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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Anvisa determina apreensão de lotes de medicamento falsificado

Apenas os lotes que se encontrem em estabelecimentos que não sejam órgãos
públicos deverão ser recolhidos
Segundo laboratório, lotes legítimos foram distribuídos apenas para órgãos públicos

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou nesta terça-feira (16) a apreensão e inutilização, em todo o País, dos lotes CC21236 e CC21237 do medicamento Hormotrop (somatropina), apresentação de 12 UI Pó Liófilo Injetável, indicado para crianças com distúrbios causados pela deficiência do hormônio do crescimento.

Apenas os lotes que se encontrem em estabelecimentos que não sejam órgãos públicos deverão ser recolhidos.

A empresa detentora do registro do medicamento, o Laboratório Químico Farmacêutico Bergamo Ltda., informou que existem unidades falsificadas do medicamento disponíveis no mercado, já que os lotes legítimos foram distribuídos apenas para órgãos públicos.

A resolução foi publicada no Diário Oficial da União. A Agência Brasil já entrou em contato com a Amgen, empresa proprietária do Laboratório Bergamo e aguarda posicionamento.

Na mesma publicação, a Anvisa determinou a suspensão da fabricação, distribuição, divulgação, comercialização e do uso do produto Coletor de Perfuro-Cortantes, fabricado e comercializado pela empresa JSM Indústria e Comércio de Produtos Manufaturados Ltda. O produto não tem o devido registro na Anvisa.

O produto Deslip (chytosan + associações) também foi suspenso, pois não tem registro. A embalagem do produto cita a empresa Fitobras – Indústria e Comércio de Produtos Fitoterápicos como fabricante, mas não informa o endereço da empresa. Além disso, o número do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica é inválido.

R7

Novo remédio promete bloquear o "hormônio do amor"

Getty Images: Estudos seguem acontecendo nos EUA e na Austrália
Medicamento ajudaria no tratamento da ejaculação precoce 

Cientistas da Inglaterra desenvolveram um medicamento que pode ser o mais novo tratamento para a ejaculação precoce. A medicação — que está sendo testada em estudo clínico a partir deste mês, tem como alvo o hormônio oxitocina (conhecido como "hormônio do amor), responsável por dar respostas a estímulos como o toque.

O medicamento é antagonista ao hormônio, o que significa que ele impede que a oxitocina se ligue às células do corpo. O objetivo é que, se a substância for bloqueada, a ejaculação irá demorar mais para ocorrer.

Segundo o cirurgião urológico do Bristol Royal Infirmary Raj Persad, a droga pode beneficiar os pacientes, mas advertiu que deve ser usada juntamente com terapias psicológicas.

― Esta droga é muito interessante e se os testes forem bem-sucedidos, o medicamento poderia contribuir para o tratamento desta condição angustiante. Mas, além de fatores químicos, existem fatores psicológicos que também influenciam, por isso é necessário um acompanhamento.

Agora, a droga está sendo testada em 90 homens com idades entre 18 e 60 anos. O estudo, que durará um ano, será realizado em vários centros em os EUA e da Austrália, os voluntários terão diferentes doses da droga sete horas antes da relação sexual. Ainda não há previsão do começo das vendas.

Estima-se que cerca de cinco milhões de homens no Reino Unido sofram de ejaculação precoce. A condição faz com que a relação sexual dure apenas alguns minutos ou mesmo segundos, o que pode levar a baixa autoestima e dificuldades de relacionamento. 

R7

Guia ensina a tratar incontinência urinária sem remédio e cirurgia

Diretriz americana recomenda terapias como exercícios de Kegel e prática de atividade física para combater o distúrbio

Praticar exercícios para fortalecer os músculos pélvicos, perder peso, exercitar-se e treinar a bexiga (urinar em horários específicos, por exemplo) são métodos não cirúrgicos eficazes contra a incontinência urinária feminina. Essas são algumas recomendações da primeira diretriz para o distúrbio feito pelo American College of Physicians, publicada nesta segunda-feira no periódicoAnnals of Internal Medicine.
 
As resoluções foram baseadas na literatura publicada de 1990 a 2013 sobre tratamentos não cirúrgicos para a incontinência. Não foram avaliadas terapias cirúrgicas e algumas não cirúrgicas, como aplicação de toxina botulínica e estimulação elétrica transvaginal.

A incontinência urinária é causada por fatores como gravidez, lesão no assoalho pélvico após um parto natural, menopausa, histerectomia (cirurgia de retirada do útero), obesidade, infecções no trato urinário, deficiência funcional ou cognitiva, tosse crônica e constipação.

Kegel
Ela pode ser definida como a perda involuntária de urina ao rir, tossir e espirrar — a chamada incontinência por stress. A nova diretriz recomenda para esse tipo de condição os exercícios de Kegel — que, por meio de contração e relaxamento, fortalecem os músculos do assoalho pélvico e ajudam a controlar o fluxo de micção.

Para as mulheres que possuem a incontinência urinária de emergência, na qual urinam sem motivo aparente após uma forte vontade de ir ao banheiro, os médicos indicam o treinamento da bexiga. Esse método consiste em fortalecer os músculos da bexiga e programar os horários de ida ao banheiro.

A combinação entre treinamento da bexiga e exercícios de Kegel é recomendada para mulheres que sofrem incontinência urinária mista, uma mistura das duas formas do distúrbio. Para obesas, a recomendação é perda de peso e prática de atividade física. Em todos os casos, o uso sistêmico de medicamentos não é aconselhável, em função dos efeitos colaterais.

De acordo com o American College of Physicians, metade das pacientes não relata o problema ao médico. David Fleming, presidente da entidade, os médicos precisam fazer perguntas específicas, que abordem sintomas, início e frequência do distúrbio. 

“Os clínicos devem optar pelos tratamentos não cirúrgicos o máximo possível. Essas terapias possuem poucos efeitos colaterais e custam menos do que os medicamentos”, diz Fleming.


Onde foi divulgada: periódico Annals of Internal Medicine

​Quem fez: Amir Qaseem, Paul Dallas, Mary Ann Forciea, Melissa Starkey, Thomas D. Denberg e Paul Shekelle

Instituição: American College of Physicians

Resultado: Praticar exercícios de Kegel, fazer treinamento da bexiga, perder peso e exercitar-se são terapias não cirúrgicas eficazes para tratar a incontinência urinária feminina.

Veja

Açúcar aumenta mais pressão do que sal; veja outros males

Confira outros 10 malefícios que o produto causa, segundo estudos 

Durante anos, o sal foi considerado o grande vilão para quem sofre de pressão alta. Isso porque diversos estudos indicam que o sódio presente no tempero eleva o risco de acidentes vasculares cerebrais em 25% e seria o responsável por 3 milhões de mortes no mundo anualmente. Mas uma nova pesquisa realizada por cientistas de Nova York e do Kansas, nos Estados Unidos, aponta que o açúcar está mais relacionado ao aumento da pressão do que o sódio.

Em artigo publicado no American Journal of Cardiology, especialistas liderados pelo Dr. James DiNicolantonio argumentam que os níveis elevados de açúcar no sangue afetam uma área-chave do cérebro, chamada hipotálamo, que faz com que a frequência cardíaca acelere e a pressão suba.

Esse seria apenas mais um dos inúmeros malefícios do açúcar, já comprovadamente responsável por problemas como diabetes, síndrome metabólica (principal causa de obesidade), hiper e hipoglicemia, refluxo, doenças cardíacas e vários tipos de câncer, só para citar alguns.

Confira a seguir o que os estudos mais recentes mostram sobre esse doce vilão e os 10 principais motivos para cortá-lo da dieta.

1) Cuidado: açúcar faz a pessoa parecer mais velha
Pesquisa desenvolvida pelo Centro Médico da Universidade de Leiden e pela Unilever mostrou, pela primeira vez, que existe relação entre açúcar e envelhecimento. Pessoas com nível mais alto de açúcar no sangue aparentam ser mais velhas. A proporção, segundo o estudo, é de cinco meses a mais de idade para cada aumento de 1 mmol/litro de açúcar no sangue.  Isso porque os açúcares são verdadeiras fábricas de radicais livres. Eles se acumulam lentamente ao longo do tempo, acelerando o processo de envelhecimento celular e, consequentemente, o aparecimento de rugas e linhas de expressão.

2) Ligação direta com doenças degenerativas
O Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe), de São Paulo, divulgou recente pesquisa que aponta que consumir açúcar em excesso é tão prejudicial quanto abusar de bebidas alcoólicas. De acordo com o estudo, o uso excessivo do produto está diretamente ligado ao surgimento de diversas doenças crônicas e degenerativas, como diabetes, obesidade, esclerose e Alzheimer. Além disso, a sacarose é um dos grandes responsáveis pela esteatose hepática, doença que geralmente se dá pelo consumo excessivo de álcool.

3) Acabando com a imunidade
Outro estudo aponta que o açúcar branco pode desativar o sistema imunológico e prejudicar as defesas do organismo contra doenças infecciosas. Isso porque o açúcar pode alterar a capacidade das células brancas do sangue de destruir as bactérias. Um fato ocorrido nos Estados Unidos evidencia essa questão. Durante uma epidemia de pólio em 1949, na Carolina do Norte, o Dr. Benjamin Sandler promoveu a ideia de que o açúcar era o fator que mais contribuía para se contrair a doença. Com o auxílio de publicidade na emissora de rádio local e nos jornais, ele pediu aos pais que ajudassem os seus filhos a parar de consumir sorvetes, doces, e outros produtos açucarados, principalmente durante o calor. Felizmente o temor à epidemia fez com que as pessoas dessem ouvidos à advertência, e a incidência de pólio na Carolina do Norte caiu 90% em 1949, em comparação com as regiões vizinhas e outros surtos anteriores.

4) Tá fraco? Pode ser por causa do açúcar
Artigo publicado no Better Healht Publishing alerta que açúcares altamente refinados tendem a produzir um aumento muito maior nos níveis de glicose no sangue do que os açúcares transformados ou não refinados. Por serem muito difíceis para o corpo processar, esgotam suas reservas de nutrientes na medida em que o corpo se esforça para se reequilibrar após a ingestão desses produtos químicos. 

5) Desequilíbrio interno
O açúcar também desorganiza as relações entre os sais minerais no organismo: provoca deficiência de cromo e cobre, além de interferir na absorção de cálcio e magnésio pelo organismo, o que aumenta o risco de osteoporose.

6) Claro, os dentes!!!
O açúcar é capaz de causar danos devastadores à saúde bucal. Estudos demonstram que níveis de sacarose acima de 28 g por dia podem ser considerados como agentes tóxicos para os dentes. Além disso, é comprovado que o açúcar acidifica a saliva e pode provocar doença periodontal (das gengivas).

7) Assunto sério: alguns cânceres podem estar relacionados ao açúcar
Pesquisadores do Huntsman Cancer Institute em Utah descobriram que o açúcar realmente alimenta tumores. Isso porque o excesso de insulina provoca o crescimento tumoral, e as células de muitos tipos de câncer (de mama, ovário, próstata, reto, pâncreas, trato biliar, pulmão, vesícula, estômago etc) dependem de insulina para crescer e se multiplicar. Quanto mais insulina circular no sangue, mais facilmente o câncer se desenvolve. Em 1923 já era sabido que células cancerígenas necessitam de muito mais glicose para sobreviver do que células normais. Em junho de 2012, foi publicada pesquisa (no artigo Molecular System Biology) demonstrando que a privação de glicose ativaria todo um processo que levaria à morte de células cancerígenas como resultado de uma intrincada acumulação tóxica. Além disso, segundo os pesquisadores, muitas células pré-cancerosas jamais se transformariam em malignas se não tivessem insulina a seu dispor. Outra pesquisa, realizada por cientistas das universidades de Aberdeen e Edimburgo, que analisou dois mil pacientes na Escócia, revelou que refrigerantes, bolos, biscoitos doces e sobremesas podem aumentar os riscos de câncer de intestino. Além disso, o açúcar destrói as bactérias benéficas do intestino, aumentando a população de parasitas, especialmente o fungo Candida Albicans.

8) Sim, até depressão
O açúcar é uma substância estimulante do sistema nervoso e seu consumo em excesso provoca um aumento brusco da glicemia, seguido de sua queda. Essas oscilações de glicemia são acompanhadas de depressão e fadiga, gerando o desejo de consumir mais açúcar. Isso desgasta o sistema nervoso, o que pode ser agravado por uma deficiência da Vitamina B1, que é protetora do sistema nervoso. Portanto, o vício do açúcar pode estar relacionado com a causa da depressão e a interrupção do seu consumo pode ajudar no tratamento, lembrando que nos primeiros dias de abstinência é normal sentir desconforto devido ao processo de desintoxicação do corpo.

9) E na artrite
O açúcar não é uma das causas da artrite reumatoide, porém, tem papel importante na atividade inflamatória e no ganho de sobrepeso em pessoas com problemas nas articulações. Quem sofre de artrite reumatoide ou outras doenças reumáticas inflamatórias podem experimentar aumento na intensidade da dor quando consome altas doses de açúcar e ele ainda prolonga o estado inflamatório em doenças autoimunes, prejudicando a regulação da homeostase (equilíbrio interno). Por isso, é recomendado que pessoas com artrite reumatoide consumam moderadamente o açúcar refinado, buscando alternativas de substituição por açúcares naturais e adoçantes. Outro risco do açúcar na artrite está relacionado com o uso de corticóide. Estudos comprovam que usuários de medicamentos corticóides aumentam a predisposição a desenvolver diabetes permanente.

10) Miopia: fique de olho
Dados médicos relacionam a produção exagerada de insulina com a desregulação do crescimento dos eixos óticos oculares, causa da miopia. Segundo o pesquisador francês Michel Raymond, especialista em biologia evolutiva, um bom exemplo são os esquimós, que tinham apenas 2% de míopes em sua população. Já entre os que passaram a consumir açúcar, o índice saltou para 60%. 

Terra

ANVISA: Novo site de segurança do paciente possibilita notificações online

A Anvisa disponibiliza um novo espaço para a discussão de temas referentes à segurança do paciente em serviços de saúde

A partir desta segunda-feira, 15, profissionais de saúde, pacientes, familiares e acompanhantes podem utilizar o site para notificar e obter esclarecimentos sobre eventos adversos em clínicas e hospitais. 

O site Segurança do Paciente pode ser acessado pelo link: www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente.

Para os profissionais de saúde, o site disponibiliza alertas, publicações e um ambiente para divulgação de eventos científicos nacionais promovidos pelas  vigilâncias sanitárias de estados e municípios e pelas coordenações de Controle de Infecção Hospitalar. Ainda oferece um local específico para realizar as notificações de incidentes e eventos adversos, infecções relacionadas à assistência à saúde, agregados de casos e surtos em serviços de saúde.

Já para os cidadãos, o sistema disponibiliza material sobre o tema Pacientes pela Segurança do Paciente, além de um formulário para a notificação de problemas que ocorreram com o uso de produtos para a saúde, medicamentos, sangue e hemoderivados. Possibilita, também, a notificação de outros eventos que ocorreram durante à assistência à saúde em serviços de saúde, como quedas de pacientes, falhas durante as cirurgias e lesões de pele durante a internação.

Todas as informações notificadas pelos profissionais de saúde e pelo cidadão serão importantes para que o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária conheça a realidade nacional e possa traçar estratégias para a redução de falhas durante a assistência aos pacientes e contribua para melhoria da qualidade nos serviços de saúde brasileiros.

ANVISA

Cientistas criam exame de sangue para diagnosticar depressão

De acordo com estudo, quem possui a doença tem níveis alterados de nove marcadores genéticos, os quais podem ser identificados por meio do teste

Pela primeira vez, cientistas desenvolveram um exame de sangue capaz de diagnosticar depressão. O teste detecta a doença ao medir os níveis de marcadores genéticos associados à presença da condição. Além disso, segundo os especialistas, o método pode, no futuro, ajudar os médicos a descobrir quais pessoas têm maior predisposição à depressão e se determinado tratamento será eficaz para o seu paciente.

O estudo, feito na Universidade Northwestern, Estados Unidos, e publicado nesta terça-feira no periódico Translational Psychiatry, foi feito com 64 pessoas de 21 a 79 anos, metade delas com depressão.

Primeiro, os pesquisadores realizaram um exame de sangue nos participantes e identificaram nove marcadores de RNA cujos níveis eram significativamente diferentes entre os indivíduos com e sem depressão. As moléculas de RNA são responsáveis por interpretar o código genético do DNA e fazem o organismo funcionar de acordo com as informações decodificadas.

Depois, os voluntários com depressão foram submetidos a um tratamento contra a doença. Ao longo das 18 semanas seguintes, a equipe mediu os níveis desses nove marcadores entre essas pessoas. Os autores descobriram, então, que os níveis mudaram ao longo do período, e que essa alteração estava relacionada com a eficácia, ou não, do tratamento contra a doença.

“Nós sabemos que o tratamento medicamentoso e a psicoterapia são eficazes, mas não para todo mundo. Ter um exame como esse nos ajuda a indicar a melhor terapia para cada paciente”, explica David Mohr, coautor do estudo e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos.

Diagnóstico
Hoje, o método de diagnóstico da depressão é subjetivo, pois se baseia em sintomas não específicos, como fadiga e mudança de apetite, que podem ser aplicados a diversos problemas físicos e mentais. Esse diagnóstico também depende da habilidade do paciente em reportar seus sintomas e a do médico em entendê-las.

“Saber quais são os pacientes mais suscetíveis à doença permite que nós o monitoremos com mais atenção. Além disso, podemos considerar uma dose de manutenção de antidepressivos e de psicoterapia contínua para diminuir a severidade de um episódio futuro ou prolongar os intervalos entre um e outro”, diz Mohr.


Onde foi divulgada: periódico Translational Psychiatry

​Quem fez: Brian M. Andrus, Mary J. Kwasny, Junhee Seok, Xuan Cai e Joyce Ho.

Instituição: Universidade Northwestern, Estados Unidos

Resultado: Os níveis de nove marcadores de RNA são diferentes entre pessoas que têm depressão e as que são saudáveis — constatando quem tem, ou não, a doença.

Veja

Aos 15 anos, garoto inventa aparelho que garante mais segurança para pacientes de Alzheimer

Foto: Reprodução - Protótipo foi construído ao longo de seis meses
Dispositivo avisa quando paciente coloca os pés no chão, evitando acidentes noturnos 

Rio - O norte-americano Kenneth Shinozuka, de apenas 15 anos, preocupado com os passeios que seu avô, que sofre de Alzheimer, faz pela casa à noite, criou um dispositivo que avisa, via smartphone, toda vez que o idoso coloca os pés no chão.

O hábito de levantar da cama e perambular é comum em mais de metade das pessoas que foram diagnosticadas com a doença, preocupando o responsável, já que correm o risco de sofrer acidentes ao estarem distraídas no escuro.

O gadget fica preso no pé ou na meia e consiste em um sensor de pressão conectado a um chip RFID. Assim, toda vez que o paciente coloca os pés no chão, o sensor é acionado e uma mensagem de aviso é enviada ao celular da pessoa que cuida do idoso.

O jovem testou o protótipo, construído durante seis meses, e o aparelho conseguiu detectar todas as vezes em que seu avô levantou. O projeto de Kenneth ficou entre os 15 finalistas do Google Science Fair.

 
O Globo

‘Recalls’ da Teuto são 12% do total da Anvisa

Divulgação AP: Qualidade ruim dos medicamentos leva a recall
da ANVISA
Irregularidade em lotes levou empresa a recolher diferentes remédios do mercado

Rio - O recall de medicamentos pelo Laboratório Teuto Brasileiro, divulgado ontem, não foi a única ordem para retirada de produtos do mercado da empresa este ano. Desde janeiro, ela recebeu 11 notificações para recolhimento de uma série de remédios pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de um total de 92 sanções do órgão. Isso representa quase 12% do total para uma só companhia, num universo de mais de 540 indústrias farmacêuticas atuantes no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.

Um mês para admitir o problema
Embora a determinação da Anvisa tenha sido publicada no “Diário Oficial da União” em meados agosto, apenas ontem a Teuto, que fabrica medicamentos genéricos, iniciou uma campanha para o recolhimento de diferentes lotes de cetoconazol, amitriptilina, paracetamol, nistatina e atorvastatina cálcica, envolvendo ao todo 150 mil produtos. E, no último dia 12, houve ainda a determinação de recolhimento de lotes de cloridrato de amitriptilina e norfloxacino.

O caso do paracetamol foi um dos mais surpreendentes. No lote 1.998.101 foi denunciada à Anvisa a presença de um parafuso num blister (cartela). Outras irregularidades foram constatadas, como no cetoconazol 200 mg, em que 30 comprimidos foram embalados com blister de atenolol 100mg.

Internacionalmente, os recalls são divididos em classes 1 (que podem ter consequências graves), 2 (agravo temporário à saúde ou reversível) e 3 (baixa probabilidade de efeitos adversos).

— O efeito do atenolol é a diminuição da pressão arterial, que pode atingir quem não tem o problema, e fazer a pressão baixar demais. Isso é grave e provavelmente estaria na classe 1 — sugere o oncologista do Hospital do Coração em São Paulo e professor assistente da Universidade Johns Hopkins (EUA) Gilberto Lopes, que pesquisa sobre o acesso aos medicamentos e a qualidade deles em países em desenvolvimento.

Lopes ressalta que os medicamentos genéricos passam pelos mesmos e rigorosos controles de qualidade daqueles de marca e que, por isso, têm as mesmas eficácia e segurança. Mas reconhece que nem sempre órgãos de vigilância, como a Anvisa, conseguem acompanhar a qualidade dos medicamentos já no mercado. Para isso há inspeções periódicas, e as empresas podem, por iniciativa própria, iniciar o recall

Em junho, a Teuto também recebeu ordem de recolhimento do lote 0909.108 de omeprazol 20mg; em maio, do lote 09.411.231 de cefalexina 500mg, e dos lotes 2.505.222 e 2.501.078 de bepeben 1.200.000 pó injetável e bepeben 600.000 UI solução injetável. Em fevereiro, houve mais uma suspensão do amitriptilina 25mg (lote 2.444.408). Misturas de rótulos, má qualidade e número de comprimidos menor do que a capacidade das cartelas estão entre os problemas.

— São erros básicos, e está havendo problemas em vários medicamentos de várias linhas diferentes. Os tipos de irregularidades são diversos. Isso sugere que haveria um problema sério nos processos internos de controle de sua manufatura — alertou Lopes. — A Anvisa precisa não só determinar o recall, mas investigar e descobrir o que está acontecendo.

Procurado, o órgão não disponibilizou dados sobre o procedimento ou sobre as normas de controle de qualidade de medicamentos. Já o laboratório Teuto preferiu não se manifestar.

O Globo

Cientistas da UFPE criam biossensor que detecta câncer de mama em estágio inicial

Latinstock: Prevenção. Examinando marcadores biológicos, o novo exame pode
achar o mal bem mais cedo
Método identifica células cancerígenas de forma precoce, o que pode antecipar tratamento

Recife - Normalmente identificado por meio da mamografia, quando o aglomerado de células alteradas já é “visível”, o câncer de mama poderá ser detectado em fase ainda mais inicial, antes mesmo da formação do tumor. Um biossensor que cabe na palma da mão, criado por cientistas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), identifica a doença precocemente no sangue as, o que pode facilitar a antecipação do tratamento e aumentar as chances de cura.

O dispositivo foi desenvolvido no Laboratório de Imunopatologia, da UFPE, em parceria com o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R.), que criou um robô para tratar e preparar a amostra do sangue colhido nas pacientes. Só depois o sangue passa pelo biossensor, que examina um marcador biológico relacionado com o câncer.

Os pesquisadores do C.E.S.A.R ainda estão aperfeiçoando o robô para que ele se torne portátil e possa, assim, ser levado a comunidades de difícil acesso. Eles acreditam que a versão mais enxuta da máquina fique pronta dentro de um ou dois anos, segundo Filipe Villa Verde, um dos envolvidos no projeto. O robô permitirá que a análise da amostra do sangue seja concluída em apenas 30 minutos.

Nos exames com mamógrafos feitos no Sistema Único de Saúde (SUS) e em clínicas particulares, o câncer de mama só é identificado a partir de um determinado tamanho do tumor já instalado (0,5 milímetro). No proposto pelos pesquisadores, o diagnóstico pode sair bem mais cedo.

— O biossensor monitora as moléculas do DNA ou RNA no sangue. Assim, antes de o tumor chegar aos 0,5mm, conseguimos identificar que a mulher está com câncer — afirma Débora Zanforli, uma das responsáveis pelo estudo.

Ainda este ano, o sistema começará a ser testado no Hospital Barão de Lucena (HBL), que atende pelo SUS a 1.300 pacientes com câncer de mama por mês. O chefe do setor de mastologia do HBL, Darley Ferreira Filho, é um dos entusiastas do projeto. Ele lembra o alto custo dos equipamentos de mamografia e ultrassonografia (que variam de R$ 50 mil a R$100 mil) e relata a dificuldade que as mulheres, principalmente do interior, enfrentam para ter acesso aos exames preventivos, concentrados nas grandes cidades. O Instituto Nacional de Câncer estima que pelo menos 57 mil casos da doença serão registrados este ano no país.

Competição internacional
O projeto inovador para diagnóstico precoce do câncer de mama será levado para a iGEMCompetition 2014, que ocorre em outubro, em Boston, devendo reunir mais de 3 mil participantes. A equipe será a única do Nordeste a participar do evento. A iGemCompetition foi criada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, em inglês) para promover a evolução da biologia sintética no planeta.

O Globo

Estilo de vida saudável reduz risco de demências, revela relatório global de Alzheimer

Foto: Gustavo Stephan / Gustavo Stephan - Estilo de vida diminui risco de demência em idosos
Controle das doenças cardiovasculares é um dos principais fatores associados à redução das chances de desenvolvimento de doenças neurodegenerativas

Londres - Controle de diabetes, pressão arterial, assim como parar de fumar e reduzir o risco cardiovascular são medidas que podem ter um importante papel na prevenção de demências em idosos. A informação consta do relatório global de Alzheimer, publicado nesta quarta-feira.

O relatório afirma que a diabetes aumenta o risco de demência em 50%. A obesidade e a falta de atividade física são fatores de risco para a diabetes e a hipertensão, por isso deveriam ser alvo de ações, aponta o documento que foi produzido por uma equipe de pesquisadores do King's College London.

— Há evidências de vários estudos de que a incidência de demência pode estar caindo em países desenvolvidos, provavelmente por causa da melhoria das educação e da saúde cardiovascular. Precisamos fazer todo o possível para reforçar essa tendência — afirmou o autor do relatório, Martin Prince, do King's College London's.

Enquanto a saúde cardiovascular está melhorando em muitos países desenvolvidos, aqueles de média e baixa renda mostram uma tendência de aumento dessas enfermidades. No relatório, o ato de parar de fumar também está diretamente ligado à redução do risco de demência. Por exemplo, estudos de incidência da doença entre pessoas acima de 65 anos mostram que ex-fumantes têm um risco similar ao daqueles que nunca fumaram, enquanto que os que continuam a fumar têm riscos aumentados.

Além disso, o estudo revela que aqueles que têm mais oportunidades de educação têm menos chances de desenvolver o problema ao longo da vida. Evidências sugerem que a educação não tem impacto em mudanças cerebrais que levam à demência, mas ela impacto o funcionamento intelectual.

— Enquanto a idade e a genética são parte dos fatores de risco para demência, não fumar, ter uma alimentação saudável, fazer exercícios e ter uma boa educação ajudam a deixar o cérebro ativo. Pessoas que já têm demência, ou sinais dela, também podem fazer algo, que podem ajudar a diminuir a progressão da doença — lembrou diretor global sobre cuidados da demência do Bupa, Graham Stokes.

O relatório sugere que se envelhecemos com uma condição mais saudável, temos mais chances de viver por mais tempo, mais felizes e de maneira mais independente, com uma chance reduzida de desenvolver demência. A promoção da saúde cerebral é importante ao longo da vida, mas particularmente na meia idade, já que mudanças no cérebro começam décadas antes do início dos sintomas.

Uma pesquisa divulgada pela organização internacional Bupa mostrou que muitas pessoas não sabem claramente como reduzir o risco de demência. Apenas 25% identificaram o sobrepeso como um fator de risco, e apenas um em cinco (23%) disseram que atividade física poderia ajudar na prevenção. Enquanto isto, 68% disseram se preocupar em desenvolver o problema ao longo da vida.

— Da perspectiva da saúde pública, é importante notar que a maioria dos fatores de risco para demência se sobrepõem com o de outras doenças não transmissíveis. Em países desenvolvidos, existe um foco no estilo de vida saudável, mas este não é o caso em países de baixa e média renda. Até 2050, estimamos que 71% das pessoas com demência serão dessas regiões — comentou Marc Wortmann, diretor-executivo da organização Alzheimer's Disease International.

O Globo

Concurso Prefeitura de Turvo - PR

A Prefeitura de Turvo, na região central do Paraná, abriu concurso público que visa contratar 109 profissionais de nível fundamental, médio, técnico e superior. Além disso, o concurso também visa criar cadastro reserva para alguns cargos. Os interessados podem se inscrever até o dia 24 de setembro, no site do instituto responsável pelo processo seletivo. Os salários variam entre R$ 657,06 a R$ 9.768,45, dependendo da carga horária e da função.

Para o nível fundamental, as vagas são para agente comunitário de saúde, auxiliar de enfermagem, auxiliar de mecânica, auxiliar de saneamento, auxiliar de consultório dentário, auxiliar operacional, carpinteiro, cozinheira, eletricista geral, vigia, entre outros. Para o nível médio, as oportunidades são para atendente de creche, auxiliar administrativo, desenhista, fiscal de vigilância sanitária, fiscal geral, inspetor de alunos, oficial administrativo, secretária escolar, técnico agrícola, técnico em segurança do trabalho, entre outros. Entre as vagas para nível superior estão, médico de várias especialidades, arquiteto, dentista, contador, controlador interno, enfermeiro e nutricionista.

Para os cargos de nível fundamental, a taxa de inscrição custa R$ 30, para o nível médio e técnico, R$ 50 e para os cargos que exigem curso superior, a inscrição custa R$ 100. As taxas devem ser pagas até o dia 25 de setembro. O concurso tem validade de dois anos, contados a partir da data de homologação do resultado final, podendo ser prorrogado por igual período.

Os candidatos serão avaliados por meio de prova objetiva, prova prática para alguns cargos e prova de títulos. A prova objetiva de conhecimentos gerais deve ser aplicadas no dia 19 de outubro, em local e horário a ser divulgado no site da responsável pelo concurso. Os gabaritos provisórios serão publicados no mesmo dia em que as provas serão aplicadas. Já o resultado final do processo de seleção deve ser anunciado no dia 29 de setembro. O resultado do concurso público deve ser publicado no dia 11 de novembro.

Fonte: www.concursos.com.br