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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Tratamento contra hiperplasia prostática benigna tem mais de 90% de êxito

Sensação de bexiga cheia, vontade de urinar a todo instante e dores são alguns dos sintomas da hiperplasia prostática benigna (HPB).

Caracterizada pelo aumento da próstata, que cresce com a irrigação excessiva de sangue, a glândula inchada obstrui a uretra e, com isso, a urina é impedida de sair. Comum em homens com mais de 50 anos, um dos fatores de risco da enfermidade é a presença de testosterona na próstata — o hormônio da masculinidade produzido pelos testículos.

Segundo especialistas do Hospital das Clínicas de São Paulo (HC), de 80% a 90% dos homens nessa faixa etária podem ou vão desenvolver a doença. Contudo, pesquisadores do HC desenvolveram um tratamento eficaz e minimamente invasivo denominado embolização das artérias da próstata. Com a técnica — aplicada a doenças ginecológicas desde a década de 1990 —, a pessoa volta a urinar poucos dias após ao procedimento, além de ter as funções sexuais preservadas.

O novo procedimento cirúrgico não exige internação do paciente e é feito com anestesia local. O chefe do Serviço de Radiologia Intervencionista do Hospital das Clínicas, Francisco Cesar Carnevale, explica que o método é semelhante ao cateterismo, em que um tubo flexível de 2mm é introduzido na artéria femoral (virilha) e com a orientação de um aparelho que emite raios X, o tubo navega até a próstata injetando uma substância feita de resina acrílica, parecida com um grão de areia. O objetivo do procedimento é interromper a circulação sanguínea que irriga a próstata, resolvendo o problema e preservando o órgão.

Sem irrigação sanguínea, a próstata atrofia-se e os sintomas desaparecem. A técnica não provoca dor nem perda de sangue. “Depois da intervenção, a próstata diminui de tamanho e alivia a obstrução da uretra permitindo a passagem da urina”, descreve Carnevale. A embolização é utilizada também em tratamentos de miomas uterinos e outros tumores.

Bateria de exames
De acordo com o especialista, o estudo inicial foi realizado com 11 pacientes com casos agudos de HPB e que usavam sonda vesical (cateter introduzido na bexiga, através da uretra, para drenagem de urina)devido à falha do tratamento medicamentoso. Antes, os pacientes foram submetidos a exames físicos pelo urologista, dosagem no sangue do antígeno específico da próstata (PSA), ultrassonografia e ressonância magnética da próstata. O sucesso do tratamento alcançou 91%, com redução de aproximadamente 30% do tamanho da próstata. “Dos 11 pacientes tratados no estudo inicial, 10 voltaram a urinar espontaneamente nos dias seguintes ao procedimento”, recorda.

O professor da divisão de urologia do HC Alberto Antunes explica que o tratamento cirúrgico atual e padrão ouro para a doença é a ressecção transuretral (RTU), prescrito quando a glândula tem até 80g, consiste na remoção do tecido interno da próstata. O procedimento é realizado por visualização da próstata via uretra e da remoção do tecido com uso de eletrocautério. É considerado o tratamento mais eficiente para HPB. Os resultados são considerados excelentes para 80% a 90% dos pacientes. “A aplicação de laser pode ser feita com segurança e eficácia para desobstrução urinária”, afirma o médico.

Um dos principais benefícios da embolização se dá exatamente por ela ser minimamente invasiva, pois não necessita de corte nem de internação, e é feita com anestesia local além de ser indicada para próstatas de diversos tamanhos. “Não compromete a função sexual e, caso necessário, não impossibilita a realização de outros tipos de tratamentos cirúrgicos tradicionais”, destaca Francisco Carnevale.

A técnica não é a cura da doença, ponderam os médicos, mas pode proporcionar a melhora parcial ou total dos sintomas do trato urinário baixo (prostatismo) causados pelo crescimento da próstata. “É mais uma alternativa de tratamento para os pacientes”, opina Antunes.

Para o aposentado Frederico (*) de 58 anos, a notícia sobre o novo tratamento é a certeza de que em breve o problema dele será resolvido. Ele afirma que a doença mexeu tanto com a autoestima quanto com a qualidade de vida. “Quando chego em um local, a primeira coisa que procuro é o banheiro porque a vontade de fazer xixi é sempre urgente”, descreve. Para Frederico, esse descontrole é a pior parte da doença.

Ele conta que os sintomas começaram há 10 anos, porém a doença só foi diagnosticada há menos de dois. Mesmo sentindo algumas dores, o aposentando diz preferir tomar os medicamentos a se submeter às cirurgias tradicionais por temer os efeitos colaterais. “Existe um risco de interferir na questão sexual e quanto a isso eu não quero arriscar”, preocupa-se.

O urologista Alberto Antunes explica que o diagnóstico da HPB é realizado verificando o aumento de volume da próstata, por meio do toque retal. “O teste de PSA deve sempre ser realizado para descartar a presença de câncer da próstata”, aconselha. Segundo ele, nos pacientes sintomáticos, exames complementares como ultrassonografia e urofluxometria devem ser feitos para ajudar a avaliar a repercussão da obstrução prostática sobre o trato urinário.

Evolução
Antes de se submeter à técnica, Antunes ressalta que é necessário o paciente passar por uma avaliação em que pode ser classificado como um sintomático leve, moderado ou grave. “Por fim, podem surgir complicações como sangramentos urinários de repetição, infecções urinárias, dilatação dos rins e retenção urinária aguda”, pontua.

Para o médico, que também orientou as pesquisas do HC, a diferença entre o tratamento tradicional e a embolização é que este pode ser feito com anestesia local e a pessoa pode ter alta no mesmo dia. “Apenas não sabemos ainda como é a evolução a longo prazo da embolização, pois trata-se de um método mais recente”, pondera.

Carnevale destaca que o sucesso do tratamento já aparece em estudos publicados pela equipe do HC em periódicos científicos internacionais e vem sendo apresentado em congressos nacionais e internacionais. O próximo passo da pesquisa é comparar a cirurgia por ressecção transuretral com a embolização das artérias da próstata. “Médicos de vários países estão sendo treinados nessa técnica para realizar um estudo multicêntrico internacional”, conta.
Fonte Correio Braziliense

Pesquisadores cubanos criam vacina para combater o câncer de pulmão

Depois de várias décadas de esforços para encontrar uma vacina para câncer de pulmão — sempre sem resultados convincentes —, a boa notícia vem de Cuba, mais precisamente do Centro de Imunologia Molecular de Havana, onde um grupo de cientistas, comandados pela pesquisadora Gisela González, acaba de registrar na ilha a Cima Vax-EGF. O medicamento, resultado de mais de 15 anos de estudos, é da família das drogas biológicas. Trata-se de um anticorpo monoclonal (veja infografia) desenvolvido para ser aplicado em pacientes com a doença em estado avançado, nas fases 3 e 4.

A droga intercepta a progressão do tumor de pulmão de não pequenas células por um período de quatro a 10 meses, mas essa janela de alívio para o paciente — que melhora de qualidade de vida e não sofre efeitos colaterais — pode ser maior ou menor, dependendo da resposta ao tratamento, afirmam especialistas ouvidos pelo Correio. “Ao interromper o avanço da doença por esse período, a vacina também aumenta a sobrevida da pessoa e abre outras possibilidades de tratamento”, explica o oncologista Igor Morbeck, da Clínica Onco-Vida, em Brasília.

A confiança do médico no produto desenvolvido em Havana vem da observação e do acompanhamento do trabalho de Gisela González desde 2005, quando os especialistas cubanos envolvidos em projetos de biologia molecular tumoral (outras moléculas promissoras estão sendo investigadas) organizaram um evento para apresentar a CimaVax e um grupo de pacientes voluntários a cientistas de várias partes do mundo.

Hoje, o protocolo de testes está aberto para cerca de mil pessoas na América Latina, no Estados Unidos, na Ásia e na Europa e deve ser concluído até o fim de 2012. A expectativa da comunidade médica é que a droga seja aprovada nos EUA e na Europa logo em seguida. O Brasil também trabalha com a possibilidade de ter o medicamento já em 2012.

Anvisa
Carolina Escorel, gerente de Novos Produtos da Eurofarma, empresa que vai comercializar o remédio no país, informa que a CimaVax já foi submetida para análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que a expectativa de aprovação é para o início de 2012. “Uma vez aprovada, a vacina terá um prazo para entrar no mercado de até 90 dias, por ser um produto inovador”, explica. Em Cuba, a droga é distribuída desde fevereiro.

Gisela González conta que a vacina é baseada em uma proteína “que todos temos, o fator de crescimento epidérmico, que fica descontrolado quando a pessoa está com câncer e passa a acelerar a divisão celular”. Como a droga é uma reprodução do material biológico reconstruído para controlar a multiplicação das células, ela atua como “bloqueador” da ação dessa proteína.

No Brasil, uma parceria de transferência tecnológica firmada entre o Ministério da Saúde e o Centro de Imunologia Molecular de Havana, em setembro, abre boas perspectivas de investigação molecular para desenvolvimento de drogas anticâncer. “Já existe um estudo aberto no Brasil com essa vacina, entre outros projetos que vão ser discutidos em busca de novas moléculas”, afirma Carlos Moreira Gil, diretor da Unidade de Pesquisas Clínicas e Desenvolvimento de Novas Drogas do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Gil vai coordenar as atividades da Rede Nacional de Desenvolvimento e Inovação de Fármacos Anticâncer (Redefac), instituída em outubro deste ano.

Testes em Brasília
Para Igor Morbeck, que coordena estudos com a vacina na capital federal, a grande dificuldade de buscar mais voluntários é a falta de tradição no Brasil em experiência com novas drogas. “O recrutamento não é fácil porque as pessoas têm medo, sentem-se cobaias e isso é resultado da cultura diferenciada de nosso país em relação à pesquisa clínica.” O protocolo de Brasília com a CimaVax vem dando bons resultados e poderia ser ainda mais promissor se houvesse o engajamento do Sistema Único de Saúde (SUS) no processo de seleção e convencimento das pessoas com a doença em estado avançado.

A sobrevida de um paciente de câncer de pulmão de não pequenas células nos estágios 3 e 4 — os mais agressivos — situa-se na faixa de um mês a três anos. Essa oscilação tão ampla ocorre pelo fato de o câncer ser uma neoplasia de natureza individual e de difícil prospecção de diagnóstico. Quando a CimaVax entra em ação, dependendo da aceitação do paciente, os índices melhoram. Os pacientes de Brasília que se submeteram ao tratamento com o anticorpo monoclonal estão dando boas respostas, segundo o médico, mas ainda é cedo para fazer uma avaliação mais completa.

"Estou satisfeito com os resultados. A gente tem de levar em conta que, em mais de 40 anos, surgiu apenas uma vacina para câncer de próstata, a sipuleucel-T, e que esta é a primeira para pulmão. E isso significa uma grande conquista

Igor Morbeck, coordenador dos estudos com a nova vacina em Brasília (Carlos Moura/CB/D.A Press)" Estou satisfeito com os resultados. A gente tem de levar em conta que, em mais de 40 anos, surgiu apenas uma vacina para câncer de próstata, a sipuleucel-T, e que esta é a primeira para pulmão. E isso significa uma grande conquista

O método usado por Morbeck no grupo de voluntários é de “estudo aberto”, no qual todas as partes envolvidas (paciente, médico e coordenador) são informadas sobre que droga e qual dose são ministradas a cada um dos participantes. Em um estudo aberto não se utiliza placebo. A vacina é aplicada em pacientes que já cumpriram os ciclos de quimioterapia, em quatro doses, uma por semana. “Estou satisfeito com os resultados. A gente tem de levar em conta que, em mais de 40 anos, surgiu apenas uma vacina para câncer de próstata, a sipuleucel-T, e que esta é a primeira para pulmão. E isso significa uma grande conquista”, destaca o especialista.

Se os cientistas cubanos não podem concorrer com outros grupos de estudiosos de países ricos — em termos de aparato tecnológico e de volume de investimentos em pesquisas para desenvolver novas drogas —, eles contam com uma ferramenta também muito poderosa, na visão de Morbeck. “O material humano é muito rico. Cuba é um país pobre, mas com capacidade científica singular.”

A unidade de pesquisa imunológica de Havana tem como principal missão identificar e produzir novos biofármacos destinados ao tratamento do câncer e de outras doenças crônicas não transmissíveis. “Tudo o que eles fazem é gratuito, é para o sistema de saúde pública”, acrescenta Igor. A ideia do Centro de Imunologia Molecular, inaugurado em 1994, é realizar estudos economicamente sustentáveis que resultem em ganhos importantes para a economia do país. Uma das moléculas promissoras que a equipe de Gisela González está investigando neste momento será usada para o câncer de esôfago.

Fonte Correio Braziliense

Estudo analisa experiências extracorporais relatadas por pacientes

Eram 15h de domingo, em Juiz de Fora, na Zona da Mata. No hospital da cidade, a paciente não respondia às reações da equipe médica ao seu redor. O sangue havia obstruído o coração. O cardiologista Leonardo Miana, chamado às pressas para o caso, a via pela primeira vez e ela já nem abria os olhos. Ao ser entubada, a paciente sofreu uma parada cardíaca. Em oito minutos, os médicos fizeram o procedimento para retirar o sangue do coração e os batimentos voltaram.

Dois dias depois, ela acordou. Ao ver Leonardo pelo hospital, sem ninguém lhe dizer de quem se tratava, começou a chorar e a agradecer. Um ano depois, em uma outra unidade de saúde, reconheceu o residente da equipe que lhe salvara. Ela não sabia o nome dos profissionais. Só os conhecia porque, nos oito minutos em que ficou entre a vida e a morte, disse ter se visto fora do corpo durante todo o procedimento. “Ela não nos conhecia. Contou-me que se lembrava de toda a correria médica e que eu tinha lhe aberto o peito. É instigante”, comenta Leonardo.

Diante dos relatos e do número de casos, nos quais quem passou por essa experiência relata o aparecimento de luzes, imagens, túneis e tantas outras situações que deixam muitos arrepiados, cientistas resolveram encarar o desafio e tentar desvendar o que existe por trás disso: Fé? Delírio?

As explicações para o mistério que ronda a humanidade há milhares de anos poderão vir de um estudo internacional, do qual Minas Gerais é o único participante da América Latina. Empenhados na busca por investigar a natureza das experiências de quase-morte (EQM’s), integrantes do Núcleo de Pesquisa em Espiritualidade e Saúde (Nupes), da Universidade Federal de Juíz de Fora (UFJF), há um ano, se uniram a cientistas da Europa, dos Estados Unidos e do Canadá. Ao todo, são 25 centros participantes da pesquisa. Duas mil pessoas serão ouvidas em todo o mundo, sendo que em Minas a estimativa é de que até 150 deem seu relato. O projeto está no início, mas em dois anos é possível que o suspense chegue ao fim.

Evidências
De acordo com Leonardo Miana, coordenador da pesquisa em Juiz de Fora, o estudo começou em 2001 por Peter Fenwick, do Instituto de Psiquiatria de Londres e Sam Parnia, do Hospital Geral de Southampton, ambos da Inglaterra. “Eles conseguiram poucos casos. Dos pacientes que apresentam parada cardíaca, 10% têm a experiência de quase-morte. E desses, 20% dizem sair do corpo”, conta, justificando a extensão da análise pelo mundo. Há pouco mais de um ano, Peter veio a um congresso no Brasil e conheceu o Nupes, coordenado pelo professor adjunto de psiquiatria e semiologia da Faculdade de Medicina da UFJF, Alexander Moreira de Almeida . “Ele achou interessante que profissionais de várias áreas, como cardiologia, filosofia e psicologia, participassem do núcleo. Há um ano, com aprovação dos hospitais e do conselho de ética e pesquisa, ingressamos no projeto. Recebemos recursos da universidade e, desde então, esperamos a Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais nos repassar R$ 200 mil para o trabalho”, comenta.

Cinco hospitais de Juiz de Fora participam desse estudo, sendo ao todo sete unidades de terapia intensiva (UTIs). Das cinco unidades hospitalares, três são particulares. Os outros dois são a Santa Casa da cidade e o Hospital Universitário da UFJF. A metodologia consiste em pôr prateleiras acima dos leitos das unidades de terapia intensiva. “Nelas há figuras impressas de pessoas conhecidas pela população”, conta o pesquisador. Tais imagens ficam localizadas a 30cm do teto e só poderiam ser vistas por alguém que estivesse flutuando. O estudo é duplo cego, ou seja, médicos e pacientes não sabem quais figuras estão ali.

Se alguma pessoa disser ter visto essas representações, segundo o pesquisador, essa pode ser a evidência de que a mente não está restrita ao cérebro. Em outras palavras, é uma forma de comprovar que existem almas. Por enquanto, os cientistas não contam os relatos já coletados, mas garantem que são interessantes. Há três correntes para o mistério: “A existência do espírito; a criação da mente do paciente; ou há uma hiperestimulação do cérebro com a perda rápida de oxigênio, que leva à estimulação do sistema límbico (responsável pelas emoções) a promover a visão das imagens”, aponta Leonardo.

Valor à vida
O curioso disso tudo é que, segundo ele, os casos relatados são semelhantes. “Estudos mostram que 80% das pessoas contam ter visto um túnel e uma luz clara. Dentro desse túnel, podem ou não ver imagens de seu passado. Há uma sensação de prazer. Desses, 20% dizem ter saído do próprio corpo”, afirma Leonardo, acrescentando também que, geralmente, depois de uns dois anos em que o paciente passou por isso, ele passa a valorizar mais a vida. “Os relatos para nossa pesquisa são acompanhados por psicólogos que aplicam a escala de Greyson — com perguntas formadas por componentes cognitivos, emocionais, transcendentais e paranormais — que classifica a EQM como padrão ou não.”

Ao ser padrão, a versão do paciente é gravada e é investigado se há menção das imagens da prateleira. Outros testes psicológicos e neurológicos também são feitos para algo que comprometa a veracidade da narrativa. Para o pesquisador, mesmo que um ou dois pacientes apresentem evidências consistentes no período de inatividade cerebral, haverá um forte indicativo de que mente e cérebro são coisas distintas e, portanto, o fenômeno não encontraria explicação nas teses convencionais que veem a mente humana como um produto gerado pelas atividades cerebrais.

Mas se não forem relatadas evidências verídicas, há várias suposições: durante a parada cardíaca, algumas descargas elétricas ainda em atividade no cérebro resultariam na produção cognitiva de imagem. Há a hipótese de se tratar de criação mental involuntária atuando como um mecanismo de defesa para um momento como a morte.

Outra suposição, que pode causar rebuliço na medicina, é de o cérebro manter algumas de suas funções mesmo diante da falta de oxigênio, o que poderia resultar em novos procedimentos na saúde. Os pesquisadores deixam claro que o estudo não tem nada a ver com o misticismo, o sobrenatural ou o espiritual. “Estamos tratando do natural. Se acontece tanto assim, é algo da natureza. Durante muito tempo, a ciência ficou afastada do transcendental. Hoje, cada vez mais, o ser humano está buscando isso. É hora de a ciência ir atrás”, conclui.

Experiência de quase-morte (EQM)
Experiências extracorporais incluem lembranças de fatos ocorridos enquanto os pacientes estão desacordados. Por exemplo, um homem em coma atendido pela equipe do holandês Pim van Lommel teve a dentadura removida. Uma semana depois, reconheceu a enfermeira que lhe desdentou e disse que a dentadura estava num carrinho de instrumentos cirúrgicos — nem a mulher lembrava disso.

Fonte Correio Braziliense

Estudo sugere que ressonância magnética pode reduzir necropsias

Escâneres médicos poderiam ser usados para avaliar a causa da morte de uma pessoa, diminuindo a necessidade de se fazer necropsias invasivas que muitas vezes provocam mais dor às famílias que acabam de perder um ente querido, revelou um estudo que será publicado na edição de terça-feira da revista científica The Lancet.

Na Grã-Bretanha as necropsias são aplicadas em um quinto dos óbitos registrados, sobretudo quando há suspeita de crime. O procedimento mudou pouco no último século e consiste na evisceração e dissecção dos órgãos principais do corpo.

Interessados em descobrir se uma alternativa não invasiva poderia ser usada para substituir a necropsia, cientistas fizeram testes com escâneres de ressonância magnética e tomografia computadorizada nos corpos de 182 adultos falecidos, cujos cadáveres foram em seguida submetidos ao procedimento.

Segundo o estudo, a realização da necropsia revelou-se desnecessária em um terço dos casos analisados por ressonância magnética e em metade dos casos submetidos a tomografia.

Os escâneres, no entanto, não foram perfeitos. Eles não conseguiram identificar ou identificaram equivocadamente dezenas de casos de doenças cardíacas, bem como de embolia, pneumonia e lesões intra-abdominais.

Segundo o artigo, o uso de escâneres poderia identificar algumas das principais causas de morte e, assim, tornar algumas necropsias desnecessárias.

Também serviria para identificar lesões suspeitas que permitiriam aos patologistas fazer apenas uma dissecção mínima para identificar com precisão a causa da morte. "Quando radiologistas se mostram confiantes de que a causa da morte apontada na ressonância é definitiva, a taxa de discrepância entre diagnósticos radiológicos e de necropsia é menor e deve ser aceitável de um ponto de vista médico-legal", destacou o estudo, liderado por Ian Roberts, professor de Patologia do Hospital John Radcliffe, em Oxford.

Mas algumas questões práticas precisam ser superadas antes de transformar a ressonância post-mortem em rotina.

Os escâneres - ferramentas de diagnóstico que capturam imagens tridimensionais ou cortes transversais de órgãos internos - são caros demais e exigem especialistas treinados para operá-los e interpretar seus resultados. "A necropsia é considerada o padrão áureo para o diagnóstico", explicou em um comentário James Underwood, da Universidade de Sheffield.

"A geração de imagens post-mordem ainda não pode ser vista como substituta da autópsia; é um dos vários métodos disponíveis para determinar a causa de morte", acrescentou.

Fonte Correio Braziliense

Nova forma para diagnosticar bipolares deve entrar em vigor em dois anos

Tudo o que Denise Cristina Senra Ribeiro, 45 anos, mais quer é ter uma vida normal. Mesmo fazendo de tudo para concretizar isso, ela sabe que é um sonho distante. Convivendo com o transtorno bipolar desde os 33, quando teve a primeira crise forte, Denise diz que não perdeu a esperança, mas conhece bem as dificuldades que tem de enfrentar. “Tomo os remédios diariamente, mas, ultimamente, tenho tido uma crise atrás da outra. Na última, quase morri, mas não me lembro muito bem como fui parar no hospital.” Denise foi socorrida pelo filho, com quem mora, e pela mãe, que contou que ela tomou vários comprimidos de uma só vez, e desmaiou. “Essa realmente foi a pior crise, a que mais a afetou”, confirma Terezinha Senra Ribeiro.

Para o médico psiquiatra e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Fernando Neves, os pacientes com transtorno bipolar podem sim manter a doença sob controle, usando os medicamentos adequados e de forma correta. No caso de Denise, o que agrava o quadro é o fato de ela fazer uso de álcool, “uma bomba”, na visão do médico. Segundo ele, nesse caso, a pessoa tem de tratar o alcoolismo primeiro. E é o que Denise vem tentando. Ela chegou a se internar para a desintoxicação, mas lembra que ficou um mês sem beber e, assim que saiu do hospital, começou tudo de novo. “Tenho consciência de que preciso parar, só não tenho controle”, lamenta.

E não é só Denise que sofre da doença, marcada por extremos de euforia e de depressão. Ao menos 1% (70 milhões de pessoas) da população mundial tem transtorno bipolar tipo I (bipolar clássico, que tem as duas fases — mania e depressão — bem marcadas). Do tipo II (caracteriza-se por não apresentar episódios de mania, mas de hipomania com depressão) são 4% — cerca de 280 milhões de pessoas (o equivalente a mais da totalidade da população brasileira, hoje em torno de 200 milhões). Mesmo assim, a doença ainda não tem a atenção que merece, passando a ganhar investimentos mais pesados nos estudos a partir da década de 1990 (até então, os estudos eram direcionados para a esquizofrenia).

De lá para cá, pouca coisa evoluiu, mas a principal perspectiva vem trazendo alento tanto para a classe médica quanto para os pacientes. São os parâmetros de classificação da doença. Hoje, para ser diagnosticado, o portador precisa ter alteração de humor durante quatro dias seguidos. Com a mudança, bastarão dois dias. Segundo Neves, isso agilizará o diagnóstico. “Mas é preciso cuidado para não cair no falso positivo. Há de se avaliar o histórico do paciente, com perguntas bem estruturadas, e ver se ele já teve alterações no passado.”

Com previsão de ser publicada em 2013, a nova versão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais deve trazer uma série de mudanças nos critérios para diagnóstico de transtornos psiquiátricos. No que diz respeito ao transtorno bipolar, as principais alterações são referentes à caracterização do tipo II. Além de o parâmetro ser baixado para dois dias, o aumento de energia e atividade deverá entrar como um critério principal, quando antes eram só expansividade, euforia ou irritabilidade. “Essa revisão deve facilitar o diagnóstico e terá um impacto também em epidemiologia. Pacientes que estão subdiagnosticados hoje serão melhor identificados”, afirma o psiquiatra Diogo Lara, professor da Faculdade de Biociências da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), durante participação no Congresso Brasileiro de Cérebro, Comportamento e Emoções, realizado em Gramado (RS).

Na infância
Outra alteração importante é um novo diagnóstico, do transtorno de desrregulação do temperamento, para ser aplicado na infância. “Pela primeira vez na psiquiatria, o temperamento terá de ser tratado, não somente o episódio. Tratado na infância, o mal não se agrava, sendo mantido sob controle”, afirma Lara. A dificuldade é que, na infância, o mal geralmente é confundido com outras anomalias, conforme alerta Fernando Neves, que também participou do congresso em Gramado. Geralmente, o primeiro episódio, conforme o psiquiatra, surge em torno dos 19 ou 20 anos.

“Antes disso, a pessoa pode ter depressão, irritação, mas não é o suficiente. É preciso levar em conta a história da família, se há pessoas jovens com depressão, e ficar atento aos próprios sintomas, entre os quais a alteração da necessidade de sono.”

Antes de o transtorno bipolar se manifestar, a mineira Denise Senra trabalhava num banco público. Chegou a pesar 120kg, principalmente por causa do uso do álcool. Ela conta que estava insatisfeita com uma transferência, quando foi obrigada a mudar de cidade. E aí começou a beber caixas e caixas de cerveja, até chegar ao limite. Foi quando conseguiu retornar para BH e se internar para tratamento. Em seguida, obteve autorização para fazer uma cirurgia bariátrica. Depois da redução do estômago, sempre que ficava nervosa, desmaiava, e, de 12 anos para cá, vem tendo uma crise atrás da outra. São momentos de depressão, ansiedade, angústia e, às vezes, euforia, em que ela diz querer sair e comprar tudo o que vê.

“Sinto uma tristeza tão grande e fico muito angustiada. Quero fazer as coisas e não posso. Quero dar atenção ao meu filho, que é uma graça e cuida muito de mim, mas não consigo nem me dar atenção.” Denise relata que começou a esquecer as coisas. Às vezes, não lembra se já comeu ou se já tomou os remédios e outras coisas desse tipo. “O transtorno bipolar é uma doença que tinha de ser mais divulgada. Muita gente não sabe o que é e até mesmo quem tem costuma não saber. Quando me apresento às pessoas, digo: ‘Prazer, tenho transtorno bipolar. É uma forma que encontrei para dizer que estou viva.”

Cara a cara com a doença
Transtorno bipolar tipo I
» Períodos de mania (euforia), com humor elevado e expansivo, graves o suficiente para causar prejuízo no trabalho e nas relações sociais, podendo gerar necessidade de hospitalização, contrapostos por períodos de humor deprimido, sentimentos de desvalia, desprazer, alterações do sono e do apetite, entre outros. Geralmente, o estado maníaco dura alguns dias; períodos de depressão, de semanas a meses.

Transtorno bipolar tipo II
» Períodos de hipomania, em que também ocorre estado de humor elevado e agressivo, mas de forma mais suave. Um episódio do tipo hipomania, ao contrário da mania, não chega a ser suficientemente grave para causar prejuízos em atividades de trabalho ou na vida social.

Transtorno bipolar misto
» Períodos mistos, em que em um mesmo dia há alternâncias entre depressão e mania. Em poucas horas, a pessoa pode chorar, ter sentimentos de desvalia e desprazer e, no momento seguinte, estar eufórica, sentindo-se capaz de tudo, falante e agressiva

Fonte Correio Braziliense

Poluição mata neurônios: Pesquisas realizadas apontam os efeitos dos poluentes no sistema nervoso

Uma pesquisa realizada na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo revela que os efeitos maléficos da poluição vão muito além do sistema respiratório.

Os poluentes também atingem o sistema nervoso. A experiência conduzida pela bióloga Paula Bertacini submeteu embriões de galinha ao efeito dos poluentes e concluiu, logo na primeira fase do experimento, que as partículas provocam uma redução no número de neurônios e geram falha de desenvolvimento.

A pesquisa partiu da coleta de amostras de poluentes no Bairro da Consolação, Centro de São Paulo, onde está localizada a Faculdade de Medicina. Muito movimentado e eternamente congestionado, o lugar foi escolhido pela poluição veicular, com grande participação de veículos pesados a diesel, automóveis e motocicletas — um local que poderia ser em qualquer outro grande centro, ressalta a pesquisadora.

O estudo, parte do doutorado de Paula Bertacini, começou em 2007. A cientista explica que, como não foram observadas alterações externas nos animais em ambientes controlados, a pesquisa passou a buscar mudanças internas, em tecidos. A iniciativa faz parte do programa do Laboratório de Poluição Atmosférica Ambiental (LPAE) da faculdade e conta com a coordenação de Paulo Saldiva, que também é coordenador do Instituto Nacional de Análise Integrada do Risco Ambiental. O grupo de pesquisa do laboratório já estudou os efeitos nocivos dos poluentes sobre os sistemas respiratório, cardiovascular, endócrino e reprodutor.

A escolha de embriões de galinha se deu pela familiaridade do organismo. “O desenvolvimento embrionário é bem estudado e conhecido”, explica Paula, ressaltando ainda a facilidade de manipulação dos ovos, um microambiente controlado e fechado. “Nos baseamos no cerebelo dos animais, que tem uma estrutura de tecidos e células muito bem organizada e igualmente conhecida”, ressalta. Além dessas vantagens, a utilização de ovos reúne outras facilidades, entre elas a disponibilidade de incubação de várias unidades em um espaço pequeno.

O material particulado foi recolhido no trecho próximo ao cruzamento da Avenida Doutor Arnaldo com a Rua Teodoro Sampaio, local de intenso movimento da capital paulista. O material é constituído de fuligem, poeira e outros componentes que ficam suspensos na atmosfera, justamente alguns dos principais produtos dos motores de combustão interna. Depois da coleta, tudo foi colocado em solução líquida e injetado nos ovos. Depois da eclosão, o tecido cerebral do animal foi examinado em busca de qualquer alteração estrutural significativa.

Os exames detectaram que houve uma redução no número de neurônios (chamados de células de Purkinje) do cerebelo na evolução embrionária. Esse grupo de neurônios costuma ser afetado por intoxicações provocadas por substâncias como álcool, além de distúrbios degenerativos. Ainda é cedo, contudo, para determinar se o mesmo ocorre com seres humanos. A segunda etapa envolverá teste com mamíferos, que já está em andamento, segundo Paula, o que permitirá maior aproximação com humanos.

Resistência
A pesquisadora reforça que, como a pesquisa ainda é um estudo de fase 1, há necessidade de realizar muitos testes adicionais para padronizar as doses a serem avaliadas. Também foram definidos os métodos de análise morfológica das células do cerebelo.

Além da redução de neurônios, os experimentos apontaram para a existência de um mecanismo de defesa contra o dano oxidativo —um conhecido agente de dano e morte celular. O estudo pode ajudar a descobrir como o organismo luta contra os efeitos nocivos do ambiente.

Fonte Correio Braziliense

Mente define personalidade de acordo com a roupa que vestimos

Usar minissaia ou um decote muito revelador em uma entrevista de emprego pode passar a ideia errada sobre sua personalidade. Um estudo mostra que quanto mais pele deixamos à mostra, mais passamos uma imagem de desorganização e incompetência. A novidade, segundo os pesquisadores da Universidade de Maryland, é que o que até então era válido apenas para as mulheres, vale também para os homens.

“Parece absurdo que a quantidade de roupa que estamos vestindo possa determinar a capacidade de uma pessoa. Mas em diversos testes mostramos que algo aparentemente sutil, como tirar um suéter – ou seja, mostrar mais pele –, pode mudar a forma como a nossa mente percebe essa pessoa”, explica o psicólogo Kurt Gray, autor do estudo.

De acordo com Gray, este mesmo efeito pode acontecer mesmo sem a remoção de uma única peça. “Simplesmente o foco na atratividade de uma pessoa, em essência, concentrando-se em seu corpo em vez de sua mente, faz você vê-la como alguém menos convergente e mais divergente”.

Objetivação x dois tipos de mente
Anteriormente, a razão defendida para que as mulheres evitassem roupas curtas ou decotadas, não apenas de acordo com estudos, mas também opinião popular, era a de que os homens se concentrariam apenas em seu corpo e esqueceriam sua inteligência. Segundo a teoria da objetivação, objetivar é quando o ser humano – geralmente a mulher – é vista sob um contexto sexual, com foco nas características físicas, transformando-o em um objeto irracional e imoral.

No entanto, estudos recentes indicam que nossa mente nos classifica em duas categorias: os convergentes e os divergentes. Nos convergentes predomina o lado esquerdo do cérebro. A principal característica é a capacidade de agir, planejar e exercer o autocontrole. Já nos divergentes predomina o lado direito do cérebro e as características principais são a desorganização e a impulsividade. E isso vale tanto para homens quanto para mulheres.

Em diversos testes, Gray e sua equipe mostraram que, independentemente do gênero, quando o foco dos participantes se deu sobre a aparência de uma pessoa, eles passaram a classificá-la mais com as características divergentes e menos com as características convergentes.

Para o autor, isso acontece porque as pessoas inconscientemente pensam na aparência e inteligência de forma distinta ou mesmo oposta. Ou seja, alguém mais desinibido “deve” ser mais impulsivo e sentimental, enquanto uma pessoa mais recatada “deve” ser mais responsável e capaz – estas últimas, características que contam muito no ambiente de trabalho, por exemplo.

Mas ele ressalta: “mostrar pele não é algo ruim. Como no contexto acadêmico se ressalta a capacidade de organização e autocontrole, as características divergentes parecem ser ruins. Mas não são”, conclui.

Fonte O que eu tenho?

Há mais mulheres com Aids do que homens

No Brasil, pela primeira vez o número de mulheres jovens contaminadas com o vírus da Aids superou o de homens. Por isso, o Ministério da Saúde vai mudar o foco da próxima campanha contra a doença.

A campanha do governo federal vai ser lançada no dia primeiro de dezembro. O público alvo serão as mulheres entre 13 e 29 anos. Apesar de terem acesso mais fácil a informações do que as gerações passadas, os jovens usam cada vez menos a camisinha. O Ministério da Saúde vai usar as redes sociais e programas de tv para  atingir o público atualmente mais sujeito à transmissão da Aids.

Fonte Band

Risque a fase de cólicas do seu calendário menstrual

As massagens, os remédios e os truques que realmente fazem efeito

Se, quando assiste a comerciais mostrando aquelas modelos que encaram normalmente os quatro dias de menstruação, sua vontade é jogar um vaso contra a televisão (e nem precisa ser época de TPM), respire fundo. Mais de 50% das mulheres em idade fértil sentem calafrios só de olhar o calendário e notar que a fase de cólicas está chegando. Dos 12 aos 30 anos, esse é um problema comum , afirma a ginecologista Silvana Chedid, diretora da clínica Chedid Grieco e chefe do setor de Reprodução Humana do Hospital Beneficência Portuguesa.

Simplificando, o mal aparece em conseqüência das contrações realizadas pelo útero para eliminar o sangue. Ou seja, quanto mais intenso for o fluxo da mulher, mais fortes são as cólicas , explica a médica. Mas se você já está cansada de saber o que está por trás de tanto sofrimento e quer mesmo é arranjar uma solução para ele, precisa experimentar nossas dicas. Reunimos um time de especialistas de várias áreas que vão dar soluções simples e muito eficazes para acabar de vez com esse martírio.

1. Analgésicos e antiinflamatórios. Algumas mulheres têm cólicas mensalmente. Para elas, lançar mão de algum remédio pode ser a melhor saída. Mas só faça isso depois de consultar um médico , afirma a ginecologista do Hospital Beneficência Portuguesa. (fique alerta aos perigos da hipocondria)

2. Anticoncepcionais à base de hormônios. A pílula ou outros métodos do gênero têm ação comprovada contra as dores de quem pena com o fluxo muito intenso. Como ela diminui a intensidade do fluxo, as cólicas também acabam diminuindo , associada a doutora Silvana Chedid. (Agende os exames que garantem sua saúde íntima)

3. Massagens. Técnicas que utilizam o calor (como a massagem de pedras) têm ótimo efeito contra as dores e os inchaços tão comuns no período. As massagens ayurvédica, tuiná, o shiatsu e a reflexologia melhoram a circulação e relaxam a musculatura , afirma a fisioterapeuta Andréa Machado, gerente do Thalasso Spa da Praia do Forte (Bahia).

4. Terapias alternativas. A acupuntura é indicada tanto para aliviar as dores como para prevenir o surgimento delas, de acordo com a fisioterapeuta. Para a Medicina Tradicional Chinesa, a cólica menstrual surge devido a um desequilíbrio entre o fígado e o baço-pâncreas , explica Andréa. As agulhas vão agir equilibrando estes órgãos e, assim, tratando outros sintomas da TPM até regularizar o ciclo . Ela cita ainda a talassoterapia como opção. Além do calor, a técnica usa princípios ativos da água do mar, que penetram na pele e melhoram os sintomas da TPM, incluindo as cólicas. (saiba mais sobre a acupuntura sem agulhas)

5. Exercícios físicos. Quando treina, você aumenta a dose de endorfina que circula no sangue. Esse hormônio provoca uma sensação de prazer e euforia, ajudando a esquecer o desconforto. Além disso, o esforço físico faz com que os vasos do colo uterino se dilatem, facilitando a passagem do sangue. Fora isso, os líquidos retidos que causam o inchaço,tanto da mama como do ventre, são mais bem drenados com o aumento da temperatura corporal e com a transpiração , afirma a especialista do Thalasso Spa.

6. Bolsa de água quente. O calor alivia as dores porque relaxa os músculos, dilata os vasos capilares e produz o bem-estar.

7. Peixe. De acordo com a responsável pelo Spa na Praia do Forte, uma dieta rica em peixe auxilia o controle dos espasmos. A sugestão refere-se ao fato de que a prostaglandina é produzida com base em ácidos graxos, e peixes são ricos nessa substância.

8. Chás de camomila ou de menta, quentes. Eles ajudam a aliviar a dor além de proporcionarem uma deliciosa sensação relaxante.

9. Exclua as gorduras. Frituras, manteigas e carnes gordurosas são as principais responsáveis pela elevação dos níveis de estrógeno e conseqüente aparecimento das cólicas , explicam as nutricionistas Roseli Rossi e Paula Corrêa, da Clínica Equilíbrio Nutricional, em São Paulo. (diferencie a boa da má gordura)

10. Fibras.
Cereais integrais, frutas e verduras favorecem a eliminação do estrógeno em excesso (aquele hormônio que leva ao espessamento do útero e acaba causando as contrações musculares para saída do sangue menstrual). Menos estrógeno é igual a menos contrações e, portanto, menos dores.

11. Abacaxi. Aproveite para se refrescar com ele. A fruta é rica em bromelina, uma substância que melhora digestão e também tem ação antiinflamatória , explicam as nutris da Clínica Equilíbrio Nutricional.

12. Cálcio. De acordo com as duas especialistas em nutrição, vegetais verdes escuros, leite e derivados dele agem diretamente sobre a musculatura lisa do útero, reduzindo as contrações musculares dolorosas. E, por serem ricos em triptofano (aminoácido ligado à produção de serotonina), esses alimentos ainda reduzem a tensão e ansiedade típicas da TPM. O magnésio tem efeito parecido e pode ser encontrado na banana, no leite, na beterraba e na aveia.

Fonte Minha Vida

Novo aparelho promete acabar com a cólica menstrual

Descarga de correntes elétricas ajuda a aliviar o incômodo das dores

Chega ao mercado uma esperança para 75% das mulheres que sofrem com as cólicas . Não se trata de uma nova pílula ou de um novo tipo de analgésico. A novidade é um aparelho, denominado de "Allay", que produz uma pequena descarga de correntes elétricas para aliviar o incômodo e livrar as mulheres das dores mensais.

O equipamento, que chegou recentemente na Inglaterra, trabalha com correntes elétricas pulsantes, uma tecnologia já usada no tratamento de dores e lesões. O anticólica tem tamanho de um prato de sobremesa e é feito de malha metálica revestida com tecido, que é conectado a uma bateria.

De acordo com os fabricantes, quando as células sofrem algum tipo de trauma, como acontece no período da menstruação, elas perdem sua carga de eletricidade, o que resultaria em dor. O aparelho normalizaria o equilíbrio natural elétrico celular e, consequentemente, acaba com a dor.

Segundo a ginecologista Silvana Chedid, chefe do setor de Reprodução Humana do Hospital Beneficência Portuguesa, uma técnica para minimizar as dores, enquanto o aparelho não chega ao Brasil, é a acupuntura. Para a medicina tradicional Chinesa, a cólica menstrual surge devido a um desequilíbrio entre o fígado e o baço-pâncreas", explica. "As agulhas vão agir equilibrando estes órgãos e, assim, tratando as cólicas menstruais, além de outros sintomas da TPM e até favorecer para regularizar o ciclo", explica a especialista.

Fonte Minha Vida

Mioma potencializa cólica menstrual e dificulta a gravidez

Tratamentos incluem o uso de anticoncepcionais ou cirurgia

Sangramento, cólicas fortes e dificuldade para engravidar. Estes são os principais sinais do problema feminino conhecido como mioma, tumores benignos não cancerígenos que se formam no útero. A causa do quadro clínico ainda intriga os especialistas, que apresentam a genética e a ação dos hormônios como principais fatores para a disfunção. "Ainda não é possível entender por que os miomas aparecem, sabemos que uma delas é a sensibilidade ao estrogênio (hormônio feminino), por isso que acometem mulheres no período fértil, quando as substância está em níveis maiores no organismo", explica a ginecologista Rosa Maria Neme.

De acordo com a especialista, o estrogênio atua como "alimento" para o tumor. Na grande maioria das vezes, ele é o responsável pelo aumento de tamanho do mioma, que pode passar dos 10 centímetros. "Quando o problema é descoberto precocemente, a paciente pode contar com a ajuda de anticoncepcionais que diminuem a produção do estrogênio, reduzindo a velocidade de crescimento dos miomas. Mas com a parada do medicamento os miomas voltam a crescer", explica a ginecologista.

Diagnóstico
Para diagnosticar o problema, o ultrassom é o principal aliado. Primeiro, o especialista vai analisar o histórico da paciente, como casos de mioma na família, cólicas fortes, menstruação prolongada ou sangramento. O exame físico também pode sinalizar outros problemas. Depois dessas considerações, o médico deve pedir a realização de um exame ultrassom (transvaginal ou pélvico), que pode sinalizar a presença do mioma e sua localização", explica. A ressonância magnética é outro método de imagem que pode ser usado para o diagnóstico dos miomas. Ela fornece uma avaliação mais detalhada da posição e tamanho dos tumores, mas o custo do exame é mais alto.

Tipos de Mioma
Os miomas estão divididos em três grupos principais de mioma, e as reações e os sintomas variam de acordo com a sua localização no útero.

- Intramurais: esse tipo de mioma fica localizado na porção média da parede uterina, e são os mais comuns. Podem provocar cólicas, além de estender o período da menstruação.

- Subseroso: a principal característica desse tipo de mioma é o aumento do abdômen. Ele se localiza na parte mais externa da parede do útero. Em alguns casos ele pode causar sangramento ou compressão dos órgãos vizinhos. "Há também os pediculados, que são uma variação dos subserosos, mas estão ligados por uma pequena porção de tecido conhecida como pedículo", explica Rosa Maria Neme.

- Submucosos: são os que mais causam sangramento e ficam dentro da cavidade uterina. Eventualmente, ele pode sair pelo orifício do colo uterino, caracterizando o chamado 'mioma parido". Mulheres que apresentam esse tipo de mioma devem passar por uma cirurgia para retirada, já que ele aumenta o risco de aborto durante a gravidez.

Tratamento
O tratamento do mioma é feito com inibidores do hormônio feminino (para controle do crescimento), mas, em alguns casos, é necessária a intervenção cirúrgica nas mulheres que já apresentam um quadro avançado do problema. Normalmente ela ocorre por laparoscopia, uma técnica que utiliza uma câmera e hastes específicas para remoção do tumor.

Nos casos de mioma submucosos, a técnica utilizada é bem parecida, mas denominada de histeroscopia, que funciona com instrumentos que chegam até a cavidade interna do útero. Nos quadros mais complicados é preciso utilizar uma técnica ofensiva. "Quando são muitos miomas e, em lugares de difícil remoção, é necessário fazer uma cisão no abdômen (o corte fica parecido com o da cesárea) para conseguirmos retirar o mioma", diz a especialista.

Quando o mioma é de volume grande, há também uma injeção do do hormônio GHR (hormônio liberador de gonadotrofina) que deve ser aplicada três meses antes da cirurgia para auxiliar na extração. "A técnica funciona como uma menopausa precoce, já que inibe a produção de estrógeno e ajuda na redução do mioma. No entanto, este método pode causar muitos efeitos colaterais, como calores, insônia, diminuição da libido e depressão", diz Rosa Maria Neme.

A recepcionista Luciana Borges, de 29 anos, conta que teve o mioma subseroso, mas o tratamento foi um sucesso. "Não podia engravidar enquanto não tirasse o mioma. Os médicos me explicaram que os índices de aborto são muito maiores quando existe esse tipo de mioma. Eu sofria de cólicas fortes antes da menstruação, mas meu sangramento era normal. Depois da retirada do mioma com a cirurgia, as cólicas acabaram e fiquei grávida um ano depois", conta.

Fonte Minha Vida

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Há alternativas melhores, como a videohisteroscopia cirúrgica

A literatura médica registra que de 30% a 60% das mulheres em fase reprodutiva apresentam miomas uterinos, mas o número de portadoras de miomas pode ser maior, porque muitas delas são assintomáticas. Um terço das mulheres apresenta miomas, um número relativamente grande, mas apenas 10% delas apresentam sintomas, ou seja, miomas que crescem muito ou resultam em hemorragia. Existe uma incidência muito grande de mulheres assintomáticas, que descobrem ser portadoras de mioma uterino, quando procuram o ginecologista para uma consulta de rotina.

Apesar de ser uma formação benigna, sem risco de evoluir para um câncer, o mioma é responsável por 90% das cirurgias de retirada de útero, a chamada histerectomia. No SUS, a histerectomia é a segunda cirurgia mais freqüente entre as mulheres em idade reprodutiva, só perdendo para as cesáreas. Em 2005, foram feitas 112,2 mil retiradas de útero, ao custo de R$ 67,5 milhões. Os sistemas privado e suplementar de saúde não registram esses dados.

Os miomas podem localizar-se em praticamente todo o corpo do útero. Miomas subserosos crescem na superfície externa do útero e podem ser pediculados, quando ligam-se a ele por uma estrutura fina e alongada que se chama pedículo. Eles podem provocar dor, mas não provocam sangramento. Já os submucosos, que se situam na cavidade uterina, podem ser causa de sangramento abundante. Já os miomas intramurais situam-se na parede do útero e os intraligamentares, às vezes, podem ser motivo de dúvida no exame ginecológico, por sua semelhança com o tumor sólido de ovário.

Os miomas podem interferir na fertilidade da mulher, dificultando a fixação do embrião nas paredes do útero e também alterando a qualidade de vida de suas portadoras, gerando aumento desmedido do fluxo menstrual e, em alguns casos, anemia, inchaço, dores e problemas causados pela compressão de órgãos vizinhos, como prisão de ventre, vontade freqüente de urinar.

A incidência de miomas costuma ser maior entre alguns grupos da população. Negras, obesas, hiperestrogênicas (que produzem muito estrogênio), mulheres com predisposição genética, aquelas que tiveram primeira menstruação muito cedo e as sem filhos estão entre as mais atingidas.

Alternativas para a histerectomia
No Brasil, a histerectomia é a intervenção ginecológica mais freqüentemente empregada no tratamento dos miomas, apesar de, muitas vezes, não ser a mais apropriada. Devemos ressaltar que, em alguns casos, o procedimento é a única opção para o médico que, infelizmente, não tem acesso a hospitais e centros de saúde equipados com novas tecnologias. Uma dessas inovações tecnológicas é a videohisteroscopia cirúrgica, já disponível nos principais hospitais de São Paulo.

A videohisteroscopia pode resolver desde casos simples como a retirada de um DIU perdido no útero até problemas mais complexos como a presença de miomas e pólipos na cavidade intra-uterina. Por isso, e técnica pode ser indicada para várias situações: desde a correção de anormalidades congênitas a divisão do útero em duas cavidades, por exemplo , redução endometrial diminuição da camada interna do útero, que pode causar sangramento excessivo e os mencionados miomas uterinos.

A videohisteroscopia apresenta vantagens quando comparada com a tradicional curetagem, por exemplo, que é feita praticamente às cegas, retirando do útero o que está fácil e podendo deixar parte de um tumor ou mesmo nem chegando a ele, devido à sua localização. Como o problema persiste, o médico acaba indicando a retirada do útero para eliminar o sangramento ou os sintomas, o que poderia ser evitado com a videohisteroscopia cirúrgica.

A maioria dos problemas que acometem as mulheres pode ser detectado pelo exame ginecológico anual. No entanto, os problemas que ocorrem dentro da cavidade uterina não são facilmente identificados. Nesses casos, a ultra-sonografia e a videohisteroscopia são métodos eficientes para o diagnóstico das doenças O histeroscópio é um pequeno tubo, com 25 centímetros de comprimento por 2,0/4,0 milímetros de diâmetro, por onde passa um conjunto de lentes capaz de oferecer uma visão privilegiada do interior da cavidade uterina.

Durante a realização do procedimento, a paciente é submetida a um toque vaginal, para que o médico avalie a posição e o tamanho do útero. Em seguida, um espéculo é colocado no canal vaginal para a visualização e a assepsia da região. O colo do útero é, então, tracionado e o histeroscópio, lentamente introduzido. Na medida em que vai penetrando o canal, o equipamento libera gás carbônico para distender as paredes uterinas.

O médico, então pode investigar minuciosamente o canal e a cavidade do útero por volta de cinco minutos. Em 90% dos casos, a videohisteroscopia é acompanhada de biópsia, ou seja, da retirada de um minúsculo fragmento do tecido uterino para a análise da natureza de suas alterações.

A videohisteroscopia é um importante procedimento para diagnosticar problemas intra-uterinos como aderências e tumores e para pesquisar causas de sangramento ou infertilidade desde que não haja contra-indicações para a realização do procedimento, como gravidez, infecção vigente ou sangramento abundante.

Joji Ueno é ginecologista, especialista em reprodução humana, Doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina da USP, diretor da Clínica Gera. www.clinicagera.com.br

Fonte Minha Vida

Nem todo cisto ou mioma precisa de cirurgia

Nódulos surgem por variação hormonal e podem sumir sozinhos

Cistos e miomas são palavras cada vez mais comuns no repertório feminino. Até as adolescentes já estão familiarizadas com os termos e nem se espantam quando ouvem do médico um diagnóstico que aponta a presença desses carocinhos.

Mas, ao contrário do que muita gente pensa, um mioma não é um cisto que cresceu. Trata-se de duas estruturas diferentes, desde a composição até o lugar onde podem surgir , explica o mastologista Edison Mantovani Barbosa, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Enquanto o cisto aparece no ovário, o mioma surge no útero . E, acalme-se, nem todos eles precisam ser removidos com uma cirurgiaNo caso do cisto, estamos falando de uma bolinha recheada de líquido e, em alguns casos, sangue , diz o médico. Ele surge devido à variação entre as taxas de dois hormônios produzidos no ovário: o estrógeno e a progesterona. Essa mesma oscilação pode determinar o fim ou o crescimento do cisto daí a exigência de acompanhamento do ginecologista depois do diagnóstico.

De acordo com o doutor Edison, só os cistos com mais de 5cm de diâmetro precisam ser removidos. A partir deste tamanho, são grandes os riscos de rompimento da membrana. Isso causaria muita dor, além de uma hemorragia naquelas situações em que houvesse sangue no interior do nódulo , afirma.

Já os miomas surgem em decorrência de um crescimento celular desregulado. Eles existem em três formas: para fora, na parede e para dentro do útero. Os dois últimos podem causar uma menstruação mais abundante, além de sangramento entre um ciclo e outro , diz Edison Mantovani.

A retirada dos miomas ocorre quando a perda de sangue está provocando anemia na mulher ou quando o crescimento dele dificulta a gravidez o que é mais raro, já que o problema tende a afetar mulheres em fase de pré-menopausa, segundo o médico. O mioma também pode comprimir a bexiga, dificultando o armazenamento da urina e causando desconforto. À exceção dos casos em que a retirada do mioma implica também na do útero, a cirurgia e bem simples , diz o especialista. Depois da operação, não costumam surgir novos miomas.

Nódulos nas mamas
Você já deve ter ouvido alguma amiga se queixar de cistos na mama. Ela realmente poderia ter algum nódulo nesta região, mas nunca um cisto. Nesta região do corpo, podem aparecer fibroadenomas: eles são formados por uma estrutura fibrosa e tecido epitelial , explica o médico.  

O problema não causa dor e é mais comum em adolescentes, surgindo por causa das variações hormonais. Em geral, esses nódulos não crescem mais de 1,5 cm e dispensam cirurgias de extração. O diagnóstico de um fibroadenoma é feito por punção com agulha , afirma o ginecologista Edison Mantovani. Caso haja o crescimento desses nódulos, precisamos realiza rum acompanhamento rigoroso . A preocupação existe para evitar o desenvolvimento de câncer nas mamas.

Fonte Minha Vida

Tratamento de miomas reduz incidência de aborto

Intervenção cirúrgica e tratamento clínico pode garantir uma gestação mais saudável

Estudo realizado pela Universidade de Sheffield, na Inglaterra, descobriu que miomas uterinos estão associados a abortos recorrentes. Os pesquisadores também descobriram que, com a remoção dos miomas - que distorcem o interior do útero -, o risco de aborto no segundo trimestre de gravidez é reduzido à zero.

Ao todo, foram 20 anos de investigação de dados de 996 mulheres. Elas passaram por ultrassom transvaginal e radiologia, para que anomalias uterinas fossem detectadas, e 79 foram diagnosticadas com miomas. Entre as mulheres com abortos recorrentes, 8,2% tinham prevalência de miomas, dado este que nunca havia sido relatado com precisão em pesquisas anteriores.

Miomas intrauterinos ou em torno do útero são tumores benignos feitos de tecido muscular e fibroso. Alguns especialistas já faziam a associação entre eles e abortos, mas, até agora, não existiam evidências científicas.

Outra etapa da pesquisa exigiu que, do grupo total, 25 mulheres passassem por histeroscopias (exame que visa diagnosticar patologias intrauterinas). Nesse grupo, as taxas de aborto durante o segundo semestre caíram de 21,7% para 0%. Assim, a taxa de natalidade pulou de 23,3% para 52%. A conclusão desses dados foi de que a remoção de miomas que distorcem a cavidade uterina pode eliminar o risco de abortos recorrentes em mulheres que costumam ter o problema.

Outras 54 mulheres, cujo mioma não distorcia a cavidade uterina, não foram submetidas à cirurgia. Após tratamento clínico, elas também tiveram redução da taxa de aborto - de 17,6% a 0%. Assim, a taxa de nascidos vivos passou de 20,6% para 70,4% em gestações subsequentes.

Um terceiro grupo de 285 mulheres, sem intervenções cirúrgicas e com abortos recorrentes tidos como inexplicáveis, também teve resultados similares após tratamento clínico. A taxa de aborto no segundo semestre de gravidez passou de 8% para 1,8%. Com isso, a taxa de nascidos vivos passou de 20,6% para 71,9%.

Saiba mais sobre o mioma
Durante a fase fértil, que se inicia a partir da primeira menstruação, a mulher não pode deixar de acompanhar de perto tudo o que acontece em relação à sua saúde íntima. Além das consultas de rotina com o ginecologista, é muito importante que ela se conheça bem para saber identificar possíveis problemas.

Sintomas como sangramentos menstruais mais intensos, cólicas, aumento da frequência urinária, dor durante a relação sexual e aumento do volume abdominal podem ser fortes indícios de um problema que atinge mulheres geralmente a partir dos 35 anos. Trata-se do mioma uterino, um tumor sólido de tecido muscular e caráter benigno que aparece no útero.

O coordenador do Centro de Miomas da Rede D'Or, no Rio de Janeiro, Michel Zelaquette, explica que, apesar de ser benigno, o mioma pode causar infertilidade, especialmente quando localizado na cavidade endometrial ou em situações na qual provoca compressão das trompas. Portanto, quanto antes diagnosticado, melhor.

Mas, somente cerca de 30% das mulheres que tem mioma, apresentam sintomas. A grande maioria não sente absolutamente nada, o que pode levar a um diagnóstico tardio. Por isso é tão importante que a mulher consulte seu ginecologista, no mínimo, uma vez por ano.

Zelaquette esclarece que o diagnóstico é sugerido pelo exame clínico do toque vaginal e confirmado pela ultrassonografia transvaginal ou pélvica. Segundo ele, as causas desse tumor ainda não foram completamente identificadas pela ciência.

"Apesar disso, o que já está comprovado é que existem fatores predisponentes para o seu desenvolvimento, como casos anteriores do problema na família. O mioma é mais frequente entre as mulheres da raça negra e naquelas que nunca tiveram filhos", afirma o especialista. Quem já engravidou ou faz uso de anticoncepcional por longa data também tem menos chances de desenvolver o tumor.

Fonte Minha Vida

Concurso Prefeitura de Arapuã (PR) 2011

Com oferta de 09 vagas e salários que podem chegar a até R$ 2.659,00, a prefeitura da cidade paranaense de Arapuã está com o edital nº. 001/2011 aberto para a realização de concurso público. Há oportunidades para funções de nível fundamental, médio e superior.

Cargos

Agente de Saúde, Analista Contábil, Assistente Social, Inseminador, Mecânico e Vigilante.

Inscrição

A ficha de inscrição estará disponível na sede da Prefeitura Municipal de Arapuã, situada na rua Presidente Café Filho, s/nº, na cidade de Arapuã - Paraná, no horário de expediente da municipalidade, até o dia 30 de novembro de 2011.

As taxas de inscrição variam entre R$ 30,00 e R$ 90,00.

Prova

A prova objetiva está prevista para o dia 18 de dezembro de 2011, às 13:30 horas, em local a ser divulgado em diversos veículos, inclusive no site da organizadora Idejure (http://www.idejure.org.br/) com antecedência mínima de 05 dias. O gabarito será divulgado no primeiro dia útil subsequente à data da realização das provas nos mesmos sites.

Prova de Títulos

Os documentos comprobatórios de cursos, empregos e demais atividades na respectiva área de atuação solicitada, conforme ficha de avaliação de títulos, deverão ser entregues, mediante protocolo, na data provável de 19 de dezembro de 2011, na sede da Prefeitura Municipal, no horário de expediente da Prefeitura de Arapuã.

Validade

O prazo de validade do concurso público será de 02 anos, contados a partir da data da publicação da respectiva homologação no Diário Oficial do Município de Arapuã, podendo, a critério, interesse e conveniência da Prefeitura de Arapuã, ser prorrogado por igual período.

Saiba mais

Concurso Prefeitura de Pedro Leopoldo (MG) 2012

A Prefeitura de Pedro Leopoldo, Estado de Minas Gerais, publicou edital (nº. 001/2011) para realização de concurso público. O concurso de Pedro Leopoldo está oferecendo 192 vagas em todos os níveis de escolaridade, com remuneração de até R$ 9.000,00 e carga horária entre 12 e 44 horas semanais.

Cargos

Ajudante de Veterinário, Analista de Suporte de Sistemas e Redes, Assistente Administrativo, Assistente Social, Auxilar de Cirurgião Dentista, Auxiliar de Serviços Gerais, Bombeiro Eletricista, Cirurgião Dentista, Contador, Coveiro, Educador, Educador em Saúde, Enfermeiro, Farmacêutico, Fiscal de Posturas, Fiscal de Tributos, Fisioterapeuta, Geógrafo, Jardineiro, Médico, Motociclista, Motorista, Nutricionista, Operador de Máquinas, Operador de Moto-serra, Operador de Roçadeira, Operador de Usina de Asfalto, Pedreiro, Professor, Procurador Municipal, Psicólogo, Serralheiro, Técnico de Enfermagem, Técnico em Informática, Técnico em Radiologia, Técnico Superior de Informação da Saúde, Terapia Ocupacional e Vigia.

Inscrição

As inscrições serão realizadas no período entre 03 e 17 de janeiro de 2012, através do site http://www.seapconcursos.com.br/.

O candidato que não possui internet poderá efetuar sua inscrição no saguão da Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo, situada na rua Cristiano Otoni, 555 – Centro – Pedro Leopoldo / MG, de segunda a sexta-feira, das 13h às 17h, munido de CPF e RG.

Os valores das taxas de inscrições são de R$ 30,00 para os cargos de nível elementar, R$ 40,00 para os cargos de nível médio/técnico e R$ 70,00 para os cargos de nível superior.

Prova

A prova objetiva está prevista para ser realizada no dia 29 de janeiro de 2012, em local e horário junto à homologações das inscrições, na Prefeitura Municipal e nos sites www.seapconcursos.com.br e www.pedroleopoldo.mg.gov.br, a partir do dia 23 de janeiro de 2012.

O gabarito será divulgado provavelmente no dia 30 de janeiro de 2012, na Prefeitura Municipal e no site www.seapconcursos.com.br e http://www.pedroleopoldo.mg.gov.br/.

Validade

O prazo de validade do concurso público será de 2 anos, contados a partir da data de publicação da homologação do resultado final do concurso, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, a critério do Município de Pedro Leopoldo.

Saiba mais

Concurso Prefeitura de Ibirité (MG)

A Prefeitura de Ibirité, Estado de Minas Gerais, lançou edital (nº. 01/2011) para realização de concurso público. O concurso de Ibirité está oferecendo 253 vagas de nível mais cadastro reserva em todos os níveis de escolaridade. Os salários variam entre R$ 657,62 e R$ 9.341,19.
Serão reservadas a candidatos portadores de deficiência, 5% das vagas separadas por cargo.

Cargos

Auxiliar de Consultório Dentário, Auxiliar de Saúde, Bioquímico, Cozinheiro, Farmacêutico, Médico e Técnico de Enfermagem.

Inscrição

As inscrições serão realizadas no período entre 14 de dezembro de 2011 e 15 de janeiro de 2012, nos seguintes endereços: na AC Ibirité, endereço: Otacílio Negrão de Lima, 135 LJ 2/3, centro, Ibirité/MG, de segunda a sexta-feira, das 08:00 às 17:00;  na AC Presidente Juscelino Kubitschek, situada na Av. Afonso Pena, 1270, centro, Belo Horizonte/MG, de segunda a sexta-feira, das 08:30 às 18:00; na AC Parque Industrial, situada na Av. Cardeal Eugênio Pacelli, 1801, bairro: Cidade Industrial,  de segunda a sexta-feira, das 08:30 às 18:00 e na ACC I Nova Contagem, situada à rua VP-1, 1655, bairro: Nova Contagem, de segunda a sexta-feira, das 08:30 às 17:00; na AC Betim, situada na Av. Governador Valadares, 347, centro, Betim/MG, de segunda a sexta-feira, das 08:00 às 17:00 e/ou através do site http://www.reisauditores.com.br/.

As taxas de inscrições são de:
Nível fundamental: R$ 30,00 e 40,00;
Nível médio/técnico: R$ 50,00;
Nível superior: R$ 70,00.

Prova

As provas objetivas serão realizadas, provavelmente, no dia 12 de fevereiro de 2012, no município de Ibirité/MG, em locais e horários que serão divulgados no dia 06 de fevereiro de 2012, no quadro de avisos da Prefeitura de Ibirité/MG e nos sites www.reisauditores.com.br e http://www.ibirite.mg.gov.br/.

O gabarito será divulgado a partir das 19 horas do dia 12 de fevereiro de 2012, no quadro de avisos da Prefeitura de Ibirité e nos sites www.reisauditores.com.br e www.ibirite.mg.gov.br.

Validade

O prazo de validade do presente concurso público é de 02 anos, contados da data da homologação do resultado final, podendo ser prorrogado por uma única vez, por igual período, mediante ato do Prefeito Municipal.

Saiba mais