A esclerose múltipla - doença que agride e lesiona o sistema nervoso central - ganhou um novo tratamento mais eficaz e com menos efeitos colaterais. O medicamento usado na Europa e Estados Unidos começou a ser oferecido gratuitamente pelas Secretarias Estaduais de Saúde em julho. A terapia é indicada para os casos mais agressivos da doença. Além de ser mais potente do que os remédios já utilizados no País, o Natalizumabe traz mais comodidade ao paciente, pois ao invés da medicação acontecer diariamente ou semanalmente, a droga é aplicada apenas uma vez ao mês.
De acordo com o neurologista Rodrigo Barbosa Thomaz, do Centro de Atendimento e Tratamento da Esclerose Múltipla, o método é usado na Europa e Estados Unidos desde 2007. "A FDA aprovou o tratamento em 2007, a Anvisa em 2008 e a partir deste mês o remédio já começa a ser recomendado pelos médicos". O paciente com diagnóstico grave de esclerose ou que não responder aos demais medicamentos será encaminhado à nova terapia que estará disponível no Brasil todo. "A pessoa retira o remédio em um posto de saúde e depois procura uma clínica ou hospital para a aplicação na veia", explicou Thomaz.
Cerca de 9 mil brasileiros que sofrem do problema poderão ter acesso ao tratamento. A tecnologia já foi usada por mais de 75 mil pessoas em 60 países. Desde 2007, apenas 130 casos de complicações foram registrados. De acordo com o neurologista, o tratamento diminui a imunidade das células no corpo. "A pessoa pode pegar uma infecção viral que atinge o cérebro, onde o ambiente está desprotegido", informou ele. No entanto, ele ressaltou que os métodos de combate à doença já difundidos no Brasil têm uma maior quantidade de efeitos colaterais, como reações gripais, alterações de humor, danos no fígado e irritações na pele.
No Brasil, cerca de 200 pacientes brasileiros já iniciaram a terapia, sem apresentar problemas. Segundo Thomaz, o tratamento funciona a partir de anticorpos monoclonais. O Natalizumabe inibe uma molécula da superfície do linfócito, que permite a entrada e alojamento do glóbulo branco no cérebro. "Os linfócitos que causam a doença, se eles não conseguem entrar no cérebro, não provocam as lesões", explicou o neurologista. Apesar da eficácia comprovada, o tratamento não tem tempo de término previsto.
A doença
Estima-se que 30 mil brasileiros convivam com o problema. A esclerose múltipla provoca inflamação e destruição da estrutura que envolve o neurônio. A doença pode resultar em déficit cognitivo, cansaço e deficiência física grave que compromete a locomoção.
Estima-se que 30 mil brasileiros convivam com o problema. A esclerose múltipla provoca inflamação e destruição da estrutura que envolve o neurônio. A doença pode resultar em déficit cognitivo, cansaço e deficiência física grave que compromete a locomoção.
Em alguns casos, a pessoa fica dependente de muletas e até de cadeira de rodas. A dormência dos membros, visão embaçada, redução da mobilidade e desequilíbrio estão entre os principais sintomas.
Fonte Terra
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