante de intensa estimulação no centro do prazer", acrescentou o estudo, publicado na edição online da revista "Psychiatry", da Associação Médica Americana.

Os autores, no entanto, não puderam provar que estes fenômenos sejam causados diretamente pelo consumo de pornografia e, por isso, afirmam que é necessário continuar com as pesquisas.
 
Mas, segundo eles, o estudo já fornece um primeiro indício da existência de uma relação entre o ato de assistir pornografia e a redução do tamanho e da atividade do cérebro como reação ao estímulo sexual.

Para realizar a pesquisa, os autores recrutaram 64 homens saudáveis com idades de 21 a 45 anos, aos quais pediram para responder a um questionário sobre o tempo que dedicavam a assistir a vídeos pornográficos. O resultado foi, em média, de quatro horas semanais.

Os voluntários também foram submetidos a tomografias computadorizadas (MRI) do cérebro para medir seu volume e observar como ele reagia às imagens pornográficas.

Na maioria dos casos, quanto mais pornografia os indivíduos viam, mais diminuía o corpo estriado do cérebro, uma pequena estrutura nervosa bem abaixo do córtex cerebral.

Os cientistas também observaram que, quanto maior o consumo de imagens pornográficas, mais se deterioravam as conexões entre o corpo estriado e o córtex pré-frontal, que é a camada externa do cérebro encarregada do comportamento e da tomada de decisões.
 
Correio Braziliense

Estudo apontou gays, jovens e pobres como os mais suscetíveis ao tabagismo

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Os governos precisam adotar medidas mais eficientes e direcionadas a esse público
Especialistas defendem que as campanhas contra o cigarro levem em conta essa fragilidade
 
Há no planeta um esforço grande contra o tabagismo. Hoje, por exemplo, autoridades de saúde, a sociedade civil organizada e outros profissionais da área se dedicam a atividades que marquem o Dia Mundial sem Tabaco. Ainda assim, há grupos mais expostos ao cigarro, conforme pesquisas. Homossexuais, adolescentes e os mais pobres fazem parte da lista, que, segundo especialistas, deve funcionar como um sinal de que os governos precisam adotar medidas mais eficientes e direcionadas a esse público.

Levantamentos norte-americanos indicam que a quantidade de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros (LGBT) que fumam é duas vezes maior que a população geral.
 
A Pesquisa Nacional de Tabagismo entre Adultos dos EUA aponta que a prevalência do vício nesse público é de 32,8%, enquanto 19,5% dos heterossexuais fumam. A instituição atribui a maior incidência do problema ao estresse e ao estigma que o grupo enfrenta no dia a dia, além da agressiva campanha de marketing da indústria do cigarro.

Os EUA publicaram o primeiro relatório oficial sobre tabagismo entre homossexuais em 2001 e, desde então, uma série de pesquisas têm se dedicado a descobrir estatísticas e razões da vulnerabilidade.
 
Os dados permitiram que organizações independentes, como a Rede de Igualdade na Saúde LGBT (Network for LGBT Health Equity), estimassem que os gastos dessa comunidade com os maços giram em torno dos US$ 7,9 milhões anuais, valor 65 vezes maior que o investido em instituições que defendem os direitos do grupo.

Um estudo publicado no início deste mês no periódico Journal of Adolescent Health mostra que o tabagismo é uma espécie de automedicação para quem se enquadra como LGBT. Os pesquisadores da Escola de Medicina Feinberg, da universidade alemã Northwestern, descreveram algumas diferenças demográficas dessa população em relação ao cigarro e como variáveis psicossociais influenciam o vício entre jovens LGBT. A pesquisa feita com 228 pessoas com16 a 20 anos, de diferentes etnias, foi a fundo na relação da vitimização com o tabaco.

Michael Newcomb, principal autor do trabalho, descobriu que as dificuldades sociais de assumir a própria sexualidade estão fortemente correlacionadas com o hábito de fumar, mas que uma forte rede social pode reverter essa situação e até mesmo prevenir que o jovem se envolva com o tabaco.
 
“Prestar mais atenção nos diferentes impactos psicossociais pode reduzir tanto a iniciação quanto a regularidade do tabagismo ao longo do tempo”, diz o pesquisador.

Newcomb destaca que o apoio social é mais frutífero quando parte dos familiares. Isso porque, segundo ele, os relacionamentos românticos costumam ser breves durante os primeiros anos da vida adulta, o que pode fazer com que as decepções amorosas provoquem um aumento na quantidade de cigarros fumados durante o dia. Além disso, como o vício prevalece nesse grupo, dificilmente o jovem encontrará amigos e colegas que não fumam, tornando o tabagismo um círculo vicioso.

“Os adolescentes tendem a fumar mais quando seus amigos também fumam. Por isso, acredito que o apoio familiar pode oferecer grandes contribuições na luta contra o tabaco”, diz o especialista. Ele frisa que a diferença entre homens e mulheres não é discrepante, mas que os garotos são os maiores consumidores do produto. Entretanto, isso ocorre apenas nos primeiros anos da vida adulta. Uma reviravolta acontece quando estão mais velhos: eles abandonam o cigarro e elas passam a fumar com maior frequência.
 
Cenário nacional
Não há pesquisa acadêmica ou levantamento oficial que indique qual percentual de brasileiros LGBT é fumante. Portanto, especialistas daqui não conseguem indicar se é possível transferir os dados obtidos por equipes estrangeiras para cá, mas acreditam que os motivos que tornam esse público mais sensível são os mesmos.
 
“É possível supor que esse segmento da população esteja mais exposto ao fumo em ambientes de socialização, como bares e boates, em que o consumo de cigarros tende a ser mais alto. Mesmo assim, ao fazer a inferência para o Brasil, deve-se levar em conta que há aqui a proibição do fumo em ambientes fechados”, pondera Cristina Maria Rabelais, professora da Faculdade de Medicina de Petrópolis (RJ) e especialista em saúde coletiva.

O que se pode garantir no Brasil hoje é que a maior parte dos fumantes está nas classes em que a renda e a escolaridade são menores. Cristina Maria descreve que, segundo a Pesquisa Especial de Tabagismo (PETab), 96% dos entrevistados sabiam que fumar causava danos à saúde e 91% estavam conscientes de que a fumaça do cigarro prejudica também os não fumantes. Desses, 65% pensaram em parar após ter visto as fotos e as advertências nos maços.

Os resultados não indicaram diferenças de escolaridade entre as pessoas que perceberam a veiculação de propagandas sobre controle do tabaco no rádio.
 
Cristina Maria sublinha que as que tinham mais anos de estudo apresentaram mais sensibilidade para as propagandas veiculadas na televisão. Os jovens perceberam menos informações pelo rádio do que os indivíduos acima de 24 anos (24,3% contra 32,1%), ao passo que, na televisão, não se observou grande diferença entre as idades (62,9% contra 64,2%).
 
“Esses resultados apontam para a necessidade de se adaptar a linguagem e os veículos comunicacionais utilizados para cada população com ênfase nos jovens, que são mais vulneráveis e o principal alvo da propaganda da indústria do fumo”, alerta a médica.
 
Correio Braziliense

Descoberta vacina oral eficaz para combater epidemias de cólera

Pacientes com cólera
Foto: AFP
As autoridades sanitárias da Guiné distribuíram 316 mil doses da vacina durante um período de seis semanas em 2012. A taxa de imunização das populações superou os 75%
 
Uma vacina oral demonstrou ser eficaz no curto prazo para conter a cólera durante uma epidemia na Guiné, ao proteger da doença em mais de 86% dos casos, indicam os resultados de um teste clínico publicado esta quinta-feira (29/5) nos Estados Unidos.

Para esta campanha de vacinação, patrocinada pela organização não governamental Médicos sem Fronteiras (MSF), as autoridades sanitárias da Guiné distribuíram 316.000 doses da vacina, chamada Sanchol, durante um período de seis semanas em 2012. A taxa de imunização das populações superou os 75%.

A vacina, administrada em duas doses com duas semanas de diferença, reduziu drasticamente a transmissão da cólera. A maior parte dos casos confirmados da doença estava em pequenas comunidades com baixas taxas de imunização, afirmam os autores do estudo, publicado na edição online da revista New England Journal of Medicine.

Os pesquisadores dizem, no entanto, que ainda não têm dados suficientes para determinar se uma única dose é bastante para conseguir a imunização adequada.
 
A vacina Sanchol também tem a vantagem de ser mais barata (US$ 1,85 dólar a dose), em comparação com os 5,25 dólares da vacina Duoral, também administrada por via oral e igualmente eficaz.

Os resultados do estudo confirmam que o uso deste tipo de vacinação oral é uma solução eficaz para conter futuras epidemias de cólera, doença que afeta sobretudo a África (onde estão mais de 90% dos casos) e o sul da Ásia.

Antes da campanha de vacinação na Guiné, havia muito poucas evidências que demonstrassem a eficácia da vacina contra a cólera durante a detecção de uma epidemia.

Segundo os Centros Federais para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC), entre três e cinco milhões de pessoas são infectadas anualmente em todo o mundo, das quais 100.000 morrem.

A cólera é causada pela bactéria "Vibrio cholerae", transmitida principalmente através da água contaminada. A doença provoca diarreia e desidratação rápida.

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Desejo de ter filhos é transmitido de forma similar à gripe, diz estudo

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Pesquisa indica que a decisão de ter filhos é fortemente influenciada pelas experiências dos amigos
 
A chegada de junho abre no Hemisfério Sul a temporada de uma velha conhecida do ser humano: a gripe. A doença se espalha com facilidade impressionante, e rapidamente casas, salas de aula e escritórios são tomados por espirros e tosses coletivos. Uma das consequências da natureza social do homem. Contudo, a interação entre pessoas é capaz de transmitir muito mais que micro-organismos. E essa lista de contágios inclui até mesmo — por mais estranho que pareça — a fertilidade.
 
Ter filhos é algo tão transmissível quanto uma gripe sazonal, capaz de se espalhar entre amigos que passam por certas etapas da vida juntos. A afirmação é de Nicoletta Balbo, pesquisadora da Universidade Comercial Luigi Bocconi, na Itália, que acaba de publicar um estudo sobre o tema na revista especializada American Sociological Review. Ela conta que estudos anteriores sobre os chamados comportamentos contagiosos abriram caminho para que especialistas passassem a investigar a forma como as interações sociais regulam os desejos humanos, seja o de comprar uma bicicleta, seja o de engravidar.

Segundo Balbo, uma variedade de ações sofre influência de amigos, como fumar, beber, praticar exercícios ou se interessar por um estilo musical. Então, ela questiona, por que as taxas de fertilidade estariam fora desse conjunto? “Uma quantidade limitada de estudos demonstrou que tais conexões existem entre parentes e colegas de trabalho. O nosso é o primeiro a mostrar essa relação entre amigos”, diz.

O estudo acompanhou por vários anos mulheres que haviam concluído o ensino médio nos Estados Unidos. No início da investigação, algumas tinham apenas 15 anos e participaram da análise até a vida adulta, quando tinham perto de 30. Uma série de questionários revelou características socioeconômicas, trajetórias de vida e conexões sociais entre as participantes, indicando que pessoas mais próximas tendiam a engravidar na mesma época.
 
Correio Braziliense

Novos tratamentos contra cânceres agressivos têm resultados promissores


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Este agente estimula a autodestruição de células cancerosas
e bloqueia sua proliferação
É a primeira vez que um anticancerígeno ingerido por via oral permite um aumento claro da sobrevivência destes pacientes, reforçaram os pesquisadores
 
Vários novos tratamentos contra cânceres avançados de pulmão, sangue, tireoide e ovário resistentes a outras terapias deram resultados positivos, segundo testes clínicos divulgados neste sábado (31/5) e que confirmam os avanços feitos na luta contra a doença.
 
A Imbruvica (Ibrutinib), dos laboratórios americanos Pharmacyclics e Johnson & Johnson, conseguiu prolongar a vida de pessoas afetadas por leucemia linfoide crônica, que não respondiam à quimioterapia combinada com um anticorpo, o tratamento padrão para este câncer do sangue, o mais comum em adultos.
 
Este agente estimula a autodestruição de células cancerosas e bloqueia sua proliferação. A agência que regula medicamentos e alimentos nos Estados Unidos (FDA) o aprovou no fim de 2013 para tratar linfomas resistentes e, em fevereiro de 2014, para a leucemia.
 
É a primeira vez que um anticancerígeno ingerido por via oral permite um aumento claro da sobrevivência destes pacientes, reforçaram os pesquisadores, que apresentaram este estudo clínico na conferência anual da American Society of Clinical Oncology (ASCO), o maior colóquio sobre o câncer, reunido este fim de semana em Chicago (Illinois, norte dos Estados Unidos).
 
"Com o Ibrutinib, cerca de 80% dos pacientes ainda estavam em remissão um ano depois, duas vezes mais do que se pode esperar de uma terapia padrão", comentou John Byrd, professor de medicina na Universidade de Ohio, que fez este estudo com 391 pacientes com idade média de 67 anos.
 
"Estes dados favorecem o uso deste medicamento como primeiro tratamento para estes doentes", avaliou.
 
Outros tratamentos permitiram atrasar em um ano e meio o avanço de tipos agressivos de câncer na tireoide.
 
O Lenvatinib, um agente desenvolvido pelos laboratórios SFJ Pharmaceuticals, dos Estados Unidos, e Eisai, do Japão, também levou à redução do tumor em cerca de dois terços dos doentes.
 
"Confiamos que, com estes resultados, o Lenvatinib se tornará a primeira opção para tratar este tipo de câncer de tireoide", resistente ao iodo radioativo, eficaz na grande maioria dos casos, disse Martin Schumberger, oncologista da universidade francesa Paris-Sud, que chefiou o teste clínico de fase 3 em 392 pacientes.

Um terceiro teste clínico, também apresentado na conferência da ASCO, esteve relacionado com o Ramucirumab (Cyramza), um antiangiogênico do laboratório americano Eli Lilly que bloqueia a formação de vasos sanguíneos nos tumores.

Aprovado em fevereiro de 2014 pela FDA para o tratamento do câncer agressivo de esôfago, este medicamento permitiu prolongar a vida de pacientes com câncer muito avançado de pulmão, segundo teste clínico divulgado neste sábado.

Este resultado modesto foi considerado, de qualquer forma, significativo pelos oncologistas, por ser "o primeiro tratamento que, em dez anos, permite melhorar a evolução deste câncer com um tratamento alternativo à quimioterapia", explicou Maurice Pérol, diretor do serviço de oncologia do tórax no centro contra o câncer da cidade francesa de Lyon e principal autor deste estudo.

Finalmente, um teste clínico com dois agentes experimentais tomados de forma combinada, o Olaparib e o Cediranib, do laboratório britânico AstraZeneca, permitiu duplicar, a 17,7 meses, a sobrevivência de mulheres vítimas de um câncer agressivo de ovário em relação às pacientes não tratadas com Olaparib. Trata-se do primeiro inibidor da enzima PARP que permite o reparo do DNA das células cancerosas.

O Cediranib, por sua vez, bloqueia a formação de vasos sanguíneos no tumor e o crescimento de células cancerosas.

Nenhuma destas duas moléculas ainda foi aprovada pela FDA.

Dispõe-se atualmente de muitas famílias de moléculas que agem sobre distintos objetivos e que permitem bloquear a proliferação de células cancerosas.

A quimioterapia tradicional, ao contrário, bloqueia unicamente a multiplicação destas células mas tem maiores efeitos colaterais.

"Com o desenvolvimento alcançado pela medicina genômica estes últimos anos se tornou possível enfrentar cânceres resistentes aos tratamentos padrão", explicou o oncologista Gregory Masters, do Helen Graham Cancer Center de Newark (Delaware, leste dos Estados Unidos).
 
Correio Braziliense

Erros em textos da Wikipédia podem causar problemas de saúde

Erros em textos da Wikipédia podem causar problemas de saúde Stock Photos/Divulgação
Foto: Stock Photos / Divulgação
Informações incorretas sobre doenças no site prejudicam hipocondríacos e adeptos do auto diagnóstico
 
É preferível não ler artigos da imensa enciclopédia virtual Wikipédia em casos de problemas de saúde. Uma enquete do Journal of The American Ostheopathic Association revela que as páginas dedicadas a doenças e outros problemas que podem afetar o organismo estão cheias de erros.
 
Os hipocondríacos e outros adeptos do auto diagnóstico vão sentir um frio na espinha. Após terem identificado 10 das doenças mais custosas para os serviços de saúde americanos, pesquisadores independentes testaram as afirmações dos artigos da Wikipédia ligados a cada uma delas, e em seguida as confrontaram com fontes médicas seguras.
 
Os resultados apontam que em nove dos 10 casos existem erros. Doenças cardiovasculares, câncer de pulmão, artrose, hipertensão ou dor nas costas. A única exceção é o traumatismo craniano, que possui afirmações totalmente exatas, segundo os especialistas.
 
Conclusões que retomam o debate sobre a seriedade da enciclopédia mundial, alimentada por qualquer um. Uma constatação alarmante, pois de 47% a 70% dos médicos e estudantes de medicina admitem consultá-la com frequência para realizar um diagnóstico.
 
Zero Hora

Veja oito dicas para largar o cigarro e não ganhar peso

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Ao parar de fumar, é importante controlar semanalmente o peso
Seguindo regrinhas muito simples é possível abandonar de vez o hábito de fumar e controlar o peso sem sacrifícios
 
Todo mundo sabe que o cigarro faz mal e que é difícil de largar. Não é nada impossível, mas para perder o vício é preciso muita determinação. Um problema comum entre ex-fumantes é o ganho de peso.
 
É importante saber que o fumo eleva o gasto energético das pessoas, mas não de uma maneira importante que justifique um ganho expressivo de peso.
 
“Quando uma mudança de comportamento como essa acontece, é importante ter alguns cuidados, especialmente com os hábitos alimentares, para assim evitar que os quilinhos a mais fiquem bem longe”, disse Roberta Stella, nutricionista-chefe do Dieta e Saúde.
 
Veja abaixo oito dicas para controlar o peso e dar uma forcinha para quem quer se livrar desse hábito:
 
1. Marcação cerrada: Controle semanalmente o peso. Quando perceber que os quilos estão aumentando, é necessário adotar uma alimentação saudável para reverter esse quadro.
 
2. Autoanálise: Ao perceber que está usando o alimento como fuga, analise qual é o motivo da ansiedade e busque alternativas para combater essa causa.
 
3. Sem substituir: Evite substituir o cigarro por alimentos.  Estipule horários para realizar de 5 a 6 refeições por dia e nada de salgadinhos e biscoitos por perto.
 
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Estipule horários para realizar de 5 a 6 refeições por dia
4. Quase abstêmio: Evite bebidas alcoólicas. Elas podem ativar a vontade de fumar.
 
5. Qualidade: Consuma frutas e legumes, que são fonte de antioxidantes que combatem os radicais livres e previnem o envelhecimento celular.
 
6. Sem frituras: Evite consumir alimentos gordurosos que sempre resultam em quilos a mais, use azeite ou creme vegetal light.
 
7. Boas escolhas: Tenha sempre algum alimento com baixa quantidade calórica disponível para quando bater aquela fome no meio das refeições, como, por exemplo, barrinhas de cereais, frutas e iogurtes desnatados.
 
8. Mexa-se: Quanto mais ativo for, mais energia irá queimar, evitando que haja ganho de peso. A prática de atividade física ajuda no controle da ansiedade.
 
iG

Melancia pode ser aliada da pressão arterial

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A Magali, personagem da Turma da Mônica, pode até ser comilona, mas está certa em optar por sempre ingerir melancia. Segundo estudo da Universidade Estadual da Flórida, nos Estados Unidos, a fruta pode reduzir a pressão arterial em pessoas com excesso de peso. A pesquisa foi publicada no American Journal of Hypertension
 
Os cientistas partiram do princípio que, em épocas de temperaturas mais baixas, o coração tem que trabalhar mais, provocando um estresse cardíaco maior, uma vez que a pressão para o bombeamento de sangue aumenta. Obesos têm, portanto, riscos mais elevados de ter ataques cardíacos quando expostos a ambientes com baixas temperaturas ou durante o inverno.
 
O que fazer, então, para reduzir os riscos dessas pessoas? A melancia é a resposta. Liderado pelo professor Arturo Figueroa, o estudo teve como foco, durante três meses, 13 homens e mulheres obesos, de meia idade e hipertensas.
 
Divididas em dois grupos, uma parte das pessoas tomou placebo durante seis semanas. Ao longo do mesmo período, a outra turma ingeriu L-citrulina e L-arginina, ambas de estrato de melancia. Depois, eles inverteram a medicação pelas seis semanas restantes.
 
Durante a análise, os participantes deixaram de tomar quaisquer medicamentos para o controle da pressão arterial e não puderam alterar o estilo de vida, como fazer dietas ou intensificar atividades físicas.
 
Para simular condições de tempo frio, os hipertensos mergulhavam as mãos em água a 4ºC, enquanto os pesquisadores mediam pressão e outros aspectos vitais.
 
O estudo mostrou que consumir melancia teve um impacto positivo na pressão sanguínea e em parâmetros vasculares. Em análises anteriores, Figueroa também teve resultados positivos ao examinar o como a melancia age com relação à função arterial de mulheres no pós-menopausa e também em adultos pré-hipertensos.
 
A melancia é muito refrescante no verão e pode ser uma ótima aliada no inverno também. Além de ingerir a fruta, para diversificar, você também pode fazer sucos! A fruta é diurética, antioxidante e dá sensação de saciedade.
 
Anote um suco de melancia com água de coco:
 
Bata 500g de polpa de melancia, ¾ xícara de chá de água de coco e uma colher de sopa de gengibre. Tome na hora!
 
Universo Jatobá

Visita de irmãos na UTI neonatal fortalece vínculo e reduz ansiedade das mães

 Foto: Maria Fernanda Ziegler/iG
Quando Lorena chora, Geovana faz carinho e diz baixinho
que já passou.
Visita de irmãos na UTI neonatal fortalece vínculo e reduz ansiedade das mães
 
Gabriel, de oito anos, imaginava encontrar o irmão Enzo dentro de um berço “grandão” e cheio de bichinhos pendurados. Mas quando o conheceu na UTI neonatal, foi tudo diferente. O menino ficou impressionado com o tamanhinho do bebê, que nasceu há pouco mais de uma semana. “Mãe, ele é pequenininho”, disse com as mãos trêmulas e maiores que o tórax de Enzo.
 
Era mesmo para Gabriel ficar preocupado. O bebê, que até pouco tempo estava dentro da barriga da mãe, nasceu com baixo peso. A mãe teve doença hipertensiva gestacional e o bebê teve restrição no crescimento. Precisa ficar na incubadora até que possa ir para casa e dividir o mesmo quarto com Gabriel.
 
Quando viu os dois filhos juntos pela primeira vez, Monica Santos, de 29 anos, começou a chorar. “Mãe, não chora. Caramba! Olha só o cabelo dele. Quando ele crescer o cabelo vai baixar? É muito cabelo”, disse Gabriel.
 
Gabriel estava curioso para conhecer o irmão “que já tem três gavetas do armário cheias de roupa”. Para o encontro, vestiu a camisa da seleção brasileira, que acabara de ganhar do pai. A primeira foto dos pais com os dois filhos foi tirada na UTI mesmo.
 
A psicóloga Tathiane Paulin, do hospital geral de Carapicuíba (SP), explica que a visita dos irmãos na UTI neonatal é importante para a família inteira. Normalmente, os hospitais evitam que crianças pequenas participem das visitas por serem consideradas ‘muito virulentas’. “Vemos aqui que com determinados cuidados a visita é muito positiva. A criança passa a entender por que o irmão não foi para casa, por que a mãe fica o dia inteiro no hospital. Além disso, cria um laço com o irmão que é importante e para a vida inteira”, disse.
 
Tathiane conta que a consequência imediata da visita é a diminuição de ansiedade das mães. “Elas sabem que o filho mais velho sente falta delas em casa e choram muito por conta disto. Depois elas ficam mais calmas, pois sabem que o filho entendeu o que está acontecendo. Que ela está longe dele porque o irmãozinho precisa de cuidados”, diz.
 
Alessandra da Silva, de 30 anos, estava morrendo de saudades da filha Geovana, de 10 anos. Por conta do parto de risco e da permanência da caçula na UTI - a garotinha nasceu com uma cardiopatia -, ela ficou um mês sem ver a primogênita. "Ela também sentiu a minha falta. Disse assim: ‘mãe, vem embora. Não vou mais brigar com você, não’”, ri Alessandra.
 
Lorena, hoje com três meses, continua na UTI. Mas agora Geovana a visita todas as semanas. Assim que chega, põe luva de borracha e faz carinho no bracinho da irmã, que fica dentro da incubadora. Quando Lorena chora, ela faz “Shiiih, Shiiih. Passou, neném”. Por enquanto, as visitas continuarão espaçadas. Lorena, atualmente com 1,8 kg, fez uma cirurgia recente. Precisa se recuperar e ganhar peso antes de ir para casa.
 
Colo de irmão
As visitas dos irmãos acontecem duas vezes por semana: segunda-feira no período da manhã e quarta depois do almoço. Assim, dá para contemplar tanto as crianças que estudam no turno da tarde, quanto às do turno da manhã. Os próprios pais agendam a vinda dos filhos.
 
Tathiane acompanha as visitas desde que elas começaram no Hospital Geral de Carapicuíba, em dezembro de 2010. Antes de conhecerem os irmãos, as crianças conversam com ela, falam sobre o que está acontecem com a família e o que esperam do encontro. Muitas chegam até a fazer desenhos para os pequenos.
 
“A rivalidade fraterna é normal, embora seja pouco expressada. O importante é que a criança participe do processo da chegada deste novo irmão. Até porque muitas vezes elas não entendem a mãe sair de casa com barriga e voltar sem a barriga e sem o irmão que permaneceu no hospital”, diz Tathiane.
 
Ela conta que uma vez um menino de cinco anos lhe contou que não estava gostando de ter um irmão. “Tô achando um saco. Meus pais vêm pra cá e eu fico na casa da minha avó”. No dia da visita, o menino chegou todo arrumado, com gel no cabelo e jaqueta jeans. “Enquanto subíamos no elevador para UTI ele me disse : ‘quero ver se esse moleque é tão bonito quanto eu”
 
“O legal desta história é que o menino estava odiando o fato de ter um irmão. Mas quando viu o bebê pequenininho e todo entubado, a coisa mudou. A primeira coisa que ele disse foi que o irmão estava sofrendo. Ele notou que aquele irmão precisava de ajuda. O vínculo entre os irmãos estava formado”, disse Tathiana.
 
Presente de aniversário
João Pedro Silva, de 10 anos, sempre quis um irmão. Mas quando Luis Octávio, hoje com três anos, nasceu, foi direto para a UTI. "Os médicos deram sete dias de vida para ele. Só que ele foi crescendo e melhorando. Meu filho nasceu com desconforto respiratório, cardiopatia e síndrome de George. Ficou 70 dias na UTI, sendo 49 entubado”, lembra Fabiana Silva, 34 anos.
 
Fabiana conta que o medo de que Luis morresse era constante. João, que sonhou tanto em brincar com o irmão, pediu para os médicos que ele pudesse segurar o irmão nos braços. O bebê estava cheio de tubos e foi preciso que uma enfermeira ajudasse. “Ah, eu queria pegar o meu irmão nos braços. Então no dia do meu aniversário me deram de presente”, diz João.
 
Continuam inseparáveis. João adora cuidar do irmão, brinca de videogame com ele e, há quatro meses, os dois ganharam companhia: Mariana, a nova caçula da família.

iG

Brasil proíbe fumar em locais fechados e aumenta alerta nos maços

Novas regras extinguem os fumódromos e veta toda e qualquer propaganda comercial. No Brasil, 200 mil pessoas morrem por ano em consequência do uso de tabaco
 
No Dia Mundial Sem Tabaco comemorado ontem  (31), o Ministério da Saúde anunciou a regulamentação da Lei Antifumo por meio de decreto da presidente Dilma Rousseff, que estabelece ambientes fechados de uso coletivo 100% livres de tabaco. O objetivo é proteger a população do fumo passivo e contribuir para diminuição do tabagismo entre os brasileiros. A norma entrará em vigor 180 dias após a publicação do decreto no Diário Oficial da União, previsto para próxima segunda-feira (2).
 
A partir de agora, está proibido o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos e outros produtos fumígenos em locais como hall e corredores de condomínio, restaurantes e clubes, mesmo que o ambiente esteja só parcialmente fechado por uma parede, divisória, teto ou toldo. Os narguilés também estão vetados.
 
A norma também extingue os fumódromos e acaba com a possibilidade de propaganda comercial de cigarros até mesmo nos pontos de venda, permitindo somente a exposição dos produtos, acompanhada por mensagens sobre os malefícios provocados pelo fumo. A legislação anterior permitia as propagandas no display.
 
iG Arte
Outra obrigatoriedade da lei é o aumento dos espaços para os
avisos sobre os danos causados pelo tabaco
“A regulamentação da lei é um grande avanço para o Brasil. É fundamental para que o país possa continuar enfrentando o tabagismo como um grave problema de saúde pública e um desafio para que toda a sociedade possa viver de forma mais saudável. A regulamentação é um compromisso com a saúde do povo brasileiro”, afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
 
Chioro também lembrou que o Brasil, desde a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), vem progressivamente avançando na regulamentação do fumo.

“Estamos desenvolvendo um conjunto de medidas que buscam a diminuição do impacto do tabaco na vida das pessoas com a associação de três medidas. A primeira delas é o aumento do preço a partir a edição de lei em 2011, que já é um consenso internacional, a proibição da propaganda e o impedimento do fumo em locais coletivos fechados.”
 
Outra obrigatoriedade prevista é o aumento dos espaços para os avisos sobre os danos causados pelo tabaco, que deverão aparecer em 100% da face posterior das embalagens e de uma de suas laterais.

A partir de 2016, deverá ser incluído ainda texto de advertência adicional em 30% da parte frontal dos maços dos cigarros.
 
No caso de bares e restaurantes, em mesas na calçada, o cigarro será permitido, desde que a área seja aberta e haja algum tipo de barreira, como janelas fechadas ou parede, que impeça a fumaça de entrar no estabelecimento.
 
Os fumantes não serão alvo de fiscalização. São os estabelecimentos comerciais os responsáveis por garantir o ambiente livre do tabaco. Eles precisam orientar seus clientes sobre a lei e pedir para que não fumem, podendo chamar a polícia quando o cliente se recusar a apagar o cigarro.
 
Em casos de desrespeito à lei, o estabelecimento pode receber advertência, multa, ser interditado e ter a autorização cancelada para funcionamento, com o alvará de licenciamento suspenso. As multas variam de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão, dependendo da natureza da infração, que pode ser leve, grave ou gravíssima, ou de reincidências. As vigilâncias sanitárias dos Estados e municípios ficarão encarregadas de fiscalizar o cumprimento da lei.
 
iG