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domingo, 3 de janeiro de 2016

"Tosse de fumante" pode esconder doença grave, alertam médicos

Parar de fumar é principal medida para evitar ou conter grave doença pulmonar ainda sem cura

Fumantes estão sendo advertidos a não ignorar sintomas aparentemente inofensivos, como a tosse, que poderiam estar por trás de doenças graves.

Em nova campanha, o Departamento de Saúde Pública do Reino Unido alerta sobre o desconhecimento, por muitos fumantes, dos riscos de doenças incapacitantes como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

A enfermidade, que estreita as vias aéreas, pode fazer com que pessoas tenham grande dificuldade para realizar tarefas simples, como subir escadas.

As estatísticas mostram que o problema atinge mais de 1 milhão de pessoas na Inglaterra - em cada 10 casos, nove são causados pelo cigarro.

Para entender melhor a gravidade do problema, é preciso considerar que a DPOC é, na verdade, um conceito "guarda-chuva", que abrange uma série de doenças pulmonares crônicas, como bronquite e enfisema.

Sem cura
Quem desenvolve o problema passa a ter dificuldades para respirar, sobretudo em decorrência do estreitamento das vias aéreas e da destruição do tecido que compõe os pulmões.

Os sintomas típicos incluem falta de ar durante prática de atividades físicas, tosse persistente e infecções respiratórias frequentes.

Na campanha veiculada pelo governo britânico, especialistas dizem que fumantes geralmente desconsideram os sinais precoces da doença ao minimizá-los como "tosse de fumante".

Ao continuarem fumando, correm o risco de agravar o problema e comprometer ainda mais sua qualidade de vida.

Embora não haja cura, há ações importantes que podem ser colocadas em prática para reduzir os danos provocados pela enfermidade.

Parar de fumar, praticar exercícios físicos específicos e tomar medicações que podem reduzir a progressão da doença são algumas recomendações.

Para Sally Davies, conselheira de saúde pública, é fundamental que a população reconheça a gravidade do problema e que tenha em mente que o mais importante é parar de fumar.

"A melhor coisa que um fumante pode fazer para reduzir as chances de desenvolver essa doença devastadora e prolongar sua vida é parar de fumar", diz.

Foto: Reprodução

BBC Brasil/R7

Quatro coisas de nosso cotidiano que podem ser perigosas - e você não sabia

Xampus e sabonetes | ThinkstockOs problemas vão desde irritações e infecções pontuais até lesões irreversíveis

Há produtos de beleza, tecidos, cosméticos e até calçados que já são parte tão constante do nosso dia a dia há tanto tempo que não chamam mais nossa atenção para potenciais riscos.

Mas para a surpresa de muitos, produtos aparentemente inofensivos como xampus, chinelos, jeans e certos tipos de plástico podem, sim, trazer danos à saúde humana.

E os problemas vão desde irritações e infecções pontuais até lesões irreversíveis.

A BBC listou quatro exemplos:

1. Chinelos
Os chinelos de dedo são o calçado preferido de muitas pessoas ao redor do mundo, sobretudo em dias quentes de verão, e seu uso tem se popularizado cada vez mais com o passar do tempo.

Mas o prazer de ter os dedos livres e os pés em contato com o ar, refrescando-se do calor, pode se converter em problemas para a saúde.

O uso prolongado de chinelos deste tipo, com uma fina lâmina de borracha como solado, pode causar danos aos pés pela incapacidade de absorver impacto.

Além de dores nos pés, a tendência é que as pessoas que usam muito este tipo de calçado coloquem mais pressão sobre os dedos para aumentar a estabilidade sobre os chinelos, o que pode causar problemas.

Ortopedistas alertam que o uso contínuo destes chinelos pode levar à ocorrência da fascite plantar, uma inflamação do tecido conjuntivo dos pés.

2. Xampus
Processo costumeiro a muitas pessoas, atualmente é normal usar cremes hidratantes para repor óleos retirados durante o banho e a higiene pessoal com sabonetes, xampus e outros cosméticos.

Isto porque muitos dos produtos de higiene pessoal e cosméticos usados hoje em dia contêm detergentes e compostos químicos que não só ajudam a retirar a sujeira, gordura e óleos do corpo mas também são usados para emulsionar componentes químicos e mantê-los no formato de creme.

Um destes tipos de detergente é o lauril sulfato de sódio, que pode causar diversos tipos de irritação na pele.

3. Jeans
Vestimenta cotidiana que revolucionou o mundo da moda e a vida de muitos ao redor do mundo, o jeans tornou-se item presente no guarda-roupa de qualquer pessoa.

Para a surpresa de muitos, no entanto, há um estilo de calças jeans que pode ser prejudicial à saúde humana.

Conhecido como skinny, os modelos mais apertados ao corpo, tanto femininos quanto masculinos, podem levar a um perigoso "apertamento" muscular.

Segundo médicos que têm pesquisado o tema, há cada vez mais relatos de pessoas que usaram os jeans deste tipo por muitas horas seguidas, sobretudo quando fazem muito esforço físico, e acabam no hospital.

A explicação seria um problema causado sobre os nervos, músculos e circulação sanguínea devido à pressão prolongada, levando a dores nos pés, pernas, e dificuldades para andar.

Jeans | Reuters
Jeans apertados podem trazer complicações a nervos, músculos e circulação sanguínea

4. Poliestireno
Os ambientalistas afirmam que o poliestireno expandido (EPS, na sigla em inglês), causa graves danos quando entra em contato com ecossistemas marinhos, contaminando as águas.

O químico pode ser usado para fabricar diversos tipos de plástico, mas um dos formatos mais preocupantes é o que se conhece como isopor. Por isso, há cada vez mais cidades ao redor do mundo proibindo o uso de embalagens descartáveis feitas com esse material. 

"Essecialmente o poliestireno atua como uma pequena esponja, absorvendo e concentrando alguns dos elementos contaminantes mais danosos que existem no oceano", diz Douglas McCauley, professor de Biologia Marinha da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.

Os danos se estendem ao ser humano por consequência, já que muitos peixes que servirão de alimento podem ter ingerido o poliestireno contaminado nos mares.

BBC Brasil

Suplementos passarão por fiscalização para evitar propaganda enganosa

Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais lançou recentemente um programa de automonitoramento, com apoio da Anvisa

Rio - Hoje, apenas 2,5 milhões de pessoas consomem suplementos alimentares no país. Perto dos 55 milhões de brasileiros que praticam atividades físicas é pouca gente (apenas 3%). Mas o número tem aumentado a cada ano, seja por interessados em se manter saudáveis, para ter mais energia ou aumentar a força na atividade física, ou por razões estéticas.

Para controlar a qualidade dos suplementos nutricionais e esportivos no mercado brasileiro e evitar propaganda enganosa, a Abenutri (Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais) lançou recentemente um programa de automonitoramento, com apoio da Anvisa. “É definitivamente um marco para o setor de suplementos, que faturou cerca de US$ 320 milhões em 2015 e que vem crescendo cerca de 23% ao ano nos últimos cinco anos — para 2016 a previsão é de um crescimento de 14%”, diz Marcelo Bella, presidente da Abenutri.

O mercado brasileiro de suplementos soma 250 marcas de 100 empresas, sendo 60% nacionais e 40% internacionais. Seus produtos são vendidos em 11 mil pontos, entre lojas especializadas (50%), farmácias (30%) e internet (20%). “Para se ter uma ideia, os Estados Unidos, que têm um mercado já maduro, faturam US$ 4 bi ao ano, com 50 milhões de consumidores. São cerca de 2.500 marcas e 100 mil pontos de vendas”, explica.

Segundo ele, o programa de automonitoramento beneficiará consumidores, fabricantes, comerciantes e importadores. “A ideia é verificar a legitimidade da acusação e, por meio de análise técnica e laboratorial, checar se os suplementos nutricionais disponíveis estão de acordo com a legislação sanitarista nacional”, afirma.

Na prática, a Abenutri e entidades parceiras receberão as denúncias sobre produtos irregulares do varejo, que serão avaliadas por um conselho de ética.

Bem-estar em forma de pó ou cápsulas
Em forma de comprimidos, cápsulas ou pó para ser dissolvido em água, os nutricosméticos (ou nutracêuticos) se popularizam cada vez mais no Brasil ao garantir oferecer doses extras de vitaminas, minerais, proteínas e outros nutrientes importantes para o organismo,que acabam não sendo supridos somente pela alimentação.

Vitor Cunha, gerente de produto da FQM Derma, diz que os produtos são classificados como alimentos, sempre com as vitaminas e minerais dentro da Ingestão Diária Recomendada (IDR). A Linha Exímia, desenvolvida pela FQM Derma, tem nutricosméticos que auxiliam na queda capilar e na saúde e fortalecimento dos cabelos e unhas (Fortalize), para atenuar rugas e linhas de expressão (Temporize) e para promover firmeza, elasticidade e hidratação da pele (Firmalize).

A dermatologista Vivilaine Campelo, do Instituto da Pelle, costuma prescrever nutricosméticos para o fortalecimento dos cabelos. “Assim como a nossa pele, os cabelos também envelhecem, sendo normal perderem volume com o passar dos anos, além de ter a sua velocidade de crescimento diminuída, sofrer com falhas de pigmentação e perder o vigor”, explica.

Foto: Divulgação

O Dia

Novo estatuto beneficia pessoas com deficiência

Lei já em vigor proíbe taxas extras em matrículas escolares e prevê até cinco anos de cadeia para quem dificultar a contratação de planos privados de saúde

Rio - Entrou em vigor ontem no país o Estatuto da Pessoa com Deficiência, com novas regras e orientações para promover os direitos e liberdades dos deficientes. A chamada Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência garante condições de acesso a educação e saúde e estabelece punições para atitudes discriminatórias contra essa parcela da população. Segundo o governo, hoje existem cerca de 45 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência.

Um dos avanços trazidos pela lei, sancionada em julho passado pela presidente Dilma Rousseff, foi a proibição da cobrança de taxas extras em matrículas e mensalidades de instituições de ensino privadas.

A lei também prevê que quem impedir ou dificultar o ingresso da pessoa com deficiência em planos privados de saúde estará sujeito a pena de dois a cinco anos de detenção, além de multa. A mesma punição se aplica a quem negar emprego, recusar assistência médico-hospitalar ou outros direitos a alguém, em razão de sua deficiência.

Outra novidade da lei é a possibilidade de o trabalhador com deficiência recorrer ao FGTS quando receber prescrição de órtese ou prótese para promover sua acessibilidade.

Pelo novo estatuto, as empresas de exploração de serviço de táxi deverão reservar 10% das vagas para condutores com deficiência. Legislações anteriores já previam a reserva de 2% das vagas dos estacionamentos públicos para pessoas com deficiência, mas a nova lei garante que haja no mínimo uma vaga em estacionamentos menores. Os locais devem estar devidamente sinalizados e os veículos deverão conter a credencial de beneficiário.

A legislação exige também que 10% dos dormitórios de hotéis e pousadas sejam acessíveis e que, ao menos uma unidade acessível, seja garantida. (Com Agência Brasil)

Foto: Banco de Imagens

O Dia

ANS obriga planos de saúde a cobrir testes rápidos de dengue

Embora liberada para comercialização pela Anvisa, ainda falta a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos definir o valor de cada doseNa última quarta-feira (28), foi aprovado o registro da primeira vacina contra a dengue no Brasil; o medicamento será disponibilizado para a rede particular de laboratórios

Desde ontem (sábado, 2), os planos de saúde terão de disponibilizar o teste rápido para dengue e o teste para febre chikungunya. A lista foi divulgada pela Agência Nacional de Saúde (ANS) no dia 28 de outubro de 2015 e se aplica a 50,3 milhões de consumidores em planos de assistência médica.

A ANS destacou que o diagnóstico do vírus Zika, recém-chegado ao Brasil e também transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, pode ser presumido pela exclusão da dengue e da febre chikungunya e pelo acompanhamento dos sintomas clínicos da doença.

“A ANS está alinhada ao Ministério da Saúde nas ações para prevenção e combate ao Aedes aegypti. No nosso site, a população pode obter maiores informações sobre a prevenção dessas doenças”, informou a gerente-geral de Regulação Assistencial da ANS, Raquel Lisbôa.

O rol de procedimentos da ANS consiste em uma lista de cobertura obrigatória por planos de saúde, baseada em doenças classificadas pela Organização Mundial da Saúde. O índice é revisado a cada dois anos com base em critérios técnicos para inclusão de novos tratamentos.

Vacina contra dengue
Na última quarta-feira (28), foi aprovado o registro da primeira vacina contra a dengue no Brasil: a Dengvaxia, da francesa Sanofi Pasteur. Embora liberada para comercialização pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ainda falta a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos definir o valor de cada dose, processo que dura em média três meses, mas não tem prazo máximo.

Inicialmente, o medicamento será disponibilizado para a rede particular de laboratórios. Definido o preço, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS vai avaliar se vale a pena incorporar o produto ao sistema público de imunizações. O governo vai avaliar custo, efetividade e impactos epidemiológico e orçamentário da incorporação da vacina ao Sistema Único de Saúde.

Dados do Ministério da Saúde mostram que até a primeira semana de dezembro, 839 pessoas morreram em decorrência da dengue, um aumento de 80% em relação a 2014.

Foto: Venilton Kuchler/ANPr 

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