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sábado, 30 de julho de 2011

SUS precisa gastar melhor para saúde melhorar, diz Economist

SUS lotado frio RS
Vinícius Roratto/Correio do Povo
Para a Economist, para melhorar o sistema é preciso"mudar a forma com que o orçamento do SUS é gasto".

Revista conta que os gastos privados dão cobertura a "uma minoria rica e jovem"

O SUS (Sistema Único de Saúde) precisa gastar melhor o seu orçamento para oferecer um serviço de atendimento aos brasileiros com mais qualidade, segundo a revista britânica The Economist desta semana.
Após citar os esforços do Programa Saúde da Família, expandido no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, e as políticas de combate à miséria extrema e de saneamento básico, um das bandeiras da presidente Dilma Rousseff, a revista diz que tais medidas não bastam para resolver o problema.

Para a Economist, para melhorar o sistema é preciso "mudar a forma com que o orçamento do SUS é gasto". O semanário cita uma pesquisa publicada pela revista especializada em ciência The Lancet, dizendo que o SUS gasta pouco na compra de medicamentos porque boa parte do dinheiro é usada no fornecimento de tratamentos caros a pacientes que ganham na Justiça o direito de ter pagas terapias não cobertas pelo sistema.

A revista lembra que até a Constituição de 1988 declarar a saúde um direito do cidadão, o Brasil, como a maior parte dos vizinhos latino-americanos, tinha um sistema duplo, um primeiro voltado para trabalhadores com emprego formal e um segundo para o restante da população.

- Apesar da determinação constitucional, cerca de 60% de todo o gasto em saúde no Brasil é privado

 - Percentual maior que a maiora dos países latino-americanos e ainda maior que a dos Estados Unidos.

A revista ressalta que os gastos privados dão cobertura a "uma minoria rica e jovem" e que os gastos com o SUS correspondem a apenas 3,1% do PIB brasileiro.

Contradições
O semanário britânico mostra as contradições do SUS, ilustrando com o caso do Instituto do Câncer de São Paulo.

- Equipado com tecnologia de ponta, [o hospital] oferece todos os tratamentos mais avançados, bem como aulas de culinária saudável e origami para aliviar o estresse.

A Economist ressalta, no entanto, que o hospital altamente especializado de São Paulo é apenas o lado eficiente do SUS. A revista lembra que o Programa Saúde da Família, um dos de maior alcance do sistema, atende apenas metade dos brasileiros, sendo que um quarto da população tem algum tipo de plano privado de saúde e os outros 25% restantes - moradores de áreas rurais ou de favelas localizadas em periferias de centros urbanos - não são atendidos pelo sistema.

Para a Economist, a saúde é uma das questões que mais preocupam os brasileiros, lembrando que uma pesquisa de 2007 colocou o tema como preocupação ainda mais relevante que a economia.

Fonte R7

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