Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



segunda-feira, 30 de julho de 2018

“Amamentar é vida”

sheron amamentacaoO aleitamento materno gera inúmeros benefícios para mãe e filho

Além do valor nutritivo para os bebês, o leite materno protege as crianças contra infecções, alergias, algumas doenças crônicas e cânceres infantis. Para a mãe, a amamentação reduz o peso mais rapidamente após o parto, ajuda o útero a recuperar o tamanho normal, diminui o risco de hemorragia e anemia e reduz o risco de diabetes e de desenvolver câncer de mama e ovário.

Para divulgar a importância da amamentação, a atriz Sheron Menezzes, junto com o filho Benjamin, de nove meses, é a madrinha da campanha da Semana Mundial de Amamentação. Não é a primeira vez que a atriz participa das campanhas do ministério. “Fiz a campanha que muitas pessoas se conscientizaram, que foi a da sífilis, a de doação de leite, que é o que eu pratico, porque acho importantíssimo e agora a de amamentação”, relata.

O leite materno é um alimento completo. Por isso, até os 6 meses, o bebê não precisa de nenhum outro alimento (chá, suco, água ou outro leite). Ele é de mais fácil digestão do que qualquer outro leite e funciona como uma vacina, pois é rico em anticorpos, protegendo a criança de muitas doenças como diarreia, infecções respiratórias, alergias, diminui o risco de hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade.

Consciente dos benefícios, Sheron quer amamentar Benjamin pelo menos até os dois anos de vida dele. “Eu amamentei o Benjamin até os seis meses exclusivamente no peito. Mas eu gostaria de amamentá-lo até os dois anos de idade, porque eu quero que ele cresça ainda mais forte, mais saudável e mais resistente”, comenta ela.

A amamentação favorece um contato mais íntimo entre a mãe e o bebê. Sugar o peito é um excelente exercício para o desenvolvimento da face da criança, ajuda a ter dentes bonitos, a desenvolver a fala e a ter uma boa respiração.

O filme da campanha faz analogia às fases da vida de Sheron, desde bebê no colo da mãe até chegar à fase adulta. Para ilustrar o crescimento consistente, será usado a simbologia do crescimento de uma árvore. Para Sheron, é importante que todas as mães amamentem seus filhos. “Se você puder, amamente bastante seu filho, porque amamentar é vida”, ressaltou.

Benefícios para o bebê
O leite materno protege contra diarreias, infecções respiratórias e alergias. Ele também diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes, além de reduzir a chance de desenvolver obesidade. Crianças amamentadas no peito são mais inteligentes. Há evidências de que o aleitamento materno contribui para o desenvolvimento cognitivo. Estima-se que o aleitamento materno poderia evitar 13% das mortes em crianças menores de 5 anos em todo o mundo por causas evitáveis.

Benefícios para a mãe
Reduz o peso mais rapidamente após o parto. Ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, diminuindo o risco de hemorragia e de anemia após o parto. Reduz o risco de diabetes. Reduz o risco de desenvolvimento de câncer de mama e de ovário.

Companheiro
O companheiro tem sido identificado como importante fonte de apoio à amamentação. São pessoas que tem importante papel, não apenas nos cuidados com o bebê, mas também nos cuidados com a mãe.

Número e duração das mamadas
Recomenda-se que a criança seja amamentada na hora que quiser e quantas vezes quiser. É o que se chama de amamentação em livre demanda. Nos primeiros meses, é normal que a criança mame com frequência e sem horários regulares.

Em geral, um bebê em aleitamento materno exclusivo mama de oito a 12 vezes ao dia. Muitas mães, principalmente as que estão inseguras e as com baixa autoestima, costumam interpretar esse comportamento normal como sinal de fome do bebê, leite fraco ou pouco leite, o que pode resultar na introdução precoce e desnecessária de complementos. A mãe deve deixar o bebê mamar até que fique satisfeito, esperando ele esvaziar a mama para então oferecer a outra, se ele quiser.

O leite do início da mamada tem mais água e mata a sede; e o do fim da mamada tem mais gordura e por isso mata a fome do bebê e faz com que ele ganhe mais peso. No início da mamada, o bebê suga com mais força porque está com mais fome e assim esvazia melhor a primeira mama oferecida. Por isso, é bom que a mãe comece cada mamada pelo peito em que o bebê mamou por último na mamada anterior. Assim o bebê tem a oportunidade de esvaziar bem as duas mamas, o que é importante para a mãe ter bastante leite.

O tempo de permanência na mama em cada mamada não deve ser fixado, haja vista que o tempo necessário para esvaziar uma mama varia para cada dupla mãe/bebê e, numa mesma dupla, pode variar dependendo da fome da criança, do intervalo transcorrido desde a última mamada e do volume de leite armazenado na mama, entre outros.


Luíza Tiné, Blog da Saúde

domingo, 29 de julho de 2018

Três sintomas de pedra nos rim que você não deve ignorar

Imagem relacionadaÉ possível que você esteja com uma pedra no rim e nem tenha percebido

Muitas vezes, quando o cálculo está alojado nesse órgão, não há sintomas ou dor, e o problema só é percebido após um exame de ultrassom ou tomografia.

Mas, quando a pedra se desloca para outras partes do corpo, como a bexiga, o canal da uretra, o ureter ou até a região dos testículos, há sinais que podem fazer com que você descubra --de forma não muito agradável -- que sofre de cálculo renal.

Portanto, ao perceber alguns dos três sintomas abaixo, é bom não ignorar e procurar um urologista, pois a pedra, além de crises de cólica e vômitos, pode causar dores extremas na região da uretra e sangramentos internos, que podem, em casos extremos evoluir para uma infecção ou um tumor.

Tem sangue na sua urina
A presença de sangue na urina, ou hematúria, ocorre por diferentes problemas e não é exclusivamente ligada ao cálculo renal. Mas a relação existe. “Como os rins 'filtram' o sangue, alguns problemas, como o o cálculo, podem fazer com passe glóbulos vermelhos por esses órgãos", explica Roberto Santos, médico e professor de urologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Além disso, se a pedra se deslocar para o canal da uretra, pode causar dano na estrutura do trato urinário e lesar vasos sanguíneos. "Nesse caso, a presença de sangue na urina pode ser visível ao olho nu ou somente nos exames.”

As idas ao banheiro aumentam
Se de uma hora para outra você passou a ir muito mais vezes ao banheiro, sem ter feito grande mudança na hidratação, pode ser sinal de que algo está errado com sua bexiga, como uma pedra que começou a se "movimentar". "Esse deslocamento costuma ser acompanhado de dor", aponta Alex Meller, urologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Também pode haver diminuição no fluxo urinário.

Vale ressaltar que muitas coisas podem aumentar a frequência com que você faz xixi, como a quantidade de água que você toma e o consumo de cafeína --presente no café, em alguns chás e refrigerantes. Portanto, é importante verificar se não houve mudança de hábitos antes de se preocupar.

Dores insuportáveis apareceram
Muitos dizem que a dor de uma pedra mudando de lugar chega a ser tão forte quanto a do parto. Quando o cálculo renal se desloca para a bexiga ou pelo canal da uretra, é comum sentir uma dor lombar aguda, unilateral, que tende a se deslocar para as partes mais baixas do abdome. Em alguns casos, os homens também sofrem um desconforto nos testículos e as mulheres, nos grandes lábios. Além da dor, o quadro pode ser acompanhado de problemas intestinais, náuseas e vômitos.

Quem pode ter?
Segundo os especialistas, o cálculo renal tende a afetar mais homens do que mulheres. A maior incidência é em jovens na casa dos 20 anos, e está ligada à baixa ingestão.

Fontes: Alex Meller, urologista e médico assistente do Grupo de Endourologia e Litíase Urinária da Unifesp; Fernando Gonçalves de Almeida, professor livre-docente pela Universidade da Califórnia (UCLA), urologista do Hospital Sírio Libanês e chefe do setor Miccional, Urologia Feminina e Urodinâmica da Unifesp; e Roberto Santos, professor doutor da especialidade urologia na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Campus Caruaru.

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Saúde do Homem

Você sabia que 31% dos homens brasileiros não têm o hábito de ir ao médico e, quando o fazem, 70% tiveram a influência da mulher ou de filhos?

Esse pode ser um dos motivos que explicam o porquê de homens viverem em média, sete anos a menos que as mulheres. Homens, hora de cuidar da saúde!

Blog da Saúde

Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho - 27 de julho

shutterstock 367224593No dia 27 de julho, no Brasil, é celebrado o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho

A data é símbolo da luta das trabalhadoras e dos trabalhadores brasileiros por melhorias nas condições de saúde e segurança no trabalho. O dia comemorativo propõe uma reflexão sobre como os ambientes e processos de trabalho podem determinar tanto a saúde quanto os acidentes e o adoecimento dos trabalhadores. Mais ainda, evidencia a necessidade de adoção de medidas e ações preventivas para mudar o atual cenário de morbimortalidade dos trabalhadores no Brasil.

Os dados de doenças e acidentes relacionados ao trabalho apontam número relevante de registro, entre 2007 e 2017 foram registrados 1.324.752 casos, sendo:

Acidentes de Trabalho
703.193 acidentes de trabalho graves, 466.137 acidentes de trabalho por exposição a material biológico e 50.841 intoxicações exógenas (exposição a substâncias químicas) relacionadas ao trabalho.

Doenças relacionadas ao trabalho
77.732 casos de LER/Dort, 8.607 casos de transtornos mentais, 6.645 casos de perda auditiva induzida pelo ruído (PAIR), 6.554 casos de dermatose ocupacional, 3.810 casos de pneumoconiose, e 1.233 casos de câncer ocupacional. Proporcionalmente, os casos de câncer ocupacional tiveram o maior aumento de número de casos, apresentando um incremento de 3.800%.

Neste contexto, a Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador, do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador tem proposto estratégias e orientações à Rede Nacional de Atenção Integral a Saúde do Trabalhador (Renast) que permitam a detecção, modificação e cuidado oportuno e integral a todos os trabalhadores. E ainda, atuação na vigilância nos locais de trabalho com intervenções que propiciem a eliminação ou minimização dos riscos inerentes ao processo de trabalho.

Blog da Saúde

Farmacêuticos no topo dos empregos com carteira

A era do emprego continua entre os farmacêuticos, que estão entre os três profissionais mais contratados com carteira assinada no Brasil

Imagem relacionada

É o que apontou o levantamento do site Quero Bolsa, baseado nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho, relativos aos primeiros quatro meses de 2018.

A análise levou em conta as ocupações que exigem cursos de nível superior. Com 14.341 empregos formais gerados no período, os farmacêuticos só foram superados pelos enfermeiros e analistas de desenvolvimento de sistemas.

Dos 15 profissionais mais requisitados, seis estão relacionados à área da saúde – a lista reúne médicos clínicos (na 7ª colocação), nutricionistas (9ª), preparadores físicos (10ª) e fisioterapeutas (11ª).

O presidente do Conselho Federal de Farmácia atribui o resultado a fatores como a Lei nº 13.021/14, que reclassificou as farmácias como unidades de assistência à saúde.

“Na medida em que assume a sua autoridade técnica dentro da farmácia, o farmacêutico se torna mais valorizado e, consequentemente, mais necessário”, comenta.

O grande varejo, inclusive, tem sido um dos expoentes dessa valorização da profissão. De acordo com a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), que representa as 24 maiores empresas do setor, o número de farmacêuticos em atuação passou de 19.876 para 22.302 na comparação entre maio de 2017 e 2018 – um aumento de 12%.

“O permanente crescimento em vendas nas redes incentiva a expansão geográfica e, aliado ao investimento em salas de assistência clínica, ajuda a explicar as contratações”, argumenta o seu presidente executivo.

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Curso EAD de Acidentes Tóxicos por Animais Peçonhentos

anuncio animais peconhentos 002 redes sociaisEstão abertas as inscrições para a terceira edição do curso a distância de Acidentes Tóxicos por Animais Peçonhentos

Voltado para profissionais de saúde atuantes na Atenção Primária à Saúde (APS) do Brasil e estudantes de graduação das áreas da saúde, o curso tem como objetivo qualificar os profissionais no reconhecimento de animais peçonhentos.

Ao fim do curso, o participante saberá identificar animais de interesse toxicológico, locais e situações de risco, além de ter os conhecimentos para realizar coletas com segurança e tomar as primeiras providências frente a casos em que haja o contato com estes animais.

O curso tem início no dia 27 de julho, conta com 5 mil vagas e será ministrado totalmente na modalidade EAD através da plataforma de ensino e aprendizado a distância Moodle TelessaúdeRS-UFRGS. O aluno poderá realizar as atividades no dia e horário que lhe for mais conveniente.

Os interessados podem se inscrever até o dia 26/07/2018 (quinta-feira).

Inscrições:

• Acesse o link https://www.ufrgs.br/telessauders/cursos-inscricoes/inscricoes.php para saber como realizar o seu cadastro na plataforma de ensino do curso.

• Cumprida essa etapa, acesse o Moodle TelessaúdeRS através do link https://moodle.telessauders.ufrgs.br/login/index.php. Clique no curso e insira a chave de inscrição que está no texto explicativo do curso.

• Preencha o cadastro dentro do curso com todos os dados solicitados, eles são importantes para a confirmação da inscrição e confecção do certificado.

*Atenção: o não preenchimento do cadastro até o dia 27/07/2018 representará desistência da vaga e não será possível dar continuidade ao curso. A equipe de Teleducação se reserva o direito de remover o participante a qualquer momento do curso caso a veracidade das informações prestadas não seja confirmada.

Blog da Saúde

Concurso para Farmacêutico(a) no Curso de Formação de Oficiais do Exército Brasileiro

Resultado de imagem para saúde nas forças armadas
Foto Ilustrativa retirada da internet
Candidatos passarão por exame intelectual (EI), inspeção de saúde (IS), exame de aptidão física (EAF), avaliação psicológica (Avl Psc), revisão médica e comprovação dos requisitos para matrícula

Foi publicado o Edital de Abertura do Concurso para o Curso de Formação 2019 da EsSEx. Médicos especialistas e sem especialidade, farmacêuticos e dentistas especialistas foram contemplados com 122 vagas, divididas conforme o quadro apresentado ao final da matéria.

O período de inscrições ocorrerá de 16 de julho a 13 de agosto de 2018 e o valor da taxa de inscrição será de R$ 130,00 (cento e trinta reais), para pagamento através de GRU (Guia de Recolhimento da União). Todos os detalhes para impressão constam do Edital e do Manual do Candidato.

Entre os requisitos para a inscrição, o candidato deverá possuir idade de, no máximo, 36 (trinta e seis) anos, completados até 31 de dezembro do ano da matrícula no CFO/S Sau (alínea “e”, do inciso III, do Art. 3º, da Lei nº 12.705, de 2012).

A realização do Exame Intelectual (EI) será no dia 23 de Setembro de 2018, com fechamento dos portões nos locais de prova às 08:00 horas (hora de Brasília) e início da prova às 09:00 horas (hora de Brasília). A duração será de 4 horas.

O EI constitui-se de 1 (uma) prova escrita, impressa em um caderno de questões contendo 50 (cinquenta) itens, distribuídos em 2 (duas) partes: Conhecimentos Gerais – contendo 20 (vinte) questões objetivas e Conhecimentos Específicos – contendo 30 (trinta) questões objetivas abordando assuntos da especialização ou habilitação escolhida pelo(a) candidato(a).

Os candidatos convocados para as vagas reservadas, que se autodeclararem pretos ou pardos, conforme o previsto na Lei nº 12.990, serão submetidos na EsSEx, durante a fase de revisão médica e comprovação dos requisitos para a matrícula, a uma comissão específica para verificação da veracidade da declaração supracitada.

Acesse aqui o Manual do Candidato.
Tire suas dúvidas pelo email: concurso@essex.ensino.eb.br.

segunda-feira, 23 de julho de 2018

A “insônia subjetiva” que está afetando a qualidade de vida de milhares de brasileiros

Estima-se que o problema (quando o paciente relata que não dorme bem) afete entre 20% e 40% das pessoas no mundo

Dormir, uma das mais elementares necessidades do organismo, pode estar associado a prazer e tormento – quem dorme bem talvez não consiga compreender a real dimensão do impacto de uma noite em claro ou de um período de repouso não reparador. O sono foi um dos destaques da programação do 15º Congresso sobre Cérebro, Comportamento e Emoções, realizado em Gramado, na Serra, entre os dias 20 e 23 de junho, como tema de três mesas-redondas. Profissionais das áreas de neurologia, geriatria e medicina do sono discutiram a importância de dormir bem, as características típicas do sono da infância à velhice e os problemas mais comuns que perturbam as noites de descanso.

“O sono é a atividade mais importante das nossas vidas, ocupando um terço delas. Quem tem 90 anos dormiu 30, só que a qualidade desse um terço tem se perdido ao longo dos anos”, constata a professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Monica Levy Andersen, diretora de Ensino e Pesquisa do Instituto do Sono, também na capital paulista, em uma entrevista coletiva para a imprensa. Magda Lahorgue Nunes, neurologista infantil, professora da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e vice-diretora do Instituto do Cérebro (InsCer), apresenta dados preocupantes: dependendo do país, o número de pessoas que se queixa de noites maldormidas pode chegar quase à metade da população.

A insônia subjetiva
Estima-se que a chamada insônia subjetiva (quando o paciente relata que não dorme bem) afete entre 20% e 40% das pessoas. A partir do momento em que se procura ajuda médica e se obtém o diagnóstico de insônia, baseado no Manual Diagnóstico e Estatístico dos Distúrbios Mentais (DSM, na sigla em inglês), o percentual cai, passando a oscilar entre 14% e 20%, o que, aponta a médica, ainda é uma quantidade muito significativa.

“As pessoas em geral, na nossa sociedade, dormem mal. Estamos frente a duas epidemias, depressão/ansiedade e insônia, e elas andam muito juntas”, comenta Magda.

Sinais que podem demonstrar que o sono não é reparador: Queixas de noites, maldormidas, Sonolência diurna excessiva, Mau humor, Sensação de exaustão, Problemas de memória, Dificuldades de aprendizado, Queda no desempenho escolar, acadêmico ou profissional, Deitar-se na cama e não conseguir dormir. Crianças devem adormecer em até 15 minutos. Adolescentes e adultos, em 30 minutos.

Despertar de madrugada e não conseguir dormir mais ou acordar várias vezes: pessoas com reclamações desse tipo podem ser encaminhadas para uma polissonografia, exame que avalia a qualidade do sono e identifica possíveis distúrbios, como a apneia obstrutiva do sono ou a síndrome das pernas inquietas.

Da infância à velhice
Para alcançar e manter um sono de qualidade, é preciso entender que cada fase da vida tem suas peculiaridades. Conhecendo-as, é possível saber o que é esperado que aconteça e o que deve ser interpretado como sinal de que algo não vai bem.

Nas crianças maiores, nos adultos e nos idosos, o sono é um ciclo bem dividido de luz e escuro, vigília e sono. Ficamos acordados de dia e dormimos à noite, regidos pelo ciclo circadiano (período de 24 horas em que se completam as atividades biológicas do corpo humano).

Para os bebês, esse processo é diferente – eles obedecem ao ciclo ultradiano (vários ciclos se repetem em um mesmo dia), ou seja, eles dormem, acordam, mamam, dormem, acordam, mamam. No primeiro mês após o nascimento, essas fases duram de três a quatro horas.

Com o avançar do tempo, o sono vai evoluindo e se consolidando em blocos cada vez mais longos à noite, até que, ao completar um ano ou um ano e pouco, a criança deve conseguir manter um bloco contínuo de sono de cerca de seis horas.

Dormir bem é hábito
A criação de um excelente hábito pode começar a partir dos seis meses, ponto em que a criança, se ainda não deixou o quarto dos pais, pode ser transferida para o berço em seu próprio quarto. É importante que ela entre no cômodo enquanto ainda estiver acordada e adormeça na cama, para evitar um susto provocado por uma troca de lugares que não tenha percebido.

Ao longo da infância, os adultos servem de exemplo também em seus hábitos de repouso. Se na casa ninguém tem hora fixa para nada, indo para a cama a cada dia em um horário diferente, os pequenos podem acabar entrando no mesmo ritmo desregrado: hoje, se deitam às 21h, amanhã, ficam jogando videogame até as 23h, depois, chegam a ultrapassar a meia-noite por conta da presença de visitas para jantar em um dia de semana, quando devem estar cedo no colégio na manhã seguinte.

É fundamental pôr em prática a higiene do sono, uma série de hábitos que auxiliam a obter um repouso de qualidade e que servem para crianças e adultos. Ao anoitecer, é indicado diminuir os ruídos e as luzes dos ambientes, reduzir a intensidade das atividades e das brincadeiras, evitar brigas, não fazer refeições pesadas e próximas do horário de ir para a cama. Eletrônicos devem ser desligados entre uma hora e uma hora e meia antes. Levar celular para a cama, nem pensar.

Na adolescência, ocorre uma leve desregulação de origem hormonal no ciclo circadiano que provoca um retardamento, fazendo com que a vontade de dormir apareça mais tarde. Mais uma vez, destaca-se aqui a importância do estabelecimento de uma rotina, especialmente em relação ao uso frenético do celular.

E o bullying, que pode começar ainda na infância, é outro gatilho para noites em claro ou maldormidas, cujas consequências podem se refletir no humor, na memória, na cognição e no desempenho escolar, além de provocar sonolência em excesso durante o dia.

Para o grupo dos adultos, são esperadas entre sete e nove horas de sono por noite. Ao deitar, o adormecimento precisa se dar em até 30 minutos. Questões emocionais e problemas não resolvidos, quando “levados” para a cama, são grandes obstáculos para dormir, e o ideal é tentar não pensar nas pendências nessa hora. Dificuldades para manter o sono exigem a orientação de um especialista, que investigará possíveis problemas, como apneias obstrutivas do sono (breves interrupções na respiração) e a síndrome das pernas inquietas (caracterizada por movimento periódico das pernas, sensação dolorosa – tipo cãibra – em membros inferiores ao se deitar, fragmentação do sono e sonolência diurna excessiva).

Na velhice, o idoso experimenta o contrário do que acomete o adolescente: há um avanço de fase no ciclo circadiano, e a sonolência vem mais cedo, além de ele ter tendência a dormir menos. Segundo Magda, não há ainda uma explicação muito clara para isso. Uma das hipóteses é de que a glândula pineal, que secreta melatonina (hormônio que regula o sono), calcifique-se. Com vontade antecipada de se recolher e dormindo menos horas, está criado um problema: caso se deite às 19h30min ou 20h, o idoso acordará de madrugada, muito antes do amanhecer. Para evitar esse transtorno, o sugerido é tentar protelar ao máximo a ida para a cama, entretendo-se de alguma forma.

Matutinos, vespertinos e intermediários: o tipo que você se encaixa interfere nas horas de sono Dois conceitos fundamentais em medicina do sono foram apresentados, no congresso, pelo geriatra e médico do sono Ronaldo Delmonte Piovezan, pesquisador da Unifesp. O primeiro deles, o cronotipo, formado por características genéticas e outras relacionadas ao comportamento, refere-se às preferências de cada um quanto ao hábito de dormir. Existem as pessoas matutinas, que dormem cedo e acordam cedo; as vespertinas, que retardam o horário de ir para a cama e dormem até mais tarde; e as intermediárias, um grupo adaptável e sem preferências marcantes que fica entre os dois extremos e corresponde à maior parte da população (de 60% a 70%).

De acordo com Piovezan, pesquisas têm mostrado que o padrão vespertino é o mais prejudicial ao organismo. Um estudo realizado com mais de 433 mil pessoas no Reino Unido e publicado no periódico científico Chronobiology International revelou que quem dorme e acorda tarde está sob um risco maior de sofrer de doenças clínicas, como diabetes e hipertensão, e psiquiátricas, como depressão e ansiedade. O risco de morte também aumentou nos indivíduos de cronotipo vespertino, independentemente da duração do sono. Os participantes idosos da pesquisa se mostraram mais vulneráveis a esses desfechos.

Nosso padrão social, destaca o médico, favorece os matutinos, que sofrem com eventuais mudanças e têm dificuldade para se adaptar a dormir até mais tarde. Quanto aos vespertinos, costumam enfrentar um “jet lag social” – acabam dormindo pouco para cumprir compromissos pela manhã e precisam compensar nos finais de semana.

“O vespertino tende a se alimentar mal e a comer mais durante a noite, o que é maléfico para a saúde”, acrescenta Piovezan.

Quanto tempo você dorme?
Outro conceito importante é o tempo de sono. O sono curto (abaixo de seis horas) ou o sono longo demais (acima de oito ou nove horas), quando se transformam em rotina, no primeiro caso, ou necessidade, no segundo, são ruins de maneira geral. Quem dorme pouco está mais sujeito a enfrentar quadros psiquiátricos e a morte por infarto e acidente vascular cerebral (o risco de óbito e de enfermidades mentais também cresce para as pessoas de sono longo).

“Dormir mais de oito ou nove horas não é necessário. É mais provável que padrões de sono mais longos sejam sinal de um sono de má qualidade”, avalia Piovezan.

Para os dois casos, indica-se a consulta com um especialista. Na maior parte das vezes, mudanças comportamentais são suficientes para sanar o problema. Ocorrências eventuais de sono curto ou longo não devem preocupar.

Idosos dormem menos
O sono na velhice merece atenção especial. Segundo Dalva Poyares, neurologista, especialista em sono e professora da Unifesp, o sono tende a se fragmentar durante o processo de envelhecimento, e o idoso está mais sujeito a ter insônia. Uma variedade de motivos pode contribuir para as noites em claro ou com repouso de má qualidade, como o medo da morte ou de doenças e a presença de sintomas depressivos.

As pessoas de idade mais avançada também sofrem mais de apneia obstrutiva do sono (breves interrupções na respiração). Uma apneia leve não é preocupante, e talvez nem precise ser tratada. A realização de exames e a avaliação do médico determinarão a intervenção a ser feita. Além de não permitir um sono reparador, a apneia aumenta o risco para doenças cardiovasculares.

Outro problema que pode aparecer é o movimento periódico das pernas (um dos componentes da síndrome das pernas inquietas) – depois de adormecer, a pessoa movimenta as pernas, o que também contribui para um período de descanso ruim. Ter um ou mais distúrbios de sono tende a piorar a saúde de maneira geral, avisa a médica.

“E existe também o contrário: quanto mais doente você é, pior você dorme. O idoso tem que ter a saúde bem cuidada para poder dormir bem”, ressalta Dalva.

Na hora da definição do tratamento, não se deve exagerar nas doses de remédios, principalmente de hipnóticos. Se o idoso ficar muito sedado, pode cair ao se levantar à noite e sofrer fraturas.

Dalva salienta ainda a importância da socialização na velhice. O idoso necessita de contato com familiares e amigos para não ficar isolado. Dispor de um ambiente iluminado ao longo do dia e realizar atividades físicas e mentais, quando for possível, também são elementos importantes do cotidiano que influenciam no sono.

Imunobiótico: nova droga promete acabar com bactérias resistentes a antibióticos

Resultado de imagem para imunobioticosMedicamento atua perseguindo bactérias letais a partir das defesas naturais do organismo para eliminá-las sem afetar as células saudáveis do corpo

A cada novo estudo a imunoterapia ganha mais destaque entre as alternativas para combater o câncer. Inspirados na técnica, pesquisadores da Universidade de Lehigh, na Pensilvânia, decidiram criar um novo tipo de droga, o imunobiótico, que promete eliminar bactérias resistentes a antibióticos.

Na imunoterapia, ao usar substâncias que modificam a resposta biológica, o sistema imunológico é estimulado a agir contra as células cancerígenas. Já o imunobiótico persegue e elimina bactérias resistentes a antibióticos comuns, envolvendo as defesas naturais do corpo.

Para criar o novo medicamento, foi preciso fundir parte de um antibiótico existente com uma molécula que atrai anticorpos liberados pelo sistema imunológico para combater invasores, como bactérias.

A droga tem como alvo uma variedade de bactérias responsáveis ​​por doenças como pneumonia e intoxicação alimentar, incluindo aquelas que muitas vezes se tornam resistentes a antibióticos de última instância.

“A inspiração veio principalmente do recente sucesso da imunoterapia contra o câncer”, declarou Marcos Pires, que liderou o estudo publicado na revista Cell Chemical Biology.

A imunoterapia contra o câncer , que Pires descreveu como “revolucionária” para os pacientes, também aproveita o poder do sistema imunológico, mas destrói as células cancerosas em vez das bactérias. A equipe queria descobrir se o sistema imunológico poderia ser usado para ajudar os antibióticos a trabalhar de forma mais eficiente.

Os cientistas testaram o novo composto em uma série de bactérias declaradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como de “alta prioridade”, porque não há quase nenhum medicamento existente que funciona contra elas.

Entre elas estavam Pseudomonas aeruginosa , uma causa comum de pneumonia em pacientes com câncer, vítimas de queimaduras e pessoas com fibrose cística. Foram feitos testes em vermes nematóides infectados com Pseudomonas, e os resultados mostraram que a droga atingiu com sucesso e eliminou as bactérias.

Ao aderir às bactérias, a droga pode infligir danos diretos enquanto age como um farol para os anticorpos que chegam em massa para terminar o trabalho. No corpo, as bactérias que ficam cobertas de anticorpos são destruídas pelos glóbulos brancos.

Os pesquisadores basearam seu composto em um antibiótico de último recurso existente chamado polimixina, que danifica a superfície externa das células bacterianas, fazendo-as explodir e morrer.

Evidências crescentes sugerem que esta última linha de defesa antibiótica está sob ameaça, o que significa que há uma necessidade urgente de novos antibacterianos.

A nova droga imunobiológica se liga a moléculas na superfície de bactérias que não são encontradas em células humanas. Embora a substância ainda não tenha sido testada em humanos, os pesquisadores não observaram sinais de toxicidade quando foram testados em células animais.

“Acreditamos que a diferença expansiva na composição celular entre células bacterianas e células saudáveis ​​fornecerá a janela de seletividade necessária para atingir as células bacterianas sem afetar as células humanas saudáveis”, declarou Pires.

Após o teste da nova droga em combinação com um antibiótico existente ao qual as bactérias já eram resistentes, os pesquisadores descobriram que as bactérias resistentes a antibióticos foram re-sensibilizadas da droga para o outro antibiótico.

iG

Brasil está entre os países que menos ingerem cálcio no mundo

Resultado de imagem para ingerir cálcioMineral fortalece os ossos e previne doenças como a osteoporose; consumo no país é de menos da metade do valor diário recomendado, diz pesquisa

O Brasil está entre as populações que menos ingerem cálcio do mundo. Este é o resultado de uma pesquisa realizada em diversos países pela International Osteoporosis Foundation (IOF). Os resultados vão ser discutidos com a classe médica em São Paulo neste sábado (30), no IOF Tour Osteoporose, evento organizado pela Consumer Healthcare Sanofi.

De acordo com os dados, os brasileiros acima de 20 anos, ingerem apenas 505 mg por dia, o que representa apenas 50% do ideal, que é de 1000 mg de cálcio por dia.

O Brasil está no mesmo nível de outros países da América Latina, como Argentina, Bolívia, Colômbia e Equador. Nestes países, o índice de consumo de cálcio varia de 400 mg/dia a 500 mg/dia de cálcio.

Das 74 nações cobertas pelo “Mapa do Cálcio”, como o estudo é chamado, a que mais consome o mineral é a Islândia, com 1233 mg/ dia. Já o Nepal aparece como a população com o menor índice de ingestão, com 175 mg/dia.

“Com o envelhecimento da população somado ao fato de se consumir pouco cálcio, muito em breve, teremos um cenário alarmante em todo o Brasil. Por isso, é importante que medidas de prevenção sejam tomadas agora. Só assim poderemos minimizar os efeitos a longo do prazo”, alerta o Dr. Cristiano Zerbini, representante da IOF no Brasil.

Cálcio evita a osteoporose
O consumo regular e suficiente de cálcio pode ajudar a evitar doenças como a osteoporose, mais comum em pessoas acima de 50 anos e em mulheres que estão na menopausa. O reumatologista Charlles Heldan de Moura Castro, do Departamento de Reumatologia da Universidade Federal de São Paulo, considera o baixo consumo de cálcio preocupante.

“A ingestão deficitária de cálcio fragiliza os ossos e faz com que a pessoa esteja mais suscetível a fraturas. Nas pessoas com mais de 50 ou 60 anos, umas das mais temidas é a fratura de quadril. Pesquisas indicam que no período de um ano depois deste tipo de fratura, entre 20 e 30% dos pacientes morrem.

Os que sobrevivem, perdem a independência porque não conseguem se recuperar totalmente”, alerta o médico. De acordo com o especialista, o consumo de cálcio é fundamental em todas as idades.

“Na infância e na adolescência o esqueleto está em formação, na idade adulta, ajuda a evitar a osteoporose”.

O esqueleto humano está em constante renovação e isso acontece por causa do cálcio, que contribui para a formação de novas células ósseas, que absorvem as áreas envelhecidas. Com o passar o tempo, esta produção diminui, o que faz com que os ossos se tornem mais fracos e o risco de fraturas aumente.

A osteoporose acontece quando existe uma perda acelerada de densidade óssea, o que deixa os ossos mais porosos e fracos. Esta condição é comum em mulheres que entram na menopausa por causa da queda na produção de um hormônio chamado estrogênio, que também interfere na densidade óssea.

O estudo mostrou que as mulheres brasileiras com mais de 50 anos consomem, em média, 500mg de cálcio por dia, quando o ideal para suprir os efeitos da menopausa seria de 1.200mg.

O reumatologista explica que este consumo pode chegar a um nível adequado, desde que se crie o hábito de consumir mais leite e derivados, como o queijo e o iogurte.

“Alguns vegetais têm cálcio, mas a absorção por parte do organismo é pequena, o ideal é aumentar o consumo de leite e derivados. Em alguns casos, a suplementação pode ser indicada”.

O médico destaca que o leite UHT, mais consumido no país, possui a mesma quantidade de cálcio do leite em in natura.

O tipo mais indicado, principalmente para os idosos que costumam ter problemas com o colesterol, é o desnatado, que possui menos gordura, mas mantém os mesmos índices de cálcio que o leite integral.

“Os intolerantes a lactose podem tomar o leite sem lactose, que também conserva os índices de cálcio”, explica Charlles Heldan.

R7

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Pausa Para Saúde: Emergências infantis durante as férias

Julho é mês de férias

Aquele momento gostoso, divertido – principalmente para as crianças que não veem a hora de passar mais tempo em casa ou com os amigos. E é exatamente nesse período que o número de acidentes entre crianças de 5 a 11 anos de idade cresce. Por isso, conversamos com um pediatra especialista em emergências infantis para ajudar às mamães, papais, titios e todos que cuidam dessa galerinha a prevenir acidentes e, claro, saber o que fazer caso eles aconteçam.


Blog da Saúde

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Saúde Crônica: Precisamos falar sobre o suicídio

suicidioO vento soprava gelado naquela manhã. Sentado no ponto, enquanto aguardava o ônibus, eu observava a forma como a brisa balançava suavemente as folhas da árvore em frente

A cor azulada no início do dia contrastava com o amarelado das plantas secas e ajudava a tornar aquela paisagem bucólica, me fazendo pensar ainda mais no acontecimento dos últimos dias, o que deixava minha boca seca e com o amargo gosto da tristeza.

Há exatamente uma semana, às oito e meia da manhã, eu estava no trabalho pronto para escrever uma reportagem. Foi quando recebi a notícia que um colega havia se suicidado. Isso me atingiu como um raio. Fiquei tonto e precisei de uns minutos para tentar entender, mas foi em vão. Continuei perdido. Eu estava em choque!

Não conseguia acreditar que aquele rapaz novo, sempre sorridente e brincalhão havia tirado a própria vida. Busquei na memória por algum indício que ele pudesse ter deixado escapar e que o levasse a esse triste fim. Talvez ele tivesse dito uma palavra, algum pedido de ajuda silencioso, mas não fui capaz de encontrar nada. E aquilo me marcou. Será que eu ou outra pessoa poderia ter feito alguma coisa para ajudar?

Enquanto me sentava em uma cadeira mais afastada no ônibus, mantive a visão das folhas que balançavam. Já escrevi algumas reportagens sobre suicídio e sei que existem inúmeros motivos que podem levar uma pessoa a tirar a própria vida. Nenhuma que eu ache justificável, mas as razões estão lá. A depressão é uma delas, pois causa uma tristeza que dificulta ações simples como levantar da cama, comer, trabalhar ou estudar.

Eu entendo que por séculos o suicídio foi um assunto de certa forma proibido, por se acreditar que poderia influenciar outras pessoas. Essa ideia, chamada de “Efeito Werther”, vem do fato de que muitas pessoas tiraram a vida depois de ler o livro “Os sofrimentos do jovem Werther”, do alemão Goethe, e assim se formou a ideia de que quanto menos o suicídio for exposto, menos ele pode influenciar outras pessoas.

Mas precisamos falar disso! Precisamos de informações sérias, corretas e sem glamour! Atualmente onze mil pessoas decidem tirar a vida no Brasil. E esse número está crescendo a cada ano. Por isso, o suicídio precisa ser discutido seriamente. É um problema real e não pode ser escondido nem das crianças. Nos últimos 10 anos o suicídio de crianças entre 10 a 14 anos aumentou 31%, e nos jovens de 15 a 19 anos, subiu 26%.

A maioria dessas mortes tem sinais claros e o primeiro passo para evitar que uma pessoa tire a própria vida é estar atento aos sinais verbais e comportamentais que ela dá. O sentimento de culpa por não ter visto esses sinais mata um pouco cada uma das pessoas que amam quem se foi. E vamos esquecer o mito de que quem fala sobre suicídio não tem coragem de concretizá-lo. Em muitos casos, a pessoa que passa por problemas e tem pensamentos extremos que podem levar ao suicídio, pode ser ajudada com uma conversa. E hoje, tudo que eu queria era ter conseguido, era conversar com meu colega...

De Janary Damacena, para Blog da Saúde

Os contraceptivos que você tem direito de exigir pelo SUS – e o que fazer se não conseguir

Imagem relacionadaO ‘cardápio’ de contraceptivos gratuitos incluem oito métodos, além de laqueadura e vasectomia; especialistas dizem que métodos de longa duração, como o DIU e a injeção hormonal trimestral, são mais eficazes, por não dependerem da memória de quem usa

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece, em tese, oito tipos de contraceptivos, entre os quais o Dispositivo Intrauterino de cobre (DIU de cobre), a camisinha masculina e feminina, e o anticoncepcional injetável ou em pílula.

Além disso, é possível fazer vasectomia e laqueadura, se o homem e ou a mulher tiver mais de 25 anos ou dois filhos. Mas reportagem exclusiva da BBC News Brasil mostrou que, na prática, as mulheres enfrentam desinformação e falta de treinamento dos profissionais de saúde na busca por contraceptivos no sistema público. Grande parte dos postos de saúde e maternidades focam na oferta de camisinhas e anticoncepcionais em pílula.

Em alguns Estados – principalmente nas regiões Norte e Nordeste – colocar DIU pode ser uma missão quase impossível. O principal problema, segundo relato de médicos e pacientes, é a falta de profissionais treinados para fazer o procedimento, embora ele seja simples, rápido e não exija anestesia.

O Ministério da Saúde diz que, se as unidades de atendimento básico não disponibilizarem o método procurado – entre os que são ofertados pelo SUS -, o paciente deve cobrar informações das secretarias ou conselhos municipais de Saúde. Isso pode ser feito por meio de ouvidorias.

Ginecologistas com experiência na rede pública também sugerem que as pessoas reportem o problema no Disque Saúde (discando 136)- serviço de atendimento à população do Ministério da Saúde.

“Diante da reclamação, o Ministério da Saúde pode cobrar informações da Secretaria de Saúde do município onde falta o método contraceptivo”, diz a ginecologista Renata Reis. Outra possibilidade é recorrer ao Ministério Público.

O promotor de Justiça de Minas Gerais, Márcio Ayala, explica que, se os moradores verificarem a ausência dos contraceptivos nas unidades de atenção básica, eles podem procurar a promotoria da cidade e reportar o problema.

Isso pode ser feito pessoalmente na sede da promotoria, nos horários de atendimento ao público, ou por meio das ouvidorias – o telefone é normalmente disponibilizado no site da promotoria de cada município.

Diante da reclamação, o promotor pode cobrar uma resposta do Conselho Municipal e da Secretaria de Saúde, e estipular um prazo para que o serviço seja disponibilizado. Se não houver resultado, o Ministério Público pode entrar com uma ação na Justiça para obrigar o município ou Estado a oferecer o contraceptivo.

“O Ministério Público é o fiador dos serviços públicos. Se há uma demanda da sociedade, se as pessoas não estão tendo acesso (ao contraceptivo), fazemos a demanda extrajudicial primeiro”, diz Ayala.

“Se o serviço não for disponibilizado no prazo, o Ministério Público pode entrar com uma ação civil pública para compelir município e Estado a suprirem (a demanda)”. Saiba o que faz parte do “cardápio” de contraceptivos do SUS.

Anticoncepcional oral ‘combinado’
A pílula é o contraceptivo mais utilizado pelas mulheres brasileiras. Contém dois hormônios produzidos pelos ovários – o estrogênio e a progesterona -, e funciona inibindo a ovulação.

O método tem eficácia em 99,7% dos casos, mas isso quando se considera o uso “perfeito”, ou seja, quando o medicamento é tomado todos os dias corretamente. Mas esquecimentos são comuns e aí a proteção cai significativamente – para em torno de 91%. A eficácia também pode ser comprometida se a mulher tiver diarreias intensas e vômitos.

Não há evidência científica de que os antibióticos reduzam a eficácia da pílula, segundo a Dr. Renata Reis. Mas, na dúvida sobre se o medicamento que você vai tomar pode ter algum efeito na eficácia do anticoncepcional, verifique isso com o médico que prescreveu e leia a bula.

De acordo com a médica ginecologista Natália Zavattiero, entre os possíveis efeitos colaterais do anticoncepcional combinado oral estão a diminuição da libido, com o uso prolongado. “E algumas pacientes relatam ganho de peso”, disse.

Esse tipo de pílula, por causa da liberação do estrogênio, também aumenta de 2 a 4 vezes o risco de trombose. Mas Carolina Sales Vieira, professora da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP), destaca que esse aumento no risco é menor que o provocado por uma gestação.

“Temos de 1 a 5 casos de trombose a cada 10 mil mulheres. Quando eu uso uma pílula, anel ou adesivo hormonal, eu vou aumentar em duas a quatro vezes esse risco. O número ainda é muito baixo. A gravidez aumenta de 20 a 80 vezes o risco de trombose”, diz. Os benefícios incluem redução da tensão pré-menstrual, da cólica e do fluxo de sangramento.

Minipílula
Essa pílula anticoncepcional só possui um tipo de hormônio, a progesterona. Por isso, segundo Carolina Sales Vieira, ela não aumenta o risco de trombose. Embora também atue inibindo a ovulação, a eficácia é menor que a pílula anticoncepcional combinada, por isso só costuma ser indicada durante o período de amamentação.

Ela deve começar a ser tomada na sexta semana após o parto, para que não haja qualquer interferência na fase inicial de produção de leite. Após este período, a minipílula não interfere na amamentação. E por possuir quantidade pequena de hormônio, é ainda mais importante observar a regra de tomar todos os dias, no mesmo horário. Um simples atraso de mais de três horas no horário de tomar já reduz a eficácia. Cada cartela tem 28 pílulas e não há intervalo entre uma cartela e outra

Injeção mensal ou trimestral
Outro método que você pode buscar pelo SUS é o anticoncepcional injetável, que pode valer por um mês ou três meses e também inibe a ovulação. É considerado mais eficiente que o anticoncepcional em pílula porque a mulher não precisa se lembrar de tomá-lo diariamente. O injetável mensal contém dois hormônios- estrogênio e progesterona. Mas Carolina Vieira destaca que a quantidade de estrogênio é menor que a do anticoncepcional oral.

“O estrogênio acaba em 15 dias e aí só sobra o progestogênio (nome para a progesterona desenvolvida em laboratório) nos outros 15 dias. Em tese, ele seria mais seguro que a pílula e o anel hormonal. Mas faltam estudos para comprovar isso”. Já o injetável trimestral só possui progesterona, o que reduz ainda mais as contraindicações e os riscos. Somente o estrogênio é associado ao risco de trombose.

“Ele é mais seguro que os métodos que têm estrogênio. Sobre isso não há dúvida. Mas ele vai ter algumas particularidades, porque tem mais quantidade de progestagênio, então pode dar mais fome e a mulher pode ganhar mais peso e reter líquido”, diz Vieira.

A médica Natália Zavattiero menciona a possibilidade de sangramentos irregulares após a primeira dose. “Normalmente, isso costuma melhorar a partir da segunda ampola, quando a paciente normalmente para de menstruar”. Já com a injeção mensal, a mulher menstrua normalmente.

“Algumas pacientes podem ter um sangramento maior que com a pílula oral e alguma retenção de líquido”. É importante lembrar que, embora a eficácia desse método ultrapasse 99%, esse percentual cai se a nova dose não for injetada no término de 30 dias (no caso do mensal) ou 90 dias (no caso do trimestral).

DIU de cobre
O Dispositivo Intrauterino (DIU) de cobre é o principal método contraceptivo de longa duração oferecido pelo SUS. Apresenta seis falhas a cada mil casos e dura 10 anos. Por não depender da “memória” e pela eficácia continuada, é considerado, por muitos especialistas, um dos métodos mais eficientes para evitar a gravidez.

“É uma das melhores opções para pacientes jovens e adolescentes”, diz Natália Zavattiero. Mas encontrá-lo na rede pública não é tarefa tão fácil. Em algumas cidades, falta material. Em outras, o problema é a ausência de profissionais treinados para fazer o procedimento, embora ele seja simples – dura cerca de 15 minutos.

“A maioria das mulheres pode sentir um desconforto, como uma cólica mais forte, na hora de colocar (o DIU). Mas não há necessidade de anestesia e pode ser feito em ambiente ambulatorial”, afirma Zavattiero. O principal efeito colateral é um fluxo menstrual mais intenso, para algumas mulheres.

“A paciente pode ter um aumento tanto em dias (para 8 dias, em média) quanto em quantidade de sangramento (um aumento em torno de 25%). E pode ter um aumento de cólica”. “Com relação a riscos, o principal risco do DIU é o deslocamento – ele sair da da cavidade uterina, da posição correta. Mesmo assim, é considerado um método seguro”, completa a ginecologista.

O DIU de cobre normalmente não é indicado a pacientes com anormalidades anatômicas do útero, anemia, vírus HIV, que tenham alergia a cobre, que estejam com câncer no colo do útero ou com infecção ginecológica ativa. Carolina Vieira destaca que mais de 70% das mulheres que usam o DIU de cobre se dizem satisfeitas com o método.

A ginecologista Renata Reis destaca que, por desinformação, há quem pense que esse contraceptivo é “abortivo”. “O cobre funciona matando o espermatozoide e o óvulo antes de eles se encontrarem, ou seja, antes da fecundação. Ele não tem efeito abortivo”, diz.

Camisinhas feminina e masculina
Estão incluídos no rol de métodos de “barreira”. São os únicos métodos contraceptivos capazes de prevenir contra doenças sexualmente transmissíveis, como a aids.

As camisinhas masculina e feminina não devem ser usadas ao mesmo tempo, porque o atrito pode aumentar o risco de rompimento. Carolina Vieira, da USP, destaca que a camisinha é essencial no combate a doenças sexualmente transmissíveis, mas a taxa de falha no caso de gravidez é maior que a de métodos contraceptivos de longa duração (como o DIU e a injeção hormonal) – 98% de eficácia, quando usada perfeitamente.

Quando ela não é usada corretamente, ou seja, quando consideramos o seu “uso real”, a eficácia cai para 82%. A eficácia real dos métodos contraceptivos foi verificada a partir de uma pesquisa da Universidade de Princeton (EUA) que acompanhou 100 mulheres que usaram diferentes métodos contraceptivos durante um ano.

Diferentemente da masculina, a camisinha feminina pode ser colocada horas antes da relação sexual, segundo a ginecologista Renata Reis. “As mulheres que usam a camisinha feminina costumam gostar. É só introduzir como se faz com um absorvente íntimo. Depois da relação, você torce para fechar e joga fora”, disse.

Diafragma
Também é um método de barreira, mas a eficácia é bem menor que a da camisinha e não previne contra doenças sexualmente transmissíveis. Pode ser usado junto com a camisinha, para aumentar a eficácia. A orientação do SUS é que a pessoa interessada consulte o ginecologista antes de levar esse método para a casa, para que receba instruções sobre como usar e tenha o seu diafragma medido.

“O diafragma é inserido na vagina, com espermicida. A mulher tem que ser treinada, junto com um médico ginecologista capacitado, para saber colocar de maneira correta e de maneira que cubra o colo do útero. E para saber o tamanho do diafragma”, diz a ginecologista Renata Reis.

Pílula de emergência (ou pílula do dia seguinte)
Essa pílula só contém o hormônio progesterona, mas em quantidade maior que em uma pílula anticoncepcional comum. Não deve ser usada como método contraceptivo, porque a eficácia é bem menor- 75%.

A pílula de emergência é oferecida nas unidades de atenção básica a homens e mulheres que relatarem terem feito sexo sem proteção ou em caso de falha do contraceptivo. A eficácia é maior até 72 horas após o ato sexual, mas pode ser tomada até cinco dias depois – quanto maior a demora em tomar, menor a eficácia em evitar a gestação.

E a pílula de emergência não interfere numa gravidez em curso, ou seja, não funciona como abortivo. Por desinformação, muita gente acha que esse tipo de medicamento provoca a “morte do embrião”. Na verdade, ele inibe uma fecundação que iria acontecer, ao retardar ou inibir a ovulação. Se a fecundação já tiver ocorrido, o medicamento não terá efeito.

“Os principais sintomas são uma irregularidade menstrual, no período posterior ao uso, o que, para uma adolescente com medo de engravidar, pode ser um transtorno. Também pode dar dor de cabeça e causar um inchaço”, diz a ginecologista Natália Zavattiero.

Laqueadura e vasectomia
A esterilização é oferecida no SUS somente para homens e mulheres com mais de 25 anos ou dois filhos. Em várias clínicas, os profissionais de saúde se confundem com essa regra achando que é preciso ter mais de 25 anos e dois filhos, mas os critérios são independentes.

As etapas até conseguir fazer o procedimento podem ser burocráticas. A lei, por exemplo, exige que pessoas casadas autorizem o parceiro ou parceira a fazer a vasectomia ou laqueadura.

A BBC News Brasil mostrou que os moradores do Norte e do Nordeste, regiões com maiores taxas de natalidade, são os que mais têm dificuldade de acesso a DIU, laqueadura e vasectomia.

A vasectomia sequer é oferecida em alguns Estados – em um ano, nenhum procedimento foi realizado em Alagoas e Amapá, de acordo com os dados do Data SUS.

O Ministério da Saúde afirmou que, por serem procedimentos difíceis de serem revertidos, laqueadura e vasectomia “devem ser realizados com cautela”.

O importante é ter todas as opções à mão
As médicas consultadas pela BBC News Brasil destacam que não existe um método melhor do que outro. Todos têm vantagens e desvantagens. Cada mulher deve escolher, conforme suas necessidades, o contraceptivo mais adequado.

O ideal é ter todos os métodos à disposição, principalmente os de longa duração, além de acesso a informações sobre cada um deles.

“Existem mulheres que se beneficiam com um método ou com outro. O importante é ser informada sobre os benefícios e malefícios de cada um, para que os riscos não sejam subestimados nem superestimados”, defende a professora Carolina Sales Vieira, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP.

R7

Nova vacina da gripe será universal e apenas uma dose vai valer para a vida toda

Resultado de imagem para vacina universal contra a gripeMesmo as diferentes cepas dos vírus da gripe apresentam semelhanças e isso permitiu que uma pesquisadora criasse a vacina universal

As campanhas de vacinação contra a gripe, que se repetem ano a ano, logo chegarão ao fim. Em pouco mais de três anos, será possível se proteger contra a gripe apenas com uma vacina universal, que atua contra maioria das cepas do vírus influenza, e poderá substituir os imunizantes revisados aplicados atualmente antes de cada período de inverno.

Esse novo tipo de vacina contra a gripe foi desenvolvido pelo Instituto Weizmann de Ciência, localizado em Israel. A responsável, a pesquisadora israelense Ruth Arnon, explicou ao Viver Bem, via e-mail, que o imunizante universal foi criado a partir de um conceito nem sempre percebido pelos pesquisadores da área da saúde: embora as cepas do vírus da gripe sofram mutações entre as estações mais frias do ano (e por isso que a vacinação anual é recomendada pelos médicos), algumas partes do vírus permanecem iguais.

“A vacina que nós desenvolvemos se baseia nos peptídeos sintéticos que correspondem a essas regiões conservadas dos vírus. Essas partes induzem uma resposta imunológica contra várias cepas do vírus influenza e, portanto, promovem uma proteção de amplo alcance, atuando como uma vacina contra a gripe universal”, explica a pesquisadora do departamento de Imunologia do Instituto Weizmann de Ciência.

Testes eficazes

O desenvolvimento da vacina está prestes a entrar na fase 3 da pesquisa clínica, que se inicia em julho ou agosto deste ano na Europa, e continuará até o próximo ano. Na fase 2, o imunizante foi testado em jovens adultos e idosos acima dos 65 anos e trouxe resultados muito positivos. “Se a pesquisa clínica for bem sucedida, a vacina estará disponível em dois ou três anos, contando a partir de agora”, completa Arnon.

A tecnologia da nova vacina foi licenciada pela empresa BiondVax, que tem finalizado o desenvolvimento do imunizante. Uma vez pronta e caso haja interesse na distribuição, a vacina poderá passar pela aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ser, então, distribuída aos brasileiros.

Proteção por décadas

De acordo com a pesquisadora Ruth Arnon, a vacina universal contra a gripe se apresentou como eficiente durante vários meses no modelo animal (o que representa um período de meia da vida entre os ratos). A expectativa para os humanos é que a vacina mantenha a proteção por vários anos, da mesma forma como a vacina contra o tétano, por exemplo.

Gripe x resfriado
Os sintomas de um resfriado tendem a ser mais brandos que os da gripe, mas nem sempre conseguem ser diferenciados pelo paciente, que às vezes confunde uma doença com a outra. Enquanto o resfriado se recupera em poucos dias, gripe mantém a pessoa na cama por mais tempo. Confira abaixo as diferenças:

Gripe:
  • Início repentino e com duração de duas a três semanas;
  • Dores musculares intensas, febre alta, mal estar e dor de cabeça;
  • Nariz congestionado com coriza e dor de garganta são mais raros;
Resfriado:
  • Início gradual, com duração de poucos dias;
  • Raramente apresenta febre alta ou dor de cabeça, mas apenas um mal estar geral;
  • Nariz congestionado com coriza e dor de garganta são mais comuns;

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Humor: E sem ler jornal, ouvir rádio e assistir TV!

Resultado de imagem para charges de saúde

Combinação de medicamentos pode aumentar sobrevida de pacientes com melanoma

combinacao-de-medicamentos-pode-aumentar-sobrevida-de-pacientes-com-melanoma
Foto: Shutterstock
Estudo foi desenvolvido pela Pierre Fabre e Array BioPharma

O melanoma é o câncer de pele mais agressivo, sendo o melanoma metastático o mais grave e potencialmente falta, associado a baixas taxas de sobrevida, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Para ajudar esses pacientes, foi desenvolvido o estudo Columbus (desenvolvido pela Pierre Fabre e Array BioPharma), que tenta provar que a combinação de dois fármacos é benéfica contra a doença. “Temos o prazer de apresentar esses novos dados que se baseiam em análises dos dados do Columbus e reforçam nossa crença de que o encorafenibe e o binimetinibe podem ser uma nova opção de tratamento promissora para pacientes com melanoma avançado BRAF-mutado”, afirmou o professor do Departamento de Dermatologia da Universidade de Zurique e principal investigador e autor do estudo, Dr. Reinhard Dummer.

Columbus é um estudo multicêntrico, randomizado, aberto de fase III em pacientes com melanoma avançado/metastásico com BRAF-mutado. Ele mostrou sobrevida global mediana de 33,6 meses entre aqueles tratados com encorafebine e binimetinibe, comprado aos 16,9 meses para os pacientes que receberam vemurafenibe em monoterapia.

Fonte: Assessoria de Imprensa Pierre Fabre (Kubix Estratégia & Comunicação)

‘Aposentadas’ por antibióticos, larvas de mosca voltam a ser usadas para tratar feridas crônicas

No tratamentos atuais, larvas estéreis ficam de 24 a 48 horas nas feridas
Getty Images
Uma antiga forma de tratamento de feridas crônicas, que havia sido descartada com o surgimento dos antibióticos, está voltando a ser usada em alguns hospitais dos EUA, Europa e América Latina

No Brasil, ela vem sendo pesquisada em algumas universidades e é aplicada rotineiramente em pelo menos um hospital, o Universitário Onofre Lopes (HUOL), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Trata-se da terapia larval ou larvoterapia, que, como o nome sugere, é o uso de larvas, no caso de moscas, para a cicatrização de ferimentos que resistem à cicatrização.

Elas agem na ferida por meio de quatro mecanismos: removem o tecido necrosado (morto), rompem o biofilme bacteriano (uma comunidade de microrganismos extremamente organizada que interfere muito no processo de reparação da ulceração), promovem o crescimento de tecido sadio e eliminam bactérias que causam a infecção. Apesar de parecer repulsivo para muita gente, o tratamento tem se mostrado em alguns casos mais eficiente do que os medicamentos e cicatrizantes tradicionais.

“Todos os nossos pacientes que usaram a terapia apresentaram melhora significativa do processo infeccioso, tiveram suas feridas ‘limpas’ com rapidez, relataram que o odor (mau cheiro) da lesão desapareceu nas primeiras aplicações”, garante Julianny Barreto Ferraz, enfermeira presidente da Comissão de Curativos do HUOL, onde o procedimento é usado desde 2012. “Usamos as larvas da mosca da espécie Chrysomya megacephala, encontradas em todo o território brasileiro”, diz.

Em São Paulo, a pesquisadora colombiana Andrea Diaz Roa, doutoranda no Laboratório Especial de Toxinologia Aplicada do Centro de Toxinas, Resposta-Imune e Sinalização Celular (CeTICS), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) financiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), vem realizando, desde 2015, pesquisas com larvas de outra espécie, a Sarconesiopsis magellanica. “Nos hospitais dos Estados Unidos e de alguns países na Europa e da América Latina, a mosca utilizada para tratamento de feridas crônicas de difícil cicatrização é a Lucilia sericata“, conta. Ela explica que ulcerações crônicas são aquelas que permanecem inflamadas por mais de seis meses sem cicatrizar. É o caso, por exemplo, das lesões provocadas por leishmaniose ou aquelas conhecidas como pé diabético que, muitas vezes, resultam em amputação.

Terapia antiga, abordagem nova
Ao contrário do que ocorria antigamente, a terapia larval moderna é feita em condições de assepsia muito melhores. As moscas são criadas em laboratório e colocam seus ovos sobre material orgânico. As larvas estéreis são colocadas no interior das feridas, onde permanecem por 24 a 48 horas. Utilizam-se em média 20 delas por centímetro quadrado. “O ferimento é coberto durante o procedimento e lavado depois da retirada das larvas”, explica Andrea. “Dependendo do caso, uma única aplicação é suficiente. Elas se alimentam apenas da parte necrosada da lesão.”

Antes de vir fazer seu doutorado no Brasil, Roa utilizou em seu país larvas em muitos pacientes com problemas de feridas crônicas, com bons resultados e sem necessidade de amputações. “Usei também em coelhos com diabete induzida e ferimentos provocados, também com bons resultados”, revela. “Esse trabalho foi feito durante o meu mestrado, sob orientação de professores e médicos colombianos”. No Brasil, seu orientador é o pesquisador científico do Instituto Butantan, Pedro Ismael da Silva Jr. “Iniciamos uma nova fase do trabalho”, diz ele. “Durante a terapia, as larvas, além de removerem os tecidos mortos, liberam várias substâncias envolvidas na cura e cicatrização. Algumas delas são peptídeos (pequenas moléculas) antimicrobianos.”

De acordo com Silva Jr., Roa veio ao Brasil para, junto com ele, isolar e caracterizar esses peptídeos antimicrobianos, que apresentam um papel importante nesse tratamento. No momento, eles já têm isolados várias dessas pequenas moléculas, mas apenas duas caracterizadas. Uma delas é a sarconesina, descoberta pela pesquisadora colombiana. O nome deriva da espécie de mosca que ela estuda (Sarconesiopsis magellanica). O objetivo agora é utilizar a sarconesina como princípio ativo de um medicamento. Por ser uma molécula relativamente pequena, ela pode ser sintetizada artificialmente em laboratório ou ser produzida por engenharia genética, introduzindo-se as bases de DNA que a codificam em uma bactéria hospedeira.

“Conhecemos sua sequência de aminoácidos, avaliamos sua atividade antimicrobiana em relação a vários tipos de bactérias e estamos cogitando apresentar um pedido de patente”, diz Silva Jr.. Mesmo com o desenvolvimento da nova droga, o uso de larvas deverá continuar, no entanto. O pesquisador do Butantan explica que os peptídeos antimicrobianos são apenas uma parte das substâncias envolvidas na cicatrização de feridas crônicas. “Eles impedem a contaminação das lesões por fungos e bactérias, permitindo a ação de outras substâncias que levam à cura e à cicatrização”, diz. “Sem contar com a parte mecânica em si, pois as larvas removem os tecidos mortos e estimulam a substituição por novos tecidos. Não podemos dizer que vamos abandoná-las em um futuro próximo.

Boa aceitação
Ao contrário do que se poderia esperar, a maioria dos pacientes aceita bem o tratamento. “A reação deles é de completa aceitação por sentirem a melhora clínica em poucos dias”, assegura Ferraz. “Uma minoria sente receio quanto ao fervilhar das larvas sobre seu ferimento, mas desde que iniciamos a aplicação no nosso hospital, nenhum (paciente) negou-se a fazer e todos, sem exceção, recomendam para outros a terapia como excelente forma de limpeza de sua ferida”. Silva Jr. tem uma possível explicação para isso. De acordo com ele, em geral as pessoas que procuram por esse tratamento sofrem com as feridas crônicas durante muito tempo. Muitos já tiveram amputações de membros e passaram por todo tipo de procedimento médico e não encontraram soluções.

“Embora possa parecer para os pacientes e familiares um método não usual e um tanto incomum – nojento para muitos – , acaba sendo uma nova possibilidade de cura”, explica. “Principalmente com os resultados positivos obtidos por quem já se submeteu à terapia larval”. O trabalho de Roa foi apresentado e premiado na 47ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular, realizada em maio em Joinville (SC). Ela acredita que o prêmio vai trazer mais reconhecimento para a larvoterapia. “Muitas vezes, é uma prática que não tem muita aceitação, pois diferentemente do remédio, a larva está viva”, diz. “A apresentação vai ajudar a dar mais visibilidade para o tema e pode quebrar preconceitos”. Os trabalhos de Andrea e Ferraz não são os únicos no Brasil.

“Já foram aplicações em pacientes diabéticos, em Petrópolis (RJ e em Pelotas (RJ), a terapia tem sido usada na área veterinária”, conta Ferraz. “Em Campinas (SP), no final do ano deverão acontecer os primeiros tratamentos, provavelmente em portadores de pé diabético. Há muitos preconceitos em cima das larvas, mas o fruto de nossas pesquisas garante que se trata de um procedimento seguro, de baixo custo e eficaz, muito oportuno para a realidade brasileira, carente de centros cirúrgicos e de profissionais da saúde em número suficiente para garantir um atendimento adequado.”

terça-feira, 17 de julho de 2018

Cresce o número de homens diabéticos no Brasil

Resultado de imagem para mans diabetesMinistério da Saúde informa que mortes em decorrência da doença também aumentaram em 11,8%; mais de 400 mil morreram entre 2010 e 2016

O percentual de homens com diabetes aumentou 54% no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Em 2006, 4,6% dos brasileiros eram diagnosticados com a doença; em 2017, esse número subiu para 7,1%. Entre as mulheres, também houve crescimento, de 28,5%, apesar do número de mulheres com a doença ser maior que o número de homens (8,1%). Os dados fazem parte da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada na quarta-feira (27).

O levantamento mostrou também que a morte por diabetes aumentou 11,8%. Mais de 400 mil pessoas morreram em decorrência da doença entre 2010 e 2016. De acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), o número de mortes passou de 54.877 em 2010 para 61.398 em 2016.

Segundo dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH), as internações tiveram queda de 8,7%: foram 148.384 em 2010 e 135.364, em 2016.

O estudo demonstrou que o diabetes aumenta com a idade, principalmente entre idosos com mais de 65 anos (24%) e é maior entre as pessoas com menor escolaridade, que frequentaram a escola por até oito anos (14,8%).

A pesquisa analisou ainda a frequência da doença nas capitais do país, que variou entre 4,5% em Palmas e 8,8% no Rio de Janeiro.

Em relação a diabetes em homens, Boa Vista é a capital que apresenta o maior percentual, de 9%. Em seguida estão Belo Horizonte (8,6%) e Porto Alegre (8,3%). Por outro lado, Palmas (3,7%), Cuiabá (4,2%) e Teresina (4,6%) dispõem dos menores valores.

Entre as mulheres, o diagnóstico de diabetes foi mais frequente em Vitória (10,3%), Rio de Janeiro (10,3%) e Recife (8,8%) e menos frequente em Palmas (5,1%), Macapá (5,2%), Florianópolis (5,6%) e São Luís (5,6%).

Diabetes é uma doença provocada pela falta absoluta ou relativa de insulina, levando à elevação dos níveis de açúcar no sangue. Essa glicose aumentada está associada à insuficiência renal crônica, doenças cardiovasculares e amputações dos membros inferiores. Em homens, também pode provocar a disfunção erétil. O tratamento visa o controle das taxas de açúcar no sangue.

O Ministério da Saúde informa que portadores da doença podem fazer o acompanhamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) já na atenção básica, onde é possível fazer o controle e tratamento com medicamentos, inclusive insulina. Já o monitoramento do índice glicêmico pode ser feito nas unidades de Atenção Básica de Saúde.

O governo ressalta que, medicamentos, entre eles o cloridrato de metformina, glibenclamida e insulinas, estão disponíveis gratuitamente em 34 mil farmácias privadas em todo o país por meio do programa Aqui Tem Farmácia Popular.

Farmacêutico que vendia remédios com carimbo falso de médico é preso em Curitiba

Segundo a polícia, ele carimbava receitas como se fosse clínico-geral para vender remédios controlados

 | Alex Silveira/Gazeta do Povo
Foto: Alex Silveira/Gazeta do Povo

Um farmacêutico, de 30 anos, foi preso em flagrante no Centro de Curitiba e tinha um carimbo médico que, segundo a Polícia Civil, era usado para falsificar receitas. A prisão ocorreu depois de uma denúncia anônima feita à Delegacia de Repressão Aos Crimes Contra a Saúde (Decrisa). O farmacêutico foi preso dentro de uma farmácia que fica na Avenida Marechal Floriano Peixoto, perto da Praça Carlos Gomes, na tarde de quinta-feira (12). Além do carimbo falso, no local também foram encontrados medicamentos sem procedência, receitas prontas e outros produtos farmacêuticos irregulares.

Conforme explicou o delegado Vilson Alves Toledo, da Decrisa, o homem liberava as receitas com carimbo de médico clínico-geral. Basicamente, eram receitados remédios controlados a pacientes que não tinham feito nenhuma consulta médica que indicasse tal necessidade ou tratamento. A negociação ocorria ali mesmo, no balcão da farmácia.

“Quando a policia chegou, o farmacêutico tentou esconder os produtos e jogá-los no estacionamento ao lado da farmácia, mas foi flagrado pela equipe. Ele disse que os remédios eram de um ex-sócio, por isso não sabia da origem dos produtos”, explicou o delegado.

Ainda não há informações sobre quem produziu o carimbo falso, nem se o médico cujo nome estava na impressão era conivente com o crime. A ação da Decrisa contou com o apoio da Vigilância Sanitária e do Conselho Regional de Farmácia. O caso será investigado e o farmacêutico, que não teve o nome revelado, pode ser indiciado por crime contra a saúde pública, sob pena possível de 10 a 15 anos de prisão.

Segundo a Vigilância Sanitaria, a farmácia não foi interditada. Ela foi autuada e um processo administrativo será instaurado, principalmente, porque a farmácia não pode funcionar sem um farmacêutico responsável.

Eduardo Pazim, gerente de fiscalização do Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná, diz que o local estava funcionando no nome do farmacêutico desde o início do ano. O conselho também vai instaurar processo para averiguar o caso no que cabe em relação à atitude profissional do farmacêutico.