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sexta-feira, 29 de abril de 2016

Sindicância é aberta para apurar troca de vacinas da gripe H1N1 por insulina

Por erro, cinquenta pessoas receberam o hormônio em Maringá. Funcionária de hospital que aplicou injeções diz que confundiu ampolas

A Secretaria de Saúde de Maringá, no norte do Paraná, abriu sindicância nesta sexta-feira (29) para apurar o que levou uma funcionária do Hospital Municipal a aplicar doses de insulina em vez de vacinas contra a gripe H1N1 em 50 pessoas, na quinta-feira (28).

Todas as pessoas que receberam a dose ficaram internadas, sob observação, durante a quinta-feira, e foram liberadas no fim da noite. Nenhuma delas teve complicações em decorrência do erro, segundo a prefeitura.

Ainda de acordo com a administração municipal, a falha foi identificada pela própria servidora logo após a aplicação. Ela está grávida e também aplicou insulina em si mesma. Conforme a prefeitura, a mulher alegou ter confundido as embalagens, que, para ela, são parecidas.

A insulina é um hormônio usado no tratamento de diabetes. A Secretaria Municipal de Saúde informou que, aplicada indevidamente, pode causar sonolência, fraqueza, taquicardia e tremores.

Foto: Reprodução

G1

ISMP Brasil lança alerta de segurança sobre risco de troca de frascos de vacina da gripe

O ISMP Brasil emitiu um alerta de segurança com o objetivo de prevenir erros de medicação envolvendo vacinas


Nesta quinta-feira (dia 28/04/2016), foi detectada a ocorrência de um erro de medicação envolvendo a troca da vacina contra a gripe (influenza) por insulina no Paraná. Em outra situação, em 2015, a vacina de sarampo foi reconstituída com atracúrio em vez do diluente próprio levando à morte 15 crianças na Síria.

O instituto já havia alertado profissionais de saúde sobre os riscos de erros envolvendo vacinas no seu boletim sobre Insulinas e sobre Bloqueadores Neuromusculares, mas aproveita a ocorrência da notificação nacional para ressaltar a necessidade do aprendizado frente aos erros identificados internamente e em outras instituições de saúde. Faz-se urgente o estabelecimento de barreiras no sistema de medicação para prevenir e minimizar os danos associados aos erros de medicação.

No Alerta de Segurança, o ISMP Brasil apresenta algumas recomendações para prevenir erros de medicação envolvendo vacinas.

Para se informar ainda mais sobre segurança de embalagens e rotulagem leia o documento IMSN “Position Statement on Safer Design of Vaccines Packaging and Labelling” elaborado com a participação do ISMP Brasil.

ISMP Brasil

Senado faz consulta online sobre jornada de 30 horas para os farmacêuticos

O Portal e-Cidadania do Senado Federal publicou consulta pública para ouvir a opinião da sociedade sobre o projeto de lei 513/2015, de autoria da Senadora Vanessa Grazziotin, sobre a redução da jornada de trabalho dos farmacêuticos para 30 horas semanais, sem redução de salário

Para participar clique aqui

A Fenafar convoca a todos e todas farmacêuticos e cidadãos a participaram da consulta, instrumento importante para aferir o apoio da sociedade as propostas legislativas que tramitam no Senado.

A campanha pela redução da jornada de trabalho é desenvolvida pela Fenafar já há alguns anos. A Federação tem abordado o tema a partir do direito que a sociedade à assistência farmacêutica de qualidade e, também, a luta pela valorização profissional da categoria farmacêutica.


Da redação
Publicado em 27/04/2016

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Funcionária de hospital erra e aplica insulina em vez de vacina contra gripe

Vacinação h1n1 vacina  (Foto: Osnei Restio/Prefeitura Nova Odessa/Divulgação)

Insulina foi aplicada por engano em servidores de
hospital
Caso ocorreu nesta quinta (28), no hospital municipal de Maringá, no PR. Cerca de 50 servidores receberam injeção por engano, diz prefeitura

Cerca de 50 servidores do Hospital Municipal de Maringá, no norte do Paraná, foram vacinados com insulina após a enfermeira confudir as ampolas, nesta quinta-feira (28), segundo a prefeitura. A vacina correta era contra o vírus H1N1.

Várias pessoas vacinadas foram internadas com reações, ainda segundo a administração municipal. A insulina é um hormônio usado para o tratamento de diabetes. A Secretaria Municipal de Saúde informou que aplicado irregularmente, o hormônio pode provocar sonolência, fraqueza, taquicardia e tremores.

Ainda de acordo com a prefeitura, a falha foi identificada pela própria servidora logo após a aplicação.A enfermeira está grávida e também aplicou insulina nela própria por engano.

Os 50 funcionários estão sendo atendidos por médicos do próprio hospital e devem permanecer em observação até as 21h. Esse é o prazo para a manifestação das reações adversas. A prefeitura classificou o fato como um acidente de trabalho e, por isso, a Diretoria de Saúde Ocupacional está acompanhando o caso.

A administração municipal diz que a servidora afirmou que se confundiu com as embalagens, que são parecidas. Um processo administrativo será aberto para investigar as responsabilidades.

Foto: Osnei Restio/Prefeitura Nova Odessa/Divulgação)

G1

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Tratamento de ansiedade e depressão pode ajudar a economia global, diz estudo

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 1990 e 2013, o número de pessoas que sofrem de depressão ou ansiedade, dois dos transtornos mentais mais comuns, aumentou quase 50%, de 416 para 615 milhões de indivíduos globalmente


Agora, um novo relatório da OMS sugere que o investimento em tratamentos que poderiam levar a pessoas saudáveis também ajudaria a economia dos países.

Sentido econômico
O estudo, publicado na revista The Lancet Psychiatry, concluiu que, para cada dólar americano investido no tratamento de depressão e ansiedade, haveria um retorno de US$ 4 em melhor saúde e capacidade de trabalho.

Este estudo é o primeiro a argumentar que há benefícios econômicos globais em cuidar dos transtornos mentais da população.

“Sabemos que o tratamento de depressão e ansiedade faz sentido para a saúde e bem-estar, mas esta nova pesquisa confirma que faz sentido econômico, também”, disse Margaret Chan, diretora-geral da OMS, em um comunicado. “Temos agora que encontrar maneiras de nos certificar de que o acesso aos serviços de saúde mental se torne uma realidade para todos os homens, mulheres e crianças, onde quer que vivam”.

O retorno
O estudo calculou os custos estimados do tratamento e os resultados de saúde e encomia em 36 países.

No caso dos Estados Unidos, se melhorassem o tratamento para depressão e ansiedade oferecido a sua população, isso custaria ao país cerca de US$ 147 bilhões. Mas o retorno compensaria a despesa: haveria uma melhoria de 5% na participação dos trabalhadores e produtividade, o que é avaliado em US$ 399 bilhões. A melhoria da saúde acrescenta outros US$ 310 bilhões em devoluções, mais do que dobro do investimento governamental.

No entanto, hoje, o investimento em cuidados de saúde mental é muito menor do que deveria. Em 2014, a OMS descobriu que os governos gastam uma média de 3% de seus orçamentos de saúde em saúde mental. Os países mais pobres tendem a gastar menos do que 1%, enquanto os países ricos gastam 5%.

Conclusão
Transtornos mentais permanecem pouco debatidos em muitas partes do mundo, de acordo com Jim Yong Kim, presidente do Banco Mundial (World Bank Group).

“Esta não é apenas uma questão de saúde pública. É uma questão de desenvolvimento. Precisamos agir agora, porque a perda de produtividade é algo que a economia global simplesmente não pode se dar ao luxo”, disse Kim em um comunicado.

[CNN]/Hypescience

Os 5 venenos mais mortais do planeta

Quando desafiadas a citar nomes de venenos, as pessoas podem muito bem pensar imediatamente em cianeto, arsênico ou estricnina, alguns dos mais mortais e famosos que conhecemos. Mas estas não são as substâncias mais tóxicas do mundo

Breaking Bead/AMC

Mais venenosa do que todos estes, mas mesmo assim ainda longe do topo da lista, é a tetrodotoxina, a toxina do baiacu, que envenena cerca de 50 japoneses todos os anos. O peixe é uma iguaria no país, mas pode ser letal se preparado de forma incorreta.

Aliás, este era o veneno favorito da assassina Rosa Klebb, no filme de James Bond From Russia With Love, conhecido no Brasil como Moscou contra 007. Ele também aparece nos polvos-de-anéis-azuis, e foi mais recentemente descoberto em pequenos sapos no Brasil.

A DL50 – a quantidade necessária para matar 50% da população de teste – é como a toxicidade dos venenos é mais frequentemente avaliada mundialmente, e é geralmente citada por quilograma de peso corporal. Nesta escala, por exemplo, a DL50 do cianeto de sódio é de cerca de 6 mg por quilograma. A DL50 da tetrodotoxina, em comparação, é de cerca de 300 microgramas por quilograma, se ingerida por via oral, e uma quantidade ínfima de 10 microgramas por quilograma, se injetada.

Avaliar a toxicidade de venenos não é fácil. O estado químico de uma substância é importante, pois tudo depende de como a ingerimos. Se ingerimos mercúrio metálico líquido (diferente da inalação de seu vapor), seria muito provável que ele passasse direto através de nosso corpo sem causar danos. Em 1996, um professor americano derramou apenas uma ou duas gotas do dimetil mercúrio composto em suas luvas de borracha, que penetraram as luvas e sua pele, enviando-o para um coma fatal alguns meses mais tarde.

No entanto, aqui está uma seleção representativa, em ordem crescente, de cinco venenos verdadeiramente mortais, todos pelo menos uma centena de vezes mais tóxicos que o cianeto, o arsênico ou a estricnina.

5. Ricina
Este veneno vegetal extremamente tóxico foi famosamente utilizado para matar o dissidente búlgaro Georgi Markov, exilado em Londres. Em 7 de setembro de 1978, ele estava esperando por um ônibus perto da ponte de Waterloo, quando sentiu um impacto na traseira de sua coxa direita. Olhando em volta, viu um homem que se abaixava para pegar um guarda-chuva. Markov foi logo levado para o hospital com febre alta – e morreu três dias depois.

Uma autópsia revelou uma minúscula esfera feita de uma liga de platina-irídio na coxa de Markov. A esfera havia sido perfurada para carregar uma pequena quantidade de ricina e pode ter sido ejetada de uma pistola de ar escondida no guarda-chuva.

Os fãs da série Breaking Bad também devem se lembrar bem da ricina e de seus efeitos mortais. Walter White e Jesse Pinkman planejaram usá-la para matar alguns de seus inimigos, como Tuco e Gustavo Fring, durante a série (Walter também usa a ricina para “chantagear” emocionalmente Jesse, fazendo-o voltar ao seu lado na batalha contra Gus Fring – mas dizer mais do que isso seria dar um grande spoiler da trama).

A ricina é obtida a partir dos grãos da planta do óleo de rícino (Ricinus communis), a qual é cultivada para extrair o óleo – a ricina permanece na fibra sólida. É uma glicoproteína que interfere com a síntese de proteínas na célula, causando a morte celular. Ela tem uma DL50 de 1-20 miligramas por kg, se ingerida por via oral, mas muito menos é necessário para matar se inalada ou injetada (como no caso de Markov).

4. VX
O único composto sintético nessa lista, o VX é um agente nervoso com a consistência parecida com a do óleo de motor. Ele surgiu a partir de pesquisas da ICI, uma das maiores empresas britânicas no ramo de pesticidas, mas provou-se ser muito tóxico para ser usado na agricultura. O VX mata por interferir com a transmissão de mensagens entre células nervosas; isto requer uma molécula chamada acetilcolina.

Depois que a acetilcolina passa sua mensagem, ela precisa ser quebrada (caso contrário irá continuar enviando a mensagem) por uma enzina catalisadora chamada acetilcolinesterase. O VX e outros agentes nervosos fazem esta enzima parar de trabalhar, de modo que as contrações musculares da vítima saem do controle e a pessoa morre de asfixia.

Agentes nervosos foram fabricados por ambos os lados durante a Guerra Fria, mas o VX tornou-se particularmente bem conhecido após ser apresentando no filme A Rocha, de 1996, que tinha no elenco Nicolas Cage e Sean Connery. Apenas uma pessoa é conhecida por ter sido morta pela ação do VX, um ex-membro da seita Aum Shinrikyo, um culto apocalíptico japonês responsável por um ataque com gás sarin no metrô de Tóquio em 1995, embora cerca de 4.000 ovelhas tenham sido mortas pelo veneno em um acidente em Skull Valley, Utah, EUA, em 1968.

O VX tem uma DL50 de apenas 3 microgramas por kg (embora alguns relatos sugiram que o número é um pouco maior).

3. Batracotoxina
Todos nós já ouvimos falar ou temos uma imagem em nossas cabeças de índios usando zarabatanas com dardos feitos com pontas de veneno para caçar suas presas ou atacar inimigos. O curare é o mais conhecido deles, e vem de uma planta. Os mais tóxicos, no entanto, vêm de peles de pequenos sapos – e o mais mortal de todos é a batracotoxina.

Índios no oeste da Colômbia recolhem esses sapos – Phyllobates terribilis e Phyllobates bicolor – e os fazem “suar” o veneno com fogo para então colocá-lo em seus dardos. A DL50 da batracotoxina é de cerca de 2 microgramas por kg, o que significa que uma quantidade do tamanho de dois grãos de sal de cozinha é capaz de matar.

A batracotoxina mata por interferir com canais de íons de sódio nas células de músculos e nervos, fazendo-os abrir e impedindo que eles fechem. A migração contínua de íons de sódio resulta, em última instância, na insuficiência cardíaca da vítima.

Curiosamente, rãs nascidas em cativeiro dessas espécies não possuem venenos, o que sugere que o veneno é derivado de sua dieta. Na verdade, quase 30 anos atrás, Jack Dumbacher, um ornitólogo americano que estava trabalhando na Papua Nova Guiné, foi arranhado na mão por um dos pássaros Pitohui locais. Ele instintivamente colocou a mão na boca, que começou a ficar dormente.

Finalmente, verificou-se que estas aves – no lado oposto do mundo em relação à Colômbia – têm a plumagem contendo a mesma molécula venenosa que os sapos sulamericanos. Pensa-se que tanto as aves quanto os sapos obtêm a toxina dos besouros que comem – embora o veneno seja muito menos potente nas aves.

2. Maitotoxina
Há um número grande de potentes toxinas e venenos marinhos, tais como a saxitoxina, que muitas vezes são a causa de envenenamento depois que comemos mariscos contaminados. Estes são frequentemente associados com a proliferação de algas nocivas no mar.

A maitotoxina é a mais letal destas substâncias, tendo um DL50 de cerca de uma ordem de grandeza menor do que a batracotoxina. Formada por um dinoflagelado, uma espécie de plâncton marinho, a maitotoxina tem uma estrutura muito complicada, o que apresenta um grande desafio para os químicos sintéticos.

A maitotoxina é uma cardiotoxina. Ela exerce os seus efeitos através do aumento do fluxo de íons de cálcio através da membrana do músculo cardíaco, também causando insuficiência cardíaca, assim como a batracotoxina.

1. Toxina botulínica
Cientistas divergem sobre as toxicidades relativas de venenos, mas parecem concordar que a toxina botulínica, produzida por bactérias anaeróbias, é a substância mais tóxica conhecida. O seu DL50 é muito pequeno – 1 nanograma por quilograma pode matar um ser humano. Extrapolando a partir de seu efeito em ratos, uma dose intravenosa de apenas 10-7g seria fatal para uma pessoa de 70 kg.

Ela foi identificada pela primeira vez como a causa de uma intoxicação alimentar devido a salsichas preparadas incorretamente (a palavra salsicha é derivada da palavra latina botulus) no final do século 18 na Alemanha.

Existem várias toxinas botulínicas, com o tipo A sendo o mais potente. Elas são polipeptídeos, que consistem em mais de 1.000 moléculas de aminoácidos unidos. A toxina causa paralisia muscular, impedindo a liberação da molécula de sinalização acetilcolina (um neurotransmissor).

Esta mesma propriedade paralisante é fundamental para o uso clínico da toxina botulínica no Botox cosmético. Injeções alvo de pequenas quantidades da toxina fazem músculos específicos pararem de trabalhar, relaxando músculos que poderiam, de outra forma, causar o efeito da pele enrugada. A toxina botulínica também já foi aplicada em uma variedade de condições clínicas, tais como paralisar músculos que, se não fossem tratados, causariam o estrabismo.

Há cada vez mais interesse em utilizar as propriedades das substâncias tóxicas encontradas na natureza medicinalmente. O veneno da jararaca brasileira, por exemplo, contém moléculas que reduzem a pressão sanguínea, o que levou a tratamentos pioneiros para a pressão arterial elevada. 

[Science Alert]/ Hypescience

Suco detox: mito ou realidade?

Um dos pedidos mais comuns recebidos pelo médico James Grendell é: “Quero desintoxicar meu corpo”

Oriana Koren for The New York Times

“Pessoas estão interessadas na chamada desintoxicação, mas quando pergunto a eles do que eles querem se livrar, eles não sabem responder”, relata Grendell, chefe do departamento de gastroenterologia, hepatologia e nutrição do Hospital Universitário de Winthrop, em Nova York (EUA).

“Ainda não encontrei uma pessoa que consiga especificar qual toxina quer tirar de seu corpo”, aponta ele. Isso não quer dizer que as toxinas como agrotóxicos, álcool ou medicamentos não existam, mas na maioria dos casos o nosso corpo é bem equipado para eliminar esses excessos do organismo.

Os rins e fígado são os principais responsáveis por se livrar dos “lixos” do nosso corpo. Eles filtram essas substâncias do sangue e as processam para que o corpo possa as excretar como parte da urina. 

Sucos detox
Quando questionado sobre a eficácia dos sucos detox, o médico parece perdido quanto à origem desta ideia. “É difícil entender, porque não há evidência científica de que sucos – ou qualquer outro alimento – possam limpar ou sejam relevantes para remover toxinas”, afirma. Isso não quer dizer, porém, que sucos de vegetais ricos em vitaminas e antioxidantes não sejam benéficos para a saúde ou que funcionem como uma ferramenta para ajudar na perda de peso e na reeducação alimentar, explica o médico. O problema é afirmar que esses sucos retiram toxinas do corpo.

“Descanso para o estômago”
A médica Antoinette Saddler, gastroenterologista da Universidade George Washington, analisou um texto postado em um blog sobre sucos detox. Esse texto dizia que uma dieta de suco oferece descanso para o estômago. “Por que o estômago precisa de descanso? Quem disse que isso é benéfico?”, questiona ela.

Outra parte do texto defende que transformar vegetais em suco permite que o corpo se dedique mais à desintoxicação e ajuda a remover toxinas acumuladas no corpo. “O que isso sequer significa?”, indaga ela, exasperada.

Mais frutas e verduras
O médico americano Woodson Merrell defende os sucos detox, mas explica que na verdade as pessoas precisam mesmo é consumir mais frutas e vegetais todos os dias. O suco é apenas para tornar a experiência mais convidativa.

Merrell acredita que uma boa salada bem mastigada tem o mesmo efeito que um suco, mas que a maioria das pessoas não mastiga a comida o suficiente antes de engolir. “Sou um fanático da mastigação”, diz ele. Mas esse suco que ele defende é grosso, com todas as partes da fruta e dos vegetais, incluindo o bagaço. “Não estou falando de suco aguado”, alerta.

[The New York Times] / Hypescience

terça-feira, 19 de abril de 2016

Um ano após 1º caso oficial de zika, microcefalia faz bebê tomar até Rivotril

Casos de microcefalia preocupam famíliasRivotril e Neuleptil, ambos tarja preta, são apenas alguns dos medicamentos usados para controle de ansiedade que foram adotados nos primeiros meses de vida desses bebês

João chora. Chora sem parar, molhado de suor, mesmo usando apenas uma fraldinha descartável. Parece inchado. Chora aos berros na varanda da casa de quatro cômodos onde vive com a mãe, o pai e cinco irmãos, na Praia de Pau Amarelo, em Paulista, na região metropolitana de Recife. O calor é escaldante sob as telhas de amianto. Não dá para saber se o choro é por calor, fome, fralda suja ou dor. Já sabem, porém, como aquietá-lo. É só dar o remédio: a dose de Rivotril.

Ele tem microcefalia causada pelo zika, vírus transmitido pelo Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue e da chikungunya. Os primeiros casos da zika foram oficialmente notificados há um ano em abril de 2015, na Bahia. Entre setembro e outubro, gestantes que tiveram a virose começaram a dar à luz bebês com cabeças menores. Dezenas. Centenas. Segundo o Ministério da Saúde, 1.113 casos de má-formação foram confirmados - 189 têm relação com o zika. Nesta semana, o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos EUA afirmou que “não restam dúvidas” da causa.

Em crianças como João, de 7 meses, quase tudo é um enigma para a ciência. Imagine para os pais. O choro aflitivo é só um dos desafios. O pai, Fabio da Silva Araújo, de 34 anos, nem sabe explicar como vai criar o filho. Está sem carteira assinada há dois anos e vive de bicos. A mãe, Neide Maria Ferreira da Silva, de 41, diz que não entende muito bem o que é microcefalia, mas já sabe que a sua experiência não vale muito: João é o 12.º filho. É irmão gêmeo de Ana, que não tem a má-formação.

João chora no colo de Neide. A vizinha Valéria Gomes Ribeiro, de 45 anos, pega o menino. Vira de frente. De lado. Balança. João vai sossegando. Agora, porém, ele olha para o vazio. Parece ausente. Está duro. Costas rígidas. Perninhas rígidas. Bracinhos retraídos. “Ele é assim. Nervoso. Meio durinho. É da doença. Mas o remédio acalma”, explica Valéria.

Rivotril e Neuleptil, ambos tarja preta, são apenas alguns dos medicamentos usados para controle de ansiedade que foram adotados nos primeiros meses de vida de bebês para aplacar o choro.

“São crianças com alterações neurológicas, e quem tem esse tipo de alteração costuma ser mais irritado”, diz Danielle Cruz, coordenadora do Laboratório de Microcefalia do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip). “Alguns são calmos, mas outros a gente só acalma com remédios.” Rivotril ganhou espaço porque tem a versão em gotas. “A gente precisa ir tateando até achar a quantidade certa.”

Sem padrão
Realidade desconcertante. Por ser uma anomalia nova, a microcefalia causada por zika não tem tratamento testado, aprovado e prescrito. Está sendo desenvolvido à medida que as crianças crescem e as sequelas surgem - sequelas essas que, por sua vez, não têm um padrão. Há casos leves, outros críticos e alguns, fatais: 48 bebês morreram em Pernambuco, não de microcefalia, mas das fragilidades derivadas dela. Especialistas reconhecem que não têm como prever o dia de amanhã. “É tudo novo”, diz a neuropediatra Ana Van Der Linden, do Imip.

Ana é uma das médicas que identificaram que havia um surto de microcefalia no Estado e acompanha a evolução dos casos - e do tratamento. “Nos dois primeiros meses, eles choravam muito. Agora vieram as convulsões. A maioria tem uma boa audição, mas descobrimos que a formação da visão está comprometida.”

Para as mães, a peregrinação imposta pela dedicação diária a múltiplos exames, idas e vindas a hospitais e testes de remédios é uma dor adicional. “Vivo entre a cruz e a espada”, diz a dona de casa Gabriela Ananias, de 31 anos. O filho Lucas, de 6 meses, há três iniciou o tratamento com o antiepilético Sabril. Sem condições de comprar o remédio, que não está na rede pública e custa entre R$ 300 e R$ 350, ela tem recorrido à ajuda de amigos e parentes. “Eu não queria dar o remédio porque é muito forte, mas não tive escolha. Ele estava tendo mais de 50 convulsões por dia.” O bebê já havia sido medicado com Gardenal, mas não respondeu bem.

Aos 8 meses, Marcela também teve de tratar convulsões. Acompanhada pela equipe do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, ela toma Trileptal. A mãe, a diarista Maria do Carmo da Silva, de 32 anos, não se conforma. “Minha filha era agitada, mas comia bem e eu conseguia fazer nela os exercícios que a fisioterapeuta ensinou”, diz. “Desde que começou a tomar o remédio, só dorme e vomita muito, mas, se eu não dou, me arrependo logo, porque aí os tremores e o choro ficam fortes.”

O pior de tudo é que ninguém, nem especialistas, sabe que limitação a microcefalia vai causar e qual tratamento será o adequado. Juliana da Silva, de 22 anos, define bem a situação. Pedro Henrique, de 5 meses, chora muito, mas não toma remédios, sorri para ela, faz fisioterapia. Ainda assim, ela vive tensa. “Eu não sei o que ele vai ter quando acordar amanhã.”

Foto: DIEGO HERCULANO/BRAZIL PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Estadão Conteúdo/iG

Remédio usado para emagrecer pode provocar glaucoma agudo e cegueira

Glaucoma causado pelo topiramato é o mais grave que existe; médicos alertam para perigo do uso de medicamentos off label

Emagrecer, custe o que custar. Muitos pensam dessa forma e acabam prejudicando a saúde, seja com dietas restritivas ou usando medicamentos sem prescrição médica. No entanto, agir dessa forma pode levar a perigos que boa parte da população nem imagina serem possíveis.

Normalmente prescrito para crises epiléticas, o medicamento topiramato é um desses casos. Para especialistas consultados pelo iG, seu uso eleva o risco de desenvolvimento de glaucoma – doença causada pela lesão do nervo óptico, relacionada ao aumento da pressão do olho – e pode causar cegueira nos usuários.

“O topiramato é um remédio muito famoso, mas nenhum medicamento deve ser usado sem prescrição médica, ainda mais off label”, alerta Yuji Abe, do Hospital Oftalmológico de Brasília. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) classifica como off label aqueles medicamentos receitados em situações para as quais não tiveram seu uso aprovado, o que pode caracterizar erro médico.

Os perigos do glaucoma
O glaucoma pode atingir tanto os que usam a medicação para controlar a epilepsia como aqueles que a tomam para tentar perder alguns quilos. A diferença é que o paciente neurológico normalmente é acompanhado de perto por um médico, enquanto outros que tomam o medicamento por conta própria não estão. Assim, embora exista nos dois casos, o risco de desenvolvimento do glaucoma é maior em quem o ingere sem prescrição.

“É um glaucoma secundário ao uso do topiramato. Sabe-se que ele pode, em algumas pessoas, aumentar o cristalino do olho”, explica o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto. Desta forma, uma série de reações pode ocorrer dentro do olho, o que aumenta a pressão ocular e causa o glaucoma agudo que pode levar à cegueira. “Surge de repente e dói muito. Causa náuseas, vômito, dor de cabeça terrível e é diferente do glaucoma crônico, que é mais demorado para aparecer", alerta o médico.

Pessoas com hipermetropia que fazem uso do medicamento podem ainda ter mais risco de desenvolver o problema, chamado de glaucoma de ângulo fechado – o mais perigoso. Queiroz Neto adverte para que qualquer pessoa que sinta algum desconforto ou alteração ocular procure um oftalmologista imediatamente.

iG

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Estudo prova que Yoga alivia dores na gestação

Mulheres grávidas praticando Yoga - Foto: Ahturner / ShutterStockDurante a gestação é comum as mulheres se queixarem de dores nas costas, especialmente na região lombar, no final da coluna vertebral

Um estudo clínico realizado pela fisioterapeuta Roseny Flávia Martins, em sua tese de doutorado defendida na Faculdade de Ciências Médicas (FCM), mostra que 80% das grávidas que participaram do estudo sentem esse desconforto.

Para combater esses episódios de dor, a pesquisadora propôs a prática da Hatha Yoga, que utiliza posturas, exercícios respiratórios e relaxamento. O método conseguiu reduzir as dores lombares e pélvicas em 71,4% das 60 gestantes. Elas relataram que após as práticas se sentiam mais confortáveis, tranquilas e confiantes.

Em uma primeira etapa, 245 gestantes foram entrevistadas na sala de espera de suas consultas pré-natal sobre a prevalência e fatores de risco para as dores na base da coluna. A segunda etapa submeteu 60 gestantes a um tratamento de 10 semanas de Hatha Yoga, realizados em quatro Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade de Paulínia.

A fisioterapeuta concluiu, entre outras coisas, que a dor aumenta conforme o avanço da gestação e o ganho de peso. Também observou que há diversos fatores de risco, especialmente os que provem de antes da gestação, como traumas, alterações na postura e até fatores emocionais.

Nas sessões de Hatha Youga, as gestantes que participaram do estudo dimensionaram sua dor ao longo do tratamento, classificando de 0 a 10, ou seja, de ausência à dor insuportável. Ao final do estudo, um gráfico mostrou que a dor foi diminuindo ao longo do tratamento. No início, ninguém tinha nota zero e, ao final, 71,4% referiram ausência de dor.

A pesquisadora indica que o ideal é a gestante iniciar a prática do Hatha Yoga após 12 semanas de gestação, sempre acompanhada por um profissional capacitado, podendo praticar até o finalzinho da gravidez. “Nada contraindica que a gestante faça exercícios respiratórios, relaxamento e meditação, orientada durante todo o ciclo gestatório”, afirma Roseny Martins.

Foto: Reprodução

Uol

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Remédio testado por cientistas tem resultado promissor contra zika vírus

Medicamento é aprovado pela Anvisa e pode ser usado por grávidas; no entanto, produto ainda não foi divulgado pelos pesquisadores, que temem a automedicação da população

Não há ainda informação no estudo se o medicamento inibe a replicação do vírus da zika
Martin Henkelmann/StockXpert

Cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto D'Or de Ensino e Pesquisa estão testando medicamentos que possam inibir a destruição pelo vírus da zika das células neuronais em fetos. Pelo menos um medicamento, entre dez já testados, se mostrou promissor, informou o neurocientista Stevens Rehen. Esse remédio já é aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e tem indicação para ser usado por grávidas.

Os pesquisadores esperam publicar nos próximos dois meses um estudo sobre a atuação do remédio, caso os efeitos iniciais sejam comprovados. Não há ainda informação se o medicamento inibe a replicação do vírus. Os pesquisadores estão analisando de suplementos a antivirais, mas preferem não informar os produtos para evitar automedicação da população.

O anúncio foi feito durante o lançamento de uma pesquisa, que será publicada nesta semana pela revista científica Science, sobre o efeito do zika em modelos que representam o cérebro de fetos no segundo mês de gestação. O trabalho mostrou a destruição de células neuronais e a redução do crescimento em 40%. "O resultado é equivalente ao que é observado nas crianças com microcefalia. Agora nós temos um bom modelo para testar possibilidades de tratamento", afirmou Rehen, coautor da pesquisa. O estudo foi liderado pela professora do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ, Patrícia Garcez, especialista em microcefalia.

Os pesquisadores infectaram minicérebros, estruturas de menos de 2 milímetros obtidas a partir de células-tronco. Elas têm as camadas, os ventrículos e as características anatômicas observadas em um cérebro.

O minicérebro foi infectado com o vírus da zika no 35º dia de desenvolvimento – que seria equivalente ao feto no 2º mês de gestação – e teve a taxa de crescimento acompanhada pelo período de 11 dias. O resultado foi a redução do crescimento, comparado ao minicérebro não infectado. É nessa fase do desenvolvimento que começa a ser formado o córtex, área nobre do cérebro.

Rede
Essa pesquisa surgiu da formação de redes para o estudo de zika e microcefalia, criadas com base em edital da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio (Faperj). O lançamento da rede ocorreu pouco antes do Carnaval.

"Desde o primeiro experimento à submissão à Science passaram-se 25 dias. Isso reflete o que é a comunidade científica brasileira", afirmou Rehen. Por causa da crise financeira que afeta o Estado, porém, as verbas para a pesquisa (cerca de R$ 400 mil) ainda não foram liberadas. Os bolsistas também estão com pagamento atrasado. A previsão é de que o financiamento comece a ser liberado neste mês.

As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

iG

Viciados se importam menos com as pessoas, diz estudo

Pessoas dependentes de álcool e outras substâncias tendem a representar risco para outras pessoas: fazem sexo sem preservativo, não se importam em dirigir alterados, e por aí vai

Pode parecer um discurso óbvio, mas um estudo mostra que muitos fatores fazem com que os viciados sejam mais egoístas e imprudentes.

A conclusão é do estudo da Case Western Reserve University (Cleveland, EUA), conduzido pela psicóloga Maria Pagano. Foram analisados o comportamento de 585 jovens secundaristas, classificando-os segundo seus hábitos com álcool e outras drogas e medindo essas três variáveis: dirigir bêbado (a idade para a habilitação nos EUA é 16 anos), fazer sexo desprotegido e se interessar por trabalho voluntário.

Pagano aponta uma correlação 100% maior em jovens que abusavam de drogas ou álcool em fazer sexo desprotegido - mesmo quando eles sabiam que tinham doenças sexualmente transmissíveis - que com aqueles que não usavam.

Viciados não se importam muito com os outros e nem entendem como seu problema afeta seus entes queridos. O que explica como a doença pode destruir família e vida social, além de serem pessoas difíceis de serem convencidas de que precisam de tratamento. “O viciado é como um tornado passando pela vida dos outros”, afirma Pagano. “Mesmo quando estão se recuperando, há poucos indícios que eles entendem como suas ações impactam aqueles em sua volta. Isso é parte de sua doença.”

Importante: nada disto pretende criminalizar os viciados, que também sofrem com a própria doença. Segundo Pagani, esse fator da insensibilidade é apenas algo que deve ser levado em consideração ao se planejar tratamentos. Ela pretende descobrir formas para diminuir essa parte do problema.

Foto: Thinkstock

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sábado, 9 de abril de 2016

O menor marcapasso do mundo pode ser implantado sem necessidade de cirurgia

A Food and Drug Administration, órgão de controle de alimentos e produtos médicos nos EUA, aprovou um marcapasso injetável que não usa fios que costumam causar complicações em pacientes

marcapassos

Com 2,5 centímetros de largura, o Micra Transacatheter Pacing System da Medtronic tem cerca de um décimo do tamanho dos marcapassos convencionais – sendo, assim, o menor do mundo na categoria.

Ele é voltado para pessoas com fibrilação atrial (um batimento cardíaco irregular ou rápido demais) e outras arritmias perigosas. A FDA aprovou o dispositivo após testes clínicos da Medtronic envolvendo 719 pacientes que tiveram o dispositivo implantado. Após seis meses, cerca de 98% dos pacientes ficaram com batimentos cardíacos adequados. Uma pequena parcela (7%) passou por algumas complicações, como doenças cardíacas, deslocamento do dispositivo e coágulos de sangue.

Marcapassos convencionais, que são cirurgicamente implantados, exigem fios que vão do marcapasso até um implante localizado logo abaixo da clavícula. Esses fios passam através da veia diretamente até o ventrículo direito do coração, levando impulsos elétricos para tratar de batimentos cardíacos irregulares ou estagnados. O problema é que esses fios nem sempre funcionam perfeitamente. Eles podem também causar problemas quando infecções se desenvolvem no tecido ao redor deles, exigindo procedimentos cirúrgicos para substituir o marcapasso.

marcapasso-3O Micra não usa fios condutores. O dispositivo se posiciona no coração com a ajuda de pequenos ganchos, levando ate lá pequenos pulsos elétricos que fazem o coração bater com mais regularidade. O dispositivo é implantado através de um tubo de 1 metro inserido em uma veia na virilha do paciente. Ele viaja pela veia até chegar ao ventrículo direito do coração. O Micra só atua na câmara inferior do coração, não podendo ser usado por quem precisa de ajuda na câmara superior.

“Como o primeiro marcapasso sem fio condutor, o Micra oferece uma nova opção para pacientes que consideram um dispositivo marcapasso de câmara única, o que pode ajudar a prevenir problemas associados com os fios condutores,” notou William Maisel, da FDA, em um comunicado.

A FDA disse que ele não deve ser usado por pacientes que já têm um dispositivo implantado, já que pode interferir no funcionamento do marcapasso. Também não pode ser usado por pessoas severamente obesas, ou que são intolerantes a materiais no dispositivo.

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Hospital São Lucas realiza seu I Fórum Interativo de Cardiologia

O Hospital São Lucas Copacabana (HSL) realizará, no dia 14 de abril, no Centro de Convenções SulAmérica, seu I Fórum Interativo de Cardiologia, das 12h45 às 14h15, que acontecerá durante a 33ª edição do Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj). O objetivo é informar os profissionais de saúde sobre as inovações da cardiologia nacional e internacional

Segundo o Dr. Esmeralci Ferreira, um dos membros da comissão organizadora, “o fórum vai discutir, de forma direta, temas atuais da cardiologia de alta complexidade, fazendo uma análise crítica. E, de forma bem objetiva, assuntos polêmicos como denervação renal, oclusão de apêndice atrial, clipe mitral, stents bioabsorvíveis e antiagregação serão revistos. A participação do cardiologista na plateia estará contemplada por meio da interatividade”, destaca.

Para a equipe organizadora, o evento trará benefícios para os serviços assistenciais e, consequentemente, para o atendimento cardiológico da população, além de promover a troca de experiências, que é importante para o avanço da cardiologia no país, pois auxilia a formação dos profissionais de saúde.

Confira a programação completa

12h45
– Abertura e boas-vindas da diretoria Lincoln Salles Motta Bittencourt (HSL) e Marcelo Mendes de Vasconcellos (HSL).

De 12h50 a 13h05
– Hipertensão Arterial Resistente – Já Temos Evidências para Novos Tratamentos? Palestrante: Lílian Soares da Costa (IECAC e FTESM). Comentário: Marcos José de Souza Batista (HSL). INTERATIVIDADE

De 13h05 a 13h20
– Fibrilação, Fenômenos Embólicos e Oclusão de Apêndice Atrial Esquerdo (OAAE) – Resultados Palestrante: Márcio Montenegro (IECAC e UERJ). Comentário: Nélson Artur dos Reis (HSL). INTERATIVIDADE

De 13h20 a 13h35
– Clipe Mitral na Insuficiência Mitral – Análise Crítica do Cirurgião Palestrante: Mauro Paes Leme de Sá (UFRJ, HCML e HSL). Comentário: Nélson Barg (HSL). INTERATIVIDADE

De 13h35 a 13h50
– Stents Bioabsorvíveis: Indicação, Primeiros Resultados e Evidências para Uso Palestrante: Esmeralci Ferreira (UERJ, HCML e HSL). Comentário: Noé Costa (HSL). INTERATIVIDADE

De 13h50 a 14h05
– Qual a Melhor Estratégia e Antiagregação Plaquetária: Prasugrel, Ticagrelor ou Clopidogrel? Palestrante: Guilherme D’Alcol Amorim (HSL). Comentário: Renato Faria Ribeiro Neto (HSL). INTERATIVIDADE

De 14h05 a 14h15
– Sessão debates Moderadores: Esmeralci Ferreira (UERJ, HCML e HSL); Marcos de Souza Batista (HSL) e Mauro Paes Leme de Sá (UFRJ, HCML e HSL). Debatedores: Camillo Junqueira (HCML e HSL); Fábio de Souza (HSL) e Monique Esteves Cardoso (HSL).

14h15
– Encerramento Marcos Freitas Knibel (HSL) e Wilson Nakasato (HSL).

Serviço
I Fórum Interativo de Cardiologia
Data e horário: 14 de abril, às 12h45.
Local: Centro de Convenções SulAmérica – sala 2.
Endereço: Av. Paulo de Frontin,1 – Cidade Nova – Rio de Janeiro

Priscila Pais 
Assessoria de Imprensa
ppais@saudeempauta.com.br

quarta-feira, 6 de abril de 2016

STF decide que USP pode suspender fornecimento de fosfoetanolamina

Fosfoetanolamina sintética (Foto: Ely Venâncio/EPTV)USP deve distribuir somente estoque já existente da 'pílula do câncer'. Lewandowski citou falta de estudos que provem eficácia da substância

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, determinou que a Universidade de São Paulo (USP) deverá fornecer a fosfoetanolamina somente "enquanto remanescer o estoque" do composto.

Depois disso, o fornecimento poderá ser suspenso tendo como justificativa a ausência de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a falta de estudos publicados sobre os benefícios de sua utilização na cura do câncer, a falta de estudos que atestem sua segurança e o desvio de finalidade da instituição de ensino.

A decisão foi tomada depois de a USP apresentar um pedido ao STF contra uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que determinou o fornecimento da fosfoetanolamina para pacientes com câncer sob pena de multa.

Infográfico - Fosfoetanolamina sintética (Foto: G1)Em sua decisão, Lewandowski afirmou que "não caberia ao Poder Judiciário respaldar a prática de uma medicina não baseada em evidências". A decisão suspende todas as decisões judiciais proferidas em âmbito nacional que tenham determinado à USP o fornecimento da substância até que elas sejam julgadas em definitivo.

Entenda
A fosfoetanolamina, que ficou conhecida como "pílula do câncer", vinha sendo distribuída pelo Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP havia vários anos de forma irregular, desde que um professor da unidade, Gilberto Orivaldo Chierice, desenvolveu um método de síntese da substância.

O pesquisador trabalhava com a hipótese de que o composto seria capaz de tratar câncer, porém tinha obtido apenas resultados preliminares em modelos experimentais sobre esse possível efeito.

A substância não passou pelos estudos necessários para comprovar sua ação antitumoral e sua segurança para o uso em pacientes, portanto, não é um medicamento.

Quando Chierice se aposentou, o IQSC deixou de fornecer a substância para pacientes, levando diversas famílias a acionarem a justiça para conseguir a pílula. O Tribunal de Justiça de São Paulo, então, determinou que a universidade deveria fornecer a substância sob pena de multa. A USP, por sua vez, recorreu dessa decisão no STF, o que levou à decisão desta terça-feira.

Projeto de lei
Em 22 de março, o Senado aprovou, em votação simbólica, o projeto de lei que que permite a fabricação, distribuição e o uso da fosfoetanolamina sintética.

Pelo projeto aprovado, pacientes com tumor maligno poderão usar a “pílula do câncer”, desde que exista laudo médico que comprove a doença. O paciente ou seu representante legal terá ainda que assinar um termo de consentimento ou responsabilidade. A proposta vai além e também permite a fabricação da fosfoetanolamina sintética mesmo sem registro sanitário.

Diante da decisão, a Anvisa anunciou que iria recomendar à presidente Dilma Rousseff o veto ao projeto de lei. Para a agência, é perigoso distribuir para a população uma substância que não passou pelos testes que comprovem sua segurança.

Estudos
Atualmente, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) coordena, ao lado do Ministério da Saúde, uma iniciativa federal para pesquisar a fosfoetanolamina, anunciada em outubro de 2015. Na ocasião, foi anunciado que o projeto teria um financiamento de R$ 10 milhões por parte do MCTI.

Três laboratórios estão participando dessa etapa inicial do estudo: o Centro de Inovação e Ensaios Pré-clínicos (CIEnP), em Santa Catarina, o Laboratório de Avaliação e Spintese de Substâncias Bioativas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASSBio-UFRJ) e o Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos da Universidade Federal do Ceará (NPDM/UFC).

Resultados iniciais, divulgados em março, apontam que as cápsulas têm uma concentração de fosfoetanolamina menor do que era esperado e que somente um dos componentes da cápsula -- a monoetanolamina --- apresentou atividade citotóxica e antiproliferativa, ou seja, capacidade de destruir células tumorais e inibir seu crescimento.

Está em curso ainda uma outra iniciativa para pesquisar a substância, esta financiada pelo governo do estado de São Paulo e coordenada Instituto do Câncer de São Paulo (Icesp).

Foto: Ely Venancio/EPTV

G1

USP cria sistema que usa matemática para detectar casos de esquizofrenia

Software elaborado em São Carlos (SP) compara diferenças entre cérebros. Laudo afirma com 80% de chances se há tendência ou não para a doença

Programa analisa cérebros e dá diagnóstico com 80% de acerto (Foto: Paulo Chiari/EPTV)
Programa analisa cérebros e dá diagnóstico com 80% de acerto, diz USP (Foto: Paulo Chiari/EPTV)

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos desenvolveram um software que identifica as diferenças entre cérebros de quem tem ou não esquizofrenia. Usando cálculos matemáticos, o computador afirma com 80% de chances se há tendência de ter ou não a doença.

Segundo a pesquisa do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), o programa interpreta exames de ressonância magnética, calcula a distância entre várias partes do cérebro e compara características de um órgão saudável com outro doente.

Sistema
De acordo com o pesquisador Francisco Rodrigues, o objetivo principal da pesquisa, iniciada em 2012, era desenvolver um modelo matemático computacional que permitisse fazer o diagnóstico sem qualquer tipo de experimento invasivo. Ele explicou que, quando a pessoa tem a doença, o cérebro é menos organizado em determinadas regiões do que o de uma pessoa que não tem a esquizofrenia.

Os códigos matemáticos podem ajudar no diagnóstico precoce. “Se você pega um jovem ou uma criança que ainda não manifestou a doença e faz esse mapeamento, o programa vai falar qual é a chance dessa pessoa desenvolver ou não. Com isso, pode-se fazer um monitoramento e, se a pessoa tem uma tendência, pode-se acompanhar e aí talvez usar algum tipo de medicação para evitar que a doença evolua”, disse o pesquisador.

A doença
A esquizofrenia é um transtorno mental complexo que dificulta a distinção entre as experiências reais e imaginárias, interfere no pensamento lógico e tem causas ainda desconhecidas.

“São frequentes alucinações olfativas, visuais, auditivas, a sensação de estar sendo perseguido. Rituais paranoides em que a pessoa tem a sensação de que existe algum plano contra ela. Perda do controle de suas ações e geralmente culmina sempre com a necessidade muito grande de atender as demandas sociais”, explicou o neurologista Francisco Márcio de Carvalho.

A doença atinge mais de 1,5 milhão de brasileiros. São cinquenta mil novos casos por ano no país e um dos desafios é o diagnóstico mais preciso. “O diagnóstico é essencialmente clínico. Não há um exame que faça a confirmação de certeza. O diagnóstico pode ser difícil, principalmente em caso em que tenha uma tendência do paciente a omitir o seu sofrimento e, algumas vezes, um isolamento social que afasta ele das pessoas e dos familiares”, avaliou o especialista.

Recuperação
O aposentado José Eduardo Rodrigues Júnior hoje cuida das plantas e dos cães em casa, mas não imaginava que um dia pudesse fazer isso. Quando era criança, ele ouvia vozes, tinha dificuldades para estudar e era agressivo. Deu muito trabalho em casa e na escola. Só muitos anos depois, já adulto, que teve o diagnóstico correto: esquizofrenia. Passou a tomar os remédios, voltou a estudar, casou-se e fez amigos. “Eu consegui concluir o segundo grau e me dar melhor com as pessoas”, contou.

Rodrigues disse acreditar que, se tivesse sido diagnosticado com a doença mais cedo, teria sofrido bem menos. “Eu teria emprego, seria mais calmo, teria mais amigos e seria mais feliz”, completou.

G1

OMS: Número de adultos diabéticos se multiplicou por quatro em 35 anos

Doença afetava 422 milhões no planeta em 2014, diz OMS. Houve aumento dos fatores de risco, como o sobrepeso e a obesidade

Aumento dos fatores de risco, como o sobrepeso e a obesidade, fez com que o número de adultos diabéticos quadruplicasse desde 1980 (Foto: David Gray/Reuters)
Aumento dos fatores de risco, como sobrepeso e obesidade, fez com que o número de adultos diabéticos quadruplicasse desde 1980 (Foto: David Gray/Reuters)

O número de adultos que sofrem de diabetes quadruplicou desde 1980 e o problema afetava 422 milhões no planeta em 2014, devido sobretudo à obesidade, afirma o primeiro relatório global da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a enfermidade crônica.

Em escala mundial, a OMS calcula que 422 milhões de adultos sofriam diabetes em 2014, contra 108 milhões em 1980.

A situação foi provocada sobretudo pelo aumento dos fatores de risco, como o sobrepeso e a obesidade

Como evitar
Se você tem excesso de peso ou cintura muito larga, pode evitar ou atrasar a diabetes tipo 2 mantendo uma dieta saudável e sendo mais ativo fisicamente. Estima-se que cada quilo a mais aumente o risco da doença em 16%.

Não foi comprovado que algum método de perda de peso específico seja mais efetivo do que os outros.

Recomenda-se uma dieta rica em vegetais, que tenha poucas calorias e muitas vitaminas e minerais, temperados com gorduras saudáveis como azeite de oliva, acompanhados de nozes, castanhas e peixes.

As proteínas também são importantes. Entre as boas fontes estão carne sem gordura e não-processada, lentilhas, iogurte grego, ovos, grãos e, novamente, as nozes, castanhas e peixes.

E frutas: ainda que as tropicais tenham muito açúcar, isso não quer dizer que precisam ser banidas.

Fazer exercício é essencial para ter uma boa saúde, mas lembre-se de que atividades comuns contam: caminhar, limpar a casa, brincar com as crianças - qualquer coisa que faça você se movimentar ajuda a controlar seu peso e pode reduzir o nível de açúcar no sangue, pois contribui para que o corpo use insulina mais efetivamente.

Beber água
Com frequência se confunde sede com fome e, por isso, é aconselhável se manter hidratado se você está comendo bem.

A melhor bebida é a água, que não tem calorias e não há nenhuma dúvida de que faz bem. Outras bebidas costumam ter muito açúcar ou contêm cafeína e aditivos.

Refrigerantes, bebidas energéticas e cafés com muito leite são particularmente ruins.

Considere as bebidas adoçadas com substâncias artificiais como um luxo que você se dá às vezes, pois há provas de que elas aumentam nosso desejo de consumir alimentos doces.

Se você não gosta de água, acrescente ingredientes como frutas cítricas, gengibre ou hortelã. Ou tome chá de ervas.

A quantidade de água que você precisa varia, mas a urina clara é bom sinal de que você está bebendo o suficiente.

Quanto é muito?
Em nosso mundo de porções extragrandes, é difícil saber qual o tamanho de uma porção sensata.

Não apenas o tamanho das porções cresceu nos últimos anos, mas também o dos pratos. A fórmula é simples: pratos menores = porções menores.

É mais fácil conseguir uma porção ideal em um prato menor, e muitos de nós enchemos os pratos sem nos importar com seu tamanho.

Use sua mão como guia
Sua mão é um ótimo medidor para o tamanho da porção ideal. Uma porção de proteína deve ser mais ou menos do tamanho da palma da sua mão; uma de cereal ou massa, do tamanho do punho; manteiga e azeites devem caber na ponta de seu dedo.

Congele o que sobrar
Cozinhar grandes quantidades é bom para economizar tempo, mas vira um problema se você não resiste e acaba repetindo.

Guarde as sobras imediatamente para deixá-las prontas para as próximas refeições. Se estiverem congeladas, e não na geladeira, é menos provável que você belisque.

Dieta rígida e reversão
Novos estudos mostraram que os níveis de açúcar no sangue de pessoas que sofrem de diabetes tipo 2 podem se normalizar quando elas adotam uma dieta muito baixa em calorias durante oito semanas.

Os investigadores selecionaram indivíduos altamente motivados, que tinham mais possibilidade de seguir a dieta, e os mantiveram sob rígida supervisão médica.

O estudo indica que uma perda de peso significativa reduz a quantidade de gordura presente no fígado e no pâncreas.

Isso, por sua vez, causou um funcionamento melhor da insulina e o retorno a níveis normais de açúcar no sangue.

Os resultados foram menos animadores no caso de participantes que haviam tido diabetes tipo 2 durante mais de quatro anos.

Ainda que a pesquisa seja promissora, ainda é preciso obter mais detalhes. Além disso, a perda de peso tem que se manter para que os benefícios continuem.

Isso é difícil - e muita gente tem dificuldade em seguir dietas restritivas.

Por isso, uma mudança no estilo de vida que inclua exercícios e rotina pode ser preferível e mais fácil de manter.

Tentar uma dieta rígida sem assistência médica pode ser perigoso. Por isso, é importante consultar um médico antes de começar uma dieta.

G1

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Turma São Camilo Itapetininga


Encerramento do módulo de Gestão de Logística Hospitalar da
 pós graduação em Administração Hospitalar realizado 
em Itapetininga - SP
19 03 2016

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Governo autoriza reajuste de até 12,5% no preço dos remédios

Pela 1ª vez em mais de 10 anos índice aprovado fica acima da inflação. Autorização foi publicada no 'Diário Oficial da União' desta sexta-feira

Os preços dos remédios poderão subir até 12,5% a partir desta sexta-feira (1º). Resolução da Câmara de regulação do Mercado de Medicamrntos (Cmed), órgão do governo formado por representantes de vários ministérios, fixou em 12,5% o reajuste máximo permitido aos fabricantes na definição dos preços dos medicamentos. A decisão foi publicada no "Diário Oficial da União".

A regulação é válida para um universo de mais de 9 mil medicamentos com preços controlados pelo governo. Em 2015, o reajuste máximo autorizado foi de 7,7%. Em 2014, o reajuste foi de 5,68%. O setor já contava com um reajuste de até 12,5%, de forma a compensar a inflação do período e o aumento de custos provocado pela alta do dólar e aumentos no valor da energia elétrica.

Segundo a Interfarma, a associação que representa laboratórios farmacêuticos do país, é a primeira vez em mais de 10 anos que o governo autoriza um reajuste anual de preços acima da inflação. Entre março de 2015 e fevereiro de 2016, a inflação calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 10,36%.

Diferentemente de outros anos, o governo determinou dessa vez apenas uma faixa de reajuste máximo para todas as categorias de medicamentos. Nos anos anteriores, foram autorizados 3 níveis diferentes de alta, conforme o perfil de concorrência dos produtos, seguindo a lógica de que, nas categorias com um maior número de genéricos, a concorrência é maior e, portanto, o aumento também pode ser maior. No ano passado, o reajuste médio ficou em 6% e 50% dos produtos teve reajuste de 5%.

Crise e efeito câmbio
O reajuste acima da inflação tem como pano de fundo os reflexos da crise econômica no setor farmacêutico, uma vez que, pelas regras, o cálculo do índice leva em conta também fatores como produtividade da indústria e variações dos custos de insumos.

Segundo a Interfarma, a forte alta do dólar e das tarifas de energia elétrica tiveram forte impacto nos custos da indústria, cuja boa parte da matéria-prima é importada. "Desta vez, a produtividade da indústria foi negativa, ou seja, a mão de obra contratada produziu menos que no ano anterior. Assim, os fatores de produtividade acabaram sendo anulados", informou a associação.

Apesar de o reajuste já estar valendo, é aconselhável que o consumidor faça pesquisa, uma vez que os preços tradicionalmente tendem a ser remarcados conforme as farmácias forem renovando seus estoques.

Dicas para o consumidor

Diante do reajuste, a Proteste Associação de Consumidores dá algumas dicas para os consumidores:

- Pesquise em diferentes redes, e não deixe de pechinchar. Há diferenças mesmo dentro da mesma rede, de uma loja para outra.

- Consulte seu médico sobre a possibilidade de usar a versão genérica do medicamento. O genérico, em regra, é mais barato. E lembre que também há diferenças nos preços cobrados por diferentes laboratórios.

- Peça para seu médico receitar o medicamento pelo nome do princípio ativo e não pelo nome de marca. Assim, será mais fácil verificar a existência de genéricos e optar pelo mais barato.

- Consulte o médico sobre a possibilidade de utilizar medicamentos que constam da lista do Programa Farmácia Popular, que oferece remédios gratuitos e com preços até 90% mais baratos. Há uma série de farmácias e drogarias que participam do programa.

- Para quem tem doença crônica, também outra forma de economia é a adesão a programas de fidelização de laboratórios. A adesão é feita pelo site das empresas ou por um telefone 0800, identificado nos rótulos dos produtos. Dependendo do medicamento, os descontos chegam até 70%.

Foto: Reprodução

G1