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domingo, 1 de junho de 2014

Especialistas recomendam cuidados para evitar contaminações durante a Copa

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Foto: Reprodução do healthmap.org
Doenças comuns em outros países podem afetar brasileiros durante a Copa
A grande circulação de pessoas no Mundial aumenta as chances de disseminação de micro-organismos causadores de doenças como a gripe suína e a poliomielite
 
Além do entusiasmo e das críticas severas, a Copa do Mundo no Brasil traz a reboque uma preocupação em tom de alerta para a saúde pública.
 
Com a vinda de cerca de 500 mil estrangeiros para o país, doenças com pouca circulação em território nacional podem aparecer com mais intensidade, como o sarampo e as influenzas, principalmente a H1N1, a conhecida gripe suína.
 
As enfermidades inexistentes aqui — o ebola, por exemplo — também demandam vigilância. Os especialistas, porém, recomendam cautela. Eles reconhecem o risco de contaminação, mas acreditam não haver motivos para pânico.

Serão 3,7 milhões de pessoas, entre turistas, brasileiros e estrangeiros, circulando pelas cidades sedes durante o Mundial.
 
Segundo médicos, quanto maior a circulação de pessoas, maior a possibilidade da presença de vírus e de pessoas que não estão com os cuidados de saúde em dia.
 
Um levantamento do Ambulatório do Viajante do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), por exemplo, indica que 48% dos adultos viajantes atendidos na unidade em Belo Horizonte não têm situação vacinal regularizada.
 
Coordenadora do ambulatório, Marise Fonseca destaca que, para aqueles que vão para as regiões Norte e Nordeste, é bom estar atento à febre amarela, à malária e à leishmaniose.
 
Para a primeira, há vacina. “No caso das outras, é bom tomar cuidado com picadas de inseto.

Fonte: Health Map | Secretaria Estadual de Saúde
O quadro acima é usado pela Secretaria Estadual de Saúde como base para prevença das
 doenças que podem ser "importadas" na Copa 2014 
Nas proximidades da floresta amazônica, é recomendável proteger a pele, usar calçados próprios e roupas claras, já que as escuras atraem insetos”, diz. Marise ressalta que os efeitos negativos da exposição aos patógenos podem surgir, inclusive, depois da volta para casa.
 
“Se for malária, mesmo depois de três meses, a pessoa pode ter febre. É bom estar atento e relatar ao médico a ida a lugares com potencial para a doença”, recomenda.

De acordo com o diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, qualquer evento com aumento na movimentação das pessoas merece cuidados.
 
Na Copa, segundo ele, a preocupação é para algumas doenças que são frequentes nesta época do ano, como as gripes, para as quais há uma preparação rotineira e conjunta dos municípios e estados. Maierovitch destaca que os serviços de saúde e de vigilância em saúde estarão mais sensíveis para qualquer sinal de doenças inesperadas e diferentes das habituais, como o vírus do ebola e da poliomielite, para os quais os especialistas apontam risco muito baixo de aparecerem por aqui.

Correio Braziliense / UOL

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