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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Como controlar os sintomas da enxaqueca sem remédios

aliviar-enxaqueca-sem-remediosPessoas que sofrem frequentemente com as enxaquecas costumam preocupar-se com todos os detalhes a fim de evitar esse tipo de dor, recorrendo até mesmo de maneira intensa ao uso de medicamentos, entretanto, essa opção, nem sempre tende a ser a mais adequada.
 
Quem sofre desse tipo de mal precisa, além de consultar um profissional  médico qualificado, realizar algumas mudanças em seus hábitos, pois, de acordo com alguns especialistas, o sedentarismo e o jejum prolongado podem estar diretamente relacionado com a doença.
 
Dicas de como controlar os sintomas da enxaqueca sem remédios
 
A alimentação deve ser feita em horários regulares
Não é saudável para ninguém ficar muitas horas sem alimentar-se, e é ainda pior para quem sofre de enxaqueca, estômago vazio pode ser um despertador para a dor, por isso manter o hábito de se alimentar em horários específicos e regulares tende a ser um dos mais saudáveis hábitos que se pode ter. Para evitar eventuais deslizes, o ideal é carregar sempre algumas frutas, barra de cereal e/ou iogurte, pois, dessa forma, sempre terá algo saudável por perto.
 
Peso ideal é essencial
Não há nenhum estudo que comprove que o sobrepeso esteja diretamente ligado às ocorrências de enxaqueca, entretanto, um estudo realizado com 30 mil pessoas mostrou que algumas das que estavam acima do peso, sentiam dores de cabeça de maneira mais frequente que aquelas que mantinham um peso ideal, pelo que, acredita-se ser possível, que o excesso de gordura no corpo possa aumentar a inflamação do organismo deixando-o mais fraco e consequentemente exposto a quaisquer tipos de dores.
 
Relaxar faz bem
Pessoas que vivem constantemente sobre grande carga de estresse, também tendem a ser mais propensas a sofrer com os sintomas da enxaqueca. Viver de forma mais tranquila não só diminuirá a frequência com que acontecem as crises como também reduzirá a duração da enxaqueca. Para relaxar, o ideal é usar aquilo pelo que se é apaixonado a favor, além disso é sempre importante tirar um tempo diário para si mesmo, ouvir músicas e até mesmo, ceder a prática da meditação.  Há quem diga ainda que trabalhos artesanais são também de grande ajuda na missão de amenizar o estresse.
 
Durma bem, mas não exagerar
Durma diariamente 8 horas por noite, tente dormi e acordar sempre no mesmo horario mesmo nos finais de semana.  Perder o sono pode causar dores de cabeça, ficar muito tempo na cama também, por isso é importante calcular o tempo certo para o descanso.
 
Terapias complementares
Por mais incrível que possa parecer, o fato é que realizar em um período de ao menos a cada 15 dias ou ainda que seja uma vez ao mês algum tipo de terapia complementar, tais quais acupuntura, massagem e biofeedback, tende a ajudar na redução das tensões do dia a dia, reduzindo por consequência a frequência dos sintomas da enxaqueca.
 
Exercícios físicos podem fazer muito bem
Muito embora alguns exercícios mais intensos possam acabar levando ao desgaste maior do corpo e consequentemente um aumento nos níveis de ocorrências da enxaqueca, o fato é que, a prática de exercícios leves pode acabar servindo como alívio da tensão, além de proporcionar melhor oxigenação no tecido da pele e a consequente redução dos sintomas relacionados às dores.
 
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Dois copos de leite por dia ajudam a manter o peso

A combinação de cálcio e vitamina D do alimento também favorece a formação dos músculos
 
Um estudo realizado pela Universidade do Canadá constatou que mulheres que bebem dois copos grandes de leite por dia, após a sua rotina de musculação, ganharam mais massa muscular e perderam mais gordura em comparação com as mulheres que beberam energéticos.

Segundo os cientistas, a ingestão do leite aliada a prática de exercícios, aumenta a força dos ossos, a saúde muscular e acelera o metabolismo. Para eles, a razão para isso é a combinação de cálcio, proteína de alta qualidade, e de vitamina D, que fornecem energia ao organismo sem proporcionar o ganho de peso.

Durante um período de 12 semanas, o estudo acompanhou jovens mulheres durante o treino. Todos os dias, duas horas antes do exercício, as mulheres não comiam ou bebiam nada, exceto água.
 
Imediatamente após a sua rotina de exercícios, um grupo com metade delas consumia 500ml de leite livre da gordura branca, enquanto o outro grupo consumiu uma bebida energética.   
 
O treinamento continha três tipos de exercício: empurrar, puxar e exercícios para as pernas. O treinamento foi monitorado diariamente por um personal trainer para garantir a boa técnica.

As mulheres que bebiam leite não engordaram porque ganharam apenas massa muscular magra e perderam gordura. Já as que tomaram o energético, ganharam peso pelo excesso de açúcar e pelo mecanismo de compensação criado no organismo que acumula gordura.

Durante e logo após o treino, se não há a compensação com alimentos adequados, o organismo exige mais nutrientes o que leva a pessoa a sentir mais fome.  

Minha Vida

Diagnóstico e mapeamento genético pré-implantação: prevenindo doenças genéticas e abortos

O exame avalia os cromossomos do embrião e impede também falhas de implantação
 
O que é o diagnóstico e mapeamento genético pré-implantação
É um exame feito por biópsia de uma ou mais células de um embrião, com o objetivo de detectar alterações genéticas antes da transferência para o útero materno. Assim, apenas os embriões sem esse tipo de alteração são implantados. 
 
É feito com embriões obtidos por técnicas de fertilização in vitro. Esses exames são importantes, pois os problemas genéticos podem causar abortos ou o nascimento de crianças não saudáveis. 
 
Para entender melhor a importância da genética, é importante saber que o DNA determina todas as características do nosso corpo, desde a cor dos olhos e pele até o funcionamento dos nossos sistemas e órgãos. O DNA é determinado por genes, cujas sequências formam cromossomos. O ser humano tem 46 cromossomos, que se juntam em 23 pares. Cromossomos do mesmo par são chamados de homólogos 
 
Porém, muitas vezes pode haver problemas nos cromossomos. Algo muito comum em mulheres mais velhas é ter um embrião com apenas um ou três cromossomos do mesmo tipo, quadros chamados de monossomia e trissomia respectivamente. As trissomias são responsáveis por diversas síndromes, como a síndrome de Down. Já as monossomia mais famosa é a síndrome de Turner, em que a criança nasce apenas com um cromossomo sexual feminino. Pode acontecer também as monoploidia, triploidia ou tetraploidia, quando só há um, três ou quatro cromossomos homólogos em todos os pares. Esses últimos casos são uma das maiores causas de abortos espontâneos. 
 
Outras vezes, porém, por mais que o número de cromossomos esteja certo, pode haver problemas na estrutura genética desse cromossomo, como genes invertidos, duplicados ou mesmo faltantes. Além disso, pode haver troca de material genético entre dois cromossomos que não pertencem ao mesmo par, o que pode decorrer no nascimento de crianças com deficiências intelectuais e físicas, além de causar até mesmo a inviabilidade do embrião e mais uma vez o aborto espontâneo. 
 
E mesmo que esteja tudo certo com a ordem dos genes e o número de cromossomos, alguns genes podem, sozinhos, resultar em problemas genéticos. Doenças como a anemia falciforme, daltonismo e a fibrose cística são causadas por pares de cromossomos normais e transmitidas de pai para filho. 
 
Outros nomes
PGD e PGS (siglas inglesas dos exames), biópsia embrionária                

Como é feito o diagnóstico e mapeamento genético pré-implantação
Em técnicas de fertilização in vitro, óvulo e espermatozoide são fecundados fora do corpo da mulher. Normalmente espera-se até o quinto dia para implantar o embrião de volta ao útero. Nesse meio tempo, é possível se fazer a análise genética desse material. 
 
Existem dois procedimentos para se analisar o material genético dessa criança. O primeiro é o diagnóstico genético pré-implantação (PGD), que normalmente é feito em casais cujo problema genético já foi investigado, apenas para confirmar se ele foi transmitido para o embrião. Ele é mais usado para analisar anomalias dentro do gene, como doenças hereditárias ou problemas na sequência genética e vai direto em cromossomos específicos. Mas isso é possível apenas com mutações genéticas já identificadas, e no Brasil já temos 70 delas conhecidas pelos geneticistas. Nesse processo as células para análise são retiradas no terceiro ou no quinto dia. 
 
Já o mapeamento genético pré-implantação (PGS) é feito com células retiradas apenas no quinto dia, quando a organização genética do embrião é maior e é possível retirar mais células. Ela é indicada para casais de quem o médico não tem nenhuma informação genética prévia, principalmente mulheres com mais de 37 anos ou que tenham tido três abortos espontâneos seguidos, mesmo tendo tentado o assisted hatching. O método pode ser usado para analisar a quantidade de cromossomos ou a sequência genética, mas permite a análise de apenas um desses aspectos por tentativa. É importante para detectar monoploidias, triploidias, monossomias e trissomias, por exemplo. 
 
Em ambos os casos, apenas embriões com melhores resultados são implantados. Os embriões com falhas genéticas podem ser descartados ou doados para pesquisas científicas, caso o casal autorize. 
 
Ambos os procedimentos usam as mesmas tecnologias. Uma delas é a hibridização in situ por sonda fluorescente (FISH), que consegue identificar partes específicas dos cromossomos, permitindo reconhecer sequências genéticas padrões, mas é capaz de analisar apenas de 9 a 10 cromossomos por vez. Já a reação em cadeia da polimerase (PCR) é outra técnica que duplica o DNA, e possibilita o diagnóstico de doenças monogênicas, ou seja, causadas por um par de cromossomos apenas. Com ela, é possível analisar até 16 cromossomos. 
 
Existem também as técnicas de microarray: são elas a hibridização genômica comparativa (CGH), que é mais antiga, e a SNP array, mais moderna. Ambas permitem que os 24 cromossomos (22 pares e os 2 sexuais) sejam analisados, e é a melhor para detectar cromossomos a mais, seja em um dos pares ou em todos. 
 
Os cromossomos analisados no geral normalmente são os sexuais (X e Y) e os pares 13, 16, 18, 21 e 22, que normalmente são os mais relacionados à monossomia e trissomias. 
 
Para quem o exame é indicado
Não são todos os casais que precisam fazer esse exame. Ele é sugerido a casais em que o risco de ter alteração genética é alto, como em mulheres com idade avançada (já que o os folículos estão envelhecidos, sendo mais propensos a problemas na divisão celular), alteração genética familiar, histórico de falha de implantação ou abortamento de repetição. A decisão é sempre feita em conjunto com o casal, após exposição dos riscos e benefícios da técnica. Casais sem riscos genéticos podem fazer esse exame também se desejarem. 
 
Vantagens
A maior parte das falhas genéticas resulta na não implantação ou no aborto espontâneo do embrião. Muitas vezes, porém, o bebê pode se desenvolver e nascer com alterações genéticas. As trissomias (quando há mais de três cromossomos em um par), por exemplo, podem resultar crianças com síndrome de Down, em que há três cromossomos do tipo 21, entre outras doenças genéticas. Há um caso também em que fica apenas um cromossomo sexual, em que a criança nasce com a síndrome de Turner. Além disso, doenças como anemia falciforme e a fibrose cística, são resultados de falhas genéticas, e podem trazer diversos problemas para a saúde dessas futuras crianças. 
 
Portanto, fazer esse diagnóstico impede não só uma maior incidência abortos espontâneos, como também aumenta as chances do nascimento de uma criança saudável. 
 
Riscos
As chances de falha no diagnóstico desses exames são pequenas (apenas 10%). Um risco comum é que o procedimento acarrete na parada do desenvolvimento embrionário. A chance de perda dos embriões nesse procedimento é de 5%. Mas tudo depende da qualidade do laboratório em que o material for coletado. 
 
Onde encontrar
Esse exame pode ser feito em clínicas particulares e é coberto por alguns convênios (consulte sua operadora), mas não está disponível no Sistema Único de Saúde. 
 
Fontes consultadas
- Geneticista Ciro Martinhago (CRM-SP 102030), diretor do departamento de genética médica do SalomãoZoppi Diagnósticos e diretor da Chromossome Medicina Genômica (SP)

- Ginecologista especialista em reprodução humana Paulo Bianchi (CRM SP 109.072), coordenador da Unidade Huntington do Hospital Samaritano (SP)

- Ginecologista especialista em reprodução humana Fernanda Imperial (CRM SP 141.770), médica da Clínica Vida Bem Vinda, em São Paulo (SP) 
 
Minha Vida

Chá de hibisco: a bebida que combate a gordura da barriga e quadris

Chá de hibisco evita o acúmulo de gordura
Ele ainda controla os níveis de colesterol, pressão arterial e tem ação diurética
 
O chá de hibisco é preparado com o cálice do botão seco da flor chamada Hibiscus Sabdariffa, que não é aquela espécie de hibisco normalmente encontrada nos jardins. Devido a esta planta, a bebida é rica em substâncias antioxidantes como flavonoides e ácidos orgânicos. Estes nutrientes proporcionam diversos efeitos benéficos, entre eles, a ação diurética, impedindo a retenção de líquidos, e a capacidade de evitar o acúmulo de gorduras, principalmente na região da barriga e quadris. 
 
Este último ocorre porque o chá reduz a adipogênese, processo no qual ocorre a maturação de células pré-adipócitas que se convertem em adipócitos maduros, capazes de acumular gordura no corpo. 
 
Outros estudos apontam que alguns flavonoides presentes na bebida possuem um efeito cardioprotetor e vasodilatador. Assim, as substâncias ajudam a aumentar o colesterol bom, HDL, diminuir o colesterol ruim, LDL, triglicerídeos e a pressão arterial. 
 
Principais nutrientes do chá de hibisco
Chá de hibisco - 200 ml - um copo
Calorias74 kcal
Proteínas0,86 g
Gorduras totais 1,3 g
Carboidratos 14,82 g
Fibras 0,6 g
Açúcar total 12 g
Ferro 17,28 mg
Magnésio 2 mg
Fósforo6 mg
Potássio 18 mg
Sódio 6 mg
Vitamina C36,8 mg
Tiamina - Vitamina B12,55 mg
Riboflavina - Vitamina B20,198 mg
Ácido fólico2 mcg
Vitamina A 30 mcg
Cálcio 2 mg

Fonte: Tabela do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.                 

Confira qual a porcentagem do Valor Diário* de alguns nutrientes que a porção recomendada, 200 ml (um copo), deste chá carrega: 
  • 213% de vitamina B1
  • 123% de ferro
  • 82% de vitamina C
  • 15% da vitamina B2
  • 5% de vitamina A
*Valores Diários de referência para adultos com base em uma dieta de 2.000 kcal ou 8.400 kj. Seu valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas. 
 
O cálice da flor utilizado para elaborar o chá de hibisco é rico em vitamina B2 (riboflavina), que auxilia na saúde da pele, ossos e cabelos, e a vitamina B1 (tiamina). Todas vitaminas pertencentes ao complexo B ajudam o nosso corpo na captação de energia nas células, principalmente ao auxiliar no metabolismo do oxigênio e da glicose, as principais fontes de combustível celular. A B1, ainda por cima, tem essa ação principalmente nos neurônios, células que formam nosso cérebro. 
 
O chá ainda possui boas quantidades de ferro, que atua no transporte de oxigênio no organismo e previne problemas como anemia, dor de cabeça e cansaço. A Vitamina A, que conta com um efeito antioxidante e é necessária para a visão, sistema imunológico, pele e saúde óssea, e a vitamina C, que protege o organismo contra a baixa imunidade, doenças cardiovasculares, doenças dos olhos e até envelhecimento da pele, também estão presentes na bebida.  
 
A bebida conta com diversas substâncias antioxidantes, como os flavonoides, especialmente as antocianinas, que possuem efeito cardioprotetor, vasodilatador e contribuem para evitar o acúmulo de gorduras. 
 
Outro flavonoide interessante é a quercetina que ajuda a proporcionar uma ação diurética. Os ácidos orgânicos, como os ácidos cítricos, hibístico e málico, também possuem ação antioxidante e estão presentes em boas quantidades no chá de hibisco.
 
Chá de hibisco tem ação diurética
Benefícios do chá de hibisco
 
Evita o acúmulo de gordura: Uma pesquisa publicada no Journal of Ethnopharmacology da Sociedade Internacional de Etnofarmacologia concluiu que o chá de hibisco é capaz de reduzir a adipogênese. Este processo consiste na maturação celular no qual as células pré-adipócitas se convertem em adipócitos maduros capazes de acumular gordura no corpo. 
 
Ao diminuir este processo, o chá de hibisco contribui para que menos gordura fique acumulada na região do abdômen e nos quadris. Ainda não está claro qual é a substância presente na bebida que é responsável pelo benefício. Porém, acredita-se que a ação antioxidantes dos flavonoides antocianina e quercetina contribuem para reduzir o depósito de gordura.
 
Ação diurética: O chá de hibisco tem efeito diurético, por isso é um aliado para evitar a retenção de líquidos. Um estudo publicado no Journal of Ethnopharmacology da Sociedade Internacional de Etnofarmacologia observou que o flavonoide quercetina presente na bebida é um dos nutrientes que ajuda a proporcionar esta ação. 
 
Outra pesquisa publicada pela Planta Medica, da Society for Medicinal Plant and Natural Product Research, concluiu que o chá age na aldosterona, hormônio secretado pelas suprarrenais que regulam o balanço eletrolítico do organismo favorecendo a ação diurética. Ainda não foram identificados quais os nutrientes que proporcionam o benefício. 
 
Controla o colesterol: Um estudo publicado no Journal of Alternative and Complementary Medicine feito com 53 pacientes portadores de diabetes concluiu que o consumo do chá de hibisco contribui para a diminuição do colesterol ruim, LDL, e aumento do colesterol bom, HDL. A bebida diminuiu o colesterol LDL em 8% e aumentou o HDL em 16,7%. 
 
O mesmo estudo comparou o chá de hibisco com o chá preto e observou que o primeiro é mais eficiente para o combate do colesterol do que o segundo. Isto porque o preto apenas aumentou o HDL, mas diminuiu o LDL. O chá de hibisco é tão interessante para pessoas que possuem problemas com os níveis de colesterol por ser rica em substâncias com ação antioxidante.  
 
Controla a pressão arterial: Um estudo publicado no Journal of Nutrition concluiu que o chá de hibisco ajuda a baixar a pressão arterial. A pesquisa contou com 65 pacientes que tiveram os níveis de pressão arterial reduzidos. Os estudiosos acreditam que alguns flavonoides presentes na bebida proporcionariam este benefício ao diminuir uma enzima que atua sobre a pressão arterial. 
 
Bom para o cérebro: O chá de hibisco conta com boas quantidades de vitaminas B1 e B2. Todas as vitaminas pertencentes ao complexo B ajudam o nosso corpo na captação de energia nas células, principalmente ao auxiliar no metabolismo do oxigênio e da glicose, as principais fontes de combustível celular. A B1, ainda por cima, tem essa ação principalmente nos neurônios, células que formam nosso cérebro. 
 
Quantidade recomendada do chá de hibisco 
A orientação é consumir um copo de 200 ml de chá de hibisco. Para cada copo deve ser utilizado de 4 a 6 gramas da flor seca, equivalente a uma colher de chá, ou dois a três pacotinhos de chá.  
 
Como consumir o chá de hibisco
Caso utilize a flor a granel, procure aquecê-la o mínimo possível para não perder as propriedades. Separe 200 ml de água, deixe ferver e após isso adicione de 4 a 6 gramas, equivalente a uma colher de chá, da flor seca. Mantenha a bebida por três minutos no fogo e após isso ela pode ser consumida.

 
Compare o chá de hibisco com outros chás
Nutrientes Chá de hibisco - 200 ml - um copoChá-preto - 450 mlChá mate - 1 litro
Calorias74 kcal1 kcal30 kcal
Proteínas0,86 g 0 g 0 g
Gorduras totais 1,3 g0 g 1 g
Carboidratos14,82 g0.3 g 6 g
Fibras0,6 g0 g 0 g
Cálcio2 mg 0 mg 10 mg
Ferro 17,28 mg 0.01 mg 0 mg
Magnésio 2 mg1 mg 20 mg
Fósforo 6 mg1 mg 0 mg
Potássio18 mg21 mg 50 mg
Sódio6 mg 0 mg0 mg
Vitamina C36,8 mg 0 mg0 mg
Tiamina - Vitamina B12,55 mg 0 mg8,9 mg
Riboflavina - Vitamina B20,198 mg 0.014 mg 0 mg
Ácido fólico2 mcg 5 mcg0 mcg
Vitamina A30 mcg 0 mcg0 mcg
 
Fonte: Tabela do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos e Tabela Brasileira de Composição dos Alimentos / Taco - versão 2, UNICAMP 
 
O chá de hibisco possui quantidades do flavonoide antocianina, um poderoso antioxidante, tão relevantes quanto as frutas vermelhas e roxas, como a amora, morango e mirtilo (blue berry). Comparado com outros chás, o de hibisco é rico em vitaminas A e C e em ferro, enquanto o preto e o mate não possuem estes nutrientes. 
 
Combinando o chá de hibisco
Chá de hibisco + alimentos termogênicos: Pessoas que pretendem emagrecer podem combinar o chá de hibisco com um alimento termongênico. Isto porque o primeiro irá evitar que a gordura se acumule na região do abdômen e quadris enquanto o segundo será capaz de aumentar o gasto energético. Uma boa opção de bebida termogênica é o chá verde. 
 
Contraindicações
É interessante que gestantes e lactantes evitem o chá de hibisco. Isto porque alguns estudos preliminares apontaram que a bebida possui ação mutagênica, ou seja pode interferir na estrutura dos genes do bebê, trazendo problemas. 
 
Riscos do consumo excessivo
Por ter ação diurética, o consumo em excesso do chá de hibisco pode fazer com que a pessoa elimine muito eletrólitos, nutrientes essenciais para o funcionamento do organismo composto principalmente por cálcio, potássio, sódio e magnésio. A falta destas substâncias pode levar à desidratação. 
 
Onde encontrar
O extrato seco da flor de hibisco pode ser encontrada em lojas de produtos naturais.
         
Fontes consultadas:
Andrea Dario Frias, doutora em ciência da nutrição e Ph.D em nutrição, coordenadora do centro de pesquisas Sanavita. Alexandros Botsaris, clínico geral e fitoterapeuta, presidente do Conselho Diretor da Associação Brasileira de Fitoterapia. Maria Angélica Fiut, nutricionista e fitoterapeuta, membro do Conselho Diretor da Associação Brasileira de Fitoterapia (ABFIT). 
 
Minha Vida

Ovo: aliado do cérebro e das grávidas

O ovo é bom para o cérebro e para as grávidas
Alimento é bom para a memória, concentração, desenvolvimento cerebral e o crescimento saudável do feto
 
A criação de aves domésticas na América começou com a segunda viagem de Cristóvão Colombo ao continente em 1493. A bordo do navio estavam os primeiros galináceos, uma linhagem originária da Ásia. Assim, o ovo de galinha chegou ao Novo Mundo e anos depois passou a fazer parte da dieta dos brasileiros. 
 
 Após séculos como um dos principais alimentos da população mundial, especialistas passaram a afirmar que o ovo causava altos níveis de colesterol, fazendo com que ele fosse considerado um vilão da saúde.
 
Felizmente, descobriu-se que apesar de conter colesterol, uma unidade possui 178 miligramas, não é ele quem faz os níveis subirem. Isto porque o que mais colabora para a elevação das taxas são as gorduras saturadas que ao longo do tempo estimulam a síntese do LDL, o colesterol ruim, e não o colesterol presente nos alimentos. 
 
Aliás, o ovo possui gorduras monoinsaturadas e poli-insaturadas que, apesar de não estarem presentes em grande quantidade no alimento, ajudam a diminuir os níveis do colesterol ruim (LDL) e a primeira ainda contribui para elevar o colesterol bom (HDL). 
 
O alimento ainda é importante para o desenvolvimento cerebral e da memória, pois possui colina, que é necessária para a formação de fosfolípides, componentes de todas as membranas celulares.  
 
O ovo é rico em vitaminas A, que tem efeito antioxidante e é essencial para a visão, D, responsável pela saúde óssea, E, que tem ação antioxidante, e em zinco, selênio e magnésio, minerais antioxidantes importantes para o organismo. 
 
O alimento é recomendado para quem quer emagrecer, pois proporciona saciedade, já que é rico em proteínas que tornam a digestão lenta. Além disso, como este processo digestivo é demorado, há maior gasto energético. 
 
Principais nutrientes do ovo
Ovo de galinha - 50 g (uma unidade)
Calorias 71,5 kcal
Proteína6,5 g
Gorduras4,45 g
Carboidrato0,8 g
Colesterol178 mg
Cálcio21 mg
Magnésio6,5 mg
Manganês--
Fósforo82 mg
Ferro0,8 mg
Sódio84 mg
Potássio75 mg
Cobre0,03 mg
Zinco0,55 mg
Retinol39,5 mcg
Tiamina0,0035 mg
Riboflavina0,29 mg
Piridoxina--
Niacina0,375 mg
 
Fonte: Tabela Brasileira de Composição de Alimentos - TACO, 2011.                     

A gema do ovo é rica em colina, nutriente que pertence ao grupo das vitaminas do complexo B e é necessário para a síntese de fosfolípides componente de todas as membranas celulares importante para o desenvolvimento cerebral e da memória. Outro benefício da colina é que ela é utilizada na síntese da acetilcolina, neurotransmissor que auxilia a memória e a concentração. 
 
O ovo também possuí vitamina A que tem efeito antioxidante, está relacionada ao zinco e cálcio e é essencial para a visão, sistema imunológico, pele e saúde óssea. Já a vitamina E também tem ação antioxidante. A vitamina D está muito presente no ovo, 50 gramas possuem 41 UI, e é responsável pela saúde óssea. Ela também auxilia na secreção de insulina e síntese e secreção de hormônios da tireoide.
 
O ovo cozido é muito saudável
Zinco, selênio e magnésio são minerais antioxidantes presentes no ovo e importantes para o organismo. O alimento possui as substâncias zeaxantina e luteína, carotenoides importantes porque têm efeito antioxidante e também protegem os olhos da ação da luz evitando a degeneração macular que ocorre com o passar da idade. 
 
Outro nutriente presente no ovo é o triptofano que participa da síntese de serotonina, importante na modulação do humor e bem estar. A albumina presente na clara é interessante por ser uma proteína com grande biodisponibilidade. Porém, ao contrário do que muitos acreditam, o consumo de altos índices de albumina não contribui para o aumento da força muscular. 
 
Confira qual a porcentagem do Valor Diário* de alguns nutrientes que a porção recomendada, 50 gramas (um ovo), deste alimento carrega: 
  • 30% de colina
  • 7% das proteínas
  • 22% de riboflavina (vitamina B2)
  • 4,2% de sódio
  • 59% de colesterol
*Valores Diários de referência para adultos com base em uma dieta de 2.000 kcal ou 8.400 kj. Seu valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas. 
 
Benefícios do ovo
 
Ajuda a emagrecer: O ovo é considerado um alimento funcional, pois como é rico em proteínas que tornam a digestão mais lenta, a sensação de saciedade também é prolongada. Além disso, como este processo digestivo é mais demorado, há maior gasto energético. O ovo também proporciona a sensação de bem estar porque possui o triptofano, que é a matéria prima para a produção de serotonina responsável pelo benefício.  
 
Bom para o cérebro: O ovo é uma das principais fontes de colina na dieta. Ela irá proporcionar uma série de benefícios para o cérebro. Isto porque a colina é necessária para a síntese de fosfolípides, componente de todas as membranas celulares, que é importante para o desenvolvimento cerebral e da memória. Outro benefício da colina é que ela é utilizada na síntese da acetilcolina, neurotransmissor que auxilia a memória e a concentração. 
 
Previne doença de Alzheimer: O alimento ajuda na prevenção da doença de Alzheimer porque possui a colina utilizada para a síntese da acetilcolina, neurotransmissor importante para a memória e concentração. À medida que a doença de Alzheimer evolui a acetilcolina é destruída, portanto consumir a substância precursora do neurotransmissor ajuda na reposição.  
 
Bom para gestantes: A colina presente no ovo é importante para as gestantes, pois reduz os riscos de problemas no fechamento do tubo neural do feto que é necessário para elaborar a calota craniana e a coluna vertebral do pequeno. Porém, ele não deve ser consumido cru ou com a gema mole, pois há o risco de infecções intestinais como a salmonela.
Efeito antioxidante: O ovo possui nutrientes com ação antioxidante como os carotenoides, a vitamina A e E, o ácido fólico, o zinco, o magnésio e selênio. Eles irão proteger as células das ações lesivas dos radicais livres e evitar o envelhecimento celular.  
 
Ajuda a visão: O ovo possui as substâncias zeaxantina e luteína, carotenoides importantes porque têm efeito antioxidante e também protegem os olhos da ação da luz evitando a degeneração macular que ocorre com o passar da idade.  
 
Quantidade diária recomendada de ovo
A quantidade recomendada é um ovo por dia. Isto equivale a cerca de 50 gramas que possuem 178 miligramas de colesterol. Esta porção do alimento ainda está dentro da orientação sobre consumo diário de colesterol, que não deve passar de 300 miligramas. 
 
Como consumir o ovo
A melhor maneira de consumir o ovo é cozido, pois assim não há o acréscimo de gorduras e aumento de calorias. Porém, ele também é uma opção interessante como omelete feito com pouco ou sem óleo em uma frigideira antiaderente. 
 
O ovo não pode ser ingerido cru ou frito com a gema mole, isto porque há o risco de infecções intestinais como a salmonela. Portanto, fique atento para as maioneses caseiras e mousses. Outra questão é que o calor inativa enzimas causadoras de fatores que comprometem a nutrição, são eles: avidina, que impede a absorção da biotina, vitamina do complexo B, ovomucóide ou ovoinibidor, inibidores de enzimas digestivas e ovotransferrina, que não permite a absorção do ferro. 
 
O ovo caipira é mais saudável do que o convencional, pois possui maior quantidade de carotenoides que tem uma importante ação antioxidante e evita a degeneração macular. 
 
Como armazenar o ovo: É importante que o ovo seja armazenado em local fresco e arejado, preferencialmente na geladeira. É interessante que ao ser colocado no refrigerador o alimento não fique na porta, pois ele pode ficar próximo da resistência do eletrodoméstico e ser exposto ao calor o que aumenta o risco de proliferação de bactérias. 
 
Como escolher o ovo: Ao comprar o ovo é importante ficar atento a validade do alimentos e notar se a casca está íntegra, sem trincas, rachaduras e sujeiras. Também observe a procedência do alimento, tome cuidado com ovos vindos de criações caseiras, pois a alimentação da galinha compromete os nutrientes presentes no ovo. Na hora da compra note se a embalagem está nova e limpa e ela deve possuir o nome do produtor com o CNPJ e carimbo de inspeção oficial. 
 
Compare o ovo com outros alimentos
Por ser rico em proteínas, o ovo é uma ótima alternativa para os vegetarianos. Uma unidade, com cerca de 50 gramas, substitui um bife de carne vermelha com o mesmo tamanho. O primeiro possui 6,5 gramas de proteína e 50 gramas de fraldinha contam com 8,8 gramas de proteína. Ainda que o ovo tenha um pouco menos do nutriente, ele é interessante porque a clara possui a albumina, um tipo de proteína com grande biodisponibilidade. 
 
O ovo de codorna é tão bom para a saúde quanto o de galinha. Cinco ovinhos do pássaro equivalem a um de galinha. Contudo, a mesma quantidade de ovos de codorna possui mais colesterol do que o ovo de galinha. Enquanto, 50 gramas de ovos codorna contam com 284 mg de colesterol, 50 gramas de ovos de galinha possuem 178 mg. 
 
Nutrientes (50 gramas)Ovo de galinha (cerca de 1 ovo)Ovos de codorna (cerca de 5 ovos)
Calorias71,5 kcal88,5kcal
Proteínas6,5 g6,75 g
Gorduras 4,45 g6,35 g
Carboidratos 0,8 g0,2 g
Colesterol 178 mg284 mg
Cálcio 21 mg39,5 mg
Magnésio6,5 mg7 mg
Manganês----
Fósforo 82 mg139,5 mg
Ferro0,8 mg1,65 mg
Sódio84 mg64,5 mg
Potássio 75 mg39,5 mg
Cobre 0,03 mg0,02 mg
Zinco0,55 mg1,05 mg
Retinol39, 5 mcg 152,5 mcg
Tiamina 0,035 mg 0,055 mg
Riboflavina0,29 mg 0,06 mg
Piridoxina ----
Niacina0,375 mg0,485 mg
 
Fonte: Tabela Brasileira de Composição de Alimentos - TACO, 2011.              

Contraindicações
Alguns estudos sugerem uma associação de risco entre o consumo de ovo e pacientes diabéticos. Ainda são necessários mais pesquisas para comprovar se há relação ou não, portanto é interessante que portadores da doença conversem com seu médico sobre ingerir o alimento. Pessoas com o colesterol elevado também devem consultar o médico sobre o consumo do ovo. 
 
Por ser uma fonte de proteínas, a orientação é não combinar o ovo com outros alimentos ricos no nutriente. Portanto, evite ingeri-lo com a carne e laticínios.  
 
Riscos do consumo excessivo
O consumo de mais de um ovo por dia não é interessante porque ultrapassa o limite diário do consumo de colesterol. Dois ovos possuem 356 ml de colesterol e a quantidade recomendada é 300 ml. Caso queira comer mais de um ovo, a orientação é fazer a preparação com uma unidade e apenas a clara do outro ovo, assim você diminui a quantidade de colesterol ingerida. 
 
Minha Vida

Mel: o alimento aliado do intestino

Mel previne problemas na garganta
Este adoçante natural também ajuda a aliviar dor de garganta e melhora a qualidade do sono
 
O mel é um produto natural obtido a partir do néctar das flores e de excreções da abelha. Além de ser um ótimo adoçante natural, este alimento é cheio de benefícios porque conta com ação antimicrobiana, capaz de impedir o crescimento ou destruir micro-organismos e assim proteger contra doenças. 
 
O mel também conta com ação antioxidante e prebiótica, esta última modifica o balanço da microbiana intestinal, estimulando o crescimento e/ou atividade de micro-organismos benéficos. Por ser rico em carboidratos e açúcar o mel é ótima fonte de energia. 
 
O mel também conta com ação antioxidante e prebiótica, esta última modifica o balanço da microbiana intestinal, estimulando o crescimento e/ou atividade de micro-organismos benéficos. Por ser rico em carboidratos e açúcar o mel é ótima fonte de energia. 
 
O alimento também conta com potássio, magnésio, sódio, cálcio, fósforo, ferro, manganês, cobalto, cobre e alguns outros minerais. Entre estes nutrientes, o potássio é o que está mais presente no mel e é interessante para o equilíbrio da pressão arterial. 
 
Os tipos de mel
O sabor, aroma e cor do mel irão variar de acordo com as floradas, definidas a partir do tipo de flor que a abelha coleta o néctar para produzir este doce. Alguns benefícios do mel podem ser mais fortes em determinados tipos do que em outros. Confira os principais tipos de mel consumidos no Brasil: 
 
Mel silvestre: Este é o mais ingerido no Brasil e é proveniente de diversas flores. É considerado interessante para a pele, vias respiratórias, tem efeito antioxidante e propriedades calmantes. 
 
Mel de flor de eucalipto: Possui um sabor mais forte e coloração escura. É interessante para o tratamento auxiliar e alivio de infecções intestinais, vias urinárias e doenças respiratórias. 
 
Mel de assa-peixe: Possui aroma e sabor agradáveis e possui efeito calmante e expectorante.       
Mel de flor de laranjeira: Conta com sabor suave e regula a função intestinal e tem efeito calmante.   
Mel de cipó-uva: possui ação antioxidante, especialmente no fígado, por isso pode ajudar a diminuir os efeitos do álcool. 
 
Principais nutrientes do mel
O mel conta com boas quantidades de açúcar e carboidratos e por isso ele é uma ótima fonte rápida de energia. Ele também possui alguns ácidos orgânicos, sendo que um deles, o ácido glucônico, contribui para a formação do peróxido de hidrogênio, um poderoso antibactericida. O ferro e o cobre presentes no mel contribuem para a ação antimicrobiana. 
 
O ácido glucônico também tem forte ação antioxidante. O mel ainda conta com grande número de compostos que proporcionam este mesmo benefício. Os ácidos fenólicos, os flavonoides, certas enzimas, como a glicose oxidase, catalase e peroxidase, ácido ascórbico, hidroximetilfurfuraldeído e carotenoides. Todas as substâncias contribuem para combater os danos causados por agentes oxidantes, presentes nos alimentos e no corpo humano, e assim prevenir o envelhecimento e doenças como o Alzheimer, cardiovasculares, entre outras.  
 
O mel conta com carboidratos não digeríveis e oligossacarídeos que são prebióticos. Isto significa que eles contribuem para a manutenção da microbiota intestinal e assim estimulam o trânsito intestinal, cooperam com a consistência normal das fezes, previnem diarreia e constipação. 
 
Este adoçante natural possui potássio, interessante para o equilíbrio da pressão arterial, cálcio, importante para a saúde dos ossos, ferro, necessário para a prevenção da anemia, e outros minerais. 
 
Nutrientes Mel - 25 gramas
Calorias 77.25 kcal
Carboidratos21 g
Cálcio 2.5 mg
Magnésio 1.5 mg
Ferro0.075 mg
Potássio24.75 mg
Fósforo 1 mg
 
Fonte: Tabela Brasileira de Composição dos Alimentos / Taco - versão 2, UNICAMP    
Confira qual a porcentagem do Valor Diário* de alguns nutrientes que a porção recomendada, 25 gramas (uma colher de sopa), de mel carrega: 
  • 7% de carboidratos
  • 0,5% de ferro
  • 0,25% de cálcio.
Benefícios do mel
 
Bom para dor de garganta: Sua avó estava certa! Como o mel possui ação antimicrobiana, capaz de impedir o crescimento ou destruir micro-organismos, ele é interessante para aliviar a dor de garganta momentaneamente. Mas é importante ressaltar que não há nenhum estudo científico comprovando que o mel trate as causas desse sintoma, como uma faringite por exemplo, e nem a evolução da doença relacionada a uma dor de garganta. 
 
As característica do mel que fazem com que ele tenha esta ação antibiótica são: o baixo ph, proporcionando um ambiente ácido que pode inibir o desenvolvimento de muito micro-organismos, pouca quantidade de água, que não proporciona condições favoráveis para o crescimento das bactérias. Além disso, o mel possui o ácido glucônico que contribui para a formação do peróxido de hidrogênio, um poderoso antibactericida. 
 
Bom para problemas respiratórios: Pesquisas mostraram que bactérias causadoras de algumas doenças são sensíveis a ação antibacteriana do mel. Entre esses micro-organismos estão a Haemophilus influenzae, responsável por infecções respiratória e sinusites, Mycobacterium tuberculosis, que leva a tuberculose, Klebsiella pneumoniae e Streptococcus pneumoniae, que causa a pneumonia. Nesse caso, vale a mesma ressalva em relação à dor de garganta. O mel pode ajudar aliviando os sintomas e o desconforto, mas não promove a cura da doença em si. O tratamento dessas doenças, portanto, deve ser indicado por um especialista. 
 
Bom para o intestino: O mel pode ser um importante aliado na manutenção da microbiota intestinal (conhecida como flora intestinal), que são bactérias benéficas que carregamos ali. Contribuindo assim para um melhor trânsito intestinal, a consistência normal das fezes, prevenção de diarreia e constipação. 
 
Com a microbiota boa, quando a pessoa consumir fibras as bactérias do bem transformam as fibras em ácidos graxos de cadeia curta, que impedem que os micro-organismos ruins do intestino invadam a corrente sanguínea e se espalhem pelo nosso corpo, criando uma defesa indireta. 
 
Todos estes benefícios ocorrem porque o mel possui carboidratos não digeríveis e oligossacarídeos que são prebióticos, ou seja, contribuem para a manutenção da microbiota intestinal. Além disso, pesquisas mostraram que bactérias causadoras de algumas doenças são sensíveis a ação antibacteriana do mel. Entre esses microrganismos estão: Escherichia coli, causadora de diarreia e infecções urinárias e Salmonella species, que pode levar a diarreia. 
 
Bom para pele: O mel é rico em antioxidantes, como ácidos fenólicos, os flavonoides e os carotenoides. Por isso, o alimento contribui para a diminuição dos radicais livres e assim previne o envelhecimento precoce e contribui para a pele mais bonita e saudável. O mel pode ser ingerido ou utilizado em cosméticos como sabonetes e cremes. 
 
Ao ser passado na pele algumas pesquisas, entre elas uma da Universidade de Ouagadougou de Burkina Faso, observaram que o mel pode agir como cicatrizante de feridas e em casos de úlceras, queimaduras e abscessos na pele. Os micro-organismo staphylococcus aureus e salmonela typhimurium, ambos causadores de infecções em ferimentos, são sensíveis a ação antibacteriana do mel. 
 
Ação antioxidante: Isto faz com que o mel ajude a diminuir os radicais livres e assim contribua para evitar o envelhecimento celular, proporcionando uma pele mais bonita e saudável e prevenindo doenças como o Alzheimer, cardiovasculares, entres outras. 
 
As substâncias presentes no alimento que proporcionam este benefício são: ácido glucônico, os ácidos fenólicos, os flavonoides, certas enzimas, como a glicose oxidase, catalase e peroxidase, ácido ascórbico, hidroximetilfurfuraldeído e carotenoides. 
 
Diminui os riscos de infecção urinária: Alguns estudos apontaram que bactérias causadoras de certas doenças são sensíveis a ação antibacteriana do mel. Entre esses microrganismos estão a streptococcus faecalis, proteus species e pseudomonas aeruginosa, todas elas podem causar a infecção urinária. 
 
Melhora o sono e ajuda a relaxar: O mel estimula a produção de serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e bem-estar. O alimento é um carboidrato fonte de triptofano, um aminoácido precursor da serotonina, que é o hormônio responsável por baixar os níveis de estresse do organismo, melhorando o bem-estar. O mel tem uma função importante como regenerador da microbiota intestinal, quando combinado aos lactobacilos presentes no intestino. Sabe-se que mais de 90% da serotonina é produzida no intestino, portanto o mel ajuda a manter a integridade intestinal colaborando com uma melhor regulação neuro-endócrina, com mais serotonina e mais disposição e sensação de prazer.  
 
Quantidade recomendada de mel
O quanto consumir de mel por dia pode variar entre uma colher de chá, cerca de 10 gramas, a uma colher de sopa, aproximadamente 25 gramas. É importante ressaltar que este alimento deve ser inserido em uma dieta saudável. 
 
Como consumir o mel
O mel pode ser utilizado como uma substituição saudável ao açúcar refinado na preparação de bolos, tortas, biscoitos, entre outros doces. Também é interessante consumi-lo com torradas, frutas, iogurtes, sucos e até mesmo na receita de carnes. 
 
Evite o aquecimento em excesso do mel, pois isto pode reduzir a acidez e a umidade do alimento e causar a perda de algumas enzimas, fazendo com que o alimento deixe de ter parte de suas propriedades benéficas. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária orienta aquecer o alimento até no máximo 70 graus. 
 
Mel cristalizado: Por ser uma solução rica em açúcar, quando armazenado em temperaturas abaixo da média da colmeia, que é entre 34 e 35 graus, o mel pode cristalizar. Para que ele volte ao estado líquido sem perder as propriedades nutricionais a orientação é colocar a quantidade a ser utilizada de mel em um pote em banho-maria a 45 graus durante cinco minutos. Deixe a água esfriar com o pote dentro. 
 
Cuidados com a origem do mel: É importante ficar atento para a procedência do mel. Opte sempre pelo produto que tem as informações do fabricante e o selo do Serviço de Inspeção Federal (S.I.F). O S.I.F pertence ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal que tem por objetivo normatizar e autorizar a produção e comercialização de todos os alimentos de origem animal no Brasil.  
 
Comparando o mel com outros alimentos
Nutrientes Mel - 25 gramas Melado - 25 gramas Açúcar refinado - 50 gramasAçúcar mascavo - 50 gramas
Calorias 77.25 kcal 74 kcal 193.5 kcal184.5 kcal
Carboidratos21 g 19.15 g49.75 g 47.25 g
Cálcio 2.5 mg25.5 mg 2 mg 63.5 mg
Magnésio 1.5 mg28.75 mg 0.5 mg40 mg
Ferro 0.075 mg 1.35 mg 0.05 mg4.15 mg
Potássio 24.75 mg98.75 mg3 mg261 mg
Fósforo 1 mg18.5 mg 0 mg19 mg
 
Fonte: Tabela Brasileira de Composição dos Alimentos / Taco - versão 2, UNICAMP.
*Comparação baseada nas quantidades diárias recomendadas de cada alimento. Valores Diários de referência para adultos com base em uma dieta de 2.000 kcal ou 8.400 kj. Seu valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas.       
 
O mel é muito mais saudável para a alimentação do que o açúcar refinado. Enquanto o primeiro possui uma série de substâncias que proporcionam benefícios para o organismo, o segundo é somente fonte de calorias, sem outros nutrientes interessante. 
 
Já o açúcar mascavo não passa pelo processo de refinamento e por isso preserva nutrientes em sua composição. Ele conta com boas quantidades de ferro, importante para evitar a anemia, e potássio, nutriente que participa do processo de equilíbrio da pressão arterial. Além disso, o alimento possui magnésio, fósforo e cálcio. Porém, o alimento não possui as propriedades antioxidantes, antibacterianas e prebióticas do mel. 
 
O melado, que assim como o açúcar refinado e mascavo é derivado da cana de açúcar, é uma outra opção para adoçar, pois não passa pelo refinamento. Assim, ele possui boas quantidades de nutrientes semelhantes aos do mascavo, como o ferro e o potássio. Alguns estudos apontam que o melado é interessante para a prisão de ventre. Contudo, ele também não possui as propriedades antioxidantes, antibacterianas e prebióticas do mel.
 
Mel com leite é uma ótima combinação para o sono
Combinando o mel
Mel + cereais: O mel possui ação prebiótica que melhora a microbiota intestinal e os cereais, como aveia, são ricos em fibras. Com a microbiota boa, quando a pessoa consumir fibras as bactérias do bem transformam as fibras em ácidos graxos de cadeia curta, que impedem que os micro-organismos ruins do intestino invadam a corrente sanguínea e se espalhem pelo nosso corpo, criando uma defesa indireta. 
 
Mel + leite: A combinação pode ser ótima para melhorar a qualidade do sono, principalmente para quem tem mais dificuldade de desligar o cérebro antes de dormir. A temperatura morna do leite é reconfortante, ajudando o corpo a relaxar. Além disso, o alimento é fonte de triptofano, aminoácido que melhora o bem-estar e prepara para o sono. Já o mel, além de também ser fonte de triptofano, é uma fonte de carboidrato simples, que também ajuda no sono, pois facilita a absorção do triptofano. 
 
Contraindicações
O mel não deve ser consumido por crianças menores de um ano. Isto porque o alimento pode ter clostridium botulunum, bactéria causadora do botulismo. A doença pode causar problemas de saúde sérios como visão dupla e embaçada, fotofobia, tonturas, boca seca, constipação, comprometimento do sistema nervoso (dificuldades para engolir, falar, se mover) e comprometimento dos músculos respiratórios. Esta quantidade de bactéria presente no mel pode ser prejudicial para crianças com menos de um ano porque elas não possuem a microbiota completamente formada. Para os adultos saudáveis esta quantidade de clostridium botulunum não é prejudicial. 
 
Além disso, o mel não é recomendado para pessoas que possuem diabetes. Isto porque este alimento rico em açúcar pode levar a picos de glicemia no organismo. Grávidas também devem ficar atentas ao mel e procurar incluí-lo em uma dieta saudável, a fim de evitar o risco de diabetes gestacional. 
 
Riscos do consumo excessivo
Como o mel é muito calórico e rico em açúcar o consumo em excesso pode causar o ganho de peso. Além disso, grandes quantidades de mel, assim como o açúcar, podem elevar os níveis de glicose no sangue rapidamente, fazendo com que os níveis de insulina aumentem e consequentemente a longo prazo isso pode levar a resistência à insulina que favorece o diabetes tipo 2. 
 
Minha Vida

Conheça o parto que oferece 'transição suave' para bebês

Arquivo Pessoal/Holly Lynne
Muitas mães têm optado por não cortar o cordão umbilical e
manter a placenta ligada ao bebê
Cada vez mais britânicas optam por 'parto de lótus', em que ligação com placenta é mantida por vários dias após nascimento; médicos alertam para risco de infecções
 
Um crescente número de mulheres vem adotando uma forma diferente de dar à luz, em que o contato do bebê com a placenta é preservado por alguns dias após o nascimento: o parto de lótus.
 
Muitas das mães que optaram pela nova alternativa acreditam que a manutenção da ligação à placenta traz benefícios espirituais aos bebês.

Na prática, a placenta, expelida pela mãe após o nascimento, permanece ligada ao recém-nascido através do cordão até que este se solte sozinho, naturalmente.
 
Para críticos, entretanto, manter a placenta por dias pode causar sérias infecções no bebê.
 
Experiência diferente
A britânica Holly Lyne tem 31 anos e é escritora. Há dois anos, grávida de seu segundo filho, ela optou pelo parto de lótus.
 
"O meu primeiro parto foi muito traumático. E durante a segunda gravidez eu estava determinada a ter uma experiência diferente", disse Lyne à BBC Brasil.
 
"Eu fiz várias pequisas durante a gravidez e o parto de lótus me pareceu uma transição suave para o bebê, do útero para o mundo exterior."
 
Diferente da maioria das mulheres que optam pela alternativa, Lyne não teve um parto normal ou natural (sem anestesia).
 
Depois de horas em trabalho de parto em casa, acompanhada da parteira Debbie Rodhes, Lyne precisou ser levada ao hospital e submetida à uma cesariana de emergência.
 
Ela lembra que quando chegou no hospital e apresentou seu birth plan (plano de nascimento, em tradução livre) – um protocolo comum na Grã-Bretanha, em que mãe explica exatamente como deseja o parto - houve uma certa resistência por parte dos médicos em relação a escolha pelo parto de lótus.
 
"No início eles ficaram relutantes pois não sabiam como proceder. Mas a Debbie estava lá para me dar apoio e explicar passo a passo o que deveria ser feito."
 
Apesar de ter sido submetida à uma cirurgia, Lyne deixou o hospital no dia seguinte, e foi pra casa acompanhada de Alfie e sua placenta.
 
Rodhes disse que nos últimos 9 anos, dos 260 partos que assistiu, 25 foram feitos seguindo a técnica do parto de lótus.
 
Polêmica
O parto de lótus causou polêmica recente no país quando obstetras expressaram grande preocupação em relação à prática, dizendo que deixar o cordão umbilical no recém-nascido por cerca de sete dias – o tempo médio que demora para o cordão se soltar – pode resultar em infecções sérias para o bebê.
 
"Nós estamos conscientes que muitas mulheres estão optando por não cortar o cordão umbilical, e isso é algo que nós não aconselhamos", disse à BBC Brasil o obstetra Patrick O'Brian, porta-voz do Royal College of Obstetricians and Gynaecologists (RCOG).
 
No entanto, não existem números ou estudos publicados que possam ser usados para justificar ou condenar a prática.
 
"O número de pessoas que optam pelo parto de lótus é pequeno, e por isso eu não conheço nenhum caso de infecção. Mas o perigo está lá, pois logo após o parto a pulsação é interrompida e a placenta permanece cheia de sangue, um ambiente favorável ao desenvolvimento de infecções", disse o obstetra.
 
Em um comunicado, a RCOG afirma que, "pela inexistência de pesquisa sobre a técnica de lótus (nova na Grã-Bretanha) não há nenhuma prova médica de que a manutenção da placenta traga algum benefício aos recém-nascidos".
 
'Benefício espiritual'
Debbie Rodhes, que há 9 anos trabalha como parteira independente — e há três e meio também optou pelo parto de lótus — concorda que não existem benefícios fisiológicos em manter a ligação umbilical do bebê, uma vez que a transferência de sangue da circulação placentária para a circulação fetal é interrompida cerca de 3 a 20 minutos após o parto.
 
Mas ela ressalta o viés espiritual do parto de lótus. "Aqueles que optam por esse tipo de parto acreditam ser uma forma de não interferência, e não separar a placenta do bebê de forma artificial", explicou Rodhes à BBC Brasil.
 
"É algo espiritual deixar a separação acontecer naturalmente."
 
Enquanto a origem exata do parto de lótus seja desconhecida, sabe-se que a técnica atual foi introduzida nos anos 1980 por praticantes de ioga que exploravam os benefícios do parto natural.
 
Os iogues deram à prática o nome de parto de lótus fazendo uma ligação entre a função vital da placenta durante a gestação à relevância que a flor de lótus tem nas religiões budista e hindu.
 
Cuidado e separação
Lyne acredita que seu filho gostava de ter a placenta ligada à ele. "Ele brincava com o cordão, da mesma forma que fazia dentro do útero."
 
Lyne e Rodhes explicam que além de manter a área ao redor do umbigo limpa e seca enquanto o cordão não é separado, da mesma forma que é feito quando o cordão é cortado, é preciso também manter a placenta limpa.
 
Lyne conta que Rodhes limpou sua placenta no hospital, mas que dois dias depois, já em casa, ela começou a ficar com um cheiro ruim.
 
"Nós usamos uma combinação de água morna e sal. A água deve ser morna, porque água fria pode mandar um choque térmico pelo cordão para o bebê", lembra Lyne.
 
"Nós afundamos a placenta dentro d'água, secamos com papel toalha e depois de seca, embrulhamos ela de volta em uma fralda de pano."
 
No quarto dia após o parto, o cordão de Alfie caiu. No caso do filho de Rodhes, a separação ocorreu depois de 3 dias.
 
O que fazer com a placenta depois da separação?
 
"A minha ainda está no freezer! Quero enterrá-la no meu jardim, mas preciso comprar uma planta", disse Rodhes.
 
Outra briga
O parto de lótus não é novidade, e, segundo Rodhes, "sempre existiu, a diferença é que hoje a prática é mais discutida como uma opção para as mães", como tem ocorrido na Grã-Bretanha.
 
Já no Brasil, Segundo a ginecologista e obstetra Ana Fialho, no Brasil a briga ainda é outra.
 
"Aqui o cordão é cortado imediatamente após o nascimento, mesmo já estando bem estabelecido pela ciência que aguardar pelo menos 3 minutos entre e o nascimento e a separação do recém-nascido da placenta diminui a taxa de anemia desses bebês com um ano de idade."
 
Sobre recomendar ou não o parto de lótus para suas pacientes, Fialho diz que não considera responsável condenar ou estimular qualquer prática sem antes estudá-la e conhecer suas consequências.
 
"No caso de uma família optar pelo parto de lótus, cabe ao profissional de saúde orientar como manter a placenta sob cuidados de higiene e sobre os sinais de infecção, para que o tratamento seja feito assim que necessário", ela disse.
 
Apesar de discordar da prática, O'Brian concorda que a decisão final é da mãe.
 
"O meu conselho é não fazer, e vou ressaltar todas as coisas que podem acontecer, principalmente uma infecção muito séria."

Delas

Rede Social tenta romper isolamento de pessoas com doenças crônicas

Reprodução
Rede social para pacientes de doenças crônicas tem 1,5 mil usuários
Viciada em jogo, Maria de Fátima Silva encontrou nas conversas com outros pacientes do Amizade Positiva forças para se livrar da compulsão por bingo
 
A ajuda para combater a compulsão veio a partir de mensagens de desconhecidos quando, há um ano, Maria de Fátima Silva, de 51 anos, publicou num site de relacionamentos que sua vida já não fazia mais sentido: “Meu nome é Maria de Fátima. Tenho 51 anos e sou compulsiva por jogo. Isso me traz depressão. Sou uma pessoa que não gosta da vida”, escreveu no Amizade Positiva.
 
O site Amizade Positiva tem atualmente 1,5 mil usuários e uma média de 400 mensagens trocadas por dia. São pessoas que buscam namoro, amizade ou alguém para compartilhar suas dúvidas e dificuldades sobre como contar para os pais e o namorado que o teste de HIV deu positivo, como sobreviver às dores do preconceito por ser albino ou informações para melhorar o bem estar do parkinsoniano.
 
No caso de Maria de Fátima, por causa do vício que manteve por 15 anos, todos os dias ela entrava em bingos clandestinos na tentativa de suprir algo que ainda hoje não sabe o que é. Moradora do bairro de Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro, a dona de casa afirma ter torrado muito mais de R$ 100 mil reais na compra de cartelas. Correu risco, adquiriu dívidas com agiotas, tentou se matar duas vezes e, mesmo assim, não considerava que o que tinha era doença.
 
“Depois de jogar, eu sentia muita culpa. Com tanta dívida, coloquei em risco pessoas que eu amo. Só não me prostitui ou cometi crimes na rua porque conseguia dinheiro roubando do meu filho e do meu marido. Passei a frequentar o JA [jogadores anônimos] por insistência do meu filho, não por vontade própria. Eu precisava fazer uma média com ele”, disse.
 
Mesmo frequentando a reunião de grupo nos Jogadores Anônimos, Maria de Fátima não aceitava o fato de que era compulsiva. Foi preciso, mais uma vez por insistência do filho de 25 anos, se cadastrar em um site para conversar abertamente com outras pessoas sobre suas tristezas - e não sobre quanto tempo tinha ficado sem jogar. Só assim ela conseguiu forças para buscar tratamento.
 
Antes disto, por muito tempo, ela aproveitou a ida ao JA para dar uma passada no bingo depois. “Não é que o apoio do grupo não ajudasse, mas só isso não era suficiente para eu largar do vício. Era muito maçante ouvir os mesmos problemas todo o tempo. Saía da reunião e ia para o bingo e lá encontrava muitos companheiros de JA”, disse.
 
Amizade Positiva
O site surgiu há um ano quando um amigo dos criadores do Amizade Positiva, HIV positivo, reclamou da dificuldade de começar relacionamentos. Ele não sabia se devia dizer imediatamente sua condição, ou esperar mais alguns encontros para contar. “A questão era que se ele contasse no primeiro momento poderia assustar, mas se demorasse a pessoa poderia se sentir enganada. Pensamos que num site de relacionamento, ela pudesse falar abertamente sobre sua condição médica sem medo e criando vínculos sinceros”, diz Bruno Siqueira, um dos criadores do site.
 
Porém, Siqueira afirma que o mais interessante está no fato de pessoas com diferentes condições ajudarem umas as outras. “Acho que as pessoas conseguem dividir angustias e no fim aprendem como lidar com a solidão que o paciente de doenças crônicas sente”, disse.
 
Maria de Fátima afirma que conversando pela internet com pessoas com HIV, depressão, bipolaridade e outras doenças crônicas ela conseguiu enxergar que tinha uma doença e que precisava se tratar. “Tinha tanta gente com doenças muito mais graves, e eu estava lá criando o meu próprio problema. Foi lá, pela primeira vez, que alguém me disse diretamente que eu precisava ir ao médico, a um psiquiatra”, disse.
 
O recado veio de Mariah, que tem depressão. Hoje as duas são amigas, se falam pelo Facebook, e marcaram de se encontrar pessoalmente em Niterói.
 
A dona de casa já está há oito meses longe das casas de bingo. Tem ido ao JA, ao psiquiatra e ao psicólogo e continua teclando pela internet. “Já conversei com um bando de gente, nunca encontrei ninguém com a mesma condição que eu, só uma moça compulsiva, mas era por comida. Mesmo assim, consegui muita informação para conseguir me tratar”, disse.
 
Esta semana, Maria de Fátima ficou feliz em poder ajudar um rapaz com Aids que não estava tomando o medicamento. “Conversando, consegui mostrar para ele que era preciso seguir o tratamento. Fiquei sabendo que ele já se inscreveu para receber o medicamento.”

iG

OMS lança biblioteca virtual em biovigilância no Brasil

A biblioteca pode ser utilizada por qualquer pessoa e a publicação sobre os casos adversos é feita após análise de um comitê editorial e ficam disponíveis para consulta. Casos sob investigação não são publicados
 
Durante o III Encontro Global de Biovigilância da Organização Mundial de Saúde (OMS), em Brasília, foi lançado nesta segunda-feira (09) o Projeto NOTIFY, também conhecido como Notify Library. O evento foi organizado pela Anvisa e começou neste sábado (07/12).
 
O Projeto NOTIFY é um banco de dados que reúne casos emblemáticos de eventos adversos na área de sangue, tecidos, células e órgãos. “A base de dados tem casos documentados e disponíveis para pesquisa que são úteis ao trabalho da vigilância sanitária e para àqueles que atuam no setor”, explicou Luc Nöel, assessor especial do Programa de Segurança do Paciente da OMS na área de vigilância e monitoramento do uso de produtos de origem humana.
 
De acordo com Nöel, a escolha do Brasil para a realização do evento levou em conta a experiência do país e a estrutura organizacional da Anvisa. “O Brasil tem muito a mostrar sobre biovigilância e a escolha pelo país tem o objetivo de provocar um impacto positivo nas Américas”.
 
Deidree Fehily, coordenadora do Centro Nacional de Transplante da Itália, entidade colaboradora da OMS, destacou ser “obrigação dos países com maior nível de desenvolvimento apoiar os demais e que a troca de experiências em meio a heterogeneidade de informações colabora para a construção do conhecimento”.
 
A biblioteca virtual pode ser utilizada por qualquer pessoa, sendo o acesso livre. Já a publicação dos relatos sobre os casos adversos é feita após seleção feita por um comitê editorial e ficam disponíveis para consulta. A biblioteca não publica casos sob investigação, somente os casos concluídos. Cerca de 90 países já utilizaram o banco de dados da Notify Library e outros 80 publicaram relatos.
 
No próximo ano, o espanhol José Nuñez assumirá a coordenação da assessoria especial do Programa de Segurança do Paciente da OMS.
 
Fonte: Imprensa/ Anvisa
 
SaudeWeb