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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Situação da saúde no Paraná é caótica, diz CPI do SUS

O presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do SUS no Paraná, deputado Leonaldo Paranhos, fez na segunda-feira um balanço dos trabalhos realizados até agora pela comissão. Segundo ele, a situação dos hospitais que atendem pelo Sistema Único de Saúde é pior do que a mídia registra diariamente. “É um absurdo o que os hospitais fazem com as pessoas pobres. Falta gestão, humanidade. A corrupção corre solta”, disse.

Em todos os hospitais visitados (HU de Londrina, HU de Maringá, Hospital São José de Paiçandu e Hospital de Clínicas, em Curitiba – HC), a CPI encontrou problemas.

No Hospital de Clínicas, por exemplo, 133 leitos que atendem pelo SUS estão desativados, mas o hospital recebe dinheiro do SUS como se eles estivessem ocupados.

“Em Paiçandu, contrataram uma equipe de São Paulo para consertar o equipamento de raios-X e há cinco meses a máquina não funciona. No Paraná temos equipe. A contratação foi superfaturada”, lembra Paranhos.

Crianças não têm leitos

Entre as muitas irregularidades encontradas até agora pela CPI do SUS, está o fechamento de uma ala pediátrica, com 26 leitos, no Hospital São José, em Paiçandu. “A ala estava toda reformada, mas não funciona. Quando fiquei sabendo do motivo, confesso que fiquei irritado. A direção do hospital havia fechado a ala para reforma e quando terminou esqueceu de enviar a documentação de reabertura à 15ª Regional de Saúde. Isso é um crime. A cidade é pobre, precisa dos leitos”, desabafou Paranhos.

No dia em que a comissão visitou o Hospital Universitário de Londrina, 70 pessoas aguardavam atendimento nos corredores. Algumas até no chão. “Uma senhora estava com ferimentos em função de uma queda e não havia leito para atendê-la. Quando abri uma porta, observei oito leitos vazios. É falta de gestão, de procedimentos simples, não de dinheiro ou falta de funcionários”, prosseguiu o deputado.

No mesmo hospital, uma senhora de 70 anos aguardava por atendimento havia dois dias. Ela estava de alta e precisava simplesmente ser liberada.

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