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quarta-feira, 8 de março de 2017

Veja o que muda no calendário de vacinação em 2017

29014341994 4587317bb4 zVocê sabia que houve mudanças no Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde?

Foram alteradas as recomendações para Hepatite A, dTpa Adulto, Tríplice e Tetra Viral, além das vacinas divulgadas no final do ano passado: HPV e Meningocócica C. As modificações acontecem com frequência, sempre levando em conta estudos e pesquisas científicas que apontam a necessidade de incluir novos grupos e ampliar a oferta de vacinas.

Segundo a Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações, “esta ampliação permite aumentar a proteção às doenças imunopreveníveis, conforme os grupos definidos, além de elevar as coberturas vacinais, diminuindo assim a população suscetível a essas doenças”.

Hoje o Ministério da Saúde oferece gratuitamente através do Sistema Único de Saúde (SUS), 19 vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que atendem todas as idades. Cerca de 300 milhões de doses são ofertadas para combater mais de 20 doenças.

Veja a seguir as novas recomendações para vacinas:

Hepatite A
Como era antes: Uma única dose da vacina ofertada para crianças com até dois anos.
Como é agora: É recomendado a criança receber uma dose aos 15 meses de idade. Para aquelas que perderam a oportunidade de se vacinar, terão a chance de receber essa vacina até os cinco anos incompletos.

Varicela
Como era antes: Uma dose entre 15 meses e dois anos de idade incompletos.
Como é agora: Uma dose entre 15 meses de idade. Para aquelas que perderam a oportunidade de se vacinar, terão a chance de receber essa vacina até os cinco anos incompletos. É importante reforçar que a vacina tetra viral só pode ser tomada por crianças que comprovam ter recebido a primeira dose de tríplice viral.

Esquema vacinal: 1ª dose de tríplice viral;
2ª dose tetra viral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela) ou tríplice viral ((sarampo, rubéola, caxumba) + varicela

HPV
Como era antes: Vacina era ofertada apenas para meninas entre 9 a 13 anos, e mulheres com HIV entre 9 e 26 anos.
Como é agora: Além das meninas e mulheres, a vacina também passa a ser ofertada para meninos entre 12 e 13 anos, homens vivendo com HIV entre os 9 e 26 anos de idade, e imunodeprimidos (transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos) e meninas até 14 anos. Até 2020, idade de vacinação será ampliada progressivamente até englobar crianças e adolescentes entre os 9 e 13 anos.

Meningocócica C
Como era antes: Duas doses da vacina eram administradas para crianças entre três e cinco meses, com um reforço para crianças entre os 15 meses e dois anos incompletos.
Como é agora: Duas doses da vacina serão administradas para crianças entre três e cinco meses, com um reforço para crianças até cinco anos incompletos. Também há mais uma dose para adolescentes entre 12 e 13 anos de idade. Até 2020, a idade será ampliada progressivamente até englobar crianças e adolescentes entre os 9 e 13 anos.

Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola)
Como era antes: Adultos recebiam a segunda dose até os 19 anos, ou uma dose única entre 20 e 49 anos de idade.
Como é agora: A segunda dose passa a valer até os 29 anos de idade, e a dose única da vacina fica disponível para adultos entre 30 e 49 anos.

dTpa Adulto (acelular)
Como era antes: A vacina que protege contra a difteria, tétano e coqueluche era recomendada para gestantes a partir da 27ª até a 36ª semana de gestação.
Como é agora: A vacina pode ser tomada a partir da 20ª semana de gestação. É importante lembrar que tomando a vacina durante a gravidez, a mãe transfere os anticorpos para o feto, evitando que ele contraia a coqueluche. As mulheres que perderam a oportunidade de receber a vacina durante a gravidez podem recebê-la durante o puerpério (até 45 dias após o parto).

Resultados
Com essas mudanças no Calendário Nacional de Vacinação, a expectativa é aumentar a vacinação na infância, protegendo mais contra doenças, além de aumentar a imunidade dos adolescentes e reduzir a ocorrência das doenças imunopreveníveis; Já na alteração para os adultos, os objetivos são: contribuir para a redução da incidência da caxumba em adultos jovens, bem como manter eliminada a rubéola e o sarampo no país; aumentar a oportunidade de vacinação durante a gestação e proporcionar proteção para os bebês contra a coqueluche por conta dos anticorpos que são transferidos da mãe para o feto. A vacinação no puerpério visa o resgate das mulheres que perderam a oportunidade de se vacinar durante a gravidez. No entanto, a vacinação no puerpério só deve ser feita em última instância, pois não haverá transferência de anticorpos para a criança, diminuindo assim a proteção para o bebê. 

Recomendações
A disponibilidade das vacinas segue as recomendações do Calendário Nacional de Vacinação e a situação vacinal encontrada para a criança, adolescente, adulto e idoso. Estas pessoas devem ser avaliadas nos postos de vacinação para que a situação vacinal encontrada seja atualizada, conforme as recomendações do Programa Nacional de Imunizações. No entanto, é importante destacar que algumas vacinas têm uma faixa etária específica e grupos prioritários para a vacinação, e por questões de segurança do produto ou de recomendação do calendário, não podem ser disponibilizadas em momentos diferentes daqueles estabelecidos.

Saiba mais aqui.

Aline Czezacki, para o Blog da Saúde

Pós Carnaval: Quando devo fazer o exame para detectar o HIV?

hivO carnaval acabou, mas o alerta do Ministério da Saúde para a prevenção contra as infecções sexualmente transmissíveis continua

Se você fez sexo sem camisinha ou compartilhou seringas nesse período deve saber que pode ter sido contaminado pela sífilis, gonorreia, hepatite B e pelo HIV – vírus causador da aids. Por essa razão, é importante fazer um check up para verificar como está a sua saúde.

No caso do HIV, por exemplo, os principais testes disponibilizados só conseguem detectar a infecção 30 dias após a exposição ao vírus. Isso porque o organismo precisa de um tempo para produzir a quantidade de anticorpos necessária para acusar no exame. Por isso, o teste de HIV deve ser feito depois desse prazo. Neste período, que chamamos de janela imunológica, não se exponha novamente ao vírus, tomando as medidas de proteção.

Entenda a Janela Imunológica
Janela imunológica é o intervalo de tempo entre a infecção pelo vírus da aids e a produção de anticorpos anti-HIV no sangue. Esses anticorpos são produzidos pelo sistema de defesa do organismo em resposta ao HIV e os exames irão detectar a presença dos anticorpos, o que confirmará a infecção, caso ela tenha ocorrido.

Se um teste de HIV é feito durante o período da janela imunológica, há a possibilidade de apresentar um falso resultado negativo. Portanto, é recomendado esperar mais 30 dias e fazer o teste novamente.

O HIV pode ser transmitido durante a janela imunológica. É importante que, nessa fase, a pessoa sempre faça sexo com camisinha e não compartilhe instrumentos perfuro cortantes – como alicates e seringas.

Por que fazer o teste de HIV
Quanto mais cedo você descobrir o vírus , mais cedo pode iniciar o tratamento antirretroviral e assim evitar que a infecção evolua para a aids , mantendo a qualidade de vida. Além disso, quem toma os medicamentos tem menos chances de transmitir o HIV para outras pessoas. Portanto, o tratamento é também uma forma de prevenção para quem já tem o vírus e também para os parceiros desta pessoa.

O diagnóstico da infecção pelo HIV pode ser feito de várias maneiras. No Brasil, temos os exames laboratoriais (como o Elisa e o Western Blot) que utilizam amostras de sangue ou testes rápidos (sangue e fluido oral), capazes de detectar os anticorpos contra o HIV em até 30 minutos, colhendo uma gota de sangue da ponta do dedo ou amostra de saliva.

Os testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento - CTA (ver localização pelo país). Os exames podem ser feitos inclusive de forma anônima. Nesses centros, além da coleta e da execução dos testes, há um processo de aconselhamento, antes e depois do exame, para facilitar a correta interpretação do resultado pelo paciente. Também é possível saber onde fazer o teste pelo Disque Saúde (136). Saiba quais são os tipos de exames disponíveis no SUS para detectar o HIV.

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