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sábado, 17 de outubro de 2015

Luz LED pode tratar lesão que gera câncer de colo do útero

Vírus do HPV age de forma lenta e silenciosa no organismo humano; mulheres devem fazer papanicolau regularmente
Vírus do HPV age de forma lenta e silenciosa no organismo
humano; mulheres devem fazer papanicolau regularmente
Pesquisa da USP mostra que é possível ativar substâncias que acabam com as lesões no colo do útero por meio da luz LED

As lesões que causam o câncer de colo do útero — ou câncer cervical — podem ser tratadas de forma não invasiva, através da Terapia Fotodinâmica (TFD), na qual é utilizado um creme e um sistema (portátil e versátil) que integra duas ponteiras com LED’s — uma emitindo no azul e outra no vermelho. O protocolo clínico inovador refere-se a uma pesquisa que teve início em 2011, sob a coordenação do professor Vanderlei Bagnato, do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP.

Considerada uma das doenças que mais matam mulheres no mundo — sendo que no Brasil é o segundo tipo de câncer mais prevalente no sexo feminino —, o câncer de colo do útero é uma doença que se desenvolve a partir da Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC), lesão que é causada pela infecção do vírus HPV (a sigla em inglês para papilomavírus humano).
 
A infecção ocorre predominantemente pela via sexual e a manifestação dos sinais e sintomas depende do sistema imunológico do portador, bem como de outros fatores de risco, tais como o início precoce da vida sexual, múltiplos parceiros(as) sexuais e tabagismo.

Existem mais de 150 tipos de HPV descritos na literatura, sendo que eles são divididos em dois grupos: de baixo e alto risco, que depende da capacidade do vírus em desenvolver lesões benignas, como o condiloma; ou, se for um tipo viral oncogênico, pode desenvolver principalmente o câncer de colo de útero.

Estes vírus agem de forma lenta e silenciosa no organismo humano, por isso a importância das mulheres em realizar o exame do Papanicolaou anualmente, pois é por intermédio dele que se pode detectar esse tipo de alteração no colo do útero, aumentando as chances do diagnóstico da doença antes mesmo dela evoluir para o câncer no local.

Neste estudo, até este momento, os pesquisadores aplicaram em 70 pacientes com NICs de baixo e alto grau, o creme que contém a substância designada aminolevulinato de metila (MAL), que é precursora de outra molécula, a protoporfirina IX (ou PpIX), substância que, após ter sido excitada pelo LED vermelho, produziu um oxigênio reativo e tóxico para as lesões, eliminando-as com apenas 20 minutos de iluminação em contato com o colo do útero.

Tratamento não invasivo
A pesquisadora Natalia Inada, que integra este time de pesquisadores e atua nesta linha de investigação desde 2008, diz que a técnica é muito vantajosa, porque, ao contrário do procedimento comumente realizado, a TFD trata as lesões de forma não invasiva, preservando o colo do útero das pacientes.

Os efeitos colaterais da CAF comumente incluem hemorragia e, por vezes, o estreitamento do colo do útero, o que é chamado de estenose do colo do útero. “Isso pode diminuir a fertilidade”, explica Natália.

De acordo com a pesquisadora, o citado creme já foi testado em mais de 600 pacientes com câncer de pele no departamento de dermatologia do Hospital Amaral Carvalho, em Jaú, no interior de São Paulo, estando em fase de aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que deverá emitir ainda este ano a aprovação para que uma indústria farmacêutica brasileira possa produzir e comercializar o medicamento no Brasil, diminuindo os custos da TFD para o Sistema Público de Saúde.

O equipamento foi desenvolvido, desde 2008, a partir de uma forte colaboração estabelecida com o ginecologista e pesquisador Welington Lombardi, do Ambulatório de Saúde da Mulher, em Araraquara.
 
Neste ano, os pesquisadores também iniciaram uma parceria com Renata Belotto, do Hospital Pérola Byington – Centro de Referência em Saúde da Mulher, em São Paulo.
 
Graças a estas colaborações e à dedicação intensa da pós-doutoranda Fernanda Carbinatto, do IFSC, desde o ano passado, estamos alcançando ótimos resultados com o potencial de indicar futuramente esta como a técnica de escolha para tratamento das NICs”, afirma Natalia.

O Grupo de Óptica consolidou uma colaboração com um pesquisador da Johns Hopkins University (Estados Unidos), bem como com duas empresas nacionais. Através destas cooperações e do financiamento público da Financiadora de Estudos e Pesquisa (FINEP) e do Ministério da Saúde, o sistema, que recebeu o nome de CERCa (de “Cervical Cancer”), já foi aprovado por especialistas e está em fase final das certificações para o início de sua produção. Para conferir o artigo deste trabalho, clique aqui.
 
iG

Adolescente tem direito à privacidade em consultas médicas

Presença dos pais no consultório não é necessária; adolescente tem direito à privacidade
Presença dos pais no consultório não é necessária; adolescente
tem direito à privacidade
Presença dos responsáveis não é obrigatória no consultório
 
A adolescência é um período complicado de transição entre a infância e a fase adulta. Essa etapa da vida é famosa pelos conflitos entre os jovens e seus pais: alguns demoram a perceber que seus filhos já possuem certa autonomia e que podem, inclusive, frequentar consultas médicas sem a presença dos responsáveis.
 
Essa fase do desenvolvimento humano começa aos 12 anos e vai até os 18, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera adolescente quem tem idade entre 10 e 20 anos. Apesar das divergências, alguns ainda se encontram no início da puberdade e outros já estão em um estágio mais avançado, com mais maturidade e autonomia.
 
Em todos os casos, é comum que o jovem tenha vergonha do próprio corpo e não queira revelar detalhes da sua sexualidade. Além do sexo, outros assuntos polêmicos podem surgir durante uma consulta médica, como consumo de drogas e transtornos alimentares.
 
Mas, afinal, o médico é obrigado a revelar o conteúdo das consultas aos pais do adolescente?
 
Os Departamentos de Bioética e Adolescência da Sociedade de Pediatria de São Paulo e da Sociedade Brasileira de Pediatria apontam que o adolescente tem o direito de ser atendido sem a presença dos pais ou responsáveis com a garantia da confidencialidade, desde que se mostre capaz de avaliar seu problema.
 
Esse direito é também assegurado pelo ECA e pelo Código de Ética Médica do Conselho Federal de Medicina (CFM).
 
“É assegurado ao adolescente o sigilo na consulta. O segredo somente pode ser quebrado caso haja risco de vida para ele ou para outros, como em casos de suicídio, por exemplo”, explica Katia Telles Nogueira, presidente do Departamento de Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria. 
 
Em muitos casos, a primeira etapa da consulta ao hebiatra (médico especialista em  adolescentes) pode acontecer na presença dos pais, desde que estes respeitem o momento de privacidade do adolescente e saiam da sala assim que solicitado. Essa integração é importante para esclarecer como as consultas irão acontecer a partir daquele dia. 
 
Contudo, ainda existem aqueles pais que, mesmo após o filho adolescente pedir para que não participem da consulta, pressionam para saber o que foi conversado. “Alguns deles têm fantasias ou medos que algo grave esteja sendo escondido. Muitos têm dificuldades de entender que seu bebê cresceu e não podem mais controlar tudo”, afirma a médica.
 
Nos casos em que há negligência grave da família, no entanto, o médico pode defender o adolescente acionando os órgãos responsáveis.
 
“Quando há suspeita de abuso, violência intrafamiliar ou negligência, podemos sim acionar o Conselho Tutelar”, diz Katia Telles.
 
Fonte: Site Coração & Vida (coracaoevida.com.br)
 
iG

Qual a diferença entre medicamentos genéricos, similares, similares intercambiáveis e referência

Entenda as diferenças entre os variados tipos de medicamentos: genéricos, similares e de referência
 
É comum encontrar consumidores com dúvidas quando o farmacêutico sugere algum medicamento genérico no lugar do medicamento de referência. Genéricos e similares ainda geram insegurança, na maioria dos casos, por desconhecimento de suas características.

Cabe lembrar que apenas o farmacêutico (e não os balconistas) podem sugerir a troca por genérico ou similar intercambiável (nunca por similar comum! pois estes não são intercambiáveis* com os de referência). Obviamente, tal troca só pode ser realizada se não houver manifestação contrária escrita pelo médico na receita.
 
Para entender melhor a frase acima, precisamos saber qual a diferença entre medicamentos genéricos, similares e referência.
 
O que são medicamentos de referência?
– Medicamentos de referência são os chamados inovadores, frutos de descobertas científicas e que detêm a patente por cerca de 20 anos. Tais laboratórios investem anos em substâncias e testes para descobrir novos medicamentos que atuem de maneira segura e eficiente sobre um determinado sintoma ou doença. Após comprovação científica e aprovação regulatória, cria-se o direito à patente, no qual o laboratório responsável pode atribuir uma marca e explorar o novo medicamento comercialmente com exclusividade.
 
O que são medicamentos genéricos?
– Após a patente do medicamento de referência expirar, outros laboratórios podem produzi-lo e comercializá-lo. O medicamento genérico, que possui o mesmo princípio ativo, concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência. O genérico é, portanto, exatamente o mesmo medicamento se comparado ao de referência, pois sua composição química é idêntica à do medicamento de referência. Os genéricos são facilmente identificados como tal por terem uma faixa azul na embalagem e um grande “G” de genérico no meio desta faixa.
 
O que são medicamentos similares?
– Os medicamentos similares podem variar em relação à forma do produto, prazo de validade, embalagem e rotulagem. Além disso, ao contrário dos medicamentos genéricos, os similares possuem nome de marca comercial.
 
O que significa medicamento intercambiável?
Os genéricos (medicamentos intercambiáveis) possuem o mesmo princípio ativo, concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência.
 
 
Os medicamentos ‘similares intercambiáveis’ são equivalentes aos de referência?
– Desde a resolução da Anvisa publicada em outubro de 2014 (RDC Nº58/2014), os medicamentos similares intercambiáveis também podem substituir os medicamentos de referência, desde que haja comprovação de equivalência farmacêutica aprovada pelo órgão regulador. Os medicamentos que já estão aprovados como bioequivalentes devem trazer na bula a informação de que são intercambiáveis.
 
Obs.: Por decisão da Anvisa, o paciente com a receita médica em mãos tem o direito e livre escolha de optar tanto pelo medicamento de referência, quanto por seu medicamento genérico ou similar intercambiável.
 
Qual a diferença entre os medicamentos genéricos e similares intercambiáveis?
– Os medicamentos similares intercambiáveis têm as mesmas características dos de referência e dos genéricos e desde 2014 são considerados bioequivalentes. Ou seja, possuem concentração, posologia e indicação terapêutica idênticas. Os medicamentos similares intercambiáveis passam por testes clínicos iguais aos genéricos, o que assegura sua segurança. Além disso, diferentemente dos genéricos, os similares – intercambiáveis ou não – são vendidos sob marcas comerciais.
 
R7

Prepare o corpo para o horário de verão

Mudança nos ponteiros do relógio pode provocar alterações no organismo. Veja como se adaptar mais facilmente
 
O cenário está anunciado: na próxima semana, devem crescer as queixas de dor de cabeça, cansaço intenso, dificuldades com o sono, mal-estar e tontura. É que a simples mudança dos ponteiros do relógio, que se adiantarão em uma hora na passagem deste sábado para domingo, pode impactar no funcionamento do organismo.
 
As primeiras alterações sentidas são no sono e o motivo é um hormônio chamado melatonina. Ele é acionado pela falta de luz e o fato dos dias serem mais longos pode fazer com que o corpo humano tenha dificuldade em produzi-lo.
 
Logo, para se adaptar ao novo horário, é importante evitar situações estimulantes no final da tarde ou no início da noite. Quanto mais estímulo, maior a dificuldade do organismo para relaxar e6. Nas primeiras semanas procure fazer refeições sempre no mesmo horário, isso evita a fome fora de hora pior a qualidade do sono. Quem cobra a fatura é o corpo, no dia seguinte, quando o despertador toca.
 
Para evitar tudo isso, confira algumas dicas para que o sono não te abandone nesta alteração dos ponteiros:
 
1. Nos primeiros dias do novo horário faça refeições leves, ricas em frutas, verduras e legumes, que facilitam a digestão
 
2. Procure deitar mais cedo, mesmo que encontre dificuldades para pegar no sono, o ambiente calmo ajudará a dormir melhor
 
3. Evite realizar exercícios físicos pesados. Prefira atividades relaxantes como alongamento e ioga
 
4. Evite o consumo de café à noite
 
5. Cigarro e bebidas alcoólicas no período noturno também atrapalham a qualidade do sono
 
6. Nas primeiras semanas procure fazer refeições sempre no mesmo horário, isso evita a fome fora de hora
 
7. Não faça uso de medicamentos para dormir sem prescrição médica
 
8. Não tome banho muito quente ou muito frio
 
9. Não leia livros ou assista a filmes muito estimulantes nas horas que antecedem o sono
 
Mesmo quem não convive com problemas com o sono, portanto, pode ficar durante os primeiros cinco dias de novo horário rolando na cama, de um lado para o outro. É uma situação parecida com outros fenômenos que podem acontecer em qualquer época do ano, como a mudança de turno no trabalho ou o jetleg, aquela situação estranha que surge depois de viagens de avião, em especial quando a origem e o destino têm diferenças grandes no fuso horário.
 
O problema é que dormir mal não causa só cansaço, pode ser prejudicial para outras áreas: o sistema cardiovascular pode ficar alterado e a incidência de doenças como o infarto tendem a ser mais comuns. Há piora no sistema metabólico e o diabetes também pode ficar descontrolado. Até o regime é comprometido, já que pesquisas recentes já mostraram que dormir pouco é um dos vilões para perder peso.
 
iG