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sexta-feira, 13 de julho de 2018

Ingerir álcool com medicamento é mais perigoso do que parece

Resultado de imagem para drinks and pillsEstudo revela que interação pode causar efeitos superdimensionados

Ainda que a maior parte das pessoas saiba que existem riscos no consumo de medicamentos e álcool, o jornal científico “Molecular Pharmaceutics” revelou que a interação pode ser mais perigosa do que se imagina. De acordo com o autor do estudo, Christel Berstrom, o álcool pode alterar a interação de enzimas e de outras substâncias corporais quando entra em contato com ao menos cinco mil medicamentos disponíveis no mercado.

O álcool pode, também, dissolver resíduos de medicamentos no organismo, que podem representar até três vezes a dose original do medicamento. Alguns fármacos não se dissolvem totalmente no trato gastrointestinal – especialmente no estômago e no intestino. Os pesquisadores testaram, então, se com o álcool, os medicamentos poderiam se dissolver mais facilmente e descobriu-se que a combinação intensificava o efeito do medicamento.

Foram testados, no total, 22 medicamentos e 60% apresentaram mostras que teriam os efeitos superdimensionados. As substâncias ácidas ,especialmente, são as mais afetadas, como o anticoagulante varfarina, o tamoxifeno, usado para tratamento de cânceres e o naproxeno, responsável por aliviar dores e inflamações.

Confira algumas das interações:
  • Dipirona: o efeito do álcool pode ser potencializado.
  • Paracetamol: aumenta o risco de hepatite medicamentosa.
  • Ácido acetilsalicílico: aumenta o risco de sangramentos no estômago, já que o acetilsalicílico irrita a mucosa estomacal e o álcool potencializa o problema.
  • Antibióticos: essa associação, especialmente com alguns tipos de antibióticos, pode levar a efeitos graves do tipo antabuse (o acúmulo desta substância tóxica causa efeitos como vômitos, palpitação, cefaleia, hipotensão, dificuldade respiratória e até morte). São exemplos: Metronidazol, Trimetoprim-sulfametoxazol, Tinidazole, Griseofulvin. Outros antibióticos, como cetoconazol, nitrofurantoína, eritromicina, rifampicina e isoniazida podem inibir o efeito e potencializar a toxicidade hepática.
  • Anti-inflamatórios: aumentam o risco de úlcera gástrica e sangramentos.
  • Antidepressivos: aumentam as reações adversas e o efeito sedativo, além de diminuir a eficácia dos antidepressivos.
  • Ansiolíticos: aumentam o efeito sedativo, o risco de coma e insuficiência respiratória.
  • Inibidores de apetite: pode aumentar o potencial para ocorrer efeitos como tontura, vertigem, fraqueza, síncope e confusão.
Fonte: Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP)