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sábado, 18 de agosto de 2012

Ferramenta de sutura descartável reduz complicações pós-operatórias

Novo dispositivo orienta a colocação de pontos cirúrgicos e impede a perfuração de órgãos internos no abdômen

Equipe de estudantes e pesquisadores da Johns Hopkins University, nos Estados Unidos, desenvolveu uma ferramenta de sutura descartável capaz de reduzir complicações pós-operatórias.

O dispositivo, que recebeu o nome de FastStitch, é descrito como um cruzamento entre um alicate e uma furadeira e tem potencial para orientar a colocação de pontos cirúrgicos e impedir a perfuração de órgãos internos no abdômen.

A abordagem vai melhorar a forma como até 5 milhões de cirurgias abdominais abertas são realizadas anualmente nos Estados Unidos para tratamento de câncer, problemas de fígado e outras doenças comuns.

Segundo os pesquisadores, se as incisões desses procedimentos não são fechadas de forma adequada, um paciente pode desenvolver complicações, tais como hérnia e infecção.

Para resolver essas complicações, alunos e pesquisadores foram convidados a projetar e testar uma ferramenta que iria melhorar a forma como cirurgiões costuram a parte mais forte do abdômen, a camada muscular chamada fáscia, localizada logo abaixo da pele do paciente.

"Os médicos que necessitam suturar a camada fascial dizem que é como empurrar uma agulha através do couro do sapato. Se a agulha acidentalmente corre e corta o intestino, pode conduzir a uma infecção que pode ser muito perigosa", afirma o estudante Luis Hererra.

Para evitar esse risco, os alunos projetaram a agulha de FastStitch para permanecer alojada no interior da ferramenta de sutura. "Você coloca a camada fascial entre os braços superior e inferior do dispositivo. Então, conforme você fecha os braços, o grampo de mola é forte o suficiente para perfurar a agulha através da camada fascial. Quando isso acontece, os movimentos da agulha se limitam de um braço do instrumento para o outro", explica o líder da equipe Sohail Zahid.

O dispositivo também inclui uma guia visual para ajudar a assegurar que os pontos são colocados de maneira uniforme, localizados a uma distância apropriada da incisão e separados um do outro. Isso também deve reduzir as complicações pós-operatórias, segundo os estudantes.

O protótipo foi construído em sua maior parte de plástico ABS, de modo que o instrumento pode ser barato e descartado após uma utilização.

"Nós estamos desenvolvendo o futuro de sutura. Acreditamos que, se a ferramenta FastStitch for usado para fechar incisões abdominais, ela vai ajudar de três maneiras importantes: tornando o processo de sutura simples e mais seguro; reduzindo os custos e, mais importante, reduzindo complicações pós-operatórias", conclui Zahid.


Fonte isaude.net

Equipe dos Estados Unidos cria nanopartículas com capacidade de encolher tumores

Partículas desenvolvidas no MIT desligam os genes do câncer e podem acelerar a seleção de alvos potenciais de drogas

Equipe de pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology, nos Estados Unidos, desenvolveram novas nanopartículas capazes de encolher tumores em camundongos.

Testes realizados em camundongos mostraram que partículas que atacam uma proteína conhecida como ID4 podem reduzir tumores ovarianos nos animais.

A abordagem, que desliga os genes do câncer, poderia permitir ainda a seleção de alvos potenciais de drogas mais rapidamente.

Por meio do sequenciamento de genomas de células do câncer, os cientistas descobriram um grande número de genes que são mutantes, apagados ou copiados nas células cancerosas. Esses dados auxiliam os pesquisadores na busca por novos alvos terapêuticos, mas é quase impossível testar todos eles em tempo hábil.

Para acelerar esse processo, Sangeeta Bhatia e seus colegas desenvolveram nanopartículas de entrega de RNA que permitem a rápida triagem de novos alvos terapêuticos em camundongos.

"O que fizemos foi tentar estabelecer um gasoduto onde você têm todos os alvos anticâncer derivados da genômica, e sequencialmente filtrar esses alvos através de um modelo de rato para descobrir quais são importantes. Ao fazer isso, podemos priorizar os alvos que desejamos atingir clinicamente usando a interferência de RNA, ou com medicamentos contra", explica Bhatia.

Entre os alvos potenciais conhecidos, muitos são impossíveis de serem atacados por drogas, ou seja, as proteínas não têm todos os bolsos aos quais uma droga tradicional poderia se ligar.

As nanopartículas, que consistem de novas cadeias curtas de RNA que podem desligar um gene em particular, podem ajudar os cientistas a atacar essas proteínas ' impermeáveis' .

"Se pudéssemos descobrir como fazer este trabalho [em humanos], seria a descoberta de toda uma nova classe de alvos que não estava disponível", observa o autor sênior William Hahn.

Anticâncer
A equipe criou uma técnica que permite misturar nanopartículas de entrega de RNA que têm como alvo um gene particular, injetá-las em camundongos e ver o que acontece.

Em sua primeira tentativa, eles decidiram concentrar-se na proteína ID4 porque ela é abundante em cerca de um terço dos tumores de alto grau do ovário (o tipo mais agressivo), mas não em outros tipos de câncer.

O gene, que codifica para um fator de transcrição, parece estar envolvido no desenvolvimento embrionário: ele é desligado precocemente na vida, em seguida, de alguma forma é reativado em tumores do ovário.

Para direcionar ID4, Bhatia e seus colegas projetaram um novo tipo de nanopartículas de entrega de RNA. Suas partículas podem penetrar alvos e tumores, algo que nunca antes tinha sido alcançado com a interferência do RNA.

Os resultados do estudo com tumores de ovário em camundongos, os pesquisadores descobriram que o tratamento com as novas nanopartículas encolheu ou eliminou a maioria dos tumores.

Os pesquisadores agora estão usando as partículas para testar outros alvos potenciais para o câncer de ovário, assim como outros tipos de câncer, incluindo câncer de pâncreas.


Fonte isaude.net

Infecção por parasita comum torna pessoas sete vezes mais propensas ao suicídio

The intracellular parasite Toxoplasma gondii divides by binary fission to create two daughter cells shown here as twins
Toxoplasma gondii
Contaminação por T. gondii leva a produção de metabólitos nocivos que danificam cérebro e aumentam risco de tentativas de suicídio

Cientistas da Michigan State University, nos Estados Unidos, descobriram que um parasita que parece inofensivo e é encontrado em muitas pessoas podem causar mudanças sutis no cérebro que levam a tentativas de suicídio.

A pesquisa mostra que uma infecção causada pelo parasita Toxoplasma gondii provoca inflamação ao longo do tempo, o que produz metabólitos nocivos que danificam células cerebrais e aumentam risco de suicídio em sete vezes.

Cerca de 10 a 20% das pessoas nos Estados Unidos têm Toxoplasma gondii, ou T. gondii, em seus corpos, mas na maioria, o parasita vivia em estado dormente.

"Pesquisas anteriores já haviam encontrado sinais de inflamação no cérebro de vítimas de suicídio e pessoas que lutam contra a depressão, e também há relatos anteriores que ligam Toxoplasma gondii a tentativas de suicídio. Em nosso estudo descobrimos que se uma pessoa é positivo para o parasita, ela é muito mais propensa a tentar suicídio", explica a líder da pesquisa Lena Brundin.

O trabalho de Brundin e seus colegas é o primeiro a medir a pontuação em uma escala de avaliação de risco suicídio de pessoas infectadas com o parasita, alguns dos quais haviam atentado contra a própria vida.

Os resultados mostraram que pessoas infectadas com T. gondii apresnetaram pontuações significativamente mais elevadas na escala, o que é indicativo de uma doença mais grave e maior risco para futuras tentativas de suicídio.

No entanto, Brundin salienta que a maioria das pessoas infectadas com o parasita não vai tentar o suicídio. "Alguns indivíduos podem, por algum motivo, ser mais suscetíveis a desenvolver sintomas", afirma.

T. gondii é um parasita encontrado em células que se reproduz em seu hospedeiro primário, qualquer membro da família dos felinos. Ele é transmitido para os seres humanos principalmente através da água e da ingestão de alimentos contaminados com os ovos do parasita, ou, uma vez que o parasita pode estar presente em outros mamíferos, através da carne crua.

Fonte isaude.net

Como controlar a compulsão por doces?

A compulsão por doces é um problema sério que traz inúmeros prejuízos à saúde das pessoas. Confira dicas que prometem mudar a vida de quem sofre desse problema.

A maioria das pessoas gosta de comer guloseimas, o que é perfeitamente natural. Entretanto, em algumas situações, isso pode se tornar um problema e trazer vários prejuízos à saúde, como acontece com indivíduos portadores de compulsão por doces.

Contornar a situação e acabar de vez com esse mal pode ser um tanto quanto complicado. Contudo, existem algumas dicas que podem ajudar nesse momento.

1. Faça um diário alimentar
A primeira medida a ser tomada por quem desconfia que está abusando na quantidade de doces ingerida, é manter um diário alimentar, que deve contar todos os produtos que são comidos no decorrer do dia, com os devidos horários e quantidades. Essa é a melhor maneira do paciente se conscientizar de que algo está saindo do controle.

2. Opte pelo doce certo
As guloseimas feitas a partir de castanhas e frutas são as melhores, pois além de acabar com a vontade de comer doce, as fibras e gorduras boas presentes nesse alimento diminuem a velocidade com que o açúcar será absorvido no organismo. O resultado é que a glicose acaba sendo liberada aos poucos no organismo, mantendo o desejo por doces sob controle e prevenindo novos ataques.

3. Prefira os sabores fortes
Produtos com o sabor acentuado, como no caso do chocolate meio amargo e da mousse de maracujá e limão, além de apresentarem altas concentrações de antioxidantes, possuem menos açúcar, que é o responsável por estimular a vontade de comer mais.

4. Coma na hora certa
A melhor hora para comer doce é logo após as refeições, pois, por incrível que pareça, é nesse momento que as guloseimas engordam menos. Acontece que as fibras presentes na refeição atuam diminuindo a absorção de açúcar. Outro momento bastante propício é uma hora antes da academia, pois todas as calorias serão queimadas no treino.

5. Fracione as porções e não coma sozinho
Uma dica bem prática para evitar comer demais, é deixar para acabar com aquela guloseima deliciosa quando estiver acompanhada dos amigos. Repartindo o doce com a turma é possível experimentá-lo sem o risco de cair em tentação e exagerar.

6. Acabe com os doces da dispensa
Passar vontade e ser obrigado a conviver com a tentação é uma grande oportunidade para exagerar nos doces. Uma dica simples é acabar de vez com todo o estoque de guloseimas escondidos pela casa. Não vale usar a desculpa de comprar os produtos para o filho ou outro membro da família!

7. Realize substituições inteligentes
É fundamental se alimentar bem desde o café da manhã até o jantar, pois, manter os níveis glicêmicos dentro da normalidade é uma maneira simples de controlar a compulsão por doces, ao passo que ter picos glicêmicos, seguidos por períodos de baixa glicemia, aumenta a vontade de comer açúcar. A dica é incluir alimentos doces, como frutas frescas ou desidratadas, chocolate meio amargo, aveia e mel, geleia e gelatina, ao invés das bombas calóricas como os bolos e sorvetes.

A compulsão por doces é um problema sério que traz inúmeros prejuízos à vida de várias pessoas. Seguir as dicas e ter bastante determinação para mudar de vida é uma maneira eficaz para acabar com o problema e ter mais saúde.

Fonte Mundo das Tribos

Adote 12 medidas para proteger a saúde do coração

Mudanças muito simples mesmo fazem ele bater mais forte

O Ministério da Saúde estima que 31,5% dos óbitos no Brasil são provocados por doenças cardiovasculares, tornando-se a primeira causa de morte entre a população brasileira. A doença mata por ano, 7.6 milhões de pessoas no mundo todo, devido às suas complicações como AVC, infarto, entre outras.

A hipertensão arterial e obesidade são consideradas duas das maiores vilãs da saúde do coração. Segundo dados do Ministério, cerca de 30 milhões de brasileiros têm hipertensão e há outros 12 milhões de brasileiros que ainda não sabem que possuem a doença no Brasil. Quando não controlada, a pressão arterial causa lesões na artéria aorta e provoca a sobrecarga do coração, que fica com o músculo mais rígido, aumenta de tamanho e fica inchado. Já o excesso de peso, principal causador da hipertensão, exige um esforço maior não só do coração, mas também de todo o sistema circulatório, sendo a principal causa do aumento da pressão e podendo levar ao desenvolvimento de insuficiência cardíaca, ou seja, da diminuição da capacidade do coração de cumprir a sua função de bombear efetivamente o sangue, que corre por todo o corpo, alimentando órgãos e tecidos vitais. Por isso, manter hábitos saudáveis é fundamental para blindar o coração. A seguir, confira 12 maneiras de proteger esse órgão vital.

Estresse - Foto: Getty ImagesCombata o estresse. O colesterol alto, que causa a hipertensão e obstrui as artérias do coração, é um dos efeitos do excesso de estresse. A ansiedade aumenta a liberação de cortisol no organismo, hormônio que faz crescer a concentração de glicose no sangue, desencadeando problemas como diabetes, altos níveis de triglicérides e descontrole de colesterol. Cada vez que você fica ansioso, a quantidade de radicais livres que passam a circular no seu organismo aumenta. Com a ansiedade, a presença dos radicais livres no organismo aumenta, podendo gerar o agravamento de problemas cardíacos. Isso porque eles interagem com o colesterol em excesso no organismo, formando placas nas paredes dos vasos sanguíneos, além de piorar certas doenças inflamatórias e causar envelhecimento.
                   
Oléo - Foto: Getty ImagesPrefira os óleos vegetais. Na luta para abaixar os níveis de colesterol, em vez de apenas restringir o consumo dos tradicionais vilões do coração (como as gorduras saturadas), você pode recorrer à ajuda de alguns mocinhos. O óleo de canola e o azeite de oliva são bons exemplos de alimentos que você deve incluir na dieta. Segundo a nutricionista Roberta Stella, as gorduras monoinsaturadas presentes nos dois tipos de óleos vegetais ajudam a reduzir as taxas de LDL, o mal colesterol. Já os óleos vegetais ricos em gorduras poliinsaturadas, como o de soja, girassol e milho, aumentam os níveis de HDL, considerado como bom colesterol. A dica da especialista, portanto, é, além de ficar de olho na quantidade de gorduras saturadas e trans, dar preferência aos alimentos com maior quantidade de gorduras mono e poli-insaturadas.

Carne - Foto: Getty ImagesManeire nas carnes. Principalmente a carne vermelha apresenta uma quantidade maior de colesterol. Ainda mais se conter capas generosas de gordura. Porém, isso não significa que elas devem ser totalmente excluídas do seu cardápio. "Controlando a ingestão dos outros alimentos fontes de colesterol, é possível ingerir carne vermelha até três vezes por semana", diz a nutricionista Roberta Stella. O fato de as carnes vermelhas oferecerem mais colesterol, no entanto, não faz com que os outros tipos de carnes possam ser consumidos à vontade. De acordo com Roberta, as carnes brancas e magras também possuem colesterol e, por isso, devem ser dosadas. "Os alimentos que contêm colesterol devem ser monitorados de uma forma geral. Leve em conta que o total da gordura obtido em um dia deve ser menor que 300 mg", completa. Uma dica: 100 gramas de contra-filé grelhado com gordura contêm 144 mg de colesterol. Sem a gordura, a quantidade diminui para 102 mg.

Açúcar - Foto: Getty ImagesAté o açúcar? Isso mesmo. Um estudo publicado no Journal of American Medical Association sugere que, assim como uma dieta rica em gordura pode aumentar os níveis de triglicerídeos e colesterol, a ingestão de açúcar também pode afetar as taxas de lipídios. Para a realização do estudo, foram analisados os níveis de lipídios no sangue em mais de seis mil homens e mulheres adultos. Os pesquisadores descobriram que pessoas que consumiam mais açúcar tinham maior propensão de ter uma doença cardiovascular. Os cientistas não sabem ao certo que processo está envolvido nessa ligação do açúcar com o colesterol, pois até hoje, o que se sabia era a associação entre o consumo de açúcar e o diabetes. No estudo, o grupo de maior consumo ingeria uma média de 46 colheres de chá de açúcares "escondidos" nos alimentos por dia. O grupo de menor consumo ingeria uma média de apenas cerca de três colheres de chá por dia.

Vegetais - Foto: Getty ImagesVegetais - sempre! Um importante estudo científico divulgado no periódico americano Circulation demonstrou que o consumo de proteínas de origem vegetal está associado à redução da pressão arterial, ao mesmo tempo em que confirmou estudos anteriores de que o consumo total de proteínas não aumenta os níveis de pressão sanguínea. O ácido glutâmico, principal aminoácido encontrado nas proteínas vegetais, é um dos micronutrientes que ajudam a controlar a pressão arterial. Essa é uma das formas de se explicar a razão pela qual os vegetarianos têm menor tendência a desenvolver hipertensão arterial.

Sol - Foto: Getty ImagesVitamina D. Um estudo realizado pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, revelou que 20% dos casos de hipertensão em mulheres estão associados ao descontrole dos níveis da pressão arterial em decorrência da falta de vitamina D no organismo. Este nutriente pode ser encontrado em alimentos como a manteiga, gema de ovo, fígado, entre outros, mas sua principal fonte de absorção é a luz solar. Portanto, 15 minutinhos de exposição ao sol são mais do que recomendados. O nutriente também é importante no processo de absorção de cálcio e fósforo no intestino e na mineralização, ou seja, crescimento e reparo dos ossos.

Sono - Foto: Getty ImagesSono reparador. Estudos recentes apontam que cerca de 40% dos indivíduos hipertensos sofrem também de apneia obstrutiva do sono, alertando para uma relação entre as doenças. A apneia atinge aproximadamente sete em cada 100 pessoas e a incidência é maior no sexo masculino. Estima-se que 24% dos homens de meia-idade e 9% das mulheres são afetados pela apneia. A doença caracteriza-se pelo ronco que segue em um mesmo ritmo, vai ficando mais alto e, de repente, é interrompido por um período de silêncio. Neste momento, a pessoa fica totalmente sem respiração, mas, logo o ronco volta ao ritmo inicial. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), Artur Beltrame Ribeiro, quem sofre de apneia do sono apresenta mais variabilidade da pressão e o aumento está ligado à lesão dos órgãos-alvo, como coração, cérebro e rins. Além disso, uma noite bem dormida tem a ver com viver mais, de acordo com um estudo da Universidade de Warwick e da Universidade Federico II, na Itália. De acordo com os pesquisadores, quem dorme menos de seis horas ou mais de oito ao dia tem 12% a mais de chance de morrer. Com a qualidade do sono prejudicado, crescem os ricos de acidentes, por conta da sonolência, e de ataques cardíacos em função do estresse.

Vinho - Foto: Getty ImagesVinho sim! Um estudo publicado no "Public Library of Science One", mostra que pequenas doses de resveratrol, um tipo de substância antioxidante presente nas uvas, em especial as tintas, protegem o coração contra o envelhecimento e reduzem os níveis de colesterol ruim, o LDL. No entanto, não vale exagerar: uma taça de vinho por dia é suficiente para dar proteger o coração sem maltratar o fígado, por conta do teor alcoólico.

Música - Foto: Getty ImagesOuça a música do coração. Um estudo realizado pela Universidade de Maryland, nos EUA, com 10 participantes que não tinham nenhuma doença aparente constatou que quando eles ouviam por 30 minutos suas músicas preferidas ocorria a dilatação dos vasos sanguíneos. Esse gesto se equipara a reação de uma gargalhada, ao fazer atividades físicas ou quando tomavam medicações para o sangue. O diretor da cardiologia da instituição, Michael Miller, explica que ocorreu um aumento de 26% no diâmetro dos vasos, enquanto ao ouvirem uma música que não agradava ocorria uma redução de 6%. Dessa forma, o sangue flui mais facilmente, reduzindo as chances de formação de coágulos que causam infartos e derrames, além de reduzir os riscos do endurecimento dos vasos, característicos da aterosclerose.

Sal - Foto: Getty ImagesManeire no sal. Pesquisas científicas já comprovaram a relação direta entre o consumo de sódio e a hipertensão arterial. De acordo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o brasileiro consome em média 12 gramas de sal por dia, quando o recomendado seria limitar essa ingestão a 6 gramas. Em geral, a quantidade é alta porque, além do sal contido no alimento industrializado, as pessoas não dispensam apelar para o saleiro durante as refeições. De acordo com a nutricionista Eliane Cristina de Almeida, da Unifesp, o maior perigo do sódio é que ele está escondido nos alimentos. "Alimentos como fast-food, comida congelada, salgadinhos, biscoitos, refrigerantes, cereal matinal, embutidos, chocolate, carne bovina, leite e derivados contém boa quantidade de sódio que não costumamos perceber", diz a especialista.

fio dental - Foto: Getty ImagesUse fio dental. Uma pesquisa feita por cientistas da Itália e do Reino Unido, publicada no site do Jornal da Faseb (do inglês, "The Federation of American Societies for Experimental Biology"), mostra que gengivas infectadas podem ser um fator de risco para desenvolver problemas no coração. De fato, uma adequada higiene dental pode reduzir o risco de aterosclerose, derrame e doenças no coração, independentemente de outras medidas, como o controle do colesterol. "Há muito tempo se suspeita de que a aterosclerose é um processo inflamatório e que a doença periodontal tem um importante papel na aterosclerose", afirma Mario Clerici, pesquisador do estudo.

Peixe - Foto: Getty ImagesDieta mediterrânea. A dieta típica da região banhada pelo Mar Mediterrâneo , ela é conhecida por seus benefícios ao coração. Os principais participantes dos pratos são as gorduras protetoras, que agem contra o desenvolvimento de doenças cardiovasculares , diz a nutricionista do Minha Vida, Roberta Stella. Ela aumenta o nível de colesterol bom (HDL) e diminuir as taxas do colesterol ruim (LDL) do sangue, além de evitar a obstrução das artérias. Dentre as principais características dessa dieta, estão o baixo consumo de carne vermelha, a ingestão de frutas, cereais e nozes, o alto consumo de peixes, o consumo moderado de vinho e o azeite de oliva como fonte de gordura saudável. Além disso, os peixes contêm ômega 3, reconhecido como um nutriente cardioprotetor, isto é, beneficia a saúde cardiovascular.

Fonte Minha Vida

Conheça os benefícios de dez variedades de frutas

Elas são ricas em vitaminas e garantem proteção extra ao organismo

Abacaxi - Foto: Getty ImagesAbacaxi: A bromelina encontrada no abacaxi é capaz de quebrar proteínas em pequenos pedaços, auxiliando na digestão de carnes e outras proteínas



Mamão - Foto: Getty ImagesMamão: A papaína encontrada no mamão é altamente digestiva. Além disso, esta fruta tem excelente poder laxante

Uva - Foto: Getty Images
Uva: Pesquisa realizada pela Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP constatou que o bagaço de uva (casca e semente) reduz o risco de doenças cardiovasculares por ação do resveratrol. A nutricionista Solange Saavedra explica que as uvas contêm quercetina, substância que combate coágulos e inflamações. Também contém flavanóides, que são antioxidantes e combatem o mau colesterol

Morango - Foto: Getty ImagesMorango: Como todas as frutas vermelhas, contém catequinas, um fitonutriente rico em antioxidantes. Frutas vermelhas também são ótimas fontes de polifenóis, substâncias também encontradas nos vinhos e que, segundo estudos científicos, exerce proteção contra doenças vasculares, especialmente às relacionadas ao coração

Goiaba - Foto: Getty ImagesGoiaba: Assim como o tomate, a fruta é rica em licopeno, substância que neutraliza a ação de radicais livres e estimula o sistema imunológico. Estudos apontam o licopeno como redutor de risco de câncer, principalmente de próstata


Limão - Foto: Getty ImagesLimão: Uma pesquisa divulgada no Journal Pharm Biomed Analysis apontou que o limão facilita o metabolismo das gorduras e diminui a síntese de colesterol e de triglicérides. Além disso, é rico em vitamina C, que ajuda na absorção de ferro, é altamente antioxidante e contém limonóides, substâncias potentes no combate ao aparecimento de tumores

Laranja - Foto: Getty ImagesLaranja: Já conhecida por seu alto teor de vitamina C, também são ricas em muitos outros compostos anticancerígenos. Pesquisadores descobriram que as laranjas contêm mais de 170 tipos de fitoquímicos. O consumo regular de laranjas (1 fruta ao dia ou 1 copo de suco) está significativamente associado à menor incidência de câncer de pulmão e estômago

Pera - Getty ImagesPera: Segundo um estudo realizado pelo Instituto de Medicina Social do Rio de Janeiro e publicado no Journal of Nutrition, comer três peras por dia ajuda a eliminar os quilos extras. A fruta é rica em vitamina A, C, vitaminas do complexo B, fibras e água


Melancia - Foto: Getty ImagesMelancia: Rica em betacaroteno, a melancia é uma das frutas que mais contém água e também vitaminas do complexo A e B. Promove uma verdadeira limpeza no sistema digestivo, tanto no intestino, como no estômago


Banana - Foto: Getty ImagesBanana: A fruta mais brasileira de todas não pode faltar no cardápio. Ótima fonte de potássio, ajuda a regular a pressão arterial. Também são ricas em vitaminas do complexo B e C. Além disso, a fruta é ideal para ingerir entre as refeições, quando bate aquela vontade de atacar um doce, já que conta com triptofano, um elemento que aumenta os níveis de serotonina, o hormônio do bem-estar


Fonte Minha Vida

Médicos desfazem principais mitos em torno da homeopatia

Opção terapêutica é uma das que mais crescem no Brasil

Reconhecida como especialidade médica no Brasil desde a década de 80 e incentivada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a ser implantada em todos os sistemas de saúde do mundo, a homeopatia é a opção terapêutica com aceitação cada vez maior entre os brasileiros. Mas é verdade que os tratamentos homeopáticos estiveram sempre à sombra de mitos, que mais atrapalham do que ajudam pessoas que poderiam se beneficiar da homeopatia na hora de buscar tratamento.

Mesmo cercada de informações confusas, "pouquíssimos pacientes abandonam o uso da homeopatia em busca da alopatia, fato que, no caminho contrário, acontece cada vez mais", afirma Yechiel Moises Chencinski, médico pediatra e homeopata.

— Os medicamentos homeopáticos são eficazes tanto em doenças crônicas como em doenças agudas — comenta o especialista Fabio Almeida Bolognani, presidente da Federação Brasileira de Homeopatia (FBH).

Para esclarecer os principais mitos que rondam a opção terapêutica, médicos especialistas e uma farmacêutica do maior fabricante mundial desses medicamentos ajudam a esclarecer os mitos sobre o tratamento homeopático.

:: Medicamentos homeopáticos são apenas bolinhas de açúcar. Não fazem efeito.
Segundo o Chencinski, os remédios homeopáticos, assim como os alopáticos, utilizam o efeito placebo em suas composições. No entanto, não são compostos de bolinhas de açúcar: são medicamentos com princípios ativos ultradiluídos

:: A homeopatia só é eficiente em doenças crônicas.
A médica pediatra Geisa Quental explica que não existe essa diferença. Tanto as doenças crônicas quanto agudas podem ser tratadas pela homeopatia com rapidez.

:: Quem adere à homeopatia não deve fazer tratamentos alopáticos, para não misturar as coisas.
Segundo Zan Mustachi, médico geneticista e pediatra e diretor-clínico do Centro de Estudos e Pesquisas Clínicas de São Paulo, essa afirmação não é verdadeira. Tanto a concomitância quanto qualquer cambialidade entre alopatia e homeopatia são aceitas.

:: Homeopatia só pode ser considerada uma medicina preventiva.
Fabio Bolognani, da FBH, esclarece que, na verdade, quando falamos em doenças crônicas, as formas de tratamento em geral tendem a ser preventivas.

:: Para a homeopatia, as doenças somente surgem quando há um desequilíbrio emocional.
As doenças podem ter causas externas também, como no caso de uma contaminação ou um acidente. O que a homeopatia acredita é que sintomas emocionais compõem o conjunto sintomático que, se não levado em conta, torna o tratamento parcial.

:: Não é fácil tratar com homeopatia porque tem que tomar bolinhas de hora em hora.
Cada tratamento varia de acordo com a necessidade do paciente. Dependendo do grau de intensidade e dos sintomas da doença, o estímulo ao sistema imunológico deve ser mais ou menos frequente.

:: O tratamento é muito longo.
Cada caso é um caso e requer um tipo de tratamento. Dependendo da doença, pode ser necessário um tratamento por tempo prolongado para retornar o paciente ao seu equilíbrio, sem necessidade de usar qualquer medicamento continuadamente, explica Chencinski.

Fonte Zero Hora

Especialista diz que é possível escolher o sexo do bebê

Ponto-chave é que espermatozoide masculino é mais rápido mas vive menos que o feminino

Especialista em biologia molecular, a bioquímica Carolina Ynterian, da fabricante de autotestes Confirme, afirma que é possível escolher o sexo do bebê se o casal souber exatamente o dia da ovulação.

Segundo ela, sabe-se atualmente que o sexo do bebê é determinado pelo espermatozoide. Homens produzem espermatozoides masculinos (Y) e femininos (X). Assim, dependendo da combinação com o óvulo, que é X, o bebê será menino (XY) ou menina (XX).

Para escolher o sexo, portanto, bastaria induzir uma das duas combinações. E isso pode ser feito com base no dia em que o casal tem a relação sexual, já que estudos na área de fertilidade demonstraram que o espermatozoide masculino tende a ser mais rápido que o feminino.

Ou seja, se a mulher quiser engravidar de um menino, o correto é ter relações sexuais no dia em que está ovulando. Apesar de mais rápido, o espermatozoide masculino tem vida mais curta. Por isso, para chegar até o óvulo, é necessário que ele esteja o mais perto possível.

Já para engravidar de uma menina, o mais indicado é ter relações sexuais algum tempo antes da ovulação para que o espermatozoide feminino, que é mais lento, sobreviva e chegue até o óvulo. Nesse caso, os espermatozoides masculinos teriam morrido antes de alcançar o óvulo.

Fonte Zero Hora

Sono tem efeito protetor contra o câncer, diz oncologista

Tempo de descanso interfere na secreção da melatonina, que possui propriedades anticarcinogêneses e antioxidantes

Uma boa noite de sono pode ser um fator de proteção contra o câncer. Segundo o oncologista e pesquisador Stephen Stefani, do Instituto do Câncer Mãe de Deus, evidências revelam que há uma ligação entre a produção de melatonina e o risco de desenvolvimento de câncer, especialmente o de mama e próstata.

— Os indivíduos com menor tempo de sono noturno experimentam uma supressão da secreção da melatonina, que possui propriedades anticarcinogêneses e antioxidantes — explica o médico.

A melatonina é um hormônio produzido principalmente pela glândula pineal, localizada no cérebro, mas também por outras partes do corpo, incluindo os olhos, a medula óssea, o trato gastrointestinal, a pele e os linfócitos. Está envolvida na facilitação do sono, no crescimento e na função imune. Essa substância pode diminuir com a idade e sofre efeitos da luminosidade. Nos humanos, o cérebro identifica a variação da luminosidade e prepara o organismo para o sono durante a noite.

— Fotorreceptores não-visuais da retina identificam os períodos de iluminação do ambiente; e, através da glândula pineal, a melatonina é secretada à noite, especialmente durante o sono — esclarece Stephen.

Com o advento de novas tecnologias, especialmente a internet, há uma tendência de uma menor quantidade de sono diário na atualidade. Com isso, as pessoas podem estar perdendo a proteção ao câncer que o sono pode proporcionar através da produção da melatonina. Assim, a quantidade diária de sono deve ser preservada.

— A necessidade diária de sono varia conforme a idade e individualmente. Bebês chegam a dormir 18 horas por dia, mas os adultos necessitam em torno de sete a oito horas diárias — recomenda o oncologista.

Dicas para um sono reparador
:: Mantenha o quarto com iluminação reduzida, sem ruídos e com uma temperatura agradável.

:: Tenha um horário regular para dormir diariamente.

:: Algumas horas antes de dormir, busque atividades relaxantes e evite as que possam ser estimulantes, como fazer exercícios, usar a internet ou assistir a alguns tipos de filmes.

:: Antes de dormir, não consuma bebidas estimulantes, como café.

Fonte Zero Hora

Engasgar com alimentos, líquidos ou pequenos objetos exige atenção

Agir rápido e corretamente faz toda a diferença para solucionar o problema

Nada mais constrangedor do que estar à mesa, degustando uma deliciosa refeição, e perceber que aquele pedaço de comida ou um simples gole d'água entrou "pelo canal errado". Face avermelhada, tosse e falta de ar são reflexos naturais de uma situação pra lá de comum, mas que são eficientes armas do organismo para expulsar o alimento da garganta e colocá-lo no caminho certo para o estômago.

Porém, nem sempre a história acima se repete sem problemas e fica só na vergonha do engasgo. Nesta semana, um fato inusitado ocorrido em Porto Alegre chamou atenção para o quanto precisamos cuidar ao satisfazer uma de nossas necessidades mais triviais: comer. O empresário aposentado de 81 anos, que comemorava o Dia dos Pais com a família em uma churrascaria, só foi salvo pela sorte do destino. Um cirurgião almoçava no mesmo restaurante e conseguiu realizar uma traqueostomia de urgência, usando apenas uma caneta e faca comum.

— O que deve ser salientado é que este é um procedimento de extrema urgência, que apenas deve ser feito por pessoas habilitadas e após todas as tentativas de reanimação — afirma o tenente Miguel Ribeiro, oficial do 1° Comando Regional dos Corpos dos Bombeiros da Capital, que há 24 anos convive com emergências deste tipo.

Ar e alimentos em caminhos distintos
Engasgar com algum alimento, bebida ou qualquer outro objeto é fato comum em crianças e idosos, mas vale salientar o perigo para qualquer pessoa, de qualquer idade. Tudo ocorre em função da faringe, que é a porta de entrada tanto da alimentação quanto da respiração. A comida e o ar devem seguir rumos distintos. Para isso, são orientados pela epiglote, uma espécie de "tampa" localizada na garganta, que abre e fecha involuntariamente. E é aí que mora o perigo: quando esse mecanismo falha, a epiglote abre no momento errado e é dirigido para a laringe, provocando o indesejável engasgamento.

E, nesta hora, como agir?
Segundo Júlio Pereira Lima, membro da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed) e professor da Santa Casa de Misericórdia e da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), erros muito comuns são cometidos na hora do socorro:

— É preciso ficar atento para o local no qual o alimento está estacionado. A Manobra de Heimlich (pressão sobre o final do diafragma, fazendo com que corpos estranhos sejam expulsos da traqueia) não adianta caso ele já esteja no esôfago, no nível da aorta. Levar imediatamente a pessoa ao hospital é vital, pois somente com um endoscópio o especialista pode verificar em qual local o corpo estranho se alojou e retirá-lo sem comprometer o aparelho digestivo ou qualquer outro órgão.

O chefe do setor de gastroenterologia da Santa Casa e médico do Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre Geraldo Druck Sant'Anna também salienta a importância de chamar a ambulância ou encaminhar a vítima ao hospital imediatamente.

— Em alguns casos, o tempo é curtíssimo. Mas felizmente, os casos fatais são raros — lembra.

Dentadura, espinha de peixe e Playmobil
Em cerca de 90% dos casos, quem chega ao hospital para retirar objetos da via respiratória são crianças. Moedas, bolinhas de gude e peças de brinquedos soltas são as campeãs a serem resgatadas. Não raro, é preciso fazer cirurgias para evitar complicações.

— De uma a duas vezes por mês, pelo menos, entro em bloco cirúrgico para remover corpos estranhos trancados no esôfago, que vão de próteses dentárias mal presas a até Playmobil — afirma o gastroenterologista Sant'Anna.

No caso das crianças, o especialista diz que é essencial evitar dar, antes dos sete anos de idade (quando ocorre a maior parte dos casos de engasgamento), alimentos como pipoca, amendoim e frutas com o bagaço.

Para os adultos, a dica é checar a integridade das dentaduras e próteses dentárias e, ainda, controlar a ansiedade ao sentar à mesa: a pressa, sem dúvida, é inimiga da boa digestão — que, não custa lembrar: começa na boca.

Números
Como não existe Classificação Internacional de Doenças (CID) para engasgamentos, não há registros específicos dos casos no Brasil. Porém, em Porto Alegre, apenas no ano passado, 5.160 pessoas foram atendidas no HPS para retirada de corpos estranhos, excluindo os registros dos corpos estranhos nos olhos, ocorrência mais comum (7.658 casos em 2011).

De 1° de janeiro a 30 de abril deste ano, 2.775 pessoas foram atendidas no HPS para este tipo de procedimento. Os últimos dados do Ministério da Saúde apontam que, em 2008, 754 crianças de até 14 anos morreram vítimas de sufocamento no Brasil, das mais variadas formas.

CRIANÇAS
:: Moedas

:: Bolas de gude

:: Botões de roupas

:: Pipoca e amendoim

:: Partes de brinquedos

:: Pilhas e baterias

:: Parafusos

:: Balas

ADULTOS
:: Ossos de galinha e de porco

:: Espinha de peixe

:: Caroços de frutas

:: Chapas e próteses dentárias

OBJETOS BIZARROS JÁ ENCONTRADOS

:: Tubo de pasta de dentes inteiro

:: Tampa de perfume

:: Chave de fenda

:: Apito

:: Garfo

:: Faca

:: Celular

:: Brincos

:: Tampa de garrafa

Como pedir ajuda

192 — Samu

193 — Bombeiros

Fonte Zero Hora

Estudo aponta que o número de fumantes aumentou em países em desenvolvimento

De acordo com a publicação, em nações de baixa renda, as políticas de combate ao tabaco são ínfimas

O uso de tabaco cresce fortemente nos países em desenvolvimento, onde a maior preocupação é o aumento do consumo entre as mulheres, advertiu um estudo publicado na edição desta sexta-feira da revista científica The Lancet.

A consulta foi realizada em 16 países onde vivem três bilhões de pessoas, entre eles o Brasil, e revelou que 48,6% dos homens e 11,3% das mulheres fazem uso do tabaco, principalmente nas nações menos desenvolvidas, onde cada vez mais meninas começam a fumar cedo e frequentemente na mesma idade que os meninos. Os dados coletados abarcaram os hábitos de consumo de tabaco entre pessoas com 15 anos ou mais em Brasil, Bangladesh, China, Egito, Índia, México, Filipinas, Tailândia, Turquia, Ucrânia e Vietnã, bem como Grã-Bretanha, Polônia, Rússia e Estados Unidos entre 2008 e 2010.

A consulta abrangeu usos diferenciados do tabaco, em pó, para fumar e mastigável, um carcinogênico oral que é especialmente popular na Índia, com 205 milhões de usuários. No topo da lista aparece a Rússia, onde 39,1% de todos os jovens com mais de 15 anos usaram tabaco, seguida de Turquia (31,2%), Polônia (30,3%), Filipinas (28,2%) e China (28,1%). Comparativamente, a prevalência na Grã-Bretanha foi de 21,7% e nos Estados Unidos, de 19,9%.

Segundo o estudo, liderado por Gary Givino, da Universidade de Buffalo, no estado de Nova York, as políticas para desencorajar ou restringir o tabagismo foram tímidas e fracassaram em muitos países. Em nações de baixa renda, para cada US$ 9.100 obtidos em impostos sobre o tabaco, apenas U$ 1 foi gasto no controle do tabagismo.

Atualmente, a proporção de mortes relacionadas ao tabagismo é maior nos países desenvolvidos, onde 18% dos óbitos são atribuídos ao uso do tabaco contra 11% em países de renda média e 4% naqueles de renda baixa. Mas as taxas de consumo de tabaco têm subido de forma constante nos países mais pobres e caído nos países ricos, o que provocará uma troca de posições, destacou o estudo. Se forem mantidas as tendências atuais, um bilhão de pessoas poderão morrer prematuramente devido ao tabagismo neste século, acrescentou o estudo, citando estimativas de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Fonte Zero Hora

PortoAlegre: Pesquisas sobre transtornos alimentares e ansiedade na infância recrutam voluntários

Estudos avaliam tratamento adequado para crianças e adolescentes

O Programa de Transtornos Alimentares do Hospital de Clínicas de Porto Alegre está selecionando adolescentes de 12 a 17 anos que apresentam sintomas como o desejo de perder peso, mesmo quando não há necessidade evidente, a realização de atividades físicas em excesso para a perda de peso, o uso de laxantes ou a provocação de vômitos para emagrecer. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (51) 3359-8711, com Ricardo.

O hospital realiza, também, um estudo para avaliar o tratamento da ansiedade na infância. Para o desenvolvimento da pesquisa, estão sendo selecionadas crianças entre sete e 11 anos, que têm dificuldade ou medo de se afastar dos pais, preocupam-se excessivamente ou são muito tímidas. Informações sobre o projeto e agendamento de entrevistas pelo telefone (51) 3359-8983, das 14h às 17h, ou pelo celular (51) 9312-0102.

Fonte Zero Hora

Síndrome de Asperger

Síndrome de Asperger é uma síndrome do espectro autista, diferenciando-se do autismo clássico por não comportar nenhum atraso ou retardo global no desenvolvimento cognitivo ou da linguagem do indivíduo. A validade do diagnóstico de SA como condição distinta do autismo é incerta, tendo sido proposta a sua eliminação do "Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais" (DSM), sendo fundida com o autismo.
 
A SA é mais comum no sexo masculino. Quando adultos, muitos podem viver de forma comum, como qualquer outra pessoa, entretanto, além de suas qualidades, sempre enfrentarão certas dificuldades peculiares à sua condição. Há indivíduos com Asperger que se tornaram professores universitários (como Vernon Smith, "Prémio Nobel" de Economia de 2002).
 
Um dos primeiros usos do termo "síndrome de Asperger" foi por Lorna Wing em 1981 num jornal médico, que pretendia desta forma homenagear Hans Asperger, um psiquiatra e pediatra austríaco cujo trabalho não foi reconhecido internacionalmente até a década de 1990. A síndrome foi reconhecida pela primeira vez no DSM, na sua quarta edição, em 1994 (DSM-IV).
 
Algumas características dos Aspergers são: dificuldade de interação social, dificuldades em processar e expressar emoções (este problema leva a que as outras pessoas se afastem por pensarem que o individuo não sente empatia), interpretação muito literal da linguagem, dificuldade com mudanças em sua rotina, pessoas desconhecidas, ou que não vêem há muito tempo, comportamentos estereotipados. No entanto, isso pode ser conciliado com desenvolvimento cognitivo normal ou alto.
 
Alguns estudiosos afirmam que grandes personalidades da História possuíam fortes traços da síndrome de Asperger,como os físicos Isaac Newton e Albert Einstein, o compositor Mozart[carece de fontes], os filósofos Sócrates[carece de fontes], John Kimble e Wittgenstein, o naturalista Charles Darwin, o pintor renascentista Michelangelo, os cineastas Stanley Kubrick, Andy Warhol e Tim Burton, o cantor britânico Gary Numan, o enxadrista/xadrezista Bobby Fischer, o empresário/filantopro Bill Gates, o programador Mark Zuckerberg[carece de fontes] e o jovem surfista Clay Marzo.
 
Todo 18 de fevereiro celebra-se o Dia Internacional da Síndrome de Asperger, data do nascimento de Hans Asperger, que deu nome à síndrome.
 
Classificação e diagnóstico
A Síndrome de Asperger é definida na seção 299.80 do DSM-IV por seis critérios principais, que definem a síndrome como uma condição com as seguintes características:
  • Prejuízo severo e persistente na interação social;
  • Desenvolvimento de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades;
  • Prejuízo clinicamente significativo nas áreas social, ocupacional ou outras áreas importantes de funcionamento;
  • Nenhum atraso significativo no desenvolvimento da linguagem;
  • Não há atrasos clinicamente significativos no desenvolvimento cognitivo ou no desenvolvimento de habilidades de auto-ajuda apropriadas à idade, comportamento adaptativo (em outra área que não na interação social) e curiosidade acerca do ambiente na infância.
  • A não satisfação dos critérios para qualquer outro transtorno invasivo do desenvolvimento específico ou esquizofrenia.
A Síndrome de Asperger é um transtorno do espectro do autismo (ASD em inglês), uma das cinco condições neurológicas caracterizadas por diferenças na aptidão para a comunicação, bem como padrões repetitivos ou restritivos de pensamento e comportamento. Os quatro outros transtornos ou condições são autismo, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância e PDD não especificado (PDD-NOS - transtorno invasivo do desenvolvimento sem outra especificação).
 
O diagnóstico da SA é complexo, em virtude de que mesmo através do uso de vários instrumentos de avaliação não existe um exame clínico que a detecte. Os critérios de diagnóstico do Diagnostic and Statistical Manual norte-americano são criticados por serem vagos e subjetivos.Outros conjuntos de critérios de diagnóstico para a SA são o CID 10 da OMS, o de Szatmari, o de Gillberg, e Critério de Descoberta de Attwood & Gray. A definição CID-10 tem critérios semelhantes aos da versão DSM-IV. A Sindróme de Asperger foi em tempos chamada Psicopatia Autista e Transtorno Esquizóide da Infância, apesar de tais termos serem atualmente entendidos como arcaicos e imprecisos, e portanto não mais aceitos no uso médico.
 
Um diagnóstico válido?
Há grande controvérsia se a SA é um transtorno distinto e separada ou se é equivalente ao Autismo de alta funcionalidade, ou mesmo a outras condições (como o Transtorno de personalidade esquizoide.
 
O diagnóstico da SA em indivíduos adultos é uma tarefa difícil e imprecisa, uma vez que indivíduos adultos com SA ou AAF já aprenderam de forma racional a mascarar os seus erros sociais. Quando distraídos, demonstram os sintomas da SA, mas se concentrados em uma interação social específica, como o relacionamento com o psiquiatra ou psicólogo, no momento do teste, podem se comportar de forma aparentemente normal.
 
Além disso, há pouco acordo entre os vários critérios de diagnóstico da síndrome. Um estudo realizado em 2008 comparando quatro conjuntos de critérios (DSM, CID, Gillberg e Szatmari) concluiu que o diagnóstico apenas coincidia em 39% dos casos.
 
Os diagnósticos de SA e AAF são usados indistintamente, complicando as estimativas de prevalência: a mesma criança pode receber diferentes diagnósticos, dependendo do método aplicado pelo médico, e vários estudos indicam que quase todas as crianças diagnosticadas com "Síndrome de Asperger" têm na realidade autismo, e não SA tal como é definida pelo DSM-IV.
 
Por outro lado, também tem sido argumentado que o diagnóstico de Síndrome de Asperger tornou mais confusa a fronteira entre o autismo e a simples excentricidade, e que, sobretudo quanto o diagnóstico é feito por profissionais pouco preparados, haverá vários casos de falsos positivos.
 
Em 2010, a American Psychiatric Association divulgou a proposta para o DSM-V, onde a Síndrome de Asperger desaparece como diagnóstico distinto, passando a estar incluída no autismo.
 
Características
A SA é caracterizada por:
  • Interesses específicos e restritos ou preocupações com um tema em detrimento de outras atividades;
  • Rituais ou comportamentos repetitivos;
  • Peculiaridades na fala e na linguagem;
  • Padrões de pensamento lógico/técnico extensivo;
  • Comportamento social e emocionalmente impróprio e problemas de interação interpessoal;
  • Problemas com comunicação;
  • Habilidade de desenhar para compensar a dificuldade de se expressar verbalmente;
  • Transtornos motores, movimentos desajeitados e descoordenados.
  • Frequentemente, por um Q.I. verbal significativamente mais elevado que o não-verbal
 
As características mais comuns e importantes da SA podem ser divididas em várias categorias amplas: as dificuldades sociais, os interesses específicos e intensos, e peculiaridades na fala e na linguagem. Outras características são comumente associadas com essa síndrome, mas nem sempre tomadas como necessárias ao diagnóstico. Esta seção reflete principalmente as visões de Attwood, Gillberg e Wing sobre as características mais importantes da SA; os critérios DSM-IV representam uma visão ligeiramente distinta. Diferentemente da maioria dos tipos de TDI, a SA é geralmente camuflada, e muitas pessoas com o transtorno convivem razoavelmente com os que não têm, tornando-se difícil para um leigo detectar. Os efeitos da SA dependem de como o indivíduo afetado responde à própria síndrome.
 
Diferenças sociais
Apesar de não haver uma única distinção comum a todos os portadores de SA, as dificuldades com o convívio social são praticamente universais e, portanto, também são um dos critérios definidores mais relevantes. As pessoas com SA não têm a habilidade natural de enxergar os subtextos da interação social e podem não ter capacidade de expressar seu próprio estado emocional, resultando em observações e comentários que podem soar ofensivos apesar de bem-intencionados, ou na impossibilidade de identificar o que é socialmente "aceitável". As regras informais do convívio social que angustiam os portadores de SA são descritas como "o currículo oculto". Os Aspergers precisam aprender estas aptidões sociais intelectualmente de maneira clara, seca, lógica como matemática, em vez de intuitivamente por meio da interação emocional normal.
 
Os não-autistas são capazes de captar informação sobre os estados cognitivos e emocionais de outras pessoas baseadas em "pistas" deixadas no ambiente social e em traços como a expressão facial, linguagem corporal, humor e ironia. Já os portadores de SA não têm essa capacidade, o que é às vezes chamado de "cegueira emocional". Este fenômeno também é considerado uma carência de teoria da mente. Sem isso, os indivíduos com SA não conseguem reconhecer nem entender os pensamentos e sentimentos dos demais. Desprovidos dessa informação intuitiva, não podem interpretar nem compreender os desejos ou intenções dos outros e, portanto, são incapazes de prever o que se pode esperar dos demais ou o que estes podem esperar deles. Isso geralmente leva a comportamentos impróprios e pouco sociais. No texto Asperger's Syndrome, Intervening in Schools, Clinics, and Communities, Tony Attwood categoriza as várias maneiras que a carência de "teoria da mente" ou abstração podem afetar negativamente as interações sociais dos Aspergers:

1.Dificuldade em compreender as mensagens transmitidas por meio da linguagem corporal - pessoas com SA geralmente não olham nos olhos e, quando olham, não conseguem "ler" as intenções do outro.

2.Interpretar as palavras sempre em sentido denotativo - indivíduos com SA têm dificuldade em identificar o uso de coloquialismos, ironia, gírias, sarcasmo e metáforas.

3.Ser considerado grosso, rude e ofensivo - propensos a comportamento egocêntrico, Aspergers não captam indiretas e sinais de alertas de que seu comportamento é inadequado à situação social.

4.Aperceber-se de erros sociais - à medida que os Aspergers amadurecem e se tornam cientes de sua "cegueira emocional", começam a temer cometer novos erros no comportamento social, e a autocrítica em relação a isso pode crescer a ponto de se tornar fobia.

5.Desinteresse - desinteresse em ter de fazer coisas novas, ou passar por outras experiências

6.Exaustão - quando um indivíduo com Síndrome de Asperger começa a entender o processo de abstração, precisa treinar um esforço deliberado e continuado para processar informações de outra maneira. Isto muito freqüentemente leva a exaustão mental.

7.Dificuldades em relacionamentos - sente dificuldade em fazer amigos, conseguir parceiros para uma relação, podendo passar anos sem se relacionar com ninguém ou até mesmo nunca, demostrando desinteresse sexual e afetivo por outrem.

8.Comportamento Variável - muitas vezes, um Asperger pode se comportar ora como uma pessoa adulta, ora como uma criança, variando aleatoriamente.

9.Paranoia - por causa da "cegueira emocional", pessoas com SA têm problemas para distinguir a diferença entre atitudes deliberadas ou casuais dos outros, o que, por sua vez, pode ser erroneamente interpretado pelos de fora como "paranoia".

10.Lidar com conflitos - ser incapaz de entender outros pontos de vista pode levar à inflexibilidade e a uma incapacidade de negociar soluções de conflitos. Uma vez que o conflito se resolva, o remorso pode não ser evidente.

11.Consciência de magoar os outros - uma falta de empatia em geral leva a comportamentos ofensivos ou insensíveis não-intencionais.

12.Consolar os outros - como carecem de intuição sobre os sentimentos alheios, pessoas com Síndrome de Asperger têm pouca compreensão sobre como consolar alguém ou fazê-los se sentirem melhor.

13.Reconhecer sinais de enfado - a incapacidade de entender os interesses alheios pode levar Aspergers a serem incompreensíveis ou desatentos. Na mão inversa, pessoas com Síndrome de Asperger geralmente não percebem quando o interlocutor está entediado ou desinteressado.

14.Introspecção e autoconsciência' - indivíduos com Síndrome de Asperger têm dificuldade de entender seus próprios sentimentos ou o seu impacto nos sentimentos alheios.

15.Vestimenta e higiene pessoal - pessoas com Síndrome de Asperger tendem a ser menos afetadas pela pressão dos semelhantes do que outras. Como resultado, geralmente fazem tudo da maneira que acham mais confortável, sem se importar com a opinião alheia. Isto é válido principalmente em relação à forma de se vestir e aos cuidados com a própria aparência.

16.Amor e rancor recíproco - como Aspergers reagem mais pragmaticamente do que emocionalmente, suas expressões de afeto e rancor podem ser curtas e fracas.

17.Compreensão de embaraço e passo em falso - apesar do fato de pessoas com Síndrome de Asperger terem compreensão intelectual de constrangimento e gafes, são incapazes de aplicar estes conceitos no nível emocional.

18.Lidar com críticas - pessoas com Síndrome de Asperger sentem-se forçosamente compelidas a corrigir erros, mesmo quando são cometidos por pessoas em posição de autoridade, como um professor ou um chefe. Por isto, podem parecer imprudentemente ofensivos.

19.Velocidade e qualidade do processamento das relações sociais - como respondem às interações sociais com a razão, e não intuição, Aspergers tendem a processar informações de relacionamentos muito mais lentamente do que o normal, levando a pausas ou demoras desproporcionais e incômodas.
 
Uma pessoa com Síndrome de Asperger pode ter problemas em compreender as emoções alheias: as mensagens passadas pela expressão facial, olhares e gestual têm um impacto baixo, mas não nulo (como no caso oposto, dos psicopatas). Eles também podem ter dificuldades em demonstrar empatia. Assim, Aspergers podem parecer egoístas, egocêntricos ou insensíveis, quando na realidade não o são. Na maioria dos casos, estas percepções são injustas porque os portadores da Síndrome são neurologicamente incapazes de entender os estados emocionais das pessoas à sua volta. Eles geralmente ficam chocados, irritados e magoados quando lhes dizem que suas ações são ofensivas ou impróprias. É evidente que pessoas com SA têm emoções. Mas a natureza concreta dos laços emocionais que venham a ter (ou seja, com objetos em vez de pessoas) pode parecer curiosa ou até ser uma causa de preocupação para quem não compartilha da mesma perspectiva.
 
O problema pode ser exacerbado pelas respostas daqueles neurotípicos que interagem com portadores de SA. O aparente desapego emocional de um Asperger pode confundir e aborrecer uma pessoa neurotípica, que, por sua vez, pode reagir ilógica e emocionalmente — reações que Aspergers especialmente não toleram. Isto pode gerar um círculo vicioso e às vezes desequilibra particularmente famílias de pessoas Aspergers.
 
O fato de não conseguir demonstrar afeto — pelo menos de modo convencional — não significa necessariamente que pessoas com SA não sintam afeto. A compreensão disto pode ajudar parceiros ou convíveres a se sentir menos rejeitados e mais compreensivos. O aumento da compreensão também pode resultar de leitura e pesquisa sobre a Síndrome e outros transtornos comórbidos. Às vezes, ocorre o problema oposto: a pessoa com SA é anormalmente afeiçoada a alguém e não consegue captar ou interpretar sinais daquela pessoa, causando aborrecimento.
 
Outro aspecto importante das diferenças sociais encontradas em Aspergers é uma fraqueza na coerência central do indivíduo. Pessoas com essa característica podem ser tão focadas em detalhes que não conseguem compreender o conjunto. Uma pessoa com coerência central fraca pode lembrar de uma história minuciosamente, mas ser incapaz de fazer um juízo de valor sobre a narrativa. Ou pode entender um conjunto de regras detalhadamente, mas ter dúvidas de como aplicá-las. Frith e Happe exploram a possibilidade de que a atenção a detalhes seja uma abordagem em vez de deficiência. Certamente, parece haver várias vantagens em orientar-se por detalhes, particularmente em atividades e profissões que requeiram alto nível de meticulosidade. Também pode-se entender que isto cause problemas se a maior parte dos não-autistas for capaz de transitar fluidamente entre a abordagem detalhista e a generalista.
 
Diferenças de fala e linguagem
Pessoas com SA tipicamente tem um modo de falar altamente "pedante", usando um registro formal muitas vezes impróprio para o contexto. Uma criança de cinco anos de idade com essa condição pode falar regularmente como se desse uma palestra universitária, especialmente quando discorrer sobre seu(s) assunto(s) de interesse.
 
A interpretação literal é outro traço comum, embora não universal, da Síndrome de Asperger. Attwood dá o exemplo de uma menina com SA que um dia atendeu ao telefone e perguntaram “O Paul está aí?”. Embora o Paul em questão estivesse em casa, não estava no mesmo cômodo que ela. Assim, após olhar em volta para se certificar disso, a menina simplesmente respondeu "Não" e desligou. A pessoa do outro lado da linha teve de ligar novamente e explicar a ela que queria que a menina encontrasse o Paul e passasse o telefone a ele.
 
Indivíduos com SA podem usar palavras idiossincráticas, incluindo neologismos e justaposições incomuns. Isto pode tornar-se um raro dom para humor (especialmente trocadilhos, jogos de palavras e sátiras). Uma fonte potencial de humor é a percepção eventual de que suas interpretações literais podem ser usadas para divertir os outros. Alguns são tão apurados no domínio da língua escrita que podem ser considerados hiperléxicos. Tony Attwood cita a habilidade de uma criança em particular de inventar expressões, por exemplo, “tirar o pingo dos is” (o oposto de botar o pingo nos is) ou dizer que seu irmão bebê está “escangalhado” por não poder andar nem falar.
 
Outros comportamentos típicos são ecolalia (repetição ou eco da fala do interlocutor) e palilalia (repetição de suas próprias palavras).
 
Um estudo de 2003 investigou a linguagem escrita de crianças e adolescentes com SA. As amostras foram comparadas aos seus pares neurotípicos num teste padronizado de escrita e legibilidade da caligrafia. Nas técnicas de escrita, não foram encontradas diferenças significativas entre os padrões de ambos os grupos; entretanto, na caligrafia, os participantes com SA produziram letras e palavras consideravelmente menos legíveis do que as do grupo neurotípico. Outra análise de exemplos de texto escrito constatou que pessoas com Asperger produzem quantidade de texto similar às dos neurotípicos, mas têm dificuldade em produzir escrita de qualidade.
 
Tony Attwood afirma que um professor pode gastar tempo considerável interpretando e corrigindo o garrancho indecifrável de uma criança com Asperger. A criança também é ciente da qualidade inferior de sua caligrafia e pode relutar em participar de atividades que envolvam trabalho manuscrito extensivo. Infelizmente para alguns adultos e crianças, os professores colegiais e os potenciais empregadores podem considerar a precisão da caligrafia como medida da inteligência e personalidade. A criança pode requerer assistência de terapia ocupacional e exercícios corretivos, mas a tecnologia moderna pode ajudar minimizar este problema. O pai ou monitor pode também atuar como redator ou revisor da criança para assegurar a legibilidade das respostas nos deveres de casa
 
Interesses específicos e intensos
A Síndrome de Asperger na criança pode se desenvolver como um nível de foco intenso e obsessivo em assuntos de interesse, muitos dos quais são os mesmos de crianças normais. A diferença de crianças com SA é a intensidade incomum desse interesse. Alguns pesquisadores sugeriram que essas "obsessões" são essencialmente arbitrárias e carecem de qualquer significado ou contexto real. No entanto, uma pesquisa de 1999 sugere que geralmente não é esse o caso.
 
Algumas vezes, os interesses são vitalícios; em outros casos, vão mudando a intervalos imprevisíveis. Em qualquer caso, são normalmente um ou dois interesses de cada vez. Ao perseguir estes interesses, portadores de SA freqüentemente manifestam argumentação extremamente sofisticada, um foco quase obsessivo e uma memória impressionantemente boa para dados factuais (ocasionalmente, até memória eidética). Hans Asperger chamava seus jovens pacientes de "pequenos professores" por que ele achava que seus pacientes tinham como compreensão um entendimento de seus campos de interesse assim como os professores universitários.
 
Pessoas com Síndrome de Asperger podem ter pouca paciência com coisas fora destes campos de interesse específico. Na escola, podem ser considerados inaptos ou superdotados altamente inteligentes, claramente capazes de superar seus colegas em seu campo do interesse, e ainda assim constantemente desmotivados para fazer deveres de casa comuns (às vezes até mesmo em suas próprias áreas de interesse). Outros podem ser hipermotivados para superar os colegas de escola. A combinação de problemas sociais e de interesses específicos intensos pode conduzir ao comportamento incomum, tal como abordar um desconhecido e iniciar um longo monológo sobre um assunto de interesse especial em vez de se apresentar antes da maneira socialmente aceita. Entretanto, em muitos casos os adultos podem superar estas impaciências e falta de motivação e desenvolver mais tolerância às novas atividades e a conhecer pessoas.
 
Funcionamento Executivo
Alguns podem argumentar que, como o autismo é um transtorno complexo, pode não ser normal procurar uma deficiencia primária; e sim, talvez o autismo é um distúrbio influenciado por inúmeras deficiencias primárias [40]. Um recente entendimento em torno do transtorno do espectro do autismo, é que os difíceis desafios sociais e não sociais com quais uma pessoa que sofre de autismo tem de lidar, podem ser causados devido a um problema no funcionamento executivo da pessoa . É comum para pessoas com síndrome de Asperger ter problema com as suas habilidades de funcionamento executivo. Funcionamento Executivo é definido como a capacidade de uma pessoa de (1) gerir o seu foco de atenção (2) estar atento e consciente a diferentes estímulos e (3) bem como priorizar estes estímulos de acordo com sua relevância e importância em um momento específico. Funcionamento Executivo também pode ser definido como a capacidade de uma pessoa de manter razoáveis habilidades de resolução de problemas para ajudar a si mesmo alcançar determinados objetivos no futuro, incluindo comportamentos como o planejamento, a flexibilidade de pensamentos e ações, e busca organizada.
 
Ao se comunicar com crianças com Síndrome de Asperger e funcionamento executivo danificado, é aconselhável usar uma linguagem clara e concreta. Nem sempre uma criança com Síndrome de Asperger pode compreender as coisas que parecem óbvias para a maioria das pessoas. Por isso, é altamente recomendado os usos de explicações positivas e orientação ao interagir com eles.
 
Algumas evidências existem provando que a imagem visual, o ato de imaginar a seqüência de uma tarefa com a intenção de melhorar o desempenho em completar esta tarefa, pode ser útil no tratamento de indivíduos com funcionamento executivo prejudicado devido à síndrome de Asperger.
 
Fonte Wikipedia

Gata ajuda menino com mutismo seletivo a se comunicar com o mundo

Condição afeta três em cada 10 mil crianças e não tem causas precisas

Um menino britânico que sofre da rara condição conhecida como mutismo seletivo, que inibe a capacidade de se comunicar, vem contando com o auxílio de uma gata para conseguir falar.

Lorcan Dillon, de sete anos, foi diagnosticado como portador dessa condição ainda aos três anos de idade, quando estava no jardim de infância. A criança se comunicava em casa, mas fora do ambiente familiar seu comportamento era diferente.

''Notamos que ele não falava com as outras crianças'', afirma Jayne Dillon, a mãe da criança. Jayne afirma ter visto um anúncio da entidade Cat's Protection, uma entidade britânica que oferece assistência a gatos e resolveu adquirir um animal para entreter a criança.

'Eu te amo'
Desde que ele ganhou a gata, batizada de Jessi-cat, seu comportamento mudou radicalmente.

''Ele fala com ela, diz: 'Eu te amo, Jessy'. Ela participa de atividades com ele, está ajudando-o a ter mais autoconfiança'', afirma Jayne.

As mudanças que a gata estaria propiciando ao pequeno Lorcan não se limitam ao lazer.

''Ele agora já fala com sua professora e até lê para ela, o que é impressionante para crianças com essa condição, que raramente falam'', relata a mãe.

Condição
De acordo com estudos, a condição de mutismo seletivo afeta cerca de três em cada 10 mil crianças. Mas outros especialistas dizem que a condição seria mais comum do que se imagina, atingindo até sete entre mil pessoas.

O mutismo seletivo tende a ser identificado em crianças de 3 a 6 anos de idade, mas acaba só sendo diagnosticado quando os jovens começam a frequentar a escola, onde fica mais fácil reconhecer a condição.

Mesmo após o diagnóstico, é difícil determinar as causas precisas do problema. Ele pode ser provocado por diversos fatores, como problemas auditivos, defeitos de dicção, síndrome de Asperger, traumas ou ansiedade.

Fonte iG