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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Portugal: São José, Capuchos e Santa Marta com rendas de 7 milhões/ano a partir de 2012

São José, Capuchos e Santa Marta com rendas de 7 milhões/ano a partir de 2012 | © 123RF
Três dos quatro hospitais que compõem o Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC) pagarão à Estamo, a partir de janeiro do próximo ano, sete milhões de euros anuais de renda, segundo a coordenadora do grupo.

Teresa Sustelo, coordenadora do CHLC, revelou à Agência Lusa que este valor de rendas resultou da venda dos imóveis onde actualmente estão localizados os hospitais de São José, Santa Marta e Capuchos.

Do Centro faz igualmente parte o Hospital Dona Estefânia, que não foi vendido.

A Maternidade Alfredo da Costa (MAC) e o Hospital Curry Cabral deverão igualmente fazer parte deste centro, o que significará um milhão e meio de euros de renda anual referentes ao Curry.

Teresa Sustelo foi contra a venda destes hospitais, precisamente porque havia o risco das instituições poderem vir a pagar renda se, em 2012, o hospital oriental de Lisboa não estivesse construído, tal como vai acontecer.

“A questão de vender não passa por nós, porque nós fomos contra e manifestámos o nosso desagrado relativamente a uma decisão dessas”, disse.

Para Teresa Sustelo, “o orçamento da saúde deve ser para tratar doentes e não para pagar rendas” e essa foi outra razão para não concordar com a transacção.

A administradora reconhece que, além de não intervir na venda, a mesma foi imposta pelas Finanças, que também decidiram que teria de ser a Administração Central dos Serviços de Saúde (ACSS) a assegurar este pagamento.

A situação só será resolvida com a construção do novo hospital oriental de Lisboa, previsto para a zona de Chelas, mas ainda não decidido, com o qual Teresa Sustelo concorda.

A compra dos terrenos para a futura instalação do hospital foi, aliás, feita com os 12 milhões de euros resultantes da venda do Hospital do Desterro, que pertence ao CHLC, mas foi entretanto desactivado.

Os imóveis dos hospitais de São José, Capuchos e Santa Marta foram vendidos por mais de 100 milhões de euros à Estamo - uma empresa do grupo Sagestamo vocacionada para a compra de imóveis - valor distribuído pelos cuidados de saúde primários e os capitais estatutários dos hospitais Entidades Públicas Empresariais (EPE).

Na condição de EPE, o CHLC recebeu 12 milhões de euros desse montante.

Fonte Destak

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