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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Casos de coqueluche aumentaram 10 vezes em apenas três anos

Casos de coqueluche aumentaram 10 vezes em apenas três anos Morguefile/Divulgação
Foto: Morguefile / Divulgação
No primeiro semestre deste ano, os casos já chegam a quase
 3 mil no país
Cerca de 75% das contaminações se dão pelos familiares, que não conseguem diagnosticar o problema e acabam transmitindo para os pequenos
 
Em 2012, 83 crianças brasileiras morreram por causa da coqueluche. Destes casos, 80 eram menores de um ano de idade, quando é considerada a fase de maior risco.

No Rio Grande do Sul, ocorreram 10% dos casos (oito óbitos), sendo que dois foram na capital gaúcha. De 2010 a 2013, o número de crianças infectadas aumentou em 10 vezes. No ano passado, a incidência da doença chegou a 5,5 mil crianças. No primeiro semestre deste ano, os casos já chegam a aproximadamente 3 mil.

A estratégia correta para prevenir a coqueluche é a vacinação de todas as pessoas que tem contato íntimo com as crianças, principalmente nos primeiros 12 meses de vida. A análise dos casos aponta que 75% das contaminações acontece através de familiares.

Por isso, os médicos defendem que é necessário imunizar pediatras, familiares, cuidadores e babás, a fim de evitar que os adultos contribuam para a transmissão da doença. Esta técnica é conhecida pelos especialistas como "Operação Cocoon", que significa "casulo" em inglês.

— O maior problema é a falta de diagnóstico da doença nos adultos. A coqueluche na criança é típica, mas no adulto é muitas vezes tratada como tosse alérgica, bronquite e uma série de outros diagnósticos — aponta o médico membro dos comitês de Infectologia e de Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Juarez Cunha.

Não há vacinação gratuita contra a coqueluche para todos aqueles que lidam com as crianças, mas o Governo Federal oferecerá, no decorrer do segundo semestre de 2013, o benefício para gestantes. Isso representa um bom começo, visto que, através da placenta, é possível transmitir anticorpos nos primeiros meses, quando a criança ainda não está protegida pelas doses.

A vacina na infância é disponibilizada em três doses, aos dois, quatro e seis meses de idade.
 
Zero Hora

Temperaturas mais frias possibilitam surgimento da infeccção urinária

Temperaturas mais frias possibilitam surgimento da infeccção urinária Rui G. Santos/Deposit Photos
Foto: Rui G. Santos / Deposit Photos
Especialista explica o que causa a infecção urinária e mostra porque as temperaturas mais frias possibilitam seu surgimento
 
A infecção urinária é uma velha conhecida que atrapalha a vida de muitas mulheres. Mas, o que a maioria das pessoas não sabe é da necessidade de cuidados especiais para evitar esse problema na época mais fria do ano. No inverno as chances de contrair a infecção aumentam pelo fato de que em épocas mais frias, as pessoas ingerem menos líquidos e sentem menos necessidade de urinar.
 
A infecção do trato urinário é causada por fungos ou bactérias que percorrem o canal da uretra e se alojam na bexiga e, apesar de apresentar maior incidência em mulheres, pode acometer também homens e crianças — em especial meninas ainda no uso de fraldas. De acordo com o urologista, membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia João Afif Abdo, a própria anatomia feminina é uma das causas que facilitam o aparecimento das infecções urinárias mais frequentes nas pacientes do sexo feminino.
 
A uretra feminina é bastante curta e desemboca no genital feminino ao lado da vagina. Por outro lado o genital feminino está muito próximo do ânus e região anal que é uma área contaminada até mesmo em pessoas com boa higiene. A contaminação do genital feminino permite então a entrada de bactérias na bexiga através da uretra da mulher. Esta contaminação pode-se dar pela falta de higiene adequada, pela atividade sexual, pelo uso de fraldas, entre outros.
 
— Por isso, o importante é tentar evitar o acúmulo de bactérias na região próxima da uretra — explica o médico.
 
— O ato de urinar auxilia na limpeza do canal da uretra e, quando não se vai ao banheiro por muito tempo, aumenta a possibilidade de reter bactérias no local — reforça Afif.
 
Além disso, a exposição inadequada ao frio - quando a pessoa está mal agasalhada - faz com que as pessoas percam calor, o que pode levar a uma queda de resistência do organismo facilitando, desta maneira, o desencadeamento das infecções urinárias.
 
Entre os sintomas da infecção do trato urinário estão: micções frequentes acompanhadas de dor, modificação na cor da urina, que passa a ser turva ou rosada e no cheiro que se intensifica, além de febres e dores na região lombar dependendo da gravidade do caso.
 
Cuidados simples podem ser tomados para evitar o problema
Segundo Afif, beber muita água é fundamental, assim como higienizar a região íntima , urinar logo após a relação sexual e tomar cuidado durante uma atividade sexual para evitar a contaminação da área genital com bactérias próximas dali na região perianal. Não segurar a vontade de ir ao banheiro também é importante.
 
— No longo prazo, essa prática pode enfraquecer a bexiga, que passa a não conseguir eliminar totalmente a urina e essa sobra é prejudicial — afirma o especialista.
 
O tratamento para as infecções urinárias mais simples é realizado em casa com uso de antibióticos prescritos por um médico. No entanto, em casos mais graves onde as bactérias se espalham para corrente sanguínea, o paciente pode ter sintomas como queda do estado geral, febre, náuseas e vômitos, e pode ser preciso recorrer à internação para tratamento endovenoso.
 
Zero Hora

Veja os cuidados para que as roupas apertadas e o salto alto não prejudiquem a saúde

Veja os cuidados para que as roupas apertadas e o salto alto não prejudiquem a saúde Divulgação/Divulgação
Foto: Divulgação / Divulgação
O uso contínuo de salto alto pode causar retração na
musculatura da panturrilha e atrofia do tendão
Uso contínuo pode causar dores e problemas de circulação
 
Algumas vezes, a causa de dores no corpo pode estar justamente em recursos usados para buscar beleza e elegância, principalmente entre as mulheres. Saltos e roupas justas podem ser os responsáveis por problemas de circulação, dores nos pés, calcanhares, tornozelos, joelhos e coluna.
 
A maior preocupação dos médicos é com relação aos sapatos de salto alto. Quando o salto é maior que seis centímetros, 90% do peso do corpo é concentrado na ponta dos pés, acarretando em deformidades como joanetes. Além disso, o uso contínuo pode causar ainda retração na musculatura da panturrilha e atrofia do tendão.
 
Por causa do calcanhar elevado, o corpo é projetado para frente e, para se equilibrar, a tendência é inclinar o tronco para trás, formando uma hiperlordose na região lombar. Esta postura errada compromete a coluna, causa lesões e comprometimento do andar, em especial para quem ainda está em fase de crescimento, como as adolescentes.
 
Para amenizar os problemas causados pelo uso de saltos altos o médico intervencionista da dor Charles Oliveira indica que o uso seja alternado em dias ou períodos diferentes.
 
— Se você faz questão de usar saltos altos todos os dias, procure andar descalço à noite ou caminhar com um tênis que amorteça o impacto ao final do dia. Isso ajuda os músculos não atrofiarem — recomenda.
 
Saltos do tipo plataforma costumam ser mais confortáveis para pés e costas e cumprem o papel de acrescentar alguns centímetros à estatura. Porém, é preciso ter cuidado com as torções de calcanhar, porque este tipo de calçado tende a dar uma falsa ideia de sustentação.
 
Outro inimigo da saúde relacionado à moda são as roupas apertadas. Mais uma vez a coluna pode sofrer danos com calças justas e causar dores por causa da restrição de movimentos.
 
— Com os músculos presos dentro da roupa, o corpo exige mais das vértebras e o esforço empregado para desenvolver os movimentos passa a ser maior — explica Oliveira.
 
O especialista alerta ainda para o uso de cintos e redutores que pressionam a região abdominal.
 
— Além de prenderem a circulação sanguínea, estes acessórios podem fazer os ácidos responsáveis pela digestão voltarem para o esôfago, causando azia e desconforto.
 
Zero Hora

Padilha: governo não vai tolerar preconceito contra médicos estrangeiros

Brasília – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse hoje ontem que o governo não vai tolerar qualquer incitação ao preconceito e à xenofobia contra os estrangeiros que estão no Brasil para trabalhar no Programa Mais Médicos. Padilha participou do início das atividades de acolhimento e avaliação de médicos estrangeiros, em Brasília.
 
“Não admitimos qualquer incitação ao preconceito e à xenofobia. Temos que receber de braços abertos médicos e médicas que aceitaram esse chamamento para vir atender à população brasileira que não tem médicos”, disse Padilha a jornalistas após a cerimônia.
 
Padilha reiterou as críticas ao presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais, João Batista Gomes, que disse que orientaria os médicos brasileiros a não socorrerem erros dos colegas cubanos. “Essa recomendação é omissão de socorro e é uma afronta ao Código de Ética Médica. Nenhum médico pode se negar a atender ou a socorrer qualquer brasileiro ou brasileira”, afirmou.
 
De acordo com o ministro, o governo tem segurança jurídica sobre a determinação para que os conselhos regionais de Medicina concedam registro provisório aos os estrangeiros que participam do programa. A determinação está na medida provisória (MP) que cria o Programa Mais Médicos. “Temos segurança jurídica, o próprio procurador-geral do Trabalho disse claramente que a MP estabelece o processo de registro desses profissionais. Os conselhos têm que seguir a lei. Temos segurança jurídica disso.”
 
Ao discursar na cerimônia de acolhimento a cerca de 200 médicos estrangeiros, Padilha pediu desculpas por problemas no alojamento em Brasília, onde profissionais reclamaram do número excessivo de pessoas. Segundo o ministro, serão feitos ajustes em Brasília e em outros locais, caso seja necessário. “Aqui em Brasília estamos programando o deslocamento desses profissionais para outras estruturas para ficarem mais bem acomodados”. Os estrangeiros recebem treinamento em oito capitais com duração de três semanas.
 
Agência Brasil

Vice-ministra cubana diz que os médicos do seu país querem atuar em cooperação com brasileiros

Brasília – Após críticas de associações médicas à vinda de cubanos para atuar no Brasil pelo Programa Mais Médicos, a vice-ministra da Saúde de Cuba, Márcia Cobas, disse ontem (26) que os médicos do seu país querem trabalhar em cooperação com os profissionais brasileiros e não ocupar o lugar deles. Márcia Cobas participou da cerimônia de início do treinamento dos médicos estrangeiros, em Brasília, que irá durar três semanas.
 
“Queremos ir aos locais onde a população mais precisa, onde não tem médicos”, disse a dirigente. A vice-ministra acrescentou que os médicos que vieram trabalhar no Brasil não são desempregados e têm garantia de seus serviços quando retornarem a Cuba. “Nossos médicos não são desempregados, recebem 100% de seus salários e têm a proteção de suas famílias, na educação, na saúde, para dar tranquilidade e segurança enquanto estão trabalhando em outros países”, disse.
 
A vice-ministra defendeu a qualificação dos médicos cubanos. Ela destacou a experiência dos profissionais na atuação em diversos países e disse que os cubanos já atuaram em regiões com condições de trabalho difíceis. “Não exportamos médicos, exportamos serviços de saúde”, disse Márcia Cobas.
 
A médica cubana Mayra Perez Sierra declarou que não teme as reações contrárias à atuação no Brasil. Segundo ela, é normal que mudanças gerem preocupação. “Toda mudança, em qualquer país, em qualquer momento da vida, gera temor. Mas estamos preparados, estamos seguros, estamos acostumados a enfrentar outros costumes. Eu mesma já estive na Venezuela e no Zimbábue, país com outra língua, com dialetos. Enfrentamos e estamos preparados”, disse.
 
Sobre a diferença de idioma, Mayra Perez Sierra avalia que não será um empecilho para que os médicos prestem um bom atendimento à população brasileira. “Nestas três semanas vamos reforçar o conhecimento. Quanto ao idioma, aprendemos muito, ainda temos que melhorar, mas creio que isso ocorrerá durante o trabalho com a comunidade. Será onde vamos aprender a nos comunicar melhor. Creio que tudo irá bem em nosso favor e em favor do povo brasileiro”.
 
A vinda dos profissionais de Cuba faz parte de acordo do Ministério da Saúde com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). A previsão é trazer ao Brasil, até o final do ano, 4 mil médicos cubanos. Os primeiros 400 profissionais chegaram ao Brasil nesse fim de semana. Eles vão atuar nas cidades que não atraíram profissionais inscritos individualmente no Programa Mais Médicos.
 
Agência Brasil

Supervisor brasileiro também responderá por erro de médicos estrangeiros

Rio de Janeiro - A responsabilidade pelos erros médicos cometidos por estrangeiros será compartilhada com o brasileiro encarregado da supervisão de seu trabalho, de acordo com o Ministério da Saúde. A pasta esclareceu que os gestores municipais terão o dever de acompanhar a atuação dos profissionais de outros países.
 
O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou nota informando que os supervisores brasileiros serão corresponsáveis pelos erros médicos, podendo ser alvo de processos administrativos.
 
Os secretários municipais que tiverem dúvida em relação aos médicos estrangeiros poderão ligar para o Disque-Saúde (telefone 136) ou enviar uma mensagem pelo link Fale Conosco do site http://maismedicos.saude.gov.br.
 
O estado do Rio de Janeiro receberá dez médicos estrangeiros, que atuarão no Programa Mais Médicos em cinco municípios fluminenses. Belford Roxo, na Baixada Fluminense, receberá dois profissionais, que, segundo o secretário municipal de Saúde, Fábio Denardin, trabalharão no Programa Saúde da Família (PSF). Duque de Caxias, Itaguaí, Paracambi e Queimados também receberão profissionais de outros países.
 
De acordo com ele, a chegada de médicos estrangeiros é bem-vinda e vai ajudar a ampliar o número de equipes de saúde da família no município, que atualmente tem 28 equipes. Apesar disso, como gestor da saúde no município, ele tem dúvidas sobre a legitimidade da atuação desses médicos em território nacional.
 
“Estamos esperando uma nota técnica do Ministério da Saúde sobre isso. Para mim, como gestor, a grande dificuldade é entender como vai ser a legitimidade do atendimento desse médico estrangeiro. Por exemplo, quem vai responder pelo erro médico que ele cometer? Meu grande medo é esse”, disse o secretário municipal.
 
Agência Brasil

Primeiros Socorros: Queimadura

A queimadura é uma lesão causada por fatores térmicos, químicos, eletricidade e radiação, entre outros
 
Dependendo da localização, da extensão e do grau de profundidade, a lesão produzida nos tecidos de revestimento do organismo (como a pele) pode desfigurar, causar incapacidades temporárias ou permanentes e levar à morte.
 
As queimaduras são classificadas em:
 
Queimadura de 1º grau – atinge somente a epiderme (camada mais superficial da pele). Caracteriza-se por dor e vermelhidão no local queimado.
 
Queimadura de 2º grau – atinge a epiderme e a derme (camada localizada abaixo da epiderme). Caracteriza-se por dor, vermelhidão e formação de bolhas.

Queimadura de 3º grau – atinge todas as camadas da pele, inclusive o tecido gorduroso e os nervos, podendo alcançar inclusive os ossos. Caracteriza-se por pouca dor, já que destrói as terminações nervosas de sensibilidade. A pele fica seca, dura, enrugada, escurecida ou esbranquiçada.
 
Como agir:
- Interrompa o processo que está originando a queimadura. Se for fogo na roupa, não deixe a pessoa correr. Deite-a no chão e comece a abafar as chamas pela cabeça, usando um cobertor, um tapete, um casaco grosso ou faça-a rolar no chão

- Jamais deixe de lado a sua própria segurança ao ajudar em uma situação como essa

- Depois de apagado o fogo, não retire roupas coladas na pele, apenas recorte as partes soltas, sobre as áreas queimadas

- Cubra a área queimada com gaze esterilizada ou panos limpos, para evitar infecção

- Não aplique qualquer creme ou pomada na queimadura, a não ser que haja prescrição médica

- Jamais rompa as bolhas formadas na queimadura

- Em queimaduras de 1º e 2º grau resfrie o ferimento com água corrente. Não aplique gelo no local

- Em queimaduras químicas, limpe e remova a substância da pele e das roupas. Em seguida, lave o ferimento com bastante água corrente

- Em caso de queimadura de origem elétrica, não socorra a vítima antes de desligar a corrente

- Além da queimadura, a corrente elétrica pode gerar parada cardiorrespiratória, devendo neste caso ser aplicada a reanimação. Após prestar o primeiro atendimento (veja no item choque elétrico), chame socorro ou conduza a pessoa ao hospital
 
Como prevenir:
- Sempre que se submeter ao sol, use filtro solar

- Afaste fósforos, produtos químicos e inflamáveis de crianças

- Tenha cuidado ao usar fogão, velas, cigarros e qualquer fonte de ignição

- Evite soltar fogos de artifício

- Proteja a rede elétrica de sua casa evitando sobrecarga ou fios desencapados. Procure sempre um profissional habilitado para realizar o serviço de instalação ou manutenção de sua rede elétrica

iG

Manteiga é o melhor remédio para tratar queimadura?

Muitos ainda acreditam que manteiga é um bom remédio
 para queimaduras
Usar manteiga para tratar queimaduras é uma receita caseira de primeiros socorros que vem sendo repetida há séculos
 
A dica ganhou credibilidade depois que o diretor geral de saúde pública da Prússia Friedrich Von Esmarch a recomendou no seu influente manual de medicina de guerra do século 19.
 
A ideia era selar a queimadura para que não entrasse em contato com ar ou sujeiras e, assim, previnir infecções e acelerar a cura.
 
É preciso reconhecer a importância de Von Esmarch, que ficou reconhecido por introduzir o conceito de primeiros socorros, mas será que ele tinha razão sobre sua teoria de curar queimaduras com manteiga?
           
Rãs e mel
Há muitos mitos em torno dos remédios caseiros usados para tratar queimaduras.
 
Um papiro egípcio que data de 1.500 a.C. descreve o uso de barro, excrementos de animais e até de rãs banhadas com azeite. No século 4 a.C., os gregos preferiam gordura de porco, enquanto os romanos usavam uma mistura de mel e farelos, seguida de pedaços de cortiça e cinzas.
 
Mais recentemente, cirurgiões de um hospital na Grã-Bretanha notaram que várias de crianças com queimaduras chegavam com roupas ainda no corpo, apesar de a primeira recomendação ser de tirá-las imediatamente para não grudarem na pele.
 
Isso levou os médicos a investigarem as crenças de um grupo de pais a respeito de queimaduras. Em um estudo, eles pediram que respondessem o que fariam para socorrer um menino de dois anos que acabara de derramar uma panela de água quente sobre o corpo.
 
Apenas 10% dos entrevistados deram uma resposta considerada ideal e alguns sugeriram remédios que não funcionam, como manteiga, leite, azeite de cozinha e pasta de dente.
           
Uma pesquisa realizada na Turquia concluiu que apenas 25% das pessoas colocariam água fria sobre queimaduras, que é recomendação correta, enquanto a metade sugeriu soluções erradas, como iogurte, pasta de dente, extrato de tomate, gelo, clara de ovo crua, entre outras.
 
Especialistas esclarecem que o aparente alívio proporcionado por essas substâncias frias não dura e pode, inclusive, selar a queimadura, impedido a saída do calor. Assim, a pele continua queimando por dentro.
 
Como as queimaduras superficiais acabam curando sozinhas, assumimos erroneamente que essas receitas funcionaram, quando, na verdade, a queimadura teria melhorado de qualquer jeito.
 
Procedimento correto
As orientações de primeiros socorros para queimaduras variam de país para país, mas no geral, o conselho é: após remover roupas e todos os acessórios, como colares, relógios e anéis, abra a torneira e deixe água fria cair sobre a queimadura por pelo menos 20 minutos.
 
A água fria ajuda a adormecer a área afetada ao esfriá-la e, além disso, evita que a pele continue queimando. Também parece ajudar na cura da queimadura, apesar de alguns especialistas ainda debaterem como isso é possível.
 
Há quem acredite que gelo é um santo remédio, mas o frio extremo pode prejudicar ainda mais o tecido.
           
Finalmente, a queimadura deve ser coberta com uma gaze limpa para evitar infecção.
 
Quanto à manteiga, o melhor é usá-la no pão, a não ser que seja uma situação muito específica: se uma pessoa for azarada o bastante para ter um acidente com alcatrão quente caindo na pele, uma substância gordurosa como a manteiga pode ajudar na remoção do alcatrão, reduzindo a dor e facilitando o trabalho dos médicos na hora de avaliar a gravidade da queimadura.
 
iG

Como lidar com o xixi na cama das crianças mais velhas?

Muitas crianças mais velhas que ainda fazem xixi na cama
ficam deprimidas e com baixa autoestima
Até os cinco anos de idade, a enurese noturna é normal. Depois disso, os pais devem procurar ajuda médica para resolver a disfunção infantil
 
Quando decide ter um filho, o casal já sabe que precisará trocar fraldas por um período que pode chegar até o quinto aniversário. Depois disso, é muito provável que o pequeno consiga controlar sua necessidade de fazer xixi em qualquer horário, acordado ou dormindo. Mas isso não é regra: pesquisas apontam que de 15 a 20% das crianças entre cinco e seis anos de idade ainda fazem xixi na cama à noite.
 
Nos casos de enurese noturna (o termo médico para xixi na cama à noite) dos cinco anos de idade em diante, os pais devem ficar atentos. Se a criança não consegue segurar a bexiga uma vez e isso nunca mais acontece, não há motivo para preocupação. Porém, se o xixi na cama começa a se tornar uma constante, independentemente da frequência (não precisa ser marcada no calendário; a distância entre uma ocorrência e outra pode ser variável), eles devem procurar ajuda de especialistas para resolver a disfunção.
 
Outro fator a ser observado antes de decidir ir atrás de tratamento é se o filho interrompe o sono ou não ao perceber que precisa ir ao banheiro. Normalmente, meninos e meninas despertam espontaneamente quando sentem as primeiras gotinhas de xixi na cueca ou na calcinha e correm para o vaso sanitário ou pedem a ajuda dos adultos da casa.
           
O problema é quando a criança acorda só pela manhã, com a cama encharcada. “Uma característica comum das crianças com mais de cinco anos que têm enurese noturna é o sono muito pesado. Elas não acordam mesmo enquanto fazem xixi”, esclarece Flávio Trigo, urologista especialista em incontinência urinária responsável pela Clínica de Enurese do Hospital Municipal Infantil Menino Jesus (SP). Daí o respaldo médico é necessário.
 
E não é preciso pisar em ovos para lidar com o assunto. “A própria criança começa a reclamar do incômodo de acordar molhada e sente nunca poder participar de festas do pijama dos coleguinhas de escola, por exemplo. Ela entende que o tratamento é necessário”, afirma Abram Topczewski, neuropediatra do Hospital Israelita Albert Einstein e co-autor do livro “Xixi na Cama Nunca Mais!”, da editora Edições Inteligentes.
 
“Muitas crianças vão ficando deprimidas, com baixa autoestima. Sem o auxílio de um time multiprofissional, até os pais começam a demonstrar ansiedade”, complementa Antonio Macedo Jr., especialista em urologia pediátrica do Núcleo de Urologia Pediátrica da Escola Paulista de Medicina (Nupep).
 
Tratamentos
Existem duas formas de tratar a enurese noturna. A primeira e mais simples é por meio de um alarme que condiciona a criança a levantar e fazer xixi. “É colocado um sensor na cueca ou na calcinha e no ombro. À primeira gota de urina, um som é emitido, a criança acorda e vai ao banheiro. A maior vantagem é que não há nenhuma contraindicação e a retirada é imediata ao término do tratamento”, explica Trigo. A alta é dada quando se chega a 14 noites secas seguidas.
 
Se o alarme não surte efeito e depois de três meses a situação da enurese noturna permanece a mesma, parte-se para o segundo tipo de tratamento: o hormonal. Nele é administrada a desmopressina, hormônio sintético que faz as vezes da monopressina (hormônio responsável por reduzir a produção de urina durante o sono). A partir do momento em que a criança passa mais de um mês seca durante a noite – e não há previsão de quando isso vá acontecer, cada caso é um caso – , as doses do medicamento são gradativamente diminuídas até a alta.
 
Para auxiliar o tratamento da enurese noturna, não permita que
 seu filho beba qualquer líquido duas horas antes de dormir
Causas
Em 90% dos casos, a enurese noturna é causada por motivos genéticos. “Vem do pai, da mãe, do avô, de um tio. Quando a criança faz xixi na cama depois dos cinco anos, pode investigar na família e descobrirá que pelo menos uma pessoa próxima passou por isso também”, diz Topczewski.
 
A constipação é outro motivo – menos frequente, mas longe de ser raro – que pode levar à enurese.

Macedo Jr. conta: “Crianças que seguram muito a urina e as fezes acabam acumulando um grande bolo fecal, que distende o cólon e comprime a bexiga”. O resultado é a saída involuntária de xixi.
 
“Qualquer que seja o caso, é importante entender que é apenas um atraso que pode se manifestar no desenvolvimento infantil de qualquer um e que não merece broncas ou medidas punitivas. Ninguém faz xixi na cama de propósito”, aconselha Trigo.
 
Dicas
Além de procurar ajuda médica, os pais podem tomar algumas atitudes para passar pelo tratamento da enurese noturna dos filhos com mais tranquilidade.
 
Confira seis dicas dadas por Macedo Jr., Topczewski e Trig:
 
- Não permita que seu filho beba qualquer líquido duas horas antes de dormir.
 
- Leve a criança para fazer xixi antes de dormir, mesmo que ela diga que não está com vontade.
 
- Estabeleça horários rígidos de sono, para que a criança entenda que tem o momento certo para dormir, para acordar e também para fazer xixi.
 
- Converse: diga para a criança relaxar quando for fazer xixi e soltar todo o líquido que está na bexiga, sem segurar o finalzinho da urina. Muitos fazem isso sem perceber.
 
- Quando a noite for seca, premie seu filho pela manhã com um cereal ou um iogurte diferente, por exemplo.
 
- Faça um diário miccional com o registro da quantidade de idas ao banheiro, do volume urinário de cada ida, de outros sintomas que a criança possa manifestar. A “investigação” o ajudará a entender melhor a situação de seu filho do que qualquer exame.
 
Delas

Estudo mostra que cocaína muda estrutura do cérebro em duas horas

Pesquisadores descobrem mecanismo que pode explicar como
 começa o vício em drogas
Estudo feito com camundongos mostrou que apenas uma dose altera estruturas cerebrais ligadas à memória
 
Uma pesquisa feita por cientistas nos Estados Unidos revelou que a cocaína pode mudar a estrutura do cérebro poucas horas após o consumo.
 
Os estudiosos da Universidade da Califórnia fizeram experimentos com camundongos, que receberam injeções com cocaína.
 
Eles constataram que, apenas duas horas após receber a primeira dose, as cobaias já haviam desenvolvido no cérebro novas estruturas que são ligadas à memória, ao uso de drogas e a mudanças de comportamento.
 
Os camundongos que tiveram as maiores alterações no cérebro revelaram ter uma dependência mais elevada de cocaína, mostrando que, segundo especialistas, o cérebro deles estava "aprendendo o vício".
 
A pesquisa foi divulgada na publicação científica Nature Neuroscience .
 
Caçador de cocaína
Os cientistas investigaram nas cobaias o surgimento de pequenas estruturas nas células do cérebro chamadas espinhas dendríticas, que têm relação profunda com a formação das memórias.           
           
Um microscópio a laser foi usado para olhar dentro do cérebro dos camundongos, ainda vivos, para procurar por espinhas dendríticas após eles receberem doses de cocaína. A mesma análise foi feita em camundongos que, em vez de injeções com cocaína, receberam injeções com água.
 
O grupo que recebeu cocaína apresentou uma maior formação de espinhas dendríticas, o que indica que mais memórias, relacionadas ao uso da droga, foram formadas.
 
A pesquisadora Linda Wilbrecht, professora assistente de psicologia e neurociência da Universidade da Califórnia na cidade de Berkeley, disse: "Nossas imagens fornecem sinais claros de que a cocaína induz ganhos rápidos de novas espinhas, e quanto mais espinhas os camundongos ganham, mais eles mostram que ‘aprenderam’ (o vício) sobre a droga".
 
"Isso nos mostra um possível mecanismo ligando o consumo de drogas à busca por mais drogas."
 
"Essas mudanças provocadas pela droga no cérebro podem explicar como sinais relacionados à droga dominam o processo de tomada de decisões em um usuário humano".
 
O pesquisador Gerome Breen, do Instituto de Psiquiatria do King’s College de Londres, ressaltou que "o desenvolvimento da espinhas dendríticas é particularmente importante no aprendizado e na memória".
 
"Este estudo nos dá um entendimento sólido de como o vício ocorre – ele mota como a dependência é aprendida pelo cérebro."
 
BBC Brasil

Mais Médicos gera polêmica por ser ousado, diz ministro Padilha

Alan Sampaio / iG Brasília
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha
Ministro da Saúde discursou a médicos estrangeiros que passarão por curso preparatório nas próximas semanas
 
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta segunda-feira (26) que o programa Mais Médicos gera polêmica porque é "um passo ousado e corajoso". Em discurso a médicos estrangeiros que passarão pelo processo de avaliação nas próximas três semanas, o ministro afirmou que os brasileiros estão agradecidos. 
 
"O povo brasileiro está muito emocionado e muito feliz com o fato de vocês terem aceitado nosso convite para atender a população que mais precisa", disse.
 
Padilha discursa na abertura do módulo de acolhimento e avaliação dos profissionais estrangeiros inscritos no Programa Mais Médicos, em Brasília.
 
Fazem parte desta fase, no Distrito Federal, 176 profissionais que vieram de Cuba e 23 que se formaram em outros países, principalmente Portugal e Espanha.
 
Eles terão aulas e serão avaliados antes de seguir para os Estados onde vão trabalhar.

Os médicos que vão atuar em áreas indígenas terão aulas extras, específicas sobre a cultura dos locais onde vão atuar. "(As aulas) vão tratar da cultura, das dificuldades de deslocamento, horário de trabalho e servirão para conhecer as doenças mais comuns da população", afirmou Padilha.
 
Agência Estado