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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Remédios antigos - Heroína Bayer


Heroína da Bayer – Entre 1890 a 1910

A heroína era divulgada como um substituto não viciante da morfina e remédio contra tosse para crianças.

http://mesquita.blog.br/remedios-antigos

Adultos mantêm cordão-umbilical com médicos e ainda visitam pediatra

Relação de confiança faz “vintões” se consultarem com médicos da infância

Ao primeiro sinal de uma dor no estômago ou de uma gripe forte, Maria Beatriz Rizzo não pensa duas vezes e liga logo para o seu médico. O fato passaria despercebido não fossem dois detalhes: o especialista ser um pediatra e Beatriz ter 23 anos.

A advogada é paciente do pediatra Sylvio Monteiro de Bastos desde que estava na barriga da mãe.

- Sempre que fico doente, eu ligo pra ele e explico o que tenho. Se for algo mais grave, posso até encontrá-lo em algum hospital.

O doutor Bastos – ou o “tio Sylvio” – afirma que tem vários “vintões” entre seus pacientes. Todos visitam seu consultório desde a infância.

- Alguns realmente não conseguem cortar o cordão umbilical com o pediatra.

O que explica essa duradoura relação entre médico e paciente – e que faz com que jovens adultos ainda mantenham o hábito de se consultar com o pediatra – é a confiança no médico e seu profundo conhecimento sobre o histórico do paciente. É como explica Sylvio.

- O pediatra é o que restou do antigo médico da família, que visitava os pacientes em casa. Antigamente esse médico fazia parto, cuidava da mãe, das crianças e até dos mais velhos.

Sylvio conta que a maior parte das consultas são por telefone e servem para buscar orientações gerais a respeito de qualquer problema de saúde.

- Pelo telefonema dá para saber se eu chamo o paciente para [o consultório] ou se encaminho [a outro especialista].
Não há qualquer restrição para esse tipo de prática, explica Leda Amar Aquino, do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria).

- Não existe proibição porque, quando você se forma em medicina, você é um clínico geral. Então o diploma dá o direito de atender o paciente.

Mas o médico deve avaliar se é capaz, ou não, de atender o paciente.

- Um indivíduo com 20 anos ou mais pode ser acometido por problemas que um pediatra pode dar conta. Mas isso depende de cada profissional se sentir à vontade para tratar ou encaminhar a outro especialista.

“Ele acerta sempre”

O estudante de medicina Fábio Gonçalves Salomão, de 19 anos, não abre mão de se consultar com a doutora Leda. Ele diz que a maioria das consultas é por telefone, mas que vai ao consultório da pediatra pelo menos uma vez por ano.

- A pediatra faz uma consulta geral e indica o especialista, se necessário. A grande vantagem é o conhecimento de todo meu histórico, o que ajuda muito em diagnósticos.

Leda afirma que as visitas dos “vintões” são bem comuns em seu consultório.

- O que acontece e que está além de ser pediatra é a relação estreita entre o paciente e o médico. Eles não se desvinculam porque se sentem seguros.

Uma segurança que surge ao cuidar tanto do corpo como da mente de seus pacientes, diz Sylvio.

- O pediatra é o otorrino, o gastro, o psicólogo da criança. E essa psicologia que a gente faz é que cria o vínculo.

Beatriz até tentou ir a outros médicos “depois de mais velha”, mas disse que a relação é muito diferente, “bem menos íntima”.

- [Para o meu pediatra] eu posso ligo a qualquer hora e pedir orientação. E também é bem mais fácil porque ele acompanhou meu histórico a vida inteira, já sabe o que pode ser ou não. E ele acerta sempre.

Fundação assume hospital em Ribeirão Preto

Hospital Santa Lydia terá 60% dos leitos destinados aos pacientes do SUS


Os 110 leitos do Hospital Santa Lydia, em Ribeirão Preto (SP), agora integram a rede pública municipal, após a oficialização da transferência da instituição de saúde para a Fundação Santa Lydia, criada pela prefeitura para viabilizar a municipalização do serviço.

Cerca de 60 leitos já estão funcionando e a meta é concluir a reforma dos demais até o final do ano. Dos 110 leitos, 60% serão destinados aos pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) e 40% aos convênios particulares.

O hospital foi doado ao município em agosto de 2010 e o processo foi acompanhado pelo Ministério Público Estadual.

A regulação de vagas para internações terá uma opção a mais, além das instituições filantrópicas Santa Casa e Beneficência Portuguesa e do estadual Hospital das Clínicas. Apesar da transição, o quadro de 230 funcionários será mantido.

O Santa Lydia é capacitado para atendimentos em geral, com destaque para ortopedia e clínica médico.

O prédio tem uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) adulta, infantil e neonatal e um laboratório para diagnósticos por imagem (raio X, tomografia e ultra-som).

No início do processo de municipalização, estimava-se que o hospital valeria cerca de R$ 30 milhões e que a dívida da instituição (com fornecedores e credores) que a prefeitura assumiria seria de R$ 5 milhões.

Ministério Público Federal investiga substâncias cancerígenas em esmaltes

Denúncia afirma que produtos da cor branca contêm substâncias proibidas


De acordo com o MPF, a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor ProTeste informou que os esmaltes contêm em sua fórmula as "substâncias Toluene e Furfural, bem como dibutyl phtalat e 2-Nitroluene, em níveis acima dos limites de tolerância admitidos na Comunidade Europeia".

A Procuradoria da República em Minas Gerais afirma que o dibutyl phtalat já foi banido de cosméticos, inclusive esmaltes, em toda a Europa e as "outras substâncias são comprovadamente cancerígenas".

A ProTeste alegou na denúncia que não foram estipulados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) limites para uso do Toluene e Furfural. Afirmou ainda que a agência sequer menciona as demais substâncias na resolução 79/2000 - que lista os ingredientes proibidos e os que devem ter suas quantidades limitadas em cosméticos.

- Se há fabricantes no Brasil que utilizam tais substâncias na composição de seus cosméticos, deveria haver regulamentação específica pela Anvisa para estabelecer limites máximos de tolerância ou até bani-los do comércio e impedir sua fabricação, destacou o procurador Fernando de Almeida Martins, em nota distribuída pelo MPF.

O procurador requisitou informações à Anvisa, questionando se o órgão tem conhecimento dos fatos apontados pela pesquisa e quais providências teria tomado para proteger os consumidores. Empresas que produzem esmaltes com as substâncias citadas foram notificadas para prestar informações num prazo de 15 dias.

Diabéticos têm até cinco vezes mais chance de ter tuberculose

Diabetes tipo 2 diminui a imunidade e abre espaço para a doença respiratória


O resultado do estudo realizado com 233 pacientes com diabetes, moradores do Texas e de locais próximos à fronteira do Estado com o México, mostrou que 25% dos casos de tuberculose foram atribuídos à presença do diabetes, enquanto apenas 6% ao HIV – doença que acomete, não raro, aos infectados.

A tuberculose é a principal causa entre as doenças bacterianas em todo o mundo. Em 2009, mais de 9 milhões de novos casos foram diagnosticados e 1,7 milhão de pessoas morreram da doença em todo o mundo.

A pesquisa sugere que o diabetes, por deprimir a resposta imunológica, pode facilitar a infecção pelo Mycobacterium tuberculosis e na progressão da doença, afirma Blanca Restrepo, autor do estudo e professor associado de epidemiologia da Universidade do Texas.

- Com o aumento de pacientes com diabetes em áreas endêmicas de tuberculose, os nossos resultados destacam o impacto do diabetes tipo 2 no controle da tuberculose em regiões do mundo onde as duas doenças são prevalentes. Há uma necessidade de se concentrar na identificação das oportunidades para prevenir a tuberculose em pacientes com diabetes.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirma ainda que os casos suspeitos de tuberculose estão sendo revistos justamente por causa do número crescente de pacientes com diabetes tipo 2 no mundo, que está previsto para atingir 438 milhões até 2030.
Segundo Restrepo, o diagnóstico combinado de tuberculose e diabetes está se tornando mais evidente na população hispânica, mas isso também pode ser o caso de populações com maior risco para as duas doenças, tais como os índios americanos e afro-americanos.

Nos Estados Unidos, as taxas de tuberculose são desproporcionalmente maiores entre as minorias étnico raciais, de acordo com o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (Centers for Disease Control and Prevention), órgão do governo norte-americano .
Segundo a pesquisadora, o estudo pode ter um impacto significativo em países com alta prevalência das duas doenças, como Bangladesh, China, Índia, Indonésia, Paquistão, Rússia e o Brasil.

Aborto seletivo pode explicar déficit de 8 milhões de meninas na Índia

Censo recente revelou queda acentuada no número de garotas com menos de sete anos em relação ao de garotos.


A indiana Kulwant (aqui chamada por um nome fictício, por razões legais) tem três filhas com idades de 24, 23 e 20 anos e um filho com 16.
No período entre os nascimentos da terceira menina e do menino, Kulwant engravidou três vezes, mas foi forçada pela família a abortar os bebês após exames de ultrassom terem confirmado que eram do sexo feminino.
O caso ilustra um problema cada vez mais sério na Índia: o censo de 2011 no país revelou um forte declínio no número de meninas com menos de sete anos.
Militantes que fazem campanha para que a prática de abortar meninas seja abandonada temem que oito milhões de fetos do sexo feminino tenham sido abortados na última década. Para alguns, o que acontece hoje na Índia é infanticídio.
"Minha sogra me insultava por eu ter tido apenas meninas. Ela disse que seu filho ia se divorciar de mim se eu não tivesse um menino", disse Kulwant.
Ela contou que tem vívidas lembranças do primeiro aborto. "O bebê já tinha quase cinco meses. Ela era linda. Eu tenho saudades dela e das outras que matamos", ela contou, enquanto secava as lágrimas com as mãos.
Indesejadas

Até o nascimento do filho, todos os dias, Kulwant levava surras e ouvia xingamentos do marido, sogra e cunhado. Uma vez, segundo ela, o grupo tentou colocar fogo nela.
"Eles estavam com raiva. Não queriam meninas na família, queriam meninos para que pudessem receber bons dotes", ele explicou.
A prática de pagar dotes foi declarada ilegal na Índia em 1961, mas o problema persiste e o valor do dote sobe constantemente, afetando ricos e pobres.

O marido de Kulwant morreu três anos após o nascimento do filho. "Foi praga por causa das meninas que matamos. Por isso ele morreu tão jovem", ela disse.
A vizinha de Kulwant, Rekha (nome fictício), tem uma menina de três anos de idade.Em setembro do ano passado, quando ficou grávida novamente, foi forçada pela sogra a abortar dois gêmeos após um exame de ultrassom revelar que eram meninas.
"Eu disse que não há diferença entre meninas e meninos, mas aqui eles pensam de outra forma. Não há felicidade quando nasce uma menina. Eles dizem que o menino vai carregar a linhagem adiante, mas meninas se casam e vão para uma outra família".
Kulwant e Rekha vivem em Sagarpur, uma região de classe média-baixa no sudeste de Nova Déli.
Bebê Milagre
Longe dali, na cidadezinha de Bihvarpur, no Estado de Bihar, a bebê Anuskha - a mais jovem de quatro meninas - sobreviveu por pouco.
Quando sua mãe, Sunita Devi, ficou grávida em 2009, foi a uma clínica para fazer um exame de ultrassom.
"Perguntei ao médico se era menina ou menino", disse Sunita. "Eu disse a ela que era pobre e que tinha três meninas, e não podia tomar conta de mais uma".
A médica disse que o bebê era do sexo feminino. "Pedi um aborto. Ela disse que ia custar US$ 110".
Sunita não tinha o dinheiro e não fez o aborto. Hoje, Anushka tem nove meses de idade. A mãe diz que não sabe como vai alimentar e educar as filhas, ou pagar por seus dotes.
A história dessas mulheres se repete em milhões de lares em toda a Índia, afetando ricos e pobres. Porém, quanto maior o poder econômico da família, menores são as chances de que "milagres" como o de Anushka se repitam.
Números

Embora o número total de mulheres tenha aumentado no país - devido a fatores como um aumento na expectativa de vida - a proporção entre o número de meninas e o de meninos no país é a segunda pior do mundo. só ficando atrás da China.
Em 1961, para cada mil meninos com menos de sete anos de idade, havia na Índia 976 meninas. Hoje, o índice nacional caiu para 914 meninas.

Os números são piores em algumas localidades.

Em um distrito na região sudoeste de Nova Déli, o índice é de 836 meninas com menos de sete anos para cada mil meninos. A média em toda a capital não é muito melhor, 866 meninas para cada mil meninos.

Os dois Estados com os piores índices, Punjab e Haryana, são vizinhos da capital. Nesses locais, no entanto, houve alguma melhora em comparação com censo anterior.

O censo recente revelou pioras nos índices de 17 Estados, com as piores quedas registradas em Jammu e Kashmir.
'Vergonha Nacional'

Especialistas atribuem o problema a uma série de fatores, entre eles, infanticídio, abuso e negligência de crianças do sexo feminino.

O governo indiano foi forçado a admitir que sua estratégia para combater o problema falhou.

"Quaisquer que tenham sido as medidas adotadas nos últimos 40 anos, elas não tiveram nenhum impacto sobre os números", disse o ministro da Fazenda do país, G.K. Pillai, após a publicação do relatório do censo.

O primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, qualificou o aborto de fetos do sexo feminino e o infanticídio como uma "vergonha nacional" e pediu que haja uma cruzada para salvar bebês meninas.

O mais conhecido ativista indiano a fazer campanhas sobre o assunto, Sabu George, disse, no entanto, que até o momento o governo não se empenhou verdadeiramente em parar com a prática.

Para George e outros militantes, o declínio no número de meninas se deve, principalmente, à disponibilidade cada vez maior, na Índia, de exames pré-natais para a determinação do sexo do bebê.

Controle da NatalidadeEle explicou que, até 30 anos atrás, os índices eram "razoáveis". Porém, em 1974, o prestigioso All India Institute of Medical Sciences publicou um estudo que dizia que testes para a determinação do sexo do bebê eram uma benção para as mulheres indianas.Para o instituto, as mulheres não precisavam mais ter vários bebês para atingir o número certo de filhos homens. A entidade encorajou a determinação e eliminação de fetos do sexo feminino como um instrumento efetivo de controle populacional.

"No final da década de 80, todos os jornais de Nova Déli estavam anunciando ultrassons para a determinação de sexo", disse George.

"Clínicas do Punjab se gabavam de que tinham dez anos de experiência em eliminar meninas e convidavam os pais a visitá-las".

Em 1994, o o Ato Teste de Determinação Pré-Natal tornou abortos para a seleção do sexo ilegais. Em 2004, a lei recebeu uma emenda proibindo a seleção do sexo do bebê mesmo no estágio anterior à concepção.

O aborto de forma geral é permitido até as primeiras 12 semanas de gravidez. O sexo do feto só pode ser determinado por ultrassom após cerca de 14 semanas.

"O que é necessário é uma implementação mais severa da lei", disse Varsha Joshi, diretora de operações do censo em Nova Déli.

Existem hoje na Índia 40 mil clínicas de ultrassom registradas e muitas mais sem registro.

Segundo Joshi, a maioria das famílias envolvidas na prática pertence à classe média indiana, hoje em expansão, e à elite econômica do país. Segundo ela, esses grupos sabem que a tecnologia existe e tem condições de pagar pelo teste e subsequente aborto.

"Temos de adotar medidas efetivas para controlar a promoção da determinação do sexo pela comunidade médica. E abrir processos contra médicos que fazem isso", disse o ativista Sabu George.

"Caso contrário, temos medo de pensar em como será a situação em 2021".

Modelo a Ser Seguido?

Alguns Estados indianos, no entanto, vêm criando iniciativas que podem, talvez, servir de modelo para os demais.

É o caso do Estado de Bihar, onde famílias de baixa renda estão participando do Esquema de Proteção da Menina.

Como parte do programa, o Estado investe duas mil rúpias (cerca de R$ 70) em um fundo aberto no nome da criança. O dinheiro cresce ao longo da vida da menina. Quando ela completa 18 anos, segundo as autoridades, o fundo vale dez vezes mais e pode ser usado para pagar pelo casamento ou pela educação universitária da menina.

O programa está disponível apenas para os que vivem abaixo da linha da pobreza e cada família pode registrar apenas duas filhas.

A iniciativa, anunciada em novembro de 2007, é parte de um plano do governo para tornar bebês meninas desejadas e, ao mesmo tempo, tornar atraente a ideia de uma família pequena.

Infelizmente, o programa não pode ajudar Anushka, o "bebê milagre". Sua mãe é analfabeta e ela não tem certidão de nascimento, então não pode participar do esquema.

Em MT, recém-nascido pode ter pulseira de segurança

Tramita na Câmara Municipal de Cuiabá, em Mato Grosso, um projeto de lei que obriga os hospitais e maternidades públicas e privadas a disponibilizarem pulseiras com sensor eletrônico sonoro após o parto. O aparelho, para identificação e segurança do recém-nascido, deverá ser retirado somente com a alta da mãe, na presença dela ou de outro responsável pelo bebê.


A proposta, de autoria do vereador Roosivelt Coelho (PSDB), tem como objetivo adotar a identificação rigorosa e o controle de fluxo das pessoas que entram e saem das maternidades. Para funcionamento do aparelho, pode haver necessidade de instalar em todas as saídas da unidade sistemas que acionem o dispositivo sonoro da pulseira.

Testes genéticos provocam controvérsia nos EUA

Especialistas criticam kits que indicam os esportes que as crianças estariam geneticamente programadas a praticar

Numa era de pais superprotetores, ávidos para explorar o talento competitivo dos filhos, pelo menos duas empresas começaram a comercializar testes que, afirmam, ajudam a saber para que esportes as crianças estariam geneticamente programadas, de modo que elas possam praticar melhor. O tema é controverso porque, nos EUA, a aptidão a praticar um esporte pode render ao estudante uma bolsa de estudos para frequentar as melhores universidades.
Esses testes de DNA, os primeiros de uma série de tentativas de usar os genes para aumentar o desempenho atlético, permitem que as crianças - e adultos também - adaptem os exercícios às suas qualidades inatas, como também conhecer os que podem se constituir numa ameaça à vida, provocando problemas cardíacos, comoção cerebral e outros tipos de ferimentos.

"O principal objetivo dos testes é maximizar o desempenho no mínimo período de tempo e reduzir os riscos", disse Bill Miller, principal executivo da American International Biotechnology Services, em Richmond, que começou a vender seu teste há duas semanas.

Contestação. Mas, para os críticos, esse teste é o mais recente de uma avalanche de testes genéticos questionáveis que as empresas vêm apregoando. Ninguém conseguiu ainda avaliar a influência do genes nas capacidades ou vulnerabilidades atléticas, dizem eles. Os resultados podem ser desnecessariamente alarmantes ou falsamente tranquilizadores.

Os céticos temem que essa tendência possa encorajar pais e treinadores a forçar as crianças a praticarem esportes que elas desgostam ou desencorajá-las de atividades físicas que apreciam, nas quais poderiam ter sucesso - apesar do seu genes.

"É de fato preocupante", disse Lainie Friedman Ross, pediatra e bioeticista da Universidade de Chicago. "Esportes e atividade física devem ser uma diversão para as crianças e não com a finalidade de a criança se tornar o maior atleta do mundo ou no sentido do "desista, meu filho, porque você não tem chance por causa dos genes que você carrega"." / THE WASHINGTON POST

Na mira da FDA
O surgimento de empresas que oferecem testes genéticos levou a FDA - agência que fiscaliza
drogas e alimentos nos EUA - a intervir, exigindo garantias científicas dos fabricantes

Incidência de enfarte cai em homens e sobe em mulheres

Pesquisa do HCor mostra que o número geral de enfartados entre seus pacientes caiu 12% de 2009 para 2010, mas a população feminina está na contramão dessa tendência: entre elas houve aumento de 3,8% nos casos da doença

O coração feminino é mais frágil que o do homens. E não se trata de romantismo. Pesquisa inédita do Hospital do Coração (HCor) de São Paulo mostra que o número de enfartes entre mulheres cresceu 3,8% de 2009 para 2010, enquanto houve queda de 17% no sexo masculino no mesmo período e de 12% na média geral. O fenômeno é multifatorial, dizem os médicos.

Homens resistem mais do que elas a problemas como diabete, hipertensão e obesidade, por exemplo, fatores de risco cardiovascular para ambos os sexos. Além disso, há ameaças exclusivamente femininas, como o uso da pílula anticoncepcional aliado ao tabaco, além de peculiaridades orgânicas, como o fato de a mulher ter artérias mais finas e sensíveis. Mas não é só.


Referência em saúde do coração, a American Heart Association (AHA) definiu neste ano novos fatores de risco para a saúde cardiovascular das mulheres. Doenças autoimunes, como lúpus e artrite reumatoide, complicações na gravidez - hipertensão e diabete gestacional - e depressão foram incluídas entre as ameaças para o sexo feminino.

Os médicos lembram também que, na mulher, quadros de enfarte costumam ser confundidos com outros problemas de saúde. "Os sintomas, na mulher, são mais silenciosos", explica o cardiologista do HCor, César Jardim. "São associados à falta de ar, mal estar, desconforto e dores no estômago."

Não foi a clássica dor no peito que levou a dona de casa Valéria Alves de Oliveira, 44 anos, ao cardiologista. Uma forte dor no ombro esquerdo, confundida por ela com problemas de coluna, foi o sinal do problema cardiovascular. "Nunca pensei que pudesse ser um enfarte", diz Valéria. Apesar da surpresa, seu histórico carregava naquele momento vários fatores de risco: era diabética, fumante e sedentária (leia mais ao lado).

Na pesquisa do Hcor foram avaliados 201 pacientes enfartados em 2010, ante 228 em 2009. De acordo com Jardim, outro problema com relação à população feminina é a falta de atendimento adequado no pronto-socorro, já que os socorristas, segundo ele, suspeitam mais de enfarte em homens que em mulheres.

Chefe do laboratório de Biologia Molecular do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, órgão da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Marcelo Ferraz Sampaio concorda. "Muitas vão para casa sem diagnóstico correto. Há um certo preconceito (no atendimento) e diferenças culturais importantes, pois a mulher demora mais para procurar ajuda", diz. "Ela cuida dos afazeres primeiro e, depois, pensa em ir ao médico."

A própria natureza joga contra a mulher em relação às doenças cardiovasculares, a começar pelas artérias. "São mais estreitas e menos tolerantes ao álcool e ao cigarro, por exemplo", alerta Abrão José Cury, supervisor de Clínica Médica da Unifesp.

"Síndromes metabólicas, como obesidade, colesterol ruim, diabete e triglicérides elevados, afetam muito mais a mulher que o homem", completa o diretor da Sociedade de Cardiologia de São Paulo, Pedro Sílvio Farsky. Após a menopausa, quando a mulher perde estrogênio (hormônio feminino), fator de proteção cardiovascular, o risco cresce ainda mais.

Dor no braço: um aviso que costuma ser ignorado


A dor forte que ia do ombro esquerdo às pontas dos dedos era algo diferente de tudo que Valéria Alves de Oliveira já havia sentido em 39 anos de vida. "Nunca pensei que pudesse ser um enfarte."

Hoje, aos 44, cinco anos após ter feito um cateterismo, passado por uma angioplastia e ganhado uma hipertensão, Valéria mudou seus hábitos alimentares e de vida. "Quando você pensa que tem pessoas que podem ficar sem você, passa a ter medo", diz, referindo principalmente aos filhos, na época com 3 e 11 anos.

Embora o vício tenha sido abandonado, a alimentação esteja mais saudável e a ioga e caminhada tenham sido incorporadas à sua rotina, Valéria ainda sente medo de passar por tudo novamente. "A dor foi inesquecível."

A aposentada Esther Lopes, de 77 anos, também não esquece a dor forte que sentiu no braço esquerdo durante uma noite inteira em 2008. Quando chegou ao hospital, na manhã seguinte, ela se assustou ao ouvir o médico dizer: "a senhora está enfartando".

"Meu marido gritava de dor no peito nas três vezes em que teve enfarte. Eu achava que para ter enfarte ia ser igual", conta, relembrando os apuros que passou para socorrê-lo. "Pensei que não ia mais ver meus filhos e netos."

O susto maior foi saber que, em seu caso, a doença estava "camuflada" e que havia tido um enfarte antes, sem saber. Com um stent (aparelho para desobstruir artérias) e sem abusar dos doces, Esther está mais atenta. "Na primeira vez eu escapei, na segunda fui parar na UTI, mas se não tomar cuidado, não escapo da terceira." / Verônica Dantas

Amamentar ajuda a proteger o coração materno

Amamentar por pelo menos um ano pode reduzir em 13% o risco de enfarte, segundo estudo do American Journal of Obstetrics & Gynecology. De acordo com a publicação, essa proteção pode chegar a 37% quando o tempo de aleitamento, consideradas todas as gestações, ultrapassa dois anos. O benefício foi observado em mulheres cujo último filho havia nascido até 30 anos antes.

A pesquisa, que avaliou 89.326 mulheres, todas mães, trouxe a primeira evidência de que o tempo acumulado de amamentação pode influenciar a saúde cardiovascular no longo prazo. Dessas mulheres, 63% já haviam amamentado.

Os pesquisadores levaram em consideração fatores como idade, número de partos, peso, história familiar, dieta e sedentarismo. Uma das hipóteses levantadas pelos especialistas é a de que a amamentação tenha um efeito antiestresse de longa duração, por conta da produção do hormônio oxitocina, que melhora a resposta ao estresse.

A mãe que amamenta também tem mais facilidade de recuperar o perfil metabólico que tinha antes da gravidez. Isso porque, durante a gestação, a quantidade de gordura visceral, a resistência à insulina e os níveis de lipídios e triglicérides aumentam, sobrecarregando o sistema cardiovascular da mãe.

MAIS FATORES DE RISCO

Referência mundial em saúde do coração, a American Heart Association (AHA) divulgou neste ano novas diretrizes para medir riscos cardiovasculares e apontou as mulheres como público mais vulnerável às doenças do coração. Entre os fatores estão:

Doenças autoimunes: como lúpus e artrite reumatoide

Complicações na gravidez: sobretudo a diabete gestacional e quadros hipertensivos no período

Fator psiquiátrico: depressão

CORAÇÃO SAUDÁVEL

O Hospital do Coração preparou uma lista de indicadores para uma boa saúde cardíaca

Colesterol abaixo de 200mg/dL

Pressão sanguínea menor que 120/80 mm Hg

Glicose menor que 100 mg/gL

Índice de massa corpórea abaixo de 25, ou seja, fora das faixas de sobrepeso e obesidade

Não fumar

Praticar, semanalmente, no mínimo 150 minutos de exercícios moderados (caminhada, por exemplo) ou 75 minutos de exercícios de alta intensidade

(como a corrida)

Cuidar da alimentação, priorizando o consumo de fibras e controlando a ingestão de gorduras saturadas e sódio

Academias terapêuticas ganham SP

Mais focados na saúde que na estética, centros investem no conceito do exercício como remédio

Nem lazer, nem diversão, nem questão de estética. Exercício físico é, segundo os médicos, uma medida terapêutica. Difícil é convencer o paciente disso. "Para as pessoas, é mais fácil tomar uma cápsula do que fazer exercícios. Existe uma falta de conscientização", diz ortopedista Marco Paulo Otani. Para aproximar a clínica médica da malhação ele inaugurou, no ano passado, um espaço que define como academia terapêutica. E não está sozinho: já existem cerca de sete estabelecimentos desse tipo na capital.

Em uma academia terapêutica, o cuidado com a estética dá lugar à reabilitação e ao tratamento. Todo aluno é acompanhado por médico, fisioterapeuta e educador físico. Os equipamentos também são diferentes. Na musculação, os lados de uma máquina que trabalha os braços, por exemplo, são dissociados, de modo que o praticante possa melhor aproveitar o exercício se tiver uma lesão em um dos membros.

EVELSON DE FREITAS / AE
Maria Izabel Nomura, de 70 anos: malhação ajudou a tratar uma escoliose

Na avaliação dos médicos, a atividade física pode ser benéfica para portadores de doenças reumatológicas, ortopédicas, cardiovasculares, psicossomáticas e dores crônicas. "Já na academia tradicional, todo mundo está interessado em aumentar o bumbum ou emagrecer", diz Maria Izabel Nomura, 70 anos, a primeira aluna do espaço criado por Otani, o Centro de Qualidade de Vida. Ela procurou a malhação para tratar uma escoliose.

A elevação do exercício físico ao patamar de prevenção efetiva contra várias doenças levou a Câmara dos Deputados a instalar, na semana passada, a Frente Parlamentar da Atividade Física para o Desenvolvimento Humano. O objetivo é transformar o exercício em prioridade governamental na promoção da saúde pública. Hoje, Dia do Desafio, que tem como objetivo estimular a prática regular de atividades físicas, o assunto vem à tona mais uma vez.

Sem lesões. O médico Benjamin Apter é outro defensor do conceito de academia terapêutica. À frente da B-Active, explica que o local, focado na saúde do aluno, ajuda a proteger contra lesões. "Alguns nem sabiam que tinham uma doença, mas elas foram detectadas antes que começassem a treinar", conta. Essa triagem é exceção no universo dos novos esportistas: 90% deles, em São Paulo, não consultam um médico antes de iniciar uma atividade física e se machucam, segundo noticiou o JT no início do mês, com base em um levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

Entre a clientela de Apter há pacientes de vários tipos. "Recebemos alunos cardíacos, diabéticos, hipertensos, com artrose", enumera. Ele destaca que o exercício também podem servir de coadjuvante para outros tratamentos que o paciente já realize.

O cardiologista Nabil Ghorayeb, que presidiu na semana passada o 3.º Simpósio de Medicina do Esporte, frisa a importância dos exercícios no combate aos males cardiovasculares. "Trabalhos publicados nos últimos dois anos demonstram que atividades regulares estimulam a produção de enzimas que impedem o depósito de gordura nas paredes internas dos vasos sanguíneos, prevenindo essas doenças."

Segundo Ghorayeb, quem se dispõe a fazer exercícios regulares acaba mudando naturalmente outros hábitos. "Se a pessoa fuma, ela tende a largar o cigarro. Também existe um equilíbrio da parte emocional e comportamental. Quem faz exercícios é muito mais aberto e sociável do que o sedentário."

Para o diretor científico da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBME), Ricardo Munir Nahas, a opinião sobre o exercício já começou a mudar no País. "O cenário está mudando de forma bem lenta, mas as pessoas estão cada vez mais recorrendo à atividade física como coadjuvante no tratamento das doenças."

Malhação contra dor crônica e males emocionais


Pacientes com dores crônicas são alguns dos principais beneficiados pelos exercícios. Quando praticados com regularidade e disciplina, funcionam como uma espécie de ‘analgésico natural’. Esse foi o tema de um artigo publicado pela fisioterapeuta Juliana Barcellos de Souza na Revista Brasileira de Medicina do Esporte.

"O aumento do metabolismo ocasionado pelo exercício, em médio prazo, age no aumento da produção do neurotransmissor betaendorfina, que atua na modulação da dor", diz ela. O mecanismo, explica, é eficaz em doenças para as quais os analgésicos não costumam fazer efeito.

As dores na coluna, que atingem cerca de 80% das pessoas em alguma fase da vida, também podem ser evitadas ou tratadas com exercícios, segundo o médico Alexandre Fogaça, chefe do grupo de coluna do Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas da USP. "O exercício é importante porque ajuda a desenvolver a musculatura paravertebral e abdominal, e a postura depende do desenvolvimento dessa musculatura", diz.

Para Juliana, é importante que as pessoas escolham exercícios que lhes proporcionem prazer. Segundo ela, quando feito "por obrigação", os efeitos benéficos podem não ser tão evidentes no que diz respeito às dores crônicas.

O educador físico Márcio Pereira, professor da Universidade Estácio de Sá, atua em um projeto de extensão que oferece exercícios para grupos especiais com hipertensão, diabete, obesidade e dores crônicas. De acordo com ele, a demanda de pessoas com disfunções de fundo emocional, como a síndrome de burnout e a fibromialgia, tem crescido. "O trabalho multidisciplinar com os educadores físicos e fisioterapeutas nas terapias de reabilitação, exercícios aeróbicos e funcionais, além de atividades como a meditação, tem alcançado bons resultados", avalia.

Desafio de hoje no mundo: praticar atividades físicas


O Dia do Desafio é organizado no Brasil há 16 anos. A iniciativa surgiu no Canadá, em 1983, quando o prefeito de uma cidade resolveu incentivar os cidadãos a se exercitarem. Atualmente é um evento mundial, por meio do qual cidades de países diferentes competem entre si para ver qual delas consegue levar mais pessoas a praticar atividades físicas.

Para participar, basta se juntar a uma das atividades já programadas. Também é possível fazer exercícios por conta própria e registrar a participação pelo telefone 0800-118220. No fim do dia, o número de participantes será contabilizado e os resultados de cada cidade serão confrontados com os das concorrentes. Neste ano, São Paulo compete com Durango, no México. Mais detalhes sobre o evento estão na web (www.sescsp.org.br/diadodesafio).

Serviço

Centro de Qualidade de Vida: www.cqv.net.br. Rua Santa Cruz, 245. Mensalidade: R$250.

B-Active: www.bactive.com.br. Rua Alagoas 148. R$39 por sessão.

Taktos Academia Terapêutica: www.taktos.com.br. Rua Dr. Bacelar, 618. R$75 por sessão.

Homem que encontrou barata em leite condensado receberá R$ 15 mil

O guarda-municipal de Uberaba (MG) Abel Domingos da Costa, que encontrou uma barata dentro de uma lata de leite condensado da Nestlé, deverá receber R$ 15 mil em indenização por danos morais.

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A multinacional já havia recorrido da decisão do Tribunal de Justiça, mas, neste mês, o STJ negou o pedido da Nestlé e confirmou a indenização de R$ 15 mil.

O processo corre desde 2005, quando Costa encontrou uma barata em uma lata de leite condensado após ingerir parte do produto. A Nestlé se defendeu dizendo que o inseto havia entrado na lata por um dos dois furos feitos por Costa.

A Justiça, porém, descartou essa possibilidade, pois o laudo técnico apontou que o 'inseto apresentava estrutura íntegra e sem aparência de qualquer tipo de esmagamento mecânico'. Ainda segundo a perícia, o tamanho da barata era maior do que o furo de 0,5 cm feito na lata.

A ministra do STJ Nancy Andrighi, relatora do processo, considerou o valor da indenização, fixado pelo TJ, adequado, pois 'há de se considerar a sensação de náusea, asco e repugnância que acomete aquele que descobre ter ingerido alimento contaminado por um inseto morto, que vive nos esgotos (...)'.

O advogado de Costa, Breno Cerqueira Braga, disse que não ficou satisfeito com o valor determinado pela Justiça, mas afirmou que não irá recorrer.

A Nestlé disse que não comenta casos que correm na Justiça.

Registro profissional de Abdelmassih é cassado definitivamente

Parece piada, mas só agora é que cassaram o diploma do fugitivo PICARETA!!
 ACORDA BRASIL!!!


O médico Roger Abdelmassih, 67, que está foragido da Justiça sob acusação de ter abusado sexualmente de pacientes, teve seu registro profissional definitivamente cassado pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina de SP) no dia 20 de maio. A informação é da coluna Mônica Bergamo, publicada na edição desta terça-feira da Folha.

Abdelmassih chegou a protocolar pedido de cancelamento de seu registro, mas como um processo já estava em andamento, continuou em tramitação. Ele foi cassado pela câmara do Cremesp em julho do ano passado.

De acordo com o Cremesp, seu registro ficou em suspensão cautelar por seis meses, prorrogada por mais seis. Em agosto de 2010, o processo foi enviado ao Conselho Federal de Medicina, que referendou a decisão do órgão regional.

Com isso, o processo voltou a São Paulo para que pena fosse executada, o que ocorreu no dia 20 com a publicação de edital no "Diário Oficial" do Estado.

VEJA A ÍNTEGRA DO EDITAL

CASSAÇÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL - PENA DISCIPLINAR
APLICADA AO MÉDICO DR. ROGER ABDELMASSIH (CRM 14.941)

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, no uso das atribuições conferidas pela lei 3.268/57, regulamentada pelo decreto 44.045/58, consoante acórdão 5.876/10, exarado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo e referendado pelo Conselho Federal de Medicina, nos autos do processo ético-profissional nº 8.750-287/09, vem executar a pena de "CASSAÇÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL", prevista na alínea "E" do artigo 22 do aludido diploma legal, ao médico Roger Abdelmassih --CRM 14.941--, por infração aos artigos 42, 43, 55, 56, 63, 65 e 98 do Código de Ética Médica (resolução CFM 1.246/88).

São Paulo, 20 de maio de 2011
Dr. Krikor Boyaciyan
Dr. Renato Azevedo

EUA aprovam novo medicamento para tratar hepatite C

A FDA (Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos) aprovou na segunda-feira (23) o remédio Incivek para tratar a hepatite C, marcando a segunda aprovação de fármacos do tipo este mês.


"A resposta viral sustentada em pacientes tratados com Incivek em todos os estudos e em todos os grupos de pacientes foi de 20% a 45% maior do que o padrão atual", destacou o FDA.

Produzido pelo Vertex Pharmaceuticals, o Incivek é uma pílula que deve ser ingerida três vezes ao dia, acompanhando as refeições, e se soma à terapia composta de peginterferon alfa e ribarivina.

Em meados de maio, a agência reguladora americana aprovou o Victrelis, fabricado pela farmacêutica Merck. Os dois demonstraram elevar as taxas de cura quando adicionados ao regime atual, que ajuda menos de 50% afetadas pela doença.

O tratamento atual de dois medicamentos de interferon peguilado e ribavirina, para o genotipo 1 da hepatite C crônica, foi aprovado pela agência reguladora norte-americana em 1998.

"Com a aprovação do Incivek, agora há duas novas importantes opções para o tratamento da hepatite C, que dão maior possibilidade de cura para alguns pacientes com esta grave doença", disse Edward Cox, diretor do departamento de produtos antimicrobianos do Centro para Avaliação de Drogas e Pesquisas da FDA.

Alemanha teme que bactéria que ataca sistema digestivo seja mortal

As autoridades sanitárias alemãs advertiram nesta terça-feira que a rápida propagação de uma bactéria que causa hemorragias no sistema digestivo pode ter sido a causa a morte de três pessoas e poderia provocar mais vítimas fatais.

"Estimamos que haverá mais mortos", disse o presidente do Instituto Robert Koch (RKI), uma instituição federal de combate a doenças, Reinhard Burger.

"A quantidade de casos em tão pouco tempo é muito incomum e a idade das pessoas também é atípica", afirmou.

É possível que três pessoas já tenham falecido por causa de uma infecção por causa da bactéria, a Escherichia coli, que afeta principalmente o norte da Alemanha, principalmente Hamburgo.

No entanto, também houve casos registrados nos Estados de outras regiões, afirmou o presidente do RKI.

Uma mulher de 83 anos morreu no dia 21 de maio, depois de ser internada no hospital por causa de uma colite hemorrágica. Exames de laboratório mostraram que ela estava infectada pela bactéria, segundo o ministério da Saúde, que esclareceu que estava realizando uma autópsia para determinar a causa da morte. Em Bremen, uma jovem que tinha sintomas típicos da presença desta bactéria, morreu na noite de segunda-feira (23), mas ainda serão realizados os exames para identificar as causas exatas do falecimento.

No estado regional de Schleswig-Holstein, fronteira com a Dinamarca, uma octogenária infectada pela bactéria também morreu, mas estava internada no hospital por outro motivo e ainda não é clara a causa da morte.

OMS adia por 3 anos decisão de destruir vírus da varíola

Os países-membros da OMS (Organização Mundial da Saúde) concordaram nesta terça-feira em adiar por três anos a decisão de fixar uma nova data para destruir as últimas amostras do vírus da varíola, uma doença erradicada em 1980.

Após dias de intensos debates na Assembleia Mundial da Saúde realizada em Genebra, os países não conseguiram chegar a um acordo sobre uma data para destruição dos vírus, que estão armazenados em laboratórios na Rússia e nos Estados Unidos.

"A boa notícia é que alcançaram um consenso sobre reafirmar a decisão de que o vírus deve ser destruído", o que já foi acordado em 1986, disse à imprensa Pierre Formenty, especialista da OMS.

Adiantou, entretanto, a confirmação "de que a discussão sobre a uma nova data ocorrerá na Assembleia Mundial da Saúde dentro de três anos".

Esta foi a quarta vez no último quarto de século que os representantes dos 193 estados-membros da OMS abordaram a questão da destruição do vírus da varíola.

As discussões ocorrem entre os partidários da destruição, que defendem desfazer-se o mais rápido possível desses vírus, alegando o temor de que caiam nas mãos de terroristas, e os favoráveis em preservá-lo, ainda com objetivos de pesquisa científica.

Formenty reconheceu que "as antigas vacinas que permitiram a erradicação da varíola agora já não poderiam ser utilizadas" porque foi comprovado que têm efeitos colaterais perigosos.

"Não é possível administrar a pessoas com sistema imunitário frágil, como os soropositivos", o que deixaria de fora grandes populações em países com altas taxas de Aids.

O analista reconheceu que a única possibilidade de a varíola reaparecer seria se alguém tivesse acesso às amostras guardadas, e lembrou que uma volta natural da varíola é impossível, pois o vírus já não está presente na natureza nem no homem e em outras espécies animais.

Só estão guardadas amostras em dois laboratórios de alta segurança: em Atlanta (EUA), que tem mais de 400, e em Koltsovo (Rússia), onde estão outras 120.

"Alguns países nos comunicam a cada ano sobre informações de grupos que poderiam ter acesso a esses armazéns, sempre há rumores", assinalou.

Durante as discussões, Rússia e EUA reiteraram suas posições favoráveis a guardar por mais algum tempo os vírus com fins de pesquisa.

"Acreditamos que é preciso continuar com as pesquisas científicas em torno da varíola. A destruição dos vírus vivos seria irreversível", disse o representante russo.

Também chamou a atenção sobre a possibilidade de reservas ilegais de vírus em locais autorizados, por isso que "é prudente manter os dois centros atuais que apresentam todas as garantias de segurança para enfrentar uma eventual alta da varíola".

Por sua vez, os EUA assinalaram que "apoiam de maneira clara a destruição dos vírus depois da conclusão do programa de investigação aprovado pela OMS".

Assinalou que ainda é necessário desenvolver antivirais e vacinas "mais seguras e eficazes do que as existentes" e disse que preservar por um tempo mais os vírus vivos representa "uma vantagem em termos de saúde pública a longo prazo".

A varíola é uma doença altamente contagiosa, e era uma das mais temidas no mundo por sua alta taxa de mortalidade --30% dos afetados--, até ser erradicada após uma intensa campanha global de vacinação.

O último caso conhecido de contágio natural ocorreu na Somália em 1977. Outro episódio de contágio emblemático foi o registrado em 1978 em Birmingham (Reino Unido), quando uma funcionária de uma escola de medicina morreu em consequência de um acidente no laboratório.

Novo implante aprovado no país controla glaucoma

Menor que um grão de arroz, um novo dispositivo de aço, implantado no olho, controla a pressão ocular em pessoas que têm glaucoma. Batizado de Ex-press, o produto será lançado no Brasil nesta semana, no 14º Simpósio Internacional de Glaucoma, que acontece entre os dias 26 e 28 de maio em Belo Horizonte (MG).

O dispositivo foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em abril. Nos EUA, ele foi aprovado em 2003, e na Europa, em 1999.

Estima-se que o glaucoma, principal causa de cegueira irreversível no mundo, afete 1 milhão de brasileiros. Há vários tipos de glaucoma. A forma crônica simples, que representa cerca de 80% dos casos e é mais comum nas pessoas acima de 40 anos, é causada por uma alteração anatômica no olho.

Ao longo dos anos, essa alteração impede que um líquido produzido pelo olho, chamado humor aquoso, seja drenado e caia na corrente sanguínea. Isso aumenta a pressão intraocular.

CICATRIZAÇÃO

O implante é colocado, por meio de cirurgia no olho, entre a córnea e a esclera, sobre um orifício feito pelo cirurgião, por onde o líquido sai. Assim, a pressão baixa.

Na cirurgia convencional, abre-se um orifício no mesmo local para que esse líquido possa escapar.

"Mas, sem o dispositivo, não dá para controlar o fluxo e a abertura, que tende a cicatrizar", diz Vital Paulino Costa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Glaucoma e chefe do setor de glaucoma da Unicamp.

Para Regina Cele Silveira, oftalmologista do setor de glaucoma da Unifesp, o grande problema da cirurgia é a cicatrização.

"Nessa cirurgia, a cicatrização é 'vilã'. O buraco ainda pode se fechar, mas, com o dispositivo, essa possibilidade é muito menor."

Ela afirma que cinco anos depois da cirurgia convencional, 65% dos pacientes perdem a capacidade de drenagem pelo orifício e podem precisar de novas operações.

Segundo Costa, o dispositivo ainda causa menos inflamações e diminui a necessidade de medicamentos no pós-operatório.

CRÍTICAS

Segundo o presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia Paulo de Arruda Mello, há um grande interesse no dispositivo, que simplifica muito a cirurgia.

"Mas ainda é necessário fazer mais estudos para afirmar que ele traz mais benefícios do que a cirurgia convencional", afirma. Para Cele, o dispositivo é "perfeito" do ponto de vista técnico, porque faz a cirurgia de glaucoma durar mais. Porém, diz que não se sabe por quanto tempo os benefícios permanecem.

"Não dá para jogar a técnica antiga no lixo. Faltam dados de mais longo prazo."

Outro ponto negativo é o preço ""nos EUA, o dispositivo custa US$ 1.200 (R$ 1.956), segundo Cele. "Não sabemos quanto ele custará no Brasil, mas estamos pressionando o fabricante por um preço mais acessível."


Aparelho dá visão parcial em caso de problema na retina

Um aparelho permite que pessoas cegas por causa de degenerações da retina vejam flashes de luz, imagens borradas e distingam cores. O dispositivo, conhecido como Argus II, é fabricado pela empresa norte-americana Second Sight, e sua comercialização na Europa foi aprovada em março.

O aparelho é similar aos implantes usados em pessoas com deficiência auditiva, que captam o som por um microfone e convertem os sinais em impulsos elétricos.

Jim Watson/France Presse
O aposentado grego Elias Konstantopoulos usa óculos "biônicos" com microcâmera

No caso da retina artificial, uma microcâmera de vídeo nos óculos captura imagens e as converte em sinais elétricos, que são enviados aos óculos por um cabo.

Esses sinais são transmitidos, sem fio, para um microchip no olho do paciente. Eles são enviados ao nervo óptico e depois ao cérebro. Segundo a empresa, o implante é imperceptível e a cirurgia para colocá-lo dura três horas. O aparelho custa US$ 100 mil (R$ 163 mil).

TESTES

Nos EUA, o aparelho está sendo testado em pacientes na Universidade Johns Hop-kins, em Baltimore. É o caso do eletricista aposentado Elias Konstantopoulos, 72, que nasceu na Grécia, mas hoje mora nos EUA.

Ele perdeu a visão por causa de uma doença degenerativa e hereditária chamada retinose pigmentar.

Em 2009, Konstantopoulos começou a fazer parte de um estudo sobre o aparelho.

Agora, ele põe os óculos todos os dias e enxerga as luzes de um carro passando na rua e se orienta em um quarto pela luz da janela aberta.

"Sem o aparelho, não vejo nada. Com ele, há uma esperança. Sei que tem algo ali."

Mas os especialistas afirmam que as respostas variam muito em cada paciente. Pessoas cegas há muito tempo provavelmente não terão muitos benefícios.

Para Paulo de Arruda Mello, presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, o Argus II representa um avanço importante.

"São imagens rudimentares, mas, para quem não tem nada de visão, é uma coisa fantástica poder distinguir claro e escuro."

Segundo Mello, o aparelho ainda está longe de ter praticidade clínica. "Por enquanto, acreditamos mais no tratamento farmacológico."

Baixada Santista registra foco de esquistossomose

A Baixada Santista está entre as regiões apontadas pela Secretaria de Saúde de São Paulo como foco de transmissão da esquistossomose. Além da Baixada, locais como Vale do Ribeira, Vale do Paraíba e Campinas também aparecem no levantamento do Estado.

De acordo com a secretaria, entre 2008 e o ano passado, 51 casos autóctones (oriundos da região onde se encontram) da doença foram registrados em Peruíbe, um em Santos e sete em São Vicente. Os considerados “importados”, em que a análise do caso mostra risco de a contração da doença ter ocorrido fora do município, foram maiores em Santos e São Vicente. No mesmo período, houve 94 registros em Santos e 47 em São Vicente.

De acordo com a secretaria, mesmo os casos não autóctones representam risco para a região, uma vez que o indivíduo contaminado permanecerá excretando ovos do parasita por muitos anos e disseminando a doença.


 
Também conhecida como “barriga d’água”, a esquistossomose é causada por um parasita e pode ser transmitida por caramujos que vivem em rios, lagos, córregos e mangues. Na maior parte dos casos, o infectado não observa os sintomas, que vão desde leve coceira, vômitos e diarreias (que se manifestam até seis semanas após o contágio) até o aumento do baço.

Para zerar os casos no Estado, os postos de saúde intensificarão a busca ativa pela doença até o dia 27.

Botox pode ser usado para tratar dor de cabeça crônica



A toxina botulínica - conhecida como Botox - foi popularizada pelos procedimentos estéticos, mas está sendo usada também para diversos tratamentos médicos, como correção do estrabismo, incontinência urinária e problemas neuromotores. Agora, médicos brasileiros esperam autorização para usar a droga no combate à dor de cabeça crônica.

A toxina não paralisa os músculos, mas deixa a área onde foi injetada mais relaxada, por um período que pode variar de três a seis meses. Hoje, além do uso estético, ela tem cerca de 20 indicações terapêuticas.

É possível ter qualidade de vida com dor crônica, explica especialista

Mesmo com o aumento do número de divórcios nos últimos anos, há alguns casamentos que duram a vida inteira. E um deles é com um companheiro ou companheira indesejável: a dor.


A cada dia, o número de pessoas que reclamam de enxaqueca, dores nas articulações, entre outros, aumentam. Com isso, peregrinações em consultórios passam a ser rotina na vida destes pacientes.

Depois de muitas tentativas de encontrar a cura, alguns desistem do tratamento. Outros desenvolvem depressão e perdem a esperança de um dia viver sem sentir o incômodo.

Mas, segundo o especialista em dor, Charles de Oliveira, há uma possibilidade de a pessoa melhorar a sua qualidade de vida a sua qualidade de vida. Para isso, o paciente precisa ter um tratamento adequado para minimizar o sofrimento. Leia abaixo a entrevista concedida ao Metro pelo anestesiologista de um centro de controle da dor de Campinas, uma das 14 instituições de referência em dor no mundo certificada pelo World Institute of Pain (WIP).

O que é dor crônica?

Segundo a IASP (Sociedade Internacional para o Estudo da Dor), dor crônica é aquela que perdura por um tempo superior a três meses.

Qual a diferença entre dor crônica e aguda?

A dor aguda está presente quando há algum tipo de agressão física e/ou emocional e é um sintoma que mostra algo de errado em curso. Ela serve de alerta e nos motiva a buscar ajuda. Já na dor crônica, a dor deixa de ser um sintoma e passa a ser uma doença por si própria. Não tem mais a função de alerta e geralmente leva a pessoa à depressão.

Quais são as doenças em que há a manifestação da dor crônica?

Inúmeras. Cefaleias, neuralgia do trigêmio, neuralgia pós-herpética, síndromes complexo-regionais, dor pós-operatória. Veja bem: isso ocorre quando a dor aguda não é bem tratada. Se assim for, evita-se a dor crônica.

Como uma pessoa pode perceber que tem dor crônica?

Toda dor tem curso natural, uma aparição e melhora progressiva até a sua completa resolução. Se a doença já desapareceu e a dor persiste, algo errado está ocorrendo. Esta dor precisa ser tratada.

Como minimizar o sofrimento de um paciente que convive diariamente com dor?

Ajustando as medicações corretas, fazendo bloqueios anestésicos para o tratamento da dor, fazendo avaliação psicológica sempre que necessário, entendendo esta pessoa em suas várias atribuições, seja no trabalho, seja na vida social.

Existem dores de fundo apenas emocional?

Sim, porém é raro, também conhecida por dor psicogênica. Não há muita. As que existem são de imediato investigadas e as providências tomadas também de imediato. O que vemos diariamente são as dores psicossomáticas, ou seja, dores reais que ficam exacerbadas por questões emocionais não bem elaboradas.

Mais de 22 milhões de brasileiros sofrem de refluxo



Queimação, dor no estômago e tosse. Muita gente demora a perceber que esses podem ser sintomas do refluxo. A doença, que atinge mais de 22 milhões de brasileiros, pode provocar úlceras e até câncer.

O refluxo é o retorno do suco gástrico do estômago para o exôfago, por causa de um defeito no esfíncter. Se a pessoa sente o refluxo por mais de 3 vezes por semana e por mais de meses, ela tem a doença.

Além da indigestão e da azia, outros sintomas chamam a atenção para a doença do refluxo:dor na região do coração, asma, tosse e desgate da gengiva. Para fugir dos desconfortos causados pelo refluxo, além do tratamento médico, é importante elevar a cabeceira da cama, não fumar, evitar ingerir líquidos durante as refeições e não exagerar na quantidade de comida.

Cerca de 25% dos casos de câncer de cólon e mama podem ser evitados com prática de atividade física

A prática regular de atividades físicas por, pelo menos, uma hora e meia por semana pode ajudar a reduzir em 25% o risco de câncer de cólon e mama. A afirmação faz parte das novas recomendações mundiais sobre atividade física da OMS (Organização Mundial de Saúde).

Segundo o médico oncologista Alexandre Fonseca, da Oncomed Belo Horizonte, “a prática regular de exercícios físicos pode trazer benefícios com relação ao câncer em vários sentidos”, afirma. “Primeiramente, no aspecto da prevenção. A atividade reduz o risco de obesidade, que é reconhecidamente um fator de risco para a incidência desses dois tipos de câncer”, completa.


Em todo o mundo, 31% da população não pratica nenhuma atividade física, tornando o sedentarismo um dos principais fatores de risco para se contrair câncer, perdendo apenas para a pressão alta, tabaco e excesso de glicose no sangue.

De acordo com os últimos dados de mortalidade por câncer disponíveis, referentes a 2008, 7,6 milhões de pessoas morreram de câncer, das quais 460 mil foram mulheres, vítimas de câncer de mama. Outras 610 mil foram pessoas que sofreram câncer de cólon. E do total dessas mortes, 3,2 milhões estão relacionados à ausência de atividade física.

Fonseca explica ainda que, aliado aos exercícios, é importante manter uma alimentação saudável, com pouca gordura saturada, evitar o tabagismo e, no caso do câncer de mama, deve-se evitar também o consumo de álcool.

Outro cuidado a ser tomado é a realização de exames preventivos. Como a “mamografia e exames feitos por especialistas, no caso do câncer de mama; e colonoscopia para os casos de câncer de intestino”, diz o oncologista. “Os exames são considerados importantes para o diagnóstico precoce desses tumores”, completa.

Alimentação adequada é fundamental durante tratamento de câncer

Uma alimentação adequada é essencial durante o tratamento contra o câncer e para isso, é muito importante que o paciente tenha acompanhamento de um nutricionista especializado.


As necessidades nutricionais de um paciente com câncer são específicas. “Alguns pacientes precisam aumentar a ingestão de determinados alimentos, enquanto outros precisam evitar alguns’” comenta a nutricionista Lia Buschinelli. ”Pacientes em quimioterapia podem sofrer alguns efeitos colaterais como náuseas, mudanças no paladar e perda de apetite. O ideal é trabalhar preventivamente, pois o estado nutricional adequado do paciente é fundamental para o sucesso do tratamento”.

Mas o que na teoria é perfeito, na prática não acontece. A taxa de desnutrição em pacientes com câncer pode chegar a 80% dos casos. “Para melhorar este cenário, a atuação de uma equipe multiprofissional é fundamental para o bem estar do paciente com câncer em todos os sentidos. O trabalho do nutricionista é muito importante para o paciente e para o médico, pois a desnutrição é muito prejudicial para o tratamento”, informa Ricardo Antunes, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia.

Os tratamentos mais comuns para o câncer são cirurgia, quimioterapia e radioterapia, que podem desencadear alguns efeitos colaterais que interferem diretamente na ingestão alimentar, causando desnutrição e perda de peso. A náusea – um dos efeitos colaterais mais comuns – pode ser controlada com algumas drogas e com a orientação nutricional adequada.

"Um estudo recente mostrou o alívio de náuseas decorrentes da quimioterapia com o uso do gengibre, que pode ser consumido ralado na forma crua, utilizado em chás ou como temperos", informa a nutricionista Djanine Tonial.

Outro aspecto importante para quem está em tratamento é a hidratação. A ingestão diária de pelo menos dois litros de água, água de coco, sucos naturais e chás são ótimas fontes de hidratação. Suplementos antioxidantes, comumente consumidos na forma de cápsulas e comprimidos como vitamina C e vitamina E, por exemplo, devem ser evitados durante o tratamento.

Avaliação nutricional

Através da avaliação nutricional, o especialista é capaz de detectar diversas questões ligadas à alimentação que podem interferir de forma positiva ou negativa no tratamento oncológico. É recomendável a todos os pacientes que iniciarem algum tipo de tratamento – quimioterapia, radioterapia ou cirurgia – sejam avaliados pelo nutricionista a fim de receber orientação adequada.