Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



segunda-feira, 16 de julho de 2018

7% dos pacientes vão adquirir infecção hospitalar durante internação, aponta relatório

Resultado de imagem para infecção hospitalarNúmero sobe para 10% em países de renda média e baixa. Documento do Banco Mundial, OMS e OCDE traz panorama da assistência à saúde em todo o mundo: ‘práticas inadequadas ocorrem em países ricos e pobres’

Em países de renda alta, 7% dos pacientes internados vão adquirir alguma infecção durante a internação hospitalar. Esse índice sobe para 10% em países de renda baixa. O dado é de relatório do Bando Mundial, OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgado no dia 5 deste mês.

“Isso acontece apesar das infecções hospitalares serem facilmente evitadas com uma melhor higiene, melhores práticas de controle de infecções e uso apropriado de produtos antimicrobianos”, diz o documento. O relatório das entidades faz uma análise da assistência à saúde em todo o mundo e aponta para o custo global da má-assistência: só com erros associados à medicação, o mundo gasta US$ 42 bilhões ao ano.

De modo geral, diz o documento, erros de medicação, tratamento desnecessário ou inadequado, práticas clinicas inseguras e falta de treinamento de profissionais de saúde é uma realidade em todos os países do mundo: sejam eles ricos ou pobres.

Alguns dados que indicam a ‘má qualidade da assistência à saúde’ em todo o mundo, segundo o relatório:
1. Quase 40% dos estabelecimentos de saúde em países de baixa e média renda não têm água potável e quase 20% não têm saneamento. “As implicações para a qualidade os cuidados são evidentes”, diz o relatório;

2. Em países de renda alta, um em cada 10 pacientes têm algum efeito negativo durante o tratamento;

3. Taxas de vacinação de influenza estão baixas em países ricos: número varia de 1% a 78% (no Brasil, índice foi acima de 80%);

4. A resistência de micro-organismos a medicamentos é uma realidade em todo o mundo devido ao uso excessivo desses produtos na assistência à saúde;

5. 303 mil mães e 2,7 milhões de recém-nascidos morrem anualmente por questões relacionadas ao parto. “Muitas dessas condições seriam evitáveis”, diz o documento.

6. Cerca de 2,6 milhões de bebês nascem mortos todos os anos;

7. 7% dos pacientes em países ricos vão ter alguma infecção hospitalar. Número é de 10% em países de renda média e alta;

8. Uma proporção considerável de pacientes não recebe tratamento adequado, baseado nas melhores evidências, diz a OMS;

9. Em muitos países, há subdiagnóstico da hipertensão. Menos da metade dos adultos com pressão alta não foram diagnosticados. O tratamento varia muito: entre 7% e 61% dos pacientes que apresentaram pressão alta estão recebendo tratamento para hipertensão;

10. Pesquisa mostrou que, em países de renda média e alta, a adesão a protocolos e diretrizes ficou abaixo de 50%;

11. Estudo da OCDE mostrou que entre 19-53% das mulheres entre 50-69 anos não realizou mamografia;

12. Outro levantamento da OCDE também demonstrou que entre 27-73% das pessoas acima de 65 anos não receberam vacinação contra a gripe em países de renda média e alta.

O documento faz ressalvas quanto a melhores taxas de sobrevivência relacionadas ao câncer e a doenças cardiovasculares ao longo dos anos, mas o documento ressalta que “mesmo assim, custos econômicos e sociais do atendimento de baixa qualidade, incluindo incapacidade de longo prazo, e produtividade perdida, chegam a trilhões de dólares a cada ano.”

O que é uma boa assistência à saúde?
O relatório aponta que uma boa assistência à saúde deve oferecer tratamento certo, no tempo certo e atender às preferências e necessidades do paciente. Ao mesmo tempo, a assistência deve minimizar o dano e o uso desnecessário de recursos. As entidades sustentam que, mesmo em países pobres, o investimento em saúde deve ser prioridade, não só pelos custos sociais, mas também pelos custos econômicos.

“A construção de sistemas de saúde de qualidade é acessível para todos os países do mundo em todos os níveis de desenvolvimento. Na verdade, a falta de qualidade na saúde, é um custo que nenhum país pode pagar, especialmente os pobres”. As entidades postulam que o acesso universal à saúde só é possível com um aumento da qualidade. Esses sistemas também devem desenvolver transparência.

Um estudo feito pela OCDE feito entre 2012 e 2015 mostrou que todos os sistemas universais precisavam desenvolver mecanismos para divulgar melhor sua performance em termos de qualidade e resultado do tratamento. No Brasil, a assistência à saúde é universal — para todos os brasileiros — com o Sistema Único de Saúde.

G1

Entidades defendem exame para médicos como OAB de advogados

Resultado de imagem para exame de proficiênciaCerca de 85% dos participantes do Encontro Nacional de Entidades Médicas votaram a favor de um exame nacional obrigatório de proficiência

Oitenta e cinco por cento dos mais de 150 delegados que participaram na terça (26) e quarta-feira (27) do 8º Encontro Nacional de Entidades Médicas votaram a favor de um exame nacional obrigatório de proficiência em medicina, espécie de exame da ordem, como aplicado aos advogados.

Atualmente, alguns conselhos regionais aplicam exames, mas a participação não é obrigatória e o médico pode obter o registro mesmo se for reprovado. O Projeto de Lei 165/2017, que trata de um exame nacional e obrigatório, tramita no Senado e tem como relator o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO).

Em março, a Associação Médica Brasileira (AMB) já havia definido que atuaria em prol da criação de lei para instituição do exame para egressos do curso de medicina. Os formados que não forem aprovados na prova não poderiam receber o registro e estariam impedidos de exercer a medicina. A expectativa, agora, é que entidades atuem juntas pela causa.

“Entendemos que o Exame Nacional Obrigatório de Proficiência em Medicina é urgente e necessário para protegermos os pacientes de serem atendidos por médicos sem formação de qualidade”, avaliou o presidente da AMB, Lincoln Ferreira, por meio de nota. “As escolas médicas precisam ser avaliadas e os alunos também. E quem não estiver preparado não poderá exercer a medicina”, completou.

Além da AMB, o 8º Encontro Nacional das Entidades Médicas reúne delegados do Conselho Federal de Medicina da Federação Nacional dos Médicos e da Federação Médica Brasileira (FMB). O evento, que acontece em Brasília, discutiu temas como formação médica; mercado de trabalho; e assistência médica à saúde no Brasil.

R7