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segunda-feira, 4 de maio de 2015

Aumento da sensibilidade ao glúten faz laboratórios correrem atrás de tratamentos

Um laboratório da Farmacêutica Alvine, que está desenvolvendo uma droga para a doença celíaca, em San Carlos, no Estado americano da Califórnia
Aaron Wojack/The New York Times: Um laboratório da
 Farmacêutica Alvine, que está desenvolvendo uma droga para
 a doença celíaca, em San Carlos, no Estado da Califórnia
Como muitas pessoas com sensibilidade ao glúten, Kristen Sweet evita a proteína no trigo que pode deixá-la doente. Mas, quando ela come na casa de uma amiga ou em um restaurante, ela não tem como saber ao certo que alimento é absolutamente livre de glúten
 
"Há esse risco toda vez que eu saio e preciso confiar minha saúde às mãos de outra pessoa", disse Sweet, 29, que tem um mal relacionado ao glúten conhecido como doença celíaca. "Quando adoeço, fico encolhida como uma bola por dias e não há nada que eu possa fazer. Não há nada que eu possa tomar."
 
Agora, os laboratórios farmacêuticos estão correndo para desenvolver os primeiros medicamentos para doença celíaca, que os pesquisadores dizem ser muito mais comum do que antes se imaginava.
 
Nenhuma droga deverá chegar ao mercado até 2018, no mínimo, mas duas delas deram indícios de serem promissoras em pequenos testes clínicos e podem em breve avançar para o estágio final de testes. Tendo isso em mente, a Food and Drug Administration (FDA, o órgão regulador americano de fármacos e alimentos) realizou recentemente uma oficina pública para discutir algo que nunca precisou se perguntar: como medir a eficácia das drogas para doença celíaca em testes clínicos?
 
A maioria das drogas em desenvolvimento não eliminaria a necessidade de uma dieta livre de glúten, mas ajudaria a aliviar os sintomas quando há algum glúten na comida.
 
Elas estão sendo desenvolvidas principalmente por empresas pequenas, apesar de algumas companhias farmacêuticas maiores agora também estarem demonstrando interesse. A AbbVie pagou US$ 70 milhões pela opção de adquirir os direitos globais de uma droga sendo desenvolvida pela Alvine Pharmaceuticals. A GlaxoSmithKline e a Avalon Ventures, uma empresa de capital de risco, criaram uma nova empresa, a Sitari Pharmaceuticals, que está à procura de tratamentos para doença celíaca.
 
Segundo especialistas, o desenvolvimento de uma droga está atrasado em parte porque a doença era antes considerada uma condição rara entre crianças. Mas nos últimos 15 anos, aproximadamente, estudos apontaram que cerca de 1% da população, tanto adultos quanto crianças, tem a doença, o que significa que ela afeta cerca de 3 milhões de americanos. Mas muitos deles não têm um diagnóstico, em parte devido aos sintomas –que incluem dor abdominal, inchaço, diarreia, dores de cabeça, fadiga e problemas cognitivos – poderem ter muitas outras causas. E nem toda sensibilidade ao glúten está relacionada à doença celíaca.
 
Acredita-se que a doença celíaca seja autoimune, o que significa que o sistema imunológico do corpo ataca seu próprio tecido, particularmente o revestimento interno do intestino delgado, por meio do qual os nutrientes são absorvidos. O ataque é provocado em pessoas geneticamente suscetíveis pelo glúten, uma proteína no trigo, na cevada e no centeio que confere propriedades favoráveis para cozinhar, mas que não é prontamente digerida.
 
"Ela é a primeira doença autoimune para a qual o antígeno foi identificado", disse o dr. Francisco Leon, cofundador da Celimmune, uma nova empresa para desenvolvimento de medicação para a doença celíaca. Ele disse que a doença celíaca pode servir como teste para as companhias farmacêuticas desenvolverem produtos para doenças autoimunes, porque é fácil obter uma leitura rápida sobre se uma droga funciona ao alimentar as pessoas com glúten.
 
Também sugere que drogas para outras doenças autoimunes poderiam funcionar para a doença celíaca. A Celimmune licenciou os direitos de uma droga que a Amgen testou para artrite reumatoide e a testará em casos de difícil tratamento de doença celíaca.
 
Os desenvolvedores de medicamentos estão adotando várias abordagens. A droga da Alvine, a ALV003, consiste de duas enzimas que visam decompor o glúten antes dele chegar ao intestino delgado e causar uma reação.
 
A droga é um pó dissolvido na água que é tomado antes das refeições.
 
Em um pequeno estudo, voluntários comeram deliberadamente migalhas de pão todo dia por seis semanas. Os intestinos daqueles que tomaram o medicamento não foram prejudicados, diferente dos intestinos daqueles que tomaram um placebo. Mas não houve uma diferença estatisticamente significativa nos sintomas.
 
A Alvine, uma empresa de capital privado com sede em San Carlos, Califórnia, espera resultados no fim do ano de um teste maior de etapa intermediária envolvendo 500 pacientes, o maior teste já realizado para doença celíaca, disse o dr. Daniel C. Adelman, o diretor chefe médico.
 
A BioLineRx, uma empresa israelense, está na etapa inicial de teste de um polímero que se liga a uma parte chave do glúten, o impedindo de ser absorvido no intestino delgado. E a Alba Therapeutics, uma empresa de capital fechado em Baltimore, realizou testes de etapa intermediária de uma droga, acetato de larazotido, que supostamente impede o glúten de se inserir entre as células do revestimento do intestino delgado e provocar uma reação inflamatória.
 
Em um teste da fase 2, a dose mais baixa testada reduziu os sintomas em comparação a um placebo. Mas a Teva Pharmaceutical Industries, que obteve uma opção sobre o acetato de larazotido quando adquiriu outra empresa, decidiu não licenciar os direitos à droga, disse uma porta-voz da Teva. A Alba, que se recusou a ser entrevistada, aparentemente está à procura de dinheiro para passar a droga aos testes de estágio final.
 
Pelo menos uma empresa, a ImmusanT, espera eliminar a necessidade de uma dieta isenta de glúten, permitindo às pessoas comerem o que quiserem. Ela acha que injetar glúten nas pessoas por várias semanas, provocando uma reação imunológica, induzirá a tolerância ao glúten, de modo semelhante ao jeito como a imunoterapia funciona.
 
Alguns especialistas consideram essa uma chance pequena.
 
Como a discussão na recente oficina da FDA deixou claro, avaliar a eficácia de medicamentos para doença celíaca pode ser difícil, porque a doença afeta as pessoas de modo diferente. Não há uma correlação clara entre os sintomas e o dano ao intestino. De modo ideal, disseram alguns participantes, uma droga melhoraria tanto os sintomas quanto curaria os danos e, ao mesmo tempo, também preveniria complicações de longo prazo, como perda óssea.
 
Quem receberia a medicação também é outra questão. Se uma droga chegar ao mercado, especialmente uma cara, as seguradoras poderiam limitar a droga às pessoas com um diagnóstico definitivo, obtido por meio da inserção de um endoscópio pela garganta até o intestino para examiná-lo e realizar uma biópsia.
 
"Eu espero que precisaremos de um diagnóstico de fato de doença celíaca, não apenas sensibilidade ao glúten", disse a dra. Sheila E. Crowe, uma gastroenterologista da Universidade da Califórnia, em San Diego.
 
UOL

7 razões para se vacinar contra a gripe

Vacina não causa gripe e protege até mesmo o coração; quanto mais frágil a saúde, maior a importância da imunização
 
Diferente de um resfriado, gripe é uma doença séria. Todos deveriam, anualmente, tomar vacina contra a influenza para evitar que o vírus entre no corpo e faça estragos. Menores de cinco anos, grávidas e maiores de 60, no entanto, estão mais susceptíveis às consequências negativas da doença, que pode levar à pneumonia e até mesmo à morte. Quanto mais frágil o indivíduo, maior a importância de se vacinar.

É partir dessa constatação que o Ministério da Saúde oferece, a partir desta segunda-feira (04), vacinação gratuita para esse grupo de risco. A campanha de 2015 sofreu atraso por causa da mudança de duas cepas do vírus, que não estavam circulando ano passado. Alguns mitos, no entanto, fazem com que muitos fujam da vacinação, mas existem boas razões para se vacinar contra a gripe. Saiba quais são elas:

1 - Gripe pode ser grave e levar à morte
O médico sanitarista e responsável pelo setor de vacinas do Laboratório Delboni Medicina Diagnóstica, Ricardo Cunha, explica que a gripe, em muitos casos, pode ser grave. Ela não é apenas um resfriado convencional e traz consequências sérias ao grupo de risco, que são os menores de cinco anos e maiores de 60, além das mulheres grávidas. “Além disso, pessoas que têm diminuição da imunidade, como quem tem AIDS, quem retirou o baço (ele ajuda na defesa do corpo), quem tem diabetes e usa insulina, além de quem tem problemas de pulmão devem se vacinar”, alerta. A vacinação impede que o vírus atue no corpo e leve a consequências mais graves, como a pneumonia.
 
2 - O vírus sofre mutação constante e a vacina fica obsoleta
Se você se vacinou ano passado, é preciso repetir a dose em 2015, já que o vírus da gripe tem um poder de mutação bastante elevado. Ou seja, o vírus que estava circulando ano passado é diferente do desse ano, e a vacina antiga não tem mais eficácia. A imunização de 2015 no Sistema Único de Saúde atrasou por causa da mudança de duas cepas do vírus, que não estavam circulando ano passado, explica a pediatra Lucia Bricks. Portanto, quem tomou vacina ano passado não está protegido contra essas mutações.
 
3 - Gripe pode causar pneumonia viral e bacteriana
O vírus da influenza pode causar a pneumonite viral, explica o pneumologista Francisco Mazon, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Além disso, o médico conta que uma infecção por esse vírus pode deixar o pulmão susceptível a infecções bacterianas, causando uma perigosa pneumonia bacteriana. “São as consequências mais sérias da gripe. Ambas as pneumonias são graves”, conta. Pessoas com imunidade mais baixa são as que sofrem mais, por isso a vacinação fornecida pelo Ministério da Saúde visa o público que é alvo mais fácil do vírus.
 
Ele conta também que, quando os dois pulmões são acometidos pelas bactérias ou vírus, a doença se chama SARA, ou Síndrome da Angústia Respiratória Aguda, que é a manifestação mais grave da gripe. Segundo o geriatra do Hospital das Clínicas, Paulo Camiz, alguns dos tipos do vírus da gripe causam problemas respiratórios maiores. “E aí o idoso, que é mais vulnerável, tende a sofrer mais”, alerta.
 
4 - Vacina não causa gripe ou sintomas
Dizer que ao tomar a vacina há risco de contrair a gripe é um dos maiores mitos em torno da imunização. “A vacina é feita com vírus mortos e fracionados. É impossível uma pessoa tomar a vacina e ter gripe por causa dela”, diz Cunha. Ele explica, porém, que a imunidade total não é garantida – a grande maioria das vacinas não consegue oferecer eficácia acima de 90% - mas que, se a pessoa vier a contrair o vírus da gripe posteriormente em ambiente público, os sintomas serão muito menores e a vacina evitará complicações, como a pneumonia.
 
Esses casos, no entanto, são raros. Ele lembra também que a vacina é contra o vírus da influenza, mas que outros vírus que causam resfriado ainda estão soltos e circulando por aí. “Há o adenovírus, coronavírus, rinovírus, parainfluenza, entre outros, que podem causar sintomas menos graves que a gripe”.
 
5 - Protege mulheres grávidas, que deram à luz recentemente e bebês
A mulher grávida tem a imunidade diminuída durante os nove meses gestacionais, por isso a importância da vacinação. Depois que ela deu à luz, no entanto, a vacinação na mãe protege indiretamente o bebê, já que não é permitido vacinar crianças menores de seis meses. Como a mãe é a pessoa que tem mais contato com o bebê, protegê-la da gripe impede que o bebê também a contraia.
 
Segundo o diretor do departamento de pediatria da Santa Casa de São Paulo, Marco Aurélio Sáfadi, vacinar a grávida – sempre com recomendação médica – é importante por causa dos anticorpos que são passados da mãe para o bebê no último trimestre da gestação. Ele conta que essa proteção acaba durando por alguns meses depois do nascimento do bebê.
 
6 - Quando você contrai a gripe, continua espalhando o vírus até o término dos sintomas
Passar alguma doença infecciosa para colegas não é nada legal. Quando uma boa parte das pessoas está imunizada, acontece o que se chama de imunização de rebanho. Se uma pessoa pegar gripe, não conseguirá transmitir para os outros porque eles estão imunizados. Vacinar-se é uma forma de evitar o contágio e não ser responsável pela transmissão.
 
7 - O vírus da gripe pode infectar o coração
É o que se chama de miocardite viral. Em alguns casos, o vírus da gripe pode atacar o músculo cardíaco, causando uma inflamação. A consequência é um coração dilatado, com arritmias e dependendo de medicamentos que o ajudem trabalhar corretamente, explica o cardiologista do Hospital Beneficência Portuguesa, Fernando Alves.
 
iG

Remédio aprovado nos EUA promete derreter a gordura do papo

A Administração de Drogas e Alimentos (FDA) americana aprovou recentemente uma injeção projetada para derreter a gordura do papo, acabando com o chamado “queixo duplo”
 
A droga, chamada Kybella, é a primeira aprovada para a companhia Kythera Biopharmaceuticals e é destinada a adultos com gordura moderada ou grave abaixo do queixo, ou gordura submental.
 
Kybella não pode ser usada em qualquer outra parte do corpo. A FDA disse que os efeitos colaterais mais comuns do medicamento são inchaço, equimose, dor, dormência, vermelhidão e dureza na área de tratamento, enquanto os mais graves incluem dificuldade para engolir e lesão do nervo que pode causar um sorriso desigual ou fraqueza muscular.
 
Fórmula e tratamento
O medicamento é uma forma sintética do ácido deoxicólico, um produto químico que ajuda a absorver gorduras é produzido naturalmente pelo organismo. Sua forma artificial é um ingrediente seguro encontrado em várias outras drogas aprovadas.
 
O novo remédio destrói as células de gordura do queixo quebrando a membrana celular.
 
A FDA diz que os pacientes podem obter até 50 injeções em uma sessão, mas as sessões devem ter pelo menos um mês de intervalo entre elas e não devem passar de seis.
 
Nas farmácias
A companhia planeja começar a vender Kybella nos EUA no segundo semestre de 2015.
 
Além disso, também entrou com pedido de aprovação de comercialização na Austrália, Canadá e Suíça. Mais tarde, devem divulgar seu remédio em ainda outros países.
 
MedicalXpress / Hypescience

Adoçante superpotente é desenvolvido na Itália

Monelina
Veja.com/Divulgação: Monelina
Feito a partir da monelina, proteína presente em uma fruta africana, o aditivo é 3000 vezes mais doce que o açúcar. O produto deverá chegar ao mercado nos próximos dois anos
 
É possível criar um adoçante 3000 vezes mais doce do que o açúcar e sem calorias? Os italianos mostraram que sim. O Departamento de Química da Universidade de Nápoles, na Itália, anunciou o surgimento de um novo adoçante que, nos próximos dois anos, estará disponível para as indústrias farmacêuticas e alimentícias. Para se ter uma ideia da potência, o adoçante natural estévia, que se torrnou popular nos últimos três anos no Brasil, é 300 vezes mais doce do que o açúcar -- dez vezes menos poderoso que a monelina, potanto.
 
O novo produto foi desenvolvido a partir da proteína monelina, presente na fruta Serendipity Berry, originária de países africanos, como Moçambique e Angola. A proteína foi descoberta em 1969 pelo instituto de pesquisa americano Monell Chemical Senses Center, na Filadélfia.
 
Até então, o grande desafio da equipe italiana era driblar um mecanismo próprio da monelina -- o perder a característica de adoçar mesmo em temperaturas quentes. Em sua forma natural, quando aquecida, a proteína sofre modificações em sua estrutura e perde a propriedade.
 
O composto perderia o efeito em um cafezinho quente ou em alimentos que precisam ir para o forno, por exemplo. Mas os pesquisadores conseguiram modificar a proteína, utilizando um processo de fermentação com bactérias geneticamente modificadas. "Era o que faltava para o adoçante se tornar superpotente em todo tipo de alimento, incluindo os quentes", diz a nutricionista Ana Carolina Moron, pesquisadora da Universidade de São Paulo.
 
Recentemente, a empresa PepsiCo anunciou que deixará de utilizar aspartame em seu refrigerante diet nos Estados Unidos. O substituto será a sucralose, outro tipo de adoçante. O motivo é puramente comercial - uma pesquisa de mercado mostrou que os muitos consumidores rejeitavam o refrigerante por acreditarem que o aspartame seja nocivo à saúde.
 
A preocupação, contudo, não tem fundamento científico. Mais de 90 países aprovam o uso do aspartame e a própria Food Drugs Administration (FDA), a agência reguladora americana, descreve o aspartame como um dos aditivos autorizados pelo órgão. A promessa de um novo adoçante, no entanto, é sempre uma boa notícia.
 
Veja

Caminhar dois minutos a cada hora reduz risco de doenças

Atividade física praticada nos momentos de lazer já garante maior expectativa de vida
De acordo com o estudo, ficar em pé ao invés de sentado,
 não traz benefícios para a saúde. Em compensação atividades
 leves, como caminhar ou limpar a casa, ajudam a minimizar
os riscos causados pelo sedentarismo
Estudo realizado nos Estados Unidos mostrou que mesmo atividades muito leves diminuem o risco de morte causado por doenças associadas ao sedentarismo
 
Pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, descobriram que a troca de hábitos sedentários por atividades leves e rápidas, como caminhar ou fazer trabalhos domésticos, melhora significativamente a saúde.
 
De acordo com o estudo, se caminharmos por dois minutos a cada hora, o risco de morte causado por doenças associadas ao sedentarismo é reduzido em 33%.
 
No caso de pessoas com doença renal crônica, a redução é ainda maior: 41%. Estes resultados foram publicados esta semana no periódico Clinical Journal of the American Society of Nephrology.
 
Para Srinivasan Beddhu, coordenador do estudo, quando as atividades físicas, mesmo que leves, são repetidas várias vezes ao longo do dia, podem fazer uma grande diferença.
 
Presumindo que uma pessoa passe 16 horas por dia acordada, dois minutos de caminhada a cada hora, todos os dias, representa um gasto de 400 calorias por semana. O exercício moderado ainda fortalece o coração, os músculos e os ossos.
 
Veja

Saiba mais sobre a hepatite B que causa a inflamação crônica do fígado

A hepatite B é uma doença infecciosa causada pelo vírus HBV e pode ser transmitida pela via sexual, de mãe para filho ou por meio do compartilhamento de seringas com sangue contaminado
 
Geralmente, os sintomas de hepatite B surgem em até seis meses após o contato com o vírus, e sua intensidade varia de pessoa para pessoa. A maioria dos casos de hepatite B não apresenta sintomas.
 
O coordenador-geral do departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Marcelo Naveira, alerta para um dos principais meios de prevenção da doença.“A vacina para hepatite B, atualmente, está disponível para todos até 49 anos de idade, mas qualquer pessoa que se sentir identificada como um grupo de maior risco para a aquisição da infecção pode solicitar a vacina numa unidade de saúde. Nós solicitamos às pessoas que tenham muito cuidado em respeitar o cronograma determinado no calendário de vacinação para que a pessoa que a vacina tenha o máximo de eficácia. Ela também previne contra a hepatite D, que é uma hepatite que só acontece quando as pessoas já têm a hepatite B.”
 
Além da vacina contra a hepatite B, distribuída em três doses, as pessoas devem se prevenir usando camisinha em todas as relações sexuais e não devem compartilhar objetos de uso pessoal.
 
É recomendado, também, que toda mulher grávida faça o pré-natal e os exames para detectar a hepatites, a aids e a sífilis. Esse cuidado é fundamental para evitar a transmissão de mãe para filho. As hepatites virais são doenças silenciosas, consulte regularmente um médico e faça o teste.

Fonte: Victor Maciel/ Agência Saúde

Queda é a principal causa de hospitalizações de crianças no Brasil

Dados da ONG Criança Segura indicam, ainda, que esta é a quinta razão externa de morte
 
Um menino de três anos fica gravemente ferido ao cair da sacada de um hotel no Rio Grande do Sul. Em Pernambuco, uma garota de seis anos é resgatada após cair em um poço com 45 m de profundidade. No interior de São Paulo, um garoto de dez anos despenca do 10º andar de um prédio e só sobrevive porque atinge o telhado da garagem. Os casos aconteceram em fevereiro deste ano, mas semelhanças não param por aí. As três histórias dão um contorno real a uma estatística.
 
Levantamento da organização não governamental Criança Segura aponta que as quedas ocupam o primeiro lugar no ranking de hospitalizações de crianças vítimas de acidentes no Brasil e é a quinta causa externa de morte. Elas podem ocorrer de diversas maneiras: de escadas, de lajes ou, até mesmo, em brincadeiras cotidianas, como skate e bicicleta. De acordo com a pesquisa, que é baseada em números do Datasus/Ministério da Saúde, quase 60 mil meninas e meninos de até 14 anos são internados, anualmente, em razão desse tipo de ocorrência.
 
Em 2012 (dado mais recente), foram 122.631 hospitalizações de crianças por acidentes — mais de 300 por dia. Depois de queda, as principais causas são trânsito (14.720), queimaduras (20.187), intoxicações (3.636), sufocações (625), afogamentos (254), acidentes com arma de fogo (149).
 
Ainda conforme o levantamento, as quedas e todos os outros acidentes somados representam a primeira causa de morte e a terceira de hospitalização de vítimas entre 0 e 14 anos, o que torna o problema uma “grave questão de saúde pública”, segundo avalia a coordenadora nacional da ONG Criança Segura, Gabriela Guida de Freitas.
 
Para Gabriela, os recursos destinados às hospitalizações poderiam ser empregados em outras áreas se houvesse um trabalho focado na prevenção. O levantamento da instituição mostra que os custos por internação das vítimas infantis, para o SUS (Sistema Único de Saúde), em 2012, foram de R$ 80 milhões — as quedas representaram gasto de R$ 29 milhões.
 
— É muito recurso que poderia ir para a educação, para a prevenção, por exemplo.
 
De acordo com a ONG, 90% dos casos poderiam ser solucionados com ações “como a disseminação de informações sobre o tema e a mudança de comportamento”. A coordenadora ressalta que é preciso desconstruir a ideia, arraigada no País, de remediar ao invés de evitar.
 
— O acidente tem algo muito característico. É fácil de resolver. Não é como um câncer, que exige investimento em ciência, em tecnologia para descobrir a cura. É uma mudança de comportamento, é um trabalho educativo. É ter outro olhar. De forma bem ampla, que a cultura de prevenção se torne prioridade para nós. Temos que parar de pensar que isso é frescura, que só vai acontecer com o filho do vizinho. Acidentes são a causa [externa] que mais mata criança no Brasil.
 
Gabriela acrescenta que a cultura de prevenção precisa ser desenvolvida não só na sociedade, mas também se tornar prioridade para o governo, por meio de políticas públicas que garantam infraestrutura e ambientes seguros para o lazer, na elaboração de leis e de fiscalização adequadas.
 
— Deve estar dentro do planejamento de governo, incluindo o planejamento orçamentário [para] que ele invista em campanhas educativas. É preciso também toda uma estrutura de governo para criar a lei, para fiscalizar de forma que ela realmente se torne efetiva.
 
Como exemplo de falhas na fiscalização, ela cita a obrigatoriedade do uso da cadeirinha para transportar em carros de passeio crianças de até sete anos e seis meses e a proibição da venda de álcool líquido com mais de 54º Gay Lussac (46,3 INPM), em vigor desde 2013 — a medida teve a finalidade de reduzir a incidência de queimaduras provocadas pelo produto.
 
— Já são mais de cinco anos de obrigatoriedade da cadeirinha e ainda tem gente que não usa. Sobre o álcool, ainda é possível encontrar, em venda de bairro, álcool 70, 90.
 
Ambiente seguro
Gabriela Guida de Freitas afirma que, além da mudança de comportamento, em alguns casos, alterações no ambiente são igualmente importantes na prevenção de acidentes envolvendo crianças.
 
Medidas como o novo padrão oficial de tomadas, adotado no Brasil desde 2010 (elas passaram a ter três orifícios de 4 mm ou 4,8 mm), oferecem mais segurança "ao diminuir a possibilidade de choques elétricos, incêndios e mortes", conforme informação divulgada no site do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). O novo formato, em poço, dificulta o contato do dedo com a corrente elétrica.
 
— Uma tomada dessa, um protetor de quina na mesinha de centro, uma piscina tampada com lona. Há coisas que podem ser feitas no ambiente que ajudam muito.
 
A coordenadora da ONG enfatiza que a perda de um filho em decorrência de acidente doméstico não deixa apenas a família devastada emocionalmente, mas, muitas vezes, tem também implicações econômicas.
 
— É muito difícil para um pai e para uma mãe lidar com essa culpa. É um impacto muito grande que vai além de questões emocionais. Afeta, até mesmo, a parte financeira. Temos vários estudos que mostram que quando a criança fica com alguma sequela, em geral o pai ou a mãe, normalmente a mãe, larga o emprego para cuidar do filho.
 
R7

Conheça mais sobre a hepatite A que é transmitida pela ingestão de água ou alimentos infectados

A hepatite A é uma doença causada pelo vírus VHA transmitido pela ingestão de água ou alimentos contaminados com fezes
 
A pessoa infectada elimina o vírus nas fezes, podendo contaminar a água onde não existem condições adequadas de saneamento básico.
 
Quem tomar esse líquido contaminado ou ingerir alimentos crus lavados com essa água, por exemplo, pode se infectar, assim como ao comer marisco ou frutos do mar crus, de água poluída com esgoto. Geralmente, a doença não apresenta sintomas, mas os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
 
O coordenador-geral do departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Marcelo Naveira, alerta para um dos principais meios de prevenção da doença.“Nós contamos com a vacina da hepatite A que está disponível para crianças entre 1 e 2 anos incompletos. Ela foi a última vacina recomendada pela Organização Mundial da Saúde que faltava no nosso calendário. Então, hoje todas as crianças entre 1 e 2 anos podem ser imunizadas. Existem outras pessoas que, também, têm direito à vacina. No caso são aquelas pessoas portadoras de doenças congênitas como a síndrome de down, pessoas que já têm uma doença hepática instalada. Por exemplo, uma hepatite crônica como a hepatite B ou hepatite C.”
 
Além da vacina, as pessoas precisam ficar atentas a alguns cuidados como: lavar as mãos após ir ao banheiro, cozinhar bem os alimentos antes de consumir, não tomar banho em locais próximos de onde tenha esgoto a céu aberto e evitar construções de fossas próximas a poços e nascentes de rios.
 
A vacina contra a hepatite A é oferecida gratuitamente pelo SUS em qualquer Unidade Básica de Saúde do país. As hepatites virais são doenças silenciosas, consulte regularmente um médico e faça o teste.

Fonte: Victor Maciel/ Agência Saúde