Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Síndrome de Hulk: o que é o Transtorno Explosivo Intermitente?

Você sabe o que é a síndrome de Hulk? Entenda o problemaTranstorno que causa agressividade afeta vida do paciente e das pessoas que o cercam

Dr. Ivan Mario Braun 
Psiquiatria - CRM 57449/SP

O Transtorno Explosivo Intermitente (TEI), também popularizado como "Síndrome de Hulk",de acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação Psiquiátrica Americana, é caracterizado como episódios abruptos de perda de controle de impulsos agressivos. Estes impulsos se manifestam através de agressões verbais, falas, discussões ou agressões físicas contra pessoas, animais ou propriedade alheia.
 
Critérios de diagnóstico
Estas explosões podem ter uma gravidade menor - sem lesões ou destruição - com uma frequência grande, pelo menos duas por semana, ou maior, e neste caso, basta que ocorra uma agressão por ano, para que se faça este diagnóstico. Outra exigência para se poder dizer que alguém tem TEI é que a magnitude da agressividade nas explosões é muito desproporcional à gravidade da provocação. A agressão, no TEI, não é premeditada, porém impulsiva e não tem nenhum objetivo claro. Frequentemente, a pessoa sente uma grande raiva concomitantemente.
 
Só se pode dizer que um indivíduo tem TEI se já tiver pelo menos seis anos de idade, pois nesta idade, normalmente, a pessoa já tem um controle da agressividade. Pessoas com TEI podem ter sintomas de outros transtornos psiquiátricos, mas quando estes são graves e a agressividade ocorre somente na presença deles, não se pode fazer o diagnóstico de TEI. A ideia por trás desta exigência é que o TEI precisa ser a principal causa da agressão. O mesmo vale para outros problemas que afetam o cérebro, como traumas cranianos, tumores e efeitos de drogas, que também podem levar a comportamentos agressivos. 
 
Finalmente, se pessoas na infância ou adolescência têm episódios de agressividade súbita apenas na vigência de um distúrbio de adaptação a uma situação estressante, não se pode dizer, em caráter definitivo, que apresenta TEI. 
 
Incidência
Não há estatísticas brasileiras, porém se sabe que, nos Estados Unidos, ocorre em cerca de 2,7% das pessoas, sendo mais frequente nos mais jovens e de menor nível educacional - a prevalência é menor em pessoas que têm curso universitário). (1) No Iraque, calculou-se a prevalência entre 1,5 e 1,7%, porém a idade de início foi menor que nos EUA (2).  
 
Consequências para o dia a dia
O Transtorno Explosivo Intermitente, ou "Síndrome de Hulk", traz graves prejuízos para a pessoa sejam nos âmbitos ocupacionais, interpessoais, legais ou financeiros. O transtorno também pode levar a um grave desconforto para a pessoa (1) e um grande sentimento de culpa, após seus episódios agressivos (3).                            
 
Procurando ajuda
Devido às consequências do TEI, as pessoas que apresentam este problema podem procurar ajuda e contar ao profissional que consultam que têm estes episódios, que lhe causam um grande incômodo. Porém, por vezes, a pessoa ainda não se deu conta de seu comportamento e são os familiares, amigos e colegas de trabalho que reclamam. Nestes casos, é interessante que se estimule o portador deste transtorno a procurar um profissional habilitado, de modo que se possa fazer um tratamento que, sendo bem sucedido, trará melhoras na qualidade de vida de todos os envolvidos. 
 
Como sempre, quanto menor a percepção que alguém tem da origem de seus problemas, maior é a necessidade de que a procura de tratamento seja estimulada por outros. Não existe nenhuma forma definitiva de fazer com que alguém se trate mas, geralmente, faz-se uma mistura de pressão para que isto ocorra e reconhecimento e gratificação quando a pessoa se esforça para se tratar e melhorar. Orientações mais específicas devem ser obtidas em consultas diretas com profissionais, que poderão avaliar caso a caso.  
 
Tratamento
Ainda não se conhecem tratamentos específicos para o transtorno e, muito menos, há uma cura definitiva. Mas, o controle a longo prazo pode ser feito através de psicoterapias (4) direcionadas no sentido de a pessoa aprender a detectar aquelas situações que desencadeiam as crises e evitá-las, ou aprender a enfrentá-las de modo menos agressivo. 
 
Em relação aos tratamentos medicamentosos, existem alguns estudos que sugerem que possam ser úteis os estabilizadores de humor (5), que são medicações usadas também no transtorno bipolar e em casos de depressão.        
 
Referências
1. American Psychiatric Association: Diagnostic and statistical manual of mental disorders, fifth edition. Arlington, VA, American Psychiatric Association, 2013. 947 p.   
 
2. Al-Hamzawi A, Al-Diwan JK, Al-Hasnawi SM, Taib NI, Chatterji S, Hwang I, Kessler RC, McLaughlin KA. The prevalence and correlates of intermittent explosive disorder in Iraq. Acta Psychiatr Scand. 2012 Sep;126(3):219-28. doi: 10.1111/j.1600-0447.2012.01855.x. Epub 2012 Mar 22.    
 
3. Kulper DA, Kleiman EM, McCloskey MS, Berman ME, Coccaro EF. The experience of aggressive outbursts in Intermittent Explosive Disorder. Psychiatry Res. 2015 Feb 28;225(3):710-5. doi: 10.1016/j.psychres.2014.11.008. Epub 2014 Nov 11.    
 
4. McCloskey MS, Noblett KL, Deffenbacher JL, Gollan JK, Coccaro EF. Cognitive-behavioral therapy for intermittent explosive disorder: a pilot randomized clinical trial. J Consult Clin Psychol. 2008 Oct;76(5):876-86. doi: 10.1037/0022-006X.76.5.876.    
 
5. Jones RM, Arlidge J, Gillham R, Reagu S, van den Bree M, Taylor PJ. Efficacy of mood stabilisers in the treatment of impulsive or repetitive aggression: systematic review and meta-analysis. Br J Psychiatry. 2011 Feb;198(2):93-8. doi: 10.1192/bjp.bp.110.083030. Review.
 
Minha Vida

Aumenta número de casos de AVC em pessoas mais jovens

Doença mata mais que dengue, Aids e câncer de mama. Hábitos saudáveis ajudam na prevenção
 
‘Quem imaginaria que uma pessoa nova pode ter um AVC?” O questionamento, que poderia ser da grande maioria dos brasileiros, é de Lucélia dos Santos, a auxiliar de 33 anos que sofreu um AVC hemorrágico aos 32. “Eu trabalho na saúde há 13 anos e não sabia que a doença acontecia em jovens”, conta. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 13 mil pessoas entre 15 e 39 anos morreram com a doença nos últimos cinco anos.
 
Para Eduardo Fávero, cirurgião vascular do Hospital Souza Aguiar, o estresse pode ser um dos principais fatores para a doença entre jovens. “O controle da pressão e do açúcar no sangue é feito pelo estresse. Assim, a pessoa tende a fumar mais e a fazer menos exercícios físicos, ficando mais exposta aos fatores de risco”. O médico lembra ainda que comodidades como carro, controle remoto e fast food fazem com que as pessoas se movimentem cada vez menos.

Saiba mais sobre o AVC:

AVC: saiba quais os primeiros socorros durante um derrame

Colesterol alto pode aumentar o risco de AVC

Uma em cada seis pessoas terá AVC, alerta campanha mundial

Até 15% das vítimas de mini-AVC sofrem AVC completo dentro de três meses

AVC: 90% dos riscos vêm de apenas 10 causas

Pesquisa mostra que brasileiro não reconhece todos os sintomas de AVC

Mulheres correm mais riscos de sofrer AVC do que homens

Popularmente conhecido como “derrame”, o AVC pode ser isquêmico, mais comum, é um entupimento de artérias responsáveis pela circulação do sangue no cérebro, ou hemorrágico, quando uma artéria se rompe, geralmente, por causa de pressão alta.
 
A doença é uma das que mais matam no mundo, superando a Aids, a dengue e o câncer de mama. No Brasil, a cada cinco minutos, um brasileiro morre por causa do AVC. São mais de 100 mil óbitos por ano. Nesta quinta-feira (29), Dia Mundial de Combate ao AVC, a ONG Rede Brasil AVC promove ações de mobilização nas principais capitais. Com o lema ‘AVC. Eu me importo. E você?’, a ideia é aumentar a prevenção e melhorar o tratamento e a reabilitação das vítimas. A cantora Ivete Sangalo gravou um vídeo para a campanha, que circula nas redes sociais.
 
O Dia

Como reagir a 11 acidentes domésticos com crianças

Manobra de Heimlich
Manobra de Heimlich
De pequenos cortes até ingestão de produtos tóxicos: saiba os primeiros cuidados que se deve ter diante de problemas comuns quando se tem criança em casa
 
Quando se tem crianças em casa, todo cuidado é pouco. Com a curiosidade e energia dos pequenos, qualquer objeto ou situação oferece risco de acidentes, alguns mais graves, outros nem tanto.
 
Cid Pinheiro, pediatra do Hospital São Luiz Morumbi, alerta que acidentes domésticos são mais comuns com crianças pequenas: “A partir do momento em que ela [a criança] deixa de ser um bebê pequeno e começa a se movimentar pela casa, deve ser vigiada o tempo todo. A família também tem que criar mecanismos de proteção: fechar portas, proteger quinas e guardar produtos de limpeza em armários altos ou chaveados são algumas sugestões". Além disso, o pediatra dá a dica para os pais:
 
“Verifiquem qual o pronto socorro mais próximo e o tempo que você levaria para se deslocar em uma emergência”. 
 
Mas, se o acidente já aconteceu, saiba como agir em cada um deles e quando é necessário procurar um serviço médico. 
 
Cortar o dedo
“Em qualquer lesão de pele, o ideal é fazer a higiene do local”, afirma Cid. Além de lavar, se o corte é pequeno, não há necessidade de procurar um médico. O pediatra recomenda dar analgésicos via oral caso a criança tenha dor. 
 
Corte mais profundo
Se o corte for mais grave, as indicações de higienizar o local e medicar continuam valendo, mas, nesse caso, é necessário fazer uma compressão no local com um lenço ou qualquer pano limpo e levar a criança para o hospital.
 
Ingerir produto de limpeza
Este tipo de incidente é chamado de intoxicação exógena e, segundo Cid, a gravidade da intoxicação pode variar porque a composição dos produtos difere bastante. Por isso, a recomendação é sempre verificar o rótulo e seguir as orientações do que fazer em caso de ingestão - que estão sempre indicadas no produto. Cid adverte para nunca forçar o vômito. “Se o produto causou algum problema ao descer, pode causar também ao voltar”.
 
Tomar remédio por acidente
A gravidade das consequências de ingestão de remédios também depende da medicação e quantidade ingeridas. “De um modo geral, o ideal é saber o quanto a criança ingeriu”, explica Cid. Consulte a bula e verifique se ela tomou uma quantidade que seria adequada para a idade dela, caso sim, não há problemas nem necessidade de procurar serviço médico. Mas, caso ela tenha tomado uma quantidade muito grande ou algum medicamento mais forte, então, será necessário levar ao hospital. Também é aconselhável consultar a bula para saber quais são as orientações nesses casos.
 
Engolir algum objeto
Nesse caso, os pais devem ficar atentos para o objeto engolido. Pequenos objetos não pontiagudos como uma bolinha de gude ou botão de camisa não fazem mal nenhum e sairão nas fezes. Mas, se forem objetos com produtos químicos – como uma bateria –  ou pontiagudos, a indicação é procurar um serviço médico. Em nenhum dos casos deve-se provocar o vômito. Além de poder causar danos na volta, o pequeno objeto pode seguir o caminho das vias respiratórias.
 
Engasgar
“Em um engasgo discreto, tomando líquido ou água, se você promover tapas nas costas, a criança volta a ter a respiração adequada”, afirma Cid. Mas, se um alimento ou objeto ficar alojado na traquéia, a criança não terá condições de respirar enquanto o objeto não for retirado. “Não há tempo de chegar ao hospital”, alerta o médico. O recomendado é fazer a manobra de Heimlich ilustrada abaixo.
 
Objeto inserido no nariz ou no ouvido
Ao perceber um objeto no nariz ou ouvido da criança, Cid aconselha a não tentar retirar. “Quando a família não tem habilidade e tenta tirar, pode fazer com que o objeto entre mais profundamente ainda”. Ele ainda diz para a família ficar atenta a episódios recorrentes – mais de uma vez por mês – de sinuzite ou otite, pois pode indicar a presença de algum objeto alojado no nariz ou ouvido da criança.
 
Bater a cabeça
Se a criança estiver andando devagar e bater a cabeça em uma porta ou parede, o trauma é leve e não tem problema nenhum. O serviço médico deve ser procurado se o trauma for mais grave – como em uma queda –, se a criança se queixa de dor por muito tempo ou se tiver episódios repetidos de vômito, alerta Cid.
 
Quebrar o dente
Uma pequena fratura no dente não é grave. Dá para esperar para levar o filho ao dentista quando possível. Mas, se o dente foi deslocado e há o risco de cair, é necessário ir ao hospital. E lembre-se de levar o dente, se puder. Cid diz que não é necessário procurar o pronto atendimento de dentistas, no hospital deve haver o bucomaxilo para emergências.
 
Queimaduras
Queimaduras simples devem ser lavadas apenas com água e sabão. Se a criança reclamar de dor, dê analgésicos via oral. Se houver bolha, não estoure. 
 
Submersão
“Bastam 10 ou 15 centímetros de água para que um bebê se afogue”, destaca Cid. Se apenas um pouco de água for engolida e a criança conseguir respirar normalmente, não há problema algum, a técnica de dar tapinhas nas costas é valida para desengasgar.
 
iG

USP pode sofrer sanção se distribuir “pílula do câncer”

A Universidade de São Paulo (USP) corre o risco de sofrer sanções severas caso passe a fabricar as pílulas de fosfoetanolamina sintética para distribuição
 
O alerta é feito pelo diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Jarbas Barbosa. Segundo ele, a distribuição da substância pode ser considerada ilegal por não ter passado por testes clínicos, não ter aprovação da agência federal e não ser produzida em um laboratório de medicamentos.
 
Atualmente, a universidade produz as pílulas apenas para os casos de solicitação jurídica. A USP informou que não vai se pronunciar sobre o caso.
 
A pílula com suposta ação contra o câncer vinha sendo produzida no Instituto de Química da USP de São Carlos, onde foi desenvolvida por um grupo de pesquisadores liderados pelo químico Gilberto Orivaldo Chierice, hoje professor aposentado. Mesmo sem ter passado pelos testes exigidos pela legislação, foi fornecida gratuitamente a interessados até o dia 29 de setembro, quando o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) vetou a distribuição.
 
No dia 8 deste mês, porém, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu em favor de uma pessoa que solicitou judicialmente o acesso à droga, levando o TJ-SP a voltar atrás e desencadeando uma chuva de liminares pela liberação. A universidade recebia, na semana passada, de 40 a 50 pedidos diários com base em liminares.
 
“Como por enquanto a USP parou a fabricação (para distribuição), tudo fica como está. Mas se a universidade voltar a fabricar a pílula, seguramente pode-se fazer uma inspeção sanitária e fechar o laboratório”, disse Barbosa.
 
O diretor da Anvisa, no entanto, admite que o caso é complicado, já que a própria agência não considera que a substância seja um medicamento, o que pode dificultar as sanções. “Do ponto de vista da legislação brasileira, a pílula não é um medicamento, porque só são consideradas dessa forma substâncias que passaram pelos testes clínicos e foram aprovadas pela Anvisa. E a agência só exerce sua função regulatória quando há testes clínicos, ou seja, quando há ensaios em humanos, o que não foi feito.”
 
Dessa forma, segundo Barbosa, a pílula tem permanecido em uma espécie de zona cinzenta da legislação. “Mas, se for encarada como medicamento, é completamente ilegal: foi produzida em local não autorizado para fabricação de produtos para uso em humanos (em um laboratório de química) e foi distribuída para a população, como se fosse uma espécie de ensaio clínico informal, sem autorização da Anvisa nem das comissões de ética”, afirmou. “Um laboratório produtor de medicamentos que vende drogas sem registro sofre sanções gravíssimas, incluindo o fechamento. Mas é verdade que, nesse caso, não se trata de um medicamento nem de um laboratório de medicamentos.”
 
Crime. Barbosa afirma que o artigo 273 do Código Penal caracteriza claramente como crime vender, distribuir ou entregar para consumo produto medicinal falsificado ou adulterado sem registro no órgão de vigilância sanitária competente. “A USP deveria interpelar esses pesquisadores e, se os resultados de seus estudos são promissores, ela deve estimular a realização dos testes clínicos.”
 
A decisão do Supremo, no entanto, complicou a situação da universidade, segundo Barbosa. “A USP decidiu acertadamente suspender a produção quando tomou conhecimento do caso. Mas a decisão do STF, sem base na ciência nem nas regras de pesquisa, causou uma confusão. É preciso proibir a distribuição da pílula. A ordem do STF mandando produzir algo fora das regras legais criou uma situação complexa”, disse.
 
Depois de liberar a pílula para um paciente do Rio, obrigando a USP a fornecer a substância, o ministro do STF Luiz Edson Fachin alegou que a decisão foi excepcional, em razão de um “paciente cuja narrativa foi que estava em estado terminal”. Para Barbosa, porém, essa explicação pode ter sido fundamentada em um equívoco. “A confusão do STF é que ele considerou a pílula um medicamento em fase experimental, o que não é.”
 
Segundo Barbosa, Fachin pode ter considerado a aplicação da pílula como um caso de “uso compassivo”, um princípio que permite liberar um medicamento sem o registro da Anvisa.
 
“Esse princípio se aplica quando temos um medicamento novo e promissor, já na última fase de testes clínicos, destinado a pacientes com doenças graves que não tenham alternativas de terapia com medicamentos registrados. Mas isso não se aplica à pílula de fosfoetanolamina, que nem mesmo chegou à fase de testes clínicos.”
 
A reitoria da USP não quis comentar o caso e declarou apenas que reitera a nota oficial publicada no dia 14, na qual afirma que “a pílula não é remédio” e que estuda “a possibilidade de denunciar, ao Ministério Público, os profissionais que estão se beneficiando do desespero e da fragilidade das famílias e dos pacientes”.
 
UOL

Anvisa divulga lista de inscritos para gerentes-gerais após recursos

A Anvisa divulgou nesta terça-feira (27/10) a lista dos candidatos inscritos, após a fase de recursos, nos processos seletivos para gerente-geral das áreas de Alimentos (GGALI), Cosméticos (GGCOS), Tecnologia da Informação (GGTIN), Pessoas (GGPES), Toxicologia (GGTOX), Serviços de Saúde (GGTES) e Coordenação e Fortalecimento do SNVS (GGCOF)

A divulgação da relação de candidatos atende ao disposto no item 6 dos editais 29, 30, 31, 32, 33, 34, e 35, publicados no dia 6 de outubro de 2015, referentes à reabertura dos processos seletivo.

Os candidatos deverão conferir seu nome nos links abaixo:
 
 
 
 
 
 
 
 
ANVISA

Anvisa concede o registro de quatro medicamentos inovadores

A Anvisa concedeu o registro de quatro medicamentos inéditos no País. Os produtos, cujas substâncias ainda não tinham concorrente no mercado, são indicados para o tratamento de transtorno depressivo, diabetes, mielofibrose e fibrose pulmonar. Os registros foram publicados no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (26/10)
 
Um dos medicamentos que obteve registro foi o Brintellix® (bromidrato de vortioxetina), indicado no tratamento de pacientes adultos com transtorno depressivo maior (TDM).
 
Outra nova associação é o Xigduo XR (dapagliflozina + cloridrato de metformina), indicada como adjuvante à dieta e exercícios para melhorar o controle glicêmico em adultos com diabetes melito tipo 2 quando o tratamento de Diabetes Mellitus Não-insulino-dependente com a dapagliflozina e metformina é apropriado.
 
A Agência também concedeu o registro para dois antineoplásicos: o Jakavi® (fosfato de ruxolitinibe) e o Ofev® (esilato de nintedanibe). O primeiro é indicado no tratamento de pacientes adultos com mielofibrose de risco intermediário ou alto, incluindo mielofibrose primária, mielofibrose pós-policitemia vera ou mielofibrose pós trombocitemia essencial. Já o segundo, é voltado para o tratamento e retardo da progressão da fibrose pulmonar idiopática (FPI).
 
ANVISA

Brasil é destaque no maior evento de radiologia do mundo

CDPI é novamente a instituição brasileira com o maior número de trabalhos aprovados pela RSNA

Este ano, a Sociedade de Radiologia da América do Norte (RSNA) continua as celebrações pelos seus cem anos de existência, consolidando o seu encontro anual como o maior evento de radiologia do mundo. E, mais uma vez, o Brasil ocupa lugar de destaque entre os grandes centros de saúde mundiais, representado pela Clínica de Diagnóstico por Imagem (CDPI), instituição brasileira com o maior número de trabalhos aprovados: foram, ao todo, 48 estudos este ano, o que representa cerca de 60% da produção nacional em 2015. A 101ª edição acontece de 29 de novembro a 5 de dezembro, em Chicago, nos Estados Unidos.
 
Segundo o professor doutor Emerson Gasparetto, diretor médico da CDPI, o investimento em ciência e tecnologia é uma premissa da clínica. “A CDPI sempre procurou atuar no campo acadêmico com compromisso científico e social; é um grande reconhecimento participar da RSNA e nos orgulhamos de termos sido destaque nos últimos sete anos, com o maior número de resumos aceitos, e ter vários médicos participando do evento”, conta o neurorradiologista.
 
Entre os 48 estudos que serão mostrados pela CDPI em 2015, a área de medicina interna obteve destaque com 21 resumos, juntamente com as pesquisas sobre imagem musculoesquelética, com 14 trabalhos. Leonardo Kayat, radiologista integrante do corpo clínico da CDPI, destaca o grande volume de trabalhos científicos que a CDPI vem realizando.
 
Segundo ele, a clínica possui cerca de 50% de toda a produção brasileira na RSNA entre 2008 e 2014. “Mesmo participando desse evento de grande magnitude há sete anos, a CDPI permanece como destaque na produção científica nacional, e o número de estudos aprovados cresce a cada ano, isso é motivo de muito orgulho para nossos profissionais”, revela Kayat.
 
Além da apresentação dos trabalhos, a programação contará com atividades que incluem dezenas de palestras sobre novidades do setor de imagem diagnóstica, fórum sobre as últimas inovações por parte de profissionais e da indústria médica. Para obter mais informações e saber como participar, acesse o site www.rsna.org.
 
Rachel Lopes
Assessoria de Imprensa

Reumatismo: 20% dos casos diagnosticados afetam crianças e adolescentes

Nesta sexta-feira, 30, Dia Nacional de Luta Contra o Reumatismo, a reumatopediatra do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Maria Teresa Terreri, faz um alerta. Cerca de 20% das pessoas diagnosticadas com esse conjunto de doenças, antes tido como um mal advindo com a idade, possuem até 18 anos
 
“O reumatismo na infância e juventude ainda pode ser muitas vezes confundido com dores de crescimento. É preciso que pais e médicos estejam atentos para encaminhar este paciente a um especialista o quanto antes”, argumenta Maria Teresa. “Hoje, não podemos mais aceitar que este tipo de doenças incapacite crianças e jovens, causando deformidades em mãos e pés ou até mesmo atingindo órgãos vitais, como coração, pulmão, rins, cérebro, entre outros”, complementa.
 
A médica ainda explica que, normalmente, há dois tipos mais comuns de doenças reumáticas que afetam crianças e jovens: a Febre Reumática e a Artrite Idiopática Juvenil. A primeira é desencadeada por um fator externo, ou seja, é uma inflamação decorrente de alguma bactéria que causou uma infecção anterior, tornando-se uma doença autoimune. Já a segunda não tem causa bacteriana, mas se caracteriza por inflamação que afeta as juntas.
 
Entre os sintomas mais comuns das doenças reumáticas estão dor, inchaço nas articulações e limitação motora. Ainda de acordo com a médica, é importante que o diagnóstico seja feito com exatidão e precocemente, pois isso ajudará no prognóstico do paciente.
 
Não há cura para o reumatismo, porém, uma vez diagnosticado, o tratamento deve ser contínuo, possibilitando que os pacientes levem uma vida comum com a estabilização do quadro. A doença pode ser desencadeada por vários fatores, entre eles influência hormonal (nas meninas, a partir da primeira menstruação, por exemplo), problemas emocionais (alguma grande perda) ou, ainda, fatores genéticos.
 
Principais Sintomas em crianças e adolescentes:
 
- Febre que não se descobre o foco ou sem causa aparente,
 
- Inflamação e dor nas articulações (alta temperatura na região e inchaço),
 
- Problemas simultâneos em vários órgãos,
 
- Hipersensibilidade ao sol, sequência de erupções ou outras alterações na pele,
 
- Alterações sanguíneas (baixo nível de leucócitos e plaquetas) ou proteína na urina,
 
- Fraqueza muscular.

Informações para a imprensa:
TREE COMUNICAÇÃO
(11) 3093-3604 / 3093-3636
Isabel Lopes – isabel.lopes@tree.inf.br

Pais reclamam de dificuldades para achar vacinas em Goiânia e Anápolis

Eles não encontram a penta e hexavalente nas redes pública e privada. Autoridades negam problema e dizem que faltam apenas doses especiais
 
Pais que precisam imunizar seus filhos reclamam de dificuldades para encontrar as vacinas hexavalente, na rede privada de saúde, e pentavalente, na pública, em Goiânia e Anápolis, a 55 km da capital. Segundo eles, nos postos, a informação repassada por atendentes é que um composto dos medicamentos está em falta e que não há previsão de quando os estoques serão novamente abastecidos.
 
A vacina hexavalente, que só é aplicada na rede particular, previne as crianças, a partir do segundo mês de vida, contra difteria, tétano, coqueluche, paralisia infantil, Haemophilus tipo B e hepatite B. Já a pentavalente, oferecida no Sistema Único de Saúde (SUS), dá proteção contra todas as doenças citadas, com exceção da paralisia infantil, que tem de ser aplicada em uma dose separada.

“A principal diferença entre as vacinas é a chance de reação, já que a hexavalente tem o composto especial DTPa (tríplice bacteriana acelular), ou seja, oferece menos riscos de problemas pós-vacinais.

Já a pentavalente é celular e gera mais chances de alguma reação, mas que pode ser tratada com antitérmicos”, explicou ao G1 a alergista Lorena de Castro Diniz, médica responsável pelo Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (Crie), que fica no Hospital Materno Infantil, em Goiânia.

Pensando em buscar a vacina com menos chance de reação, a jornalista Gêza Maria Vilela de Jesus Abrão, de 40 anos, que mora em Anápolis, decidiu recorrer à rede particular de saúde para imunizar a filha Carolina, aos dois meses de vida. No entanto, após percorrer unidades da cidade e de Goiânia, sem sucesso, ela acabou optando pela pentavalente.
 
“Como não encontrei a hexa e não podia deixá-la sem proteção, acabei aplicando a penta no Laboratório Atalaia, em Goiânia, que é particular. Porém, agora que ela está com quatro meses e precisa da segunda dose, não consigo mais achar em nenhum lugar. Já percorri diversas unidades de saúde, públicas e privadas de Anápolis e Goiânia, e nada. Pensei até em ir para Brasília, mas também não encontrei lá”, afirmou a jornalista ao G1.
 
Segundo Gêza, uma atendente da Unimed Goiânia, onde ela esteve na semana passada, disse que a falta da vacina só deve ser normalizada entre seis a 20 meses. “É complicado, pois as crianças não podem ficar sem a proteção. O problema é que nem mesmo a pentavalente, que é oferecida na rede pública, consigo encontrar. Estou desesperada”, disse.
 
A reportagem ligou em unidades do Laboratório Atalaia e da Unimed, na capital, e os atendentes também informaram que as vacinas hexavalente e pentavalente estão em falta.
 
O laboratório Atalaia informou por meio de nota que "as vacinas hexavalente e pentavalente estão em falta no mercado". Conforme a nota "o serviço depende da normalização do estoque e entrega das vacinas por parte de fornecedores".
 
Já a Unimed Goiânia destacou, em nota, que a situação ocorre em função da falta das vacinas no mercado. “Quando há, todo o controle interno é feito para que tal fato não ocorra”. A empresa ainda enviou um comunicado, no qual o fabricante que fornece as vacinas destaca que "enfrenta dificuldades na produção dos compostos em função de problemas mundiais, como o aumento da demanda populacional global".
 
Rede pública
O G1 também entrou em contato, por telefone, com algumas unidades de saúde da rede pública para tentar encontrar a vacina pentavalente, que é a única oferecida. No Centro de Atenção Integral à Saúde (Cais) do Jardim Progresso e no Ambulatório Geral (Osego), em Anápolis, a informação é de que as doses estão em falta.
 
Apesar disso, a coordenadora de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde de Anápolis, Marli Malta, afirmou que as vacinas pentavalentes são aplicadas normalmente na cidade. “O que está em falta é a vacina acelular, a DTPa, mas que só é voltada para casos especiais e que representam um percentual muito baixo das vacinas aplicadas aqui na cidade. Já quanto as demais, não há problemas”, garantiu.

No Cais Campinas e no Centro Integrado de Assistência Médico Sanitária (Ciams) Novo Horizonte, em Goiânia, a informação também foi a mesma: as vacinas não estão disponíveis. A excessão foi o Cais Finsocial, onde a atendente disse que a pentavalente está sendo aplicada normalmente.
 
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia negou, em nota, a falta da vacina pentavalente. O órgão explicou que “recebeu uma quantidade reduzida de vacina DT (Difteria e Tétano) pelo Ministério da Saúde”, mas que “essa vacina está disponível nas unidades de urgência e emergência”.
 
Já a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, por meio da Gerência de Imunizações e Rede de Frio destacou, em nota, que “neste momento não há desabastecimento” da vacina pentavalente, “estando disponível em todas as salas de vacinas”.

A secretaria informou que o questionamento da população deve ser referente às doses especiais, com  DTPa, que só são oferecidas pelo SUS nos Crie. “A vacina não tem sido distribuída pelo Ministério da Saúde para as Unidades Federadas devido a problemas de abastecimento relacionados à produção mundial e indisponibilidade de fornecedores que possam atender à demanda brasileira. Até o momento não fomos informados sobre a previsão de regularização da referida vacina”.
 
O Ministério da Saúde, por sua vez, informou  que enviou, em outubro deste ano, “1,78 milhão de doses da vacina pentavalente aos estados brasileiros, sendo 46 mil para Goiás, atendendo a demanda solicitada pelo gestor local”.
 
Ainda segundo o órgão, “em setembro, foram enviadas 1,9 milhão de doses da vacina, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo b e hepatite B”. No total, neste ano, “foram enviadas 8,76 milhões de doses para o Brasil, sendo 280 mil para o Estado de Goiás”.
 
Por fim, a nota destacou que o Ministério da Saúde envia as doses mensalmente aos estados e “cabe às secretarias estaduais realizar a distribuição aos municípios, de acordo com as necessidades locais”.
 
Doses especiais
No Crie de Goiânia, as doses especiais da pentavalente (DPTa) estão em falta desde abril deste ano, segundo a alergista Lorena de Castro Diniz. “Mas essas vacinas são voltadas apenas para aquelas crianças que nasceram prematuras, cardiopatas, ou que têm doenças crônicas neurológicas, já que elas não podem tomar as doses normais, que oferecem mais riscos de reação. Mesmo assim, elas não podem ficar sem proteção e os pediatras avaliam, caso a caso, quais as vacinas que devem ser aplicadas em substituição”, explicou.
 
A médica destacou que as crianças que não apresentam nenhum problema de saúde, devem procurar a pentavalente celular. “Mesmo quem já tomou uma dose hexavalente na rede particular pode tomar a pentavalente comum. Essa imunização é muito importante para essa fase inicial da vida”, explicou.
 
Outras vacinas
Em entrevista à Rádio CBN, na sexta-feira (23), a diretora de vigilância em saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, Flúvia Amorim, afirmou que existem outras vacinas que estão em falta na capital: DT (difteria e tétano), antirrábica, tetraviral (caxumba, sarampo e rubéola), além de doses contra a hepatite A.

Segundo ela, as quantidades que restam estão disponíveis apenas nos Cais e os pais  devem se informar sobre a disponibilidade antes de irem até as unidades de saúde.
 
O G1 entrou em contato com a SMS para saber se há prazos para regularização das vacinas citadas pela diretora, mas não houve retorno até a publicação desta reportagem.
 
G1

Mundo perde chance de testar droga e vacina em epidemias, dizem médicos

Sobrevivente do ebola tem sangue retirado para estudo em Monróvia, na Libéria (Foto: Reuters/Stringer)
Foto: Reuters/Stringer - Sobrevivente do ebola tem sangue
retirado para estudo em Monróvia, na Libéria
Pesquisas contra gripe aviária, ebola e MERS não são ágeis o suficiente. Especialistas culpam burocracia, má infra estrutura e a falta de planejamento
 
Qualquer pessoa que contrair gripe aviária neste inverno na Europa pode ser convidado a participar de um teste clínico no qual receberá uma droga (que pode funcionar ou não) ou então paracetamol e um aconselhamento padrão para repouso.
 
Aqueles que concordarem poderão ajudar o mundo a se preparar para a próxima pandemia potencialmente mortal, bem como ajudar cientistas que estão desesperados para preencher lacunas no conhecimento deixadas por oportunidades perdidas anteriormente.
 
Cientistas estão desorientados sobre como parar ou tratar a onda de problemas globais nunca vistos nos anos recentes. Entre as preocupações estão doenças como o vírus da MERS (síndrome respiratória do Oriente Médio), uma nova linhagem morta de gripe aviária na China e um surto de ebola sem precedentes no oeste da África.
 
Eles nem sequer foram capazes de determinar com precisão de onde elas vieram.
 
O problema é que estudos vitais para analisar as rotas de transmissão e testar drogas e vacinas experimentais simplesmente não foram feitos durante as epidemias, afirmam infectologistas.
 
É uma falha da ciência, e algo que não deveria acontecer de novo, afirmam.
 
Turistas usam máscaras como prevenção contra a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers, na sigla em inglês) durante passeio no distrito de compras Myeongdong, no centro de Seul, Coreia do Sul (Foto: Kim Hong-ji/Reuters)
Foto: Kim Hong-ji/Reuters - Turistas usam máscaras como
 prevenção contra a MERS em Seul, Coreia do Sul
"A quantidade de pesquisas feitas em todas as epidemias registradas na última década tem sido lamentável", diz Jeremy Farrar, diretor global da fundação de saúde Welcome Trust e especialista em doenças infecciosas. "O mundo está em risco porque há grandes lacunas na nossa base de conhecimento."
 
"Não temos uma vacina para a SARS [síndrome respiratória aguda grave] se ela voltar amanhã; não sabemos como tratar a MERS; levamos de seis a nove meses para começar testes clínicos de vacinas para ebola enquanto quase 12 mil pessoas morreram; e durante a pandemia de H1N1 o número de pessoas em estudos clínicos randomizados foi perto de zero."
 
Burocracia bizantina
A burocracia, a logística e a falta de planejamento antecipado estão no cerne do problema, afirma Trudie Lang, professora de pesquisa em saúde global na Universidade de Oxford, que tem estudo maneiras de reduzir esses obstáculos.
 
Durante o surto de ebola que varreu a Guiné, a Libéria e Serra Leoa, a equipe de Lang, especializada em planejar e executar testes em populações frágeis em condições difíceis, foi encarregada de montar um estudo clínico para um tratamento potencial contra ebola chamado brincidofovir.
 
"Normalmente, leva-se 18 meses para organizar um teste, e nós fizemos em 16 semanas", conta a pesquisadora. "Mas o problema é que nós ainda estávamos abaixo da curva."
 
Na pandemia de 2009 do vírus H1N1, a "gripe suína", muitos governos estocaram drogas antivirais como o Tamiflu, da Roche, e o Relenza, da GSK. Médicos as prescreviam como medida preventiva sem diagnósticos confirmados, e nenhum teste clínico randomizado foi conduzido para saber se elas ajudaram.
 
Garota chinesa que foi infectada pelo vírus H7N9 dá entrevista nesta segunda-feira em hospital de Pequim (Foto: Divulgação/Reuters)
Foto: Divulgação/Reuters - Garota chinesa que foi
infectada pelo vírus H7N9 sobreviveu em Pequim
Isso deixou autoridades sanitárias com pouca ou nenhuma evidência sobre em que basear novas decisões de tratamento quando a próxima linhagem de gripe pandêmica ameaçar o mundo.
 
"É lamentável que não tenhamos aproveitado ao máximo nossa oportunidade para gerar evidências", afirma Chris Butler, professor de clínica na Universidade de Cardiff que está trabalhando agora em um teste sobre gripe em toda a Europa e espera conseguir preencher a lacuna das evidências.
 
Não há dúvida de que lançar testes clínicos em uma epidemia é algo difícil parcialmente porque linhagens de doenças novas e raras e infectam muitas pessoas, sobrecarregando serviços de saúde.
 
Mas parte do problema são os entraves burocráticos.
 
A equipe de Lang recebeu verbas em setembro de 2014, e em janeiro de 2015 conseguiu começar os testes, mas isso coincidiu com uma queda acentuado no número de pacientes de ebola, com a epidemia no oeste da África atingindo um platô.
 
Cientistas relatam volumes brutais de preenchimento de formulários, fazendo "x" em quadradinhos, reuniões de comitês e assinaturas de acordos envolvidos na realização de um teste clínico.
 
"Há uma grande indústria interessada em fazer profissionais de testes clínicos passarem por um calvário", afirma Butler. "Há uma miríade de permissões necessárias, é um processo bizantino que pode levar meses."
 
"Me dá dor de cabeça só pensar em todas as aprovações necessárias", incluindo as de comitês de ética, patrocinadores, advogados, chefes de pesquisa e desenvolvimento e clínicos, afirmou.
 
Acordos legais são necessários entre fornecedores do produto -- a droga ou vacina experimental ou outra intervenção -- e as pessoas conduzindo o teste, os patrocinadores e hospitais, clínicas ou centros de saúde onde os pacientes serão recrutados.
 
Em um cenário de epidemia de doença infecciosa, particularmente em uma rápida como a gripe ou o ebola, esses problemas legais podem ocorrer junto de uma competição pelo acesso aos pacientes.
 
Durante a epidemia de ebola, por exemplo, havia cinco ou seis diferentes grupos de pesquisa tentando organizar e conduzir testes nos três países mais afetados, todos eles com sistemas de saúde limitados pela sobrecarga de pacientes e devastados pela epidemia.
 
"Foi patético, porque nós essencialmente tivemos de brigar pelos mesmos pacientes", disse ela. "Foi como uma disputa de terreno, e na época os novos casos já estavam diminuindo."
 
Planejando com antecedência
Aquilo que não se conhece é parte da ameaça de qualquer epidemia, seja o ebola na África, o surto de SARS em 2003, a MERS na Arábia Saudita ou a nova gripe aviária H7N9 na China.
 
Ainda assim, Lang e outros afirmam que não há nada impedindo que os tipos de testes clínicos em uma epidemia não possam ser e sua maior parte discutidos, planejados, assinados e confirmados por antecedência.
 
"Precisamos ter protocolos prontos para partida", afirma ela. "Precisamos ter uma força-tarefa de equipes de pesquisa em cada região em alerta para ser recrutada em testes durante os próximos surtos."
 
Contratos legais, por exemplo, cobrem geralmente as mesmas coisas para cada teste -- compartilhamento e armazenamento de dados, confidencialidade de pacientes, consenso informado, etapa de publicação dos resultados, além de preço produção e disponibilidade dos produtos quando eles se mostram úteis.
 
E em uma epidemia que se espalha velozmente, que pode ser impactante demais para permitir meses de organização, uma abordagem coordenada poderia superar o problema de ter múltiplos grupos de pesquisa sem pacientes o suficiente.
 
Segundo Lang, isso seria preferível do ponto de vista ético e científico. Quando um teste clínico tem de ser cancelado por sofrer falta de participantes com a doença em questão, isso significa que aquelas pessoas correram riscos em vão.
 
"O principal problema é que isso precisa ser feito em dias, em vez de semanas ou meses", ela afirma.

"Isso basicamente significa que a pesquisa precisa estar embutida na reação inicial a uma epidemia, e não como uma reflexão tardia."
 
G1

PM recupera carga de medicamentos roubados no Rio

Remédios são utilizados para tratamento do câncer. Carga foi encontrada na comunidade do Juramento, no Subúrbio
 
PM apreende carga de remédio roubado no Subúrbio do Rio (Foto: Divulgação / Polícia Militar)
Foto: Divulgação / Polícia Militar - PM apreende carga de remédio roubado no Subúrbio do Rio
 
A Polícia do Rio recuperou na tarde desta segunda-feira (26), uma carga de remédios roubados  no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, no Subúrbio. Segundo a PM, a medicação, de uso restrito e utilizada para o tratamento contra o câncer, foi recuperada por policiais militares do 41ºBPM (Irajá) e encaminhada para a 39ªDP (Pavuna).
 
G1