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sábado, 30 de julho de 2011

Síndrome rara: mulher entrou na menopausa aos 12 anos

A britânica Sarah Johnson, de 27 anos, entrou na menopausa com apenas 12 anos e deve ser uma das mulheres mais novas a terem a modificação hormonal que geralmente atinge as mulheres depois dos 50.
Sarah estava no colégio quando começou sofrer os sintomas - incluindo calores constantes e ganho de peso - e parou de menstruar na mesma época em que suas amigas estavam entrando na puberdade.

Após realizar inúmeros exames, a britânica foi diagnosticada com o raro distúrbio genético chamado Mosaic Turner Syndrome, o que significa que nunca poderá conceber um filho de forma natural.

Com apenas 14 anos, Sarah começou a fazer tratamento de reposição de hormônios e, hoje, ainda tem esperanças de ter um filho através de uma barriga de aluguel.
Fonte Terra

Saiba mais sobre a psoríase, mal que atinge Kim Kardashian

Kim Kardashian descobriu que tem psoríase. Foto: Getty ImagesQuem acompanha a série Kourtney and Kim take New York do canal pago E!, pode ver essa semana que Kim Kardashian está ansiosa e apreensiva. A socialite foi diagnosticada com psoríase e tem medo que a doença afete sua carreira como modelo.
Entendendo o problema
De acordo com a dermatologista Márcia Grieco, do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, da capital paulista, ainda não há uma causa definida para a psoríase, mas sabe-se que é uma doença inflamatória que gera placas vermelhas que escamam e que são mais propensas a surgir em determinadas partes do corpo, como cotovelos, joelhos e couro cabeludo. "É um problema que afeta 3% da população mundial, mas sabemos que se houver algum familiar de primeiro grau, como pais ou avós, com a doença, a chance de desenvolver a psoríase aumenta para 30%", contou.
Patrícia Fagundes, dermatologista do Hospital 9 de julho, também de São Paulo (SP), disse que os principais sintomas da psoríase são as escamas vermelhas, que podem coçar. "A psoríase não é uma doença transmissível e a principal queixa de quem tem a doença são as escamas de aspecto inestético. Raramente ouve-se queixas de dor ou ardência na pele", disse.
Márcia lembrou que a maioria das escamações acontecem em locais de dobras, mas em algumas pessoas elas podem surgir também na palma das mãos e na sola dos pés, levando à rachaduras doloridas. "As marcas também geram preconceito, pois há quem pense que é algum tipo de micose e se afaste do paciente com psoríase, que pode ter sua auto-estima afetada", destacou.
Vai e volta
A psoríase é também um problema sazonal. Segundo as dermatologistas, durante o verão há uma melhora no problema, pois a exposição aos raios ultravioleta melhoram a inflamação e a aparência da pele descamada. "Mas a exposição exagerada piora o problema, assim como a falta de hidratação", lembrou Patrícia. Por outro lado, o inverno tende a piorar a doença. "Há outros fatores que pioram a psoríase, como estresse, infecções, arrancar as casquinhas da descamação. Além disso, hoje sabemos que as doenças metabólicas também podem piorar a doença, como é o caso do sobrepeso, diabetes, colesterol e níveis de triglicérides altos", falou Márcia.
"A psoríase é uma doença crônica. Por isso, não há cura, mas há controle. A pessoa que tem a doença pode passar longos períodos sem que ela se manifeste", contou Patrícia. Hidratantes neutros, à base de ceramidas e ureia costumam ajudar a manter a saúde da pele, assim como pomadas à base de cortisona, vitamina D e ácido salicílico, que podem ser combinadas à medicação oral prescrita pelo dermatologista. Sessões de fototerapia feitas sob supervisão médica também ajudam a tratar o problema.
"Há casos raros em que a pessoa tem o corpo todo tomado pelas descamações e aí é preciso tratar no hospital, usar imunossupressores endovenosos e manter a pessoa internada. São casos extremos", lembrou a médica do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos. Há pessoas que sofrem de psoríase artropática, que é quando a doença afeta a pele e também as articulações, precisando de ajuda multidisciplinar para o tratamento da doença. "Por causa do preconceito, também recomendo que o paciente procure apoio psicológfico para poder ligar com a doença", disse Márcia Grieco.
"É imprescindível que o paciente procure o médico para o tratamento e evite a auto-medicação. Além de ser perigoso, o uso de medicação sem a orientação adequada pode trazer o efeito rebote, piorando a psoríase", explicou Patrícia Fagundes.
Veja alguns cuidados que devem ser adotados por quem sofre de psoríase:
- Evitar banhos muito quentes;
- Não se auto-medicar;
- Tomar sol apenas nos horários indicados pelos dermatologistas;
- Manter a pele hidratada;
- Evitar o uso de produtos abrasivos;
- Não arrancar as crostas da pele;
- Manter hábitos saudáveis e praticar exercícios regularmente.

Fonte Terra

SP: laboratório faz exames com 50% de desconto na Praça da Sé

O Vapt Vupt funciona na Praça da Sé, das 7h às 17h. Foto: Moisés Moraes/DivulgaçãoEm meio a um dos símbolos da cidade de São Paulo, a Praça da Sé, funciona um posto de atendimento que oferece exames laboratoriais com descontos de até 50%, em relação ao mercado. O teste rápido de HIV, por exemplo, tem o preço médio no mercado de R$ 48,70 e sai por R$ 25 no Vapt Vupt. O exame de colesterol sai de R$ 6,47 por R$ 3,92; o teste de gravidez custa R$ 18,20, dois terços do preço encontrado em laboratórios particulares. A medição do triglicérides custa R$ 3,92 na unidade.

Se o objetivo é atender os paulistas e paulistanos que trafegam pela capital, o local não poderia ser outro, já que só pela estação de metrô Sé, a maior do sistema metroviário, passam 650 mil pessoas por dia. No entanto, seja por falta de conhecimento ou preconceito pela localização, o movimento no centro de coleta é de cerca de 10 pessoas por dia. Apesar de haver seis guichês de atendimento e cinco salas de coleta de exames, uma funcionária consegue dar conta de toda a demanda.
De acordo com o diretor técnico da Biofast - a rede de laboratórios responsável pela unidade -, Wilson Rodrigues, não são só os preços que atraem pacientes: os exames são procurados como alternativa à demora encontrada no Sistema Único de Saúde (SUS). "É uma oportunidade para as pessoas que não querem depender do SUS", disse ele. O tempo de espera para o atendimento no Vapt Vupt é, em média, de 30 minutos, segundo Rodrigues. Os resultados dos exames ficam prontos em até 24 horas e o paciente pode retirá-lo pela internet. "A intenção é não atrapalhar a rotina do trabalhador", afirmou.

Apesar de a Praça da Sé ser o ambiente de grande parte dos moradores de rua de São Paulo, o foco da unidade não é o atendimento desta população, visto que os exames são pagos. Segundo o diretor, o paciente sem plano de saúde pode ir a um médico particular ou do SUS e, se precisar realizar exames, procurar o Vapt Vupt. "Basta chegar com a guia no local, a partir das 7h da manhã, de segunda a sábado", informou. No entanto, os portadores de hipoglicemia, diabetes e colesterol também podem fazer exames de check-up sem a necessidade de ordem médica. Rodrigues ressaltou que não é oferecido qualquer tipo de interpretação dos resultados no local.

O contador Antônio Araújo, 63 anos, já usou os serviços do Vapt Vupt cinco vezes e pretende continuar. "Eu demoro para ir ao médico e quero o resultado rápido", disse ele. Araújo é diabético e, apesar de ter plano de saúde particular, prefere ir direto ao laboratório. "No convênio eu teria que passar no médico para pegar o pedido de exame e eu só quero controlar o diabetes", explicou.

Já o atendente Sidnei Euclides Ferreira, 40 anos, recorreu ao Vapt Vupt por necessidade. "A igreja pediu que eu levasse exame de sangue e antidoping", disse ele. Ferreira pretende iniciar a carreira de pastor evangélico e, para isso, teve que entregar os resultados na instituição. "Eu não tenho convênio e no posto de saúde é bem mais demorado", afirmou o futuro pastor. Segundo ele, a própria igreja indicou o laboratório.

O programa
O Vapt Vupt é uma iniciativa privada da rede de Laboratórios Biofast. A empresa consegue realizar os procedimentos a preços mais baixos devido à alta demanda por exames. Rodrigues explicou ainda que a importação de grande quantidade de insumos proporciona a negociação nos preços e o desconto é repassado ao consumidor. O projeto teve início em 2009 e tem os selos do Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica (PALC) e da Organização Nacional de Acreditação (ONA). "Queremos criar mais unidades do Vapt Vupt", disse o diretor técnico da rede.

O Centro de Vigilância Sanitária Estadual informou que o posto de coleta Vapt Vupt na Praça da Sé e o laboratório de análise na Vila Mariana da Biofast têm licença de funcionamento pela Vigilância Estadual. Ainda de acordo com o Centro de Vigilância, o Vapt Vupt atende às normas da legislação sanitária do Código Sanitário Estadual e às leis da Anvisa.

O Vapt Vup funciona de segunda à sexta, das 7h às 16h e aos sábados das 7h às 11h. Mais informações: www.vaptvuptsaude.com.br

Fonte Terra

Parasitas de gatos podem aumentar chance de câncer cerebral

Os gatos podem estar "espalhando" câncer cerebral aos seus donos, segundo cientistas. A informação foi publicada no jornal Daily Mail  e questiona a relação entre um parasita que se reproduz no estômago dos bichanos e os tumores cerebrais em humanos.

O parasita em questão é o toxoplasma gondii, que está presente em cerca de um terço da população e já foi associado a mudanças da personalidade de seus portadores. Para se ter uma ideia, as mulheres grávidas são aconselhadas a não entrarem em contato com caixas de necessidades dos gatos, pois a infecção pode ser fatal para os bebês em gestação.
Cientistas franceses coletaram dados globais sobre câncer cerebral em homens e mulheres e comparou com dados sobre a taxa de infecção pelo parasita. Os estudos mostraram que a taxa de câncer de cérebro é maior em países onde o parasita está mais presente, mesmo quando outros fatores como renda foram levados em conta.

Além do risco de câncer, alguns sintomas do parasita já são conhecidos. Em ratos, ele causa uma alteração no comportamento que faz com que o animal perca o medo de gatos, o que o torna mais provável que eles sejam mortos e comidos pelos gatos, completando o ciclo de vida do parasita, que se aloja novamente no intestino do animal doméstico.

O parasita também pode influenciar o comportamento humano. A pesquisa sugere que os homens infectados se transformem em pessoas mais agressivas e ciumentas, já as mulheres ficam mais desinibidas. Outra pesquisa já chegou a apontar a ligação entre o parasita e a esquizofrenia.

As principais causas de infecção em seres humanos são provenientes do consumo de carne mal cozida, especialmente de porco, ou da ingestão de água contaminada por fezes de gato. Apesar da ligação direta entre o parasita e o câncer não ter sido comprovada, os cientistas acreditam que é necessária a realização de estudos adicionais para determinar a real ligação entre a Toxoplasma gondii e os tumores cerebrais.

Contaminação
Apesar de o animal ser o hospedeiro do parasita, são necessários certos fatores para que o parasita chegue a infectar os seres humanos. De acordo com o infectologista Paulo Feijó Barroso, que é professor de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a infecção em seres humanos ocorre, geralmente, pela ingestão de alimentos contaminados. "A transmissão para seres humanos da toxoplasmose pode ocorrer por transfusão ou transplantes, mas a forma mais comum é por via oral, quando o homem come um alimento contaminado com o parasita", disse.
O toxoplasma tem como hospedeiro definitivo o tubo digestivo dos felinos e, como as pessoas têm contato direto com o gato doméstico, eles acabam se tornando o maior transmissor do parasita. "Depois que o gato contaminado elimina suas fezes, ele pode eliminar oocistos, que é uma das fases infectantes do parasita. Depois de alguns dias no meio ambiente, o oocisto se torna contaminante aos seres humanos", analisou o infectologista.

Após se desenvolver em contato com o meio ambiente, o parasita pode ser transmitido aos seres humanos via contato direto ou em alimentos que tiveram contato com as fezes do gato.

"Orientamos as pessoas a não comer casca de fruta e verduras se não houver a certeza da origem daquele alimento", disse o médico, que ainda alertou sobre a possibilidade da contaminação via carnes mal-cozidas. "Outra forma de contaminação é quando essa verdura ou grama contaminada é ingerida por animais como boi, porco, carneiro ou cordeiro. Após serem contaminados, o parasita se aloja na parte muscular do animal e podemos nos contaminar ao comer esta carne mal-passada", falou.

Os gatos domésticos, que vivem dentro de casa, geralmente não oferecem riscos aos humanos, já que as pessoas costumam limpar as fezes com frequência, o que inviabiliza o processo de desenvolvimento do parasita. "Gatos domésticos geralmente utilizam o mesmo espaço da casa para evacuar. Nós recomendamos apenas a pessoas que tenham aids ou imunidade baixa que limpem este local diariamente. Não acredito que as pessoas tenham que se afastar dos gatos, é preciso apenas higiene", completou.

Fonte Terra

Brasil importa droga contra esclerose múltipla agressiva

A esclerose múltipla - doença que agride e lesiona o sistema nervoso central - ganhou um novo tratamento mais eficaz e com menos efeitos colaterais. O medicamento usado na Europa e Estados Unidos começou a ser oferecido gratuitamente pelas Secretarias Estaduais de Saúde em julho. A terapia é indicada para os casos mais agressivos da doença. Além de ser mais potente do que os remédios já utilizados no País, o Natalizumabe traz mais comodidade ao paciente, pois ao invés da medicação acontecer diariamente ou semanalmente, a droga é aplicada apenas uma vez ao mês.

De acordo com o neurologista Rodrigo Barbosa Thomaz, do Centro de Atendimento e Tratamento da Esclerose Múltipla, o método é usado na Europa e Estados Unidos desde 2007. "A FDA aprovou o tratamento em 2007, a Anvisa em 2008 e a partir deste mês o remédio já começa a ser recomendado pelos médicos". O paciente com diagnóstico grave de esclerose ou que não responder aos demais medicamentos será encaminhado à nova terapia que estará disponível no Brasil todo. "A pessoa retira o remédio em um posto de saúde e depois procura uma clínica ou hospital para a aplicação na veia", explicou Thomaz.

Cerca de 9 mil brasileiros que sofrem do problema poderão ter acesso ao tratamento. A tecnologia já foi usada por mais de 75 mil pessoas em 60 países. Desde 2007, apenas 130 casos de complicações foram registrados. De acordo com o neurologista, o tratamento diminui a imunidade das células no corpo. "A pessoa pode pegar uma infecção viral que atinge o cérebro, onde o ambiente está desprotegido", informou ele. No entanto, ele ressaltou que os métodos de combate à doença já difundidos no Brasil têm uma maior quantidade de efeitos colaterais, como reações gripais, alterações de humor, danos no fígado e irritações na pele.

No Brasil, cerca de 200 pacientes brasileiros já iniciaram a terapia, sem apresentar problemas. Segundo Thomaz, o tratamento funciona a partir de anticorpos monoclonais. O Natalizumabe inibe uma molécula da superfície do linfócito, que permite a entrada e alojamento do glóbulo branco no cérebro. "Os linfócitos que causam a doença, se eles não conseguem entrar no cérebro, não provocam as lesões", explicou o neurologista. Apesar da eficácia comprovada, o tratamento não tem tempo de término previsto.

A doença
Estima-se que 30 mil brasileiros convivam com o problema. A esclerose múltipla provoca inflamação e destruição da estrutura que envolve o neurônio. A doença pode resultar em déficit cognitivo, cansaço e deficiência física grave que compromete a locomoção.

Em alguns casos, a pessoa fica dependente de muletas e até de cadeira de rodas. A dormência dos membros, visão embaçada, redução da mobilidade e desequilíbrio estão entre os principais sintomas.

Fonte Terra

Associação médica americana liga cachorro-quente ao câncer

 . Foto: Getty ImagesUm outdoor que transformou cigarros em salsichas chamou atenção em Indianápolis, Estados Unidos, esta semana. A intenção da Physicians Committee for Responsible Medicine (Comissão para a Medicina Responsável) foi alertar os americanos para a ligação entre o ca-chorro-quente e o câncer, segundo informações do site do jornal inglês Daily Mail.

A associação cita o estudo de 2007 do Fundo Mundial de Pesquisa do Câncer, em que foi constatado que 50g de carne processada por dia, aproximadamente a mesma quantidade de um cachorro-quente, aumenta o risco de ocorrência de câncer no cólon e no reto em 21%.

Segundo a diretora do comitê de educação nutricional dos EUA, Susan Levin, o cachorro-quente deveria vir com um rótulo de alerta, que ajuda os consumidores a compreenderem o risco para a saúde, similar às etiquetas de advertência sobre os cigarros.

Nem todos os especialistas em saúde concordam. Segundo a Sociedade Americana do Câncer, não é necessário eliminar o consumo de carne processada, mas sim ter consciência de que este alimento não pode ser a base da dieta.

Fonte Terra

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Em 95% dos casos, câncer de testículo atinge homens até 35 anos

Maioria dos pacientes inicia tratamento quando a doença está em estágio avançado

Um levantamento do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) aponta que 95% dos casos de câncer de testículo atingem homens com até 35 anos. O Icesp concluiu ainda que 60% dos pacientes atendidos no instituto com esse tipo de tumor iniciam o tratamento com a doença já em estágio avançado. Assim, é necessário utilizar a quimioterapia.

Segundo a Secretaria de Saúde de São Paulo, o Icesp atende cerca de 150 pacientes com o problema por ano. O tumor de testículo é raro e pode ser evitado. O Icesp afirma que o diagnóstico precoce é fundamental e extremamente eficaz para combater a doença. É importante que os homens realizem o autoexame. Em 98% dos casos, os pacientes têm queixas de dor e aumento de volume testicular.

 "É essencial que os homens fiquem atentos a qualquer anomalia na região dos testículos. Apesar de raro, o tumor existe e o diagnóstico precoce aumenta as chances de sucesso na luta contra a doença", alerta o coordenador do setor de urologia do Icesp, Marcos Dall'Oglio.

Fonte veja.abril.com.br

Astrônomos sugerem nova radioterapia contra o câncer

Astrônomos também são capazes de colaborar com o desenvolvimento de novos tratamentos contra o câncer.

Ao tentar desvendar a composição de estrelas e buracos negros, um grupo fez uma descoberta que, afirma, poderia ser aplicada em um método mais seguro e mais efetivo de radioterapia com o uso de elétrons de baixa energia.

"Como astrônomos, aplicamos física e química básicas para entender o que estava ocorrendo com as estrelas", comentou Sultana Nahar, da Universidade do Estado de Ohio (EUA), que participou do estudo. "Estamos muito animados em aplicar o mesmo conhecimento [em saúde]."

A ideia surgiu durante uma análise de substâncias que compõem as estrelas. Em simulação computadorizada, os astrônomos detectaram como metais pesados absorvem diferentes níveis de radiação.

Durante a pesquisa que até então tinha ainda como enfoque as galáxias, descobriu-se que metais como o ferro e o ouro emitem elétrons de baixa energia quando expostos a raios X em algumas situações específicas.

Esse conceito poderia ser usado na destruição de tumores, com a vantagem de a carga de radiação em células saudáveis ser menor do que a utilizada em aparelhos atuais.

A partir daí, os cientistas chegaram à possibilidade de se injetar nanopartículas de metais pesados dentro e ao redor dos tumores, que receberiam uma carga curta e concentrada de radiação para combater o câncer.

"Com a espetroscopia de raios X podemos dizer quais as energias necessárias e quais átomos ou moléculas são mais efetivas em cada tratamento", diz Nahar.

As conclusões do trabalho foram apresentadas no último dia 24 durante o Simpósio Internacional de Espectroscopia Molecular.

Fonte Folhaonline

Um em cada seis consulta informação nutricional em cardápios


A inclusão de informações nutricionais em cardápios estimula a alimentação saudável, mas apenas de forma limitada, indica uma revisão feita nos EUA.

A informação foi publicada no site da "BBC News".

Pesquisadores questionaram os clientes antes e depois de uma lei aprovada em Nova York, em 2008, que obriga os restaurantes a exibir as informações nutricionais.

Realizado pelo Departamento de Saúde de NY, o estudo mostrou que uma em cada seis pessoas já consultou a tabela de calorias para reduzir a ingestão de calorias.

Restaurantes do Reino Unido estão perto de introduzir um projeto parecido.

No total, 32 empresas se inscreveram para exibir informações nutricionais no país --incluindo as cadeias de fast food McDonald's e KFC (Kentucky Fried Chicken)-- como parte de um "acordo de responsabilidade" do governo definido no início deste ano.

A iniciativa faz parte de uma série de acordos voluntários estabelecidos sobre álcool, atividade física e saúde no trabalho, assim como alimentação.

A experiência de Nova York sugere que as informações de calorias podem ter um benefício.

Os pesquisadores entrevistaram mais de 7.000 pessoas em 2007 e outras 8.500 em 2009, em 168 locais, englobando 11 das maiores redes alimentares na cidade, informou o site do "British Medical Journal".

Cerca de 15% dos clientes relataram checar as informações e eles compraram 106 menos calorias do que os que não as consultavam.

No entanto, não houve mudança significativa em geral no consumo calórico médio antes e depois, visto que algumas pessoas consumiram mais calorias em 2009.

O quadro pode ser explicado em parte por conta da mudança das práticas em algum dos restaurantes. O consumo de calorias aumentou em quase um quinto no Subway, por exemplo, onde grandes porções foram bastante promovidas.

Susan Jebb, um especialista em nutrição do Centro de Investigação Médica britânico (Medical Research Council), que assessorou o governo na estratégia, espera que o projeto tenha mais impacto no Reino Unido.

"Estamos muito mais acostumados a olhar as informações nutricionais em supermercados, por isso eu esperava que mais de uma em cada seis pessoas usasse o recurso em Nova York."

Segundo uma porta-voz do Departamento de Saúde, "este é um grande exemplo de como os rótulos podem influenciar as escolhas que as pessoas fazem e levar a uma dieta saudável."

Beatrice Brooke, da Fundação Britânica do Coração, acrescentou: "Uma em cada seis refeições no Reino Unido é feita fora de casa, por isso é essencial saber o que está no alimento que estamos comprando em restaurantes e cafés."

Fonte Folhaonline

Homem casado chega mais rápido a local de tratamento para infarto


Mesmo um breve atraso no atendimento médico após um ataque cardíaco pode significar a diferença entre a vida e morte. Um novo estudo sugere que ser casado é fator importante para se conseguir um tratamento mais rápido. Contudo, apenas para o homem.

Pesquisadores do Canadá verificaram o tempo para chegar ao local de tratamento após o início das dores no peito --um dos sintomas de um ataque cardíaco-- de 4.401 vítimas de ataques cardíacos, entre elas 1.486 mulheres.

Em um estudo publicado on-line na segunda-feira (25), na revista "The Canadian Medical Association Journal", cientistas definiram chegada tardia como sendo um atraso de seis horas ou mais contado do começo das dores até o início do tratamento.

Em media, as vítimas casadas de ataque cardíaco chegaram ao hospital meia hora mais cedo do que as solteiras.

No entanto, ao analisar os dados de homens e mulheres isoladamente, os pesquisadores descobriram que a possibilidade dos homens casados chegarem atrasados era 60% menor. Porém, para as mulheres não havia diferença significativa no atraso de casadas e solteiras.

"Com mais frequência, as esposas assumem o papel de cuidadoras e aconselham os maridos a ir para a sala de emergência", afirmou Clare L. Atzema, principal autora do estudo e professora adjunta de medicina de emergência da Universidade de Toronto.

"Porém, nas palavras do meu marido, mesmo se eu não estivesse presente para dizer a ele para ir ao hospital, ele ouviria minha voz dizendo isso. Mesmo quando não estão presentes, as mulheres exercem uma influência considerável".

Fonte Folhaonline

Diálise Peritoneal

Muitas pessoas ao redor do mundo podem possuir "Doença Renal Crônica": perda total e permanente das funções dos rins (falência renal). A falência renal pode afetar qualquer pessoa e pode ocorrer a qualquer momento da vida. A doença normalmente progride de forma gradual, e os sintomas nem sempre são percebidos até que realmente necessite de tratamento.
Para o tratamento da doença renal crônica em fase terminal é necessário optar por algum tipo de Terapia Renal Substitutiva (TRS).
A Terapia Renal Substitutiva é o tratamento que exerce as funções dos rins que, quando doentes, não conseguem mais executar.
A perda da função renal, não deve em hipótese alguma ser vista como um problema intransponível ou confundida com uma situação terminal de vida porque, uma vez diagnosticada, você pode optar por vários tratamentos.
Este guia é dirigido a você portador de doença renal, e que necessita iniciar uma Terapia Renal Substitutiva e a seus familiares.
Converse com seu médico nefrologista e procure mais informações sobre todas as opções de Terapia Renal Substitutiva.
Escolha junto com seus familiares e a equipe clínica a melhor alternativa de tratamento para manter sua qualidade de vida.
Conforme a legislação vigente (RDC/ANVISA/Ministério da Saúde – n°154/2004, republicada em 31/05/2006), é um direito do paciente ser informado sobre as diferentes alternativas de tratamento, seus benefícios, garantindo-lhe a livre escolha do método, respeitando as contra-indicações.
O que os rins fazem normalmente?
Os rins são órgãos em número de 2, na forma de grão de feijão, localizados na região lombar, dos dois lados da coluna vertebral, logo acima da linha da cintura.
Os rins saudáveis atuam como uma equipe de limpeza do sangue durante as 24 horas do dia, exercendo diversas funções, principalmente:
1. Filtrar as substâncias tóxicas retidas no organismo.
2. Eliminar o excesso de água, através da urina.
Além de metabolizar e eliminar os líquidos e alimentos ingeridos pelo organismo, os rins possuem funções complexas e indispensáveis para manter o funcionamento saudável do corpo, tais como:
• Produzir uma grande variedade de hormônios que ajudam a fabricar células vermelhas do sangue, de forma que o oxigênio possa ser transportado por todo o corpo.
• Produzir vitamina D na sua forma ativa para assegurar que os ossos sejam mantidos fortes e sadios.
• Controlar a pressão sanguínea.
Portanto, como você pode ver, quando os rins param de funcionar, o corpo pode ser afetado de várias formas. A maioria das pessoas com falência renal sentem-se mal antes de iniciar o tratamento. Os sintomas variam, geralmente incluem náuseas e vômitos, perda de apetite, coceira na pele, cansaço, inchaço nas mãos e tornozelos e freqüentes distúrbios do sono.
Quais são as terapias de substituição renal?
Apesar de ainda não existir a cura para a doença renal em fase terminal, estão disponíveis no Brasil a Hemodiálise e a Diálise Peritoneal como Terapia de Substituição Renal. Esses tratamentos são autorizados, regulamentados e subsidiados pelo SUS – Sistema Único de Saúde.
Neste livreto abordaremos a “Diálise Peritoneal” e suas diferentes modalidades.
Sobre os demais tratamentos consulte os outros livretos.
Como realizar a diálise peritoneal?
A diálise peritoneal pode ser realizada em casa, no trabalho, na escola ou mesmo durante sua viagem de férias. Ela utiliza uma membrana semipermeável que existe dentro do corpo, como um filtro natural.
Este filtro é o peritônio, uma membrana que reste o abdômen. Ela envolve e protege os órgãos internos do corpo, sendo uma área ricamente vascularizada, ideal para realizar a diálise.
Acesso Peritoneal: através de uma pequena cirurgia, um cateter (tubo flexível biocompatível) é implantado no abdômen e permite que a solução de diálise entre e saia da cavidade peritoneal. O cateter é permanente e indolor.
Para a realização da terapia, a solução de diálise é infundida na cavidade peritoneal por meio de um cateter. Uma pequena parte do cateter fica externo ao abdômen, sendo o veículo de comunicação entre a cavidade peritoneal e as bolsas de solução de diálise. O volume de solução a ser infundido varia de acordo com a área de superfície corpórea do paciente, isto é, o tamanho de cada pessoa.
A diálise acontece na presença da solução na cavidade peritoneal. O excesso de água e as substâncias tóxicas que saem do sangue, passam através da membrana peritoneal e ficam acumulados na solução de diálise.
Após algum período (4 a 6 horas), a solução de diálise precisa ser trocada, por estar cheia de substâncias tóxicas e água. Quando isso ocorre, o líquido antigo é drenado e uma nova solução de diálise é infundida.
A Diálise Peritoneal é um tratamento lento, natural e contínuo, realizado diariamente (nas 24 horas), assemelha-se ao funcionamento do rim. A remoção de líquido e toxinas ocorrem normalmente, sem intercorrências clínicas que necessitem de visitas e cuidados diários dos profissionais dos hospitais ou centros de diálise.
Quais são as modalidade da Diálise Peritoneal Contínua Domiciliar?
A Diálise Peritoneal pode ser feita manualmente pelo paciente durante o dia, denominada Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua – DPAC, ou com ajuda de uma pequena máquina cicladora. Essa modalidade é chamada de Diálise Peritoneal Automatizada – DPA.
Os dois métodos de Diálise Peritoneal podem ser eficazes. Discuta com sua equipe clínica renal qual é o método mais indicado para você.
Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua (DPAC)
É uma alternativa da Terapia Renal Substitutiva que existe no Brasil desde 1980. A DPAC permite a realização da diálise no seu domicílio em todo o território nacional, sem restrição de raça, idade ou condição social. Antes de ingressar na DPAC: o paciente e seus familiares passam por um período de treinamento realizado pelo enfermeiro da Unidade de Diálise, durante o qual serão capacitados para realizar as trocas de bolsas de solução de DPAC, cuidados com o cateter e a identificar eventuais complicações que podem ocorrer no tratamento.
A DPAC permite drenar e infundir por gravidade, a solução de diálise na cavidade peritoneal, usando bolsas plásticas conectadas ao sistema de equipo em “Y”.
O sistema de DPAC O sistema de troca de bolsas de DPAC utiliza um equipo em “Y” conectado a 2 bolsas plásticas, uma vazia e outra contendo a solução de diálise.
A bolsa cheia contendo a solução de diálise é infundida e a bolsa vazia é usada para drenar a solução antiga que estava na cavidade peritoneal.
Da mesma forma que diversas doenças podem dar origem à perda total da função renal, o peso e a altura diferem de um paciente para outro e a prescrição de DPAC varia no número de trocas de bolsas e volume de solução a ser infundido.
Normalmente, são realizadas 4 trocas de bolsas diariamente, que podem ser adaptadas aos horários e estilo de vida do paciente.
O procedimento de troca leva aproximadamente 30 minutos, ou seja, as trocas podem ser feitas pela manhã antes de sair de casa, no almoço, à tardinha e à noite antes de dormir.
No período de permanência da solução dentro do abdômen, aproximadamente 4 – 6 horas, a membrana peritoneal em contato com a solução de diálise atua como um filtro para o sangue. Após este período, uma nova troca de DPAC é realizada.
Durante o período entre as trocas o paciente fica livre das bolsas, mantendo um pequeno equipo de transferência fechado, fixado e escondido em baixo das roupas.
O que é a Diálise Peritoneal Automática (DPA)
A Diálise Peritoneal Automatizada – DPA, foi regulamentada e custeada pelo SUS – Sistema Único de Saúde – em 1999. Essa diálise também é realizada no peritônio e consiste no uso da membrana peritoneal, do cateter flexível, de bolsas plásticas contendo solução de diálise peritoneal e uma máquina cicladora.
A DPA, permite a realização da diálise no seu domicílio em todo o território nacional, sem restrição de raça, idade ou condição social.
Antes de ingressar na DPA: O paciente, familiares e/ou outra pessoa indicada, passam por um período de treinamento, ministrado pelo enfermeiro da Unidade de Diálise. O enfermeiro especialista capacita-os para utilizar a técnica correta de conexão e desconexão do paciente, manipulação do sistema, manuseio da cicladora, cuidados com o cateter e identificação de eventuais complicações associadas à terapia.
A DPA permite drenar e infundir automaticamente, a solução de diálise na cavidade peritoneal. O equipo cassete é utilizado para a infusão e o líquido drenado é levado diretamente ao ralo sanitário através de uma extensão de drenagem.
O sistema de DPA
O médico de equipe clínica renal prescreve a diálise peritoneal conforme as características do paciente: peso, altura e capacidade própria do peritônio em filtrar as toxinas para realização eficiente da DPA.
A enfermeira da equipe insere na máquina cicladora do paciente, de acordo com a prescrição médica, os dados relativos a sua diálise: volume de infusão da solução de diálise, volume total da terapia e tempo total da diálise.
Com base nos dados inseridos, a máquina de DPA monitora e controla automaticamente os ciclos da diálise peritoneal: número de infusões da solução, tempo de permanência na cavidade peritooneal e volume do líquido de cada drenagem.
No procedimento de DPA todas as bolsas de solução que serão utilizadas na terapia são conectadas ao sistema que permite a infusão precisa de volumes que variam de 60 a 3000mL, graças ao uso da cicladora automática.
Geralmente o paciente se conecta à máquina e inicia a diálise. A cicladora controla automaticamente a infusão, permanência e drenagem da solução, guardando na sua memória os registros das últimas terapias realizadas.
Normalmente o volume de infusão da solução por ciclo para um paciente adulto é em torno de 2 litros e o volume total utilizado varia de 8 a 16 litros que podem ser infundidos de 8 a 12 horas durante a noite.
Alguns pacientes podem ficar com a cavidade seca durante o dia, outros permanecem com o líquido na cavidade peritoneal. Em alguns casos se faz necessário o acréscimo de uma ou duas trocas manuais por dia.
Benefícios da Diálise Peritoneal Contínua Domiciliar – DPAC e DPA
• Preserva a função renal residual por mais tempo, promovendo uma melhor qualidade de vida, e remoção mais eficiente das substâncias tóxicas e de líquidos;
• Diálise mais lenta e estável, promovendo maior estabilidade cardíaca, maior controle da anemia e da pressão arterial;
• Maior liberdade e independência;
• Maior flexibilidade de horários para realizar a diálise;
• Menor necessidade de deslocamento para comparecer ao hospital ou à clínica de diálise para consultas mensais e exames laboratoriais;
• Menor necessidade de deslocamento para comparecer ao hospital ou à clínica de diálise para consultas mensais e exames laboratoriais;
• Possibilidade de retorno das atividades profissionais, escolares e do lar, bem como de lazer (ir à praia, andar de bicicleta, jogar bola, etc.);
• Maior convívio social e familiar devido ao tratamento domiciliar;
• Maior possibilidade de desenvolvimento físico nas crianças;
• Via de acesso permanente e indolor devido à flexibilidade do cateter peritoneal;
• Maior liberdade para passeios e viagens longas.
Benefícios relacionados principalmente à Diálise Peritoneal Automatizada – DPA
• Redução do número de trocas ao dia;
• Ciclos de diálise controlados automaticamente, permitindo maior precisão e segurança
• Possibilita a prescrição de pequenos e grandes volumes de infusão.
Intercorrências e limitações da Diálise Peritoneal – DPAC e DPA

• Risco de infecção peritoneal (peritonite) devido a alterações no procedimento da técnica de troca de bolsas e/ou cuidados precários com o cateter;
• Dependências de familiares ou outras pessoas para a realização das trocas no caso de limitações motoras e visuais do paciente;
• Possibilidade de ganho de peso;
• Necessidade de espaço para estocar o material em casa.
Vivendo com a Diálise Peritoneal
A Diálise Peritoneal Domiciliar é uma opção dialítica para quase todos os pacientes com a Doença Renal Crônica.
Muitos paciente em Diálise Peritoneal retornam às suas atividades sociais e profissionais.
A equipe clínica renal pode orientar o paciente em relação aos diferentes locais de troca (trabalho, escola, domicílio).
Desde que o local esteja limpo, as trocas de bolsas de DPAC podem ser realizadas e os pacientes em DPA podem carregar sua máquina cicladora para o local de férias.
Provisoriamente, os pacientes em DPA podem desejar mudar para DPAC durante sua estada longe de casa ou em circunstâncias especiais.
Não é necessário procurar outro centro de diálise se desejar ou precisar viajar. A Baxter possui o Travel Club que está disponível para assegurar a entrega do seu material na localidade que você indicar suas férias.
Esportes e exercícios são importantes também para os pacientes em Diálise Peritoneal, e todos são encorajados a ter uma atividade física. Recomenda-se sempre seguir orientação da equipe clínica antes de iniciar uma nova rotina de exercícios.
Como em qualquer doença crônica, podem existir momentos em que os pacientes se sintam cansados em realizar a diálise.
O mais importante é lembrar que nunca se está sozinho. A doença renal acomete várias pessoas em toda a parte do mundo e sempre existirá uma equipe clínica especializada pronta para dar suporte e orientação, tanto para os pacientes como para seus familiares.
A diálise Peritoneal é um tratamento simples e flexível. Qualquer modalidade escolhida, DPAC ou DPA, é de fácil aprendizado e logo se torna parte de uma rotina diária.
Muitos pacientes são capazes de levar uma vida completamente independente, longe do ambiente hospitalar e se sentem seguros porque sabem que, caso necessitem, sempre há ajuda e orientação de profissionais especializados.
Serviços de suporte na Diálise Peritoneal Contínua Domiciliar
A Baxter Hospitalar Ltda. disponibiliza para todo o território nacional, sem custo para o paciente, um serviço mensal de entrega domiciliar de todos os produtos que compõem a Diálise Peritoneal – DPAC e/ou DPA.
As entregas normalmente são programadas e feitas mensalmente de forma que nunca falte o material na residência do paciente.
O entregador é treinado para empilhar e armazenar as caixas dos materiais em local seguro, livre de umidade e no local indicado pelo paciente e/ou familiar.
A equipe clínica deve orientar sobre a armazenagem e descarte adequados do material durante o treinamento e/ou na visita domiciliar.
A Baxter oferece o SAC – Serviço de Atendimento ao Cliente, um grupo de profissionais que acompanham o envio e recebimento das bolsas prescritas. Através de uma linha telefônica gratuita os pacientes, em horário comercial, podem obter informações da data de entrega do seu material.
A Baxter também chega à sua casa através da linha telefônica gratuita para esclarecer e resolver dúvidas e/ou problemas operacionais do funcionamento de sua máquina cicladora, disponibilizando profissionais especializados, 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive sábados, domingos e feriados.
DDG: 08000 12 55 22
Como obter sucesso na Terapia Renal Substitutiva
Através desse guia de orientação você pode notar que apesar de apresentar um Doença Renal Crônica e necessitar de cuidados específicos, o paciente conta com muitas alternativas de tratamento substitutivos para a falência renal.
Na Diálise Peritoneal, o comprometimento com as trocas de bolsas, o controle do volume de drenagem e os cuidados com o local de saída do cateter são a chave do sucesso da terapia.
Discuta com a Equipe Clínica Renal as opções de diálise peritoneal – DPAC e DPA. Avalie o desejo de independência, motivação e procure decidir qual a modalidade que mais se adapta ao estilo de vida do momento em que o paciente se encontra.
Lembre-se, a Terapia Renal Substitutiva deve ser vista como um cuidado integrado entre as modalidades.
Estilo de vida, convívio social e apoio familiar devem fazer parte da escolha da opção dialítica.
Jamais esqueça que o sucesso da terapia depende de você.

"Solução caseira" barateia diálise, diz nova pesquisa

Estudo realizado pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) mostrou que o país poderia economizar R$ 69 milhões em cinco anos se ampliasse para 20% a parcela de pacientes renais crônicos que realizam diálise em casa.

O montante seria suficiente para colocar outras 1.319 pessoas em tratamento.

Segundo o Ministério da Saúde, em 2010 havia 79,4 mil pacientes em tratamento dialítico no SUS. Desses, apenas 6.000 (7,5%) realizavam a chamada diálise peritoneal, em que o próprio paciente ou familiares fazem a filtragem do sangue para substituir a função dos rins.

O procedimento é realizado através da infusão e drenagem de um líquido por um cateter abdominal e sai 5% mais barato do que a hemodiálise convencional, que usa uma máquina de filtragem e é feita em centros médicos.

A conta leva em consideração não o custo do procedimento em si --que, na diálise peritoneal, é mais caro-- mas também os gastos de um ano com medicamentos, internações, transporte e afastamento do trabalho.

"Não é uma diferença gritante, mas, se consideramos que hoje muitas pessoas morrem por falta de acesso ao tratamento, o benefício é significativo", diz o nefrologista Ricardo Sesso, um dos autores do estudo.

"Além disso, hoje há uma tendência de estimular a realização de procedimentos em casa, porque em geral eles dão mais qualidade de vida."

Para fazer a hemodiálise, o paciente, em geral, precisa ir três vezes por semana ao centro médico, onde permanece durante quatro horas.

Já os que fazem diálise peritoneal realizam o procedimento diariamente, em casa. Nas seis horas entre a infusão e a drenagem do líquido, podem realizar suas atividades.

Para evitar infecções, porém, é preciso ter cuidado com as condições de higiene. Por isso, o paciente e seus familiares recebem treinamento antes de começar a empregar a técnica.

Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, Daniel Rinaldi, esse é um dos motivos que faz com que a hemodiálise seja mais difundida no país.

"É comum que o doente com insuficiência renal crônica chegue ao sistema de saúde quando a doença está muito avançada. Nesses casos, tem de ir direto para a hemodiálise, não dá para fazer treinamento. E dificilmente o paciente muda de procedimento depois."

Outro problema, segundo ele, é o valor ressarcido pelo SUS. Rinaldi diz que os cerca de R$ 2.500 mensais pagos por paciente em diálise peritoneal praticamente só cobrem os gastos com material.

Ele destaca, porém, que os dois tipos de tratamento são eficientes. "Não dá para dizer que um é melhor do que o outro. Isso depende de cada caso", afirma.

Fonte Folhaonline

Mulheres buscam barrigas de aluguel em países pobres

Programa da BBC acompanhou mulher irlandesa durante a gravidez 'encomendada' na Índia

Mulheres ocidentais buscam mães de aluguel em países como a Índia, como alternativa aos altos custos e às leis rigorosas sobre os procedimentos de barriga de aluguel na Europa e nos Estados Unidos.
BBC
BBC
Em países em desenvolvimento como Índia o procedimento é reconhecido e pode ser remunerado
A barriga de aluguel é completamente proibida em países europeus como Itália, França e Alemanha. No Reino Unido e na Irlanda, somente a mãe que dá à luz a criança é reconhecida pela lei.
Já em países em desenvolvimento como Índia e Ucrânia, e em alguns estados americanos, o procedimento é reconhecido e pode ser remunerado.
O programa Your World, do Serviço Mundial da BBC, acompanhou a história da irlandesa Carolina, que fez fertilização in vitro e contratou a indiana Sonal como barriga de aluguel, através de uma clínica especializada na Índia.
Oportunidade
Sonal, de 26 anos, deu à luz uma criança que ela nunca verá. "Eles levaram o bebê assim que ele nasceu", disse à equipe da BBC.
"Eu estava inconsciente quando ela nasceu, por isso não a vi. Quando eu acordei, perguntei a minha mãe o que havia acontecido e ela me disse que era uma menina."
Sonal é da província de Gujarat, à oeste da Índia. Ela passou os últimos meses na clínica Akshanka, na cidade de Anand, longe de seu marido e de seus dois filhos.
Seu marido é um vendedor de vegetais e ganha cerca de 1.500 rúpias (R$ 53) por mês. O salário não é o suficiente para pagar pela educação que Sonal quer dar a seus filhos. Esta é sua segunda barriga de aluguel, pela qual ela ganhará 300 mil rúpias (cerca de R$ 10 mil).
"Eu serei feliz logo. Eu terei uma casa e viverei confortavelmente com meus filhos. Eu irei educá-los", diz.
Os pais biológicos do novo bebê vivem a 7 mil quilômetros, na Irlanda. Carolina, de 21 anos, foi diagnosticada com câncer de colo do útero, e teve esta parte do sistema reprodutor removida.
Ela disse à BBC que os médicos garantiram que ela poderia engravidar, mas ela não conseguiu chegar ao fim de nenhuma gestação.
"Mesmo antes de ter câncer eu queria ter um bebê. Quando você tem uma doença e essa chance é tirada de você, você passa os primeiros anos pensando 'o que eu vou fazer?'. E antes que você se dê conta já passaram cinco anos, dez anos e você perdeu a oportunidade."
Estigma social
Segundo especialistas, o mercado de barrigas de aluguel, que foi legalizado na Índia em 2012, deve gerar cerca de US$ 2,3 bilhões (R$ 3,4 bilhões) até 2012. No entanto, o procedimento ainda causa controvérsia no país.
Sonal diz que, inicialmente, seu marido não queria que ela participasse de um programa de barriga de aluguel.
"Ele disse que estas coisas não são aceitáveis em nossa sociedade, mas eu o convenci."
"Quando tive meu primeiro bebê de barriga de aluguel, eu o alimentei por três dias, parecia que era meu filho. Desta vez, quando eu der meu bebê para Carolina será como se estivesse dando um filho meu para outra pessoa, mas depois irei me convencer de que era o filho dela e eu a estuo devolvendo ele. Quando ela tiver ido embora eu terei que esquecê-la", disse Sonal.
Apesar do apoio da mãe de Sonal, o casal evitou dizer aos sogros dela, que eles saviam que não iriam aprovar - para os indianos, carregar o filho de outra pessoa é como cometer adultério.
A especialista em fertilização in vitro Nayna Patel, que administra a clínica Akshanka, está ciente das críticas feitas a esta prática, mas se preocupa em negar a ideia de que as mães de aluguel são exploradas.
"Quando você vê um bebê nas mãos de um casal que é infértil e já tentou diversos tratamentos e você vê a mãe de aluguel, que vestia trapos e agora tem uma casa e pode pagar a educação de seus filhos, você não se incomoda com nenhuma crítica", diz Patel.
Desentendimentos
Carolina e Sonal mantiveram um bom relacionamento durante a gravidez, mas quando o bebê nasceu, tiveram desentendimentos.
Por causa de complicações, o recém-nascido foi levado imediatamente para um hospital perto da clínica, e Sonal não teve permissão para vê-la.
"Estou triste porque sinto que os esforços que fiz nos últimos nove meses foram um desperdício. Carolina diz que eu não posso ajudá-la a cuidar do bebê, que ela vai ter uma babá", disse a indiana.
Quando Carolina pediu a Sonal que enviasse leite materno para o bebê, a mãe de aluguel se recusou.
"Eu disse: 'Se você pode conseguir alguém para cuidar da criança, você também pode encontrar alguém para alimentá-la. Por que não posso viver com meu bebê?"
Mas Carolina diz que a decisão foi justificada. "Serei eternamente grata a Sonal pelo que ela fez, mas achei que era preciso ter uma quebra de laços", disse a mãe irlandesa.

Fonte Estadão

ANS inclui implante coclear nos procedimentos para cobertura por planos de saúde

O implante coclear, conhecido como \"ouvido biônico\", é um equipamento eletrônico computadorizado que substitui totalmente o ouvido de pessoas com surdez total ou parcial

BRASÍLIA - O implante coclear passa agora a fazer parte dos procedimentos cobertos pelos planos de saúde. O implante coclear, conhecido como "ouvido biônico", é um equipamento eletrônico computadorizado que substitui totalmente o ouvido de pessoas com surdez total ou parcial.
A resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) foi publicada nesta sexta-feira, 29, no Diário Oficial da União. O funcionamento do implante coclear difere do Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI). O AASI amplifica o som e o implante coclear fornece impulsos elétricos para estimular as fibras neurais em diferentes regiões.
O aparelho, considerado uma das maiores conquistas da engenharia ligada à medicina, existe há alguns anos e atualmente é usado por mais de 100 mil pessoas no mundo, segundo o Grupo de Implante Coclear do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Fonte Estadão

O que são Flavonóides?

Flavonóide é o nome dado a um grande grupo de fitoquímicos ou fitonutrientes que são polifenóis de baixa massa molecular, encontrados em diversas plantas, apresentando muitas funções, entre elas, a proteção contra a incidência de raios ultravioleta, proteção contra micror¬ganismos patogênicos, ação antioxidante e inibição enzimática. Encontrados também nas frutas cítricas e vegetais em geral, assim como em alimentos processados como chá e vinho. Vários estudos indicam seus benefícios para a saúde como terapêutico e principalmente na sua atuação na prevenção de diversas doenças.
As principais fontes são:
  • Frutas: uva, cereja, amora, morango, laranja, limão, tangerina
  • Vegetais: batata inglesa, couve-flor, repolho branco, cebola, alho, berinjela, tomate, rabanete, couve, escarola e nabo.
  • Sementes e grãos: cacau, castanhas, feijão e soja.
  • Outros: vinho e chá verde
Os benefícios do consumo de frutas e vegetais são geralmente atribuídos aos compostos flavonóides, do que aos outros nutrientes conhecidos, devido à grande quantidade de efeitos biológicos. Os componentes presentes no vinho tinto, por exemplo, são conhecidos como potentes antioxidantes e têm sido identificados por apresentarem vários efeitos bioquímicos e farmacológicos, efeitos estes que incluem propriedades anticarcinogênicas, antiinflamatórias e antimicrobianas. Também são ativas em graus variáveis contra radicais livres que atuam prevenindo a oxidação da LDL, os quais por sua vez podem estar associados à prevenção e progressão do câncer, envelhecimento e outras.

Diversos flavonóides atuam induzindo ou inibindo enzimas ligadas a processos inflamatórios e vários estudos demonstram que os compostos polifenólicos inibem os processos de inflamação vascular que contribuem para o aparecimento de doenças cardiovasculares. Os flavonóides possuem diferentes mecanismos de prevenção dessas doenças, sendo estas: inibição da agregação plaquetária, redução dos altos níveis de lipídios no sangue (triglicerídeos, colesterol, LDL), prevenção da oxidação de lipoproteínas (LDL), arritmias e outros. Em relação ao câncer, estudos experimentais propõem a divisão da carcinogênese em três estágios: Iniciação, promoção e progressão. A atuação dos flavonóides nessas diversas fases pode estar relacionada à sua ação antioxidante, ao aumento da resposta imune ou ainda a modulação da expressão do gene supressor tumoral.

O consumo de substâncias antioxidantes na dieta pode produzir uma ação protetora contra os danos causados pelos processos oxidativos celulares. A atividade antioxidante dos flavonóides é conseqüência das suas propriedades de óxido-redução, as quais podem desempenhar um importante papel na absorção e neutralização de radicais livres. Dessa forma, eles demonstram grande eficiência no combate de vários tipos de moléculas oxidantes que estão envolvidos em danos no DNA e promoção de tumores.

O preparo dos alimentos para consumo pode, algumas vezes, resultar em perdas destes compostos, em maior ou menor grau, variando de acordo com o tipo de alimento e o tipo de preparo empregado. Todavia, os flavonóides são compostos relativamente estáveis, pois resistem à oxidação, altas temperaturas e moderadas variações de acidez. Os Flavonóides compreendem uma classe de fitoquímicos que não podem ser sintetizados por humanos, ocorrendo somente através da ingestão dietética.
Fonte farmacologiananutricao.blogspot.com

Uvas podem ajudar na proteção contra raios nocivos do Sol


Segundo pesquisadores, flavonoides presentes nessas frutas podem reduzir os danos sofridos pela pele exposta ao sol

Alguns compostos presentes nas uvas ajudam na proteção contra os raios ultravioleta e na prevenção do envelhecimento precoce da pele. É o que afirma um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Barcelona e do Conselho National de Pesquisa da Espanha. Segundo os cientistas, uvas e seus derivados poderiam ser usados para a proteção contra os raios nocivos do sol. A pesquisa foi publicada no Journal of Agricultural and Food Chemistry.

A exposição aos raios ultravioleta (UV) emitidos pelo sol pode provocar diversos problemas de pele, incluindo câncer, queimaduras e envelhecimento precoce. Segundo o estudo espanhol, há provas de que os flavonoides, presentes nas uvas, podem reduzir os danos sofridos pela pele exposta ao sol.
A pesquisa explica que os raios UV agem na pele ativando as espécies reativas de oxigênio (ROS). Então, esses compostos oxidam moléculas como lipídios e DNA, estimulando certas reações e enzimas que provocam morte celular.

Os cientistas mostraram que os flavonoides extraídos das uvas conseguem reduzir a formação de ROS nas células da pele humana expostas durante um longo período de tempo aos raios UVA e UVB.
O estudo então sugere que novos estudos clínicos sejam realizados para que se desenvolva um método de proteção solar derivado de extratos vegetais de uva. Embora alguns cosméticos derivados dessa fruta já existam, os pesquisadores ainda precisam compreender seu funcionamento de maneira mais completa.

Fonte Estadão

Índia e UE fazem acordo sobre genéricos

Tratado provisório visa a garantir abastecimento de drogas fabricadas no país asiático a outros emergentes, mas gera desconfiança

Europa e Índia chegaram a um acordo provisório para garantir o abastecimento de remédios genéricos ao mercado brasileiro e de outros países emergentes. O entendimento tem como meta colocar fim a uma disputa que durava anos. Em troca de garantias da União Europeia, a Índia abandona uma disputa que havia aberto ao lado do Brasil contra os europeus na Organização Mundial do Comércio.
Mas ativistas denunciam o acordo como "perigoso", alertam que o governo indiano está cedendo em troca de um tratado comercial mais amplo e pedem que governos de países emergentes mantenham vigilância sobre Bruxelas. O Brasil, que não foi informado do acordo, diz que não abre mão do direito de manter a disputa contra a Europa.
A polêmica começou em 2009, quando um carregamento de 500 quilos do remédio genérico Losartan foi apreendido em Roterdã, na Holanda. Ele havia saído da Índia, onde foi fabricado, e se direcionava ao Brasil.
O governo holandês informou sobre a passagem da carga à empresa que tinha a patente do produto na Europa, a Merck Sharp & Dohme, que acionou a Justiça. A empresa tem a patente do produto na Holanda, mas não no Brasil nem na Índia. Os europeus ameaçaram destruir os remédios se eles seguissem até o Brasil. O carregamento foi reenviado à Índia.
O Brasil, ao lado da Índia, abriu queixa na OMC. Brasília e Nova Délhi alegavam que o produto não tinha como mercado a Europa e, portanto, não poderia ser apreendido. A UE insistia que a verificação é um esforço de combate à pirataria de remédios. Segundo a UE, 34 milhões de comprimidos falsos foram detidos nesse esforço.
O Itamaraty não aceitou a explicação. Comercialmente, o Brasil acreditava que a proliferação dessas barreiras significaria um prejuízo importante, já que o País importa muitos remédios e princípios ativos de outros emergentes e precisaria encontrar uma nova rota para permitir que o acesso até os portos nacionais fosse garantido.
Acordo à vista. Agora, Índia e UE chegaram a um entendimento. Segundo Rajiv Khare, subsecretário de Comércio da Índia, os europeus publicarão nova orientação sobre como governos devem agir em relação a genéricos em suas aduanas. "Agentes de aduanas apenas poderão vistoriar e confiscar remédios indianos que passem pela UE se tiverem evidências materiais de que esses produtos serão desviados para o mercado europeu e de que não iriam ao Brasil ou outros emergentes", disse Khare.
Os europeus se comprometem a enviar ao Parlamento Europeu nova lei reformulando as práticas. Mas o texto preparado não foi considerado satisfatório pelos indianos. Mesmo assim, o governo indiano estima que há espaço para um acordo. Em troca, a Índia se compromete a abandonar o caso aberto ao lado do Brasil na OMC. Nova Délhi manteria seu direito de iniciar um caso internacional se a UE violar algum dos princípios básicos do acordo. Um tratado final será redigido até dezembro.
Fontes de alto escalão em Brasília afirmam que não haviam sido informadas do acordo, colocado no site do governo indiano. Mas insistem que o Brasil não adota a mesma posição da Índia.
Polêmica. Para a ONG Médicos Sem Fronteira, aceitar um acordo é prematuro, pois não se sabe como cada um dos 27 países da UE interpretará as novas leis. "A UE chegou a um entendimento porque farmacêuticas indianas estavam usando novas rotas para fazer chegar seus produtos aos demais países", disse a entidade. O governo indiano se defendeu, dizendo que não perdeu o direito de acionar a OMC contra a UE se houver violação do acordo.
Fonte Estadão