Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Rastreabilidade de Medicamentos: segurança jurídica e previsibilidade

Anvisa garante segurança jurídica e previsibilidade para a implantação da rastreabilidade de medicamentos

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta terça-feira (27/09), regulamento que suspende a eficácia do artigo 23 da Resolução RDC 54/2013, que trata dos prazos para a implantação da rastreabilidade de medicamentos no país. A decisão ocorre em razão da tramitação do Projeto de Lei (PL) 4.069/2015, que se encontra em fase final de aprovação, aguardando apenas a votação da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara para depois ser sancionado. O PL altera substancialmente a Lei 11.903/2009, que instituiu o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM), e fixa novos prazos para que esse Sistema seja implantado.

“Com a medida, a Agência dá garantia jurídica e previsibilidade ao funcionamento do sistema regulatório de medicamentos, uma vez que os prazos que estavam vigentes estabeleciam a implementação total da rastreabilidade para todos os medicamentos comercializados e distribuídos no Brasil até 11 de dezembro de 2016, em discordância com o que está sendo proposto no Projeto de Lei 4.069/2015”, explica o diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa.

O diretor da Agência José Carlos Moutinho concorda. Para ele, “foi necessário suspender a eficácia do artigo 23 da RDC 54 de 2013, tendo em vista a complexidade das ações a serem implementadas tanto pelo setor público quanto regulado, o que inviabilizaria a correta implantação do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos e os mecanismos e procedimentos para rastreamento de medicamentos na cadeia dos produtos farmacêuticos. No mesmo passo segue o entendimento do Legislativo”, sintetiza.

O diretor Fernando Mendes coaduna e acrescenta: "trata-se de um processo de alto custo e complexidade para todo o setor. Acredito que esta medida da Anvisa fará com que a indústria invista de modo prudente e eficaz contribuindo para o sucesso da implementação do sistema".

A nova lei trará várias alterações importantes, como, por exemplo, as informações mínimas na embalagem dos medicamentos, a possibilidade de definição pela Anvisa do escopo do SNCM, a garantia de banco de dados centralizado em órgão federal, alterações nos prazos para a testagem do Sistema e para sua completa implantação, entre outras.

A manutenção do prazo previsto na RDC nº 54/2013 estava gerando insegurança para todos os integrantes do sistema de medicamentos: fabricantes e importadores, distribuidores, varejistas e serviços de saúde, além da própria Anvisa. A Agência já se encontra em processo de revisão da RDC 54/2013, utilizando os parâmetros da nova lei do SNCM, inclusive os prazos que terão de ser compatibilizados.

Nesse processo, ocorrem diálogos com os representantes de todos os integrantes do sistema de produção e comercialização de medicamentos, além da revisão de todas as alternativas tecnológicas, de forma a construir um sistema factível, que garanta sua implantação nos prazos e que alcance os objetivos primordiais de evitar fraudes e falsificações de medicamentos e aumentar a garantia de rastreabilidade em situações de risco sanitário.

ANVISA

Anvisa lança novo manual de transporte de sangue

A Anvisa disponibiliza, para o setor regulado e a população em geral, a 2ª edição do “Manual de Vigilância Sanitária para o Transporte de Sangue e Componentes no âmbito da Hemoterapia”

No manual são encontradas orientações básicas sobre classificação, embalagem, rotulagem e procedimentos regulatórios para o transporte de sangue e hemocomponentes. Além disso, a publicação traz orientações gerais para o procedimento de solicitação de autorização interestadual de sangue e componentes no território nacional.

As orientações aplicam-se ao transportador, ao destinatário e aos demais atores envolvidos no processo de transporte de sangue e componentes no âmbito do ciclo do sangue. A publicação contribuirá também para que os agentes do sistema Nacional de Vigilância Sanitária - SNVS possam contar com mais uma referência técnica que os auxilie a desempenhar suas funções frente ao risco sanitário.

Normas sobre transporte de sangue
O manual baseia-se nos requisitos definidos pela RDC 20/2014, que regula as atividades de transporte de material biológico sob a ótica da vigilância sanitária, estabelecendo regras para que os serviços cumpram os requisitos definidos pela legislação brasileira. São eles: serviços de hemoterapia, laboratórios clínicos, hospitais, clínicas, bancos de células, bancos de tecidos ou similares, utilizando infraestrutura para logística de transporte própria ou de terceiros.

Outra norma utilizada para a elaboração do manual foi a Portaria Conjunta Ministério da Saúde (MS)/Anvisa 370/2014, que trata exclusivamente do transporte de sangue e componentes para fins terapêuticos

Riscos iminentes
“O transporte é um dos pontos críticos de controle no ciclo do sangue. Falhas neste processo, como, por exemplo, amostras de sangue e/ou hemocomponentes com alterações na temperatura e no tempo padronizado de transporte, podem acarretar erro da análise laboratorial, produtos biológicos contaminados ou deteriorados e perda da qualidade, interferindo de forma negativa na terapêutica do paciente”, alerta João Batista Silva Júnior, Gerente de Sangue, Tecidos, Células e Órgãos (GSTCO), da Anvisa.

João Batista destaca que, em se tratando de material biológico, deve-se também levar em conta o risco de infecção do trabalhador, a possibilidade de contato com pessoas durante o trânsito, bem como a contaminação do ambiente em situações de avaria.

A reedição do manual foi um trabalho conjunto entre áreas da Anvisa, das Vigilâncias Sanitárias locais, com colaboração técnica do Ministério da Saúde, Serviços de Hemoterapia e agências reguladoras ligadas ao transporte.

ANVISA

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

América é a primeira zona livre de sarampo endêmico, diz Opas

Campanhas contra a doença ocorrem há 22 anos no continente. Doença chegou a matar meio milhão de crianças

Sesau realiza campanha de vacinação contra o Sarampo no estado  (Foto: Reprodução/TV Gazeta)
Vacina contra doença é distribuída no Brasil (Foto: Reprodução/TV Gazeta)

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) declarou nesta terça-feira (27) que a região da América é uma zona livre de sarampo endêmico, a primeira em todo o mundo, ao final de uma batalha que se estendeu durante 22 anos.

O governo do Brasil recebeu da Opas o certificado da eliminação da doença. O último caso relatado no país ocorreu no Ceará, em julho de 2015. Os últimos registros autóctones de sarampo ocorreram no ano 2000 e, desde então, todos os casos confirmados no Brasil foram importados.

"Esta data marca um momento histórico. Adeus ao sarampo na região americana!", comemorou Carissa Etienne, presidente da organização, em entrevista à AFP.

Trata-se, disse Etienne à agência, de "uma das doenças mais infecciosas conhecidas na humanidade e uma das principais mortais entre as doenças que são prevenidas com vacinas".

Há 25 anos, recordou a especialista, o sarampo "matava mais de meio milhão de crianças por ano, mundialmente. Por isso, é verdadeiramente um momento histórico".

A decisão da região de inciar os esforços para erradicar o sarampo data de 1994, recordou Etienne. "É uma façanha notável que não teria sido possível sem o compromisso dos países da região". Margaret Chan, diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS), parabenizou os países da região pelo esforço que permitiu a erradicação da doença. "A transmissão endêmica do sarampo foi eliminada da região!", disse diante do Conselho Diretor da Opas.

As próximas metas
Merceline Dahl-Regis, presidente do Comitê Internacional de Especialistas que fez a verificação do processo, relatou que desde 2007 os especialistas compilavam dados sobre os resultados do esforço continental.

"Em 2007 começou o processo de documentação da eliminação do sarampo, da rubéola e da rubéola congênita. Agora temos que nos concentrar na eliminação mundial do sarampo", expressou Dahl-Regis.

Com relação ao futuro, os especialistas da Opas concordaram em assinalar que a prioridade é manter as estruturas de atenção à saúde para impedir que doenças erradicadas voltem a aparecer na população.

O subdiretor da Opas, Francisco Becerra, expressou sua esperança de que a região possa se ver livre do tétano neonatal em um curto prazo.

"Temos que verificar a situação no Haiti, e é possível que no final deste ano possamos considerar que a região erradicou o tétano neonatal", disse o especialista mexicano.

Em um prazo maior, acrescentou, os países da região estão fazendo um enorme esforço coletivo para erradicar a hepatite tipo B, e esperam ver resultados positivos nos próximos anos.

Esforço de duas décadas
O último caso de sarampo endêmico na América Latina foi notificado em 2002, ainda que nos anos seguintes tenham sido verificados casos importados, como ocorreu na Califórnia em 2015.

Trata-se da quinta doença que pode ser prevenida com vacina a ser eliminada da América, sendo que a última foi a rubéola congênita, em 2015. Antes, haviam erradicado a varíola (1971), a polio (1994) e a rubéola endêmica (também em 2015).

O sarampo é uma doença altamente contagiosa, especialmente entre as crianças, que dá irritações na pele. Algumas complicações podem resultar em casos fatais de infecções pulmonares e graves problemas cerebrais.

A vacina contra o sarampo está disponível desde 1963, mas diversas regiões do mundo não conseguiram até agora obter sucesso na erradicação.

De acordo com a Opas, entre 1971 e 1979 cerca de 101.800 pessoas morreram na América por causa do sarampo.

Um estudo sobre a efetividade da eliminação do sarampo na América Latina e no Caribe considerou que, com a vacinação, 3,2 milhões de casos de sarampo e 16.000 mortes terão sido prevenidos na região entre 2000 e 2020.

G1

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Pacientes com gota ganham novo tratamento

O novo medicamento Zurampic® (lesinurade) aprovado pela Anvisa trata pacientes acima de 18 anos com altas taxas de ácido úrico no sangue

O tratamento da gota tem uma nova alternativa a partir de agora. A Anvisa aprovou um novo medicamento, o Zurampic® (lesinurade), que é indicado para o tratamento da hiperuricemia associada à gota em combinação com um inibidor da xantina oxidase em pacientes acima de 18 anos.

A gota é uma condição metabólica que, na maioria dos pacientes, é resultado da excreção inadequada do ácido úrico, levando à hiperuricemia e deposição de cristais de urato nos tecidos do corpo.

O medicamento será fabricado pela empresa Hovione Limited localizada na Irlanda e a titular do registro do medicamento no Brasil será a empresa Astrazeneca do Brasil Ltda.

Ação do medicamento
A terapia combinada com lesinurade e um inibidor da xantina oxidase e age tanto na excreção quanto na produção do ácido úrico, proporcionando uma abordagem de duplo mecanismo que efetivamente reduz o ácido úrico sérico e permite que um número significativamente maior de pacientes atinjam e mantenham as metas do tratamento para o controle da doença.

ANVISA

Aprovado novo tratamento para convulsões em crianças

Anvisa aprovou registro do Inovelon® (rufinamida) usado para tratar crianças acima de 4 anos e adultos com convulsões provocadas pela síndrome de Lenoxx-Gastaut

O novo medicamento é indicado para o tratamento auxiliar das convulsões associadas com a síndrome de Lennox-Gastaut em crianças acima de 4 anos de idade e com mais de 18kg e em adultos. 

A síndrome de Lennox-Gastaut (LGS) é uma das formas mais raras e graves de epilepsia na infância. A doença afeta crianças com idade entre 1 e 8 anos, e continua a se manifestar na idade adulta.

O Inovelon® (rufinamida) será fabricado pela empresa Bushu Pharmaceuticals Limited localizada no Japão e a titular do registro do medicamento no Brasil será a empresa Esai Laboratórios Ltda., localizada em São Paulo (SP).

Prioridade para inéditos
A Anvisa tem dado prioridade para análise de medicamentos novos no país para aumentar as opções de tratamento disponíveis. Com isso, medicamentos inéditos ou genéricos inéditos podem entrar no mercado em menor tempo. Recentemente, por exemplo, a Agência aprovou um novo produto biológico para o tratamento da hemofilia.

ANVISA

Conjuntivite pode ser causada por vírus, alergia e até fumaça de cigarro

Especialistas alertam que consulta com oftalmologista é essencial para que a automedicação não cause problemas secundários como glaucoma e catarata


Olhos vermelhos, doloridos e coçando muito? Você pode estar com conjuntivite. O problema ocorre quando há uma inflamação da conjuntiva, membrana transparente que recobre a superfície ocular para proteger o olho.

As causas são diversas: infecção por vírus ou bactéria, fungos, alergia ou até exposição química, como à fumaça do cigarro ou poluição. A conjuntivite também pode vir com inchaço da pálpebra, secreção abundante e até formação de crostas, gerando dificuldade para abrir os olhos ao acordar.

De acordo com a oftalmologista Erika Yasaki, do Hospital Israelita Albert Einstein, a do tipo viral é a mais comum. “A transmissão se dá pelo contato direto através das mãos e objetos contaminados”, explica a especialista. O período de maior risco de contaminação é quando o paciente está nos primeiros dias de infecção, já que há uma maior quantidade de partículas virais do olho sendo eliminadas.

O professor Paulo Schor, chefe do Departamento de Oftalmologia e Ciências Visuais da Escola Paulista de Medicina da Unifesp, alerta que, mesmo após a vermelhidão passar, o vírus ainda pode contaminar outras pessoas. Em média, ele fica ativo por sete dias, explica o especialista.

Evolução da doença e tratamento
Dra. Erika Yasaki diz que a conjuntivite geralmente ataca um dos olhos e, poucos dias depois, o outro também começa a ser afetado. O tratamento para aliviar os sintomas pode começar em casa, com compressas frias de água, soro fisiológico e chá de camomila.

“Tratamentos caseiros – como leite materno no olho ou limão – são mitos e muito discutíveis, porque podem mascarar algumas condições e até causar uma segunda complicação”, alertou Dr. Paulo Schor.

O chá de camomila, entretanto, pode ajudar porque a erva é um bom hidratante para a pele, e o chá vai ser feito com água fervida, passando por uma esterilização. Depois, é só deixar na geladeira. Quando esfriar, é possível limpar a secreção que fica nos olhos ou fazer compressa com uma gaze ou algodão estéreos. Uma toalha, neste caso, não é recomendada para evitar contaminação.

Quem usa lentes de contato deve evitá-las. Normalmente a doença passa sozinha, mas, se depois de 24 horas os sintomas não cessarem, é bom procurar um médico. Só um especialista poderá fazer uma avaliação e indicar o melhor remédio para cada caso – anti-inflamatório, antibiótico, antivirais ou antialérgicos. A consulta com um oftalmologista é essencial porque o uso indiscriminado de antibiótico ou de cortisona pode causar problemas como glaucoma ou catarata.

Os quadros mais graves da doença costumam ocorrer com recém-nascidos, sendo necessário um tratamento intensivo, ou em quadros que avancem por mais de duas ou três semanas, em que só uma avaliação mais cuidadosa poderá descobrir o que está causando o problema.

Como Evitar
A conjuntivite é transmitida, muitas vezes, porque o doente acaba colocando a mão nos olhos e, depois, em outros objetos ou pessoas sem antes lavá-la. O melhor é nunca esquecer de limpar bem as mãos e não realizar o contato direto com os olhos. Evitar ambientes fechados e aglomerações é outra dica dos especialistas, além de não usar a fronha e toalha de outra pessoa.

Foto: Reprodução

iG

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Cirurgia íntima: entenda procedimento feito por mulheres e homens

Estudo revelou que 59% dos brasileiros entre 40 e 69 anos já passaram pela experiência de ter problemas de ereção (Foto: Vera Atchou/AltoPress/PhotoAlto/AFP)Brasil é recordista em cirurgias íntimas femininas: foram 12.870 em 2015. Preocupação com aspecto de genitália não deve ser extrema, diz sexóloga

O Brasil é recordista mundial em cirurgias íntimas femininas. Só em 2015, a modalidade mais popular de intervenção na vagina – a labioplastia ou ninfoplastia – foi feita por 12.870 mulheres no país, segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps, na sigla em inglês).

Mas homens também recorrem a uma variedade de procedimentos cirúrgicos no pênis. Em 2016, foram 440 cirurgias de alongamento do pênis no Brasil, segundo a mesma organização.

Na maioria dos casos, as intervenções têm finalidade puramente estética e são buscadas por indivíduos que querem se livrar de inseguranças sobre a aparência da genitália e melhorar a qualidade da vida sexual.

Essas cirurgias, porém, não são isentas de riscos e a decisão de se submeter a elas deve ser cuidadosa e levar em conta aspectos físicos e emocionais.

Segundo a psicóloga clínica e educadora sexual Laura Muller, é comum que homens e mulheres se preocupem com a aparência de seus genitais e esse tipo de insegurança pode ter um impacto grande na vida sexual.

Mas isso não deve ser levado ao extremo, de acordo com a especialista. “Eu costumo dizer para homens e mulheres que não é a dimensão do órgão ou seu aspecto que fazem a diferença no prazer sexual, mas sim o encaixe do casal, como esse casal se relaciona na cama, o quanto conseguem entender o que um e o outro gostariam de fazer.”

Veja algumas das cirurgias íntimas a que recorrem homens e mulheres com a esperança de melhorar a vida sexual:

CIRURGIAS FEMININAS

Labioplastia ou ninfoplastia
A redução dos pequenos lábios da vagina, mais comumente chamada de labioplastia ou ninfoplastia, é a cirurgia íntima mais procurada pelas mulheres, segundo o cirurgião plástico André Colaneri, especialista na técnica. De acordo com o médico, as mulheres procuram a cirurgia quando se incomodam pelo fato de os pequenos lábios se projetarem para fora dos grandes lábios. A cirurgia consiste em retirar esse “excesso”.

Colaneri diz que o principal objetivo da cirurgia é aumentar a autoestima da mulher que, por causa da insatisfação com a aparência da vagina, evita se trocar em vestiários coletivos, de usar roupas justas e fica constrangida durante relações sexuais.

Trata-se de uma cirurgia de pequeno porte, com anestesia local, na qual a paciente tem alta no mesmo dia e pode retornar ao trabalho dois dias depois. Exercícios físicos estão liberados depois de 21 dias e relações sexuais, depois de 30 dias.

O cirurgião alerta que a cirurgia, apesar de simples, pode trazer riscos importantes se feita por profissionais sem experiência. “Se tirar demais os pequenos lábios, não tem como refazer. É uma sequela para o resto da vida”, diz. 

Redução dos grandes lábios
Há também casos em que a mulher se incomoda com a aparência dos grandes lábios, quando considera que existe excesso de pele ou flacidez, segundo Colaneri. Neste caso, o cirurgião pode fazer um enxerto usando gordura da própria paciente na região, o que faz com que a pele, antes flácida, se estique. Há também a possibilidade de retirar, por meio de cirurgia, o excesso de pele.

Redução do monte de vênus
É chamado de monte de vênus a região acima do púbis, alguns centímetros abaixo do umbigo. Algumas mulheres se incomodam quando existe um acúmulo de gordura na área, tornando-a volumosa. Colaneri explica que algumas pacientes optam por fazer lipoaspiração na região, de modo a eliminar o abaulamento pelo acúmulo de gordura localizada. Essas mulheres relatam incômodo ao usar biquíni ou roupas justas que revelam o volume extra, segundo o cirurgião. 

Vaginoplastia
Diferentemente das anteriores, a vaginoplastia, ou estreitamento do canal vaginal, é uma cirurgia com caráter mais funcional do que estético. Pode ser feita por mulheres que tiveram alterações da vagina decorrentes de um parto problemático ou para corrigir problemas como a bexiga caída. Saiba mais sobre o procedimento no vídeo abaixo.

CIRURGIAS MASCULINAS

Correção de curvatura
No caso dos homens, a queixa mais comum que os leva ao consultório do urologista em busca de uma intervenção com fins estéticos é a curvatura do pênis, segundo o médico Paulo Henrique Egydio, referência nesse tipo de cirurgia.

Existem dois tipos: a curvatura peniana do jovem, quando o problema é congênito, e a curvatura adquirida, ou doença de Peyronie, provocada por pequenos traumas durante relações sexuais ou outros acidentes.

O problema pode não ser apenas estético, mas também prejudicar as relações sexuais, provocando desconforto na parceira.

A cirurgia é capaz de restaurar a simetria do pênis ao eliminar o “repuxamento” que provoca a curvatura durante a ereção. O paciente pode ter alta até no mesmo dia e voltar a ter relações sexuais em seis semanas, segundo Egydio. 

Recuperação de tamanho
Segundo Egydio, o pênis também pode diminuir de tamanho ao longo da vida. Pequenos traumas durante relações sexuais ou acidentes podem produzir cicatrizes internas que impedem que o pênis se estique completamente e prejudicam a ereção.

Nesse caso, uma cirurgia pode recuperar o tamanho do pênis até o limite do tamanho dos nervos do órgão. O procedimento pode ser associado a um implante de prótese de silicone para ajudar na recuperação do comprimento e diâmetro do pênis.

Expectativa x realidade
Egydio observa que é importante que os pacientes não criem falsas expectativas em relação ao procedimento. “Tem que alinhar muito bem o que se espera da cirurgia e o que se pode oferecer para não achar que vou fazer o tamanho que ele almeja. Se os nervos permitirem, o tamanho será maior, mas isso é um achado na hora da cirrugia, não existe exame que defina o tamanho que vai ficar antes da cirurgia.”

Segundo o urologista, insatisfação em relação à aparência do pênis impacta de forma muito intensa a vida dos homens. “Principalmente no jovem, isso impacta muito. Ele cada vez quer sair menos ou se expor diante da parceira, evita sempre namoros e vive uma exclusão social.” Ele conta que o homem tem dificuldade de falar sobre o assunto e demora em média de três a cinco anos para procurar um médico. “Tudo isso impacta no âmbito psicológico, social e afetivo e faz com que o homem fique desmotivado como um todo.”

G1

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Grávida: Tire suas dúvidas em relação ao preparo para o parto normal

gravidaduvidasA medida que entram no 9º mês de gestação, algumas mulheres começam a ter dúvidas sobre como se prepararem para o parto normal

Pensando em apoiar essas gestantes e dar a elas informações claras sobre o assunto, o Blog da Saúde conversou com a chefe da Casa de Parto de São Sebastião, no Distrito Federal, Vanessa Barbosa. Com o apoio da Coordenação Geral de Saúde das Mulheres, do Ministério da Saúde, foram elaboradas respostas sobre questionamentos comuns nesse período.

A Casa de Parto de São Sebastião (DF) oferece assistência a mulheres com baixo risco gestacional e que fizeram pré-natal na região. Atende, em média, 40 partos por mês, uma referência nacional das casas de partos no Brasil.

É certificada como Hospital Amigo da Criança por respeitar todos os passos para aleitamento materno exclusivo na primeira hora de vida e em todo o período de internação das mães e bebês. Na casa de parto não é indicado o uso de mamadeiras, chupetas ou fórmulas industriais, como orienta o Ministério da Saúde. Além disso, é a única Casa de Parto do país que funciona apenas com enfermeiros obstétricos.

Confira a seguir as perguntas e respostas sobre o preparo para o parto normal:

1.Quais são os sinais do trabalho de parto?
Resposta: Esse período pode ser iniciado com as contrações e aí a mulher vai observar se começou uma contração e dali, mais ou menos uma meia hora, ela vai ter outra. Perto da data do parto a mulher poderá sentir sua barriga endurecer, com contrações que não duram muito tempo. Antes de pensar em sair para o hospital, tome um banho, repouse e veja se essas contrações continuam fortes e regulares. Pode ser que ainda não seja o trabalho de parto, mas só um treino.

Dias antes do parto poderá sair por sua vagina um muco grosso amarelado, como uma clara de ovo, com rajas de sangue, esse é o tampão mucoso. É um sinal de que o parto está próximo e esse sangramento faz parte das etapas.Caso venha um sangramento vermelho vivo, em grande quantidade, a orientação é que ela siga imediatamente para o hospital.

Por ser um momento de muita ansiedade para a mulher, é importante que ela, em caso de dúvidas, busque o atendimento profissional para ser avaliada. Aproveite o pré-natal para se preparar para todas as etapas que virão e tire todas as dúvidas para se sentir tranquila e confiante para o parto.

2. Preciso me depilar para o parto?
Resposta: Não é obrigatório e nem necessário se depilar quando estiver em trabalho de parto. Os pelos são uma proteção natural para a vagina não havendo necessidade da retirada deles. Caso a mulher queira aparar os pelos, tudo bem, mas esse procedimento não interfere no momento do parto e se for da vontade dela fazer, que a depilação seja realizada com antecedência. Caso ela escolha a depilação com gilete, no dia do parto, pode abrir uma pequena lesão na pele que pode ser uma porta para uma infecção. Cuidado! Não é preciso fazer a raspagem dos pelos íntimos nem em casa, nem quando chegar à maternidade.

3. Preciso ficar em jejum para o parto normal?
Resposta: O trabalho de parto é desgastante e exige muita energia da mulher. Dê preferência a comidas leves e sucos naturais, que são de fácil digestão, lembrando que as porções, tanto das bebidas quanto dos alimentos, devem ser pequenas.Não precisa ficar de jejum e nem deve ficar para que não faça a hipoglicemia (que é quando o nível de açúcar no sangue encontra-se muito baixo, levando a mulher a fraqueza, tonturas, enjoos, vômitos e até desmaios).

Se ela quiser, pode comer um chocolate ou rapadura, um doce para elevar a glicemia. É importante que ela se alimente, mesmo que esteja com náuseas. Se ela tiver com a pressão alta ou tenha problemas de pressão alta, aí é necessário mais cuidados com a alimentação e ela deva evitar alimentos gordurosos e frituras. Caso queira se alimentar normalmente, como ela faz todos os dias, pode se alimentar. Não tem problema!

4. O que fazer se a bolsa romper?
Resposta: Não necessariamente quando a bolsa rompe significa que o bebê está prestes a nascer. Se ela tiver contrações regulares e a bolsa romper, normalmente evolui mais rápido o parto, mas a bolsa também pode romper mesmo sem contrações. Observe alguns sinais: Caso a bolsa rompa e o liquido for claro, pode se organizar, toma um banho e ir ao local onde planejou ter o bebê com calma.

Agora, se a bolsa rompeu e o líquido é meio esverdeado ou amarelado, ela terá que ir imediatamente à maternidade, Centro de Parto Normal ou hospital. Se o líquido não estiver transparente pode ser uma indicação de uma emergência.

5. E se a bolsa não romper naturalmente, o médico vai precisar rompê-la?
Resposta: Se a bolsa não romper durante o trabalho de parto, mesmo na hora do parto pode romper, então, não necessariamente, ela precisa de interferência para esse processo. A própria evolução do parto pode levar ao rompimento e em casos bem raros, pode ser necessário um pique na bolsa pra ela romper.

O bebê pode, inclusive, vir dentro da bolsa que é chamado de parto empelicado. A criança sai do ventre da mãe ainda dentro da bolsa gestacional.

Raramente pode acontecer da equipe obstétrica precisar romper a bolsa ainda na barriga da mãe para fazer com que o bebê nasça. Se esse for o caso, precisa sempre ser conversado com a mulher, explicado antes o motivo. O rompimento da bolsa pode ajudar a acelerar o parto.

Isso será necessário, por exemplo, quando a mãe está há horas com dilatação completa e o bebê não desce, tem muito líquido na placenta ainda e o bebê não consegue descer totalmente. Pode ser um método usado, mas sempre com a concordância da paciente.

6. Preciso fazer lavagem intestinal?
Resposta: A mulher não precisa, de forma nenhuma, fazer a lavagem intestinal! A mãe já está tendo contrações e ter que lidar também com cólicas intestinais é bastante incomodo. Não é também necessário fazer a lavagem na semana que antecede o parto, nos dias que ela percebeu a evolução para ganhar o bebê.

Não há problema caso a mulher evacue durante o parto e isso é totalmente natural. Às vezes, há mulheres que preferem ter uma alimentação com menos resíduo sólidos no período que antecede o parto já que incomodo para se alimentar é grande e ela prefere comer alimentos de fácil digestão. Isso é pessoal.

7. Até quando deixar evoluir o parto normal? Existe limite de tempo para a evolução do parto?
Resposta: O tempo que dura o trabalho de parto pode variar para cada mulher. Considera-se parto ativo quando a grávida já está com quatro centímetros de dilatação, com contrações frequentes e regulares. No mínimo três contrações, de 30 a 35 segundos cada uma, em dez minutos. Logo, se a mulher estiver com quatro centímetros e uma contração apenas, esporádica, ela ainda não está em trabalho de parto.

Muitas mulheres, achando que já estão em trabalho de parto, afirmam que esperaram até 40 horas para o bebê nascer. Trata-se de um engano, já que ela não estava em trabalho de parto ativo, e sim no período pródromo (que antecede o período ativo – quatro centímetros de dilatação, com contrações frequentes e regulares).

Se a mulher já deu entrada no serviço de saúde, está com quatro centímetros com contrações regulares e frequentes, é normal que evolua, mais ou menos, um centímetro por hora. Com o período expulsivo, que é finalmente quando a cabeça do bebê está bem perto de sair, daria um total de 10h às 12h. Mas esse tempo é muito variável conforme o caso.

É fundamental entender cada uma das fases que envolvem o nascimento do filho. Porque muitas vezes, ainda não está em parto ativo, é que a equipe obstétrica indica que ela não fique onde escolheu ter seu bebê ainda. É muito melhor ela ficar em casa, tentar descansar.

“Às vezes a contração é irregular e demora 30 minutos pra voltar. Então ela tem de descansar, ficar no apoio da família. Então qual é a resposta aqui? Até quando deixar evoluir? Até quando estiver tudo bem”, reforça Vanessa.

Vanessa também alerta que é importante verificar o coração do bebê a cada meia hora, juntamente com os sinais maternos. Também há outro detalhe: se parou a dilatação e ela está há três ou quatro horas sem evolução nenhuma, precisa entender que pode haver a necessidade de intervenção, de uma cesariana por algum motivo.Lembrando que há mulheres que podem passar por todas as etapas do parto normal em duas horas. Não é tão comum, mas pode acontecer.

8. Quando é necessário fazer a epsiotomia?
Resposta: A epsiotomia é um corte feito na região do períneo (área muscular entre a vagina e o ânus) para abrir o canal de parto. Alguns estudos mais recentes sobre o assunto avaliaram que não há indicação que o procedimento seja benéfico para a mulher, salvo os casos, excepcionais, onde seja preciso fazer alguma manobra para auxiliar a saída do bebê. Por exemplo, um distorce de ombro, que é quando nasce a cabeça e o ombro fica preso, nesse caso é necessário ampliar o espaço para ajudar a fazer a manobra que irá virar o bebê. Não é nem pra tirar o ombro porque a pele do canal vaginal não prende o bebê.

Logo, a episiotomia não é um procedimento comum, cientificamente comprovado como benéfico, em casos de parto normal.

9. Como e quando se deve fazer força durante o parto normal?
Resposta: A mulher não precisa fazer força durante o trabalho de parto como um todo. O corpo dela já está dilatando e quando vem a contração, o que ela precisa fazer e respirar e esperar a contração passar.

Só fará força quando o corpo dela demandar. E que horas vai ser essa? Quando o bebê estiver saindo e é só nesse momento. Então ela não precisa fazer força com dilatação de oito centímetros, com dez centímetros. Porém, se ela está com dez centímetros - dilatação total, o bebê coroou e a cabeça do bebê pressionou o assoalho pélvico naturalmente ela vai sentir vontade de fazer força, o corpo mandará que ela faça isso. Em via de regra a mulher terá uma vontade incontrolável de fazer força. Ela segue seus instintos e, quando a vontade chegar, faz força da forma que for mais natural para ela.

“Então nada de fazer força antes, porque se ela fizer, não vai respirar direito, o corpo vai liberando hormônios que não fazem bem para o momento do parto, ela vai ficar ansiosa, mais nervosa esperando por um resultado que ainda não virá”, explica Vanessa.

Para lidar com essa etapa é importante que a mulher use os recursos disponíveis durante a dilatação como exercícios de bola (pilates), andar, agachar, banho morno, aquilo que tranquilizará, reduzirá a ansiedade e a apoiará para que ela espere o momento certo.

10. Qual a diferença entre uma contração verdadeira e uma falsa?
Resposta: Essa contração de treino, chamada de Braxton Hicks, são contrações normalmente indolores chamadas de falsas. A barriga endurece toda, mas a mulher não sente dor ou ela pode sentir um pequeno incomodo, depende da sensibilidade da mulher. A contração esta presente durante toda a gestação, mas são esporádicas, indolores, curtas, irregulares e sem direção.

As outras contrações que estão já estimulando o parto são dolorosas, intensas e regulares. A intensidade da dor depende. Pode ser bem leve, como uma cólica, ou com dores mais intensas.

11. Quando o fórceps é usado no parto?
Resposta: O fórceps não é uma prática usual no Sistema Único de Saúde (SUS). A ferramenta pode causar lesões neurológicas graves no bebê.

12. Como é o parto induzido e quando ele é necessário?
Resposta: O parto pode ser induzido quando se utilizar de fármacos que estimulem a dilatação e a contração. Podem ser usados medicamentos diretamente na vagina ou intravenosos, combinados ou não. Há indicação quando a mulher chegou a 41 semanas de gestação e ainda não entrou em trabalho de parto. Ou a bolsa rompeu, mas ela não está com contrações eficazes, fortes e aguardou 12 horas, 18 horas e não entrou em trabalho de parto ativo.

13. O que é parto humanizado?
Resposta: O parto humanizado pode ser normal, natural ou pode ser uma cesárea, por exemplo. Ser humanizado é respeitar a mulher, a pessoa como um ser com especificidades, é não aplicar métodos e padrões indiscriminadamente, individualizando a assistência para cada um, de acordo com a sua necessidade. É oferecer uma assistência personalizada, ouvir, escutar, atender, dentro do possível, as necessidades da mulher, os desejos dessa mulher.

“Por exemplo: o bebê pode ser colocado pele a pele após uma cesárea. Isso é humanizar”, explica Vanessa. Não será humanizado quando a mulher não for ouvida e for obrigada a ficar numa posição, durante o parto, porque é melhor apenas para o profissional médico e não para ela. Isso é considerado uma violência obstétrica. Parto com menor intervenção, com respeito à fisiologia e empoderamento da mulher como protagonista do parto, é parto humanizado”, finaliza a chefe da Casa de Parto de São Sebastião, no Distrito Federal, Vanessa Barbosa.

Gabi Kopko, para o Blog da Saúde 

Saiba por que descongestionantes nasais não devem ser usados em excesso

Você já usou ou provavelmente conhece alguém que usa descongestionante nasal para aliviar incômodos respiratórios


O uso deste tipo de medicamento é muito comum porque muitas pessoas acreditam que esse produto não tem contraindicação e nem provoca efeitos colaterais. Mas, na verdade, quem usa em excesso pode estar ameaçando a própria saúde. Não é à toa que as embalagens dos descongestionantes nasais apresentam a advertência “Venda sob prescrição médica”, apesar dessa recomendação ainda ser ignorada por muitos consumidores, já que grande parte dos brasileiros ainda tem o hábito da automedicação. O uso de descongestionantes é recomendado em casos de entupimento, coceira, espirros e secreção nasal.

Mesmo nesses casos, a otorrinolaringologista vinculada ao SUS, Fátima Regina Abreu Alves, explica que o tratamento deve ser por poucos dias. “O uso prolongado destes medicamentos pode desencadear uma rinite medicamentosa e podem reduzir o fluxo sanguíneo da mucosa que reveste o nariz, podendo ocasionar a longo prazo uma perfuração do septo”, explica. Além disso, também é comum ficar viciado na medicação.

A estudante de nutrição, Yohana Vieira, de Brasília, começou a usar descongestionantes quando era criança copiando a mãe, que quebrou o nariz e precisou usar a medicação. “Quanto mais eu usava, mais eu sentia o meu nariz entupido. Hoje eu não uso tanto, mas preciso ter na bolsa para caso eu precise. E parece que se não tiver o nariz entope e eu já fico desesperada. É horrível para mim”, conta.

Já entre os efeitos colaterais podem aparecer elevação da pressão arterial, insônia, entre outros. Por conta disso, a otorrino lembra a importância da prescrição do medicamento a partir de uma conversa com o paciente. “Somente uma cuidadosa avaliação médica, com a coleta dos antecedentes pessoais e exame físico detalhado poderão identificar o quadro clínico e qual o melhor tratamento a ser instituído”.

Uma consulta com o otorrinolaringologista ainda pode ajudar a identificar outros problemas nasais como aumento das adenóides, desvio do septo nasal, pólipos nasais, tumores nasais ou da nasofaringe, entre outros, que causam entupimento do nariz. “Somente uma cuidadosa avaliação levará ao diagnóstico correto e ao tratamento efetivo, podendo ou não ser indicados descongestionantes ou outras classes de medicamentos”, explica a otorrino Fátima.

Em alguns casos, antialérgicos para o controle de rinites e coceiras podem melhorar temporariamente o quadro do paciente. Já o soro fisiológico pode ser uma solução até que o paciente procure ajuda médica, pois ajuda a umidificar o nariz e remover secreções nasais.

Aline Czezacki, para o Blog da Saúde

Anvisa promove Seminário sobre Dispositivos Médicos

A discussão sobre manufatura ativa e segurança e eficácia dos dispositivos médicos ocorrerá em outubro na sede da Agência, em Brasília


Nos dias 19 e 20 de outubro, a Anvisa promoverá o Seminário de Dispositivos Médicos. O debate sobre manufatura ativa e segurança e eficácia de equipamentos médicos, ocorrerá na sede da Agência, em Brasília.

O seminário reunirá o setor regulado para discutir e alinhar os entendimentos, os impactos, os benefícios e os riscos associados a essas tecnologias, para promover um ambiente regulatório que proporcione dispositivos seguros e eficazes à população.

As inscrições para o Seminário de Dispositivos Médicos podem ser feitas até o dia 10 de outubro, ou até que sejam preenchidas todas as vagas.

O segmento de dispositivos médicos é caracterizado pela grande diversidade tecnológica e pela rápida evolução destas tecnologias, como ferramenta para melhoria da qualidade de vida e saúde da população. Estas particularidades do setor trazem desafios ao contexto regulatório, o qual precisa sempre se manter atualizado e evoluir junto à tecnologia a ser regulada.

A manufatura aditiva de dispositivos médicos surge como um desafio regulatório, motivada principalmente pelas descobertas inovadoras das suas aplicações na área da saúde.

Clique aqui para acessar a programação do evento na íntegra.

ANVISA

Unicamp testa chia e revela benefícios contra câncer, diabetes e Alzheimer

É a 1ª pesquisa que descobriu um poder antioxidante na semente e no óleo. Chia já era conhecida por ser nutritiva, mas efeitos no corpo são novidade

Pesquisadores recomendam uso regular da semnte ou do óleo na comida  (Foto: Reprodução EPTV)
Pesquisadores recomendam uso regular da semente ou do óleo na comida (Foto: Reprodução EPTV)

Um estudo do Departamento de Alimentos e Nutrição da Unicamp, em Campinas (SP), revelou que, além das propriedades nutritivas, o consumo da semente ou do óleo da chia pode ajudar na prevenção de vários tipos de doenças, entre elas o câncer e o mal de Alzheimer.

Segundo os pesquisadores, é a primeira pesquisa que descobriu na chia um poder antioxidante, prevenindo o envelhecimento precoce das células. O alimento ajuda também a reduzir a quantidade de açúcar no sangue.


Estudo em ratos

A pesquisa para descobrir os efeitos da chia no organismo começou há quatro anos.

Durante seis meses, os pesquisadores usaram a semente e o óleo como parte da ração de ratos magros e obesos.

"Nós verificamos que tanto com o consumo da semente quanto com o óleo de chia, mostrou um efeito anti-inflamatório, reduziu os níveis de colesterol em torno de 30% a 40% e também aumentou a concentração de ômega 3 nos animais", explica a pesquisadora Rafaela Marineli sobre os resultados obtidos com o experimento.


Descobertas

De acordo com o professor do Departamento de Alimentos e Nutrição Mário Maróstica, o estudo também revelou que, além de reduzir a quantidade de açúcar no sangue, a chia previne doenças cardiovasculares, diabetes tipos 1 e 2, além de reduzir a incidência de mal de Alzheimer e de câncer.

"A ingestão da chia está relacionada à redução dos radicais-livres. Ela previne outras doenças por conseguinte", afirma Maróstica.

A pesquisa, publicada em revistas científicas internacionais, é também a primeira que mostra o poder antioxidante da semente no organismo dos animais, segundo a Unicamp. A conclusão do trabalho realizado pelos pesquisadores é que a chia ajuda a prevenir o envelhecimento precoce das células.

Duas colheres de sopa
Para garantir todos esses benefícios, os especialistas recomendam a ingestão de duas colheres de sopa de chia nas refeições diárias, ou o uso do óleo no tempero da comida.

A secretária Maria Célia, que precisou passar por uma reeducação alimentar devido a um problema de saúde e incluiu a chia na sua dieta alimentar, conta que a semente pode ser consumida com facilidade.

"Ela é totalmente neutra, tanto é que você pode colocá-la numa panqueca. Num suco de uva ela se transforma numa sobremesa maravilhosa", comenta.

História
O surgimento da chia data de mais de dois mil anos, quando era consumida pelos povos maias na América Central. Atualmente, ela é vendida em lojas de produtos orgânicos in natura ou como ingrediente de barras de cereais, pães e outros itens.

G1

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Risco de morte aumenta em até 30% em pessoas sedentárias

O corpo humano é uma máquina que precisa se movimentar. Do mesmo jeito que as máquinas enferrujam, o corpo humano cobra um preço muito alto pela ausência de atividade física

Risco de morte aumenta em até 30% em pessoas sedentárias

Para se ter uma ideia, o sedentarismo é o quarto fator de risco de morte no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Mais de três milhões de pessoas perdem a vida por ano vítimas das doenças adquiridas pela falta de atividade física como diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares.


A diretora do Departamento de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Maria de Fátima Marinho, explica a gravidade de se manter o corpo inativo. “Ao ficar sedentário, você vai perder muito da sua saúde. Você tem uma perda muscular, troca isso por gordura. Perde força, elasticidade, movimento e aumenta o risco de doenças crônicas, especialmente as do coração, o diabetes e a obesidade. E quanto menos você se move mais dificuldade de se mover você terá. Isso vai se tornando crônico”, alerta. E os prejuízos vão muito além do que se imagina. “Atualmente, alguns tipos de câncer estão associados à falta de atividade física. Não que gere câncer, mas ela [atividade física] é um fator de proteção”, completa a diretora.

A mudança de hábitos
E como saber o quanto é preciso mover o nosso corpo? Não é considerada sedentária a pessoa que pratica alguma atividade física moderada por ao menos 150 minutos semanais - 30 minutos/dia por cinco dias na semana. E vale de tudo: natação, caminhada, luta, yoga, dança e subir e descer escadas.

Estudo da OMS afirma que pessoas sedentárias têm de 20% a 30% de risco de morte a mais do que uma pessoa que pratica pelo menos 30 minutos de atividade física três vezes por semana. Em todo o mundo, 31% dos adultos com 15 anos ou mais não são ativos o suficiente. No Brasil, esse índice é de 48,7% entre os adultos, segundo dados do Vigitel 2014. Até 2025, o Ministério da Saúde pretende reduzir esse índice para 10% da população acima dos 18 anos.

“A gente tem um passivo. Então ou tratamos ou a pessoa vai ter complicações e morrer precocemente. Tivemos um aumento de atividade física na população em geral, mas ainda é insuficiente. Ainda temos menos da metade dos brasileiros suficientemente ativos. Queremos chegar a pelo menos mais da metade. Porque a gente tem estimado que 18% dos infartos e 10% das mortes por doenças cérebro vasculares são devido a baixa atividade física”, afirma Marinho.

Enfrentamento ao Sedentarismo
Com base em dados oficiais de 142 países, a revista médica The Lancet destaca que o mundo perdeu, em 2013, cerca de US$ 67,5 bilhões com o tratamento e perda de produtividade decorrentes de doenças associadas ao sedentarismo. Só no Brasil, foram gastos US$ 3,62 bilhões.

A coordenadora dos Programas Academia da Saúde e Saúde na Escola, Daniele Cruz, esclarece que incentivar a prática de atividades físicas também é papel do governo. “É das esferas de gestão. Não só da Saúde, como da Educação, da Cultura, dos Esportes. É fazer uma convergência de forças para que a gente traga a possibilidade da atividade física ser construída no cotidiano das pessoas como uma coisa importante”, finaliza.

Erika Braz, para o Blog da Saúde

Serviços de estética e beleza são os mais denunciados

Anvisa publica relatório de denúncias sobre Serviços de Interesse à Saúde. As demandas envolvem desde salões de beleza e clínicas de estética, até instituições de longa permanência para idosos e estúdios de tatuagem

Das 409 denúncias recebidas na Anvisa sobre serviços de interesse à saúde, que envolvem desde salões de beleza e clínicas de estética, até estúdios de tatuagem, 232 são sobre serviços de estética e embelezamento. Os dados foram extraídos do “Relatório Denúncias em Serviços de Interesse à Saúde” – primeiro semestre de 2016, que reúne cumulativamente as denúncias recebidas entre os dias 10/03/2015 e 30/06/2016.

A publicação, que está em sua terceira edição, foi elaborado pela Coordenação de Serviços de Interesse para a Saúde da Anvisa (CSIPS/GGTES) e apresenta um consolidado quantitativo e categorizado das denúncias vinculadas aos diversos serviços de interesse para a saúde que chegam à Agência.

Foram pré-definidas 15 categorias: Estética e Embelezamento, Comunidade Terapêutica, Hotelaria, Serviço de Alimentação, Massagem/Acupuntura, Piscina/Saunas, Tatuagem, Academia de Ginástica, Creche, SPA, Saúde Prisional, Instituições de Longa Permanência para Idosos - ILPI, Estabelecimento de Ensino, Necrotério, Sistema Sócio Educativo. Apenas a categoria Serviço de Alimentação não recebeu nenhuma denúncia no período analisado.

O objetivo é auxiliar na percepção dos problemas relacionados aos serviços de interesse para a saúde, bem como subsidiar o planejamento e a priorização da área nas ações regulatórias do setor, em consonância aos órgãos de vigilância sanitária dos estados, capitais e municípios.

Um bom exemplo é que o setor de Estética e Embelezamento terá regulamento específico da Anvisa. O tema já faz parte da Agenda Regulatória do biênio 2015/2016.

Os dados do relatório são originários do sistema Ouvidori@tende ou diretamente pela Coordenação responsável, por meio de ofícios, processos ou comunicações, ou ainda captadas na mídia e pela Coordenação do Centro de Gerenciamento de Informações sobre Emergências em Vigilância Sanitária (eVisa).

As denúncias recebidas pela área técnica são cadastradas em formulário do FormSUS. Informações detalhadas na íntegra do Relatório.

ANVISA

Agência proíbe comércio de lote de palmito em conserva

Lote de palmito inteiro, marca Vianeza, apresentou resultados insatisfatórios em testes laboratoriais

A Anvisa proibiu nesta quarta-feira (21/09), o comércio e a distribuição de lote do produto Palmito Inteiro, palmito de pupunha em conserva, da marca Vianeza, por apresentar resultados insatisfatórios em testes sanitários.

De acordo com o laudo emitido pela Fundação Ezequiel Dias (FUNED), as análises dos testes de incubação e rotulagem apresentaram resultados insatisfatórios do lote do produto. A Agência, portanto, determinou a proibição do comércio do lote 2876, (data de fabricação 09/03/2016, validade 09/03/2018), em todo o território nacional.

Está determinado, também, que a empresa Agroflorestal Vale do Acaraí Ltda, que fabrica o produto, é responsável pelo recolhimento do estoque do lote em questão. A resolução RE 2.546/16 foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (21).

Foto: Reprodução/Imagem Ilustrativa

ANVISA

Abertas as inscrições para o Encontro com Especialistas CHN – Medicina Intensiva

O assunto abordado será a sepse – doença que acomete cerca de 30 milhões de pacientes ao ano no mundo


Já começaram as inscrições para o Encontro com Especialistas – Medicina Intensiva, promovido pelo CHN, que acontecerá no dia 24 de setembro, com o tema central Sepse – uma Abordagem Contemporânea, num encontro que reunirá alguns dos principais nomes nacionais para discutir temas de conscientização, bem como os avanços no combate à sepse. De acordo com o Instituto Latino-americano de Sepse (ILAS), no mundo, aproximadamente 30 milhões de pacientes são acometidos, a cada ano, pela doença. O evento, coordenado pelo Dr. Moyzes Damasceno, chefe do Setor de Medicina Intensiva do CH N, acontecerá das 8h30 às 13h40, no Núcleo de Estudos em Biomassa e Gerenciamento de Água, da Universidade Federal Fluminense (NAB).

A sepse é uma inflamação generalizada do organismo contra uma infecção que pode estar localizada em qualquer órgão. Atualmente, a doença continua sendo a principal causa de morte nas unidades de terapia intensiva (UTI). Ela mata mais do que o infarto do coração e do que alguns tipos de câncer. O Brasil tem uma das mais altas taxas de morte por sepse do mundo e, por isso, há um forte empenho para mudar essa estatística.

De acordo com o Dr. Moyzes, essa edição do Encontro com Especialistas do CHN tem o objetivo de abordar os novos conceitos e o panorama mundial sobre a doença. “É fundamental essa visão global sobre a sepse e, por isso, esse encontro se faz necessário para atualização em medicina intensiva”, enfatiza.

Especialistas de renomadas instituições e hospitais do país, como Fiocruz, Copa Star, Pró-Cardíaco, Samaritano SP e Sírio-Libanês, falarão sobre temas relacionados nos painéis: Sepse 3.0 – Novos Conceitos e Atual Panorama Mundial; Disfunções Orgânicas; e Abordagem Assistencial Interdisciplinar na Sepse.

Para inscrições e informações, entre em contato pelo telefone (21) 2729-1154 – Centro de Estudos CHN (srta. Amanda) ou pelo e-mail: cest@chniteroi.com.br. O evento é destinado aos profissionais de saúde e acadêmicos de medicina. As vagas são limitadas. O NAB fica localizado na Rua Edmundo March, s/n – Campus Praia Vermelha – UFF.

Serviço
Data: 24 de setembro.
Horário: das 8h30 às 13h40.
Local: NAB UFF – Rua Edmundo March, s/n – Campus Praia Vermelha – UFF.

Foto: Reprodução

Rachel Lopes
Assessoria de Imprensa

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Anvisa suspende 15 lotes do medicamento Destilbenol

Lotes do medicamento suspenso estavam com formulação irregular. A empresa fabricante do medicamento deve recolher o estoque existente do produto no mercado

A Anvisa suspendeu a distribuição, comercialização e uso de 15 lotes do medicamento Destilbenol 1MG (dietilestilbestrol), medicamento indicado para o tratamento de câncer de próstata e câncer de mama.

O medicamento foi fabricado com formulação não aprovada pela Anvisa. A empresa fabricante do medicamento, Apsen Farmacêutica, deve recolher o estoque existente no mercado.

Lotes proibidos: 
Número do lote: 
14080009;  14090012;  14090042;   14100021;  15010077;   
15040024;  15060013;  15070112;   15060178;  15090006;  
15100090;  15100109;  15110142;   15110143;  16010100;  
Confira a Resolução 2.543/16 publicada nesta terça-feira (20) no Diário Oficial da União (DOU).

ANVISA

Anvisa suspende medicamentos antibióticos irregulares

O medicamento antibiótico Amoxicilina + Clavulanato de Potássio, fabricado por três empresas foram suspensos após ser constatada a ausência de estudos de bioequivalência nas formulações dos produtos 

A Anvisa determinou a interdição cautelar de todos os lotes do medicamento Amoxicilina + Clavulanato de Potássio, comprimidos 875 mg + 152 mg, fabricados pelas empresas Germed Farmacêutica LTDA, Legrand Pharma Industria Farmacêutica e pela empresa E.M.S. S/A, e o medicamento Policlavumoxil, fabricado pela Germed Farmacêutica Ltda.

A medida foi motivada pelo fato dos medicamentos serem produzidos com formulações que não possuem estudos de bioequivalência, conforme é exigido pela legislação sanitária.

A resolução RE 2.544/16 já está disponível no Diário Oficial da União (DOU), publicada nesta terça-feira (20).

ANVISA

Exames certos podem detectar e prevenir doenças cardíacas

No Dia Mundial do Coração, manter hábitos saudáveis e conhecer bem o corpo são formas de prevenir as patologias


Comemorado em 29 de setembro, o Dia Mundial do Coração, iniciativa da Federação Mundial do Coração (World Heart Federation), chama a atenção para um dos órgãos mais importantes do corpo humano. Responsável por bombear 5 litros de sangue por minuto, um coração saudável é vital para o bem-estar de qualquer pessoa. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares afetam cerca de 17,1 milhões de pessoas só no Brasil. E o fator mais alarmante: 80% dos casos de ataque cardíaco e infarto prematuro, as principais causas de morte da patologia, poderiam ter sido evitados com um estilo de vida mais saudável.

“Conhecer bem seu corpo é importante no combate às doenças cardíacas e cardiovasculares. O ideal é que as pessoas saibam sua média de pressão arterial, o nível de glicose no sangue, o tamanho da circunferência abdominal e o índice de massa corpórea (IMC) e façam esse acompanhamento sempre que possível”, explica a Dra. Adriana Junqueira, cardiologista e integrante do corpo clínico do laboratório Bronstein.

Encaixar os exames na rotina pode parecer difícil, mas uma visita ao médico já esclarece muitas dúvidas. Como a genética é um fator importante que pode interferir na saúde, a recomendação da OMS é que quem tem histórico de doenças cardiovasculares na família comece a prestar atenção em seus níveis e índices corporais a partir dos 20 anos, para que haja a redução significativa das chances de sofrer ataque cardíaco e infarto prematuros. Segundo a médica, exames laboratoriais simples, os chamados marcadores cardíacos, ajudam a detectar se há algum problema.

“Com alguns exames de sangue – como perfil lipídico, glicemia de jejum, hemoglobina glicada, homocisteína e ácido úrico – é possível identificar problemas cardíacos e monitorá-los. Outro exame eficaz nessa busca é o de microalbuminúria, feito pela urina”, esclarece Adriana. Exames de imagem, como eletrocardiograma, teste ergométrico, MAPA, ecocardiograma transtorácico e transesofágico e cintilografia do miocárdio, também são eficazes na detecção de problemas no coração.

Com o aumento da idade, a atenção com a saúde do coração deve ser maior e frequente. Para avaliar as artérias coronárias e detectar possíveis obstruções, o cateterismo tem grande precisão diagnóstica e deve ser solicitado pelo seu cardiologista para o rastreamento de doença coronariana. Nesse mesmo contexto, a angiotomografia coronária é um dos exames mais indicados; menos invasivo do que o cateterismo, vem se revelando uma preciosa ferramenta na detecção dessa patologia. Para os pacientes com alto risco cardiovascular, porém, a médica ainda mantém o cateterismo como a melhor opção.

Praticar atividades físicas com regularidade, evitar o tabagismo, controlar os níveis de colesterol, diabetes e hipertensão e adotar uma alimentação saudável são ações simples que qualquer pessoa pode fazer para manter o coração saudável.

Foto: Reprodução

Paula Borges
Assessoria de Imprensa
paula@saudeempauta.com.br

3 formas de conseguir comprometimento profissional em hospitais

comprometimento profissionalHospitais com alta performance tendem a ter funcionários com comprometimento profissional com a empresa. Mas, níveis de empenho estão caindo no setor da saúde e isso pode criar um impacto significante na qualidade de tratamento de uma companhia. Isso significa que é crucial que os hospitais priorizem o comprometimento profissional de seus empregados

Por Camila Alves

Segundo um relatório da Quantum Workplace465076121, uma empresa de consultoria, os trabalhadores da área de saúde possuem menos comprometimento profissional em escala, comparados aos empregados de outras indústrias.

A consultoria entrevistou milhares de funcionários dos Estados Unidos e descobriu que somente 56.7% deles indicavam ter comprometimento profissional.

Pior ainda: 13% dos empregados respondeu que se sentiam desencorajados ou até hostis quando trabalhavam.

Comparando os números deste ano com pesquisas passadas, a Quantum chegou à conclusão que o comprometimento profissional na indústria da saúde tem caído nos últimos cinco anos.

A porcentagem de profissionais que estão somente ‘’contribuindo’’ para suas empregadoras, ao invés de estar ativamente empenhados, foi de 22% em 2011 para 30% no ano passado.

Melhorando o comprometimento profissional
Em uma época que os hospitais estão sendo cobrados pela qualidade de serviço que entregam, ter uma equipe empenhada e que investe em promover a cultura da segurança e transparência é importante.

Para lutar contra a falta de comprometimento profissional a Quantum identificou três elementos chave que fazem com que os funcionários se sintam mais engajados.

Liderança consistente
Os empregados não possuem comprometimento profissional se os seus líderes não apresentam empenho. Segundo a pesquisa, o compromisso de líderes para criar um ambiente de trabalho positivo é o principal fator que faz um impacto no comprometimento profissional.

Algumas mudanças aconteceram na liderança do segmento nos últimos anos, de CEOS até chefes de enfermagem. Isso balança a confiança que os funcionários têm em seus líderes, o que impacta o comprometimento profissional.

Uma forma de evitar o problema é monitorar as demissões em todos os níveis e descobrir exatamente porque as pessoas estão deixando o hospital. Isso ajuda a criar estratégias para melhorar a retenção e manter o comprometimento profissional alto. 

Reconhecimento e valorização
Médicos, enfermeiras e outros profissionais de saúde têm sido cobrados por uma grande responsabilidade nos resultados de pacientes. E isso pode fazer com que eles se sintam no limite, principalmente se seus esforços não forem reconhecidos e valorizados.

Um fator significante que impacta o comprometimento profissional na saúde é o valor que os líderes da organização dão para os funcionários. Casos cada vez mais comuns de tratamento abusivo de colegas têm levado os empregados a se sentirem desencorajados. Os hospitais devem fazer o que puderem para cessar esse desenvolvimento em seus caminhos. Outra forma de melhorar o comprometimento profissional é reconhecer o sucesso dos talentos da empresa e usar suas falhas como oportunidade para melhora, ao invés de punição.

Trabalho significativo para empresas de sucesso
Os empregados possuem um comprometimento profissional maior quando estão trabalhando para uma empresa que está no caminho do sucesso. Para hospitais, isso significa que os líderes devem pensar adiante sobre suas missões e objetivos. Eles também precisam ser transparentes sobre seus esforços com todos os funcionários.

Se os líderes mantêm as métricas que estão usando para medir o sucesso em segredo, a equipe clínica não saberá o que está direcionando as decisões e sentem menos comprometimento profissional.

Saúde Business

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Beribéri: Entenda a doença causada pela falta de vitamina B1

b1
Fontes de Vitamina B1
Beribéri é o nome de uma doença séria que sem cuidados pode levar a morte. Mas com o tratamento adequado, é possível alcançar a cura. Está diretamente ligada a falta de tiamina, também conhecida como Vitamina B1

Quando a vitamina B1 não é consumida regularmente na alimentação, sintomas leves do beribéri podem surgir, como insônia, nervosismo, irritação, fadiga, perda do apetite e da energia. Esses problemas podem se manifestar após dois a três meses de consumo exclusivo de alimentos pobres em tiamina. Os sintomas ainda podem evoluir para mais graves como dormência, formigamento e inchaço de pernas e braços, dificuldade respiratória, problemas no coração, insuficiência cardíaca e até a morte.

No Brasil, a deficiência de tiamina está normalmente associada a populações que se alimentam basicamente de mandioca ou de farinha de mandioca, arroz polido e/ou a farinha de trigo, ou seja, alimentos pobres em vitamina B1. Essa vitamina é normalmente encontrada em cereais, grãos, legumes e carnes (especialmente vísceras, carne de porco e de vaca) entre outros alimentos. A ingestão desse nutriente através da alimentação equilibrada é uma das medidas mais importantes para o controle do Beribéri. Não somente o consumo de fontes da tiamina, mas também a diminuição de bebidas que podem atrapalhar a absorção desta vitamina, como café e bebidas alcoólicas. Ainda entre os fatores de risco para o aparecimento do Beribéri estão atividades físicas intensas e debilitantes.

No Brasil, desde 2006, têm sido identificado casos de Beribéri nos estados do Maranhão, Tocantins e Roraima. A partir desses casos, ações têm sido desenvolvidas em parceria com os estados e municípios na investigação, acompanhamento, prevenção e controle da doença. Entre as ações, um formulário eletrônico é disponibilizado para que profissionais de saúde dos municípios, hospitais e Distritos Sanitários Especiais Indígena (DSEI) realizem a notificação ao órgão de casos suspeitos. É de crucial importância que este formulário seja utilizado para que seja possível não só tratar, mas controlar o Beribéri no país.

Saúde através da Alimentação equilibrada
Não é segredo que uma alimentação saudável e equilibrada pode, além de saciar os paladares, ser aliada a prevenção e ao tratamento de doenças, como é o caso do Beribéri.

Para instruir profissionais de saúde e a população sobre como se alimentar adequadamente existem instrumentos como o Guia Alimentar Para a População Brasileira que são de fácil acesso e compreensão. Entender o que se come, quando e como se come, como escolher alimentos e como prepará-los pode trazer mudanças significativas para você e sua família.

No caso da Vitamina B1, o feijão está entre os alimentos que possuem a maior concentração do nutriente. Outro alimento que é bem brasileiro e está na lista de ricos em tiamina é a castanha de caju. Além desses, as carnes, especialmente vísceras, carne de porco e de vaca, entre outros alimentos como cenoura, berinjela, tomate, repolho e beterraba - que podem ser comidos crus na salada, desde que devidamente lavados.

A alimentação saudável exige sabedoria nas escolhas e para isso é importante ter conhecimento. Nenhum alimento está proibido.

Como sempre lembramos, evite os alimentos processados, como salgadinhos, bolachas recheadas, refrigerantes e fast foods e dê preferência para os alimentos minimamente processados como o arroz que se come em casa e os in natura como as frutas, legumes e folhas. Esses dois últimos grupos (minimamente processados e in natura) deve ser a base da alimentação.

Gabi Kopko, para o Blog da Saúde

Dor de cabeça: Saiba mais sobre os sintomas e aprenda como prevenir e tratar o incômodo

dor de cabeçaÉ difícil encontrar alguém que não tenha sofrido pelo menos uma vez na vida por conta de uma dor de cabeça. Entretanto, mesmo sendo muito comum na população, isso não significa que a dor pode ser considerada normal. Ela deve ser diagnosticada corretamente e tratada, podendo muitas vezes ser prevenida e, em alguns casos, investigada

As cefaleias (termo médico usado para dor de cabeça) podem ser classificadas em dois grandes grupos: as primárias e as secundárias. As mais comuns fazem parte do primeiro grupo, e são chamadas assim, porque são o problema em si e não um sintoma de uma outra condição ou doença. Já as cefaleias secundárias precisam de atenção, pois são decorrentes de outros problemas de saúde sendo alguns deles graves.

O clínico geral do Serviço de Consultoria Clínica do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), Juan Carlos Verdeal, explica que identificar inicialmente o padrão e a gravidade da dor de cabeça pode ser feita sem a necessidade de atendimento especializado ou exames elaborados, bastando o relato do paciente. “Um ponto fundamental é o histórico da dor: características como idade do primeiro aparecimento da cefaleia, intensidade e localização na cabeça ou face, frequência com que se apresenta, que fatores a desencadeiam e como alivia, se é acompanhada de outros sintomas como vômitos ou alterações visuais, enfim, como ela se comporta. Na grande maioria das vezes, isso basta para diagnosticar o tipo de cefaleia. Além disso, essas mesmas informações vão dizer se há necessidade de encaminhar o paciente para investigação”.

As dores de cabeça primárias mais comuns são as enxaquecas e as cefaleias do tipo tensional. Para diagnostica-las, a coleta da historia e o exame físico realizados pelo médico generalista são, na maioria das vezes, suficientes. As principais características da enxaqueca são: dores recorrentes de caráter pulsátil em um dos lados da face ou em cima de um dos olhos; náuseas e vômitos, fotofobia (sensibilidade à luz) e incômodo com barulho. Fatores desencadeantes são claramente identificados em algumas pessoas como estresse, período menstrual, alterações bruscas de temperatura, vinhos tintos, aspartame, entre outros. Este tipo de dor aparece geralmente na adolescência ou no início da fase adulta e frequentemente há histórico familiar de enxaqueca. A cefaleia do tipo tensional caracteriza-se por ataques de intensidade leve a moderada em toda a cabeça ("como um capacete apertado"), acompanhadas por dores musculares no crânio, pescoço e ombros. Diferentemente das crises de enxaqueca não há náusea ou fotofobia.

Já as dores de cabeça secundárias precisam ser investigadas, pois são causadas por outros tipos de problemas mais graves. O Chefe do Serviço de Neurologia do Hospital Federal dos Servidores (HFSE), Rogério Monteiro Naylor alerta que, muitas vezes, as pessoas não dão a devida importância e confundem uma dor de cabeça simples, com dores de cabeça decorrentes de outras doenças mais complexas. “A preocupação maior é quando muda o padrão antigo de uma dor de cabeça, tornando-a mais frequente, ou quando se somam a outros sintomas, como abalos musculares em alguma parte do corpo ou restrição de movimentação em partes específicas”.

Dores de cabeça chamadas de “cefaleias explosivas”, que aparecem subitamente com forte intensidade, dores que antes melhoravam com analgésicos e que passam a não melhorar, cefaleias que acordam a pessoa durante o sono devido a forte intensidade, também são exemplos de sinais de alerta para problemas mais graves. “Por trás desse tipo de dor podem estar acontecendo fenômenos neurológicos graves, como a ruptura ou expansão de um aneurisma, AVC, hemorragia, enfim, a cefaleia explosiva é algo que deve chamar a atenção”, explica o médico do INC, Juan Carlos

Tratamento e cuidados
Mesmo as dores de cabeça consideradas comuns podem interferir na qualidade de vida das pessoas. Por isso é necessário tratamento e alguns cuidados para não prejudicar as atividades diárias. “Toda pessoa que experimenta uma crise de enxaqueca sabe o quanto é ruim. Não podemos negligenciar essas dores só porque elas não precisam ser investigadas. Elas são importantes porque comprometem a qualidade de vida, e merecem atenção, não só no momento da crise, mas muitas vezes com tratamentos crônicos. Existem dois tipos de tratamento para dores de cabeça primárias. Uma é o tratamento da crise, ou seja, no momento em que ela se apresenta agudamente e a pessoa precisa ser medicada para aliviar o desconforto. No entanto, se esse tipo de dor de cabeça tem recorrência frequente, está indicado um tratamento preventivo. As medicações variam de caso para caso mas alguns cuidados caseiros nas crises agudas como compressas frias sobre as têmporas ou sobre os olhos ajudam a melhorar os sintomas de enxaqueca.

Em casos secundários, os tratamentos para as dores vão variar de acordo com a doença que estiver desencadeando o sintoma, e são prescritos depois de uma investigação mais rigorosa.

Aline Czezacki, para o Blog da Saúde