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terça-feira, 17 de julho de 2018

Farmacêutico que vendia remédios com carimbo falso de médico é preso em Curitiba

Segundo a polícia, ele carimbava receitas como se fosse clínico-geral para vender remédios controlados

 | Alex Silveira/Gazeta do Povo
Foto: Alex Silveira/Gazeta do Povo

Um farmacêutico, de 30 anos, foi preso em flagrante no Centro de Curitiba e tinha um carimbo médico que, segundo a Polícia Civil, era usado para falsificar receitas. A prisão ocorreu depois de uma denúncia anônima feita à Delegacia de Repressão Aos Crimes Contra a Saúde (Decrisa). O farmacêutico foi preso dentro de uma farmácia que fica na Avenida Marechal Floriano Peixoto, perto da Praça Carlos Gomes, na tarde de quinta-feira (12). Além do carimbo falso, no local também foram encontrados medicamentos sem procedência, receitas prontas e outros produtos farmacêuticos irregulares.

Conforme explicou o delegado Vilson Alves Toledo, da Decrisa, o homem liberava as receitas com carimbo de médico clínico-geral. Basicamente, eram receitados remédios controlados a pacientes que não tinham feito nenhuma consulta médica que indicasse tal necessidade ou tratamento. A negociação ocorria ali mesmo, no balcão da farmácia.

“Quando a policia chegou, o farmacêutico tentou esconder os produtos e jogá-los no estacionamento ao lado da farmácia, mas foi flagrado pela equipe. Ele disse que os remédios eram de um ex-sócio, por isso não sabia da origem dos produtos”, explicou o delegado.

Ainda não há informações sobre quem produziu o carimbo falso, nem se o médico cujo nome estava na impressão era conivente com o crime. A ação da Decrisa contou com o apoio da Vigilância Sanitária e do Conselho Regional de Farmácia. O caso será investigado e o farmacêutico, que não teve o nome revelado, pode ser indiciado por crime contra a saúde pública, sob pena possível de 10 a 15 anos de prisão.

Segundo a Vigilância Sanitaria, a farmácia não foi interditada. Ela foi autuada e um processo administrativo será instaurado, principalmente, porque a farmácia não pode funcionar sem um farmacêutico responsável.

Eduardo Pazim, gerente de fiscalização do Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná, diz que o local estava funcionando no nome do farmacêutico desde o início do ano. O conselho também vai instaurar processo para averiguar o caso no que cabe em relação à atitude profissional do farmacêutico.

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