O transplante de células-tronco que o ator Reynaldo Gianecchini fará, em tratamento contra um câncer linfático, é uma forma de "reinicializar" a medula óssea e o organismo após um ciclo agressivo de quimioterapia.
A superdosagem quimioterápica é muito eficaz no combate ao câncer. Ela, porém, mata tanto células cancerosas quanto saudáveis.
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"A medula não se recupera disso. O transplante serve como um truque para que essa químio possa ser feita", diz Carlos Chiattone, professor de hematologia e oncologia da Santa Casa de São Paulo.
As células-tronco fazem uma espécie de "backup" da medula óssea. Após a superquimioterapia, elas são injetadas na corrente sanguínea.
"É como se elas tivessem o endereço de casa. Essas células circulam na corrente sanguínea, mas param exatamente onde deveriam e se juntam à medula óssea", explica Yana Novis, coordenadora de onco-hematologia do Hospital Sírio-Libanês e uma das responsáveis por tratar Reynaldo Gianecchini.
Hoje, a maior parte dos transplantes é feita com células-tronco dos próprios pacientes, o chamado transplante autólogo. No jeito mais comum, o paciente toma uma medicação para fazer com que as células-tronco da medula passem para o sangue.
Em um procedimento similar à hemodiálise, o sangue passa por uma máquina que "filtra" essas células.
"As chances de rejeição são baixas, mas o sucesso varia bastante com o subtipo de câncer", diz Novis.
Fonte Folhaonline
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