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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Portugal: Novo desfibrilhador garante poupança na saúde

Novo desfibrilhador garante poupança na saúde | © imagens cedidas pelo Gabinete de Comunicação do CHLN
Quando o coração é incapaz de bombear o sangue para todo o corpo, é preciso dar-lhe estínulos para que o faça correctamente. No Hospital de Santa Maria foi colocado um novo aparelho que o faz melhor e com menos custos.

Já chegou a Portugal o mais recente cardioversor desfibrilhador implantável, com terapia de ressincronização cardíaca. O nome nada dirá à maioria dos portugueses, mas é familiar a muitos dos que sofrem de insuficiência cardíaca, uma doença que impede o coração de bombear o sangue que o organismo necessita. Para estes, a chegada do novo aparelho é sinónimo de boas notícias. Ganham os doentes e ganham os serviços de saúde, uma vez que a novidade traduz-se em poupança.

Quando coração falha, cabe à medicina encontrar formas de garantir o seu normal funcionamento. É o que acontece com a terapia de ressincronização cardíaca, que através de pequenos estímulos permite ao coração bombear o sangue de forma mais eficaz. Mas porque todos somos diferentes, diferentes têm também que ser os intervalos com que estes estímulos são enviados para as diferentes zonas do coração.

Com o novo dispositivo, implantado pela primeira vez no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, os parâmetros são ajustados de forma automática, adaptando-se às necessidades de cada um. «Habitualmente esta optimização é feita através de um ecocardiograma periódico, tratando-se de um procedimento moroso e complicado, implicando gasto continuado de recursos médicos», explica ao Destak o cardiologista João de Sousa, que ressalva a poupança de «custos com recursos materiais e pessoais».

Na prática, a monitorização remota, que se verifica neste tipo de dispositivos, «irá permitir espaçar – ou no limite eliminar – as consultas periódicas dos doentes, para avaliar o estado da bateria e eventuais disfunções do sistema». Consultas essas, segundo o médico, que se realizam trimestral ou semestralmente. O que implica mais poupança, desta feita «nos recursos disponíveis na consulta externa». Mas mais ainda, o novo aparelho vai ainda permitir que se detectem problemas no sistema ou alterações no estado do doente, garantindo o tratamento atempado de várias situações.

Fonte Destak

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