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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Confira em números os desafios mundiais do combate à aids



A ONU tem a ambiciosa meta de erradicar novas contaminações de HIV no mundo.

No entanto, a África Subsaariana, onde está a maioria dos infectados, enfrenta problemas cada vez mais graves para conseguir doações internacionais e combater a Aids.

Esta quinta-feira é o dia mundial de combate à Aids.

Confira no vídeo a revolução que foi o uso de medicamentos antirretrovirais na última década e alguns dos desafios para se erradicar a doença no mundo.

Fonte Estadão

Estudo aponta que espessura da carótida pode indicar risco de novo AVC

Pesquisa que avaliou mais de 600 pessoas reforça importância de medir espessura do vaso

Cientistas espanhóis demonstraram que a espessura da parede da artéria carótida pode determinar o risco de um novo derrame cerebral, o que representa uma ferramenta para prevenir um segundo episódio, informou nesta quinta-feira o Hospital del Mar de Barcelona.

De acordo com a nova pesquisa do centro médico, da qual participaram mais de 600 pacientes que já haviam sofrido um AVC, é bastante útil medir a espessura das camadas íntima e média da artéria carótida por meio de uma ultrassonografia.

Essa medição alerta para uma recaída dos problemas de irrigação e, portanto, serve como marcador clínico de previsão de derrames, reduzindo os índices de mortalidade, informou o Hospital del Mar em comunicado à imprensa.

A porcentagem de pacientes que apresentam um novo episódio de AVC durante o primeiro ano é de 7%, número que chega a 15% quando são somados os que sofrem episódios cardiovasculares e os que acabam morrendo.

A pesquisa do Hospital del Mar faz parte de um estudo que avalia possíveis marcadores de recorrência em derrames e no qual colaboraram cerca de 50 hospitais da Espanha. Os dados foram publicados no número de novembro da revista de neurologia "Stroke".

O acidente vascular cerebral é a primeira causa de mortes em mulheres e a segunda em homens na Espanha, e sua incidência segue crescendo por conta do envelhecimento da população.

Fonte Estadão

Casos de Aids aumentaram na América Latina, segundo OMS

O sexo sem proteção entre homens e a falta de programas nacionais de prevenção e tratamentos dirigidos estão reativando a epidemia de Aids na América Latina, onde atualmente há 1,5 milhão de infectados com o vírus HIV.

A afirmação consta em um relatório sobre a resposta global ao HIV/aids elaborado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e a Unaids (órgão das Nações Unidas para a Aids), apresentado nesta quarta-feira em Genebra.

Contrariando uma tendência mundial, que registrou queda de 15% de portadores do HIV nos últimos cinco anos, a América Latina registrou considerável aumento.

O número total de portadores passou de 1,3 milhão, em 2001, para 1,5 milhão, em 2010.

Apesar do maior número de contaminados, o relatório evidência o aumento de pessoas que receberam tratamento antirretroviral, o que derrubou o número de óbitos em consequência da Aids.

Em 2010, o número de mortes na região foi de 67 mil, quantia inferior aos 83 mil do período entre 2001 e 2003.

Neste mesmo período, ocorreu uma queda da incidência do HIV entre os menores de 15 anos: de 47 mil portadores, em 2001, para 42 mil, em 2010.

O relatório mostra ainda queda na taxa de novos infectados, de 6,3 mil anuais para 3,9 mil, e de mortes relacionadas à Aids, que recuou de 4,4 mil para 2,7 mil anuais, entre 2001 e 2010.

AUMENTO ENTRE HOMENS
Neste contexto de dados positivos, a preocupação da ONU é com a propagação do vírus entre os homens que mantêm relações homossexuais, grupo em que a prevalência do vírus foi de 10% em nove dos 14 países da região na última década.

As taxas de portadores entre os homens gays chegam a 21% na Bolívia, 19% em regiões como Colômbia e Uruguai, e de 12% em dez cidades do Brasil.

Pelo relatório, os homens gays que fazem sexo sem proteção na América Latina possuem 33% mais possibilidades de contrair o HIV que a média da população masculina.

O problema de contágio não é restrito aos gays, destaca o relatório, isso porque muitos destes homens também mantêm relações sexuais com mulheres de maneira habitual.

Os autores do estudo da ONU denunciaram a escassez de programas nacionais que priorizem a prevenção da doença neste grupo social.

O Peru é o único país que dedicou mais de 5% de seu investimento à prevenção nesse grupo.

Gottfried Hirnschall, diretor do departamento de luta contra o HIV na OMS, assinalou que estes países devem superar o estigma sobre as relações homossexuais com campanhas contra a homofobia, uma medida que já apresentou resultados positivos no México, Brasil e Argentina.

Hirnschall declarou que esse estigma recai sobre os transexuais, um coletivo pouco informado em relação à incidência do HIV.

O relatório cita um estudo feito em 13 cidades da Argentina, que revelou taxas alarmantes de incidência do HIV entre os transexuais, já que 34% deste grupo que se prostituem são portadores do vírus.

Fonte Folhaonline

Na Europa, Aids se concentra em grupos marginalizados

Segundo um relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde), divulgado na quarta-feira, mais de 118 mil novos casos de pessoas infectadas pelo vírus HIV foram detectados em 2010 na Europa.

Mais de três quartos destes novos casos estão localizados no leste do continente, de acordo com dados de 51 dos 53 países do Escritório Regional para a Europa da OMS, com sede em Copenhague.

Os novos dados divulgados pela OMS e pelo ECDC (sigla do centro europeu de prevenção e controle de doenças) confirmam que a epidemia se concentra, sobretudo, em grupos sociais marginalizados, como os de alguns imigrantes, homossexuais e drogados.

O número de portadores do HIV na Europa se multiplicou desde 2001. Até o final de 2010 foram registrados 1,4 milhão de pessoas, contando 500 mil na Rússia e quase 180 mil em países sem registro antes de 2002-2004, como França, Itália e Espanha.

"As atividades atuais para reduzir as taxas de infecção por HIV não são suficientes para controlar e reverter a epidemia de HIV na Europa", assinalou em comunicado Zsuzsanna Jakab, diretora da OMS para a Europa.

Para frear o "aumento alarmante", os países do continente lançaram o Plano de Ação Europeu contra o HIV/Aids para 2012-2015, que pretende, entre outras coisas, conseguir o acesso universal à prevenção e ao tratamento do HIV.

Fonte Folhaonline

Falta de verbas ameaça avanços contra a Aids, diz ONU

A comunidade internacional fez na última década avanços extraordinários no combate à Aids, mas a atual escassez de verbas ameaça reverter esses progressos, disseram agências de saúde da ONU na quarta-feira.

Um relatório preparado pela OMS Organização Mundial da Saúde (OMS) e por outras agências, para ser divulgado por ocasião do Dia Mundial de Combate à Aids, disse que atualmente há 34 milhões de pessoas no mundo contaminadas pelo vírus HIV, que causa a doença.

A epidemia, diz o texto, representa um "formidável desafio", mas "a maré está virando". "As ferramentas para conseguir uma geração livre da Aids estão em nossas mãos", afirma o relatório.

O otimismo, no entanto, é atenuado pela crise que assola o Fundo Global para a Luta Contra a Aids, Tuberculose e Malária, instituição mista (pública-privada) que é a maior patrocinadora mundial de programas de prevenção e tratamento do HIV.

Recentemente, o fundo disse estar cancelando novas verbas para governos nacionais, e que novas concessões só serão feitas a partir de 2014.

De acordo com o relatório da ONU, o total de verbas destinadas ao combate à Aids caiu de US$ 15,9 bilhões em 2009 para US$ 15 bilhões em 2010. As agências calculam que, para 2015, o mundo precisaria de US$ 22 bilhões a US$ 24 bilhões para realizar ações abrangentes e eficazes contra a epidemia.

Em entrevista à Reuters em Londres, Gottfried Hirnschall, diretor da OMS para questões do HIV/Aids, disse que este é um momento crucial na luta contra a doença, aproveitando os avanços na redução de novas infecções e na distribuição de medicamentos aos pacientes.

Estudos divulgados nos últimos meses mostram que a agilidade no tratamento de novos pacientes é capaz de reduzir o ritmo de difusão do vírus nas populações.

"Este é realmente um ano animador, porque estamos vendo uma tendência de queda nessas áreas onde queremos ver tendências de queda [ nas novas infecções e na mortalidade], e estamos vendo tendências de alta onde gostaríamos de vê-las, principalmente nos índices de cobertura [dos tratamentos]", disse Hirnschall.

Dados divulgados na semana passada num estudo da Unaids (agência da ONU para o combate à doença) e no novo relatório desta quarta-feira mostram que o número de novas infecções pelo HIV caiu de 3,1 milhões em 2001 para 2,7 milhões em 2010. Já o número de pacientes com acesso aos medicamentos passou de apenas 400 mil em 2003 para 6,65 milhões no ano passado.

Hirnschall disse que os dados sugerem que a meta da OMS --acabar com as novas contaminações, com as mortes e com o estigma social ligado à doença-- poderá "se tornar realidade em um futuro não tão distante".

Fonte Folhaonline

Justiça proíbe marca de associar refrigerante a vida saudável

A Justiça de São Paulo proibiu, em primeira instância, a empresa Dolly do Brasil Refrigerantes de veicular propagandas dirigidas a crianças e adolescentes que associem o consumo de refrigerante a uma vida saudável. A decisão, do dia 12 de outubro, foi divulgada nesta quinta-feira pelo Ministério Publico. Cabe recurso.

A Promotoria de Justiça de Defesa dos Interesses Difusos e Coletivos da Infância e Juventude da Capital ajuizou a ação civil pública em março de 2010, alegando que as campanhas da marca associavam o consumo do seus produtos --que contém açúcar na composição-- a uma vida saudável.

Ainda de acordo com a Promotoria, as ações de marketing da empresa, divulgadas em datas comemorativas como Páscoa, Dia das Crianças e Natal, tinham como público-alvo as crianças.

Na sentença, a juíza Renata Bittencourt Couto da Costa, da Vara da Infância e da Juventude da Lapa, julgou procedentes os pedidos da Promotoria.

A decisão também obriga a fabricante a informar aos consumidores, de forma clara e ostensiva, que o consumo excessivo de açúcar pode prejudicar a saúde. Ela vale em todo o território nacional.

A multa estabelecida por descumprimento da sentença é de R$ 1 milhão.

Fonte Folhaonline

Tailândia tem museu do preservativo voltado para o público jovem

A Tailândia possui um museu do preservativo, uma instituição didática para conscientizar os jovens e, ao mesmo tempo, lembrar a contribuição desse dispositivo contra a pandemia da Aids nos anos 90.

"Em geral, os tailandeses tem vergonha de comprar preservativos, mas o maior constrangimento existe entre os jovens", explicou à agência de notícias Efe a médica Supawan Chongthamawat, responsável pelo Departamento de Ciências Médicas do local.

Dados da ONU indicam que cerca de 70% das doenças venéreas atingem a população com idade entre 15 e 35 anos, mas a maioria dos jovens tailandeses não percebe o HIV como um risco que pode atingi-los. Prova disso é que de 20% a 30% deles fazem uso do preservativo.

A médica reconhece que, se muitos tailandeses, principalmente as mulheres, têm vergonha de comprar preservativos, o mesmo sentimento existe na hora de pensar em visitar o museu, situado na província de Nonthaburi, próximo a Bangcoc.

"Criamos o museu há dois anos para reunir informação de campanhas e promover o uso do preservativo nos últimos 20 anos, além de mostrar como os controles de qualidade são feitos", afirmou Supawan.

A primeira sala de aula do museu, instalado em um prédio oficial entre laboratórios e cientistas de jalecos brancos, exibe um histórico dos preservativos masculinos e femininos, lubrificantes, alongador de pênis e antigos anúncios.

A visita, com direito a explicações de Supawan, continua pelos laboratórios, onde a resistência dos preservativos é testada.

Em outro setor, uma assistente coloca os preservativos em uma máquina que os enche com 300 mililitros de água e depois os massageia com uma toalha para comprovar a elasticidade.

Esse laboratório controla a qualidade dos preservativos fabricados na Tailândia, um dos maiores produtores do mundo.

De cada 315 preservativos submetidos aos testes, de dois a três estouram, percentual inferior a 1% de probabilidade de rasgarem durante as relações sexuais.

LARGURA
Supawan indica que, ao contrário do que muitos pensam, o elemento mais importante para os preservativos não rasgarem não é o comprimento, mais a largura, que oscila entre 49 e 56 milímetros em geral.

As autoridades tailandesas estão fabricando preservativos de 45 milímetros para adolescentes com idades entre 13 e 15 anos, diante do aumento dos tailandeses dessa faixa etária que mantêm relações sexuais.

Após detectar o primeiro caso de Aids em 1984 e principalmente no início da década de 90, a Tailândia sofreu uma forte propagação da epidemia, contida graças as intensas campanhas de prevenção, principalmente nos bordéis.

De acordo com a ONU, 98% das prostitutas tailandesas usam atualmente o preservativo, contra 14% em 1989.

O objetivo do governo é reduzir o número de contágios de doenças sexualmente transmissíveis, incluindo o HIV, das 10 mil infecções anuais atuais para 3.000, além de conscientizar os jovens e acabar com o estigma social que ainda sofrem as vítimas da Aids.

Fonte Folhaonline

Para 20% dos paulistanos, só gays e prostitutas pegam Aids

Símbolo de prevenção contra a Aids é colocada no Edifício Itália, na região central de São Paulo; veja galeria de fotos
Homossexuais e prostitutas são os únicos com risco de contrair o vírus HIV, segundo 19,2% da população da cidade de São Paulo.

O dado é de uma pesquisa feita com 2.002 pessoas, encomendada pelo Programa Municipal de DST/Aids de São Paulo à agência Case.

"Isso mostra que as pessoas acham que não são vulneráveis ao vírus. É importante continuar investindo na ideia de que não há grupo de risco", afirma Celso Monteiro, coordenador do programa.

A mesma pesquisa mostra que 11% dos entrevistado sempre têm resistência a usar camisinha e 14%, às vezes.

"É preciso associar o uso do preservativo ao autocuidado, e não só à prevenção contra uma doença."

Um outro estudo feito com cerca de 1.500 usuários da rede municipal de assistência a portadores de HIV mostra que 9% dos soropositivos levaram mais de seis meses para buscar tratamento após receber o resultado do teste.

O receio de tomar as drogas antirretrovirais foi o motivo mais citado para a demora. "Eles têm medo dos efeitos colaterais e de ter de tomar remédio várias vezes ao dia", afirma a infectologista Zarifa Khoury, coordenadora de assistência do Programa de DST/Aids de São Paulo e autora do estudo.

O efeito mais temido pelos pacientes foi a lipodistrofia, que causa acúmulo de gordura em costas, seios e abdome. "É um problema estético, mas indica o medo da estigmatização, de que as pessoas percebam que eles têm Aids."

O problema pode ser contornado com exercícios. Para Khoury, as campanhas anti-HIV precisam esclarecer o público sobre o tratamento.

Fonte Folhaonline

Governo federal lança campanha contra a aids com foco nos jovens homossexuais

No Dia Mundial de Luta Contra a Aids, o Ministério da Saúde lançou a campanha nacional de combate à doença com foco nos jovens gays.

No último ano, os casos de aids entre gays e travestis de 15 a 24 anos cresceram 10,1%. Para cada 16 homossexuais nessa faixa etária com a doença, havia dez heterossexuais no ano passado. Em 1998, essa razão era de 12 para dez.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou do lançamento da campanha, na abertura da 14ª Conferência Nacional de Saúde. Com o slogan “A Aids Não Tem Preconceito. Previna-se”, o governo pretende usar as redes sociais e a internet para aproximar a campanha do público jovem, além dos tradicionais informes na televisão e rádio, segundo Karen Bruxck coordenadora de Vigilância, Informação e Pesquisa do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, vinculado ao ministério.

Em relação ao aumento de casos nesse público, o governo atribui a um descuido dos jovens com a prevenção, relacionado ao fato de não terem vivido o início da epidemia da aids no Brasil, quando a sobrevida das pessoas com HIV era menor e os danos causados pela doença eram mais aparentes. De acordo com Karen Bruck, a maioria não procura fazer a testagem “por achar que não corre risco” de contrair a aids.

Para o presidente da organização não governamental Grupo Pela Vidda de São Paulo, Mário Scheffer, o governo demorou para dedicar uma campanha com enfoque nos gays. “É um equívoco do ministério insistir na vulnerabilidade universal. A aids é concentrada em alguns grupos, que estão mais vulneráveis”, disse.

De acordo com ele, o governo precisa dar respostas mais consistentes para conter o aumento de casos entre os homossexuais. Uma das sugestões é promover a ida de agentes de saúde aos locais frequentados por esses grupos. “É chegar a essa população sem estigmatizar”, alertou.

Fonte Agência Brasil

Pediatria e ginecologia são especialidades que predominam entre os médicos

Um quarto dos médicos especializados no Brasil são pediatras ou ginecologistas e obstetras. É o que constatou censo feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).

No Brasil, 204.563 médicos têm pelo menos um título de especialização, o equivalente a 55% do total de profissionais em atividade. Dentro desse universo, os pediatras e ginecologistas respondem por 24,4%.

As outras especialidades mais procuradas são anestesiologia, cirurgia geral, clínica médica, ortopedia e traumatologia, oftalmologia, medicina do trabalho, cardiologia, radiologia e diagnóstico por imagem. O estudo não avalia se existe falta ou excesso de profissionais em determinada especialidade.

De acordo com o censo médico, os especialistas estão concentrados na Região Sul, onde há 1,95 médico com especialização para um generalista. No Norte e Nordeste, há menos de um especialista por profissional generalista. A média nacional é 1,23 especialista por generalista. Em 12 estados, existem mais médicos generalistas, entre eles o Amazonas, Tocantins, Rio de Janeiro, Acre e o Maranhão.

Fonte Agência Brasil

Governo cria política para atendimento centralizado da comunidade LGBT no Sistema Único de Saúde

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou ontem (1º) portaria que cria a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) no Sistema Único de Saúde (SUS).

A política prevê, entre outras ações, acesso a técnicas modernas para o processo transexualizador (mudança de sexo), redução de problemas causados pelo uso prolongado de hormônios femininos e masculinos para travestis e transexuais, prevenção de câncer de mama e útero entre lésbicas e mulheres bissexuais e diminuição dos casos de câncer de próstata entre gays, homens bissexuais, travestis e transexuais.

A rede pública já oferece esses serviços, porém de maneira descentralizada – agora serão reunidos em uma única política. “Se a sociedade brasileira ainda vive o preconceito, o SUS não pode admitir preconceito”, disse Padilha, durante a abertura da 14º Conferência Nacional de Saúde, que reúne autoridades de saúde e representantes da sociedade civil até domingo (4).

O governo também lançou, nesta quinta-feira, a Campanha Nacional de Combate à Aids, com foco em jovens gays de 15 a 24 anos. No último ano, a taxa de infecção nesse grupo cresceu 10,1%. Para cada dez heterossexuais dessa faixa etária com a doença, existem 16 homossexuais. A campanha aposta nas redes sociais e na internet para alertar o público gay sobre a prevenção.

O lançamento coincide com o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Existem 34 milhões de pessoas no mundo com aids, 17% a mais em comparação a 2001, segundo o Programa das Nações Unidas para Aids (Unaids).

No entanto, o órgão aponta queda de 21% nas mortes – que caíram de 2,2 milhões, em 2000, para 1,8 milhão em 2010 – e redução de 15% nas novas infecções nos últimos dez anos, que somaram 1,2 milhão no ano passado. Na América Latina, a doença permanece estável, conforme o relatório. Dos adultos infectados que vivem na região, 36% são mulheres.

Fonte Agência Brasil

Campanha leva para a Central do Brasil stand de teste rápido de detecção da aids

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro promoveu ontem (1º) várias ações de prevenção para marcar o Dia Mundial de Luta contra a Aids.

A campanha Fique Sabendo, por exemplo, tem como objetivo tirar dúvidas sobre doenças sexualmente transmissíveis (DST) e estimular o público a fazer testes rápidos de detecção do vírus HIV. Os estandes foram montados na estação de trem Central do Brasil, de grande concentração de público, no centro do Rio.

De acordo com superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Saúde do estado, Alexandre Chieppe, os estandes têm sala de coleta e local para atendimentos específicos, de acordo com cada caso. “Toda pessoa que vai fazer o teste passa por algumas etapas. Essas etapas envolvem um pré-aconselhamento, no qual é passado para ela, por exemplo, o que é a doença, o que é o teste, além de avaliar se a pessoa está preparada para fazer o exame, para receber o resultado”, disse.

Chieppe lembra que, quanto antes a doença for diagnosticada, mais cedo a pessoa terá acesso ao serviço de saúde para iniciar o tratamento. “O diagnóstico permite que pessoas portadoras do vírus [HIV] tenham acesso precoce ao serviço de saúde para que façam o tratamento. Mesmo para as pessoas que tenham o resultado negativo, é a oportunidade que a gente tem de conversar com elas e de explicar as formas de prevenção".

Apesar dos avanços tecnológicos, os números da aids ainda são preocupantes. Segundo o Ministério da Saúde, até junho foram registrados 608.230 casos no país. A taxa de mortes ficou estável, com cerca de 1,5 casos. No estado do Rio foram notificados 70,6 mil casos desde o início da epidemia, em 1982.

Fonte Agência Brasil

Exame da próstata (toque retal)

O que é
Exame que consiste na apalpação da próstata, glândula localizada abaixo da bexiga, próximo ao reto (parte final do intestino).

Para que serve
A principal função exame é detectar a hiperplasia benigna da próstata (aumento da próstata) e o câncer da próstata. Além do toque retal, também são usados no diagnóstico o exame PSA. Quando o urologista percebe uma alteração suspeita nestes dois exames, é recomendada uma biópsia da próstata.

Como é feito
O médico introduz o dedo indicador (protegido com o uso de uma luva cirúrgica) no ânus do paciente para tocar a parte anterior do reto, onde está a próstata. Caso perceba aumento, endurecimento ou nódulos na glândula ele pode recomendar outros exames para investigar se a alteração é um tumor ou não.

Valores de referência
O resultado é informado ao paciente na própria consulta com o médico.

Fonte IG

Máquinas de venda automática influenciam a dieta das crianças

Comer um almoço escolar retirado de uma máquina pode ser um quebra-galho, mas também tem efeitos de longo prazo na dieta das crianças.

Os alimentos vendidos nas máquinas automáticas de escolas públicas influenciam a dieta das crianças que os consomem e podem afetar a dieta total e a saúde, de acordo com um estudo recente. O estudo, que os autores dizem ser o primeiro a examinar esse tópico com uma amostra nacionalmente representativa, foi publicado na edição de janeiro do Journal of Adolescent Health.

Oitenta e três por cento das 152 escolas amostradas tinham máquinas automáticas que vendiam, principalmente, alimentos de valores nutritivos mínimos (refrigerantes, batatas fritas e doces). As crianças mais novas foram mais influenciadas pelo tipo de alimento vendido nessas máquinas. Quando havia frutas e vegetais disponíveis, as crianças os comiam. Quando havia doces disponíveis, elas optavam por estes.

Segundo o estudo, nos primeiros anos escolares, as máquinas automáticas foram positiva ou negativamente relacionadas à dieta dos estudantes, dependendo do que era vendido nelas.

As escolas, de acordo com o estudo, ocupam uma posição com forte poder de influenciar a dieta das crianças durante uma grande parte do dia. Portanto, é preciso prestar atenção aos alimentos que vendem numa tentativa de melhorar a dieta das crianças.

Muitos dentistas estão preocupados com o fato de seus pacientes estarem consumindo números recordes de refrigerantes contendo açúcar, sucos de frutas açucarados e lanches não nutritivos que afetam os dentes, de acordo com a Associação Dental Americana. Esses itens geralmente têm pouco ou nenhum valor nutritivo e, com o tempo, poderão causar prejuízos aos dentes. Segundo a ADA, os padrões de alimentação e as escolhas de alimentos entre crianças e adolescentes são fatores importantes que afetam a rapidez com que os mais jovens poderão desenvolver cárie dentária.

Fonte colgate.com.br

Piercings linguais de aço podem carregar risco adicional

Os piercings linguais não apenas oferecem perigos como dentes lascados e fraturados, danos à gengiva, doença periodontal e problemas com a fala, deglutição e mastigação, mas também podem abrigar biofilme bucal – aumentando os riscos de infecção.

Pesquisadores na Áustria estudaram 85 pessoas com piercings linguais. Após examinar a saúde bucal dos participantes, eles distribuíram aleatoriamente a eles piercings estéreis feitos de quatro diferentes materiais: aço inoxidável, titânio e dois tipos de plástico. Os participantes foram examinados novamente após duas semanas.

Os cientistas verificaram que embora os canais dos piercings dos participantes apresentassem baixas contagens bacterianas, os piercings feitos de aço pareceram promover o desenvolvimento de um biofilme – uma fina camada de micro-organismos que adere à superfície de uma estrutura. Tipos de bactérias associadas com infecções por estafilococos foram encontrados nos piercings de aço e titânio, levando os pesquisadores a concluir que os pinos de metal aumentam os riscos de complicações caso o canal do piercing fique infectado.

A ADA adverte contra os piercings bucais – incluindo aqueles de língua, lábios, bochechas e úvula – pois eles podem interferir na fala, mastigação e deglutição. Eles podem, ainda, causar complicações como salivação excessiva; infecção; dentes lascados ou fraturados; lesões gengivais; sangramento descontrolado; danos às restaurações; danos nervosos; e hipersensibilidade a metais.

Fonte colgate.com.br

O papel da dieta na saúde bucal

Mudar seus hábitos alimentares pode ajudar a reduzir o risco de cárie dentária. A edição de dezembro de 2010 do Journal of the American Dental Association lembra aos pacientes que ter uma dieta balanceada é importante para manter um sorriso saudável.

A cárie é causada pela placa – um fino filme de bactérias que recobre os dentes. Depois que você come ou bebe, a placa bacteriana digere os açúcares e produz ácidos que enfraquecem o esmalte dentário. Quanto mais você consome alimentos e bebidas que contêm açúcar, maior é o risco de desenvolver placa e acabar formando cárie. A melhor maneira de proteger seus dentes contra a placa é ficar de olho na quantidade de açúcar da sua dieta.

Praticamente todos os alimentos, incluindo leite e vegetais, têm algum tipo de açúcar, porém, para controlar a quantidade de açúcar que você consome, leia os rótulos e escolha os alimentos e bebidas que contêm pouca adição de açúcar. A adição de açúcar é frequente em refrigerantes, balas, biscoitos e doces.

Para contrabalançar, é importante escovar os dentes pelo menos duas vezes ao dia e limpar entre os dentes com fio dental. Quando a placa se forma, ela pode fazer as gengivas sangrarem ou incharem – o que, se não tratado, pode levar à doença gengival e perda dental.

Se em sua dieta faltarem alguns nutrientes, poderá ser mais difícil para os tecidos da boca resistirem à infecção. Embora a má nutrição não cause a doença gengival (periodontal) de maneira direta, muitos pesquisadores acreditam que a doença progrida mais rapidamente e possa ser mais severa em pessoas com dieta pobre em nutrientes.

Fonte colgate.com.br

Doenças no ambiente de trabalho

Doenças crônicas que exigem monitoramento ou cuidados especiais não devem afetar a sua carreira nem prejudicar seu desempenho

Paulo*, 42 anos, analista fiscal de uma empresa de transporte de bens* foi demitido após a quarta vez consecutiva em que chegou atrasado ao escritório. No departamento de Recursos Humanos, ele explicou que o motivo dos atrasos constantes era a doença que estava tratando há mais de quatro anos: alcoolismo. O diretor de RH da empresa, que prefere não se identificar, interveio e Paulo não foi demitido. “Em vez disso, optamos por acompanhar o caso de perto, oferecendo inclusive benefícios extras, como tratamento psicológico. Afinal de contas, o funcionário tinha quase 10 anos de casa e sempre teve conduta exemplar”, justifica o diretor de RH.

Situações assim são exemplares, mas não são regra no mercado de trabalho. Na falta de legislação específica, cada empresa elabora suas próprias políticas internas para lidar com esses casos e, portanto, a postura do trabalhador é decisiva nesta relação delicada. “Geralmente os empregadores criam políticas específicas para funcionários portadores de doenças que exigem tratamento diferenciado. Por exemplo, no caso da diabetes, que atinge 12% da população do Brasil (segundo dados de 2008), algumas companhias adotam até mesmo cardápios especiais, com o intuito de auxiliar no controle dos níveis de glicose no sangue”, diz Marcos Minoru Nakatsugawa, executivo de RH e presidente em exercício do Centro Avançado de Profissionais de Recursos Humanos (CEAP– RH).

Nem todo portador desse tipo de doença, no entanto, reconhece a necessidade de cuidados especiais no trabalho. O diabetes de Matheus Lopes, 27 anos, editor de vídeo da agência Novacia, em São Paulo, foi diagnosticado ainda na infância e a questão no ambiente de trabalho só complica na hora de incluir sua rotina médica no dia a dia da agência. “Na realidade, nunca imaginei a doença como sendo um problema em potencial para um empregador, por isso nunca tratei desse detalhe em uma entrevista de emprego, sempre foquei as entrevistas apenas nos aspectos profissionais. Minha grande preocupação é inserir na falta de rotina da minha área o cuidado com a alimentação e as três aplicações diárias de insulina”, conta.

Exatamente por isso, Marcos Minoru acredita que o ideal é que o candidato portador de alguma doença crônica que exija monitoramento especial, como diabetes, cardiopatias, esclerose múltipla, síndrome do pânico e demais quadros de depressão, câncer etc, informe a condição durante o processo seletivo. “Isso para que a empresa planeje as contramedidas que precisa implementar para garantir a salvaguarda física e emocional do profissional, por meio da adoção de programas específicos de controle e tratamento dessas doenças”, afirma.

O medo existe
“Sofro de transtorno bipolar há cerca de 10 anos e isso é um problema porque sei que terei que omitir esta informação na hora de conseguir um emprego. Além do mais, o tratamento pode atrapalhar meu desempenho porque alguns medicamentos apresentam efeitos colaterais, como sono”, conta Aline Silva, 31 anos, pedagoga. Ela trabalha atualmente em uma agência da Previdência Social. Neste e em empregos anteriores ela informou ao médico apenas no momento do exame admissional que fazia tratamento com antidepressivos. “Eles me pediram laudos do psicólogo e do psiquiatra que atestassem que eu poderia exercer a função. Mas acredito que mais difícil do que conseguir o emprego é mantê-lo. Afinal, durante as crises é bem difícil manter a rotina, inclusive a de trabalho, e isso não é bem visto”, acredita.

O estigma de que as empresas não veem com bons olhos certos históricos médicos vem do fato de que certas doenças não são amparadas pela legislação. “É o caso do HIV, doenças cardíacas, câncer, diabetes, depressão, alcoolismo e outras congênitas”, explica Edson Pinto, advogado especialista em tributos e diretor do Escritório Edson Pinto Advogados. Segundo o advogado, para justificar a manutenção do empregado no trabalho, tem sido usado como argumentação o dever de manter a dignidade da pessoa, segundo ele, “uma das causas pétreas da Constituição Federal”. “Além do mais, as empresas não podem recusar candidatos com esse perfil, de forma expressa, sob pena de recair em responsabilidade civil pré-contratual, com possível condenação a dano moral”, acrescenta.

A gerente de Recursos Humanos, Carolina Cardoso, vai além e afirma que estas doenças, quando controladas e com acompanhamento médico, não atrapalham no desenvolvimento da carreira. “De acordo com a minha experiência, considero que tanto a empresa quanto o candidato devem ser transparentes e éticos no momento da entrevista, assim como no decorrer do desenvolvimento dentro da organização”, diz.

Existem precedentes jurídicos favoráveis aos portadores desse tipo de doença crônica. Recentemente, um portador de doença cardíaca conseguir provar na Justiça do Trabalho que sua demissão foi discriminatória. Além do emprego de volta, ele também conseguiu o direito a uma indenização por danos morais.

Do lado da lei
Comentando esse caso, Viviane Bender, advogada trabalhista do escritório Santos Sales, confirmou que em casos semelhantes, a legislação trabalhista vigente no Brasil assegura a reintegração ao emprego do trabalhador. O tratamento deve ser o mesmo dado aos casos de doenças profissionais, mesmo que a doença crônica não tenha qualquer relação com o tipo de trabalho. “O empregador do portador de cardiopatia foi condenado p- Quando voltar ao trabalho é motivo de doençaorque havia conhecimento da empresa quanto à doença e porque a demissão aconteceu quando o quadro clínico do empregado encontrava-se agravado”, detalha.

De acordo com os advogados, pelo fato de não existir lei específica a respeito destes casos, fica por conta dos empregadores a concessão de tratamentos. “Porém, se este empregado deseja reivindicar o auxílio-doença, a melhor forma é perante a Previdência Social. Considerando que a cobertura de algumas doenças pode ser negada pelo INSS, o funcionário poderá fazer tratamentos mediante apresentação de atestado médico aceito pela empresa”, conclui Edson.

* Os nomes foram trocados e/ou omitidos a pedido dos entrevistados

Fonte IG

Como lidar com chefes mulheres?

O que pensam os homens sobre a crescente presença feminina em postos de chefia

Se no passado elas já se desdobravam em mil para dar conta da casa, do marido e dos filhos, hoje as mulheres estão ainda mais versáteis. Não só entraram com tudo no mercado de trabalho nas últimas décadas como vêm assumindo cada vez mais posições de destaque dentro das grandes empresas e instituições brasileiras. Uma pesquisa da Fundação Seade, de São Paulo, confirma: o número de mulheres em cargos de chefia tem aumentado. Nos últimos anos, o percentual passou de 13,5 para 30%. Mas e os homens, o que pensam a respeito? Como encaram a presença feminina liderando equipes e tomando importantes decisões no mundo dos negócios?

“Em geral, as mulheres são mais exigentes e quando estão em um posto de chefia, muitas vezes são mais duronas do que os próprios homens" Marshall Raffa, executivo

Marshal Raffa, diretor executivo da Ricardo Xavier Recursos Humanos, afirma que esse crescimento significativo do número de mulheres em cargos de chefia sinaliza não só uma mudança de cultura dentro das empresas como também ressalta o nível de competência dessas profissionais. "A sociedade ainda está se transformando. É claro que a presença masculina em posições de destaque ainda é maior, mas não podemos negar que é crescente o número de mulheres que vem liderando equipes nas grandes empresas. Por isso, hoje observamos que o mercado está mais preocupado com a qualidade do líder e com os resultados que ele deve atingir, independente de esse líder ser homem ou mulher", ressalta.

No entanto, segundo Raffa, quando estão no comando, as mulheres precisam atingir um nível de comprometimento e de superação muito maior do que os homens. Precisam provar que estão naquela posição não por algum tipo de favorecimento ou privilégio, mas sim por mérito próprio. "O preconceito já foi maior, mas ainda existe. Isso porque durante muito tempo a mulher foi vista como frágil, insegura e emotiva. O que as pessoas precisam entender é que se a mulher alcançou um cargo de liderança dentro de uma empresa é porque ela sabe perfeitamente conciliar - e separar - o lado profissional e o lado pessoal", garante.

O diretor da Ricardo Xavier acredita que é da natureza feminina cobrar mais de si e do outro. "Em geral, as mulheres são mais exigentes e quando estão em um posto de chefia, muitas vezes são mais duronas do que os próprios homens", diz.

“O homem foca mais nos objetivos, nos resultados; a mulher costuma olhar mais para o contexto todo” Sidnei Cardoso, executivo

Para Sidnei Cardoso, executivo em uma multinacional no Rio de Janeiro, esse comportamento pode acabar sendo prejudicial para a própria mulher. "Já tive chefes de ambos os sexos e percebo que algumas mulheres tentam imitar os homens, ou seja, assumem uma atitude mais masculina no trabalho. Isso gera um conflito interno quando saem do ambiente profissional e vão para casa", diz.

Sidnei considera que as mulheres possuem uma visão mais abrangente quando estão ocupando um cargo de liderança. "O homem foca mais nos objetivos, nos resultados; a mulher costuma olhar mais para o contexto todo. Se ela precisa atingir uma meta em um determinado trimestre, por exemplo, já está pensando também no trimestre seguinte", opina. Essa visão feminina mais "macro", segundo Mariana Horno, gerente da divisão de Legal da Robert Half, empresa especializada em recrutamento de executivos para média e alta gerência, de fato é uma característica das mulheres "chefas". "O homem tem um perfil mais empreendedor, impulsivo e racional na hora de tomar uma decisão. Já a mulher pondera mais e avalia todas as consequências antes de bater o martelo", observa.

“Nos trabalhos liderados por mulheres o feedback é mais espontâneo” Juca San Martin, biólogo

Tanto Marshal Raffa quanto Mariana Horno afirmam que as mulheres costumam ser mais abertas ao diálogo quando são chefes. "Os feedbacks são muito importantes e frequentes quando uma mulher é líder. Ela geralmente gosta tanto de dividir suas impressões com seus subordinados quanto de ouvir as opiniões da equipe", diz Raffa. Mariana complementa: "A mulher lida melhor com essa questão de ego, é mais humilde e está sempre aberta a receber ajuda e a melhorar".

Juca San Martin, biólogo e doutorando em Botânica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), identifica essa pré-disposição feminina em promover o diálogo e conceder retornos imediatos no ambiente profissional. "Sempre senti mais necessidade de receber elogios de chefes homens. Acho que quando os trabalhos são liderados por mulheres, os feedbacks são mais espontâneos e frequentes. Já em projetos liderados por homens, isso não é corriqueiro. As mulheres conseguem separar melhor as etapas de um trabalho e vão dando sinais no decorrer do processo, enquanto os homens precisam ver a coisa pronta pra dar um feedback", avalia.

“As mulheres têm humor mais instável do que os homens” Helio Burzaca, empresário

Para o industrial Hélio Burzaca, as mulheres têm mais instabilidade de humor do que os homens. "Existe uma coisa de querer agradar a todos, de buscar uma aceitação que às vezes foge do âmbito profissional", opina. Ele lembra que teve uma chefe que não se contentava em manter uma relação amistosa com seus subordinados somente no trabalho. "Ela queria que todos gostassem dela a qualquer custo, mas meu santo não batia. Claro que eu a respeitava e cumpria com minhas obrigações no trabalho, apenas não via sentido em transformar aquela relação profissional em uma amizade", explica.

“É um paradigma que assombra muitos homens: se reportar a uma mulher e, eventualmente, pedir ajuda; mexe com o ego” Marshall Raffa, executivo

Raffa diz que quando uma mulher é promovida em uma empresa e passa a gerenciar um time, muitas vezes seus subordinados homens apresentam, de imediato, certa dificuldade para expor dúvidas e dificuldades que podem surgir no dia a dia. "É um paradigma que assombra muitos homens: se reportar a uma mulher e, eventualmente precisar pedir ajuda, mexe com o ego. Mas isso costuma ser amenizado com o tempo", avalia.

O biólogo Juca San Martin conta que nunca se sentiu intimidado na hora de expor dúvidas e pedir orientações para sua ex-chefe. "Pelo contrário: com ela aprendi a nunca ter medo de aprender", diz. Segundo ele, quando são chefes, as mulheres se envolvem tanto com o que fazem que fica difícil separar trabalho e lazer. "Claro que estou falando de um nicho específico, pois pesquisadores costumam se envolver demais com o trabalho. A verdade é que somos apaixonados pelo que fazemos e nos divertimos trabalhando", complementa.

Fonte IG

Dossiê dos chefes insuportáveis

Escritor lista os tipos de chefes mais odiados e estratégias para não enlouquecer com eles

A partir do ponto de vista do subordinado, chefe bom não existe. Pelo menos de acordo com Beto Ribeiro, autor do livro “Eu odeio meu chefe!”, da editora Universo dos Livros. “No Brasil, onde todo mundo é emotivo, a gente tende a achar que o chefe é amigão, parceiro”, afirma. “Mas chefe bom é o que consegue realizar as metas da empresa. E se precisar fazer cortes e dar promoção a outro, ele vai fazer”, acredita o escritor.

Ribeiro também é autor de “Poder S.A. – Histórias Possíveis do Mundo Corporativo”, obra que inspirou boa parte dos 23 chefes perfilados em seu novo livro. “Muitas histórias vêm de leitores e relatos de amigos e pessoas próximas”, diz. Ribeiro acredita que, se esses chefes são tão comuns, é porque, no fundo, eles têm lugar no mercado de trabalho.

Para encarar chefes terríveis de maneira leve e bem-humorada, o autor sugere como lidar com cada um dos tipos e ainda ensina pequenas vinganças, como deixar todos os dias de manhã um copo usado de café sobre a mesa dele. “Já fizeram isso comigo. A do copinho de plástico eu não suporto”, diverte-se Ribeiro. “Todos os exemplos são tirados da vida real.” E a principal dica: manter a rotina com bom humor. “Fica mais fácil de levar as coisas”, acredita o autor, que comenta dez perfis ao Delas.

Chefe Indicação
Imagine uma tartaruga em cima do poste. Se ela chegou lá, alguém a colocou. Logo, só vai sair se alguém tirá-la do topo. É como funciona o Chefe Indicação. “Está na mesa de chefe porque tem boas conexões”, diz Ribeiro. Geralmente, é parente ou amigo do dono, costuma não entender nada do trabalho do qual é responsável e chega a atrapalhar a equipe.

Às vezes, é até melhor quando esse tipo de chefe não interfere muito, porque atrapalha menos. Para sobreviver e crescer numa empresa com um Chefe Indicação, o melhor a fazer é ajudá-lo no que puder e se tornar o seu braço direito. Se ele confiar, você pode ganhar proteção. De repente, até consegue até migrar para uma área melhor...

Chefe Não!
Diz "não" para tudo, independentemente do pedido ou projeto. Parte disso é só pose, o objetivo é manter os subordinados quietinhos e trabalhando sem questionamentos. O "não" é usado como forma de intimidar e barrar os funcionários “chatos” que têm mania de inovar. São comuns em empresas S/A, com marcas importantes e reconhecidas no mercado, mas com pouca inovação. Para lidar com esse chefe, ganhe pelo cansaço. “Tente perguntar ‘por que não?’ e veja-o escorregar na própria armadilha”, sugere Ribeiro. A tendência é ele dizer "sim" só para se ver livre de você.

Chefe Novela Mexicana
Como todo mundo, tem problemas no casamento, com os filhos, o carro que precisa ser levado na oficina, exames médicos... Mas faz questão de resolvê-los em alto volume no telefone da empresa. “Tudo é um drama na vida dessa pessoa”, resume Ribeiro. O funcionário que for esperto vai se oferecer para cuidar de algumas tarefinhas do chefe Novela Mexicana para que ele possa resolver sua complicada e turbulenta vida pessoal. “Sempre que perguntarem onde seu chefe está, diga apenas “Não sei...” e mostre desconforto no olhar”, recomenda Ribeiro. Para ele, chefe que deixa a equipe se estrepando sozinha não merece lealdade.

Chefe Tropa de Elite
Ele vai tentar de todas as maneiras fazer seus funcionários “pedirem para sair”. Pressão máxima é com ele mesmo. Se você trabalha com um Capitão Nascimento de gravatas, essa pode ser uma excelente oportunidade para exercitar a humildade: as ideias dele sempre serão melhores e você terá o desempenho avaliado abaixo do esperado, invariavelmente. Esses chefes costumam ser encontrados em indústrias que cobram altos resultados, como bebidas, varejo e as pontocom. Se você se sente muito incomodado e isso afeta sua saúde mental ou física, então não tem jeito: “Peça demissão. Esse tipo de chefe não vai mudar e ainda tem todo o apoio da diretoria”, afirma Ribeiro.

Chefe 171
Difícil de identificar. Geralmente, os chefes 171 são talentosos nos golpes e na arte da enrolação. “Dá espaço” para a equipe resolver os problemas e aparecem para colher os louros. Como têm bom trato social, acabam queridos por todos, mesmo não primando pela ética, caráter e comprometimento. “É o tipo canastrão que leva seu ‘time’ para a churrascaria no fim do ano e comemora os resultados. Para a conta, pede nota mais alta e solicita reembolso da empresa”, diz. Muito cuidado ao tentar desmascarar esse chefe: ele é capaz de contornar a situação e fazer a equipe se dar mal.

Chefe Vergonha Alheia
Lembra muito o Michael Scott, gerente da Dunder Mifflin, a fábrica de papel onde ocorrem os episódios da série americana The Office. Piadas inconvenientes, intimidade forçada, exagero na bebida do happy hour da equipe e todo tipo de situação vergonhosa pode acontecer sob a tutela dele.

Não é uma má pessoa, mas é inconveniente. “Um constrangimento só”, de acordo com Ribeiro. Florescem em empresas que começaram pequenas e depois crescem muito. A melhor forma de lidar com o Vergonha Alheia é frear maiores envolvimentos.

Chefe Ao Mestre com Carinho
Nada mais edificante do que um superior que compartilha conhecimento e experiência de vida, mas o Ao Mestre com Carinho vai além. O problema desse tipo de chefe é que ele divide tudo, inclusive com quem não quer ouvir. “É um paizão, adora ensinar os outros”, diz o autor de “Odeio meu chefe”. “Até porque só ele sabe fazer as coisas”, diz Ribeiro. Abunda em departamentos burocráticos, como jurídico, financeiro e administrativo. O melhor a fazer é aprender o que puder absorver e deixar que ele brilhe da forma que tanto almeja.

Chefe Dono
É fácil encontrá-los nas empresas de família, as que têm o sobrenome dos donos ou que abriram várias filiais pelo país, em ramos como comida rápida, roupa ou pequenas redes de supermercado. “Ele adora ser ‘o dono da empresa’, do seu trabalho e, se você deixar, da sua vida também”, descreve Ribeiro. Ou você entra no jogo ou pula fora do barco, porque nessa gestão centralizada, quem dá as regras é ele.

Chefe Sonhar não custa nada
Projetos revolucionários, ideias inovadoras, contratações para montar o dream team. Na cabeça dele, a diretoria vai aprovar o orçamento pedido e todos os seus sonhos se tornarão realidade – até que a dura realidade vai obrigá-lo a acordar: nada disso vai acontecer.

“Não embarque na onda do chefe Sonhar Não Custa Nada”, diz Ribeiro. Para o autor, o melhor a fazer é se fingir de morto até esse chefe ser substituído, porque em geral, a duração desse tipo numa empresa é curta, já que os resultados costumam não aparecer.

Chefe Grito
Ele já chega gritando, e nas melhores manhãs, até o “bom-dia” tende a ser áspero. A gritaria começa com a recepcionista, passa pelo estagiário, gerentes e segue empresa afora – claro que ele vai gritar com você também, tendo motivo ou não. Se receber uma chamada de telemarketing, ele vai atender aos berros, e pode contar que você vai saber de todos os problemas pessoais da vida do sujeito – a conta da tevê a cabo que veio errada, a empregada que faltou, o filho que ficou de recuperação. Beto aconselha gritar mais alto. “Geralmente esses bobos têm a autoestima muito baixa”, ressalta. Se não funcionar, você perde o emprego, mas pelo menos gritou de volta.

Fonte IG

“Meu primeiro namorado me contaminou com o vírus HIV”

Carina Penha, 30 anos, está no grupo eleito como um dos mais vulneráveis à aids: as mulheres jovens

Carina queria ser Cinderela. Uma princesa do tipo moleca, que gostava de subir em árvores quando menina, mas sonhava com a chegada do príncipe e do casamento com véu e grinalda.

No conto de fadas em que vivia, no município de Caxias do Sul (RS), não imaginava que o primeiro namorado iria apresentá-la ao vírus causador da aids e infectá-la com uma doença que parecia, naqueles tempos, ser personagem só de história de terror.

“Nem sabia direito o que era HIV. Era uma daquelas coisas que a gente pensa que só acontece com o vizinho”, lembra Carina Penha, hoje com 30 anos e sabidamente soropositiva desde os 24.

“Comecei a namorar aos 16. Tinha um relacionamento de 8 anos quando descobri estar infectada. Quase morri de tristeza. Mas sobrevivi”, diz ela, que agora é professora e contadora de histórias.

Carina ainda adora os contos de príncipes e princesas – sempre presentes em seus trabalhos com crianças, adolescentes, adultos e idosos – mas salpica seus relatos com informações sobre a aids.

Aproveita o talento para contar histórias do mundo da fantasia e dissemina informações contra o preconceito real existente em torno da doença. Alerta às jovens que, basta transar sem camisinha – mesmo que o parceiro pareça um príncipe – para estar no alvo dos novos casos de contaminação.

O grupo etário feminino (de 13 a 25 anos), inclusive, foi classificado nesta semana pelo Ministério da Saúde, como um dos mais vulneráveis ao vírus HIV. A vivência de Carina consegue exemplificar um pouco o porquê das mulheres jovens ocuparem esta posição.

“E talvez a minha trajetória ajude outras mulheres da minha idade a não entrarem para as estatísticas da aids”, acredita ela, que sempre começa a contar sua história assim.

Estatísticas
Em 2010, os números absolutos de novos casos de aids em meninas de 13 a 19 anos superou pela primeira vez os registros entre os meninos de mesma idade, conforme o boletim divulgado nesta segunda-feira, dia 28, pelo Programa Nacional de Aids.

Nesta população feminina, foram 349 registros contra 296 entre os garotos. A ascensão delas no gráfico do HIV começa já no ano 2000, tempo em que Carina Penha colocava a timidez no bolso – algo que sempre a afastou dos garotos. Mesmo com toda a vergonha do mundo, aceitava sair com o vizinho, pegar um cinema e até dar um beijo no retorno para a casa.

“Ele precisou insistir bastante para a gente sair a primeira vez. E, depois do terceiro convite, resolvi aceitar. Ele era bonito e eu fiquei encantada”, lembra.

Durante os oitos anos de relacionamento com o primeiro e único namorado, as brigas e o ciúme fizeram parte do enredo.

“Como boa representante do signo de Virgem” (define-se), Carina bradava seu perfeccionismo, não gostava que as coisas saíssem do que tinha sido planejado. Chegar fora do horário ou esquecer de avisar um outro compromisso, era motivo para uma briga (das feias).

Em uma dessas desavenças, ela e o namorado ficaram 15 dias sem conversar.

“Quando fui procurá-lo para fazer as pazes, descobri que estava internado no hospital, em um leito de isolamento, impossibilitado de receber visitas”, lembra. Como os amigos deles disseram ser meningite, Carina foi para casa, preocupada com o namorado (ex?) e ficou torcendo por sua recuperação.

Preservativo
A busca da perfeição pela garota virginiana fazia com que ela procurasse o médico, a cada seis meses, para fazer exames periódicos e checar se estava tudo bem com a saúde. Mas entre os critérios de autocuidado, uma falha foi crucial – e cometida quase sem querer.

“Nunca usei camisinha com meu namorado. Nunca exigi preservativo e nem conversei sobre isso”, lembra.

Esta postura reflete a adotada por 60% das pacientes do sexo feminino com menos de 20 anos e é explicada pela ginecologista especializada em saúde do adolescente e da mulher, Albertina Duarte. Segundo ela, as garotas têm um medo intenso de desagradar o parceiro.

“Elas ainda temem parecer promíscuas quando exigem a camisinha. Uma bobagem que persiste”, diz.

Um outro ponto ressaltado pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, é que a geração contemporânea de jovens não viveu os tempos mais árduos da aids, registrados no início da epidemia na década de 80. Por isso, eles se sentem à margem da contaminação.

Um terceiro aspecto já descrito pelo infectologista Jean Grinchteyns, do Instituto Emílio Ribas – referência nacional antiaids – é que esta população, em especial quando não tem múltiplos parceiros sexuais, acredita estar protegida do HIV.

Esta mistura de fatores caiu por terra, e pesando uma tonelada, quando os médicos de Caxias do Sul chamaram Carina Penha para entregar a ela os resultados do exame de sangue.

“Em uma conversa rápida, mas bem explicativa, eu não apenas aprendi o que era aids e HIV mas tive de assimilar que tudo aquilo estava acontecendo comigo.”

Espera
Ao saber que estava infectada, primeiro, Carina Penha caiu em um choro de horas e teve a sensação de que ia morrer a qualquer momento.

“Depois, entrei em um processo de luto que durou quase dois anos”, conta.

“Não saía de casa, não queria comer, parei de estudar e de trabalhar.”

O resgate dessa situação foi ocorrendo aos poucos e começou com a reação da mãe, que não a julgou, apesar da tristeza. O pai também deu total apoio e o irmão mais velho disse que “a amava incondicionalmente e que o HIV não era definidor de caráter”.

Carina foi convidada a fazer uma oficina para contar histórias e o primeiro passo dado ao sair do casulo foi procurar o ex-namorado para uma conversa.

“Descobri que ele já sabia ter o vírus há muito tempo e não me contou. O curioso é que não tive mágoa. Hoje sou até amiga dele, conversamos sobre prevenção.”

No emprego, Carina contou ser soropositiva. Para os vizinhos e amigos também disse ter o HIV. Ela acredita que a revelação deixa menos espaço para o preconceito. Ao mesmo tempo, sabe que a discriminação ainda é uma realidade para a aids e respeita quem prefere o segredo.

“Algumas pessoas, em especial namoradinhos, se afastaram depois que souberam do meu diagnóstico. Mas eu sei que o homem certo e maravilhoso ainda vai aparecer.”

Carina ainda é um pouco Cinderela. O sonho não foi excluído só por causa do HIV. A princesa moleca toma antiretrovirais todo dia e espera o príncipe encantado com quem – agora sabe – sempre irá usar camisinha.

Fonte IG