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sábado, 21 de maio de 2016

Mulher morre em hospital de Limoeiro após erro de enfermagem, diz família

Hospital Regional José Fernandes Salsa, em Limoeiro, no Agreste de Pernambuco (Foto: Reprodução/Site da Secretaria Estadual de Saúde)Corpo da paciente de 22 anos saiu do IML, no Recife, neste sábado (21). Segundo pai da vítima, remédio aplicado de maneira errada resultou na morte

No Hospital Regional José Fernandes Salsa, localizado no município de Limoeiro, no Agreste de Pernambuco, um procedimento clínico equivocado teria resultado na morte de uma paciente, segundo a família. Jessica Christiane Correia do Nascimento, de 22 anos, faleceu na quarta-feira (18) no local, após uma técnica de enfermagem da unidade clínica ter aplicado um medicamento por injeção. De acordo com o pai da paciente, Dioseno Claudino Correia, a aplicação do remédio deveria ter sido feita através da sonda, que também servia para alimentar a vítima.

O corpo de Jessica foi liberado do Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife no final da manhã deste sábado (21). O pai dela estava revoltado com a forma como ocorreu a morte da filha e afirmou que irá processar o hospital.

"Ela só se alimentava por sonda. Aí teve uma anemia, foi para o Hospital Regional de Limoeiro e aconteceu um problema lá. Uma enfermeira deu injeção nela com um remédio, mas ela só recebia por sonda. A gente disse isso a ela. Minha filha fica saiu roxa e acabou morrendo. Perguntei o nome da enfermeira e ela não quis dar, mas era uma enfermeira aprendiz", contou Dioseno ao G1.

Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que “se solidariza com a família da paciente neste momento de dor” e “já está investigando o caso e tomando as previdências cabíveis”. No texto, a secretaria também garante que “prestará todo o apoio necessário aos órgãos de investigação”.

Foto: SES

G1

Empresas têm seis meses para adequar rótulos de produtos infantis

A Anvisa estabeleceu o prazo de seis meses, contado a partir do dia 27 de abril, para que os fabricantes e os importadoras façam a adequação de rotulagem dos produtos de higiene pessoal, perfumes e cosméticos infantis

A decisão está na resolução RDC 78/2016, publicada no Diário Oficial da União da ultima quinta-feira (19/5).

Os requisitos específicos de advertências de rotulagem foram estabelecidos na RDC nº 15 de 24 de abril de 2015.

De acordo com a norma, os dizeres de rotulagem devem atender também as demais resoluções pertinentes referentes a rotulagem obrigatória e rotulagem específica para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes.

Durante o prazo de seis meses fica temporariamente em vigência a legislação anterior, RDC 38/2001, que será revogada em doze meses. Os produtos infantis fabricados anteriormente poderão ser comercializados até o final dos seus prazos de validade.

As empresas fabricantes e importadoras já poderão requerer registro, revalidação ou alteração de registro de seus produtos, sem prejuízo da necessidade de observância do prazo estabelecido.

Foto: Reprodução

Revista inglesa publica artigo de médico brasileiro sobre diagnóstico precoce de microcefalia e infecção por zika vírus

O trabalho, capa da atual edição da revista Ultrasound in Obstetrics & Gynecology, também aborda as consequências da doença na formação cerebral do feto

Um artigo liderado por um médico brasileiro foi capa da edição deste mês da revista Ultrasound in Obstetrics & Gynecology, um dos periódicos mais respeitados internacionalmente por suas pesquisas e estudos relacionados à radiologia e medicina fetal. O artigo trata da importância do diagnóstico por imagem na identificação precoce da microcefalia, trazendo as principais descobertas sobre a doença, associada à infecção por zika vírus. O trabalho também compara as imagens pré-natais com as de moldes físicos impressos em 3D, com o objetivo de esclarecer melhor a patologia aos pais e profissionais de saúde.

O trabalho, intitulado Infecção pelo Zika Vírus e Microcefalia: Correlação das Imagens Pré-natais, Pós-natais e Modelo Físico (traduzido do inglês), contou com a autoria principal do especialista brasileiro em medicina fetal Heron Werner, integrante do corpo clínico do Alta Excelência Diagnóstica, em parceria com outros sete pesquisadores.

Segundo Heron Werner, no estudo, foi analisada uma grávida de 27 anos, moradora da periferia do Rio de Janeiro, com 12 semanas de gestação, que apresentava sintomas de zika. A paciente foi submetida a exames de imagem antes de realizar os testes laboratoriais que descartaram herpes, sífilis, dengue e chikungunya. “Nos exames de ultrassom feitos no terceiro trimestre, constatamos más-formações cerebrais, o que levantou a suspeita da infecção intrauterina pelo zika vírus”, afirma o médico.

Após o achado, a paciente foi encaminhada para a CDPI, uma das instituições participantes do estudo, para realizar uma ressonância magnética, que confirmou a microcefalia, entre outras deformidades, como calcificações e dilatações ventriculares no cérebro do bebê, que nasceu com 38 semanas.

Para que os pais pudessem entender melhor a doença e também para servir como base para outros estudos, os pesquisadores realizaram um molde impresso em 3D do cérebro do bebê microcéfalo, com base em uma tomografia pós-natal. “Nós acreditamos que um modelo físico e virtual 3D dessa patologia fetal poderia ser útil para os profissionais de saúde e os pais, além de melhorar o aconselhamento em casos de infecção intrauterina por zika vírus e microcefalia”, explica Heron Werner.

Heron reforça que a grande importância do estudo é destacar que os exames de imagem são fundamentais para o diagnóstico de microcefalia durante o pré-natal e para entender quais serão as consequências da doença na formação cerebral.

O artigo, que contou com a participação das instituições Clínica de Diagnóstico por Imagem (CDPI), Pontifícia Universidade Católica (PUC Rio), Hospital Civil de Guastalla, na Itália, Create Health Clinic, em Londres, e Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp), encontra-se disponível para mais de 15 milhões de cientistas no ScienceDirect, plataforma on-line que permite acesso a artigos escritos pelos mais renomados autores do cenário científico, nas principais áreas do conhecimento.

Foto: Reprodução

Rachel Lopes
Assessoria de Imprensa
rachel@saudeempauta.com.br

Dono de farmácia é detido com carimbos e receitas médicas falsas

Ele disse à polícia que falsificava para prestar contas à Vigilância Sanitária. Remédios de uso controlado eram vendidos sem prescrição, em Goiânia

Carimbos de médicos e dezenas de receitas falsas foram apreendidas com suspeito, em Goiás (Foto: Murillo Velasco/G1)
Carimbos médicos e dezenas de receitas foram apreendidas (Foto: Murillo Velasco/G1

A Polícia Civil deteve na quinta-feira (19) o dono de uma farmácia suspeito de vender medicamentos de uso controlado sem prescrição médica, em Goiânia. Com ele foram apreendidos carimbos de médicos e dezenas de receitas falsas. Segundo o delegado Webert Leonardo, o homem, de 42 anos, confessou que utilizava o material falso para prestar contas dos medicamentos à Vigilância Sanitária.

"Trata-se de uma ação extremamente perigosa para a saúde da população e temos que coibir. Ele alegou para gente que fazia isso para não perder vendas, que a crise econômica afetou os rendimentos da farmácia e que não viu outra forma a não ser comercializar os produtos sem a receita", relatou o delegado.

O comerciante foi detido na farmácia dele no Jardim Itaipu, região sudoeste de Goiânia. A autuação faz parte da Operação Tarja Preta e foi feita pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor do Estado de Goiás (Decon), em parceria com a Vigilância Sanitária de Goiânia. De acordo com o delegado, o material apreendido estava dentro do carro do suspeito, estacionado próximo ao estabelecimento.

"Ele guardava os carimbos e as receitas dentro do veículo para despistar possíveis fiscalizações na farmácia. Nossos agentes bastante atentos tiveram a perspicácia de pedir para averiguar o carro. Lá, encontraram os carimbos dentro do porta-luvas e várias caixas de remédio de uso controlado no porta-malas", explicou Leonardo.

Conforme a investigação, o comerciante utilizava receitas legais, apresentadas por clientes, para pegar dados dos médicos e confeccionar os carimbos. Em posse dos objetos falsificados ele preenchia receitas médicas quando o cliente buscava comprar algum produto sem prescrição médica.

O homem foi detido e conduzido à Decon, onde prestou depoimento e foi liberado. "Este tipo de crime, quando não feito em flagrante, o suspeito é conduzido para prestar depoimento e aguarda o processo em liberdade. Temos que fazer várias diligências agora, ouvir os médicos cujos nomes estão no carimbo para que possamos dar prosseguimento ao caso", explicou.

Segundo o delegado, o comerciante já tinha uma passagem na polícia por violência contra mulher e agora deve ser indiciado por falsificação de documentos e crime contra as relações de consumo. Se condenado, ele pode pegar até 11 anos de prisão.

G1