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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Remédios antigos: Leite de Magnésia Phillips'

Durante mais de um século, milhões de pessoas que sofrem de mal estar estomacal, problemas intestinais, como constipação, ou até mesmo uma simples prisão de ventre cotidiana, recorrem a um pequeno vidrinho azul com um líquido cremoso branco para acabar com esses males. O vidrinho em questão é o Leite de Magnésia PHILLIPS’, um dos medicamentos mais tradicionais e famosos do mundo.



A história
Tudo começou em 1873 quando o farmacêutico inglês Charles Henry Phillips radicado na cidade americana de Stamford, estado de Connecticut, criou a fórmula original de um medicamento, uma mistura de hidrato de magnésia e água, que ele batizou de Leite de Magnésia em virtude de sua coloração branca semelhante ao leite, que poderia ser utilizado inicialmente como antiácido (para combater a azia) e posteriormente como laxante (para pessoas que sofriam de constipação). Na época, ele era proprietário de uma pequena fábrica de velas, chamada Phillips Camphor and Wax Company, mas nos anos seguintes devido ao sucesso do remédio montou a indústria farmacêutica Charles H. Phillips Company na cidade de Glenbrook. Após sua morte, seus quatro filhos (A. N. Phillips, C. E. H. Phillips, W. D. Phillips, e J. B. Phillips) assumiram a administração da empresa.


Em 1897, Forde Morgan começou a trabalhar na empresa. Este homem seria de vital importância no sucesso e expansão do produto visitando médicos, dentistas, hospitais e farmacêuticos para demonstrar as eficácias de utilização do leite de magnésia. No ano seguinte, o produto também passou a ser recomendado para eliminar náuseas provocadas pela anestesia de cirurgias e também para higiene bucal de crianças. Até 1911, o remédio era vendido em frascos comuns, e naquele ano ganhou uma embalagem exclusiva, feita de vidro azul, que no decorrer dos anos se tornaria um verdadeiro ícone da marca e maior símbolo de reconhecimento por parte dos consumidores.-

 
Em 1923, a empresa foi adquirida pela Sterling Drug. Os novos proprietários criaram nos anos seguintes, novos produtos sob a marca PHILLIPS’ como creme dental de leite de magnésia (1924), pó dental (1925) e o tradicional leite de magnésia, na versão tabletes mastigáveis, em 1931. No Brasil, o Leite de Magnésia PHILLIPS’ começou a ser fabricado em 1930, mas as embalagens ainda eram importadas. Somente a partir de 1949, a Cisper (atual Owens-Illinois) passou a fornecer os frascos. A empresa era a única que possuía tecnologia para fabricar vidro de cor azul no país. O primeiro sabor do leite de magnésia de PHILLIPS’, menta, foi lançado no mercado em 1956.

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No início da década de 90, novos sabores do produto foram introduzidos no mercado: leite de magnésia concentrado no sabor morango (1990) e o sabor de cereja (1992). Pouco depois, em 1995, a gigante alemã Bayer adquiriu a operação norte-americana da Sterling Drug, e passou a ser proprietária da marca PHILLIPS’ na América do Norte. No resto do mundo, o leite de magnésia PHILLIPS’ possui outros proprietários, como por exemplo, EM Portugal e no Brasil, onde pertence aos laboratórios GSK (a Glaxo SmithKline), que, a partir de 1997, passou a acondicionar o Leite de Magnésia em garrafinhas plásticas com rótulos auto-adesivos e tampa de rosca. Neste mesmo ano, a marca introduziu no mercado americano o PHILLIPS’ Stool Softener, um laxante mais suave.-

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No início do novo milênio, em novembro de 200, foi lançada a versão PHILLIPS’ M-O, desenvolvida especialmente para quem possui problemas de hemorróidas. Em 2004, a marca PHILLIPS’ introduziu no mercado um novo produto: laxante que possui em sua formulação óxido de magnésio na versão comprimidos. Recentemente, em 2008, a marca expandiu sua linha de produto, sendo pioneira ao lançar o PHILLIPS’ COLON HEALTH, um suplemento nutricional que contem probióticos, ajudando a manter de forma natural uma saúde digestiva saudável, eliminando diarréias ocasionais, constipação, gases e a sensação de desconforto intestinal. Outra novidade deste ano foi a introdução do leite de magnésia desenvolvido especialmente para crianças.-


 Os slogans

Get Effective relief, camp free.
Be good to your colon and it will be good to you.

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Dados corporativos
● Origem: Estados Unidos
● Lançamento: 1873
● Criador: Charles Henry Phillips● Sede mundial: Leverkusen, Alemanha (Bayer) e Brentford, Inglaterra (GSK)● Proprietário da marca: Bayer AG e Glaxo SmithKline
● Capital aberto: Não
● CEO: Andrew Witty (GSK)
● CEO: Werner Wenning (Bayer)
● Faturamento: Não divulgado
● Lucro: Não divulgado
● Presença global: 50 países
● Presença no Brasil: Sim● Segmento: Medicamentos
● Principais produtos: Leite de magnésia● Ícones: O tradicional pote azul.● Slogan: Get Effective relief, camp free.● Website: www.phillipsrelief.com
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A marca no mundo
O leite de magnésia PHILLIPS’, comercializado em quase 50 países ao redor do mundo, comercializa uma completa linha de produtos para combater e prevenir os males intestinais, além de promover uma ótima e saudável saúde digestiva.
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Você sabia?
O Leite de Magnésia PHILLIPS’ é um dos laxantes suaves mais eficazes, regularizando o ritmo intestinal, sem irritar as paredes do aparelho digestivo. Além disso, não contem açúcar, podendo ser consumido por diabéticos, lactentes, grávidas e durante o período de amamentação.

Fonte mundodasmarcas.blogspot.com

Conheça sete alimentos que desintoxicam o organismo

Ingestão de desintoxicantes também deixa o corpo mais alerta

É possível desintoxicar o organismo fazendo uso de alimentos saudáveis que naturalmente exercem a função de limpeza.

Além de eliminar toxinas que podem vir a causar doenças, a ingestão de alimentos desintoxicantes também deixa o organismo mais alerta e ágil na eliminação do que não foi reaproveitado.

Conheça alguns alimentos que colaboram para essa faxina interna:

Alface: a clorofila e flavonóides contidos na folha eliminam o excesso de líquidos no organismo e desincha.

Arroz integral: reduz a absorção da gordura pelo organismo e por ser rico em fibras, ajuda no bom funcionamento do intestino.

Farelo de aveia: a betaglucana contida no farelo melhora o trânsito intestinal e, assim, o organismo acumula menos toxinas.

Cenoura: as vitaminas contidas no legume estimulam o metabolismo e ajudam o organismo a eliminar líquidos.

Melancia: por causa de suas fibras e água ajuda a eliminar as toxinas do organismo.

Abacaxi: a enzima bromelina ajuda a digerir mais rapidamente os alimentos.

Mel: por ser rico em frutose, ele equilibra o PH do sangue e os níveis de açúcar.

Fonte R7

Austrália testa spray bucal para tratar dependência da maconha

Borrifador é usado em teste para diminuir os efeitos da síndrome de abstinência

Pesquisadores na Austrália começaram a testar um borrifador bucal com substâncias derivadas da canabis e utilizado em tratamentos contra a esclerose múltipla para combater a dependência à maconha, informaram nesta segunda-feira (9) fontes da pesquisa.

O remédio, chamado Sativex, começou a ser tetado em Sydney e na vizinha Newcastle para diminuir os efeitos da síndrome de abstinência, que provoca insônia, mudanças de humor e desejos.

A diretora do Centro Nacional de Prevenção e Informação sobre Maconha, Jan Copeland, disse à emissora local ABC que o spray é "um produto elaborado de uma planta orgânica" e se parece ao tratamento contra o tabagismo na qual se substitui a nicotina.

O borrifador bucal tem dose mínimas de seu princípio ativo, o THC (tetrahidrocanabinol), para evitar que o paciente fique narcotizado e ajudar a reduzir seu consumo de maconha. Também tem grandes doses de ácidos carboxílicos que ajudam a diminuir a ansiedade e tem efeitos antipsicóticos.

A maconha é uma substância polêmica porque possui propriedades terapêuticas mas também se considera uma droga com efeitos perniciosos fora do uso médico. Cerca de 200 mil pessoas fumam maconha na Austrália, que tem uma população de 22,3 milhões de pessoas. Austrália e Nova Zelândia são os países com a maior taxa de consumo de maconha e anfetamina no mundo, segundo um estudo publicado recentemente na revista médica The Lancet.

Fonte R7

Dormir logo após o jantar aumenta o risco de derrame

Ideal é pegar no sono uma hora depois de comer, segundo especialistas

Um estudo realizado pela Universidade de Ioannina, na Grécia, descobriu que dormir logo após o jantar pode aumentar o risco de acidente vascular cerbral.

O AVC é caracterizado pela perda rápida de função neurológica, decorrente do entupimento (isquemia) ou rompimento (hemorragia) de vasos sanguíneos cerebrais.

O paciente pode apresentar paralisação ou dificuldade de movimentação dos membros de um mesmo lado do corpo, dificuldade na fala ou articulação das palavras e déficit da visão.

Sem encontrar uma causa definida, os médicos acreditam que dormir logo após a refeição pode aumentar as chances de refluxo durante a noite e até mesmo ocasionar apneia do sono. E essa última aumentaria as chances de derrame.

Os cientistas acreditam também que após comer, as taxas de açúcar e colesterol no sangue sofrem uma alteração. Enquanto elas não voltam ao normal, aumentam as chances de derrame.

O ideal, dizem os especialistas, é dormir uma hora depois da refeição e sempre privilegiar alimentos leves e pouco calóricos.

Fonte R7

Dicas de como eliminar o mosquito da dengue

Dados preliminares mostram que Campinas registrou 3,1 mil casos de dengue em 2011

Número é o maior da última década e superou o de 2010, com 2.647 casos

Em 2011, a cidade de Campinas (SP) registrou 3.132 casos de dengue. O balanço, que ainda não foi finalizado pois contabiliza os casos da doença registrados na cidade até o dia 10 de dezembro, foi divulgado esta semana pela Secretaria Municipal de Saúde. Apesar de os números serem parciais, os dados de 2011 já indicam a segunda maior epidemia de dengue na cidade da última década, superando o ano de 2010, quando foram registrados 2.647 casos na cidade. O pior ano da série histórica foi 2007, com 11.442 casos, com duas mortes.

Em outubro e novembro do ano passado, os casos de dengue na cidade cresceram, o que despertou preocupação na Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) porque o número se mostrou parecido ao que ocorreu em 2006, ano que antecedeu a maior epidemia já registrada em Campinas.

Segundo Andrea Von Zuben, médica da Covisa, "com base na série histórica da dengue em Campinas, desde 1998, percebemos que os casos começam a aparecer com maior intensidade em janeiro, com picos em março e abril".

- Desta vez, em 2011, o aumento de casos começou em outubro e novembro, muito parecido com o quadro verificado em 2006. No ano seguinte, houve a explosão de casos.

Em Catanduva, único município do estado que tinha risco iminente de surto de dengue de acordo com um levantamento feito pelo Ministério da Saúde, 289 casos de dengue foram registrados em 2011 – número quase 70% menor que em 2010, quando houve 929 casos.

A Secretaria Estadual de Saúde ainda não fechou o balanço de 2011 com o número total de casos de dengue de São Paulo, mas idenficou que entre janeiro e novembro do ano passado foram registrados 88.046 casos autóctones (com transmissão dentro do estado) nos municípios paulistas, número 53,2% menor que o registrado no mesmo período de 2010, quando ocorreram 188.529 casos.

Desse total, 21,2% ocorreram na cidade de Ribeirão Preto (SP), com 18.672 casos notificados. A Secretaria Municipal de Ribeirão Preto informou à Agência Brasil que a prefeitura tem intensificado a ação contra o mosquito transmissor da doença e que apenas um caso de dengue foi registrado na cidade em dezembro do ano passado, número bem inferior à comparação com o mesmo mês de 2010, quando ocorreram 204 casos da doença. Em novembro de 2011, foram oito casos.

A secretaria estadual informou que investe anualmente R$ 40 milhões para ajudar os municípios paulistas no combate à dengue. Segundo a secretaria, 4.358 casos de dengue ocorreram na capital no período. Em todo o país, segundo o Ministério da Saúde, foram notificados 742.364 casos suspeitos de dengue até o final de novembro, redução de 25% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Fonte R7

Decisão do Brasil de mudar tratamento de pacientes mentais provoca polêmica

A figura do doente mental sempre esteve presente na sociedade. Ao longo do tempo, o que mudou foi a maneira de lidar com pessoas acometidas por esse tipo de mal. Se antes os que se situavam na periferia da razão eram isolados do convívio social em instituições ou domicílios especializados, desde 2001 o Brasil escolheu partir para a chamada reforma psiquiátrica — movimento de profissionais da saúde idealizado para substituir os manicômios por práticas terapêuticas que valorizem a socialização e a individualidade de cada doente, por meio de uma rede de ações.

Mesmo após mais de uma década de sua formalização, contudo, a estratégia ainda é polêmica, especialmente com relação à redução do número de leitos em hospitais psiquiátricos.

Segundo o Ministério da Saúde, desde 2003 a Política de Saúde Mental no Brasil adota um “modelo de atenção integral aos pacientes estruturada nos princípios da reforma psiquiátrica”. A ideia principal é descartar a hospitalização como única possibilidade de tratamento. Nesse sentido, foram criados espaços que funcionam como alternativas pré-internação, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), as equipes de Saúde da Família, os Consultórios de Rua e as Casas de Acolhimento Transitório (CATs), com tratamentos que foram incorporados ao Sistema Único de Saúde (SUS). A estimativa é de que até 2014 o Ministério da Saúde financie a criação de 7.780 vagas em unidades de acolhimento, “que abrigarão os dependentes químicos por até seis meses para estabilização clínica e controle da abstinência”, de 216 consultórios de rua para o tratamento de dependentes químicos e de mais 3,6 mil leitos na rede de assistência.

Outra diretriz adotada pelo governo, a implementação de uma política de atenção integral direcionada a usuários de álcool e outras drogas — que prevê a internação de quem sofre com esse tipo de problema — tem, entretanto, acalorado a discussão. Para o presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Humberto Verona, a prática é um retrocesso. “A reforma veio depois de muito trabalho dos profissionais de saúde para convencer as pessoas de que o louco é humano também e que a internação não é a solução para ninguém. Aí, vem uma política oficial e defende o oposto disso”, justifica.

Segundo Verona, a divulgação que tem sido feita a respeito das internações de usuários de drogas pode induzir a população a acreditar que o confinamento significá o fim dos dependentes químicos. “Fizemos inspeções e vimos que em alguns locais as pessoas sofrem tortura, são presas em celas ou ameaçadas de perder a guarda dos filhos por ter tido recaídas na droga”, enumera.

Deficiências
Para o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Antônio Geraldo da Silva, até mesmo a terminologia “reforma psiquiátrica” está equivocada, pois não se baseia em ciência, mas em uma ideologia. “Ninguém reforma uma especialidade médica”, esclarece. Segundo Antônio, o que falta para que a “reforma” funcione é a integração dos profissionais da rede pública de saúde. Acabar com o atendimento hospitalar de doentes mentais, de acordo com o presidente da ABP, fez com que os pacientes fossem remanejados para as ruas e prisões. “O que foi proposto no Brasil resultou em moradores de rua doentes mentais e doentes na cadeia, transformando os presídios em manicômios, mostrando que o modelo é tão falido quanto o hospitalocêntrico”, defende. Antônio acredita que, para que o problema seja realmente resolvido, é necessário criar uma abordagem estruturada em três pilares principais: proteção, promoção e prevenção da saúde mental.

Embora também defenda a existência de uma rede de atendimento, o médico acrescenta que os CAPs ainda estão longe do que seria o ideal. “Um CAPs atende de 300 a 500 pessoas. Hoje, existem cerca de 1,6 mil CAPs, que não atendem nem sequer 1 milhão de pacientes”, calcula Geraldo. “Seriam necessários 92 mil CAPs para atender os 46 milhões de doentes. Ou seja, não resolvem o problema.” A solução, de acordo com Antônio, seria a criação de centrais de atendimento às doenças mentais em cada posto de saúde do país. “Se esses espaços adiantassem, não haveria tantos viciados em crack e 60 mil doentes mentais na cadeia. Querem transformar em um problema policial o que é um problema médico.”

Ao longo de seis anos de existência, o CAPs 2 do Paranoá já atendeu cerca de 6 mil pessoas. Atualmente, 350 pacientes com esquizofrenia, psicose, transtorno obsessivo compulsivo, depressão e neuroses graves dividem o espaço. Ricardo Alves, psicólogo e gerente do CAPs, explica que cada paciente tem um plano terapêutico personalizado, de acordo com a sua enfermidade. “É uma reabilitação psicossocial. Além da medicação e consultas com médicos, eles frequentam grupos terapêuticos de ordem de oficinas, produção e psicoterapia”, detalha. “Os pacientes que vêm para cá muitas vezes passaram por longas internações. São pessoas que desaprenderam a viver.”

Acompanhamento
Juracyr Pereira Ramos, 60 anos, tem dois filhos que frequentam o CAPs. Os dois sofrem de esquizofrenia. A empregada doméstica conta que precisou largar o emprego para poder acompanhar Júlio César e Advan Pereira Ramos, 32 e 37 anos, respectivamente. “Prefiro vir com eles porque não confio em deixar que eles venham sozinhos”, comenta. Os remédios são administrados por ela, sempre no horário determinado pelos médicos. “Quando comecei a tomar os remédios, minha vida mudou”, diz Júlio César. “Me acho mais saudável. Eu ficava o dia inteiro na rua, fazendo nada.” José Alfredo dos Santos, 43 anos, também recebe tratamento para esquizofrenia no CAPs do Paranoá. Antes de conhecer a unidade, há quatro meses, quando chegou a Brasília, o paulistano já contabilizava mais de 15 anos de terapias, remédios e internações.

Da época em que ficou internado, por vontade própria, José guardou na memória o descaso. “Aqui, o pessoal é mais experiente. Eles prestam atenção no que a gente fala.” Nas terapias de grupo com os demais pacientes, José teve a chance de expor o que pensa e ouvir as experiências dos colegas — e ganhou autoestima para se renovar. “Sempre pesquisei, queria entender como buscar a cura. Nunca choraminguei pela minha situação.” Engajado, ele conta que participava do Conselho Regional de Psicólogos e de conferências de saúde mental da Universidade Estadual Paulista (Unesp) — além de ter sido candidato a vereador por três vezes em São Paulo. “Não ganhei porque fui honesto demais”, brinca.

Fonte Correio Braziliense

Proteína interrompe a penetração do vírus da hepatite C nas células

Doenças sexualmente transmissíveis, as hepatites B e C, juntas, infectam até sete vezes mais pessoas que o HIV, responsável pela Aids. De acordo com os últimos boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde, enquanto, em 2009, foram registrados 3.409 novos casos de Aids, no mesmo ano, o vírus HBV foi detectado em 14.601 brasileiros; e o HCV, em 9.747.

A situação não é diferente no restante do mundo, onde as hepatites são as principais causas de cirrose e câncer hepáticos. Conhecer melhor os mecanismos de ação e inibição desses micro-organismos que passam despercebidos pelo sistema imunológico é o primeiro passo para conseguir erradicar o risco que representam à saúde da população.

Estudos publicados recentemente buscam, justamente, apresentar à comunidade médica novidades que, no futuro, poderão beneficiar os portadores das hepatites virais. Um deles, que saiu na edição de hoje da revista especializada Nature Medicine, reporta um novo receptor para o HCV, trazendo esperança para as cerca de 170 milhões de pessoas no mundo que estão infectadas pelo vírus. “O tratamento para hepatite C, atualmente, tem pouca eficácia e graves efeitos colaterais, o que torna urgente o desenvolvimento de antirretrovirais”, justifica Kazuaki Chayama, pesquisador do Laboratório de Doenças do Aparelho Digestivo da Universidade de Tóquio, e um dos autores do estudo.

Ele conta que, coordenada por Susan L. Uprichard, microbióloga da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, a equipe descobriu que uma proteína chamada NPC1L1 — no aparelho digestivo, ela tem função de receptora do colesterol — se liga ao HCV, mecanismo que permite a entrada do vírus nas células. “Impedir que ele transponha a parede celular representa um alvo em potencial para o desenvolvimento de um novo medicamento”, diz Chayama.

Segundo o cientista, na pesquisa os cientistas observaram que, ao reduzir ou bloquear a ação do NPC1L1 no organismo, o vírus da hepatite C não consegue entrar nas células. “Os testes foram feitos em ratos cujos fígados são formados por tecidos humanos”, conta o pesquisador, animado com o resultado. “O interessante é que já existem drogas no mercado que têm o NPC1L1 como alvo. Isso, com certeza, vai acelerar muito os testes em humanos, pois podemos pular etapas no processo de autorização dos testes clínicos”, acredita.

“Quanto mais pesquisas aparecerem sobre esse vírus, para o qual ainda não existe vacinação, mais perto chegamos de um tratamento efetivo”, comemora Santley M. Lemon, professor de medicina, microbiologia e imunologia da Universidade da Carolina do Norte, câmpus de Chapel Hill, nos Estados Unidos. Há uma semana, um trabalho coordenado por ele foi publicado na revista especializada Pnas e também oferece importantes pistas sobre o HCV.

“Uma vez dentro das células, o vírus sobrevive graças a ‘parcerias’ que faz com as moléculas. Uma dessas é a miR-122, molécula de RNA que regula a expressão genética das células hepáticas”, diz. Segundo Lemon, há sete anos, sua equipe já tinha demonstrado que, para se replicar dentro do fígado, o vírus da hepatite C precisa da molécula miR-122. Eles não sabiam, porém, qual a relação exata entre as estruturas. “Agora, percebemos que, ao se ligar à molécula, o vírus garante sua sobrevivência, multiplica-se e causa os danos já conhecidos ao fígado”, diz.


Enormes desafios
Lemon, microbiólogo que se dedica há décadas ao estudo de doenças hepáticas, explica que, quando o assunto são vírus, os desafios são muito grandes. “Eu diria que os vírus constituem uma das maiores dificuldades para a ciência médica. Eles evoluíram com os humanos, há milhares de anos, então conhecem muito bem nossa fisiologia. E sabem tirar partido desse conhecimento, usando o organismo como um hospedeiro bastante conveniente”, diz. “Mas as pesquisas estão avançadas e acho que estamos cada vez mais perto de derrotar esse esperto inimigo”, diz.

De acordo com ele, em nenhum país há estatísticas precisas sobre as hepatites, o que faz dessas doenças virais um grave problema de saúde pública. “São males silenciosos, cujos primeiros sintomas, quando aparecem, costumam surgir muito depois da infecção. Temos um estudo aqui, nos Estados Unidos, realizado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, mostrando que pelo menos 4 milhões de americanos estão infectados pelo HCV, sendo que a maioria delas nem sequer sabe disso. Estima-se que mais de um terço dessas pessoas, ao longo da vida, desenvolverão doenças crônicas hepáticas ou câncer de fígado, um tipo de tumor maligno que está se tornando cada vez mais comum devido à proliferação do vírus”, conta.

Também assintomática — 70% dos adultos expostos não sabem que estão infectados —, a hepatite B é outra preocupação dos médicos e pesquisadores, pois, embora exista vacina contra o HBC, 10% dos portadores, de acordo com o Ministério da Saúde, vão evoluir para o quadro, o que pode acarretar danos hepáticos permanentes. No Brasil, estima-se que 800 mil pessoas estejam infectadas, a partir do Inquérito Nacional de Hepatites Virais, finalizado pelo ministério em 2010. “Ouso dizer que a hepatite B é a mais comum doença infecciosa do mundo, com 350 milhões de indivíduos cronicamente afetados. Para fins de comparação, em relação ao HIV, esse número é de 33 milhões”, afirma Mark Wilkinson, médico do Hospital Thomas de Londres.

Novos medicamentos
O especialista explica que um percentual muito alto de pacientes torna-se resistente aos medicamentos ao longo do tratamento, fazendo com que seja cada vez mais necessário o surgimento de antirretrovirais de última geração. “Há muitos anos não aparecem novos remédios para a hepatite B”, reclama Wilkinson. Ele diz, porém, que há boas expectativas para a fabricação de fármacos eficazes, segundo um congresso internacional sobre o fígado, do qual participou no ano passado, em Berlim.

Wilinson conta que uma das promessas é um peptídeo sintético que, em laboratório, se mostrou eficaz no tratamento de células hepáticas humanas, quando prescrito antes e depois da infecção. “Esse peptídeo também conseguiu combater outros vírus, como o HIV e o da herpes, e micróbios infecciosos que causam, entre outras doenças, pneumonia e colite”, relata.

Imunização ampliada
O Ministério da Saúde ampliou a faixa etária para vacinação contra a hepatite B. No ano passado, a idade-limite para vacinação passou de 19 para 24 anos. Em 2012, o público-alvo será ampliado para pessoas de até 29 anos. A medida já está valendo nos postos de vacinação.

Fonte Correio Braziliense

Bardana

Resumo
Bardana: planta medicinal utilizada em uso interno contra a acne e os furúnculos, e em uso externo, no tratamento contra o eczema.

Nomes
Nome em português: Bardana
Nome latim: Arctium lappa
Nome francês: bardane
Nome inglês: Burdock, Bardane
Nome alemão: Grosse Klette

Família
Asteraceae

Constituintes
Óleo essencial, taninos, ácidos-fenóis, inulina.

Partes utilizadas
Raiz fresca, folhas secas, brotos.

Propriedades da Bardana
Uso interno (cápsulas, comprimidos,...)
- Desinfetante, depurativo, microbicidas, anti-fúngico, drenador, diurético

Uso externo (pomadas,...)
- Desinfetante

Indicações
Uso interno (cápsula, comprimidos, ...)
- Acne, furúnculos, eczema, dermatite atópica, queda de cabelos, psoríase, abcesso, micose dos pés.

Uso externo (pomada,...)
- Eczema

Efeitos secundários
Desconhecemos

Contra-indicações
Em caso de gravidez

Interações
Desconhecemos

Preparações à base de bardana

- infusão de bardana (chá de bardana)

- decocção de bardana

- tintura de bardana

- cápsulas de bardana

- pomada de bardana

Onde cresce a bardana ?
A bardana cresce na Europa e na Ásia.

Quando colher a raiz da bardana ?
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Observações
Uma planta muito interessante para tratar a acne. A ser tomada principalmente em cápsulas (à base de raiz de bardana). Peça conselhos na sua farmácia.

Fonte Criasaude

Pacientes com câncer devem ter acompanhamento nutricional

Doença afeta o metabolismo e pode causar perda de peso, desânimo, cansaço, mal-estar, unhas quebradiças, entre outros sintomas

Conforme o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 66,3% dos pacientes com câncer no Brasil estão com o peso abaixo do ideal devido ao tratamento quimioterápico. Pessoas diagnosticadas com câncer apresentam quase três vezes mais quadro de desnutrição do que aquelas que sofrem de doenças como a tuberculose e o HIV.

Segundo o nutrólogo Celso Cukier, além do comprometimento do estado nutricional causado pelo tumor, o tipo de tratamento também influenciará no estado de saúde do paciente.

— Qualquer paciente tende a ficar fraco durante o tratamento oncológico, por isso um especialista precisa formular uma alimentação balanceada e que seja aliada a este tratamento — enfatiza Culkier.

No momento do diagnóstico, aproximadamente 80% dos pacientes perdem peso substancialmente. A ocorrência e a severidade da desnutrição são maiores em portadores de tumores gastrointestinais e pulmonares. Isso acontece porque as doenças ligadas à respiração e à digestão os deixam mais sensíveis aos alimentos que ingerem e causam alteração do paladar e dificuldade em sentir sabores, além de sensibilidade ou de insensibilidade ao doce e de intolerância ao amargo.

Quimioterapia leva à perda de apetiteÉ comum que, com o tratamento quimioterápico, o paciente tenha uma diminuição no apetite. Por outro lado, ele apresenta um aumento de suas necessidades de energia e de ingestão proteínas em virtude da doença. A somatória desses fatores pode contribuir para a desnutrição.

— Com a dificuldade na alimentação e a falta de alguns nutrientes, ele começa a perder peso, por isso o tratamento nutricional deve ser simultâneo ao do câncer — afirma o nutrólogo.

Quando existe um desequilíbrio entre as necessidades do organismo e a ingestão de nutrientes, o indivíduo pode entrar em estado de desnutrição. Um de seus sinais mais simples é a perda de peso. Outros que podem ser citados são desânimo, cansaço, mal-estar, unhas quebradiças e pele ressecada. De acordo com o especialista, se não houver o acompanhamento nutricional, o tratamento de câncer, apesar de combater o tumor, pode ter um impacto negativo sobre o organismo.

Dicas de alimentação no tratamento do paciente com câncer:: Faça uma dieta fracionada, comendo pequenas quantidades e frequentemente;

:: Evite a ingestão de líquidos durante as refeições, pois pode causar refluxo;

:: Evite comer em locais abafados, quentes ou que tenham cheiros vindos da cozinha que podem causar náuseas;

:: Não tente ingerir seus alimentos preferidos quando sentir náuseas. Isso pode criar repugnância permanente por esses alimentos;

:: Descanse após as refeições, pois a atividade pode retardar a digestão. É melhor descansar sentado durante cerca de uma hora;

:: Se a náusea costuma aparecer durante o tratamento, evite comer uma ou duas horas antes da quimioterapia ou da radioterapia;

:: Tente descobrir quando a náusea ocorre e qual sua causa (determinados alimentos, situações, ambientes);

:: Introduza mudanças no seu plano alimentar. Fale com seu médico ou nutricionista.

Fonte Zero Hora

Idosos que têm o hábito de dormir à tarde têm mais chances de sofrer quedas

Fisioterapeuta vê relação entre ocorrências e sintomas de insônia noturna na terceira idade


Aquele cochilo que muitos idosos dão durante o dia merece um olhar mais cuidadoso por parte dos profissionais de saúde, principalmente quanto à frequência e duração do hábito. O alerta é do fisioterapeuta Alexandre Alves Pereira, que encontrou uma relação significativa entre sintomas de insônia, cochilo diurno e ocorrência de quedas em idosos.

Pesquisa realizada na Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp cruzou informações do banco de dados do Estudo Fibra — Fragilidade em Idosos Brasileiros, por meio do qual foram entrevistados 689 idosos em Campinas. A ocorrência de quedas nessa população atingiu 26,2%, sendo que 11,87% sofreram duas ou mais quedas. Segundo Pereira, levando em consideração as consequências físicas e psicológicas que o episódio ocasiona em pessoas de mais idade, a porcentagem deve ser observada com atenção.

— As quedas representam um grave problema de saúde pública na população idosa, configurando uma síndrome clínica com impacto significativo sobre a qualidade de vida — destaca Pereira, lembrando que entre as complicações está o risco de fraturas, além do medo de cair novamente, bem como o risco de internação e morte.

A pesquisa buscou o número de idosos que respondia positivamente a uma das questões que evidenciam a presença de sintomas de insônia. São elas: dificuldade ao iniciar o sono, dificuldade em manter o sono, despertar precocemente ou dormir mal durante a noite. O estudo buscou ainda identificar os idosos que respondiam afirmativamente sobre o costume de cochilar durante o dia e aqueles que apresentaram quedas nos últimos 12 meses. Na sequência, o fisioterapeuta fez o cruzamento de todos os dados e indicou as associações que, segundo ele, são pouco exploradas na literatura científica.

— Acredito que a pesquisa abre um caminho para se avaliar o impacto das intervenções nas queixas e hábitos relativos ao sono na velhice visando à prevenção de eventos adversos — afirma o fisioterapeuta.

O profissional explica ainda que são vários os fatores que levam o idoso a cair. Por isso, são relevantes as pesquisas cujo foco são aspectos que podem estar relacionados a esta ocorrência e, assim, ampliar as estratégias de prevenção. Nesse sentido, o estudo indica a necessidade de avaliação mais criteriosa da qualidade do sono e suas consequências para o idoso, pois podem revelar piora na condição de saúde e declínio funcional.

Fonte Zero Hora

Quem vai à igreja corre menos risco de hipertensão, aponta estudo

Cardiologista brasileiro, autor de diversos livros sobre o tema, reitera correlação entre fé e saúde


Uma pesquisa norueguesa acompanha cerca de 120 mil pessoas desde 1984 para investigar fatores que podem ajudar a saúde, como o humor, atividades culturais e crenças religiosas. O estudo revelou que pessoas que frequentam a igreja têm pressão arterial mais baixa, mesmo quando outros fatores que poderiam influenciar no resultado eram controlados. A conclusão dos cientistas é que os religiosos são mais saudáveis.

— Até pouco tempo, muitos médicos ainda acreditavam que a religião fosse algo muito pessoal e irrelevante para a saúde. Mas pesquisas como essas vêm, no entanto, mudando esse tipo de mentalidade, tornando cada vez mais presentes os valores religiosos dentro dos consultórios médicos — comenta o cardiologista Roque Marcos Savioli, autor de livros sobre o tema.

Savioli explica que o ser humano é composto por três dimensões: a física, a psíquica e a espiritual.

— São dimensões que coexistem harmonicamente, mantendo a saúde global do indivíduo. Distúrbios em quaisquer dessas dimensões podem ocasionar disfunções tanto no corpo como no psiquismo e no espírito — defende.

Em seus livros, Savioli alerta para que homens e mulheres cuidem e prestem atenção nessas três dimensões. Na física, com a prática de exercícios, cuidados com a alimentação, consultas médicas frequentes. Na psíquica, o cuidado com a depressão e o estresse, fatores que comprovadamente têm grande influência na saúde do corpo. E também não se pode esquecer do lado espiritual.

— É comprovado cientificamente que a fé faz a diferença na evolução das doenças. Os doutores do século XXI poderão aplicar a seus pacientes a mais nova tecnologia no tratamento das doenças, além de oferecer condições para surpir suas necessidades sociais, psicológicas e espirituais — projeta o médico.

Fonte Zero Hora

Planejamento é uma bússola para atingir as metas

 

Neurocientista explica que há uma diferença de tempo entre o pensar e o agir que precisa ser superada


Como definir as metas certas? Para a filósofa e mestre em neurociência Bárbara Sinigaglia, é difícil falar de certo e errado, mas é possível falar de coerência. É preciso ser coerente com o que se está vivendo para definir o que é necessário manter, aperfeiçoar ou mudar no que se está vivendo.

— Há uma diferença de tempo entre a capacidade de pensar e a capacidade de agir, por isso as pessoas acabam perdendo a energia para colocar suas metas em prática — explica Bárbara.

A especialista comenta que algumas técnicas favorecem a superação dessa diferença temporal. São atividades voltadas à imaginação, concentração, e, principalmente, planejamento.

— O planejamento é uma bússola para não esquecer das metas e não desistir de alcançá-las, tendo a clareza do que é preciso fazer para atingir os objetivos — define.

Passo a passo
Bárbara destaca que é preciso discernir metas imediatas, de curto, médio e longo prazo.

— Temos um ano inteiro para distribuir nossas metas, se desconfiamos que é muito difícil atingir um objetivo e desistimos nos primeiros meses, está faltando capacidade de planejar — afirma.

Conforme a especialista, a preocupação e a tensão atrapalham a caminhada. O planejamento fornece tranquilidade para que se possa manter a energia para cumprir as metas e também para redirecionar o plano, se for necessário.

Palestra
Bárbara Sinigaglia fará uma palestra na Associação Cultural Nova Acrópole, em São Leopoldo, no Vale do Sinos, nesta terça-feira, 10 de janeiro, às 20h. o ingresso é 1kg de alimento. O instituto fica na Rua João Neves da Fontoura, 56 — Centro. Informações pelo telefone (51) 3566-1867 ou pelo e-mail saoleopoldo.rs@nova-acropole.org.br.

Fonte Zero Hora

Regimento Interno: o melhor amigo do médico

Sabemos que o Regimento Interno do Corpo Clínico não costuma ser um dos documentos mais valorizados em um hospital. No entanto, a sua importância é enorme para o bom funcionamento do Corpo Clínico, vez que nele devem-se estabelecer direitos e deveres dos médicos, com vistas a garantir o exercício ético da Medicina, mas não criará obrigações para a entidade.

Só um documento bem redigido, coerente e alinhado com as melhores práticas pode salvaguardar o médico de arbitrariedades, como a expulsão do Corpo Clínico sem motivo ou investigação, como veremos ao longo deste texto.

Para que seja o melhor amigo do médico, referido documento tem que ser lido, entendido e respeitado.

O CFM, pela Resolução 1.481/97, estabelece as diretrizes mínimas para a elaboração do documento.

A Resolução define como Corpo Clínico “o conjunto de médicos de uma instituição com a incumbência de prestar assistência aos pacientes que a procuram, gozando de autonomia profissional, técnica, científica, política e cultural”.

Ocorre que há instituições de saúde que denominam “Corpo Clínico” a totalidade de profissionais de nível superior que nela atuem. Neste caso, as diretrizes impostas nesta norma atingem o conjunto dos médicos que pratiquem a medicina sob qualquer denominação.

Cópia do Regimento Interno deve ser apresentada no Conselho Regional, bem como suas ulteriores alterações, juntamente com a ata da assembleia que a aprovou para registro.

Direitos e Deveres
Dentre os direitos fundamentais que devem estar previstos no Regimento Interno, citam-se os seguintes: autonomia profissional, admissão e exclusão de membros, acesso à Instituição e seus serviços, participação nas assembleias e reuniões, o direito de votar e, se o caso, ser votado, receber a remuneração pelos serviços prestados de forma mais direta e imediata possível, comunicar falhas na assistência prestada pela Instituição.

Os deveres dos médicos também deverão estar claros, a exemplo de: obediência ao Código de Ética Médica, ao Estatuto e ao Regimento Interno da Instituição, assistência aos pacientes sob sua responsabilidade, cumprir as normas técnicas e administrativas da Instituição e elaborar o prontuário do paciente com registros indispensáveis à elucidação do caso em qualquer momento.

Verifica-se que alguns direitos e deveres que devem constar obrigatoriamente no Regimento Interno, conforme determina a Resolução em debate, reproduzem comandos do Código de Ética Médica, a exemplo da autonomia e da correta elaboração do prontuário.

Deverá constar, ainda, no Regimento Interno, a existência dos diretores Técnico e Clínico, bem como informações sobre a eleição deste, seu substituto, mandato, e, ainda, os membros da Comissão de Ética, que deverão ser eleitos por votação direta e secreta em processo eleitoral específico, com antecedência de pelos menos 10 dias por maioria simples de votos.

Também deve haver previsão acerca da existência de Conselhos e outras Comissões, com previsão da representação do Corpo Clínico.

Decisões do Corpo Clínico
As deliberações do Corpo Clínico se darão por intermédio de assemblrias (ordinárias) convocadas com antecedência mínima de 10 dias, em primeira convocação com quórum mínimo de 2/3 dos membros e, em segunda convocação, após uma hora, com qualquer número, decidindo por maioria simples de votos, exceto para exclusão de membros, quando serão exigidos 2/3 dos votos.

Já as assembleias extraordinárias poderão ser convocadas mediante requerimento de 1/3 dos membros do Corpo Clínico, com antecedência mínima de 24 horas.

Categorias de médicos
A composição dos médicos que integram o Corpo Clínico deverá ser estabelecida por categorias, com descrição das suas características.

Há que se respeitar o direito do médico de internar e assistir seus pacientes em hospitais privados com ou sem caráter filantrópico, mesmo que não faça parte do seu Corpo Clínico, logicamente, respeitadas as normas técnicas da instituição. Esta disposição aparece na normatização em discussão e no Código de Ética Médica.

Punição
Os fatos de natureza administrativa poderão resultar em punição a membro do Corpo Clínico, devidamente estipulada (por exemplo: advertência, exclusão).

Deve haver previsão neste sentido no Regimento Interno, observando-se a instauração de sindicância, com absoluto respeito à ampla defesa e contraditório como é assegurado, inclusive, na Constituição Federal.

A penalidade máxima de exclusão deverá ser homologada em assembleia do Corpo Clínico.

Não sendo observadas as disposições do Regimento Interno acerca da punição ao médico, este deve procurar o Conselho Regional para reclamação, sem prejuízo de buscar no Judiciário a reparação moral, quando for o caso, como a que se lê abaixo:

RESPONSABILIDADE CIVIL – EXCLUSÃO DE MÉDICO DE QUADRO CLÍNICO HOSPITALAR – INOBSERVÂNCIA DAS NORMAS DO REGIMENTO INTERNO – INDENIZAÇÃO – ARBITRAMENTO – VALOR DIVERSO – PEDIDO ESTIMATIVO – SUCUMBÊNCIA PARCIAL NÃO CONFIGURADA.

- Configura-se irregular e abusiva a exclusão de médico do quadro clínico de entidade hospitalar, se não obedeceu às normas do Regimento Interno do Corpo Médico e da Comissão de Ética Médica da própria instituição, a ensejar dano moral indenizável, diante da inegável repercussão negativa alcançada pelo fato no meio profissional e social, de sorte a provocar abalo emocional e prejuízos ao ofendido. (…) (TJMG Apelação Cível 1.0045.97.002383-9/001, julgado em 22/01/08)

Como se percebe, trata-se de documento soberano, complexo, abrangente, obrigatório, que faz lei entre os médicos. É fundamental que as instituições trabalhem para que as normas nele determinadas sejam cumpridas, além de mantê-lo sempre atualizado.

Por Verônica Cordeiro da Rocha Mesquita

Fonte SaudeWeb

Veja como a gestão de enfermagem pode realizar a contenção dos pacientes

Na análise de dados estatísticos internacionais, como os da The Joint Commission nos Estados Unidos, a contenção de pacientes, usada de forma inapropriada ou inadequada, aparece como importante causa de eventos adversos nas organizações de saúde

Uma das questões que tem sua justificativa de aplicação questionada em ambientes de saúde é a contenção de pacientes. Quando tratamos das responsabilidades relacionadas às atividades de enfermagem esse tema também ganha destaque, pois, de forma rotineira, é atribuída ao profissional enfermeiro a decisão sobre o uso e formas de contenção de pacientes. Na análise de dados estatísticos internacionais, como os da The Joint Commission nos Estados Unidos, a contenção de pacientes, usada de forma inapropriada ou inadequada, aparece como importante causa de eventos adversos nas organizações de saúde.

Do ponto de vista dos atuais conceitos de segurança do paciente a contenção também aparece como um destaque, na medida em que tal procedimento é aplicado com maior freqüência em pacientes considerados de alto risco, como por exemplo, nas unidades de terapia intensiva. Com base nos requerimentos dos padrões internacionais constantes do manual hospitalar utilizado pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) e Joint Commission Interantional (JCI) no Brasil, a contenção deve ser orientada por uma decisão médica, indicada a partir de uma justificativa clínica para sua aplicação. No caso da contenção química, induzida a partir de medicamentos clinicamente indicados para cada caso, cabe a enfermagem administrá-los de forma segura. No caso da contenção física, cabe a equipe de enfermagem atender a prescrição médica, sendo então de sua responsabilidade a decisão sobre a melhor e mais segura forma de aplicação, além do monitoramento periódico para auxiliar a decisão para sua manutenção ou retirada.

A prescrição médica, portanto, deve conter, conforme os requerimentos dos padrões internacionais, além da justificativa clínica para a aplicação, o método (físico ou químico) e a periodicidade para sua revisão, se a cada 2 ou 4 horas, por exemplo. Não significa afirmar que a equipe de enfermagem não tenha competência ou autonomia para tomar tal decisão. A expectativa é de que o procedimento somente seja utilizado quando devidamente indicado ou clinicamente justificado. O uso indiscriminado e inadequado de formas de contenção de pacientes é uma não conformidade frequentemente identificada e relatada nas avaliações que realizamos nas instituições de saúde que estão em processo de preparação para acreditação internacional CBA-JCI. Tais contenções, de forma geral, são aplicadas diretamente por decisão da equipe de enfermagem em função de justificativas próprias das necessidades da equipe e não das condições clínicas dos pacientes.

As boas práticas de qualidade e segurança consideram a avaliação clínica como ponto de decisão e a prescrição médica como orientador dessa decisão. A contenção deve estar baseada em diretrizes ou protocolos clínicos discutidos e definidos em caráter multidisciplinar, sendo a evolução do paciente, anotada em seu prontuário, a base do monitoramento contínuo para decidir sobre sua manutenção ou retirada. As formas de contenção devem privilegiar as características e necessidades de cada paciente, para que sejam aplicadas de forma apropriada e segura, sendo, por exemplo, em determinadas condições indicada a contenção dos membros e em outras, a do tronco/dorso, em função do tipo de imobilização que se pretenda alcançar.

Dessa forma, ainda cabe a equipe de enfermagem uma fundamental e importante participação no processo de contenção de pacientes. Os profissionais devem buscar estabelecer documentos, como políticas e procedimentos, que orientem de forma uniforme e segura a conduta nessas situações. Devem também discutir e estabelecer com a equipe médica, diretrizes e protocolos que utilizem a prescrição médica como fonte de orientação e decisão sobre o uso adequado da contenção e o tipo de cuidado que deve ser prestado ao paciente sob contenção.

Por Heleno Costa Junior

Fonte SaudeWeb

Expansão: MV inaugura filiais no Mato Grosso e Tocantins

Expansão faz parte do plano estratégico de crescimento da empresa, possibilitando que sejam assumidos novos contratos com custos mais baixos

Dando continuidade ao seu planejamento estratégico de crescimento, a MV inaugurou recentemente duas novas filiais nos estados de Mato Grosso e Tocantins.

Segundo o diretor corporativo comercial, Robson Catão, a possibilidade de estar fisicamente nestas regiões possibilita que a empresa assuma novos contratos com custos mais baixos

Catão diz que a solução MV foi contratada para gerenciar todos os processos de 17 hospitais públicos do Estado. E completa ao afirmar que a companhia vem expandindo sua atuação na saúde publica com o objetivo de contribuir para um melhor atendimento à população.

O estado de Mato Grosso também está implantando um projeto de informatização da saúde pública, envolvendo, inclusive, toda a logística de distribuição de medicamentos.

De acordo com o diretor corporativo comercial, é um projeto que pretende trazer benefícios para a produção do Mato Grosso, bem como grande economia para o estado

Com a inauguração das filiais em Palmas e Cuiabá, a MV totaliza 10 unidades no Brasil: Recife (PE), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Passo Fundo (RS), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Vitória (ES).

Fonte SaudeWeb

3 passos para alcançar o modelo de hospital ideal

Em post, o especialista chama atenção dos gestores sobre os caminhos que os hospitais podem percorrer para melhorar a qualidade das suas instituições de saúde

Há inúmeras possibilidades para exemplificar esse tipo de hospital.

•Aquele que dá lucro.
•O que tem a ocupação média de leitos acima de 85% e um significativo número de cirurgias.
•O que atende a todos os convênios.
•O que tem o Corpo Clínico mais bem preparado.

Antes de evoluir na discussão sobre qual ou quais das alternativas acima melhor se encaixam no seu conceito de hospital ideal, contudo, convido o leitor a responder a uma questão básica e ao mesmo tempo fundamental, pois pode definir não só os rumos, mas também o sucesso ou fracasso da empreitada: Qual o core business deste hospital?

Vamos desdobrar ainda melhor esta pergunta, para que não restem dúvidas: Qual o principal produto deste hospital? Em que áreas da medicina ele irá operar? Para qual mercado ele estará disponível? Atenderá todas as classes econômicas ou estratificará em algumas específicas? Prestará serviços a convênios? Quais? Dará atendimento ao SUS? Em que região da cidade estará instalado? Como será o acesso? Quais os obstáculos e dificuldades que se espera encontrar?

Estas são perguntas cruciais na concepção de um empreendimento hospitalar. Não pretendo discutir também questões relacionadas ao projeto, construção e início da operação do hospital. Gostaria de me ater ao conceito do negócio. As questões apresentadas no início deste artigo são relevantes, sim. Mas lucro, ocupação, relacionamento com convênios e dedicação/qualificação do corpo clínico serão mais conseqüências de um bom planejamento do que fundamentos do empreendimento em questão.

É preciso, antes de tudo definir as áreas da medicina sobre as quais o hospital lançará seu foco. Por exemplo, desejo atuar em quatro grandes áreas, com ênfase em pacientes cirúrgicos, sendo elas: atenção cardiovascular; cirurgia geral/abdominal; traumatologia e ortopedia; e oncologia. Pronto, foi lançada a pedra fundamental.

A partir desta decisão, sugiro os próximos passos ou atividades:

1.Qual a organização do Corpo Clínico, pedra angular para o êxito deste negócio, necessário para tornar este hospital rentável? Começo desenhando o plano diretor de medicina do hospital, chamado também de core business. A partir das quatro grandes áreas da medicina, descrevo e pormenorizo a composição dos serviços e suas atividades específicas. Quanto mais detalhada for esta descrição, mais correta será a alocação dos médicos em cada um, ou seja, a exata dimensão da força de trabalho necessária para a operação desse plano. Também facilita a alocação de todos os outros profissionais que fazem parte do que se denomina de atividades assistenciais, mas não somente, também as com funções operacionais e administrativas.

2.A formatação do plano comercial a partir da etapa um será tanto mais eficiente quanto for a definição do core business e toda sua base se origina do plano diretor de medicina. Se a decisão for atender a todos os convênios é possível você introduzir uma nova forma de relacionamento com as operadoras de planos de saúde, usando a remuneração por procedimentos, o que traria um valor agregado muito forte, contribuindo para a eliminação de custos burocráticos e controle desnecessário que o mercado pratica atualmente. Certamente será um ingrediente importante para a resposta às perguntas iniciais, além de oportunizar uma relação mais tranquila e transparente entre o hospital e o cliente operadora.

3.A governança deste hospital a partir do negócio desenhado por áreas da medicina será executada com objetividade, uma vez que os produtos já estarão previamente definidos e descritos e, assim, os atores e coadjuvantes envolvidos terão a exata dimensão do que representam e quais os comportamentos necessários para alcançar os resultados esperados pelo conselho administrativo.

Certamente o hospital com 250 leitos atuando com uma ocupação média de 85% tem grandes probabilidades de ser mais rentável do que outro com menor ou maior capacidade de leitos. Porém, seu melhor desempenho não será devido ao tamanho e à ocupação e sim ao acerto nas decisões que resultarão na modelagem do negócio.

É este apenas um sonho?
Creio que não. Acredito ser este o caminho ideal para um novo empreendimento. Mas nada impede que se inicie uma reflexão e se tomem decisões e ações que transformem as atuais entidades. Quem sabe estamos diante de uma grande oportunidade em inovar definitivamente a gestão?

Comecemos a construir a diferença!

Por Genésio Korbes

Fonte SaudeWeb

7 erros que os gestores não podem cometer

Ver a própria empresa como principal no mercado, não buscar um diferencial e investir em áreas saturadas são alguns dos equivocos citados

Publicado há oito anos, o livro “Por que executivos inteligentes falham”, de Sydney Finkelstein, identifica as principais características de executivos mal sucedidos à frente de grandes organizações. Pesquisas realizadas com 50 ex-altos executivos de grandes empresas identificaram os sete hábitos mais comuns que fizeram os CEOs serem classificados como fracassos na área. As informações são da Época Negócios.

O primeiro deles diz respeito ao fato dos executivos verem as suas próprias empresas como a principal no mercado. Eles superestimam seus negócios e acabam investindo em áreas saturadas, sem buscar um diferencial no mercado. Foi o caso do CEO da Samsung, Lee Kun-Hee, que saiu do mercado de eletrônicos para o de automóveis, investiu US$ 5 bilhões e quis dominar um segmento ao seu ritmo.

Misturar os interesses pessoais com os corporativos também é outro hábito comum entre os executivos arruinados. O comprometimento por parte do CEO é algo benéfico para as organizações desde que ela não se torne o seu “império particular”. Usar as empresas para realização de ambições pessoais acaba resultando também no uso de fundos corporativos para fins pessoais.

Eles dizem que sabem tudo e querem resolver as crises em alguns minutos. Foi o que aconteceu com o executivo da Rubbermaid, fabricante e distribuidora de produtos domésticos nos EUA, Wolfgang Schmitt. Ele era conhecido entre os ex-colegas, segundo a revista Forbes, como “Wolf sabe tudo sobre tudo”. Líderes que agem desta forma acabam excluindo outros pontos de vista e tomando decisões que não são as mais acertadas. A companhia gerenciada por Schmitt deixou de ser a mais admirada da América pela revista Forbes em 1993 e foi adquirida pelo conglomerado Newell.

“Ame-o ou deixe-o”. O slogan ufanista utilizado pelo setor de comunicação da Ditadura Militar brasileira serve bem para definir o quarto hábito mais comum entre os executivos fracassados. Estar contra a opinião deles significa estar fora da empresa. Uma abordagem desta acaba escondendo problemas vistos por outros funcionários e que abala toda a organização. Na Mattel, companhia americana de brinquedos, Jill Barad cortou seus executivos seniores por acreditar que eles tinham reservas em relação à forma como ele dirigia as coisas. O problema é que nestes casos a crise chega e ninguém fica para avisá-los.

Deixar a imagem da organização se sobrepor a questões como a contabilidade ou ações operacionais, também foi uma ação recorrente entre os CEOS. Opta-se pela “aparência”, no lugar da atividade da empresa. Tenta-se enganar o público com uma imagem positiva através das ações de relações públicas. Dennis Kozlowski, da Tyco, companhia de produtos diversificados como eletrônicos, engenharia médica e sistemas de segurança, com sede na Suíça e EUA, fazia intervenções apenas em assuntos menores e deixava a maior parte do dia a dia da companhia sem supervisão.

Subestimar os obstáculos também é uma falha cometida por estes CEOs. Eles minimizam os problemas e não admitem serem falíveis em seus cargos. A autoconfiança excessiva foi o que fez com que os negócios da Webvan, empresa de entregas rápidas nos EUA que faliu em 2001, fossem acumulando perdas ao mesmo tempo em que o seu executivo George Shaheen expandia suas operações.

Por fim, eles confiam fielmente em suas experiências passadas, em contextos diferentes, e aplicam em outros momentos, sem as adaptações necessárias. Barad aproveitou as técnicas promocionais usadas com a Barbie, que lhe fez ser conhecida, em softwares educacionais da Mattel.

Fonte SaudeWeb

Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos inaugura ala de medicina nuclear

Instituição investiu R$ 2,5 milhões para a realização do empreendimento. Área tem capacidade para realizar em média 400 exames mensais, variando de acordo com o tipo de análise

Com um investimento de R$ 2 milhões e meio, o Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, inaugura o serviço de medicina nuclear com capacidade para realizar em média 400 exames mensais, variando de acordo com o tipo de análise.

Segundo a responsável pelo serviço de medicina nuclear do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Ivana Carneiro Feres, a medicina nuclear define-se como uma especialidade médica com finalidades diagnóstica e terapêutica.

Ela diz que como método diagnóstico é capaz de estudar praticamente todos os sistemas do corpo humano, avaliando, através do emprego dos radioisótopos (elementos radioativos), a função dos órgãos e tecidos. Essa ênfase em função se traduz em um interessante diferencial em relação aos demais métodos radiológicos cujo principal foco é a anatomia.

Os radioisótopos utilizados são em sua maioria de meia-vida curta (rápido decaimento radioativo) e de rápida eliminação pelo organismo, o que reduz a exposição dos pacientes à radiação. Quando empregados com finalidade diagnóstica não interferem na função dos órgãos a serem estudados, o que permite que sejam administrados com segurança, sem maiores complicações ou efeitos colaterais.

A equipe do setor de medicina nuclear do hospital inclui além do médico nuclear, biomédicos, físicos e a equipe de enfermagem, todos com treinamento específico na área e monitoração de radioproteção.

Os exames disponíveis no hospital incluem principalmente cintilografias do coração (perfusão miocárdica), osso, cérebro (SPECT cerebral), rins, tireóide, paratireóides, glândulas salivares, pulmões, pesquisa de refluxo gastroesofágico, pesquisa de corpo inteiro com Iodo, MIBI, MIBG, Gálio-67, além de outros mais específicos.

Além do serviço de medicina nuclear, o Centro de Diagnósticos do Complexo Hospitalar dispõe ainda de equipamentos para ressonância magnética, tomografia computadorizada, angiografia digital, densitometria óssea, mamografia, neurorradiologia, radiologia geral, radiologia vascular e intervencionista. A integração de novos serviços visa atender as necessidades dos usuários, proporcionando maior qualidade de vida, conclui a especialista.

Fonte SaudeWeb