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domingo, 28 de junho de 2015

Incor recomenda eletro a crianças que vão iniciar prática esportiva

Cerca de 140 mil pessoas morrem de doenças do coração no Brasil a cada ano, segundo a OMS
 
Desde que descobriu uma alteração no ritmo cardíaco aos 10 anos, Cecília Ribeiro, hoje com 18, se submete todos os anos a um eletrocardiograma, exame que registra oscilações geradas pela atividade elétrica do coração. O hábito, estendido aos pais e à irmã de 12, deve ser adotado por todas as crianças e adolescentes de 10 a 15 anos que vão iniciar prática esportiva ou cuja família tem histórico de doença cardiovascular, alerta o Incor (Instituto do Coração).
 
O eletrocardiograma funcionaria como um "RG do coração", ajudando no diagnóstico de doenças congênitas. "Exames clínicos não detectam problemas genéticos. Como os sintomas não se expressam, o jovem pode ter morte súbita ou arritmia ao fazer exercício físico sem saber das suas condições", disse Carlos Alberto Pastore, cardiologista do Incor e presidente da Sociedade Internacional de Eletrocardiologia. Mais de 90% dos problemas cardíacos, principalmente os congênitos, podem ser diagnosticados através de eletrocardiograma simples, de acordo com o cardiologista.
 
No exame, que dura cerca de cinco minutos, o paciente deita de barriga para cima em maca. Eletrodos fixados nos braços, pernas e tórax captam os estímulos elétricos do coração e suas repercussões. "É um exame de prevenção, muito simples e indolor. É um erro as academias e clubes não exigirem avaliação cardiológica para início de atividade física", disse.
 
Cerca de 140 mil pessoas morrem de doenças do coração no Brasil a cada ano, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A alteração no ritmo cardíaco de Cecília já havia sido identificada pelo pediatra. "Ela teve uma infância totalmente normal. Mas quando nos mudamos de Brasília para São Paulo, o pediatra recomendou o acompanhamento com um cardiologista", disse Ariadne Silva, 47 anos, mãe de Cecília.
 
Um eletrocardiograma simples e um monitoramento contínuo por 24 horas detectaram que a garota sofre de bradicardia, quando o coração tem batimento mais lento do que o normal. "Nada mudou na vida dela. Mas agora somos mais conscientes", disse Ariadne. Todos na família praticam esportes com acompanhamento profissional e usam frequencímetro, aparelho que mede os batimentos cardíacos.
 
A recomendação do Incor ainda gera controvérsias no Brasil e no exterior. "Não há estudos consistentes que indiquem a necessidade de eletrocardiograma para pessoas saudáveis e sem sintomas. Recomendações desse tipo assustam a população", afirmou Gustavo Gusso, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade. Para o médico, eletrocardiogramas em pacientes sem sintomas podem gerar falsos diagnósticos ou detectar alterações que não terão consequências na vida do paciente.
 
Em 2012, o American College of Cardiology (Colegiado Americano de Cardiologia) e o US Prevention Task Force (Força Tarefa de Prevenção dos Estados Unidos) classificaram como inadequados eletrocardiogramas para pacientes sem sintomas. "Nos Estados Unidos eles têm uma visão mais voltada para o lado financeiro e são contra por conta dos custos. Mas na Europa essa recomendação é seguida há anos", defende Pastore. No Brasil, o eletrocardiograma pode ser realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com custos que variam de R$ 30 a R$ 50.

Estadão Conteúdo

Testes com sangue feito em laboratório devem começar em humanos em 2017

Sangue sintético não vai substituir o humano, mas ajudará
 nas transfusões de emergência
Transfusões de sangue sintético podem acontecer a partir desses resultados
 
O sangue sintético, desenvolvido em laboratórios do Reino Unido, deve começar a ser testado em humanos a partir de 2017. Segundo informações do site New York DailyNews, o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS, sigla em inglês) anunciou que a ideia não é substituir o sangue humano, mas ajudar pacientes que tenham dificuldade de encontrar um doador compatível em situações de emergência.
 
Nick Watkins, diretor do departamento de pesquisa de transplantes e sangue da NHS, afirma que a novidade é uma alternativa para tratamentos que necessitam de transfusões de sangue.
 
— Pesquisadores em todo o mundo vêm estudando durante anos como manipular as células vermelhas e desenvolver o sangue sintético para facilitar as transfusões de sangue.
 
De acordo com Watkins, a novidade é um avanço nos planos de desenvolvimento e no avanço das transfusões de sangue, assim como no transplante de órgãos e na medicina regenerativa.
 
Apesar do lado positivo de facilitar o encontro de compatibilidade de doadores, a NHS ressalta que ainda é essencial que as pessoas continuem doando sangue, porque o sangue sintético não servirá para todos os pacientes. O órgão nacional também quer aumentar as doações de órgão de 60% para 80%.
 
Próximos estudos devem continuar o desenvolvimento de pesquisas sobre células tronco e na simplificação de cirurgias de transplante de órgãos.

R7

Frigidez pode estar relacionada a alterações no ritmo cardíaco

 Uma baixa variabilidade da frequência cardíaca de repouso tem sido associada a várias condições de saúde mental, como depressão, ansiedade e até mesmo dependência de álcoolEstudo liga variações no ritmo cardíaco à libido feminina e abre possibilidades para melhorar o tratamento da disfunção sexual
 
A disfunção sexual em mulheres pode estar associada a uma baixa variabilidade da frequência cardíaca de repouso, aponta um estudo realizado pela Universidade do Texas, em Austin (EUA). A descoberta, creem os autores da pesquisa, pode ajudar os médicos a tratar a condição com mais eficácia.
 
A variabilidade do ritmo cardíaco (VRC) – a variação dos intervalos de tempo entre dois batimentos cardíacos consecutivos de uma pessoa – pode indicar o quão bem um indivíduo responde a mudanças fisiológicas e ambientais. Uma baixa variabilidade da frequência cardíaca de repouso tem sido associada a várias condições de saúde mental, como depressão, ansiedade e até mesmo dependência de álcool, bem como à disfunção erétil em homens.
 
“Como a VRC tem sido relacionada a muitos problemas cardíacos e de saúde mental julgamos que era interessante trazer um marcador clínico estabelecido em nossas pesquisas sobre sexo”, disse Amelia Stanton, pesquisadora de pós-graduação da Universidade do Texas e principal autora do estudo.
“Isso nos permite olhar para a questão da disfunção sexual em mulheres de uma maneira totalmente diferente”, observa ela.
 
VRC é uma medida sensível e objetiva do sistema nervoso autônomo, que compreende o sistema nervoso simpático – ele regula a resposta do corpo para situações de luta, por exemplo – e o sistema nervoso parassimpático, que regula as ações involuntárias do corpo, como a respiração e os batimentos cardíacos. Quando o corpo está estável, o sistema nervoso parassimpático tem um maior efeito sobre a frequência cardíaca.
 
No entanto, a ativação moderada do sistema nervoso simpático demonstrou aumentar a excitação genital em mulheres, disse Stanton. Usando o Índice de Função Sexual Feminina, que considera domínios tais como dor, satisfação e desejo, os pesquisadores analisaram a VCR e também o relato de 72 mulheres com idades entre 18 e 39 anos para avaliar a função sexual em geral.
 
“O Índice de Função Sexual Feminina já demonstrou ser útil e preciso para efetivamente identificar as mulheres com níveis clinicamente significativos de disfunção sexual”, disse a coautora do estudo e psicóloga Cindy Meston, que ajudou a desenvolver o índice em 2000.
 
Os pesquisadores descobriram que, além de disfunção sexual geral, as mulheres com VCRs abaixo da média eram mais propensas a ter dificuldades com a excitação sexual. Com o recente apoio da FDA (a agência que regula tratamentos, medicamentos e alimentos nos Estados Unidos) ao que poderá ser o primeiro medicamento para tratar a disfunção sexual feminina, os pesquisadores acreditam que a VCR poderia ser usada como um índice para medir eventuais alterações relacionadas à ação da droga na função sexual.
 
“Se as evidências mostram que uma baixa VCR é um fator de risco potencial para a disfunção sexual, os médicos têm um método simples, não invasivo e de baixo custo para medir o risco de uma mulher para desenvolver disfunção sexual. Isso tornaria mais fácil o diálogo sobre o problema e ajudaria mais mulheres a obterem a ajuda de que precisam”, concluiu a pesquisadora.
 
iG

Ceará confirma dez casos de zika vírus

O zika vírus, que provoca sintomas parecidos com os da dengue, está circulando no Ceará
 
A confirmação veio após saírem os primeiros resultados de testes feitos com pacientes do Hospital São José, especializado em doenças infecciosas. De 14 amostras, dez foram positivos para o vírus. Os testes foram feitos no Instituto Evandro Chagas, em Belém, que deve verificar mais 41 amostras.
 
De acordo com o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria da Saúde do Ceará, Márcio Garcia, a iniciativa de verificar a presença do zika vírus no estado foi motivada pelo aumento de casos cujo quadro clínico era compatível com o de pacientes de outros estados do Nordeste onde já havia a confirmação da circulação do vírus: febre baixa, manchas vermelhas e coceira na pele e, em alguns casos, conjuntivite.
 
Ao contrário da dengue, o zika vírus não tem capacidade de evoluir para situações graves, nem é uma doença de notificação obrigatória. Segundo Garcia, o Hospital São José mantém uma rotina de vigilância com a coleta de informações por amostragem (somente entre os pacientes da unidade).
 
O Ministério da Saúde não definiu uma estratégia de vigilância para o controle do zika vírus. No Ceará, os profissionais da saúde são orientados a tratar os pacientes que aparecem com os sintomas a partir da suspeita de dengue. Ambas as doenças, e também a chikungunya, são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
 
“Todas as pessoas que apresentem febre e manchas pelo corpo devem procurar uma unidade de saúde.” De acordo com Márcio Garcia, há uma circulação intensa de dengue no Ceará, e a doença tem potencial de agravamento maior.
 
Agência Brasil