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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Vacina utiliza partículas de ouro para imitar vírus e induzir resposta imune

Plataforma pode ser utilizada para o desenvolvimento de vacinas experimentais para qualquer vírus
Plataforma pode ser utilizada para o desenvolvimento de
vacinas experimentais para qualquer vírus
Nova tecnologia difere da abordagem tradicional que usa vírus mortos ou inativos na forma de uma vacina
 
Cientistas dos EUA desenvolveram um novo método de vacinação que utiliza partículas de ouro minúsculas para imitar um vírus e transportar proteínas específicas para as células imunes especializadas do corpo.
 
A técnica difere da abordagem tradicional de utilização de vírus morto ou inativo como uma vacina e foi demonstrado em laboratório utilizando uma proteína específica que fica na superfície do vírus sincicial respiratório (RSV).
 
 
RSV é a principal causa viral de infecções do trato respiração, causando milhares de mortes e um número estimado de 65 milhões de infecções por ano, principalmente em crianças e idosos.
 
Os efeitos prejudiciais de RSV derivam, em parte, de uma proteína específica, denominada proteína F, que reveste a superfície do vírus. A proteína permite a entrada do vírus no citoplasma das células e também faz com que as células se unam, tornando mais difícil eliminar o vírus.
 
A defesa natural do organismo para o RSV é, assim, dirigida para a proteína F, no entanto, até agora, os investigadores têm tido dificuldade em criar uma vacina que entrega a proteína F para as células imunes especializadas no corpo.
 
Neste estudo, os pesquisadores criaram pequenos nanobastões de ouro que tinham quase exatamente o mesmo tamanho e forma que o próprio vírus. Os nanobastões de ouro foram revestidos com sucesso com as proteínas F de RSV e foram colados graças às propriedades físicas e químicas únicas dos próprios nanobastões.
 
Os investigadores testaram a capacidade dos nanobastões de ouro para entregar a proteína F a células imunes específicas, conhecidas como células dendríticas, que foram retiradas de amostras do sangue de adultos.
 
As células dendríticas funcionam como células de processamento no sistema imune, levando a informação importante de um vírus, tal como a proteína F, e apresentando-as às células que podem executar uma ação contra ele.
 
Uma vez que os nanobastões revestidos com as proteínas F foram adicionados a uma amostra de células dendríticas, os investigadores analisaram a proliferação de células T. Eles descobriram que os nanobastões revestidos com proteína fez com que as células T proliferassem mais em comparação com nanobastões não revestidos e a proteína F sozinha.
 
Segundo os pesquisadores, isso não só prova que os nanobastões de ouro revestidos são capazes de mimetizar o vírus e estimular uma resposta imunitária, mas também mostrou que eles não são tóxicos para as células humanas, aumentando o seu potencial como uma vacina humana real.
 
Devido à versatilidade dos nanobastões de ouro, a equipe acredita que sua utilização potencial não está limitada ao vírus RSV. "Esta plataforma pode ser utilizada para o desenvolvimento de vacinas experimentais para qualquer vírus, e, de fato, outros micróbios de maiores dimensões, tais como bactérias e fungos", afirma o pesquisador James Crowe da Vanderbilt University.
 
Fonte isaude.net

Equipe dos EUA cria microbateria capaz de carregar pequenos implantes médicos

Imagem mostra a o entrelaçado de eléctrodos impressos camada por camada
Foto: University of Illinois
Imagem mostra a o entrelaçado de eléctrodos impressos
 camada por camada
Ferramenta desenvolvida por meio da impressão em 3D fornecer eletricidade para dispositivos minúsculos inseridos no corpo
 
A técnica de impressão em 3D pode ser usada para imprimir microbaterias de íon de lítio capazes de fornecer eletricidade para dispositivos minúsculos inseridos no corpo humano, como marca-passos, de acordo com pesquisadores das universidades de Harvard e de Illinois, nos EUA.
 
Para criar a microbateria, uma impressora 3D expulsa tintas especiais através de um bocal mais estreito do que um cabelo humano. Essas tintas se solidificam para criar ânodo e o cátodo da bateria, camada por camada. Um caixa, em seguida, engloba os eletrodos e a solução de eletrólitos adicionada para criar uma microbateria funcional.
 
Os resultados foram publicados na revista Advanced Materials.
 
Nos últimos anos, os engenheiros têm inventado muitos dispositivos miniaturizados. Mas muitas vezes as baterias que criam são tão grandes ou maiores do que os próprios dispositivos, o que elimina o propósito de construir estruturas pequenas.
 
Para contornar este problema, os fabricantes têm utilizado filmes finos de materiais sólidos para construir os eletrodos. No entanto, devido ao seu design ultrafino, essas microbaterias de estado sólido não carregam energia suficiente para alimentar dispositivos miniaturizados.
 
Agora, os cientistas, liderados por Jennifer Lewis, perceberam que poderiam colocar mais energia, se pudessem criar pilhas de eletrodos ultrafinos fortemente entrelaçados. Para isso, eles se voltaram para a impressão 3D.
 
Para imprimir eletrodos em 3D, o grupo criou e testou várias tintas especializadas. Ao contrário da tinta na impressora a jacto de tinta de escritório, que sai como gotículas de líquido que molha a página, as tintas para impressão 3D devem satisfazer duas exigências difíceis. Elas devem sair de bicos finos como o creme dental de um tubo, e devem imediatamente endurecer em sua forma final.
 
"O design inovador da microbateria vai expandir dramaticamente os usos práticos de impressão 3D, e, simultaneamente, abrir novas possibilidades de miniaturização de todos os tipos de dispositivos, médicos e não médicos. É tremendamente excitante", concluem os pesquisadores.
 
Fonte isaude.net

Dispositivo permite detectar doenças a partir de uma gota de sangue

Protótipo lab-on-a-chip poderia detectar a doença ou o vírus a partir de apenas uma gota de sangue.
Foto: NJIT
Protótipo lab-on-a-chip poderia detectar a doença ou o
vírus a partir de apenas uma gota de sangue
Pesquisa sugere que ferramenta pode detectar vírus, bactérias e até mesmo câncer, além de avaliar estado de células saudáveis
 
Equipe de pesquisadores do New Jersey Institute of Technology, nos EUA, criou um protótipo de um dispositivo que pode permitir detectar doenças ou vírus a partir de apenas uma gota de líquido, incluindo o sangue.
 
A ferramenta baseada em nanotubos de carbono age de forma não invasiva e rapidamente identifica células individuais móveis com potencial para manter um alto grau de resolução espacial.
 
"Usando sensores, criamos um dispositivo que permitirá que o pessoal médico coloque uma pequena gota de líquido na área ativa do dispositivo e meça as propriedades elétricas das células. Embora não sejamos as únicas pessoas a fazer esse tipo de trabalho, o que achamos único é a forma como medimos as propriedades elétricas ou padrões de células e como essas propriedades são diferentes entre os tipos de células", afirma o pesquisador Reginald Farrow.
 
No artigo, os pesquisadores avaliaram três diferentes tipos de células utilizando três sondas elétricas diferentes. "Foi um estudo exploratório e nós não queremos dizer que temos uma assinatura. O que queremos dizer aqui é que essas células diferem com base em propriedades elétricas. Estabelecer uma assinatura, no entanto, vai levar tempo, embora saibamos que a distribuição de cargas elétricas em uma célula saudável muda significativamente quando ela se torna doente", observa o pesquisador.
 
Esta pesquisa foi originalmente fundada pelos militares como um meio de identificar os agentes biológicos de guerra. No entanto, Farrow acredita que o uso pode ir muito mais longe e, potencialmente, detectar vírus, bactérias e até mesmo câncer.
 
A pesquisa pode também ainda avaliar a saúde das células saudáveis, tais como os neurônios do cérebro.
 
 
Fonte isaude.net

Invista nessa rotina antiestresse e relaxe

trabalho - Foto Getty Images
Durante o trabalho, é sempre bom tentar pensar de modo
 positivo, vendo o lado bom das coisas
Adotar alguns hábitos durante todo o dia pode ajudar a prevenir esse mal
 
Quem nunca ficou estressado? Essa sensação acaba nos afetando em algum momento da vida, fazendo com que fiquemos ansiosos, nervosos e desconcentrados. Algumas pessoas, porém, passam por situações de estresse todos os dias, às vezes mais de uma vez, e isso interfere diretamente na qualidade de vida de qualquer ser humano.

De acordo com o psicólogo Lucio Novais, clínico do Centro Psicológico de Controle do Estresse e diretor da Associação Brasileira de estresse, o estresse é uma reação do organismo com componentes psicológicos, físicos, mentais e hormonais, que ocorre quando surge a necessidade de uma adaptação a um evento ou situação de grande relevância negativa, ou mesmo positiva.

Mesmo que isso pareça um bicho de sete cabeças, é muito fácil fugir do estresse comum do dia a dia - basta a adoção de alguns simples hábitos. 
 
pense positivo - Foto Getty ImagesNa hora do estresse, pense positivo!
O pior que se pode fazer em um momento de estresse é tentar ignorá-lo. Fingir que nada está acontecendo e continuar suas atividades pode apenas agravar os sintomas, que podem evoluir para uma crise de estresse mais grave.

Por isso, o psicólogo Lucio Novais recomenda que, em qualquer situação de estresse, o ideal é pensar em algo que o acalme. "Visualize algo agradável, que o tranquilize", sugere.

Porém, no meio de uma situação estressante, é muito difícil pararmos para imaginar os pensamentos mais adequados e positivos, assim como cenas agradáveis para substituir os ansiógenos - agentes causadores da ansiedade e do estresse. "Esses pensamentos já devem ser planejados anteriormente, para que a pessoa possa utilizá-los no momento, sem ter que ficar procurando o que pensar", afirma o especialista.

No momento de estresse e ansiedade, Lucio recomenda que você diga para si mesmo coisas como "já senti isso antes e até hoje nada de grave me aconteceu", "se conseguir mudar meus pensamentos e relaxar, começarei a me sentir melhor" ou "eu posso controlar meu estresse". Se acalme, respire fundo e pense em algo agradável. 
 
Acorde livre do estresse - Foto Getty ImagesAcorde livre do estresse
Você é do tipo que acorda já pensando em todas as situações desgastantes que terá de enfrentar no decorrer do dia, ficando estressado logo pela manhã? Pois saiba que o melhor remédio para isso é, além de bons pensamentos, uma respiração correta. De acordo com o psicólogo Lucio Novais, esse é um dos primeiros passos para um relaxamento e controle do estresse excessivo.

Veja aqui o passo a passo de um exercício de respiração que pode ser feito logo ao acordar:

1. Inspire lentamente pelas narinas, contando até três.
2. Prenda a respiração, também contando até três.
3. Expire lentamente pela boca, contando até seis.
4. Ao inspirar faça com que o ar passe pelo diafragma e encha o abdômen.
5. Mantenha por três segundos inflado dessa maneira.
6. Ao eliminar o ar, faça com que o abdômen vá se encolhendo cada vez mais, até que fique totalmente esvaziado.

Repita essa forma de respirar por cinco ou seis vezes seguidas. Ela produzirá uma redução na ansiedade.
 
Trânsito mais tranquilo - Foto Getty ImagesTrânsito mais tranquilo
Não tem nada pior do que sair de casa e logo de cara já enfrentar aquele engarrafamento.
 
Para quem sofrem com o estresse no trânsito, existem muitas opções eficazes de relaxamento:

- Procure se acalmar e entender que momentos difíceis sempre vão ocorrer. Ficar irritado e ansioso não vai resolver seus problemas.

- Faça exercícios de respiração profunda e alongamentos leves, como girar o pescoço e movimentar os braços e pernas, sempre quando o carro estiver parado.

- Aproveite o tempo dentro do carro. Ouça áudio-livros, exercite um idioma que esteja aprendendo, ouça as suas músicas favoritas.

- Fique atento à sua postura. Muitas vezes, a postura incorreta dentro do carro pode acarretar dores, que contribuem para o aparecimento ou agravamento do estresse. O assento deve permitir mudanças frequentes de postura, deve estar na altura correta e o encosto não pode estar muito inclinado. Também cuide para que os seus braços não fiquem muito encolhidos ou esticados. 
 
trabalho - Foto Getty ImagesDurante o trabalho
Situações de confronto no trabalho, tais como as críticas, são geralmente incômodas. "Ouvir do seu chefe, por exemplo, uma avaliação não muito positiva a respeito de sua produtividade na empresa gera, em algum nível, uma ativação emocional", diz o psicólogo Lucio Novais.

Por isso, durante o trabalho, é sempre bom tentar pensar de modo positivo, vendo o lado bom das coisas. De acordo com o psicólogo, se algo o incomoda, procure falar sobre o assunto de uma maneira calma e assertiva. Se alguém o magoar em seu trabalho, converse com a pessoa de modo calmo sobre os seus sentimentos.

"Não se preocupe com problemas sem importância e reflita sobre o fato de que, na verdade, poucas coisas importam tanto a ponto de merecerem toda a sua preocupação e sacrifício", alerta Lucio. Por isso, não assuma mais responsabilidades do que pode dar conta, aprenda a dizer "não" e entenda que todo problema tem fim, pois nada ruim dura para sempre.

As recomendações sobre postura também valem para o trabalho. Nesses casos, invista em ginástica laboral. 
 
almoço - Foto Getty ImagesHora do almoço
Fazer uma caminhada até o restaurante para almoçar, além de ser benéfico para a saúde, contribui para a diminuição do estresse. De acordo com o clínico geral Filippo Pedrinola, fazer uma caminhada de até dez minutos durante o dia faz com que você se sinta mais desperto e refrescado, reduz o estresse crônico e ainda possibilita interações com outras pessoas e situações, contribuindo para o bem-estar.

Além disso, quando você toma sol, ocorre a liberação de alguns hormônios, como cortisol, que contribui para o alívio do estresse e da ansiedade. Sem contar que ter a percepção correta de manhã, tarde e noite é fundamental para a regulação hormonal e o bem-estar físico e mental.  
 
comer - Foto Getty ImagesO que comer?
Existem alimentos que aliviam os sintomas do estresse e da ansiedade, pois possuem substâncias calmantes, como selênio, zinco, potássio e vitaminas do complexo B. Os principais alimentos ricos nesses nutrientes são nozes, peixes, verduras verde-escuras e banana.

"Também devemos evitar alimentos gordurosos, chocolate, café, sal e refrigerante. Além disso, na hora da refeição, deve-se comer calmamente, conversando com a família ou colegas de trabalho sobre situações agradáveis", explica o psicólogo Lucio Novais. 
 
família - Foto Getty ImagesFinal do dia
Para não sofrer os efeitos das situações estressantes do dia inteiro, acumuladas no fim do dia, o ideal é se ocupar: vá ao cinema, teatro ou shopping; visite ou receba os amigos em casa. "Essas situações contribuem para combater o estresse, que, inclusive, pode refletir na família", conta o psicólogo Lucio Novais.

Também é importante que a família não seja uma causadora de situações estressantes."A família oferece a segurança do amor e da aceitação, é nela que experimentamos novos comportamentos e arriscamos não ser simpáticos, inteligentes, amorosos ou bem-educados o tempo todo", diz Lucio.

Por isso, tenha a cautela de não exagerar na dose e procure ver a família como um refúgio, em vez de um lugar para descontar os problemas. "A qualidade de vida na família é uma questão que envolve lazer, saúde, socialização e afetividade", afirma Lucio. 
 
dormir - Foto Getty ImagesHora de dormir
O momento do sono é um dos mais importantes quando o assunto é controlar o estresse. Existe uma série de hábitos nessa hora que contribuem para um sono de má qualidade, desencadeando o estresse durante todo o dia.

Ao deitar na cama para dormir, é vital: evitar luzes acesas e barulhos que alternem entre altos e baixos, como o da televisão; manter a temperatura do quarto estável; escolher um travesseiro que tenha entre cinco e 10 centímetros de altura, de forma que a coluna fique reta ao deitar; ter um colchão confortável; evitar dormir com animais de estimação e não usar produtos ou materiais sintéticos em mobília e roupa de cama.  
 
Fonte Minha Vida

Conheça sete cuidados do treino para quem tem alergia respiratória

Mulher espirrando - foto: Getty Images
O pólen é um dos principais causadores de alergias respiratórias,
principalmente em países de clima temperado
Use essas dicas para combater a falta de ar e as crises alérgicas
 
Para afastar crises de alergia respiratória, não basta seguir a prescrição de medicamentos.
 
Os exercícios físicos fortalecem a musculatura respiratória, ajudando na expansão pulmonar, e o sistema imunológico, afastando gripes e resfriados.
 
"Além de treinar, vale ficar de olho em alguns cuidados e evitar os gatilhos mais comuns para as crises alérgicas, como a poluição e o pólen, no caso de quem treina ao ar livre, e o ar condicionado - problema comum entre os alunos de academia", afirma a alergologista Yara Arruda Mello, do Hospital e Maternidade São Luiz.
 
Veja, a seguir, como usar os exercícios para respirar melhor:
 
Mulher correndo - foto: Getty ImagesTreine pela manhã
Logo cedo, a concentração de poluentes é menor. Isso porque o trânsito durante a madrugada é bem menos intenso e o ar está mais úmido, então as partículas tóxicas não permanecem em suspensão na atmosfera, como em dias secos. "É muito importante diminuir a exposição indesejável à poluição, principalmente para o paciente com alergias respiratórias, como asma e rinite", afirma o alergologista Marcelo Vivolo Aun, diretor da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia da regional de São Paulo (ASBAI-SP). Outra vantagem deste horário é a menor radiação ultravioleta do sol, em especial até as 10h da manhã.
 
Sala de academia - foto: Getty ImagesCuidado com o ar condicionado
O ar condicionado, em si, não é prejudicial a pessoas com alergia. O aparelho resseca e resfria o ar do ambiente, diminuindo a população de ácaros da poeira e fungos, que gostam de ambientes quentes e úmidos. O problema acontece quando os filtros deixam de ser limpos, acumulando as partículas que causam alergia. Mas se o ressecamento começar a incomodar suas narinas e a garganta, vale a pena deixar uma garrafinha de água por perto e se hidratar ao longo do dia.
 
Menina nadando - Foto Getty ImagesCloro
A natação é, em geral, muito benéfica para o paciente com alergia respiratória, mas o cloro pode causar irritação na mucosa do nariz e nos olhos - isso é raro e, normalmente só acontece quando as quantidades de uso superam a recomendação. "Nesses casos, a piscina tratada com ozônio, em vez de cloro, é uma boa opção", afirma o alergologista Marcelo Vivolo. Outro cuidado é lavar os olhos e o nariz com solução fisiológica após deixar a piscina.
 
Mulher espirrando - foto: Getty ImagesPólen
O pólen é um dos principais causadores de alergias respiratórias, principalmente em países de clima temperado. No Brasil, essa relação aparece mais na região sul, onde o clima é mais frio e a diferença entre as estações do ano, maior. "Também vale optar fazer exercício pela manhã, quando as partículas estão menos dispersas pelo ar", diz Yara Arruda. Para quem mora no sul ou em regiões mais frias, vale optar por exercícios em locais fechados.
 
Academia - foto: Getty ImagesEquipamentos da academia
Todo colchão (ou colchonete), carpete, tapete, cortina, tanto de casa como da academia, acaba se tornando um grande reservatório de ácaros e poeira. "O contato próximo, principalmente em exercícios nos quais o rosto está próximo ao colchonete, pode desencadear sintomas de rinite, conjuntivite alérgica ou asma nesses pacientes", afirma Marcelo Vivolo. Uma solução é higienizar os colchonetes com álcool e certificar-se da higiene da academia. 
 
Corrida - foto: Getty ImagesLugar certo
Em cidades grandes, a exposição à poluição é inevitável. "Mas não deixe de fazer atividade física por causa da poluição, os benefícios do treino superam os inconvenientes", afirma Marcelo Vivolo. Para contornar o problema, prefira locais mais arborizados, antes das 8h ou após as 20h e em horários mais úmidos, quando a poluição no ar é menor. Em dias muito secos, opte por exercícios em ambientes fechados.  
 
Casal correndo na praia - foto: Getty ImagesFrio
Quem é alérgico sabe que os sintomas costumam aparecer ou se agravar em dias frios ou quando ocorrem mudanças bruscas de temperatura. A alergologista Yara explica que a temperatura atua no componente vasomotor do nariz, que responde com diminuição dos vasos (quando está frio) ou aumento deles se a temperatura sobe demais." Uma inflamação surge em resposta a essa alteração dos vasos e, se o nariz for previamente sensível, pode deflagrar a congestão e o gotejamento nasal." No frio, vale vestir mais casacos que o habitual nesses dias, mas o mais importante é fazer um bom aquecimento no início da atividade física e usar uma roupa adequada à temperatura, sem exageros para mais ou para menos.
 
Fonte Minha Vida

Oito cuidados para prevenir manchas nas axilas

Desodorante - foto: Getty Images
Primeiro passo: escolha um desodorante sem álcool na fórmula,
que irrita e traumatiza a pele e predispõe o aparecimento de manchas
Atrito na região e desodorantes com álcool são causas comuns do escurecimento
 
Elas ficam a maior parte do tempo bem escondidas pela roupa, ninguém vê se a depilação está vencida, se a pele está ressecada ou escurecida.
 
Mas basta um descuido e você acaba mostrando as axilas. "Por ser uma região do corpo que é chamada de área de dobra, a axila retém suor e micro-organismos, o que, além de deixá-la sensível, a torna um ambiente excelente para a proliferação de fungos e bactérias", explica a dermatologista Daniela Landim, pós-graduada em medicina estética.
 
"Pequenos traumas decorrentes da depilação e até mesmo do atrito da pele são os principais responsáveis pela pigmentação da área com o passar do tempo e a formação das manchas".
 
Quer saber quais são os vilões da cor escurecida destas dobrinhas?
 
Nós te contamos num passo a passo para prevenir as manchas:
 
Sabonete - foto: Getty ImagesBoa higiene em primeiro lugar
A dermatologista Daniela Landim conta que uma boa higiene das axilas é fundamental para que a axila continue com sua cor original. "Costumo recomendar sabonetes à base de triclosano, que remove o excesso de bactérias", conta. Esses micro-organismos deixam a pele mais sensível, propensa ao aparecimento de manchas."Se o suor for excessivo, o ideal é lavar as axilas ao menos três vezes por dia com este produto".
 
Desodorante - foto: Getty ImagesPré-requisitos do desodorante
Primeiro passo: escolha um desodorante sem álcool na fórmula, que irrita e traumatiza a pele e predispõe o aparecimento de manchas. O dermatologista Cláudio Mutti ensina o segundo passo: "evite desodorantes em spray, que em geral contêm alumínio, substância que vêm sendo associada a problemas de saúde, mas ainda sem comprovação científica".
 
Produtos - foto: Getty ImagesEscolha o melhor tipo de desodorante
A dermatologista Daniela Landim conta quais são os prós e contras de cada tipo de desodorante:

- Aerossol: este é o mais irritante para as peles sensíveis, ele contém micropartículas de talco e seu jato seco pode ocasionar obstrução das glândulas, causando inflamação.

- Cremoso: ele é indicado para peles muito sensíveis e para quem faz depilação com lâmina, as formulações costumam ser hipoalergênicas e hidratantes - a desvantagem é que se a mão estiver contaminada, pode levar micro-organismos ao pote e também às axilas.

- Roll-on: se a axila não estiver bem limpa, a contaminação inativa o produto, causando danos secundários à pele. Dentre as vantagens, forma uma película protetora na axila e tem duração prolongada.

- Spray: geralmente contém álcool em altas concentrações, por isso, é contraindicado para peles sensíveis. 
 
Mulher com hidratante - foto: Getty ImagesHidratação
A hidratação é fundamental para qualquer parte do corpo e ainda mais necessária às axilas, que tendem ao ressecamento mais facilmente. A recomendação da dermatologista Daniela Landim é que a pele da região seja hidratada duas vezes por dia, depois da higienização, com um creme corporal. "Também é possível usar desodorantes que contenham hidratantes em suas fórmulas, como os cremosos, por exemplo".
 
Esfoliante - foto: Getty ImagesEsfolie
Axilas também merecem cuidados, por isso, quando for esfoliar o corpo, aproveite e esfolie estas dobrinhas. "As esfoliações podem ser realizadas, no máximo, duas vezes por semana, com produtos esfoliantes corporais e de maneira bem suave, já que a pele da região é sensível", explica o dermatologista Cláudio Mutti. "A esfoliação renova a camada celular do local e previne a formação de pelos encravados e manchas".
 
Roupas adequadas - foto: Getty ImagesA roupa pode agredir a região
"O atrito constante do tecido artificial de uma roupa justa também pode traumatizar as axilas, mas para isso, essa roupa deve ser de uso rotineiro, usá-la uma única vez não causa problema", explica o dermatologista Cláudio Mutti. Use roupas mais leves, menos coladas e cujas costuras não fiquem em constante fricção com as axilas. 
 
Depilação - foto: Getty ImagesA depilação
Não importa qual seja o método de depilação que você costuma fazer, a pele geralmente fica irritada com a retirada dos pelos. O dermatologista Claudio Mutti explica que a lâmina e as loções depilatórias são os métodos que mais comprometem a pele das axilas. O método recomendado pelo especialista para quem tem axilas escuras é a depilação a laser. "Ela reduz uma grande quantidade de pelos em cerca de cinco sessões, reduzindo a necessidade de uso de outros métodos depilatórios".
 
Mulher com obesidade - foto: Getty ImagesEvite o excesso de peso
Por mais incrível que pareça, o sobrepeso é um dos principais causadores do escurecimento das axilas. "O excesso de peso favorece o atrito e o traumatismo constante não apenas nas axilas, como em todas as regiões de dobras, o que faz com que a pele fique mais escura com o passar do tempo", explica Cláudio Mutti. O excesso e a retenção de suor complicam ainda mais a situação. Se você está acima do peso, vale investir nos cuidados ditos anteriormente e voltar ao peso ideal.
 
Fonte Minha Vida

Reconheça as diferenças entre os sintomas da rinite e da sinusite

A rigor, rinite é uma inflamação da mucosa do nariz e
pode ter várias causas. Já a sinusite é uma inflamação da
mucosa que reveste os seios da face
Muitas vezes confundidas, essas doenças precisam de cuidados específicos
 
Não há otorrinolaringologista que não escute pelo menos uma vez por dia essa frase: "Eu tenho rinite e também sinusite". As duas "ites" vêm sempre juntas na cabeça do paciente (sem trocadilhos), como dois problemas em um só. Já que a diferença entre as duas é nebulosa para a maior parte do público, as pessoas preferem declarar que sofrem de ambas, por via das dúvidas.

A rigor, rinite é uma inflamação da mucosa do nariz e pode ter várias causas. Um resfriado, por exemplo, não deixa de ser uma rinite, do tipo infecciosa. Mas normalmente quando as pessoas falam em rinite estão se referindo a queixas mais duradouras (ou pelo menos recorrentes) causadas, por exemplo, pela rinite alérgica. Os sintomas mais frequentes da rinite são a coriza (secreção clara que escorre do nariz), os espirros, a coceira no nariz e o nariz entupido. 
 
Já a sinusite é uma inflamação da mucosa que reveste os seios da face (também chamados de cavidades paranasais). Os seios da face são espécies de câmaras de ar que ficam ao redor do nariz, forradas internamente por uma mucosa muito parecida com a do próprio nariz. Essa mucosa que reveste internamente os seios da face produz muco, exatamente como a mucosa do nariz. Esse muco drena para dentro do nariz por pequenos orifícios que comunicam os seios da face com as fossas nasais.

Se por acaso esses orifícios ficam obstruídos (seja por secreção, pelo inchaço da própria mucosa ou por outra causa), o seio da face pode tornar-se uma cavidade sem comunicação com o nariz, totalmente selada, também sem aeração. Assim como acontece com as paredes de um quarto quando o deixamos totalmente trancado (sem ventilação) por muito tempo, a mucosa que reveste os seios da face vai ficando doente, inflamada. O muco que ela produz também não tem para onde ir e acaba acumulando no seio da face e facilitando a proliferação de bactérias. Está formada a sinusite.

A sinusite pode ser dividida em aguda e crônica. A aguda é aquela que se manifesta em crises, causando forte dor facial, abundante secreção purulenta no nariz, tosse e febre. Já na sinusite crônica os sintomas são mais discretos, mas mais frequentes. Ela pode se manifestar como uma tosse persistente ou uma secreção que drena do nariz para a garganta. Mas o que mais se associa à sinusite crônica é a dor de cabeça, em especial aquela entre os olhos. Aliás, quando a maior parte das pessoas afirma ter sinusite está se referindo justamente a esse sintoma: a dor de cabeça na testa ou entre os olhos. 
 
Aqui vale um aviso: nem sempre a cefaleia frontal (a tal dor de cabeça na testa) é sinusite. Aliás, se ela não vem acompanhada de demais sintomas nasais, provavelmente não está relacionada à doença. Nesses casos duvidosos, a tomografia de seios da face (e não a radiografia simples) é um exame de imagem muito importante para tirar a dúvida.

Mas é claro que a confusão entre rinite e sinusite não é apenas falta de informação. Existe realmente uma área de interseção entre elas. Ambas, por exemplo, causam obstrução e secreção nasal. A rinite, muitas vezes, desencadeia uma sinusite. Portanto a associação em muitos casos é real. 
 
Por último, é preciso esclarecer algo: a rinite realmente não tem "cura" na maior parte dos casos, mas sim controle, embora possa amainar com o tempo. Já a sinusite, ao contrário, tem cura na maior parte dos casos. Mesmo a crônica, embora não raro seja necessário algum tipo de intervenção cirúrgica para isso.

Portanto, consulte seu otorrinolaringologista e seja feliz respirando pelo nariz! 
 
Fonte Minha Vida

Exames: Glicemia de jejum

Exame de sangue.jpgExame auxilia no diagnóstico e acompanhamento do diabetes
 
O que é glicemia de jejum
A glicemia de jejum é um exame que mede o nível de açúcar no seu sangue naquele momento. O exame de glicemia de jejum serve para fazer o diagnóstico de hipoglicemia ou hiperglicemia. Esse exame serve também para monitorização do tratamento do diabetes. 
 
Quando o exame é pedido:
As principais doenças envolvidas na dosagem de glicose para diagnóstico e acompanhamento são o diabetes tipo 1 e o diabetes tipo 2 , nas quais a concentração de glicose se encontra elevada. Raramente o médico pedirá o exame para fazer o diagnóstico de uma hipoglicemia, mas pode acontecer. O exame de glicemia de jejum também pode ser indicado pelo seu médico mesmo que você não tenha sintomas definidos, como parte do check-up de uma consulta - principalmente porque o diabetes pode permanecer assintomático por muito tempo.
 
Alguns sintomas ou condições que podem levar seu médico a pedir o exame de glicemia de jejum para uma investigação mais profunda são: 
  • Urinar várias vezes ao dia
  • Sede intensa
  • Perda de peso apesar da ingestão de alimentos
  • Glicemia fora do jejum maior que 200mg/dl
  • Desidratação
  • Tonturas
  • Mal estar (em crianças pode se manifestar como uma dor abdominal)
  • Fome intensa
  • Náusea
  • Desmaios ou comas
  • Troca da dosagem ou do medicamento para tratamento do diabetes
  • Parente direto com diabetes.
 
Pré-requisitos para fazer o exame:
Não existem contraindicações para a glicemia de jejum, mas são necessários alguns cuidados no dia do exame:
  • Jejum mínimo de 8 horas, sendo permitida apenas a ingestão de água
  • Crianças até três anos podem fazer jejum de três horas
  • Crianças de três a nove anos podem fazer jejum de quatro a cinco horas apenas
  • Se o paciente estiver em tratamento para o diabetes, o jejum não é recomendado e o exame deve ser feito antes da próxima dose de insulina
  • Evitar a ingestão de qualquer medicamento durante o período de jejum, pois eles podem interferir no resultado. Para saber se você pode ou não interromper a medicação, converse com seu médico. Caso você não possa, ele levará isso em conta quando for analisar os resultados do exame
  • A alimentação deve ser mantida rotineiramente até a hora do início do jejum.
No dia anterior ao exame, evite:                                         
  • Exercícios físicos vigorosos
  • Ingestão de cafeína em grande quantidade
  • Ingestão de álcool.
Como é feita a glicemia de jejum:
Após o período de jejum orientado conforme a idade é colhido em laboratório um tubo de sangue por punção venosa. Esse tubo será dosado em uma máquina automatizada para verificar a glicemia. Geralmente é um resultado rápido, que pode ser liberado entre 30 minutos ou até 24 horas, conforme as orientações do laboratório. 
 
Recomendações pós-exame:
Após o exame o paciente deve se alimentar normalmente, de forma natural, sem exageros. Não é recomendada a prática de exercícios intensos após jejum prolongado.
 
Possíveis complicações e riscos:
Os riscos envolvidos no exame de glicemia de jejum são aqueles inerentes a todos os exames de sangue, como hematomas ou lesões decorrentes de uma veia mal puncionada ou uma coleta difícil. O paciente também pode sofrer com tonturas decorrentes do tempo de jejum.
 
Possíveis efeitos colaterais:
Este exame não apresenta efeitos colaterais. Você pode sofrer tonturas ou outras sintomas relacionados ao longo período em jejum - sinal normalmente relacionado à hipoglicemia -, mas é uma condição rara em pessoas saudáveis.
 
Periodicidade do exame:
A glicemia de jejum deve ser repetida periodicamente para controle do tratamento do paciente com diabetes. Portadores de diabetes tipo 1 fazem o exame de glicemia de jejum com maior frequência, pois precisam saber os níveis de glicose para ajustar a dose de insulina a ser aplicada - nesse caso o exame é feito em jejum ou então antes da próxima aplicação, usando um aparelho chamado glicosímetro. Portadores de diabetes tipo 2 em uso de medicação oral e eventualmente insulina fazem o exame com uma frequência menor, geralmente durante a consulta médica. Pessoas que não possuem diabetes fazem o exame de glicemia de jejum anualmente, juntamente com o check-up médico.
 
O que significa o resultado do exame?
Os resultados do exame irão indicar se você está ou não com hiperglicemia ou hipoglicemia. Caso os resultados sejam anormais (acima ou abaixo do que seria ideal) porém próximos do limite, o exame é feito novamente em uma outra data marcada pelo médico. Dessa forma, tem-se a segurança de que os números estão mesmo acima ou abaixo do normal.
 
Resultados normais:
Os valores de referência ficam entre 65 a 99 miligramas de glicose por decilitro de sangue (mg/dL).
 
O que significam resultados anormais:
  • Resultados entre 99 mg/dL e 140 mg/dL são considerados anormais próximos ao limite e devem ser repetidos em uma outra ocasião
  • Valores acima de 140 mg/dL já são bastante suspeitos de diabetes, mas também devendo ser repetido em uma outra ocasião
  • Valores acima de 200 mg/dL são considerados já diagnósticos para diabetes. No entanto, outros sintomas do paciente devem ser avaliados e outros exames podem ajudar, como a hemoglobina glicosilada e a curva glicêmica
  • Valores abaixo de 65 mg/dL indicam hipoglicemia e também devem ser repetidos em outra ocasião.
Gestantes podem fazer?
Grávidas não só podem como devem fazer o exame de glicemia de jejum, sendo um procedimento de rotina pré-natal e durante a gestação, podendo ser realizada em qualquer semana. Entretanto, as gestantes têm valores diferenciados para a glicemia de jejum: o limite superior para a suspeita do diagnóstico de diabetes é 85 mg/dL. Se o resultado for alterado, realiza-se um teste com administração de curva glicêmica durante 60 e 120 minutos após a ingestão de 75g de glicose entre a 24ª e a 28ª semanas de gestação. Se confirmado o diagnóstico de diabetes gestacional, os controles serão feitos com bastante frequência, tanto no hospital quanto em casa, usando em domicílio o glicosímetro.
 
A mulher com diabetes gestacional ou que já tinha diabetes antes da gravidez deverá manter níveis de glicemia no jejum em torno de 95 mg/dl e os feitos uma hora após as refeições em torno de 140 mg/dl. Se necessário, iniciará tratamento com insulina.
 
Fontes consultadas:
- Endocrinologista Cleide Sabino, do Laboratório Pasteur

- Patologista clínico Hélio Magarinos Torres Filho, presidente regional da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica - Rio de Janeiro, e diretor médico do Laboratório Richet

- Endocrinologista Milena Teles, do Fleury Medicina e Saúde. 
 
Fonte Minha Vida

Preste atenção nos sinais que a boca dá para a saúde do organismo

Autoexame da boca ajuda a levantar suspeitas
Fazendo um autoexame, você pode prevenir doenças mais graves como o câncer bucal
 
A saúde bucal não pode e nem deve ser separada da saúde geral do organismo. Nossa boca é continuamente desafiada por infecções causadas por bactérias, vírus e fungos. "Qualquer lesão na mucosa da boca pode ser contaminada por micro-organismos presentes na boca ou adquiridos de outras pessoas, aumentando o risco de doenças, desde uma DST até problemas circulatórios", explica a dentista Amália Rodrigues Martins. Afta, herpes, excesso de saburra e outros problemas de saúde, que começam na boca, podem denunciar que seu corpo pede cuidados.

A boca abriga uma grande quantidade de micro-organismos que residem na superfície dos dentes, nas próteses ou na própria mucosa, formando um ecossistema chamado biofilme, que nada mais é do que a conhecida placa bacteriana. As bactérias podem causar doenças locais, como a cárie, a gengivite e a periodontite. Mas também podem desencadear problemas em outras partes do corpo. "Elas podem penetrar nos tecidos e na corrente sanguínea, liberando substâncias tóxicas e estimulando uma inflamação e até uma infecção grave", diz ela. A seguir, a especialista mostra quais os alertas que sua boca dá e como preveni-los.  
 
Sinais na língua
A saburra é uma placa esbranquiçada ou amarelada, composta por células descamadas, restos alimentares e bactérias, que fica no dorso da língua. A formação de saburra é mais intensa nas pessoas que estão com o fluxo salivar diminuído, o que pode acontecer em situações de estresse, ingestão de certos medicamentos e determinadas doenças. "Entre as bactérias presentes na saburra lingual estão algumas espécies capazes de causar doenças como a gastrite, pneumonia, endocardite bacteriana, parada cardíaca, acidente vascular cerebral e a doença periodontal", explica Amália. Além disso, as bactérias presentes na saburra vão degradar proteínas, produzindo compostos sulfurados, responsáveis pelo mau hálito. Por isso, a escovação dos dentes e a limpeza diária da língua é importante para a eliminação dos micro-organismos. A higienização deve ser feita com a escova de dente, além de raspadores ou limpadores de língua com arestas ou cerdas. 
 
Herpes labial ou bucal
Basta passar por uma situação estressante para as feridinhas, que evoluem para pequenas bolhas, aparecerem na boca. Causada por variações do vírus Herpesvirus hominis (HVH), a herpes é uma doença contagiosa, cuja transmissão ocorre geralmente na infância. O que acontece é que, após o contágio inicial, o vírus fica latente no organismo, podendo se manifestar em intervalos variáveis, principalmente na puberdade e vida adulta. "Entre os fatores relacionados com as recorrências de herpes podemos citar a exposição excessiva ao sol ou a radiação ultravioleta, temperaturas baixas, febre, infecções, estresse físico ou mental, distúrbios gastrointestinais, gripes, resfriados, menstruação, gravidez e uso de corticóides", explica Amália. Sendo que nas pessoas com deficiências imunológicas, a doença pode causar sérias complicações, pois o organismo tem a resistência muito baixa, ficando mais vulnerável a infecções.

O tratamento precoce pode inibir a manifestação clínica ou diminuir o tempo de duração e tamanho das lesões, que podem afetar a boca por até sete dias. O ideal é procurar atendimento assim que aparecerem os primeiros sinais (coceira, irritação, inflamação). As principais formas de tratamento são a prescrição de medicamentos antivirais, que atuam impedindo ou diminuindo a replicação dos vírus, e a terapia com aplicação de laser de baixa potência. "No caso de surtos muito frequentes, com mais de uma manifestação por mês, é possível recomendar antivirais por períodos mais prolongados de tempo", diz a dentista. A aplicação de laser atua diminuindo a dor e biomodulando a região, isto é, aumentando a resistência das células. O procedimento pode ser realizado em qualquer fase da doença, sendo que, assim como o uso dos medicamentos, apresenta melhores resultados na primeira fase da doença, que são as 24 horas iniciais. "Em alguns casos, as lesões são infectadas por bactérias, o que pode causar marcas definitivas na região, sendo necessária à prescrição de antibióticos e pomadas locais", explica Amália. 
 
Cuidados essenciais
  • Não toque na ferida, evitando o contágio. O vírus pode sobreviver por horas ou dias no meio externo e pode ser transmitido para outras pessoas através do beijo, relações sexuais, objetos contaminados (como copos, garrafas e roupas)
  • Se tocar nas feridas, lavar as mãos imediatamente com água e sabão. A manipulação das lesões pode levar à contaminação de outras regiões como pele ulcerada, olhos e região genital
  • As bolhas rompidas liberam líquido altamente infectante. É preciso secar a região com gaze ou lenços descartáveis. As lesões também podem ser lavadas com água e sabão
  • Procure um especialista assim que aparecerem os primeiros sinais de herpes labial ou bucal para diagnóstico, orientação e tratamento.
 
Aftas
As feridas branco-amareladas com contorno avermelhado que aparecem na língua, lábios, parte interna das bochechas e garganta são lesões extremamente dolorosas e desaparecem em 1 a 2 semanas sem deixar cicatriz. Algumas pessoas apresentam aftas grandes, que demoram até 6 semanas para cicatrizarem. As aftas não são contagiosas, sendo muito comuns em pré-adolescentes, adolescentes e adultos jovens. "As causas para a sua formação não são completamente conhecidas e podem estar ligadas à reação exagerada do sistema imunológico", explica Amália. Fatores como o estresse, alterações hormonais, alergias a alimentos, traumas físicos causado por mordidas, alimentos pontiagudos, mudanças hormonais, certos tratamentos de quimioterapia, medicações, hérnia de hiato com refluxo esofagiano e consumo de alimentos ácidos podem levar ao surgimento das feridas. "Não existe nenhum tratamento definitivo para aftas, pois nenhuma substância cura a úlcera de um dia para outro. Podem ser usadas pomadas anestésicas, corticóides e anti-inflamatórios, além da aplicação de laser de baixa potência para alívio da dor e aceleração da cicatrização", diz Amália. 
 
Câncer bucal
O câncer bucal pode afetar a mucosa bucal, gengivas, o céu da boca, língua, assoalho da boca, o céu da boca e os lábios. A doença manifesta-se pelo aparecimento de feridas, que não cicatrizam após alguns dias. Podem surgir lesões superficiais e indolores, que sangram ou não, e manchas esbranquiçadas nos lábios ou na mucosa bucal. Em seu estágio avançado, a doença caracteriza-se pela dificuldade no falar, mastigar e engolir e até o emagrecimento acentuado, dor e presença de caroço no pescoço. Entre os fatores de risco para a doença estão o tabagismo, o uso do álcool, exposição solar exagerada, má higiene bucal e uso de próteses dentárias mal ajustadas. "Além do controle dos fatores de risco, o autoexame e controle profissional realizado por um dentista são fundamentais na prevenção da doença", alerta a dentista. 
 
Faça o autoexame da boca
A finalidade do exame é identificar anormalidades existentes na mucosa bucal, que alertem a pessoa que o organismo não anda bem e a façam procurar um dentista ou um medico.
 
O que procurar:
  • Mudanças na aparência dos lábios e parte interna da boca
  • Endurecimentos
  • Caroços
  • Ferida
  • Sangramento
  • Inchações
  • Áreas dormentes
  • Dentes amolecidos ou quebrado.
 Siga o passo a passo para fazer o autoexame da boca:

1. Lave bem a boca e remova as próteses dentarias, se for o caso.
 
 2. De frente para o espelho, observe a pele do rosto e do pescoço. Veja se encontra algum sinal que não tenha notado antes. Toque suavemente, com a ponta dos dedos, todo o rosto.
 
 3. Puxe com os dedos o lábio inferior para baixo, expondo a sua parte interna (mucosa). Em seguida, apalpe todo o lábio. Puxe o lábio superior para cima e repita a palpação.
 
4. Com a ponta de um dedo indicador, afaste a bochecha para examinar a parte interna da mesma. Faça isso nos dois lados.
 
5. Com a ponta de um dedo indicador, percorra toda a gengiva superior e inferior.         
      
6. Introduza o dedo indicador por baixo da língua e o polegar da mesma mão por baixo do queixo e procure palpar todo o soalho da boca.
 
7. Incline a cabeça para trás, e abrindo a boca o máximo possível examine atentamente o céu da boca. Apalpe com um dedo indicador todo o céu da boca, em seguida diga AAAA ... e observe o fundo da garganta.
 
 8. Ponha a língua para fora e observe a sua parte de cima. Repita a observação com a língua levantada até o céu da boca. Em seguida, puxando a língua para a esquerda, observe o lado direito da mesma. Repita o procedimento para o lado esquerdo, puxando a língua para a direita.
 
9. Estique a língua para fora, segurando-a com um pedaço de gaze ou pano, e apalpe toda a sua extensão com os dedos indicadores e polegar da outra mão.
 
 10. Examine o pescoço. Compare os lados direito e esquerdo e veja se a diferença entre eles. Depois, apalpe o lado esquerdo do pescoço com a mão direita. Repita o procedimento para o lado direito, apalpando-o com a mão esquerda. Veja se existem caroços ou áreas endurecidas.
 
11. Finalmente, introduza um dos polegares por debaixo do queixo e apalpe suavemente todo o seu contorno inferior.  
 
Fonte Minha Vida 

Pré-diabetes é alerta para diabetes tipo 2, diz médico

Obesidade é um dos fatores de risco para o pré-diabetes
Mudança de hábitos e medicação ajudam a prevenir ou retardar o aparecimento da doença
 
Como o próprio nome sugere, o pré-diabetes é um termo usado para alertar que a pessoa tem grandes chances de desenvolver diabetes tipo 2 no futuro. Mas, segundo o endocrinologista Carlos Eduardo Couri, pesquisador da equipe de Transplante de Células-Tronco da Faculdade de Medicina da USP Ribeirão Preto, é possível prevenir ou retardar o aparecimento da doença.
 
— Mudar hábitos de vida é o primeiro passo para driblar o surgimento do diabetes tipo 2, mas é importante destacar que não é possível reverter o quadro.
 
Entre as principais medidas para fugir do diagnóstico de diabetes, o médico recomenda prática regular de exercício físico, alimentação balanceada, manutenção do peso e medicação.
 
— Alguns especialistas subestimam o pré-diabetes, mas as principais associações médicas do mundo orientam a prescrição de metformina, um dos remédios fornecidos gratuitamente pelo SUS. E ainda há a possibilidade de se incluir outras drogas nesta fase para combater de forma agressiva a doença.
 
O tratamento do pré-diabetes, explica Couri, tem como objetivo retardar o surgimento do diabetes no futuro e prevenir suas complicações, como problemas cardiovasculares, cegueira e neuropatias.
 
— As mulheres pré-diabéticas têm duas vezes mais chances de doença cardiovascular do que o homem na mesma condição.
 
De acordo com os últimos dados divulgados pela Federação Internacional de Diabetes (IDF), no Brasil 4,5% dos adultos possuem pré-diabetes e, nos Estados Unidos, esta prevalência é de 10,5%.
 
Por ser uma doença assintomática, a melhor maneira de diagnosticar o pré-diabetes é por meio de exame de sangue. Segundo Couri, se a glicemia de jejum (mínimo oito horas) ficar entre 100 mg/dl e 125 mg/dl o sinal vermelho deve acender.
 
— Para confirmar o diagnóstico, também recomendamos realizar o teste oral de glicose, que mede o valor da glicemia após duas horas da ingestão de um líquido com 75 g de açúcar. Neste caso, se o valor da glicemia ficar entre 140 mg/dl e 199 mg/dl o pré-diabetes existe.
 
Grupo de risco
O médico explica que não são apenas as pessoas com histórico familiar de diabetes que podem desenvolver o pré-diabetes. Outros fatores de risco contribuem para o surgimento da doença, como estar acima de 45 anos, excesso de peso, sedentarismo, hipertensão e alterações nas taxas de colesterol e triglicérides.
 
— Além disso, mulheres que deram à luz bebês com mais de 4 kg ou que sejam portadoras de Síndrome dos Ovários Policísticos também têm risco aumentado.
 
Segundo o especialista, crianças e adolescentes também podem apresentar pré-diabetes. Entre os principais vilões desta faixa etária, Couri cita o sedentarismo provocado pelo videogame, computador e televisão associado a uma alimentação baseada em fast food.
 
— Prevenir a doença é sempre melhor do que tratá-la.

Fonte R7

Pessoas que vão passar férias fora do Brasil devem tomar vacina contra o sarampo

Turista deve tomar vacina contra o sarampo antes de viajar
Em 2012 foram registrados cerca de 7.000 casos da doença em território europeu
 
O Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, faz um alerta às pessoas que farão viagens internacionais nas férias de julho, especialmente aos que irão à Europa, para que tomem a vacina contra o sarampo. O ideal é que a imunização ocorra 15 dias antes da viagem.
 
Ao longo de 2012 foram registrados cerca de 7.000 casos de sarampo em território europeu, segundo boletim do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo.
 
A vacina tríplice viral, que está disponível gratuitamente no SUS (Sistema Único de Saúde), é a medida de prevenção mais segura e eficaz contra o sarampo, protegendo também contra a rubéola e a caxumba.
 
Em 2013, a doença continua presente em diferentes regiões do mundo, resultando em óbitos no Paquistão e Nigéria, e milhares de casos na China, Turquia, Rússia, Georgia, Gabão, e no Reino Unido. Os Estados Unidos registraram surtos em três estados, relacionados à importação do vírus da Índia e Reino Unido.
 
No Estado de São Paulo foram registrados cinco casos de sarampo neste ano, todos vinculados à importação de outros países. Mas desde 2000 o Estado não registra circulação endêmica do vírus.
 
Segundo o infectologista Ralcyon Teixeira, do Emílio Ribas, os casos de sarampo são mais comuns durante a infância, mas na idade adulta e em crianças menores de um ano de vida os riscos de complicações pelo vírus costumam ser maiores. A vacina ainda é a forma mais segura de prevenção.
 
Pelo calendário do SUS a primeira dose da vacina deve ser aplicada aos 12 meses de idade e a segunda, entre quatro e seis anos. Para os adultos não imunizados, a vacina também está disponível e é indicada para os nascidos a partir de 1960.
 
Dados do CVE apontam que, dos casos registrados na Europa em 2012, 94% ocorreram em países como a França, Itália, Romênia, Espanha e Reino Unido. Metade dos casos acometeram crianças menores de um ano de idade. A circulação endêmica do vírus se manteve na África, Ásia e Oceania.
 
Espera-se que em 2013 ocorra uma circulação maior do vírus do sarampo no Reino Unido. Neste ano, um caso importado da doença foi notificado no hospital Emílio Ribas. Trata-se de brasileira, com 60 anos de idade, recém-chegada da Itália.
 
O sarampo é uma doença de natureza viral altamente contagiosa. Sua transmissão ocorre através do contato com uma pessoa infectada ao falar, tossir ou espirrar. Também têm sido observados alguns casos de contagio por dispersão de gotículas em ambientes fechados, como por exemplo, escolas, clínicas médicas e creches. As pessoas que viajaram ao exterior nos últimos 30 dias ou tiveram contato no mesmo período com alguém que viajou devem ficar atentas quanto aos sintomas da doença.
 
De acordo com o infectologista, a doença geralmente se manifesta de forma mais acentuada nos primeiros dias após o contágio.
 
— Os principais indícios do vírus são febre alta, tosse, coriza, conjuntivite e aparecimento inflamações avermelhadas na pele. Ao perceber os sintomas, o indivíduo deve procurar imediatamente atendimento médico.
 
Fonte R7

Médicos prometem grande paralisação nacional contra "caos na saúde pública"

Representantes criticaram mais uma vez importação de médicos cubanos para o Brasil
 
Entidades médicas prometem paralisar as atividades na próxima quarta-feira (3) a partir das 10h em todo o País. O objetivo dos profissionais é mobilizar e chamar atenção da população para o projeto do Governo Federal de importar médicos cubanos, além da precariedade dos atendimentos e infraestrutura nos hospitais do SUS (Sistema Único de Saúde) e da falta de incentivo de carreira.
 
Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (26), o presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), Roberto D´Ávila, afirmou que a paralisação não tem como objetivo “prejudicar a população”.  
 
— Vai ser muito pacífica. Será um ato público com passeata da prefeitura até a sede do governo. Vamos poupar os pacientes de transtorno porque são vítimas. Não podemos penalizar estas pessoas, mas precisamos protestar e esclarecer as pessoas — que a vinda de médicos, por exemplo, não vai resolver problema da saúde do País.
 
O presidente da AMB (Associação Médica Brasileira), Florentino Cardoso, diz que por meio da mobilização será possível “mostrar o caos e as verdades da saúde pública do Brasil”. Segundo ele, a área médica enfrenta diversos “grandes problemas”, entre eles a falta de financiamento.
 
— Os médicos não suportam mais atender as pessoas com paredes caindo, com posto sem água há dois meses. Vamos aproveitar este momento histórico para reconstruir o País. Sobre a importação de médicos, não somos contra médicos estrangeiros, desde que eles sejam avaliados [por meio do Revalida, concurso federal que atesta os conhecimentos médicos]. É preciso ver se eles têm conhecimento, habilidade e atitude para trabalhar aqui. Sabemos que há escolas que não formam médicos com qualidade.
 
Se as reivindicações não forem atendidas, Geraldo Ferreira, presidente da ANM (Associação Nacional dos Médicos), afirma que “não está descartado uma greve”. Segundo ele, entre as alternativas para melhoria do setor está a aprovação da PEC 454, pacote de emenda constitucional que cria a carreira de Estado para os médicos, assim como acontece com o Judiciário.
 
— Além disso, queremos também que 10% do recurso público bruto seja destinado à saúde. Não adianta colocarmos mais médicos, sem ter infraestrutura suficiente.
 
Ato em SP acontece na avenida Paulista
Entidades de classe, acadêmicos de medicina e residentes médicos tomarão a avenida Paulista, a partir das 16h para uma passeata de protesto. O ponto de encontro será na Associação Médica Brasileira, de onde a passeata sairá rumo ao gabinete de representação da presidência da República, na avenida Paulista.
 
Fonte R7

Médicos estrangeiros relatam experiência negativa com "importação" de cubanos

Representantes de entidades da Venezuela e Bolívia vivenciaram experiência há poucos anos
 
A intenção do Governo Federal de trazer médicos de outros países para atuarem em regiões mais carentes brasileiras é alvo de crítica pelas entidades médicas. Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (26), em São Paulo, representantes brasileiros trouxeram representantes das classes médicas da Bolívia e Venezuela para contar a experiência de importação de cubanos aos seus países. Ambos criticaram fortemente a medida.
 
Foi em 2003 que o governo da Venezuela levou médicos de Cuba, de acordo com o médico Douglas Natera. Segundo ele, os profissionais não tinham “ao menos um título” que mostravam que eram médicos.
 
— Nós só sabíamos que eram cubanos, mas não demonstraram que eram médicos. Quando entraram de maneira oficial, eles já tinham supostamente quatro anos de exercício da profissão, mas não tinham título. O diploma parecia um papel feito por criança. Foram depois então expulsos do país. Na verdade, eles usurparam a função de médicos. Eram em sua maioria taxistas, veterinários, carpinteiros.
 
Por causa das mesmas condições enfrentadas na Venezuela, o representante médico Aníbal Cruz explica que na Bolívia o projeto também fracassou. A importação aconteceu em 2006.
 
— Me lembro de um homem de 36 anos que caiu de uma árvore e sofreu um trauma renal. Ele foi atendido por um médico cubano que lhe arrancou os dois rins. Os médicos bolivianos fizeram uma denúncia e iríamos fazer o transplante. Nós lutamos para que ele não fosse levado ara Cuba. Mas ele foi e nunca mais tivemos notícias.
 
Trabalho escravo
Para o presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), Roberto d´Ávila, a intenção de trazer médicos sem revalidação do diploma é ilegal, uma vez que a “lei da educação prevê a revalidação do diploma no estrangeiro”, além do registro no conselho regional de medicina.
 
Além da falta de revalidação do diploma, Geraldo Ferreira, presidente da ANM (Associação Nacional dos Médicos), afirma que trazer médicos de fora e obrigá-los a se fixar em determinada região pode ser considerado “trabalho escravo”.
 
— Enquadraremos isso e entregaremos a OMT (Organização Mundial do Trabalho). Além disso, eles não podem trabalhar se não for por concurso. Se isso acontecer, vamos levar ao Judiciário. O importante é promover a valorização do trabalhador brasileiro para que ele tenha uma carreira decente.

Paralisação para melhoria na saúde
Entidades médicas prometem paralisar as atividades na próxima quarta-feira (3) a partir das 10h em todo o País. O objetivo dos profissionais é mobilizar e chamar atenção da população para o projeto do Governo Federal de importar médicos cubanos, além da precariedade dos atendimentos e infraestrutura nos hospitais do SUS (Sistema Único de Saúde) e da falta de incentivo de carreira.
 
O presidente da AMB (Associação Médica Brasileira), Florentino Cardoso, diz que por meio da mobilização será possível “mostrar o caos e as verdades da saúde pública do Brasil”. Segundo ele, a área médica enfrenta diversos “grandes problemas”, entre eles a falta de financiamento.
 
— Os médicos não suportam mais atender as pessoas com paredes caindo, com posto sem água há dois meses. Vamos aproveitar este momento histórico para reconstruir o País.
 
Governo quer médico este ano
Governo Federal quer trazer ao Brasil já neste ano os médicos estrangeiros para atuarem na rede pública de saúde. O edital de chamamento dará prioridade aos médicos brasileiros, mas as vagas que não forem ocupadas serão destinadas a médicos de outros países. A medida faz parte do Pacto da Saúde, assinado entre a  presidente, Dilma Rousseff e governadores nesta segunda-feira (24). A data para a publicação do edital ainda não foi definida, mas segundo o ministro da saúde, Alexandre Padilha, há pressa:
 
Segundo o Ministério da Saúde, ao chegar no Brasil os médicos passarão três semanas em avaliação em uma universidade brasileira e com permanente acompanhamento para garantir a qualidade do atendimento ao paciente antes de irem para os hospitais. Eles deverão também ter capacidade de se comunicar bem, quem estiver fora dos padrões não poderá exercer a função e terá que voltar ao país de origem.

Para Alexandre Padilha, a medida é a mais acertada, no momento, para atender a carência de médicos.    
 
Fonte R7