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domingo, 25 de setembro de 2011

Cientistas comprovam que hortelã brasileira possui efeito terapêutico

Estudo revela propriedades analgésicas da erva Hyptis crenata, muito utilizada no Brasil

Estudo recente feito por pesquisadores da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, identificou que a hortelã brasileira (Hyptis crenata), conhecida no Brasil como hortelã-brava e salva-de-marajó , possui propriedades analgésicas muito parecidas com a de medicamentos vendidos comercialmente.

Muito utilizada para tratar febre, gripe, dor de cabeça e dor de estômago, a erva teve seus poderes terapêuticos comprovados por cientistas, que equipararam seus efeitos aos de uma aspirina do tipo indometacina. A equipe fez uma pesquisa no Brasil de como é preparado o chá e qual é a quantidade ingerida para reproduzir de maneira fiel os efeitos do tratamento.

Segundo os pesquisadores, o método tradicional é ferver a folha seca da erva por 30 minutos e deixar esfriar antes de beber.

Testes iniciais realizados com ratos obtiveram sucesso e, segundo os pesquisadores, o próximo passo é planejar testes clínicos para aliviar a dor nas pessoas utilizando a hortelã brasileira como medicamento terapeutico durante estudos futuros.

Fonte Minha Vida

Dor de cabeça e enxaqueca são doenças que exigem tratamentos diferentes

Ficar só no analgésico prolonga as crises, fazer exercícios e cuidar da alimentação é essencial

A vontade é arrancar a cabeça fora. Os olhos não agüentam a claridade e a dor insiste em perturbar, prejudicando qualquer tipo de raciocínio e azedando o humor. A enxaqueca realmente compromete a qualidade de vida dos pacientes , afirma a neurologista Sandra Mathias, do Hospital Bandeirantes, em São Paulo. Nos Estados Unidos, onde se estudam vários índices de produtividade, chegou-se à conclusão de que ela é um dos principais fatores na queda de produtividade por falta ao trabalhoNuma entrevista exclusiva ao Minha Vida, a especialista descreve com detalhes todos os sintomas e tratamentos do problema, difere o mal da dor de cabeça corriqueira, fala sobre os melhores tratamentos, a prevenção e sobre tudo aquilo que tem potencial para desencadear uma temida crise. No final, acompanhe ainda uma descrição dos principais tipos de dor de cabeça e identifique qual deles tira você do sério.

Existem alimentos que causam dor de cabeça?
Não. As pesquisas, no entanto, apontam que alguns deles podem desencadear crises em pacientes com enxaqueca. É o caso dos chocolates, alguns queijos curados, embutidos de carne (salsichas, lingüiças) e glutamato de sódio (o sal utilizado na culinária oriental). Álcool e café também podem causar o desconforto.

O que estes alimentos têm de especial?
Eles contêm elementos que interagem com a bioquímica cerebral, alterando a ação de determinadas enzimas e acelerando a metabolização de substâncias chamadas neurotransmissores (como a serotonina). Mas é importante lembrar que casos de crises desencadeadas por alimentos são pouco comuns e afetam só quem é sensível.

Enxaqueca é hereditária? Ela é uma dor de cabeça mais forte?
A história familiar favorece o surgimento do problema. Mas só ela não justifica um caso de enxaqueca. Enxaqueca é um dos tipos de dor de cabeça, e não uma variação na intensidade do mal.

Há cura para enxaqueca?
Não. A enxaqueca é uma doença crônica, que exige o afastamento dos fatores desencadeantes, além do consumo de medicamentos. Mas o tratamento é bastante eficaz na prevenção das crises. Além de medicações, são indicados exercícios físicos e atenção à estrutura emocional.

Qual o efeito dos exercícios no controle da doença?
Exercícios físicos estimulam a circulação e a oxigenação sanguínea, propiciando um estado aeróbico no organismo. Isso confirma a teoria da enxaqueca de que as crises possam ser causadas por uma redução de oxigênio cerebral. Além disso, atividade física libera endorfinas, substâncias reconhecidamente benéficas e que têm ação no alívio da dor.

E o que a estrutura emocional tem a ver?
A estrutura emocional é a base para o tipo de dor de cabeça mais comum: a cefaléia tensional, geralmente descrita como se houvesse um peso sobre a cabeça. Geralmente, ela aparece mais no final do dia. O estresse emocional e físico é, reconhecidamente, um dos causadores de inúmeras doenças e sintomas, além das cefaléias.

Existem vários tipos de dor de cabeça?
Sim. Existem as cefaléias denominadas primárias (como a enxaqueca e a cefaléia tensional) e as cefaléias secundárias, que podem ser desencadeadas por diversas causas, como nevralgias, causas odontológicas, problemas de coluna cervical, glaucoma e infecção de ouvido.

Enxaqueca é sintoma de outros problemas de saúde?
Não. Enxaqueca é um tipo de problema de saúde, que deve ser diagnosticada e tratada corretamente.

TPM causa enxaqueca?
TPM não causa enxaqueca. Ela, simplesmente, pode desencadear uma crise em mulheres que já sofrem com o problema.

Enxaqueca é uma doença incapacitante?
A intensidade da dor varia de pessoa para pessoa. Mas, muitas vezes, a dor de cabeça associada a sintomas como náuseas, vômitos e a dificuldade para tolerar a luz tornam o paciente incapacitado para suas atividades habituais. Nos Estados Unidos, onde se estudam vários índices de produtividade, chegou-se à conclusão de que a crise de enxaqueca é um dos principais fatores na queda de produtividade por falta ao trabalho.

Dor de cabeça é uma doença crônica?
A dor de cabeça é uma das queixas mais comuns em relação às dores em outras regiões do corpo. Estima-se que até 80% das pessoas apresentam pelo menos um episódio de cefaléia por ano. Já a enxaqueca, especificamente, é uma doença que pode aparecer em crises repetidas ao longo de anos se não for tratada adequadamente.

Tipos de dor de cabeça:

1. Cefaléia tensional: dor de cabeça mais comum. Caracteriza-se pela dor tipo peso, geralmente acometendo a cabeça toda ou mais localizada na parte de trás da cabeça, irradiando-se para a nuca. Geralmente há contração muscular na região dos ombros. Fadiga, irritabilidade, alterações de sono e de apetite são outros sintomas. Muitas vezes o paciente relata estar passando por alguma situação de conflito ou estresse.

2. Enxaqueca: predominante no sexo feminino. Normalmente, a dor é latejante e sentida de um lado só da cabeça. Náuseas ou vômitos são comuns. É comum ainda a intolerância à luz e a outros estímulos sensoriais, como sons e odores. Alguns sinais, conhecidos como "aura", tendem a antecipar a dor. São, principalmente, de origem visual e incluem escurecimento de parte ou de todo o campo visual ou sensações visuais de luzes ou cintilações.

3. Cefaléia por hipertensão intracraniana: em casos de tumores cerebrais ou hidrocefalia há aumento da pressão no interior do cérebro, que se encontra fechado na caixa craniana. A dor é contínua, e não em crises. Geralmente associa-se a náuseas e vômitos. Pode haver alterações de consciência. No caso de tumores, há sinais e sintomas neurológicos focais relacionados às áreas afetadas no cérebro.

4. Cefaléia por rotura de aneurisma cerebral: é descrita pelo paciente como uma dor muito, muito intensa. A comparação é com uma paulada na cabeça, de instalação súbita e que também pode se acompanhar de náuseas e vômitos. Dependendo da gravidade do sangramento pode ocorrer deterioração neurológica, com piora grave até para coma.

5. Cefaléia pós-raquianestesia: acontece após procedimento anestésico - a raquianestesia. Caracteriza-se por dor intensa na cabeça inteira, podendo se associar a náuseas e vômitos. Caracteristicamente, a dor some quando o paciente permanece deitado com travesseiro baixo e se inicia assim que se levanta a cabeça.

6. Cefaléia por meningite: tem as mesmas características da cefaléia por hipertensão intracraniana, e soma-se a presença de febre e mal-estar generalizado.

Cefaléias secundárias: têm uma multiplicidade de fatores causais:
1. Neuralgia do nervo trigêmeo: caracteriza-se por acometer a área da face sob a inervação do nervo trigêmeo. A dor é descrita como lancinante e persistente, com alguns períodos de alívio. Uma característica importante é a sensibilidade da chamada zona de gatilho: um toque leve em alguns pontos do rosto desencadeia a dor.

2. Dor de cabeça por sinusite: caracteriza-se por ser contínua, tipo peso, sem sintomas associados e que pode piorar quando se abaixa a cabeça.

3. Dor de cabeça por disfunção de ATM (articulação têmporo-mandibular): geralmente, portadores desse tipo de dor têm alterações da mastigação. A dor ocorre nas regiões temporais e pode ser do tipo peso. Apalpando a ATM notam-se desvios ou alterações na dinâmica do fechamento e abertura da boca. Muitas vezes, o uso noturno de plaquinhas acrílicas, prescritas pelo dentista, resolve o problema. Outras vezes, em casos mais graves, aparelhos ortodônticos ou mesmo cirurgias reparadoras são necessários.

Fonte Minha Vida

Cigarro e sedentarismo triplicam risco de enxaqueca entre os jovens

A combinação destes fatores tornam a doença muito mais potente

Os jovens são mais propensos a sofrerem crises de enxaqueca e a terem dores de cabeça crônicas quando estão acima do peso, fumam e se exercitam muito pouco, segundo pesquisa publicada na edição da revista médica Neurology. Avaliando mais de 6 mil estudantes noruegueses com idades entre 13 e 18 anos, os pesquisadores descobriram que aqueles que apresentam, ao mesmo tempo, esses três fatores negativos têm três vezes mais chances de sofrerem dores de cabeça frequentes.

As análises indicaram que um em cada cinco adolescentes era fumante, 16% estavam acima do peso ideal e 31% se exercitavam menos de duas vezes por semana. Além disso, mais de um terço das garotas e um quinto dos meninos relataram dores de cabeça recorrentes no ano anterior à entrevista da pesquisa. Avaliando as relações desses fatores do estilo de vida com a ocorrência de cefaleias, os pesquisadores notaram que mais da metade dos jovens sedentários, gordinhos e fumantes sofriam frequentes dores e cabeça, comparado com apenas um quarto dos que não tinham essas características.

De acordo com os autores, ainda não ficou claro se esses fatores do estilo de vida provocaram as dores de cabeça ou se eles agem mais como desencadeadores em jovens já vulneráveis ou geneticamente predispostos. De acordo com o neurologista Andrew D. Hershey, um dos coordenadores do estudo, crianças com enxaquecas tendem a ter pais que já sofriam com o problema. As influências ambientais entram em jogo fazendo com que a incidência das dores de cabeça seja mais frequente.

Baseados nos resultados, os especialistas destacam a importância do aconselhamento desses pacientes em relação às mudanças no estilo de vida. Entre as melhorias recomendadas, estão a de comer refeições regulares e balanceadas, dormir bem, manter-se hidratado com bebidas sem cafeína e fazer exercícios pelo menos quatro vezes por semana.

Enxaqueca é problema sério
A enxaqueca é muito mais que uma dor. É um grande mal estar, dando a sensação de que a cabeça está enorme, pulsando, martelando ou que o cérebro está sendo pressionado num ritmo enlouquecedor. Porém, a enxaqueca merece atenção especial, pois não causa só desconforto. Suas consequências podem ser muito mais sérias, como apontou um estudo da Universidade norte-americana Yeshiva, de Nova York.

Através da avaliação de 10 mil pessoas, os pesquisadores descobriram que os pacientes que sofriam de enxaqueca crônica tinham duas vezes mais chances de ter infarto, derrames e aumento de problemas cardiovasculares. Além disso, esse grupo tem 50% mais chances de desenvolver diabetes, hipertensão e colesterol alto.

A doença pode ser desencadeada por diversos fatores. Alguns alimentos, como queijos amarelos, chocolate, café, embutidos, frituras e bebidas alcoólicas, podem desencadear uma crise. Entretanto, a enxaqueca também está associada ao estresse, à alterações hormonais, aos distúrbios do sono, ao esforço físico, ao consumo de remédios, entre outros. Porém, o conhecimento exato a respeito dos mecanismos que causam a enfermidade ainda é obscuro.

Fonte Minha Vida

Copa do Mundo de futebol triplica o número de infartos

Brasil vai monitorar o número de ataques cardíacos durante o evento

A Copa do Mundo começou e com ela as fortes emoções causadas pelos jogos da Seleção do coração. A empolgação com as partidas do mundial pode ser revigorante, mas se for vivida muito intensamente pode causar alguns problemas de saúde, principalmente àqueles que estão diretamente relacionados com o lado emocional do torcedor.

Em 2006, uma pesquisa realizada pela Universidade de Munique, na Alemanha, demonstrou que o risco de eventos cardíacos entre os alemães podem triplicar durante os jogos da Copa. Não é novidade nenhuma que os jogos da Seleção deixam os apaixonados por futebol apreensivos e com o "coração na mão", mas este pequeno divertimento pode ser trágico se o estado cardíaco do torcedor estiver a ponto de um colapso.

Segundo dados da pesquisa alemã, o risco de homens sofrerem infarto durante o período em que a seleção daquele país esteve em campo foi multiplicado por 3,26. As mulheres sofreram menos, mas também tiveram um aumento no número de ataque cardíaco, cerca 1,8 vezes a mais do que em períodos sem jogos de copa.

Pesquisa no Brasil
A Sociedade Brasileira de Cardiologia vai realizar uma pesquisa semelhante a da Alemanha e medir a influência de um jogo dramático de futebol sobre a saúde dos espectadores, durante as partidas da Copa do Mundo de 2010.

Quatro hospitais com Unidade Coronariana serão selecionados e o total de eventos cardíacos do mês de junho e sua gravidade serão correlacionados com crises de arritmias, angina, infartos e derrames durante os jogos na África do Sul.

Prevenção
A ingestão de bebidas alcoólicas e cafeína podem acelerar este processo. Portanto, se o paciente tem um quadro que inspira atenção, é melhor ficar longe dos jogos da Copa do Mundo. É claro que estes cuidados não se aplicam apenas aos pacientes que já tenham detectado algum tipo de problema cardíaco.

O alerta fica especialmente para pessoas que possuem casos de hipertensão na família, colesterol alto e diabetes. Quem faz parte desse grupo de risco, que engloba principalmente os homens acima de 45 anos, deve tomar um cuidado redobrado.

Muitas vezes um ataque cardíaco chega sem avisar, e para que isso não aconteça durante a copa do mundo, o ideal é fazer sempre os exames de rotina para checar se o coração está apto para as grandes emoções.

Fonte Minha Vida

Transtorno do pânico pode levar a problemas cardíacos

Depressão também pode prejudicar a saúde do coração

Há muito tempo a sabedoria popular atribui aspectos emocionais como agentes promovedores ou agravantes da doença cardiovascular. Entretanto o mundo acadêmico começa apenas recentemente a aceitar tal relação. A depressão já foi demonstrada por vários estudos que como fator de risco independente para doença arterial coronária, mais conhecida como infarto do coração. Agora, tem-se descrito uma nova enfermidade denominada "miocardiopatia tako-tsubo", ou síndrome do coração partido. Trata-se de uma moléstia que leva a insuficiência cardíaca transitória após um quadro de intenso estresse, sobretudo em pacientes do sexo feminino.

Mais recentemente, tem-se atribuído ao transtorno do pânico uma relação com a doença cardíaca. Muitos dos pacientes que apresentam transtorno do pânico acabam recorrendo a um cardiologista, pois apresentam alguns sintomas extremamente desconfortáveis, tais como suor frio, palpitações, dor no peito e sensação de morte, sinais muito relacionados com um ataque cardíaco.

Até recentemente fazia parte do trabalho do cardiologista nestes casos descartar enfim a existência de uma doença cardíaca e encaminhar este enfermo a um acompanhamento especializado com psiquiatra, de quem receberá o tratamento adequado para o pânico.

Entretanto com o que sabemos hoje, graças a dois grandes estudos, é que indivíduos que tiveram ataques de pânico abaixo de 50 anos de idade possuem uma chance significativamente maior de desenvolver doença das artérias coronárias no futuro. Para aqueles que sofreram com o pânico após os 50 anos, as chances de apresentarem outras doenças do coração também aumentam, mas não infarto do miocárdio.

Mesmo com esses dados de literatura médica, os mecanismos pelos quais isto ocorre ainda permanecem incertos. Apesar do transtorno do pânico ser um diagnóstico diferencial do infarto do miocárdio nas salas de urgência dos pronto-socorros existem evidências cada vez mais robustas que estes pacientes, além de ser acompanhados por psiquiatras, também devem ser submetidos a avaliações cardiológicas mais precocemente.

Fonte Minha Vida

Ômega-3: você sabe tudo sobre a gordura que faz tão bem ao seu coração?

Descubra como tirar proveito máximo desse nutriente

Se existe uma gordura que tem passe livre no seu prato, ela atende pelo nome de ômega-3. Esse ácido graxo poli-insaturado já provou os seus poderes no combate aos sintomas de doenças como artrite reumatoide, depressão, demência, endometriose e até mesmo prevenindo o câncer, mas o pacote de vantagens mais incontestável é concedido à saúde cardiovascular. Um dos seus maiores feitos é deixar o coração tinindo.

Essa gordura do bem faz uma verdadeira faxina nas artérias, regula o ritmo do músculo vital, e ajuda a equilibrar as taxas de colesterol. "Mas o nosso organismo não produz ômega-3 , portanto, a melhor forma de obtê-lo é através da dieta", diz a nutróloga Paula Hagla, do Rio de Janeiro. O que não é complicado, desde que você inclua no cardápio os alimentos enriquecidos com a substância. Peixes (salmão, atum e truta), linhaça, nozes, brócolis, feijão são algumas fontes desse ingrediente milagroso. Mas você sabe qual o consumo recomendado desse? Como este ácido graxo blinda seu coração? E como tirar melhor proveito dessa gordura amiga do peito? Responda as perguntas e descubra.
 
 
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O ômega-3 combate doenças cardiovasculares, porque:



Fonte Minha Vida

SP oferece teste de HIV gratuito na região central neste domingo

Programa tem como objetivo o diagnóstico precoce

Uma unidade móvel para testes rápidos de HIV estará localizada na região central de São Paulo a partir deste domingo (25). A ação organizada pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, em parceria com a ONG EPAH (Associação Espaço de Prevenção e Atenção Humanizada), o Ministério da Saúde e a prefeitura de São Paulo, terá início no Largo do Arouche e vai durar três meses.

As atividades acontecerão aos domingos, das 16h às 20h. Além da realização dos testes, educadores do programa vão circular entre os frequentadores da região para conversar sobre a importância da prevenção e do teste rápido, além de distribuírem camisinhas.

O programa itinerante nomeado “Quero fazer”, que também conta com a participação da USAID/Brasil (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional), tem como objetivo incentivar o diagnóstico precoce do vírus da Aids entre populações vulneráveis.

Depois do Largo do Arouche, o trailer do programa ficará estacionado no Parque do Carmo e no “autorama” do Parque Ibirapuera, também por três meses em cada um dos lugares, e sempre aos domingos.

A proposta é oferecer o teste em horários alternativos aos serviços de testagem já disponíveis na rede pública de saúde. Outros pontos também estão sendo estudados para receber o trailer do programa, que deve atuar até janeiro de 2014 em São Paulo. Maria Clara Gianna, responsável pelo programa estadual de DST/Aids, fala sobre o objetivo do programa.

- O diagnóstico precoce é extremamente importante para garantir a qualidade de vida dos portadores do HIV/Aids e reduzir a mortalidade pela doença.

Fonte R7

Uma a cada três casas de favelas na zona sul do Rio tem focos de dengue, segundo prefeitura

Na Urca, prefeitura encontrou possíveis focos em metade dos imóveis visitados

 Uma a cada três casas nas comunidades Pavão Pavãozinho e Cantagalo, na zona sul do Rio, apresentaram focos de dengue durante uma vistoria feita por agentes da prefeitura na manhã deste sábado (24).

Segundo a Prefeitura do Rio, foram visitadas 138 residências nas duas favelas e encontrados pelo menos 42 possíveis focos para a proliferação do mosquito aedes aegypti, transmissor da doença.

A mesmo vistoria foi feita também no bairro da Urca, na zona sul, onde a situação é ainda pior. Quase metade dos locais visitados tinham pontos de acúmulo de água limpa: dos 123 imóveis visitados, 60 apresentaram possíveis focos.

Este ano já foram notificados 130 mil casos suspeitos da doença no Estado do Rio. Só na capital, foram 68.840 registros

Como parte da ação, estandes com dicas sobre como prevenir a dengue foram instalados nas comunidades.

A ação contou com parceria da Comlurb, da associação de moradores de cada região e das equipes de Saúde da Família das unidades de saúde locais. Ao todo, cerca de 60 pessoas, entre agentes de saúde e voluntários, participaram da atividade.
"Pior epidemia da história"

No último dia 31, o prefeito Eduardo Paes alertou que o município deve enfrentar a maior epidemia de casos de dengue da história no próximo verão. O alerta foi feito durante o anúncio do Plano de Ação de Combate ao Dengue para 2012, com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

- Lamento informar, mas teremos uma das maiores epidemias de dengue da história. Todos os dados apontam para que seja a maior que o Rio já enfrentou, até mesmo com a chegada de novos tipos. E, para evitar que as pessoas morram, vamos tentar colocar em prática várias ações.

Com isso, a prefeitura resolveu dobrar o número agentes de combate para 3.605 e instalar 30 polos de hidratação para pacientes em toda a cidade, sendo que 20 deles funcionarão durante 12 horas e os outros dez funcionarão 24 horas, a partir de outubro.

Assista ao vídeo:


Fonte R7

Justiça garante alimentação especial e cirurgia a bebê de 7 meses em MS

Por três meses, T.A.S., hoje com sete meses, ficou internado no CTU (Centro de Tratamento Intensivo) Neonatal por uma problema de saúde. Ele necessitava de alimentação especial e cirurgia para colocação do "botton" que só foi garantido pela justiça no começo deste mês. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (23).

A mãe da criança, P.S.A., tentou obter junto a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a alimentação e o “botton” para a cirurgia, mas foi informada que o município não fornece o material. A Sesau disse que nem tinha conhecimento sobre estes materiais.

O defensor público, Francisco Carlos Bariani, do Núcleo da Cidadania em Campo Grande, entrou com ação de obrigação de fazer e ainda solicitou tutela antecipada, deferida em ambos os processos, que tramitam na Vara da Fazenda Pública do Juizado Especial Central.

No dia 1ª de setembro a juíza substituta Eliane de Freitas Lima Vicente, determinou o fornecimento do material para a realização da cirurgia. O Ministério Público se manifestou favorável na ação, para que a criança recebesse o “botton”, já que o tratamento com medicação fornecida pelo SUS (Sistema Único de Saúde) não apresenta resposta satisfatória.

A situação clínica da criança foi analisada pela Cates (Câmara Técnica de Saúde), que elaborou parecer preliminar, utilizado como base para decisão judicial.

A alimentação especial também foi garantida pelo juiz Alexandre Branco Pucci, no dia 19 de setembro.

– Tem o Poder Público dever de cumprir o comando constitucional de garantia à saúde.

Fonte R7

Governo investe mais R$ 400 mi nos hospitais universitários

O Ministério da Saúde vai liberar mais R$ 400 milhões, até outubro, para dar sequência ao processo de melhorias e reestruturação dos 45 Hospitais Universitários Federais do Brasil. Com este aporte financeiro, o investimento extra do governo federal nessas unidades chegará a R$ 500 milhões em 2011 - 66,6% a mais do que ano passado. As informações são do Ministério da Saúde.

Os recursos fazem parte do REHUF (Programa de Expansão e Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais) e devem ser empregados na aquisição de equipamentos, reformas e na ampliação do atendimento à população. A iniciativa é coordenada pelos ministérios da Saúde e de Educação, com o apoio do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Os R$ 400 milhões serão repassados em duas parcelas

Fonte R7

Só dieta à base de vegetais reverte doenças cardíacas

Cirurgião americano defende alimentação mais restrita do que a vegana, excluindo até azeite, para proteger o coração, como indica a entrevista exclusiva de Débora Mismetti, publicada na edição deste domingo da Folha.

Diga adeus a bifes, peixes, arroz branco e açúcar. Farinha e grãos, só integrais. Azeite de oliva, nem pensar.

Para o cirurgião americano Caldwell Esselstyn, 77, uma alimentação baseada em folhas, frutas, legumes e grãos integrais é o único jeito de evitar, deter e reverter doenças cardiovasculares.

Seu método, que vem sendo aperfeiçoado nos últimos 30 anos, é o tema do documentário "Forks over Knives" (trocadilho que quer dizer tanto "garfos sobre facas" quanto "garfos no lugar de bisturis"), lançado nos EUA e ainda inédito no Brasil.

O filme conta a história de pacientes de Esselstyn, médico da Cleveland Clinic (Ohio). Eles venceram problemas cardíacos e evitaram cirurgias ao adotar a dieta.

Para o cirurgião, a dieta extrema não é a que ele propõe, e sim a adotada pela maioria dos ocidentais. "Ela garante que milhões de pessoas serão submetidas a cirurgias de peito aberto. Vamos comer vegetais. É para isso que fomos criados."

Fonte Folhaonline

Colocar bebês na creche pode aumentar risco de doenças cardíacas

Tempo que as crianças passam com pessoas estranhas aumenta os níveis de hormônios do estresse, mas especialistas discordam sobre situação

Mandar os filhos para a creche já nos primeiros meses de vida pode causar problemas de saúde na criança a longo prazo. De acordo com informações publicadas no Daily Mail, o desenvolvimento do cérebro e a saúde dos bebês no futuro podem ser prejudicados.

A afirmação é do psicólogo Aric Sigman, membro da Royal Society of Medicine. Sigman alerta para o fato de que o tempo que as crianças passam com pessoas estranhas pode aumentar os níveis de hormônios do estresse, o que resultaria em uma resistência menor e grandes chances de infecções a curto prazo.

No entanto, outros especialistas discordam. O professor de neuropsicologia do desenvolvimento da Universidade de Oxford, na Inglaterra, Dorothy Bishop, concorda que as crianças que vão para creche têm um aumento do nível de cortisol a curto prazo. Porém, ele diz que não existe comprovação de que essas consequências vão ser prejudiciais no futuro.

Já o psicólogo Stuart Derbyshire, da Universidade de Birmingham, acrescenta que o aumento do nível de cortisol no organismo das crianças pode ser causado, não pelo estresse, mas pelo fato de elas correrem e se movimentarem mais.

Fonte Zero Hora

Treinos intensos e curtos queimam mais calorias

DivulgaçãoMuito tempo de exercício que não exige esforço pode até engordar, diz pesquisa

Atividades mais intensas praticadas por um curto período de tempo queimam mais calorias do que um exercício realizado por mais tempo, mas que não exige tanto esforço.

Pesquisadores da Universidade de South Wales, na Austrália, realizaram testes com 45 mulheres acima do peso. Elas foram divididas em dois grupos e pedalaram três vezes por semana, durante 15 semanas.

— O grupo que aliou a pedalada a um exercício de alta intensidade por 20 minutos emagreceu três vezes mais do que as mulheres que praticaram o exercício regularmente durante 40 minutos — explica o cientista Steve Boutcher, que liderou o estudo.

Boutcher afirma que a técnica pode ser aplicada em outras atividades, como natação, caminhada ou corrida. Segundo ele, a malhação mais longa e moderada pode engordar porque deixa a pessoa com mais fome depois da atividade.

Cientistas da Universidade de Munique sugerem que a culpa é do aumento da secreção de um hormônio chamado grelina, que desperta a sensação de fome no cérebro. Eles identificaram que a secreção da substância aumenta na atividade de longa duração. Nos treinos curtos, os níveis de grelina permanecem estáveis.

Fonte Zero Hora

Prevenção: Tratamento para apneia do sono reduz pressão arterial

Distúrbio é caracterizado pela suspensão da respiração enquanto o paciente dorme

Ao estudar as causas da hipertensão resistente — aquela que não cede com o uso de medicamentos —, um grupo de pesquisadores constatou que a condição mais frequentemente associada ao problema é a apneia do sono — distúrbio caracterizado pela suspensão da respiração enquanto o paciente dorme.

O estudo foi realizado por cientistas do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP),em parceria com pesquisadores do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Em outro estudo ainda inédito, o grupo do InCor também demonstrou que o uso do equipamento conhecido como CPAP — sigla em inglês para “pressão positiva contínua nas vias aéreas” —, tratamento padrão para a apneia do sono, pode ser eficiente como terapia auxiliar, no caso dos pacientes com a patologia.

Um estudo anterior, publicado em março na Hypertension, havia demonstrado que o CPAP é eficiente também como prevenção, no caso de pacientes pré-hipertensos. Os dois trabalhos sobre hipertensão resistente foram realizados no âmbito de um projeto que teve apoio da Fapesp na modalidade Auxílio à Pesquisa — Regular e foi coordenado por Geraldo Lorenzi Filho, professor do InCor.

— Os pacientes com hipertensão resistente, por definição, são aqueles que não conseguem controlar a pressão arterial mesmo tomando três fármacos anti-hipertensivos em dose máxima, sendo um deles diurético. Trata-se de um problema muito grave, por isso decidimos realizar um estudo sobre as causas desse tipo severo de hipertensão — afirma Lorenzi.

Os pesquisadores monitoraram mais de uma centena de pacientes de hipertensão resistente, a fim de investigar a causa do problema. A conclusão foi que a apneia era a condição mais frequentemente associada a ele. Foi identificada uma frequência de 64% de casos de apneia do sono na população de hipertensos resistentes. A apneia foi, de longe, a principal causa do problema.

Uma doença mascarada De acordo com Luciano Drager — também professor do InCor e um dos responsáveis pela série de estudos —, além dos trabalhos relacionados aos pacientes refratários ao tratamento, o grupo realizou um estudo com foco no caso inverso: os pacientes com pré-hipertensão ou hipertensão mascarada.

— Já sabíamos que a apneia do sono é um fator de risco para o desenvolvimento de hipertensão e que o tratamento com CPAP promove uma redução da pressão. Começamos, então, a usar o CPAP para ver se conseguíamos impedir o surgimento do problema — explicou Drager.

No início do estudo, 94% dos pacientes com apneia apresentaram pré-hipertensão. Depois do tratamento com o CPAP apenas 55% continuavam com o problema. Quanto à hipertensão mascarada, 39% apresentaram o problema no início do estudo. Após o tratamento com CPAP, a frequência foi reduzida para 5%. O grupo que não recebeu o CPAP não apresentou mudanças significativas.

O paciente com apneia dorme mal, ronca, tem prejuízos na memória e sonolência diurna, por isso precisa do tratamento. Mas a principal mensagem do estudo, de acordo com o cientista, é que, além da melhora de qualidade de vida ocasionada pela redução dos sintomas da apneia, o tratamento com CPAP pode, em tese, prevenir a ocorrência de hipertensão.

Para os estudiosos, investir no tratamento da apneia com o uso do CPAP pode ser uma alternativa para reduzir a hipertensão da população, com um impacto econômico positivo muito relevante nos recursos públicos.

Fonte Zero Hora

Pacientes se ajudam em redes sociais só para doentes

Novidade no País, ferramentas similares ao Orkut e Facebook facilitam troca de informações sobre doenças

Com funcionamento semelhante ao de Facebook e Orkut, redes sociais ligadas à saúde começam a ganhar usuários brasileiros. Comuns na Europa e nos EUA, as novas ferramentas são voltadas para cuidadores ou portadores de alguns tipos de doença e possibilitam a troca de experiências.

Usuários do mundo todo discutem sobre efeitos colaterais de remédios, alternativas de tratamentos, sintomas e avaliações de médicos por meio de redes como PatientsLikeMe (http://www.patientslikeme.com/), Inspire (http://www.inspire.com/), Cure Together (http://curetogether.com/) e Health Central (http://www.healthcentral.com/). Há ainda nesses grupos espaço para bate-papo e divulgação de fotos pessoais.

“São ferramentas que chamam a atenção pelas informações e experiências trocadas entre pessoas na mesma situação”, define José Luiz Augusto, de 58 anos, que sofre de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

Administrador de empresas na capital paulista, Augusto é um dos 500 usuários nacionais com perfil cadastrado no PatientsLikeMe, de acordo com busca realizada no próprio site. “Achei muito interessante e importante dividir (conhecimento) com outros pacientes”, acrescenta Augusto.

“É um conforto saber que há outras pessoas tomando os mesmos remédios e sofrendo das mesmas coisas que você. Faz a gente perceber que não está sozinha no mundo”, diz a estudante Mariana Pantalena, de 28 anos, diagnosticada com depressão há oito anos.

Ainda não há um número exato sobre o total de brasileiros cadastrados nas redes sociais da saúde. E, como o serviço é novo no Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) afirmou à reportagem desconhecê-lo. Já os médicos ouvidos pelo Jornal da Tarde alertam sobre os perigos relacionados às “consultas médicas virtuais”. Os pacientes, por outro lado, dizem que o propósito das redes é apenas a troca de experiências e defendem a interação por meio das ferramentas.

“Muitas pessoas não têm acesso a textos e pesquisas científicas (sobre as doenças), geralmente em língua estrangeira, ou a bons médicos. É injusto privá-las da informação”, afirma a publicitária Diana Mertidez, de 33 anos, usuária de uma rede de saúde em que compartilha sua experiência sobre fibromialgia.

Uma pesquisa feita neste ano pela London School of Economics envolvendo 12 mil pessoas de vários países, entre eles o Brasil, mostrou que quatro em cada dez entrevistados procuram experiências de pacientes com problemas similares aos seus.

Mas, além de informações técnicas, os pacientes também trocam “dicas práticas”, explica a dona de casa Adriana Brasileiro Nato, de 37 anos. “Fez muito sucesso um ‘post’ (mensagem publicada) meu sobre o uso de meia calça amarrada ao pulso com sabonete dentro. Ajuda muito no banho de pacientes com limitação nos movimentos”, afirma ela, portadora de esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma doença degenerativa, sem cura, caracterizada por fraqueza muscular e comprometimento dos neurônios motores do corpo.

Para alguns usuários, a expansão das redes sociais ligadas à saúde no Brasil pode enfrentar barreiras culturais. “As pessoas podem ter receio ou vergonha de falar sobre os seus problemas”, fala Diana. “Apesar de ser um ambiente só com pessoas doentes, algumas podem ficar constrangidas”, completa.

Já Adriana acredita na “disseminação” das ferramentas. “As redes estão consolidadas por aqui. Logo as redes de saúde também conquistarão espaço e novos usuários”, afirma. Para Mariana, o incentivo para o crescimento do serviço será o “espírito solidário” dos brasileiros

Fonte Estadão

Coma: saiba o que acontece com a mente no estágio de quase morte

Entenda este enigmático estado de consciência, no limite entre a vida e a morte

“Vi a morte com proximidade aflitiva. Se esticasse a mão, acariciava os seus contornos. Cheguei a perceber as suas cores: azul com lilás”.

O pensamento, repleto de lucidez, é do comediante Chico Anysio. Ainda sem crer na reviravolta após passar 110 dias em coma induzido num Centro de Tratamento Intensivo (CTI), o artista revelou a fragilidade de quem teve a vida por um fio. Assim como o artista, que já deparou com a tênue fronteira que separa a vida da morte concorda que ela é envolta em mistério. Imperam o silêncio e muitas dúvidas: será que a pessoa ouve? Quando ela vai despertar? Demorará minutos, horas, dias, semanas, meses ou anos? Quando o que está em jogo é o órgão mais complexo do corpo humano, o cérebro, há sempre mais perguntas do respostas concretas.

A ciência entende o coma, do grega koma (sono profundo), como a perda do estado de consciência, que depende da transmissão de sinais químicos do tronco cerebral e tálamo para o cérebro. Pode ser comparado a um sono, que, quanto mais profundo, mais difícil será de acordar. Segundo o neurologista do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e professor de medicina interna da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Marino Muxfeldt Bianchin, a diferença é que o sono é um estado fisiológico e o coma, patológico. No coma, a pessoa não pode ser despertada como quando está dormindo:

— No estado de coma, o indivíduo ingressa num estado de inconsciência que é ocasionado por uma disfunção ou lesão cerebral. Sendo assim, inconsciência pode ser definida como a incapacidade do paciente de ter percepção de si mesmo e do ambiente, associada a uma incapacidade de responder a estímulos externos e necessidades próprias — explica.

O que define o prognóstico do coma é a causa dele, segundo Bianchin. No coma induzido, quando o doente recebe medicamentos para esse fim, a opção serve como uma medida importante em casos de cirurgias ou em pacientes internados em Centro de Terapias Intensivas (CTIs), por exemplo. Enquanto esse último pode ser reversível a qualquer momento, o coma pode ocorrer por meio de intoxicações exógenas (remédios em excesso ou álcool, por exemplo), traumatismo crânio-encefálico, tumores, derrames, entre outros fatores. Nesse último caso, dependendo do grau de lesão cerebral que o paciente sofreu, é mais difícil saber quando — e se — a pessoa vai despertar, explica o médico. No entanto, é possível oferecer um tratamento intensivo de suporte à vida, instituir a terapêutica necessária para tratar a causa do coma, evitando futuros danos físicos e neurológicos.

Os diferentes níveis de consciência
O nível de consciência dos pacientes em coma pode ser avaliado por escalas objetivas tais como a Escala de Glasgow (ECG). Desenvolvida para avaliar o grau de consciência após traumatismos crânio-encefálicos, ela considera respostas a partir de abertura ocular, fala e capacidade motora. Os três valores separadamente, assim como sua soma, são considerados.

— Quanto mais tempo um paciente permanece em coma, mais greve foi o evento que o levou este estado, e mais difícil será sua recuperação. Ele poderá evoluir para estados associados com sequelas graves, tais como o estado vegetativo persistente, no qual o paciente pode ficar acordado, mas apresenta muito pouca interação com o ambiente ao seu redor ou percepção de suas necessidades básicas e sentimentos internos. O prognóstico depende do grau da lesão cerebral associada — complementa.

Lesões cerebrais muito graves podem levar à morte cerebral, que é o conceito que se tem de morte. Mas nem sempre foi assim: até meados do século 20,a morte podia ser definida no momento da parada cardíaca. Com o advento dos transplantes e técnicas de suporte avançado, a morte passou a ser considerada apenas quando há perda total e irreversível de todas as funções do encéfalo (cérebro e tronco cerebral), mesmo se mantidos os batimentos cardíacos, a circulação e a respiração.

Embora as funções do coração sejam essenciais para manter uma pessoa viva, elas podem ser substituídas por meios artificiais ou mesmo transplantes. Já o cérebro não: no momento em que o encéfalo perde sua função, a pessoa é considerada morta do ponto de vista clínico.

Fique por dentro

:: O que é coma?
O paciente que está em coma vive um estado parecido a um sono profundo, porém, ele não pode ser acordado e não demonstra nenhum conhecimento de si próprio nem do ambiente ao seu redor. Os especialistas definem o coma como um estado caracterizado pela ausência ou extrema diminuição da consciência (nível de alerta comportamental), e pela falta de resposta aos estímulos internos e externos.

:: O que pode provocar o coma?
Muitas doenças, lesões ou anomalias graves podem afetar o bom funcionamento do cérebro e provocar o coma. Entre elas estão o traumatismo craniano, tumores, derrame, reações tóxicas aos medicamentos ou a ingestão voluntária de sedativos e outras substâncias tóxicas.

:: O que é sentido neste período?
A maioria dos neurologistas afirma que os pacientes em coma não sentem nada e não demonstram percepção nenhuma. Mas é uma opinão que varia: apesar de não ter sido comprovado cientificamente, muitos médicos acham que os pacientes que vivem esse estado podem, sim, ouvir e perceber minimamente o mundo ao seu redor.

Na dúvida, por necessidade e convite dos próprios médicos, familiares costumam falar com eles, mesmo sem obter resposta. A ideia é que faz bem para ambos. Segundo a psicanalista Simone Mädke Brenner, o ato de cuidar de um sujeito que supostamente está “desligado” de seus pensamentos e consciência é necessário para que não esqueçamos que antes de nos sentirmos vivos, no início de nossa vida, precisamos estar vivos no desejo de um outro.

— Talvez aí esteja o maior perigo para alguém que está em coma: que antes dele morrer de fato já tenha morrido nas palavras do outro, de quem ele depende para poder viver. Por isso é tão importante que haja alguém para cuidar, decifrar e interpretar suas sensações e descobertas corporais — explica Simone.

:: Há tipos diferentes de coma?
Não há uma classificação de tipos de coma, porque é uma situação que comporta apenas duas possibilidades: estar em coma ou não estar. O que existe são outras alterações de estado de consciência.

Fonte Zero Hora

Governo estuda volta do fumo em bares

Emenda à MP 540, que trata da elevação do IPI do cigarro, deve ser votada até a próxima semana no Congresso Nacional

Ministério da Saúde participa de uma negociação para ressuscitar o fumo em bares e restaurantes do País. Proposta de emenda à Medida Provisória 540 em avaliação no governo prevê a criação de estabelecimentos destinados exclusivamente a fumantes, desde que duas condições sejam satisfeitas: o veto à entrada de menores de 18 anos e a indicação de que o fumo é permitido.


A emenda à MP, que trata da elevação do IPI do cigarro, deve ser votada até a próxima semana no Congresso Nacional.


As medidas seriam uma "compensação" para a indústria do tabaco que, a partir de 2012, pagará mais impostos. Todas as propostas embutidas na emenda substituem, em versão bem mais branda, medidas em debate na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e no Congresso.

Se aprovado, o "contrabando" colocado na MP impedirá o cumprimento de uma recomendação da Convenção-Quadro para o Tabaco, acordo internacional para combater o tabagismo no mundo do qual o Brasil é signatário: a proibição de fumódromos.

A justificativa para a mudança, no texto que circula no governo, seria "o respeito à livre iniciativa e à liberdade de escolha", argumentos usados pela indústria do cigarro durante o debate sobre o fim dos fumódromos.

"Essa experiência não deu certo em outros países", afirma Paula Johns, da Aliança Para Controle do Tabagismo no Brasil. Empregados dessas casas estariam sujeitos ao fumo passivo e, completa, não haveria nenhuma garantia de que um número maior de estabelecimentos optaria por ser exclusivamente de fumantes, atraindo também não fumantes. "Se todos optarem por esse serviço, será o retorno do fumo em ambientes fechados."

O texto em análise, que circulou pelo gabinete do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também neutraliza duas consultas públicas em curso na Anvisa. Uma proíbe a adição de qualquer produto ao tabaco, como chocolate. O texto da MP mantém a proibição, mas de forma mais restrita. A emenda traz uma lista dos produtos que não poderiam ser incluídos no cigarro - algo que, por si só, já engessa a política - e deixa de fora itens como mentol, açúcar e amônia.

A segunda proposta da Anvisa prevê a proibição da exposição de maços de cigarro em postos de venda (alternativa encontrada pelos fabricantes para a proibição de cartazes) e mudança nos maços de cigarro para que frases de advertência ficassem mais evidentes, dos dois lados.

Pelo texto da Anvisa, a além da imagem de advertência numa das faces, embalagens teriam de estampar frases de alerta contra malefícios do fumo em pelo menos 50% da outra face. Pela versão analisada pelo governo, esse espaço seria reduzido para 30%.

Além de um retrocesso na política de prevenção e redução do número de fumantes no País, a proposta foi considerada por integrantes do próprio governo como uma "rasteira" na Anvisa. Interessada no assunto, até ontem ela não havia sido informada sobre as propostas de alterações.

O arquivo digital com o texto da emenda que atende à indústria do fumo, obtido pelo Estado, registra como autor mais recente da polêmica proposta um assessor direto do ministro da Saúde: Edson Pereira de Oliveira. O ministério diz que Oliveira apenas salvou em seu computador a emenda e a fez circular por técnicos da pasta para debate.

Segundo a assessoria, a emenda foi redigida pelo gabinete do deputado Renato Molling (PP-RS), relator da MP, e não contou com a participação da pasta, que sequer avaliou o conteúdo da emenda. Porém, o texto com a proposta de emenda foi repassado pela Saúde, sem nenhuma crítica ou sugestão de alteração, para outros dois ministérios, fato interpretado na Esplanada como um aval à proposta.

Fonte Estadão

Professor: Explore modo como o açúcar é processado no organismo

Ensine aos estudantes a importância de medir o índice glicêmico dos alimentos para obter uma dieta saudável

Pratos que contêm açúcares engordam. Embora continue verdadeira, essa afirmação tornou-se passível de uma análise mais esmiuçada. Estudos mostram que não são apenas as calorias contidas na comida que promovem a obesidade, mas um novo fator concorre para isso. Trata-se do índice glicêmico dos alimentos, que indica a velocidade de absorção do açúcar do sangue para as células. Quanto maior esse valor, mais rápida é a absorção – o que favorece a obesidade. A reportagem de VEJA oferece uma oportunidade para examinar em classe aspectos da nutrição e do metabolismo energético humano e realçar a importância da qualidade e do modo de preparo das nossas refeições, além das calorias que elas carregam. Convide a turma para esse balanço energético.

Para começo de conversa
Faça um rápido levantamento sobre o tipo de alimentação dos alunos. Alguém adota alguma espécie de regime nutricional? Peça que expliquem suas dietas e indiquem os princípios a que elas obedecem. É provável que todos concordem com o fato de que os alimentos possuem calorias e o consumo delas deve se dar em quantidade suficiente para que não engordemos. Para quem deseja ganhar peso vale o contrário.
Realce que a sobrevivência do ser humano depende em grande parte do sofisticado sistema de regulação do uso de moléculas geradoras de calorias. Para que os estudantes entendam esse processo, examine as estratégias do metabolismo humano.
Quando temos alimento à nossa disposição, entramos no chamado estado absortivo – o organismo se prepara para assimilar os nutrientes. O estômago e o intestino, depois de cheios, esvaziam-se à medida que os nutrientes vão para o sangue e a massa fecal se amontoa na porção final do intestino grosso. É o momento de reunir moléculas para serem utilizadas em uma situação posterior. Ao final desse processo, inicia-se o estado pós absortivo. As moléculas acumuladas passam a suprir as necessidades energéticas do organismo, de modo que a taxa de açúcar no sangue, na forma de glicose, permaneça mais ou menos constante. Indique que o nível normal de glicemia varia em torno de 90 miligramas de glicose em 100 mililitros de sangue.
 
 
Apresente o quadro abaixo, no qual são destacados os órgãos-chave desse processo – o fígado e o pâncreas. Índices altos de açúcar no sangue estimulam a produção de insulina. Acompanhando as setas, os alunos podem perceber que, quando esse hormônio está presente, a glicose tem sua entrada facilitada na maioria das células do corpo. Aquelas que queimam a glicose para fabricar energia têm sua atividade intensificada. As células do fígado, que armazenam glicose convertida no açúcar glicogênio, aumentam essa taxa de conversão e, finalmente, as células adiposas produzem mais gordura. Lembre que a presença de insulina no sangue está relacionada à possibilidade de engordar.

Examine em seguida o que acontece quando a taxa de glicose volta ao valor normal. O pâncreas pára de sintetizar essa substância e, após algumas horas, o nível fica abaixo do normal. Nesse momento, o órgão libera glucagon, um hormônio cujo efeito é praticamente inverso ao da insulina. Ele mobiliza a glicose armazenada no fígado e nas células adiposas, aumentando a disponibilidade do açúcar no sangue.
Apresente o conceito de índice glicêmico e a forma como é medido. Ao pão branco atribui-se o valor 100, que serve de referência para os demais alimentos. Levante os fatores que influenciam na resposta glicêmica – a natureza do amido (amilose e amilopectina), a quantidade de monossacarídeos (frutose, galactose), a presença de fibras, a cocção ou o processamento, o tamanho das partículas, a existência de fatores antinutricionais (fitatos) e a proporção de macronutrientes (proteína e gordura).
Exercícios e outras atividades
Ensine como calcular as necessidades calóricas diárias de cada um. Mostre que elas dependem de três variáveis: a taxa metabólica basal, o consumo em atividades físicas e os gastos relativos ao processamento dos alimentos. As equações a seguir permitem obter a taxa metabólica basal em função do peso (P) em quilogramas, da idade (i) em anos e da altura (A) em centímetros:
TMB (homens) = 66,47 + 13,75 P + 5 A – 6,76 i
TMB (mulheres) =655,1 + 9,56 P + 1,85 A – 4,68 i
A quantidade de calorias necessárias às atividades físicas pode ser estimada com a multiplicação da taxa metabólica basal pelo nível de atividade:
- 0,3 a 0,4 para vida sedentária;
- 0,4 a 0,5 para atividade moderada; e
- 0,5 a 1 para ações pesadas.
 
 
O cálculo das calorias gastas na digestão é obtido com a multiplicação das calorias gastas em exercícios por 0,1 mais a taxa metabólica basal. Peça que a moçada pesquise os fatores que podem alterar o metabolismo basal de um indivíduo: sexo, idade, estresse, hormônios, temperatura corporal etc.
Analise a tabela de índices glicêmicos dos alimentos abaixo. Há diferenças entre os valores ali exibidos e os da reportagem? Lembre que a tabela refere-se a 50 gramas de cada alimento. Proponha a elaboração de uma crítica a determinados tipos de dieta – vegetariana, mediterrânea, tipicamente brasileira, fast-food e outras – tomando como referência a quantidade relativa de pratos de baixo índice glicêmico.
Velocidade de absorção da glicose no sangue
O tempo que o organismo leva para absorver e digerir varia conforme o carboidrato. A velocidade com que 50 gramas dessas substâncias são convertidos em glicose sanguínea após a ingestão é o índice glicêmico do alimento, atribuindo como referência o valor 100 à glicose ou ao pão branco
Índice glicêmico (por 50g de alimento)
Baixo

Amendoim
Feijão de soja
Iogurte sem sacarose
Frutose
Lentilha
Leite integral
Feijão-manteiga
Damasco seco
Leite desnatado
Iogurte com sacarose
Maçã
Pêra
Suco de maçã
IG

21
23
27
32
38
39
44
44
46
46

48
52
54
58
Médio

Espaguete
All-Bran
Laranja
Lactose
Pêssego em calda
Arroz parboilizado
Ervilhas
Feijão cozido
Inhame
Suco de laranja
Kiwi
Batata-doce
Aveia
Arroz integral
Pipoca
Müsli
Manga
Arroz branco
Banana
IG

59
60
62
65
67
68
68
69
73
74
75
77
78
79
79
80
80
81
83
Alto

Sorvete
Chocolate
Sopa de feijão
Hambúrguer
Bolos
Mingau de aveia
Sacarose
Cuscuz
Milho
Biscoitos cream crackers
Farinha de trigo
Pão branco
Mel
Trigo cozido
Batata frita
Tapioca
Flocos de milho
Batata cozida
Glicose
IG

84
84
84
87
87
87
87
93
98

99
99
100
104
105
107
115
119
121
138

Fonte veja.abril.com.br

Curva glicêmica

O que é
Também chamado de teste oral de tolerância à glicose, a Curva glicêmica é um exame de sangue feito, principalmente, para o diagnóstico do diabetes.

Para que serve
A Curva glicêmica serve para medir a capacidade do organismo de processar uma quantidade excessiva de glicose (condição conhecida como hiperglicemia) em um determinado tempo. Este exame é usado, na maioria dos casos, para diagnosticar o diabetes.

Como é feito
Primeiro, é colhido sangue em jejum para verificar a taxa padrão de açúcar (glicose) no sangue. O sangue é coletado por uma agulha colocada diretamente em uma veia do braço. Em seguida, a pessoa ingere uma espécie de xarope contendo glicose e uma nova coleta de sangue é realizada duas horas após a ingestão. Em algumas situações, a critério médico, a coleta do sangue poderá ser feita em intervalos de tempo maiores ou menores.

Preparo
Como é exigido jejum (de 10 a 12 horas) para a coleta comparativa, o exame deve ser feito pela manhã. Sob hipótese alguma o paciente deverá usar laxantes antes do exame. Também estão vetados fumo e atividade física ao longo do exame, mas não há restrição ao consumo de água. Em caso de diarréia ou uso de medicamentos, é preciso informar ao profissional de saúde que está realizando o procedimento. A duração do exame pode chegar a seis horas. Portanto, ao agendá-lo, deve-se levar em conta a possibilidade de passar boa parte do dia no laboratório.

Valores de referência
Em jejum: a glicose deve estar abaixo de 100 mg/dL.
Após duas horas da ingestão da carga de glicose: abaixo de 140 mg/dL.
Valores acima, respectivamente, de 125 e 200, são considerados quadro de diabetes mellitus.
Valores intermediários, sugestivos de pré-diabetes ou inconclusivos, podem demandar a repetição do exame em outra data e/ou a mudança do intervalo de tempo das coletas de sangue.

Fonte IG

Doação de órgãos interrompe tendência de alta

Apesar da queda, a taxa média de doadores paulistas neste ano é superior a de países como a Argentina

O número de doadores de órgãos no Estado de são Paulo registrou uma pequena queda este ano, de 5%, depois de acumular um recorde histórico em 2010, segundo balanço da Secretaria de Estado da Saúde com base nos dados da Central de Transplantes.

De janeiro a 15 de setembro houve 603 doações, contra 635 no mesmo período de 2010. O número, no entanto, é 23% superior aos 490 doadores computados entre janeiro e 15 de setembro de 2009.

O total de transplantes realizados no Estado caiu 7,3% até 15 de setembro, ficando em 1.624, contra 1.505 no mesmo período de 2010. Em 2009, até a metade de setembro, foram 1.376 cirurgias.

Apesar da queda, a taxa média de doadores paulistas por milhão de população neste ano, de 19,5, é superior a de países como a Argentina (14,3), cuja população estimada é semelhante ao Estado de São Paulo. Houve neste ano, até 15 de setembro, 49 transplantes de coração, 89 de pâncreas, 1.004 de rim, 420 de fígado e 21 de pulmão. Os dados não computam transplantes intervivos.

Fonte IG

Estudo liga remédios para idosos a maior risco de morte

Combinação de medicamentos usados para combater problemas cardíacos, depressão e alergias pode ser o problema

Cientistas estimam que metade das pessoas com 65 anos ou mais consomem regularmente a combinação de medicamentos usados para combater problemas cardíacos, depressão e alergias. O estudo revela que essa mistura pode aumentar o risco de morte e de deterioração de funções cerebrais entre idosos

A pesquisa foi realizada entre 13 mil pessoas de 65 anos ou mais, pela Universidade de Anglia, na Grã-Bretanha, a partir de dados coletados entre 1991 e 1993 envolvendo medicamentos vendidos mediante a apresentação de receita médica ou outros que dispensavam a apresentação de receita.

Classificação
A pesquisa classificou 80 medicamentos de acordo com sua suposta capacidade ''anticolinérgica''. Anticolinérgicos são substâncias extraídas de plantas ou sinteticamente produzidas que inibem a produção de acetilcolina. Elas foram classificadas em um placar que ia de 1 a 5. Remédios considerados amenos foram avaliados como sendo de categoria 1. Os de efeitos considerados moderados foram listados como sendo 2. E os avaliados como tendo efeitos severos foram listados na categoria 3.

Pacientes que tomavam uma droga considerada severa, juntamente com outras duas consideradas amenas eram enquadrados na categoria 5. Entre os considerados moderados figuram o analgésico codeína e o anticoagulante warfarin. Os que foram classificados como severos estão o ditropan, tomado para prevenir incontinência, e o antidepressivo seroxat. Entre 1991 e 1993, 20% dos pacientes que marcaram 4 pontos ou mais morreram.

Entre aqueles que não tomaram medicamentos anticolinérgicos, apenas 7% morreram. Pacientes que marcaram 4 pontos ou mais tiveram um aumento de 4% na degeneração de suas funções cerebrais. O estudo não pode, no entanto, concluir que necessariamente os medicamentos causaram morte ou reduziram as funções cerebrais, apenas indica uma associação.

Fonte IG

Prescrição de medicamentos confunde idosos

Orientações vagas dadas pelos médicos prejudicam o uso correto dos remédios

Novo estudo mostra que as prescrições de medicamentos costumam ser tão vagas que os pacientes idosos, muitas vezes em uma rotina de até de 7 comprimidos diários, podem acabar tomando a medicação de forma incorreta.

Além disso, muitos pacientes não se dão conta de que podem tomar diversos medicamentos de uma única vez. A equipe de pesquisa observou que instruções simples e padronizadas, que facilitem a compreensão sobre frequência e dosagem, são de extrema necessidade.

“Ao receber prescrições de vários medicamentos diferentes, os participantes do estudo complicaram a rotina de forma desnecessária”, disse Michael Wolf, professor assistente de medicina da Northwestern University’s Feinberg School of Medicine, de Chicago, que liderou a pesquisa.

Wolf ressaltou que atualmente muitos idosos chegam a tomar até sete medicamentos diferentes todo dia. “Observamos que a medicação estava sendo tomada com maior frequência diária do que o necessário”, disse ele.

O relatório foi publicado na edição de 28 de fevereiro do periódico Archives of Internal Medicine.
Para o estudo, Wolf e sua equipe conversaram com 464 pacientes, entre os 55 e os 74 anos.

Os pesquisadores observaram que, embora a maioria deles tivesse bom nível acadêmico, praticamente a metade não dispunha de “conhecimentos sobre práticas de saúde” – ou seja, a habilidade do paciente de compreender as informações recebidas sobre sua saúde, os remédios que devem ser tomados e a habilidade de desempenhar tarefas relacionadas à sua saúde.

“Estudos realizados nas últimas duas décadas já haviam relacionado o conhecimento insatisfatório sobre a saúde a resultados mais baixos e a piores índices de mortalidade”, disse Wolf.

O pesquisador-chefe conta que, depois de designar aos pacientes uma rotina de sete medicamentos diários, a equipe constatou que os mesmos chegavam a tomar remédios até 14 vezes ao dia. “Eles não deveriam estar tomando a medicação mais do que 4 vezes ao dia”, argumentou Wolf.

Ele explicou que cada paciente precisa encontrar a forma mais eficiente de tomar a medicação, estabelecendo uma rotina. “Constatamos que, quando os pacientes receberam a prescrição de dois medicamentos com exatamente as mesmas instruções, um terço deles não combinou os dois remédios no mesmo horário. Quando eram instruídos a tomar o medicamento com água ou durante as refeições, metade dos pacientes também não combinava a medicação”, ele explicou.

O pesquisador explicou que, que quando dois medicamentos deveriam ser tomados a cada 12 horas, dois em cada três pacientes também não tomavam os mesmos de uma única vez. “Pode ser porque muita gente se preocupa que os medicamentos não possam ser tomados concomitantemente, que isso poderia causar danos”, disse ele.

Para solucionar o problema, Wolf sugere aos médicos que mudem a forma de prescrever os medicamentos. “Em vez de dizer ao paciente para tomar determinado remédio duas vezes ao dia ou a cada 12 horas, a prescrição deveria ser para tomar determinada medicação pela manhã, ao meio-dia, à noite ou na hora de dormir – como em um horário universal de medicações”, ele explica.

Ele complementa que os médicos precisam informar melhor a seus pacientes sobre os medicamentos prescritos, quando e como tomá-los, e quais deles podem ser combinados em um único horário. Laurence Gardner, um dos diretores da University of Miami Miller School of Medicine, concordou que “não é fácil para os idosos simplificar o horário dos medicamentos para tomá-los, ao máximo, quatro vezes ao dia”.

Entretanto, Gardner disse que o estudo não mostrou que os pacientes sofreram danos por não simplificarem a rotina da medicação. Porém, ele complementou que erros podem acontecer com maior freqüência neste tipo de cenário.

Gardner sugere que uma das formas de simplificar a prescrição de medicamentos é o uso de registros médicos eletrônicos. “Apesar de não haver uma economia de custos, é mais seguro para os pacientes. Não seria complicado desenvolver uma linguagem comum sobre a frequência da medicação”, ele argumenta.

Outra especialista, Terri Ann Parnell, diretora corporativa da North Shore-Long Island Jewish Health System, de Nova York, ficou surpresa com a quantidade de pacientes de bom nível acadêmico sem conhecimentos sobre saúde.

“Foi ressaltado no estudo, de forma persuasiva, que a maioria dos participantes era de nível acadêmico alto e, mesmo assim, tinha pouquíssimo conhecimento sobre saúde. Acredita-se que esta falta de informação seja um problema exclusivo dos grupos de baixo nível socioeconômico e acadêmico. Este estudo mostra que este não é o caso”, disse a especialista.

Na opinião de Parnell, os médicos devem usar uma linguagem simples para dar instruções aos pacientes. Além disso, eles podem checar a compreensão pedindo aos pacientes para repetir as instruções recebidas. “A idéia não é testar os pacientes, mas pedir a eles que repitam, com suas próprias palavras, as instruções que acabaram de receber”, ele explica.

Fonte IG

A melhor hora para tomar remédio

Medicamento para asma deve ser ingerido à noite; para osteoporose e hipotireoidismo, de manhã. Confira outras indicações

Medicamentos ingeridos em determinados horários podem ter seus efeitos potencializados. Ou seja, sabendo a hora de tomá-los, o tratamento pode ser mais eficiente. É o que prega a cronofarmacologia, ramo da ciência que estuda como doenças e tratamentos são influenciados pelos ritmos biológicos.

"Observamos que algumas doenças apresentam picos de piora dos sintomas, então podemos programar o medicamento para esses momentos. Assim, a ação acontece quando o corpo mais precisa", diz o pneumologista José Manoel Jansen da Silva, professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e um dos autores do livro "Medicina da Noite".

Nos Estados Unidos, alguns remédios já começaram a trazer na bula indicações sobre o melhor horário de administração. Por aqui, os estudos sobre o tema avançam, mas por enquanto são apenas sugestões dos médicos e não prescrições. Veja a seguir algumas indicações.

Asma: as piores crises acontecem de madrugada. “Pesquisas apontam que a piora dos sintomas é às quatro da manhã. Como os medicamentos têm o auge de sua ação em quatro ou oito horas após a ingestão, o melhor horário seria por volta de 20 horas ou mais tarde um pouco, próximo à hora de dormir”, diz Silva.

Doenças cardiovasculares: é pela manhã que acontece o maior número de infartos e avc. “O indivíduo estava em repouso, com a pressão arterial baixa. Quando ele acorda, aumenta a secreção de dois hormônios: o cortisol ("hormônio do estresse") e a adrenalina, o que provoca efeitos negativos sobre coração”, explica o médico. A hora ideal do medicamento, portanto, seria de manhã bem cedo ou antes de dormir.

Diabetes do tipo 2: o melhor é tomar o remédio antes de dormir, para fazer a cobertura da noite, quando ocorre a piora de sintomas.

Gastrite: como toda inflamação, os maiores incômodos aparecem à noite. Tome o remédio antes de dormir e garanta conforto durante o sono e ao despertar.

Artrite: os doentes se queixam de dores ao acordar, logo pela manhã. O horário ideal do medicamento seria à noite, antes de dormir.

Hipotireoidismo: o medicamento deve ser tomado de manhã, em jejum, para maior absorção pelo organismo.

Osteoporose: também deve ser ingerido pela manhã, antes do café. “Se não for em jejum, acaba se misturando com a alimentação e se perdendo com as fezes”, diz o neurocirurgião Manoel Jacobsen Teixeira.

Vitamina e anticoncepcional: podem ser ingeridos a qualquer hora. “Mas, até para criar uma rotina e evitar o esquecimento, especialmente o anticoncepcional que requer continuidade, melhor que sejam tomados sempre no mesmo horário”, diz o pneumologista da UERJ.

Antibiótico: o remédio precisa dar cobertura o tempo todo e é importante seguir as doses prescritas, com o espaçamento recomendado. Esqueceu de tomar? “Não espere pelo horário da próxima dose. Tome assim que lembrar e depois siga normalmente o esquema de administração”, finaliza Silva.

Fonte IG